As informações contidas neste Prospecto Preliminar estão sob análise da Comissão de Valores Mobiliários, a qual não se manifestou a respeito. O presente Prospecto Preliminar está sujeito à complementação e correção. O Prospecto Definitivo será entregue aos investidores durante o período de distribuição. Prospecto Preliminar de Distribuição Pública Secundária de Ações Ordinárias de Emissão da COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PAULO - SABESP Rua Costa Carvalho, nº 300 - 05429-900 São Paulo - SP C.N.P.J. nº 43.776.517/0001-80 - Companhia Aberta 5.272.314.946 Ações Ordinárias Código ISIN: [•] Preço de Venda R$ [•] Distribuição pública secundária de 5.272.314.946 (cinco bilhões, duzentos e setenta e dois milhões, trezentos e quatorze mil e novecentos e quarenta e seis) ações ordinárias, nominativas, escriturais, sem valor nominal (“Ações” ou “Ações Ordinárias”) de emissão da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP (“Sabesp” ou “Companhia”), de titularidade do Estado de São Paulo (“Estado”) e da Companhia Paulista de Parcerias – CPP (“CPP” e, em conjunto com o Estado, “Acionistas Vendedores”), a ser realizada simultaneamente no Brasil (“Oferta Brasileira”) e no exterior (“Oferta Internacional” e, em conjunto com a Oferta Brasileira, “Oferta Global”) e coordenada por Citigroup Global Markets Inc. (“Coordenador Global”). No âmbito da Oferta Brasileira, serão distribuídas, inicialmente, [•] ([•]) Ações Ordinárias, através de instituições financeiras lideradas pelo Unibanco – União de Bancos Brasileiros S.A. (“Unibanco” ou “Coordenador Líder”) e pelo Banco Citibank S.A. (“Citibank” e, em conjunto com o Unibanco, os “Coordenadores da Oferta Brasileira”), em conformidade com os procedimentos estabelecidos na Instrução CVM nº 400, de 29 de dezembro de 2003 ("Instrução CVM nº 400/03"). No âmbito da Oferta Internacional, serão distribuídas, inicialmente, [•] ([•]) Ações Ordinárias, sob a forma de [•] ([•]) American Depositary Shares (“ADSs”), através de instituições financeiras coordenadas pelo Coordenador Global. Cada ADS representa 250 (duzentas e cinqüenta)Ações Ordinárias. O preço de venda por lote de milAções Ordinárias (“Preço de Venda”) será fixado após a finalização do procedimento de coleta de intenções de investimento (bookbuilding), a ser conduzido no Brasil pelos Coordenadores da Oferta Brasileira e no exterior pelo Coordenador Global. O Preço de Venda será aprovado pelos Acionistas Vendedores antes da concessão do registro da presente distribuição pública pela CVM. Preço Comissões Por lote de mil Ações Ordinárias Por ADS Recursos Líquidos__________ [•] [•] [•] [•] Veja a Seção “Fatores de Risco” para discussão de certos riscos que devem ser considerados antes do investimento nasAções Ordinárias. Os Acionistas Vendedores, nos termos do previsto no artigo 24 da Instrução CVM nº 400/03, concederão aos Coordenadores da Oferta Brasileira uma opção, a ser exercida pelo Citibank, para a aquisição de um lote suplementar de Ações Ordinárias equivalente a até 15% (quinze por cento) do total das Ações Ordinárias inicialmente ofertadas no âmbito da Oferta Brasileira (“Ações Adicionais”). Adicionalmente, os Acionistas Vendedores concederão ao Coordenador Global uma opção para a aquisição de um lote suplementar de Ações Ordinárias, sob a forma de ADSs, equivalente a até 15% (quinze por cento) do total das ADSs inicialmente ofertadas no âmbito da Oferta Internacional (“ADSs Adicionais”). A soma das Ações Adicionais e Ações Ordinárias representadas pelas ADSs Adicionais totaliza 790.847.241 (setecentos e noventa milhões, oitocentos e quarenta e sete mil, duzentos e quarenta e uma) Ações Ordinárias. Estas opções serão destinadas exclusivamente a atender a um eventual excesso de demanda que vier a ser constatado no decorrer da Oferta Global e poderão ser exercidas no prazo de até 30 (trinta) dias a contar da data do Prospecto Definitivo de Distribuição Pública Secundária deAções Ordinárias de Emissão da Companhia, nas mesmas condições e preço dasAções Ordinárias e ADSs inicialmente ofertadas (“Opções”). Sem prejuízo do exercício das Opções, a quantidade de Ações Ordinárias inicialmente ofertada, excluídas as Ações Adicionais e Ações Ordinárias representadas pelas ADSs Adicionais, poderá, a critério do Estado, ser aumentada em até 20% (vinte por cento) do total das Ações Ordinárias objeto da Oferta Global, conforme dispõe o artigo 14, parágrafo 2º da Instrução CVM nº 400/03. Registro da presente distribuição pública secundária na CVM: CVM/SRE/SEC/2004/[•], em [•]. “O registro da presente distribuição não implica, por parte da CVM, garantia da veracidade das informações prestadas ou julgamento sobre a qualidade da Companhia emissora, bem como sobre asAções a serem distribuídas.” “A presente oferta pública foi elaborada de acordo com as disposições do Código de Auto-Regulação da ANBID para as Ofertas Públicas de Títulos e Valores Mobiliários registrado no 5º Ofício de Títulos e Documentos do Estado do Rio de Janeiro sob o nº 497585, atendendo aos padrões mínimos de informação contidos no mesmo, não cabendo à ANBID qualquer responsabilidade pelas referidas informações, pela qualidade da Companhia, das instituições participantes e dos títulos e valores mobiliários objeto da oferta.” Coordenador da Oferta Global Citigroup Global Markets Inc. Coordenadores da Oferta Brasileira A data deste Prospecto Preliminar é 13 de outubro de 2004 Índice 1. INTRODUÇÃO · Definições .................................................................................................................................................. · Informações sobre a Oferta .......................................................................................................................... · Identificação de Administradores, Consultores e Auditores............................................................................ 5 8 19 · Considerações sobre Estimativas e Projeções................................................................................................ · Apresentação das Informações Financeiras ................................................................................................... 21 · Sumário do Prospecto.................................................................................................................................. · Informações Cadastrais da Companhia ......................................................................................................... 23 26 · Estrutura da Oferta Global ........................................................................................................................... · Resumo das Demonstrações Financeiras e Informações Operacionais ............................................................ · Fatores de Risco.......................................................................................................................................... · Destinação dos Recursos ............................................................................................................................. 27 22 29 31 43 2. INFORMAÇÕES SOBRE A COMPANHIA · Informações sobre os Títulos e Valores Mobiliários Emitidos ........................................................................ · Capitalização .............................................................................................................................................. 47 51 · · · · · · Diluição...................................................................................................................................................... Informações Financeiras e Operacionais Selecionadas................................................................................... Análise e Discussão da Administração sobre a Situação Financeira e o Resultado das Operações..................... Regulamentação do Setor ............................................................................................................................ 52 53 55 78 Atividades da Companhia............................................................................................................................ Administração............................................................................................................................................. 85 116 · · · · · Empregados................................................................................................................................................ Principais Acionistas e Acionistas Vendedores.............................................................................................. Operações com Partes Relacionadas............................................................................................................. Descrição do Capital Social ......................................................................................................................... 121 123 124 129 Dividendos e Política de Dividendos ............................................................................................................ 139 3. ANEXOS · Estatuto Social ............................................................................................................................................ · Informações Anuais relativas ao exercício social encerrado em 31.12.2003 .................................................... A-1 A - 17 4. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS · Demonstrações Financeiras da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – Sabesp relativas aos exercícios sociais encerrados em 31.12.2001, 31.12.2002 e 31.12.2003 e respectivos pareceres dos auditores independentes ............................................................................................................................................. B - 1 · Informações Trimestrais – ITR relativas ao período encerrado em 30.06.2004 ................................................ B - 217 · Notas Explicativas Selecionadas constantes das demonstrações financeiras que integram a Oferta Internacional B - 263 (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) 1. INTRODUÇÃO • Definições • Informações sobre a Oferta • Identificação de Administradores, Consultores e Auditores • Considerações sobre Estimativas e Projeções • Apresentação das Informações Financeiras • Sumário do Prospecto • Informações Cadastrais da Companhia • Estrutura da Oferta Global • Resumo das Demonstrações Financeiras e Informações Operacionais • Fatores de Risco • Destinação dos Recursos (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) DEFINIÇÕES Acionistas Vendedores Estado de São Paulo e Companhia Paulista de Parcerias - CPP Ações ou Ações Ordinárias Ações ordinárias, nominativas, escriturais, sem valor nominal de emissão da SABESP, objeto da Oferta Global. ADSs American Depositary Shares, cada uma representando 250 ações ordinárias de emissão da SABESP After Market Período de negociação que funciona fora do horário regular do Pregão da BOVESPA, através de um sistema on-line conectado a corretoras tradicionais e da Internet ANA Agência Nacional de Águas ANBID Associação Nacional dos Bancos de Investimento ANDIMA Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro BID Banco Interamericano de Desenvolvimento BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BOVESPA Bolsa de Valores de São Paulo CBLC Câmara Brasileira de Liquidação e Custódia CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental COFINS Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social CMN Conselho Monetário Nacional COMASP Companhia Metropolitana de Água de São Paulo Companhia ou SABESP Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo Contratos de Concessão Contratos de concessão firmados entre a Companhia e os municípios concedentes para prestação dos serviços de saneamento básico Constituição Federal Constituição da República Federativa do Brasil CPP Companhia Paulista de Parcerias – CPP CSLL Contribuição Social sobre o Lucro Líquido CVM Comissão de Valores Mobiliários DAEE Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo Estado Estado de São Paulo Estatuto Estatuto Social da Companhia 5 ETA Estação de Tratamento de Água FINAME Linha de crédito do BNDES para aquisição de máquinas e equipamentos novos, de fabricação nacional, através de instituições financeiras credenciadas IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBRACON Instituto dos Auditores Independentes do Brasil IGPM Índice Geral de Preços do Mercado, conforme divulgado pela Fundação Getúlio Vargas INPI Instituto Nacional de Propriedade Industrial Instrução CVM n.º 400/03 Instrução CVM n.º 400, de 29 de dezembro de 2003 IPCA Índice de Preços ao Consumidor Ampliado JBIC Japan Bank for International Cooperation, instituição de fomento do governo do Japão Lei das Sociedades por Ações Lei n.º 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e alterações posteriores Lei Estadual de Concessões Lei Estadual n.º 7.835, de 8 de maio de 1992 Lei Estadual de Licitações Lei Estadual n.º 6.544, de 22 de novembro de 1989 Lei Federal de Concessões Lei n.º 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, e alterações posteriores Lei Federal de Licitações Lei n.º 8.666, de 21 de junho de 1993, e alterações posteriores PASEP Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público PIB Produto Interno Bruto Brasileiro Projeto de Lei do Setor de Saneamento Projeto de Lei n.º 4.147/01, enviado ao Congresso Nacional em 20 de fevereiro de 2001, que trata de diretrizes nacionais para a prestação do serviço público de saneamento básico SABESPREV Fundação SABESP de Seguridade Social SAEC Serviços de Água e Esgotos da Capital SANESP Companhia Metropolitana de Saneamento de São Paulo SEADE Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados Secretaria de Energia Secretaria de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento do Estado de São Paulo SEC Securities and Exchange Commission SEESP Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo 6 SGL Sistema de Gerenciamento de Licitações SINTIUS Sindicato dos Trabalhadores na Região Urbana de Santos, São Vicente, Baixada Santista, Litoral Sul e Vale do Ribeira SINTAEMA Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de São Paulo SOMA Sociedade Operadora do Mercado de Ativos TJLP Taxa de Juros de Longo Prazo 7 INFORMAÇÕES SOBRE A OFERTA Composição Atual do Capital Social O nosso capital social em 30 de junho de 2004 era de R$3.403.688.000,00 (três bilhões, quatrocentos e três milhões, seiscentos e oitenta e oito mil reais), representado por 28.479.577.827 (vinte e oito bilhões, quatrocentos e setenta e nove milhões, quinhentas e setenta e sete mil, oitocentas e vinte e sete) ações ordinárias. Todas as ações ordinárias emitidas foram integralizadas. Abaixo estão apresentadas informações referentes à participação, em 13 de outubro de 2004, de cada um de nossos acionistas que eram titulares de, no mínimo, 5% ou mais de nossas ações ordinárias, bem como de nossos diretores e conselheiros, isoladamente ou em grupo. Ações Ordinárias em 13 de outubro de 2004 Ações (%) 14.573.706.994 51,2 5.802.967.065 20,4 90.016 * 8.102.813.752 28,5 28.479.577.827 100,00 Ações Ordinárias após a Oferta Global(1) Ações (%) 14.347.450.366 50,4 756.908.747 2,6 90.016 * 13.375.128.698 47,0 28.479.577.827 100,00 Acionistas Estado CPP Conselheiros e diretores (em conjunto 14 pessoas) Mercado (free float) Total _________ * Representa participação inferior a 0,01%. (1) Considerando a aquisição integral da quantidade inicial de Ações Ordinárias ofertadas na distribuição secundária sem o exercício das Opções e do acréscimo de até 20% do total das Ações Ordinárias ofertadas. O Estado transferiu para a CPP, nos dias 8 e 11 outubro de 2004, o total de 5.802.967.065 (cinco bilhões, oitocentos e dois milhões, novecentos e sessenta e sete mil, e sessenta e cinco) ações ordinárias de emissão da Sabesp, livres e desimpedidas de quaisquer gravames, que serão ofertadas no âmbito da Oferta Global. Características e Prazos Descrição da Oferta Global Os Acionistas Vendedores estão oferecendo, inicialmente, 5.272.314.946 (cinco bilhões, duzentos e setenta e dois milhões, trezentos e quatorze mil, novecentas e quarenta e seis) Ações Ordinárias, as quais representam 18,51% do capital social da Companhia, por meio de uma distribuição pública secundária, em mercado de balcão nãoorganizado, a ser realizada simultaneamente no Brasil e no exterior e coordenada pelo Coordenador Global. Do total das Ações Ordinárias objeto da Oferta Global, [•] ([•]) Ações Ordinárias serão distribuídas no âmbito da Oferta Brasileira (“Ações da Oferta Brasileira”) pelos Coordenadores da Oferta Brasileira, em conjunto com instituições financeiras por eles contratadas (as “Corretoras Consorciadas” e, em conjunto com os Coordenadores da Oferta Brasileira, as “Instituições Participantes da Oferta Brasileira”), em regime de garantia firme, não solidária, nos termos da Instrução CVM n.º 400/03, e [•] ([•]) Ações Ordinárias serão distribuídas no âmbito da Oferta Internacional, sob a forma de ADSs (“Ações da Oferta Internacional” e, em conjunto com as Ações da Oferta Brasileira, as “Ações da Oferta Global”), pelo Coordenador Global, em conjunto com determinadas instituições financeiras por ele contratadas, em regime de garantia firme, não solidária, nos termos do Securities Act of 1933 editado pela SEC. Cada ADS corresponde a 250 (duzentas e cinqüenta) Ações Ordinárias. Poderá haver realocação de Ações Ordinárias entre a Oferta Brasileira e a Oferta Internacional em função da demanda verificada no Brasil e no exterior durante o curso da presente Oferta Global, na forma do previsto no contrato de intersindicalização, a ser celebrado entre o Coordenador Global, na qualidade de representante das instituições intermediárias da Oferta Internacional, e os Coordenadores da Oferta Brasileira (“Intersyndicate Agreement”). Conforme previsto no artigo 24 da Instrução CVM n.º 400/03, os Acionistas Vendedores concederão aos Coordenadores da Oferta Brasileira uma opção, a ser exercida pelo Citibank, para a aquisição das Ações Adicionais, equivalentes a até 15% (quinze por cento) do total das Ações Ordinárias objeto da Oferta Brasileira. Adicionalmente, os Acionistas Vendedores concederão ao Coordenador Global uma opção para a aquisição das ADSs Adicionais, equivalentes a até 15% (quinze por cento) do total das Ações Ordinárias objeto da Oferta 8 Internacional. A soma das Ações Adicionais e das Ações Ordinárias representadas pelas ADSs Adicionais totaliza 790.847.241 (setecentos e noventa milhões, oitocentos e quarenta e sete mil, duzentos e quarenta e uma) Ações Ordinárias. As Opções serão destinadas exclusivamente a atender a um eventual excesso de demanda que vier a ser constatado no decorrer da Oferta Global e poderão ser exercidas no prazo de até 30 (trinta) dias a contar da data do Prospecto Definitivo de Distribuição Pública Secundária de Ações Ordinárias de Emissão da Companhia, nas mesmas condições e preço das Ações Ordinárias e ADSs inicialmente ofertadas. Sem prejuízo do exercício das Opções, a quantidade de Ações Ordinárias inicialmente ofertada, excluídas as Ações Adicionais e Ações Ordinárias representadas pelas ADSs Adicionais, poderá, a critério do Estado, ser aumentada em até 20% (vinte por cento) do total das Ações Ordinárias objeto da Oferta Global, conforme dispõe o artigo 14, parágrafo 2º da Instrução CVM n.º 400/03. Preço de Venda O Preço de Venda será fixado após a conclusão do procedimento de coleta de intenções de investimento (“Procedimento de Bookbuilding”), a ser conduzido no Brasil pelos Coordenadores da Oferta Brasileira, em conformidade com o artigo 44 da Instrução CVM n.º 400/03, e no exterior pelo Coordenador Global, tendo como parâmetro (a) a cotação das nossas ações ordinárias na BOVESPA e das nossas ADSs na New York Stock Exchange (“NYSE”), e (b) as indicações de interesse, em função da qualidade da demanda (por volume e preço), coletadas junto a Investidores Institucionais (conforme definido abaixo). O Preço de Venda será calculado inicialmente em dólares e convertido em reais com base na taxa de câmbio comercial divulgada pelo Banco Central do Brasil através do SISBACEN, na data de celebração do Instrumento Particular de Contrato de Distribuição Secundária de Ações Ordinárias de Emissão da Companhia (“Contrato de Distribuição”). O Preço de Venda será aprovado por cada um dos Acionistas Vendedores antes da concessão do registro da Oferta Brasileira pela CVM. A escolha do critério de preço de mercado para a determinação do Preço de Venda é devidamente justificada, tendo em vista que o valor de mercado das Ações Ordinárias a serem vendidas será aferido com a realização do Procedimento de Bookbuilding, o qual refletirá o valor pelo qual os investidores apresentarão suas intenções de compra das Ações Ordinárias no contexto da Oferta Global. Os Investidores Não-Institucionais que aderirem à Oferta de Varejo (conforme definido em “Público Alvo da Oferta Brasileira”) não participarão do Procedimento de Bookbuilding e, portanto, do processo de determinação do Preço de Venda. Cotação dos Valores Mobiliários em Bolsa Cotação das Ações na BOVESPA Nossas Ações Ordinárias são negociadas na BOVESPA desde 4 de junho de 1997, inicialmente sob o símbolo “SBS3” e, a partir de 16 de março de 1998, sob o símbolo “SBSP3”. As nossas Ações Ordinárias foram admitidas para negociação no Novo Mercado da BOVESPA em 24 de abril de 2002. Para maiores informações sobre a negociação das Ações Ordinárias na BOVESPA, consulte uma sociedade corretora de valores mobiliários autorizada a operar na BOVESPA. Cotação mínima, média e máxima de negociação das Ações Ordinárias na BOVESPA por ano, nos últimos 5 (cinco) anos: Ano 1999 2000 2001 2002 2003 _________ Fonte: BOVESPA Valor mínimo (R$ por lote de mil Ações) 47,00 128,50 98,00 74,00 74,60 Valor médio (R$ por lote de mil Ações) 129,70 168,60 164,20 105,20 111,90 9 Valor máximo (R$ por lote de mil Ações) 213,00 211,00 238,60 152,00 168,00 Cotação mínima, média e máxima de negociação das Ações Ordinárias na BOVESPA por trimestre, nos últimos 02 (dois) anos: Trimestre 4T/2002 1T/2003 2T/2003 3T/2003 4T/2003 1T/2004 2T/2004 3T/2004 Fonte: BOVESPA Valor mínimo (R$ por lote de mil Ações) 74,00 74,60 84,50 100,80 125,40 129,80 117,10 127,36 Valor médio (R$ por lote de mil Ações) 82,10 84,90 103,80 117,20 140,50 151,10 133,2 137,24 Valor máximo (R$ por lote de mil Ações) 92,00 100,90 117,50 136,50 168,00 182,00 153,5 147,05 Cotação mínima, média e máxima de negociação das Ações Ordinárias na BOVESPA, por mês no último semestre: Mês Abr/2004 Mai/2004 Jun/2004 Jul/2004 Ago/2004 Set/2004 Fonte: BOVESPA Valor mínimo (R$ por lote de mil Ações) 134,00 117,05 120,50 134,98 127,36 127,80 Valor médio (R$ por lote de mil Ações) 144,50 127,33 128,04 139,77 137,77 133,84 Valor máximo (R$ por lote de mil Ações) 153,50 145,00 134,00 145,93 147,05 139,90 Cotação das ADSs na NYSE Nossas ADSs são negociadas na NYSE sob o símbolo “SBS” desde 10 de maio de 2002. Cotação mínima, média e máxima de negociação das ADSs na NYSE desde o início de sua negociação na NYSE: Ano 2002 2003 Até 30 de setembro de 2004 _________ Fonte: NYSE Valor mínimo (US$) 4,65 5,30 9,20 Valor médio (US$) 7,20 9,30 11,90 Valor máximo (US$) 11,90 14,47 16,07 Cotação mínima, média e máxima de negociação das ADSs na NYSE por trimestre, nos últimos 02 (dois) anos: Trimestre 4T/2002 1T/2003 2T/2003 3T/2003 4T/2003 1T/2004 2T/2004 3T/2004 Fonte: NYSE Valor mínimo (US$) 4,65 5,29 6,33 8,20 10,92 11,21 9,24 10,53 Valor médio (US$) 5,58 6,12 8,72 10,05 12,18 13,12 11,19 11,56 Valor máximo (US$) 6,45 7,80 10,05 11,90 14,47 16,07 13,45 12,36 Cotação mínima, média e máxima de negociação das ADSs na NYSE, por mês no último semestre: Mês Abr/2004 Mai/2004 Jun/2004 Jul/2004 Ago/2004 Set/2004 Fonte: NYSE Valor mínimo (US$) 11,45 9,24 9,64 10,93 10,55 11,01 Valor médio (US$) 12,53 10,40 10,21 11,54 11,55 11,60 10 Valor máximo (US$) 13,45 12,30 10,93 12,17 12,35 12,20 Quantidade, Valor, Classe e Espécie dos Valores Mobiliários Na hipótese de não haver exercício das Opções: Quantidade Por lote de mil Ações Ordinárias Por ADS Total [•] [•] Preço (R$) [•] [•] Comissões (R$) [•] [•] Recursos líquidos para os Acionistas Vendedores (R$) (1) [•] [•] Preço (R$) [•] [•] Comissões (R$) [•] [•] Recursos líquidos para os Acionistas Vendedores (R$) (1) [•] [•] Na hipótese de haver exercício integral das Opções: Quantidade Por lote de mil Ações Ordinárias [•] Por ADS [•] Total ________ (1) Sem dedução de despesas da Oferta Global. Custos de Distribuição Os custos de distribuição da Oferta Global serão arcados pelos Acionistas Vendedores. Abaixo segue descrição dos custos relativos à Oferta Global: Comissões e Taxa Valor (R$) [•] [•] [•] [•] [•] [•] % em Relação ao Valor Total da Oferta Global (2) Comissão de Coordenação [•] Comissão de Colocação [•] Comissão de Garantia Firme de Aquisição [•] 0,74% Total Comissões [•] Outras Despesas (1) Total [•] ________ (1) Custos estimados com advogados e auditores da Companhia e Taxa de Registro na CVM. (2) Sem levar em consideração o exercício das Opções e o acréscimo de até 20% do total das Ações Ordinárias ofertadas. As despesas de registro e listagem da Oferta Brasileira e da Oferta Internacional serão suportadas pelos Coordenadores da Oferta Brasileira e pelo Coordenador Global. Aprovações para Realização da Oferta Global A Oferta Global encontra-se amparada na Lei Estadual nº 11.454, de 02 de setembro de 2003, sendo que os seus termos e condições foram aprovados pelo Estado por meio de Deliberação do Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização, conforme reuniões realizadas em 29 de junho de 2004 e em [•] de 2004, e pela CPP em reunião do seu Conselho de Administração realizada em [•] de 2004. Público Alvo da Oferta Brasileira As Instituições Participantes da Oferta Brasileira realizarão a distribuição das Ações da Oferta Brasileira, nos termos da Instrução CVM n.º 400/03, e conforme previsto no Contrato de Distribuição, por meio de duas ofertas distintas, quais sejam, a oferta de varejo (“Oferta de Varejo”) e a oferta institucional (“Oferta Institucional”). A Oferta de Varejo será realizada junto a investidores pessoas físicas e jurídicas residentes e domiciliadas no Brasil, que não sejam considerados investidores institucionais, e clubes de investimento que decidirem participar da Oferta de Varejo (“Investidores Não-Institucionais”) e que, para tanto, realizarem o respectivo pedido de reserva mediante o preenchimento de formulário específico (“Pedido de Reserva”), destinado à aquisição de Ações da Oferta Brasileira, nas condições descritas abaixo em “Cronograma e Procedimentos da Oferta Brasileira”. A Oferta Institucional será realizada junto a pessoas físicas e jurídicas, cujos valores de investimento excedam o limite máximo estabelecido para Oferta de Varejo, fundos e clubes de investimento, carteiras administradas, fundos de pensão, entidades administradoras de recursos de terceiros registradas na CVM, entidades autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, condomínios destinados à aplicação em carteira de títulos e valores 11 mobiliários registrados na CVM e/ou BOVESPA, seguradoras, entidades de previdência complementar e de capitalização e determinados investidores residentes no exterior que invistam no Brasil segundo as normas da Resolução n.º 2.689, de 26 de janeiro de 2000, do CMN e da Instrução CVM nº 325, de 27 de janeiro de 2000 (“Investidores Institucionais”). Cronograma e Procedimentos da Oferta Brasileira Cronograma da Oferta Brasileira Encontra-se abaixo uma expectativa de cronograma das etapas da Oferta Brasileira, informando seus principais eventos a partir da publicação do aviso ao mercado relativo à Oferta Brasileira (“Aviso ao Mercado”). Ordem dos Eventos 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Data prevista (1) Eventos Publicação do Aviso ao Mercado Disponibilização do Prospecto Preliminar Início do roadshow Início do Período de Reserva Encerramento do Período de Reserva Encerramento do roadshow Encerramento do Procedimento de Bookbuilding Fixação do Preço de Venda Assinatura do Contrato de Distribuição e Underwriting Agreement Publicação do Anúncio de Início Início do prazo de exercício das Opções Data de Liquidação Encerramento do prazo de exercício das Opções Publicação do Anúncio de Encerramento 9. 10. 11. _________ (1) Todas as datas previstas são meramente indicativas e estão sujeitas a alterações e adiamentos. 14 de outubro de 2004 14 de outubro de 2004 14 de outubro de 2004 21 de outubro de 2004 26 de outubro de 2004 26 de outubro de 2004 27 de outubro de 2004 27 de outubro de 2004 27 de outubro de 2004 28 de outubro de 2004 28 de outubro de 2004 3 de novembro de 2004 29 de novembro de 2004 30 de novembro de 2004 Procedimentos da Oferta Brasileira Após a concessão do competente registro pela CVM, a distribuição pública da Oferta Brasileira será efetuada pelas Instituições Participantes da Oferta Brasileira, em mercado de balcão não-organizado, nos termos previstos no artigo 21 da Instrução CVM n.º 400/03, observado o disposto abaixo. Será concedido aos Investidores Não-Institucionais o prazo de 4 (quatro) dias úteis, a ser iniciado em 21 de outubro de 2004 e encerrado em 26 de outubro de 2004, inclusive, o qual poderá ser estendido a critério dos Coordenadores da Oferta Brasileira ("Período de Reserva"), para a realização de Pedido de Reserva nas condições descritas abaixo. Os Investidores Não-Institucionais deverão realizar os seus Pedidos de Reserva junto a qualquer Corretora Consorciada listada no Aviso ao Mercado publicado em 14 de outubro de 2004. Cada Investidor Não-Institucional poderá efetuar Pedido de Reserva junto a uma única Corretora Consorciada. Os Investidores Não-Institucionais interessados na efetivação de reservas no decorrer do Período de Reserva deverão ler cuidadosamente os termos e condições estipulados nos Pedidos de Reserva, especialmente no que diz respeito aos procedimentos relativos à liquidação da Oferta Brasileira. Na eventualidade de haver excesso de demanda superior em um terço à quantidade das Ações Ordinárias ofertadas, serão cancelados os Pedidos de Reserva realizados pelos Investidores Não-Institucionais que sejam (a) controladores ou administradores da Companhia, (b) controladores ou administradores das Instituições Participantes da Oferta Brasileira, e (c) outras pessoas vinculadas à Oferta Brasileira, bem como os cônjuges ou companheiros, ascendentes, descendentes e colaterais até o segundo grau de cada uma das pessoas referidas nos itens (a), (b) ou (c), nos termos do artigo 55 da Instrução CVM nº 400/03. A quantidade de até 20% (vinte por cento) do total de Ações da Oferta Global será destinada prioritariamente à distribuição junto a investidores não-institucionais no Brasil e no exterior, na proporção da alocação verificada na Oferta Brasileira e na Oferta Internacional, respectivamente, sendo que no mínimo 5% (cinco por cento) do total das Ações da Oferta Global será destinado prioritariamente aos Investidores Não-Institucionais, no Brasil, que aderirem à Oferta de Varejo. 12 Os Pedidos de Reserva deverão ser realizados pelos Investidores Não-Institucionais, observada a condição de eficácia indicada no item (a) abaixo, de maneira irrevogável e irretratável, exceto pelo disposto no item (h) abaixo, nas seguintes condições: (a) cada Investidor Não-Institucional deverá efetuar Pedido de Reserva junto a uma única Corretora Consorciada, dentro do Período de Reserva, observados (i) o valor mínimo de investimento de R$1.000,00 (mil reais) e o valor máximo de R$300.000,00 (trezentos mil reais) por Investidor Não-Institucional. Os Investidores NãoInstitucionais poderão estipular, no Pedido de Reserva, o preço máximo por lote de mil Ações como condição de eficácia de seu Pedido de Reserva, conforme previsto no parágrafo 3º do artigo 45 da Instrução CVM n.º 400/03; (b) a critério de cada Corretora Consorciada, poderá ser requerido, no ato da reserva, depósito prévio integral do valor do investimento pretendido, como condição de eficácia do Pedido de Reserva. Recomenda-se aos Investidores Não-Institucionais verificar com a Corretora Consorciada de sua preferência, antes de realizar seu Pedido de Reserva, o procedimento que esta adotará com relação à exigência do depósito prévio. Os montantes decorrentes de tal depósito serão mantidos em contas bloqueadas e não remuneradas indicadas pelo Coordenador Líder até a Data de Liquidação (conforme definido abaixo); (c) na Data de Liquidação, cada Investidor Não-Institucional que tenha realizado Pedido de Reserva e efetuado o depósito prévio do valor do investimento receberá da CBLC, em nome das Corretoras Consorciadas, o número inteiro de lotes de mil Ações correspondente à divisão entre o valor depositado e o Preço de Venda. Caso tal divisão resulte em fração de lote de mil Ações, a diferença entre o valor depositado e o valor correspondente ao número inteiro de lote de mil Ações a ser entregue será devolvida ao Investidor Não-Institucional pela Corretora Consorciada junto à qual o Pedido de Reserva for realizado, sem juros ou correção monetária, deduzida a quantia relativa à Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores de Créditos e Direitos de Natureza Financeira – CPMF (“CPMF”); (d) exclusivamente para os Pedidos de Reserva realizados sem exigência do depósito prévio, cada Corretora Consorciada deverá informar a quantidade de Ações da Oferta Brasileira a ser adquirida e o correspondente valor do investimento ao Investidor Não-Institucional que com ela realizar Pedido de Reserva, até as 16:00 horas do dia seguinte à data de publicação do Anúncio de Início de Distribuição Pública Secundária de Ações Ordinárias da Companhia (“Anúncio de Início”), por meio de seu endereço eletrônico, ou, na sua ausência, por telefone ou correspondência, sendo o pagamento limitado ao valor do Pedido de Reserva e ressalvada a possibilidade de rateio, conforme previsto no item (g) abaixo; (e) cada Investidor Não-Institucional que realizar Pedido de Reserva sem exigência de depósito prévio deverá efetuar o pagamento do valor indicado conforme o item (d) acima à Corretora Consorciada junto à qual tenha realizado seu Pedido de Reserva, em recursos imediatamente disponíveis, até as 10:30 horas da Data de Liquidação. Ressalvado o disposto no item (h) abaixo, não havendo pagamento pontual, o Pedido de Reserva será automaticamente cancelado pela Corretora Consorciada junto à qual o Pedido de Reserva for realizado; (f) caso o total dos Pedidos de Reserva seja igual ou inferior ao montante de 20% (vinte por cento) do total de Ações da Oferta Brasileira ou 5% (cinco por cento) do total das Ações da Oferta Global, o que for maior, não haverá rateio, sendo integralmente atendidos todos os Pedidos de Reserva, e as Ações da Oferta Brasileira remanescentes serão destinadas aos Investidores Institucionais, nos termos descritos abaixo; (g) caso o total dos Pedidos de Reserva seja superior a 20% (vinte por cento) do total de Ações da Oferta Brasileira ou 5% (cinco por cento) do total das Ações da Oferta Global, o que for maior, será realizado rateio proporcional entre todos os Investidores Não-Institucionais que aderirem à Oferta de Varejo, ou, opcionalmente, a critério dos Acionistas Vendedores e dos Coordenadores da Oferta Brasileira, os pedidos excedentes poderão ser total ou parcialmente atendidos, sendo o eventual saldo não utilizado dos depósitos, deduzida a quantia relativa à CPMF, devolvido aos respectivos Investidores NãoInstitucionais que tenham efetuado depósito prévio, sem juros ou correção monetária, no prazo de até 3 (três) dias úteis a contar da Data de Liquidação, pela Corretora Consorciada Habilitada junto à qual o Pedido de Reserva for realizado; 13 (h) na hipótese exclusiva de ser verificada divergência relevante entre as informações constantes do Prospecto Preliminar e do Prospecto Definitivo, que altere substancialmente o risco assumido pelo Investidor Não-Institucional, ou a sua decisão de investimento, poderá referido Investidor NãoInstitucional desistir do Pedido de Reserva após o início do período de distribuição. Nesta hipótese, o respectivo Investidor Não-Institucional deverá informar sua decisão de desistência do Pedido de Reserva à Corretora Consorciada junto a qual o Pedido de Reserva tenha sido realizado, até o quinto dia útil após a data de publicação do Anúncio de Início. Em caso de desistência, o Investidor Não-Institucional que tenha efetuado o depósito prévio integral do valor do investimento pretendido terá tal valor devolvido pela Corretora Consorciada junto à qual realizou seu Pedido de Reserva, sem juros ou correção monetária, deduzida a quantia relativa à CPMF, no prazo de até 3 (três) dias úteis a contar da solicitação de desistência do Pedido de Reserva. Caso o Investidor Não-Institucional não informe sua decisão de desistência do Pedido de Reserva dentro do prazo oferecido, e tenha realizado seu Pedido de Reserva sem exigência de depósito prévio, deverá efetuar o pagamento do valor indicado conforme previsto no item (d) acima; e (i) na hipótese de não haver a conclusão da Oferta Global, ou na hipótese de resilição do Contrato de Distribuição ou, ainda, em qualquer outra hipótese de devolução de Pedido de Reserva em função de expressa disposição legal, os Pedidos de Reserva serão automaticamente cancelados e as Corretoras Consorciadas comunicarão ao Investidor Não-Institucional que com ela realizar Pedido de Reserva o cancelamento da Oferta Global, o que ocorrerá, inclusive, através de publicação de aviso ao mercado. Caso o Investidor Não-Institucional tenha realizado Pedido de Reserva e efetuado o depósito prévio integral do valor do investimento pretendido, tal valor será devolvido pela Corretora Consorciada junto à qual o Pedido de Reserva for realizado, sem juros ou correção monetária, deduzida a quantia relativa à CPMF, no prazo de até 3 (três) dias úteis a contar do cancelamento do Pedido de Reserva. As Ações da Oferta Brasileira, após o atendimento dos Pedidos de Reserva dos Investidores Não-Institucionais tal como descrito acima, serão destinadas à distribuição pública junto a Investidores Institucionais, contatados pelos Coordenadores da Oferta Brasileira, não sendo admitidas para os Investidores Institucionais reservas antecipadas e inexistindo valores mínimos ou máximos de investimento. Caso o número de Ações da Oferta Brasileira objeto de ordens recebidas de Investidores Institucionais durante o Procedimento de Bookbuilding exceda o total de Ações da Oferta Brasileira remanescentes, após o atendimento dos Pedidos de Reserva, terão prioridade no atendimento de suas respectivas ordens os Investidores Institucionais que, a critério dos Acionistas Vendedores e dos Coordenadores da Oferta Brasileira responsáveis pelo Procedimento de Bookbuilding, melhor atendam o objetivo da Oferta Brasileira, de criar uma base diversificada de acionistas formada por Investidores Institucionais com diferentes critérios de avaliação sobre as perspectivas, ao longo do tempo, da Companhia, nosso setor de atuação e a conjuntura macroeconômica brasileira e internacional. Os Investidores Institucionais deverão realizar a aquisição de Ações da Oferta Brasileira mediante o pagamento à vista, em moeda corrente nacional, no ato da aquisição. A data de início da Oferta Global será divulgada mediante a publicação do Anúncio de Início, em conformidade com o previsto no parágrafo único do artigo 52 da Instrução CVM nº 400/03. O prazo para a distribuição das Ações da Oferta Brasileira é de até 6 (seis) meses, contados a partir da data da publicação do Anúncio de Início (“Prazo de Distribuição”). A liquidação financeira da aquisição das Ações objeto da Oferta Brasileira será realizada no prazo de até 3 (três) dias úteis, contados a partir da data da publicação do Anúncio de Início (“Data de Liquidação”). Caso as Ações da Oferta Brasileira não tenham sido totalmente distribuídas até a Data de Liquidação, os Coordenadores da Oferta Brasileira realizarão a aquisição pelo Preço de Venda, ao final de tal prazo, da totalidade do eventual saldo resultante da diferença entre o número de Ações da Oferta Brasileira objeto da garantia firme por eles prestada e o número de Ações da Oferta Brasileira efetivamente vendidas no mercado e liquidadas junto à CBLC pelos respectivos investidores, observado o limite da garantia firme prestada individualmente por cada Coordenador da Oferta Brasileira. Para maiores informações obre a garantia firme, veja “Contrato de Distribuição – Garantia Firme”. O término da Oferta Global e seu resultado serão anunciados mediante a publicação do Anúncio de Encerramento de Distribuição Pública Secundária de Ações Ordinárias de Emissão da Companhia (“Anúncio de Encerramento”), em conformidade com o artigo 29 da Instrução CVM nº 400/03. 14 O investimento em ações representa um investimento de risco, posto que é um investimento em renda variável e, assim, os investidores que pretendam investir nas Ações Ordinárias estão sujeitos a diversos riscos, inclusive aqueles relacionados à volatilidade do mercado de capitais. Ainda assim, não há nenhuma classe ou categoria de investidor que esteja proibida por lei de adquirir as Ações. Veja a Seção “Fatores de Risco”. Contrato de Distribuição Celebraremos, com os Acionistas Vendedores, os Coordenadores da Oferta Brasileira e a CBLC (como interveniente-anuente), o Contrato de Distribuição. De acordo com os termos do Contrato de Distribuição, os Coordenadores da Oferta Brasileira concordaram em distribuir, inicialmente, em regime de garantia firme, de maneira não solidária, as quantidades de Ações Ordinárias indicadas na tabela abaixo: Unibanco. ............................................................................... Citibank .................................................................................. Total ....................................................................................... Número de Ações [•] [•] [•] Também celebraremos, com os Acionistas Vendedores e as instituições intermediárias da Oferta Internacional, o contrato de distribuição da Oferta Internacional (“Underwriting Agreement”), segundo o qual as instituições intermediárias da Oferta Internacional prestarão garantia firme, não solidária, de aquisição de [•] Ações Ordinárias, sob a forma de [•] ADSs. Segue abaixo a quantidade inicial de Ações Ordinárias, sob a forma de ADSs, que cada instituição intermediária da Oferta Internacional comprometer-se-á a distribuir: Coordenador Global. .............................................................. Unibanco Securities Inc. ........................................................ Total ....................................................................................... Número de Ações [•] [•] [•] O Contrato de Distribuição e o Underwriting Agreement estabelecem que a obrigação dos Coordenadores da Oferta Brasileira e das instituições intermediárias da Oferta Internacional de efetuar o pagamento pelas Ações Ordinárias está sujeita a determinadas condições, como a entrega de pareceres jurídicos por seus advogados. As Ações Ordinárias serão ofertadas pelas Instituições Participantes da Oferta Brasileira e pelas instituições intermediárias da Oferta Internacional pelo Preço de Venda. Os Coordenadores da Oferta Brasileira, em nome das Instituições Participantes da Oferta Brasileira, e o Coordenador Global, na qualidade de representante das instituições intermediárias da Oferta Internacional, celebrarão o Intersyndicate Agreement, dispondo sobre a coordenação de suas atividades. De acordo com os termos do Intersyndicate Agreement, o Coordenador Global e os Coordenadores da Oferta Brasileira poderão comprar ou vender Ações Ordinárias entre si. Garantia Firme De acordo com o Contrato de Distribuição e o Underwriting Agreement, a aquisição das Ações da Oferta Brasileira e das Ações da Oferta Internacional, respectivamente, será realizada em regime de garantia firme, não solidária. A garantia firme consiste na aquisição das Ações da Oferta Brasileira por cada um dos Coordenadores da Oferta Brasileira, pelo Preço de Venda, e na aquisição das Ações da Oferta Internacional por cada um dos Coordenadores da Oferta Internacional, pelo preço de venda por ADS indicado no prospecto definitivo da Oferta Internacional, nas respectivas quantidades indicadas acima. Tal garantia será vinculante a partir da conclusão do Procedimento de Bookbuilding e da celebração do Contrato de Distribuição ou do Underwriting Agreement, conforme o caso. Caso a aquisição das Ações Ordinárias alocadas não tenha sido totalmente liquidada até a Data de Liquidação, ao final de tal prazo os Coordenadores da Oferta Brasileira e os Coordenadores da Oferta Internacional realizarão a aquisição da totalidade do eventual saldo resultante da diferença entre o número de Ações Ordinárias objeto da garantia firme por eles prestada e o número de Ações Ordinárias efetivamente vendidas no mercado e liquidadas junto à CBLC pelos respectivos investidores, observado o limite da garantia firme prestada por cada um deles, conforme indicado acima. O preço de revenda de tal saldo de Ações Ordinárias junto ao público pelos Coordenadores da Oferta Brasileira e pelos Coordenadores da Oferta Internacional, durante o Prazo de Distribuição ou até a data de publicação do Anúncio de Encerramento, o que ocorrer primeiro, será, respectivamente, o Preço de Venda e o preço de venda por ADS indicado no prospecto definitivo da Oferta Internacional. 15 A liquidação da Oferta Brasileira está condicionada à liquidação da Oferta Internacional. Restrições à Negociação de Ações Ordinárias (Lock-up) Nós e os Acionistas Vendedores concordamos que não iremos promover a distribuição, vender ou transferir quaisquer ações ordinárias ou ADSs no prazo de 90 (noventa) dias a contar da data do Prospecto Definitivo sem o consentimento prévio por escrito do Coordenador da Oferta Global. Especificamente, nós e os Acionistas Vendedores concordamos, sujeito a determinadas exceções, que não iremos, direta ou indiretamente: • emitir ações ordinárias para distribuição pública; • oferecer, vender ou contratar a venda de quaisquer ações ordinárias ou ADSs; • vender qualquer opção ou contrato para compra de quaisquer ações ordinárias ou ADSs; • comprar qualquer opção ou contrato para venda de ações ordinárias ou ADSs; • conceder qualquer opção, direito ou warrant para venda de ações ordinárias ou ADSs; • emprestar ou dispor ou transferir de qualquer outra forma de quaisquer ações ordinárias ou ADSs; • solicitar ou requerer que nós solicitemos o registro relativo as ações ordinárias ou ADSs; ou • celebrar qualquer instrumento de swap ou outros acordos que transferem a outra pessoa, no todo ou em parte, qualquer dos direitos patrimoniais relativos às ações ordinárias, independentemente de qualquer destas operações de swap serem efetivamente liquidadas mediante a entrega de ações, ADSs ou quaisquer outros valores mobiliários, em dinheiro, ou de outra forma. Estas disposições de restrição de venda de ações aplicam-se a ações ordinárias, ADSs e a valores mobiliários conversíveis em, permutáveis por ou que admitam pagamento mediante entrega de, ações ordinárias ou ADSs. Estabilização do Preço de Ações Ordinárias Poderão ser realizadas atividades de estabilização do preço de Ações Ordinárias na BOVESPA pelo Citibank, por intermédio de uma corretora contratada, pelo prazo de até 30 (trinta) dias, contados da data do Prospecto Definitivo. Para tal fim, será celebrado contrato de prestação de serviços de estabilização de preço de ações ordinárias de emissão da Companhia, conforme minuta a ser previamente aprovada pela CVM e pela Bovespa. Cópia da versão assinada do contrato de estabilização, caso aprovado pela CVM e pela Bovespa, poderá ser obtida junto aos Coordenadores da Oferta, a partir da publicação do Anúncio de Início. Adicionalmente, o Coordenador da Oferta Global poderá realizar operações fora do Brasil para estabilizar ou manter o preço das Ações Ordinárias, sob a forma de ADSs. Especificamente, se o Coordenador Global criar posições de venda a descoberto das ADSs em relação à Oferta, ou seja, se eles venderem mais ADSs do que a quantidade indicada na capa do Prospecto Definitivo, o Coordenador Global poderá reduzir tais posições de venda mediante a compra das ADSs. Adicionalmente, de modo a cobrir excesso de demanda ou estabilizar o preço das ADSs, o Coordenador Global poderá comprar ADSs no mercado. Por fim, o Coordenador da Oferta Global poderá recuperar a comissão de colocação de um Coordenador da Oferta Internacional, no caso de o Coordenador Global ter de recomprar ADSs previamente distribuídos por tais coordenadores em operações de estabilização ou para cobrir posições de venda. As atividades de estabilização de preço das Ações Ordinárias e ADSs, eventualmente realizadas, serão exercidas ao exclusivo critério do Citibank ou do Coordenador Global, respectivamente. Além disso, nem nós nem os Acionistas Vendedores podemos prever o alcance dos efeitos das operações de estabilização sobre o preço das Ações Ordinárias e ADSs. Direitos, Vantagens e Restrições de Ações Ordinárias As Ações Ordinárias conferem a seus titulares: (a) (b) direito de voto nas deliberações das assembléias gerais da Companhia, sendo que cada Ação corresponderá a um voto; direito ao recebimento de dividendo anual de, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido ajustado na forma do artigo 202 da Lei das Sociedades por Ações; e 16 (c) direito a serem incluídas em oferta pública de aquisição de ações (tag-along) em decorrência da alienação de controle da Companhia, a 100% (cem por cento) do preço pago por ação ordinária do bloco de controle. Adicionalmente, as Ações Ordinárias farão jus a todos os demais benefícios a elas assegurados inclusive ao recebimento integral de dividendos e demais proventos de qualquer natureza que vierem a ser declarados, a partir da data de sua aquisição, nos termos do previsto na Lei das Sociedades por Ações, no Regulamento de Listagem do Novo Mercado e em nosso Estatuto Social. Veja Seção “Descrição do Capital Social”. Alteração das Circunstâncias, Revogação ou Modificação Nós e os Acionistas Vendedores, em conjunto, poderemos requerer que a CVM nos autorize a modificar ou cancelar a Oferta Brasileira, caso ocorram alterações posteriores, materiais e inesperadas nas circunstâncias inerentes à Oferta Brasileira existentes na data do pedido de registro de distribuição, que resulte em um aumento relevante nos riscos por nós assumidos. Adicionalmente, nós e os Acionistas Vendedores poderemos modificar, a qualquer tempo, a Oferta Brasileira, a fim de melhorar seus termos e condições para os investidores, conforme disposto no parágrafo 3o do artigo 25 da Instrução CVM n.º 400/03. Caso o requerimento de modificação nas condições da Oferta Brasileira seja aceito pela CVM, o prazo para distribuição da Oferta Brasileira poderá ser adiado em até 90 (noventa) dias, contados da aprovação do pedido de registro. Se a Oferta Brasileira for cancelada, os atos de aceitação anteriores e posteriores ao cancelamento serão considerados ineficazes. A revogação da Oferta Brasileira ou qualquer modificação na Oferta Brasileira será imediatamente divulgada por meio dos jornais nos quais realizamos as nossas publicações, veículo também usado para divulgação do Aviso ao Mercado e do Anúncio de Início, conforme disposto no artigo 27 da Instrução CVM n.º 400/03 (“Anúncio de Retificação”). Após a publicação do Anúncio de Retificação, os Coordenadores da Oferta Brasileira só aceitarão ordens no Procedimento de Bookbuilding e Pedidos de Reserva daqueles investidores que indicarem em campo específico estarem cientes dos termos do Anúncio de Retificação. Os investidores que já tiverem aderido à Oferta Brasileira serão considerados cientes dos termos do Anúncio de Retificação quando, passados 5 (cinco) dias úteis de sua publicação, não revogarem expressamente suas ordens no Procedimento de Bookbuilding ou Pedidos de Reserva. Nesta hipótese, as Instituições Participantes da Oferta Brasileira presumirão que os investidores pretendem manter a declaração de aceitação. Em qualquer hipótese a revogação torna ineficazes a Oferta Global e os atos de aceitação anteriores ou posteriores, devendo ser restituídos integralmente aos investidores aceitantes os valores dados em contrapartida às Ações Ordinárias, sem qualquer acréscimo, conforme disposto no artigo 26 da Instrução CVM n.º 400/03, sendo permitida a dedução do valor relativo à CPMF. Relacionamento entre a Companhia, os Acionistas Vendedores e os Coordenadores da Oferta Brasileira O Unibanco realizou as seguintes operações com a Companhia: (i) emissão de Notes no valor de US$275,0 milhões, das quais o Unibanco detém US$22,0 milhões; (ii) empréstimo sindicalizado no valor de US$100,0 milhões, dos quais o Unibanco detém US$19,5 milhões; (iii) empréstimo com o BNDES no valor de R$270,0 milhões, sendo R$60,0 milhões do Unibanco; (iv) o Unibanco detém debêntures da 5ª emissão de debêntures da Companhia, no valor total de R$51,4 milhões; e (v) o Unibanco detém debêntures da 6ª emissão de debêntures da Companhia, no valor total de R$120,0 milhões. O Citigroup possui um relacionamento comercial com a Companhia e a assessorou em uma emissão internacional de Notes no valor de US$200,0 milhões no ano de 2000. Atualmente, não há nenhuma operação de crédito em aberto com a Companhia. Instituição Financeira Depositária das Ações Ordinárias A instituição financeira contratada pela Companhia para prestação de serviços de escrituração das Ações Ordinárias é o Banco Itaú S.A.. Instituição Financeira Custodiante das Ações Ordinárias Subjacentes às ADSs A instituição financeira contratada pela Companhia para prestação de serviços de custódia das Ações Ordinárias subjacentes às ADSs é o Banco Itaú S.A.. 17 Instituição Financeira Depositária das ADSs A instituição financeira contratada pela Companhia para prestação de serviços de depositária das ADSs é o The Bank of New York. Informações Adicionais Mantemos registro de companhia aberta junto à CVM e as informações referentes ao referido registro encontramse atualizadas. Os Coordenadores da Oferta Brasileira recomendam aos investidores, antes de tomar qualquer decisão de investimento relativa à Oferta Brasileira, a consulta a este Prospecto. A leitura deste Prospecto possibilita aos investidores uma análise detalhada dos termos e condições da Oferta Global e, mais especificamente, da Oferta Brasileira, e dos riscos a elas inerentes. Para a obtenção de maiores informações sobre a Oferta Brasileira, os investidores interessados deverão contatar quaisquer das Instituições Participantes da Oferta Brasileira, nos endereços indicados abaixo: Coordenadores da Oferta Brasileira Unibanco – União de Bancos Brasileiros S.A. Av. Eusébio Matoso, n.o 891, 18º andar São Paulo – SP Tel (0xx11) 3097-4905 Banco Citibank S.A. Av. Paulista, 1.111 – 18o andar São Paulo – SP Tel (0xx11) 5576-1510 Corretoras Consorciadas Dependências das Corretoras Consorciadas indicadas no Aviso ao Mercado. Declaração da Companhia, dos Acionistas Vendedores e do Coordenador Líder Considerando que: (a) nós, os Acionistas Vendedores e o Coordenador Líder constituímos assessores legais para nos auxiliar na implementação da Oferta Global; (b) para tanto, foi efetuada due diligence na Companhia, iniciada em 09 de setembro de 2004, sendo que a due diligence prosseguirá até a data de divulgação do Prospecto Definitivo; (c) foram disponibilizados pela Companhia e pelos Acionistas Vendedores os documentos que estes consideraram materialmente relevantes para a Oferta Global; (d) além dos documentos acima mencionados, foram solicitados pelo Coordenador Líder documentos e informações adicionais relativos à Companhia; e (e) segundo informado pela Companhia, foram disponibilizados pela Companhia e pelos Acionistas Vendedores, para análise do Coordenador Líder e seus assessores legais, todos os documentos, bem como foram prestadas todas as informações, consideradas relevantes sobre os negócios da Companhia para permitir aos investidores a tomada de decisão fundamentada sobre a Oferta Global. Nós, os Acionistas Vendedores e o Coordenador Líder declaramos que o Prospecto Definitivo conterá, na data de início da Oferta Global, as informações relevantes necessárias ao conhecimento pelos investidores da oferta, dos valores mobiliários a serem ofertados, da Companhia, nossas atividades, situação econômico-financeira, os riscos inerentes a nossa atividade e quaisquer outras informações relevantes e será elaborado de acordo com as normas pertinentes. Esta declaração e a extensão da responsabilidade que será incorrida pelo Coordenador Líder, resultante desta declaração, é limitada pela assunção de que o Coordenador Líder recebeu toda informação solicitada a nossa Companhia e aos Acionistas Vendedores durante a due diligence, de modo a tornar esta declaração verdadeira e correta. 18 IDENTIFICAÇÃO DE ADMINISTRADORES, CONSULTORES E AUDITORES 1. Companhia Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Rua Costa Carvalho, n.º 300 São Paulo, São Paulo Sr. Rui de Britto Álvares Affonso Tel: (11) 3388-8247 2. Coordenador Líder Unibanco – União de Bancos Brasileiros S.A. Av. Eusébio Matoso, nº 891, 18º andar São Paulo, São Paulo Sr. Glenn Mallett Tel: (11) 3097-4905 3. Coordenador da Oferta Global Citigroup Global Market Inc. 388 Greenwich Street, 35º andar Nova Iorque, Estados Unidos da América Sr. Juan Carlos Jorge Tel: (1 212) 723-7070 4. Demais Coordenadores da Oferta Brasileira 4.1. Banco Citibank S.A. Av. Paulista, nº 1.111 – 18º andar São Paulo, São Paulo Sr. Márcio Guedes Pereira Jr. Tel: (11) 5576-1510 5. Consultores Legais 5.1. Consultor do Estado de São Paulo para Direito Brasileiro Elival da Silva Ramos - Procurador Geral do Estado de São Paulo Rua Pamplona, nº 227 - 7º andar São Paulo, São Paulo Tel: (11) 3372-6402 5.2. Consultor da CPP para Direito Brasileiro Mario Engler Pinto Junior Avenida Rangel Pestana, nº 300 - 5º andar São Paulo, São Paulo Tel: (11) 3243-3442 5.3. Consultor da Companhia para Direito Brasileiro Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados Alameda Joaquim Eugênio de Lima, nº 447 São Paulo, São Paulo Tel: (11) 3147-7600 19 5.4. Consultor da Companhia e dos Acionistas Vendedores para Direito dos Estados Unidos da América Clifford Chance US LLP 31 West 52nd Street Nova Iorque, Nova Iorque, Estados Unidos da América Tel: (1 212) 878-8000 5.5. Consultor das Instituições Intermediárias para Direito Brasileiro Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados Rua da Consolação, nº 247, 4º andar São Paulo, São Paulo Tel: (11) 3150-7000 5.6. Consultor das Instituições Intermediárias para Direito dos Estados Unidos da América White & Case LLP 1155 Avenue of the Americas Nova Iorque, Nova Iorque, Estados Unidos da América Tel: (1 212) 819-8656 6. Auditores 6.1. Auditores da Companhia Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes Rua Alexandre Dumas, nº 1.981 São Paulo, São Paulo Tel: (11) 5185-2444 20 CONSIDERAÇÕES SOBRE ESTIMATIVAS E PROJEÇÕES Este Prospecto inclui estimativas e projeções. Nossas estimativas e projeções têm por embasamento, em grande parte, as expectativas atuais e projeções sobre eventos futuros e tendências financeiras que afetam, ou poderiam afetar, os nossos negócios. Essas afirmações e estimativas estão sujeitas a riscos, incertezas e suposições, que incluem, entre outros: • interesses do nosso acionista controlador, o Estado de São Paulo; • nossa capacidade de cobrar valores devidos à nossa empresa por nosso acionista controlador e pelos municípios; • regulamentação governamental existente e futura, inclusive impostos e encargos cobrados de nossa empresa; • inexistência de concessão formal com a Cidade de São Paulo e outros municípios; • capacidade dos municípios de rescindir nossas concessões existentes; • capacidade de obtenção de concessões adicionais e de renovação das atuais concessões, quando dos respectivos vencimentos; • limitações para promover aumentos de tarifas; • nosso programa de investimentos e demais necessidades de liquidez e de recursos de capital; • nosso nível de endividamento e limitações da nossa capacidade de contrair dívidas adicionais; • crises provocadas pela seca e/ou eventos climáticos; • custos relativos à observância das leis ambientais e potenciais multas decorrentes da inobservância de tais leis; • resultados de processos judiciais dos quais somos ou possamos vir a ser parte; • conjuntura econômica, política e de outra natureza no Brasil e em outros países emergentes; • inflação e desvalorização monetária; • reforma na legislação fiscal brasileira; • cortes, racionamento ou instabilidade no fornecimento de energia elétrica; • as expectativas e estimativas da administração de nossa empresa quanto ao nosso desempenho financeiro futuro; • o tamanho e o crescimento da nossa base de clientes; e • outros fatores de risco apresentados na Seção “Fatores de Risco”. As palavras “acredita”, “pode”, “poderá”, “estima”, “continua”, “antecipa”, “pretende”, “espera” e termos similares têm por objetivo identificar estimativas. Tais estimativas referem-se apenas à data em que foram expressas, sendo que não assumimos a obrigação de atualizar publicamente ou revisar quaisquer dessas estimativas em razão da ocorrência de nova informação, eventos futuros ou de por qualquer outro motivo. Nenhuma dessas estimativas consiste em garantia de um desempenho futuro e todas envolvem riscos e incertezas. Em vista dos riscos e incertezas envolvidos, as estimativas e projeções constantes deste Prospecto podem não vir a ocorrer e nossos resultados futuros e nosso desempenho podem diferir substancialmente daqueles previstos em nossas estimativas em razão de inúmeros fatores. 21 APRESENTAÇÃO DAS INFORMAÇÕES FINANCEIRAS No presente Prospecto, os termos “dólar” e “dólares”, assim como o símbolo “US$”, referem-se à moeda oficial dos Estados Unidos da América. Os termos “Real”, “Reais” e o símbolo “R$” referem-se à moeda oficial do Brasil. Nossas demonstrações financeiras auditadas são apresentadas em reais e são elaboradas em conformidade com os princípios contábeis brasileiros, os quais tomam por base a Lei das Sociedades por Ações, as normas da CVM e as normas contábeis do IBRACON, adiante referido como Princípios Contábeis Brasileiros. O termo “GAAP dos Estados Unidos” refere-se aos princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos da América. As demonstrações financeiras auditadas ou revisadas incluídas no presente Prospecto foram elaboradas em conformidade com os Princípios Contábeis Brasileiros, os quais diferem em certos aspectos significativos do GAAP dos Estados Unidos. Algumas notas explicativas às demonstrações financeiras que integram os documentos relativos à Oferta Internacional diferem das notas explicativas que integram as demonstrações financeiras utilizadas neste Prospecto, e encontram-se a este anexadas. Não possuímos qualquer subsidiária. Alguns números constantes do presente Prospecto podem não representar totais exatos em virtude de arredondamentos efetuados. Sendo assim, os resultados totais constantes de algumas tabelas presentes neste Prospecto podem não corresponder ao resultado da soma dos números que os precedem. As informações e dados estatísticos relativos ao mercado em que atuamos foram obtidos junto a relatórios de consultorias independentes, órgãos governamentais e publicações em geral, ou junto aos nossos administradores, que se valeram de interpretações de relatórios internos, de conhecimentos do mercado e de fontes independentes para fornecê-los. Em que pese acreditarmos na credibilidade de tais fontes de informação, não realizamos qualquer verificação independente quanto àquelas informações ou dados estatísticos, pelo que não podemos garantir sua exatidão e completude. 22 SUMÁRIO DO PROSPECTO Este sumário destaca uma série de informações contidas ao longo do Prospecto. Antes de tomar uma decisão de investimento, o investidor deve ler cuidadosamente o Prospecto na sua íntegra, observando, inclusive, a seção “Fatores de Risco” e nossas demonstrações financeiras, que são parte integrante do Prospecto. Exceto se de outra forma especificado, o total de ações referido neste Prospecto não reflete o exercício das Opções por parte dos Coordenadores da Oferta Brasileira e do Coordenador da Oferta Global. SABESP Acreditamos ser a maior companhia de prestação de serviços de água e esgoto da América Latina, levando-se em consideração a nossa receita líquida e nossa base de clientes em 2003. Operamos sistemas de água e esgoto no Estado de São Paulo, onde está localizada a maior cidade do Brasil, a cidade de São Paulo. De acordo com o IBGE, o Estado de São Paulo é o mais populoso e economicamente produtivo do Brasil. Prestamos serviços de água e esgoto para uma grande variedade de consumidores residenciais, comerciais, industriais e públicos (1) na área à qual nos referimos como Região Metropolitana de São Paulo, que compreende 33 municípios na área metropolitana do Estado de São Paulo, e (2) na área à qual nos referimos como Sistemas Regionais, que compreende 335 municípios no interior e no litoral do Estado de São Paulo, perfazendo uma área de atuação total que abrange 368 dos 645 municípios do Estado de São Paulo. Também fornecemos água por atacado a 6 municípios da Região Metropolitana de São Paulo nos quais não operamos os sistemas de água. A Região Metropolitana de São Paulo e os Sistemas Regionais foram responsáveis por, respectivamente, 74% e 26% de nossas receitas líquidas de vendas e serviços prestados no semestre encerrado em 30 de junho de 2004. Em 30 de junho de 2004, distribuímos água a, aproximadamente, 22,2 milhões de pessoas, o que estimamos representar cerca de 60% da população urbana do Estado de São Paulo, através de 57.976 quilômetros de tubulações e adutoras de água e mais de 6,3 milhões de ligações de água. Em 30 de junho de 2004, prestávamos serviços de coleta e tratamento de esgoto para cerca de 18 milhões de pessoas, ou um índice de cobertura de esgoto de 78%, através de 35.692 mil quilômetros de linhas de coleta de esgoto e, aproximadamente, 4,5 milhões de ligações de esgoto. Adicionalmente, efetuamos atualmente a venda de água por atacado a 6 municípios que têm população estimada de 3,1 milhões ao todo. Obtivemos receita líquida das vendas e serviços de R$4.130,8 milhões em 2003 e receita líquida de R$2.126,3 milhões no semestre encerrado em 30 de junho de 2004. Nossos ativos totalizavam R$16.441,5 milhões e o nosso patrimônio líquido era de R$7.580,9 milhões em 30 de junho de 2004. Nos termos de nosso Estatuto Social e da legislação estadual, o Estado de São Paulo, nosso acionista controlador, deve ser titular de, pelo menos, metade mais uma de nossas ações ordinárias. Após a Oferta Global, o Estado de São Paulo será proprietário de 50,3% de nossas ações ordinárias, partindo-se da premissa de que as Opções foram integralmente exercidas pelos Coordenadores da Oferta Brasileira e pelo Coordenador da Oferta Global. Nossos Pontos Fortes Acreditamos que a nossa posição de destaque nos negócios, nossa evolução e perspectivas futuras são o reflexo de nossos principais pontos fortes, os quais encontram-se listados abaixo: • Negócios Consolidados em Escalas Relevantes. Acreditamos ser a maior companhia de água e esgoto da América Latina e únicos fornecedores de serviços de água e esgoto nas áreas em que atuamos. Prestamos serviços de água a, aproximadamente, 22,2 milhões de pessoas e serviços de esgoto a, aproximadamente, 18 milhões de pessoas, ou um índice de cobertura de esgoto de 78%. Apresentamos um histórico consistente de crescimento de receita e fluxo de caixa constante que financiam uma parte considerável de nossas despesas de capital, bem como de distribuição regular de dividendos aos nossos acionistas. O tamanho de nossas operações nos possibilita alcançar economias de escala que impactam positivamente nossos negócios. • Operações no Estado mais Próspero e Populoso do Brasil. O Estado de São Paulo, localizado na região mais desenvolvida e economicamente ativa do país, é o mais populoso do Brasil, com uma população estimada de 39,3 milhões de pessoas, em 30 de junho de 2004. A Cidade de São Paulo tinha uma população estimada de 10,7 milhões, em 30 de junho de 2004, com 18,9 milhões de habitantes na região metropolitana principal. O PIB do Estado de São Paulo, em 2003, representou, aproximadamente, 35% do PIB total brasileiro, o que faz do Estado de São Paulo a maior economia dentre os Estados brasileiros, de acordo com dados do IBGE. 23 • Claras Oportunidades de Crescimento. Atualmente temos um índice de cobertura de esgoto de 78% e planejamos aumentar este número para 85% até 2008, acrescentando mais 835 mil ligações de esgoto. Adicionalmente, há a possibilidade de adquirirmos concessões de água e esgoto em municípios no Estado de São Paulo nos quais ainda não operamos ou aos quais somente fornecemos água por atacado. Isto representa uma população total de aproximadamente 15 milhões. Desde 1º de janeiro de 1997, obtivemos 33 novas concessões (representando uma população total de 1,4 milhão de habitantes). • Operação de Alta Qualidade e Tecnologia Atualizada. Acreditamos que nossa Companhia presta serviços com alto padrão de qualidade e utiliza tecnologia de ponta no mercado de saneamento. Cinco de nossos laboratórios de qualidade de água na Região Metropolitana de São Paulo receberam a certificação ISO 9001/2000 e três nos Sistemas Regionais a certificação ISO-17025 pela capacidade de nossos sistemas de gerenciamento em atender a necessidade de nossos clientes e a capacidade técnica que nossos laboratórios têm de produzir resultados. Acreditamos que nossa tecnologia aumenta a eficiência e qualidade de nossas operações. • Acesso a Financiamentos. Nos beneficiamos de financiamentos de longo prazo junto a agências multilaterais de fomento e a bancos de investimento, tanto nacionais quanto internacionais, com taxas de juros atrativas. Os nossos investimentos são suportados por tais financiamentos, em complementação aos recursos disponibilizados pelo nosso fluxo de caixa de nossas operações. • Boas Práticas de Governança Corporativa. Em 2002, aderimos e atualmente somos a única companhia de economia mista listada no segmento do Novo Mercado da BOVESPA. Nesta qualidade, nos comprometemos a adotar determinadas práticas de governança corporativa e de divulgação de informações adicionais àquelas requeridas pela lei brasileira. Estas práticas de governança corporativa demandam o incremento dos direitos dos acionistas e aumentam o nível das informações disponibilizadas aos nossos acionistas. Nossa Estratégia Nossa missão é melhorar a qualidade de vida da população do Estado de São Paulo e, em particular, atender à crescente demanda por serviços de água e esgoto de maneira responsável em termos ambientais. Estamos procurando expandir e aperfeiçoar nossas operações de forma que possamos também cumprir nossas metas e maximizar o valor dos acionistas. A fim de atingir tais objetivos, definimos oito metas estratégicas: • Continuar a Expandir os Serviços de Água e Esgoto em nossa Área de Operação. Nosso objetivo é manter a nossa cobertura universal de fornecimento de água, bem como aumentar a penetração do serviço de coleta e tratamento de esgoto nas áreas em que operamos. Pretendemos continuar a manter 100% de cobertura de água e, assim, a fim de atendermos ao crescimento populacional, pretendemos realizar 795 mil novas ligações de água até 2008. Pretendemos, ainda, aumentar a nossa taxa de cobertura para os serviços de coleta de esgoto para 85%, mediante a realização de 835 mil novas ligações de esgoto até 2008. • Manutenção das nossas Concessões Atuais e Obtenção de Novas Concessões e Operações. Organizamos um grupo de trabalho para acompanhar o vencimento de concessões, na medida em que estes ocorrerem. Adicionalmente, estamos sempre estudando a possibilidade de obtermos novas concessões para a prestação dos serviços de água e esgoto em municípios do Estado de São Paulo nos quais ainda não operamos, ou para os quais apenas fornecemos água por atacado. • Estabelecer Tarifas que Cubram os Custos de Nossas Operações e Possibilitem o Retorno de nossos Investimentos. Periodicamente reajustamos nossas tarifas relativas aos serviços de água e esgoto. Para tanto, valemo-nos de uma fórmula transparente que prevê o impacto da inflação, cobre os nossos custos operacionais, dentre outras despesas, assim como prevê um retorno sobre os nossos investimentos. Geralmente reajustamos nossas tarifas uma vez ao ano, durante o mês de agosto, para um período de 12 meses. Nosso reajuste mais recente foi um aumento de 6,8% das nossas tarifas de água e esgoto, em vigor desde 29 de agosto de 2004. • Continuidade na Redução de Custos Operacionais e no Aumento da Produtividade. Continuamos nossos esforços para diminuir custos operacionais e aumentar nossos índices de produtividade, principalmente . Para podermos atingir esse objetivo planejamos reduzir nossas despesas com folha de salários pela redução 24 de nosso quadro de funcionários e automatizando algumas de nossas operações. Entre dezembro de 2003 e junho de 2004, reduzimos o número de nossos empregados em 4%, o que resultou no aumento do nosso índice de ligações de água e esgoto por empregado de 566 para 615. • Aumentar a Eficiência Operacional e Redução das Perdas de Água. Procuramos reduzir as nossas perdas físicas de água, através da substituição e reparo de tubulações e adutoras de água e através da instalação de equipamentos de sondagem e outros, incluindo válvulas, em pontos estratégicos, para regular pressão. Pretendemos, ainda, reduzir as perdas não-físicas de água através da substituição de hidrômetros pouco precisos e do aumento na terceirização dos serviços de medição de consumo para as regiões localizadas fora da Região Metropolitana de São Paulo. Esperamos, até 2008, ter reduzido de 32% para 26% as perdas de água na Região Metropolitana de São Paulo, que responde por 74% de nossas operações. • Maior Eficiência na Cobrança de Contas Vencidas e Não Pagas. Continuamos a nos empenhar para melhorar a eficiência na cobrança de contas vencidas e não pagas por municípios do Estado de São Paulo aos quais fornecemos água por atacado, assim como por alguns outros entes públicos. Estamos cobrando os valores devidos e não pagos e, em alguns casos, procurando oportunidades para permutá-los por infraestruturas ou pelo direito de operação de serviços de água e esgoto alguns municípios. Por exemplo, adquirimos recentemente o direito de operar os serviços de água e esgoto do Município de São Bernardo do Campo por meio da transferência, do município para nós, de todos os ativos relacionados a água e esgoto, a título de dação em pagamento de parte das contas vencidas e não pagas por aquele município. • Diversificação de Fontes de Financiamento. Nossa meta é continuar a identificar e assegurar fontes diversas de financiamento, públicas e privadas, com ênfase na captação de empréstimos em moeda local, a fim de reduzir nossa exposição ao risco cambial, e de longo prazo, para cobrir nossos ativos duráveis. • Manutenção de Relações Estreitas com Governos Municipais e com Clientes. Nos reunimos com regularidade com os prefeitos e organizamos Comissões Regionais de Gestão, compostas por representantes de prefeituras e nossos diretores para discutir os serviços de saneamento básico, investimentos, tarifa e demais questões. Buscamos, ainda, a melhora das nossas relações com os nossos consumidores, mediante a diminuição do prazo para a realização de novas ligações de água e esgotos bem como por meio de um programa de relações públicas direcionado à melhoria da nossa imagem. Acreditamos que estas medidas aumentarão nossas chances de, no futuro, renovar nossas atuais concessões, assim como de obter novas concessões. 25 INFORMAÇÕES CADASTRAIS DA COMPANHIA Identificação........................................................... Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP, sociedade de economia mista inscrita no CNPJ/MF sob o n.º 43.776.517/0001-80 Sede....................................................................... Rua Costa Carvalho, n.º 300 05429-900 – São Paulo – SP Data de registro da Emissora na CVM como companhia aberta.................................................. 27 de junho de 1994 Diretor de Relações com Investidores (responsável Sr. Rui de Britto Álvares Affonso por eventuais esclarecimentos sobre o Programa de Rua Costa Carvalho, n.º 300 Distribuição)...................................................... 05429-900 – São Paulo – SP Tel.: (11) 3388-8247 Fax: (11) 3815-4465 Auditores Independentes........................................ Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes Acionista Controlador........................................ Estado de São Paulo Títulos e Valores Mobiliários Emitidos nos Mercados Doméstico e Internacional..................... Ações, ADSs, debêntures simples, notas promissórias e Eurobônus Jornais nos quais Divulga Informações.................... As informações referentes à Emissora são divulgadas no Diário Oficial do Estado de São Paulo e nos jornais Folha de São Paulo, ou O Estado de São Paulo, ou Valor Econômico ou Gazeta Mercantil Website e e-mail para informações aos investidores e ao mercado......................................................... www.sabesp.com.br 26 ESTRUTURA DA OFERTA GLOBAL Acionistas Vendedores Os Acionistas Vendedores da Oferta são: Estado de São Paulo e Companhia Paulista de Parcerias – CPP. Ações Ordinárias Ofertadas: Estado de São Paulo CPP Total 226.256.628 Ações Ordinárias. 5.046.058.318 Ações Ordinárias. 5.272.314.946 Ações Ordinárias. Oferta Brasileira [•] ([•]) Ações Ordinárias serão distribuídas no âmbito da Oferta Brasileira pelas Instituições Participantes da Oferta Brasileira, em regime de garantia firme, não solidária, nos termos da Instrução CVM n.º 400/03. Oferta Internacional A Oferta Internacional ocorrerá simultaneamente à Oferta Brasileira. [•] ([•]) Ações Ordinárias serão distribuídas no âmbito da Oferta Internacional, sob a forma de ADSs, pelo Coordenador Global, em regime de garantia firme, não solidária, nos termos do Securities Act of 1933 editado pela SEC. Realocação de Ações Ordinárias no âmbito da Oferta Global Poderá haver realocação de Ações Ordinárias entre a Oferta Brasileira e a Oferta Internacional e vice-versa, em função da demanda verificada no Brasil e no exterior durante o curso da presente Oferta Global. American Depositary Shares Cada ADS corresponderá a 250 (duzentos e cinqüenta) Ações Ordinárias. As ADSs serão representadas por American Depositary Receipts, ou ADRs. As Ações Ordinárias estão custodiadas junto ao Banco Itaú S.A., na qualidade de custodiante das Ações Ordinárias representativas das ADSs emitidas pelo The Bank of New York. Opções de Ações e ADSs Adicionais Conforme previsto no artigo 24 da Instrução CVM n.º 400/03, os Acionistas Vendedores concederão aos Coordenadores da Oferta Brasileira uma opção, a ser exercida pelo Citibank, para aquisição de um lote suplementar de Ações Ordinárias equivalente a até 15% do total das Ações Ordinárias inicialmente ofertadas na Oferta Brasileira. Adicionalmente, os Acionistas Vendedores concederão ao Coordenador Global uma opção para a aquisição de um lote suplementar de Ações Ordinárias, sob a forma de ADSs equivalente a até 15% do total das ADSs inicialmente ofertadas na Oferta Internacional. A soma das Ações Adicionais e Ações Ordinárias representadas pelas ADSs Adicionais totalizam 790.847.241 (setecentos e noventa milhões, oitocentos e quarenta e sete mil, duzentos e quarenta e uma) Ações Ordinárias. As Opções serão destinadas exclusivamente a atender a um eventual excesso de demanda que vier a ser constatado no decorrer da Oferta Global e poderão ser exercidas no prazo de até 30 dias a contar da data do Prospecto Definitivo de Distribuição Pública Secundária de Ações Ordinárias de Emissão da Companhia, nas mesmas condições e preço das Ações Ordinárias e ADSs inicialmente ofertadas. 27 Destinação de Recursos Não receberemos quaisquer recursos provenientes da venda das Ações Ordinárias oferecidas no âmbito da Oferta Global. Os Acionistas Vendedores receberão todos os recursos líquidos provenientes da venda das Ações Ordinárias no âmbito da Oferta Global. Ações Ordinárias em circulação antes e após a Conclusão da Oferta Global 28.479.577.827 Ações Ordinárias. Dividendos De acordo com a Lei das Sociedades por Ações e com nosso Estatuto Social, somos obrigados a distribuir dividendo obrigatório em valor igual a um percentual não inferior a 25% do lucro líquido anual ajustado, sujeito a ajustes e exceções, aos detentores de ações ordinárias. Os detentores das nossas Ações Ordinárias farão jus a dividendos e demais proventos de qualquer natureza que vierem a ser declarados a partir da data de sua aquisição. Poderemos, ainda, distribuir resultados sob a forma de juros sobre o capital próprio. Veja Seção “Dividendos e Política de Dividendos” e “Descrição do Capital Social”. Lock-up Nós e os Acionistas Vendedores concordamos que, ressalvadas determinadas exceções, não iremos promover a distribuição, vender ou transferir quaisquer ações ordinárias ou ADSs no prazo de 90 dias a contar da data do Prospecto Definitivo sem o consentimento prévio por escrito do Coordenador da Oferta Global. Fatores de Risco Para uma explicação acerca dos fatores que devem ser considerados antes da decisão de investimento nas Ações Ordinárias, veja a Seção “Fatores de Risco”, além de outras informações incluídas no presente Prospecto. Símbolos de Negociação Nossas Ações Ordinárias são negociadas na BOVESPA sob o símbolo “SBSP3”, e na NYSE sob o símbolo “SBS”. 28 RESUMO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E INFORMAÇÕES OPERACIONAIS Apresentamos a seguir um resumo de nosso histórico financeiro e informações sobre nossas operações. O investidor deve ler estas informações conjuntamente com nossas demonstrações financeiras auditadas e respectivas notas explicativas, incluindo as informações contidas nas Seções “Apresentação das Informações Financeiras”, “Informações Financeiras e Operacionais Selecionadas” e “Análise e Discussão da Administração sobre a Situação Financeira e o Resultado das Operações” deste Prospecto. 2001 Em 31 de dezembro de Semestre findo em 30 de junho de 2002 2003 2003 2003 2004 2004 (em milhões, exceto os dados por ação e por ADS) Princípios Contábeis Brasileiros Dados da Demonstração do Resultado: Receita líquida das vendas e serviços Custo de vendas e de serviços prestados Lucro bruto Despesas com venda Despesas gerais e administrativas Despesas financeiras, líquidas Lucro (prejuízo) operacional(1) Receitas (despesas) não operacionais Lucro (prejuízo) antes do imposto de renda e contribuição social Imposto de Renda e contribuição social Item extraordinário, líquido de imposto de renda e contribuição social (2) Lucro (prejuízo) líquido Lucro (prejuízo) líquido por lote de mil ações ordinárias Lucro (prejuízo) líquido por ADS Dividendos e juros sobre o capital próprio por 1.000 ações ordinárias Dividendos e juros sobre o capital próprio por ADS Número de ações ordinárias em circulação no final do exercício (em milhares de ações) Dados do Balanço: Caixa e Disponibilidades Contas a receber de clientes, líquido Reembolso benefícios de pensão pagos Recebíveis a curto e longo prazo decorrentes de contratos com o Governo do Estado (3) Imobilizado Total do ativo Total dos empréstimos e financiamentos de curto prazo Total dos empréstimos e financiamentos de longo prazo Total do Passivo Patrimônio Líquido Outras Informações Financeiras: Caixa gerado pelas atividades operacionais (4) Caixa oriundo de (utilizado em) atividades de investimento (4) Caixa utilizado em atividades de financiamento (4) EBITDA Ajustado (5) Investimentos(4) Depreciação e Amortização R$ R$ R$ US$ R$ R$ US$ 3.434,8 (1.590,4) 1.844,3 (332,6) (203,1) (1.105,2) 203,4 (76,9) 3.767,1 (1.815,0) 1.952,2 (385,1) (226,0) (2.276,3) (935,3) (3,4) 4.130,8 (2.067,1) 2.063,6 (297,5) (254,1) (346,5) 1.165,5 (54,5) 1.329,3 (665,2) 664,1 (95,7) (81,8) (111,5) 375,1 (17,5) 1.965,9 (980,8) 985,2 (186,2) (107,5) 86,5 778,0 (32,0) 2.126,3 (1.082,9) 1.043,4 (231,3) (138,8) (568,6) 104,7 (11,5) 684,2 (348,5) 335,8 (74,4) (44,7) (183,0) 33,7 (3,7) 126,5 (938,7) 1.111,1 357,6 745,9 93,2 30,0 89,7 323,3 (242,6) (78,1) (223,9) (33,5) (10,8) — (35,1) (35,1) (11,3) (17,6) (17,6) (5,7) 216,2 (650,5) 833,3 268,2 504,5 42,2 13,6 7,59 (22,84) 29,26 9,4 17,71 1,48 0,5 1,90 (5,71) 7,32 2,4 4,43 0,37 0,1 17,20 3,80 17,70 5,7 5,56 1,38 0,4 — 0,95 4,43 1,4 1,39 0,34 0,1 28.479.578 28.479.578 28.479.578 28.479.578 28.479.578 28.479.578 28.479.578 460,2 787,0 326,3 414,7 820,5 403,9 281,0 996,8 491,0 90,4 320,8 158,0 1.068,0 839,0 442,7 102,9 970,5 527,6 33,1 312,3 169,8 378,3 423,7 164,2 52,8 421,2 215,3 69,3 13.510,0 15.917,9 13.670,8 16.348,7 14.063,2 16.530,7 4.525,6 5.319,6 13.633,3 16.861,1 14.029,9 16.441,5 4.514,9 5.290,9 549,3 1.332,5 997,0 320,8 1.189,7 1.116,4 359,3 5.920,6 6.545,2 6.267,3 2.016,8 6.648,7 6.202,0 1.995,8 7.921,2 7.996,7 9.102,2 7.246,5 8.953,7 7.576,9 2.881,3 2.438,3 9.267,8 7.593,2 8.860,6 7.580,9 2.851,4 2.439,5 1.657,0 1.764,8 1.655,3 532,7 880,5 811,1 261,0 (709,5) (597,2) (650,8) (209,4) (226,3) (317,6) (102,2) (763,6) (1.165,7) (1.138,2) (366,3) (47,5) (671,6) (216,1) 1.785,9 694,6 477,3 1.860,1 586,0 519,1 2.076,5 641,3 564,5 668,2 206,4 181,6 960,9 222,3 269,4 966,1 317,7 292,7 310,9 102,2 94,2 29 Em 31 de dezembro de Dados Operacionais (encerramento do período): Número de ligações de água (em milhões) Número de ligações de esgoto (em milhões) Porcentagem da população com ligações de água Porcentagem da população com ligações de esgoto Volume de água faturada durante o período (em milhões de metros cúbicos) Porcentagem de perda de água (média) (6) Número de empregados Semestre findo em 30 de junho de 2003 2004 2001 2002 2003 5.717 4.128 100% 76% 5.898 4.304 100% 77% 6.044 4.462 100% 78% 5.975 4.385 100% 78% 6.285 4.673 100% 78% 1.698,0 1.770,0 1.765,0 888,6 837,9 32,6% 18.159 31,7% 18.505 33% 18.546 32,5% 18.355 33,5% 17.807 ________________________ (1) Incluindo despesas financeiras líquidas. (2) O item extraordinário levado a débito da conta de resultado nos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2002 e 2003 e seis meses findos em 30 de junho de 2003 e 2004 refere-se à amortização (ao longo do período de cinco anos) da responsabilidade atuarial registrada em 31 de dezembro de 2001, quando do reconhecimento pela primeira vez do plano de pensão de benefício definido. A apresentação do débito como item extraordinário é compatível com as instruções da Comissão de Valores Mobiliários. (3) Recebíveis de curto e longo prazo dos contratos com o Estado representam valores devidos pelo Estado por serviços de água e esgoto. Valores para 2003 e 30 de junho de 2004 são refletidos líquidos de R$401,7 milhões e R$347,0 milhões, respectivamente, referentes a valores devidos ao Estado relativos a juros sobre capital próprio, que foram destinados à compensação recíproca nos termos do contrato celebrado entre as partes, com alterações posteriores. Vide Nota 6 das nossas demonstrações financeiras auditadas. (4) Baseado nas demonstrações de fluxo de caixa relativas aos anos encerrados em 31 de dezembro de 2002 e de 2003, e para o período de 6 meses encerrado em 30 de junho de 2004, conforme a Nota 26 das demonstrações financeiras preparadas para os fins da Oferta Internacional e anexas ao presente Prospecto. (5) EBITDA significa o resultado líquido antes de despesas financeiras, líquidas, imposto de renda e contribuição social (tributo sobre a renda), depreciação e amortização, e resultado não operacional, líquido. O EBITDA não é uma medida aceita pelas práticas contábeis adotadas no Brasil, não representa fluxo de caixa para os períodos apresentados e não deve ser considerado como uma alternativa para o lucro (prejuízo) líquido, como um indicador de nosso desempenho operacional ou como uma alternativa para o fluxo de caixa como indicador de liquidez. Nossa definição de EBITDA não deve ser comparada com definições de EBITDA de outras empresas. Embora o EBITDA, conforme definição supra, não forneça uma medida aceita pelas práticas contábeis adotadas no Brasil de desempenho operacional, nossa administração a utiliza para medir nosso desempenho operacional e a mesma é comumente utilizada pelos analistas financeiros para avaliar nossos negócios. O EBITDA é calculado da seguinte maneira: Princípios Contábeis Brasileiros Lucro (prejuízo) Líquido Acrescentar: Despesas financeiras (receitas), líquido Imposto de Renda e Contribuição Social Depreciação e Amortização Item extraordinário, líquido de Imposto de Renda e Contribuição Social Subtotal Despesa não operacional, líquida EBITDA…………… No exercício encerrado em 31 de dezembro de 2001 2002 2003 2003 (em milhões) R$ R$ R$ US$ Semestre findo em 30 de junho de 2003 2004 2004 R$ R$ US$ 216,2 (650,5) 833,3 268,2 504,5 42,2 13,6 1.105,2 2.276,3 346,5 111,5 86,5 568,6 183,0 (89,7) (323,3) 242,6 78,1 223,9 33,5 10,8 477,3 519,1 564,5 181,6 269,4 292,7 94,2 — 35,1 35,1 11,3 17,6 17,6 5,7 1.709,0 1.856,7 2.022,0 650,7 928,9 954,6 307,2 76,9 3,4 54,5 17,5 32,0 11,5 3,7 1.785,9 1.860,1 2.076,5 668,2 960,9 966,1 310,9 (6) Inclui tanto perda física como não física. O percentual de perda de água representa o quociente resultante da divisão (a) da diferença entre (i) o volume total de água produzido por nós (após exclusão de certas perdas não físicas de água especificadas abaixo), e (ii) o volume total de água faturado por nós aos consumidores, pelo (b) volume total de água por nós produzido (após exclusão de certas perdas não físicas de água especificadas abaixo). Excluímos do nosso cálculo de perdas de água o seguinte: • água utilizada para manutenção periódica de adutoras e reservatórios de água; • água fornecida para uso de municípios, como por exemplo, para combate a incêndios; • água consumida em nossos estabelecimentos; e • perdas de água estimadas associadas à água que fornecemos a favelas. 30 FATORES DE RISCO Antes de tomar qualquer decisão de investimento nas Ações Ordinárias, os potenciais investidores devem considerar e analisar cuidadosamente todas as informações disponíveis neste Prospecto e, em particular, nos riscos mencionados abaixo. Caso qualquer dos riscos ou incertezas aqui descritos efetivamente ocorra, nossos negócios, situação financeira e resultados operacionais poderão ser afetados de forma substancialmente adversa. Neste caso, o preço das Ações Ordinárias poderá diminuir e os investidores poderão perder uma parcela ou a totalidade do valor investido. Riscos Relacionados ao Brasil A conjuntura política e econômica do Brasil, além de outras condições, poderão influenciar adversamente nossas atividades e o preço de nossas ações ordinárias. A economia brasileira tem sido caracterizada por intervenções do Governo Federal que, por meio de alterações políticas, monetárias e creditícias buscaram, com freqüência, influenciar a economia do País. Os atos do Governo Federal para controlar a inflação e implementar outras políticas incluíram o controle de salários e preços, desvalorizações da moeda, aumentos das taxas básicas de juros do Banco Central, controles de capitais e limites a importações, e outras medidas, tais como, o bloqueio de contas bancárias. As medidas adotadas pelo Governo Federal no tocante à economia poderão ter importante efeito sobre as empresas brasileiras e outras entidades, inclusive sobre nós, e sobre as condições de mercado e preços de títulos brasileiros, incluindo nossas ações e títulos de dívida. Nossa situação financeira e resultado operacional poderão ser adversamente afetados pelos fatores abaixo ou pela resposta do Governo Federal aos mesmos: • desvalorizações e outras flutuações cambiais; • inflação; • políticas de controle cambial; • instabilidade social; • instabilidade de preços; • escassez de energia elétrica; • taxas de juros; • liquidez dos mercados financeiro e de capitais; • política fiscal; e • outros aspectos políticos, sociais e econômicos que afetem o Brasil. O Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, tomou posse em 1º de janeiro de 2003. No período que antecedeu a sua eleição e por um período de tempo subseqüentemente a ela, houve incertezas significativas com relação às políticas que o novo governo adotaria, inclusive com relação à potencial implementação de políticas macroeconômicas que diferissem de forma significativa das políticas do governo anterior. Essas incertezas resultaram em baixo nível de confiança no mercado brasileiro de capitais, contribuindo para rápida desvalorização do real frente ao dólar dos Estados Unidos da América durante o referido período. Apesar de o atual governo não ter alterado substancialmente a política adotada pelo governo anterior, e de o real ter valorizado 22,3% frente ao dólar dos Estados Unidos da América durante o ano de 2003, antes de desvalorizar 7,0% durante os seis primeiros meses de 2004, permanece a preocupação com as políticas a serem adotadas pelo atual governo brasileiro. Incertezas quanto à manutenção das políticas atuais ou adoção de novas políticas no futuro poderão contribuir para a incerteza econômica no Brasil e para o aumento da volatilidade no mercado de capitais brasileiro. Além disso, as próximas eleições municipais e estaduais estão previstas para ocorrer em outubro de 2004 e outubro de 2006, respectivamente. Não podemos prever o resultado dessas eleições, as políticas a serem adotadas pela atual ou futuras administrações ou os efeitos de tais políticas. Qualquer reação negativa significativa às políticas adotadas de tempos em tempos pelo Governo Federal poderia afetar adversamente os nossos fluxos de caixa, resultados operacionais, condição financeira, perspectivas e o preço de mercado de nossas ações ordinárias. 31 Qualquer desvalorização adicional do real poderá prejudicar nossa capacidade de honrar o serviço da dívida em moeda estrangeira e poderá causar a queda do preço de mercado de nossas ações ordinárias. A moeda brasileira tem se desvalorizado periodicamente nas últimas quatro décadas. Durante todo esse período, o Governo Federal implementou vários planos econômicos e utilizou diversas políticas cambiais, incluindo máxi e mini desvalorizações periódicas (durante as quais a periodicidade de reajustes variou entre diária e mensal), controles cambiais, mercados de câmbio múltiplos e regime de taxa de câmbio flutuante. De tempos em tempos, há significativas variações cambiais entre a moeda brasileira e o dólar dos Estados Unidos da América, bem como outras moedas. Por exemplo, em 2000, 2001 e 2002, o real desvalorizou-se 8,5%, 15,7% e 34,3%, respectivamente, tendo valorizado 22,3% em 2003 e desvalorizado 7,0% no semestre finalizado em 30 de junho de 2004 em relação ao dólar dos Estados Unidos da América. Na hipótese de desvalorização significativa do real em relação ao dólar dos Estados Unidos da América ou outras moedas, a capacidade de cumprir nossas obrigações em moeda estrangeira poderá ser adversamente afetada, principalmente porque nossas receitas provenientes de tarifas e demais fontes de receita são exclusivamente praticadas em reais. Ademais, uma vez que possuímos significativa parcela de nosso endividamento em moeda estrangeira, qualquer desvalorização significativa do real durante um exercício fiscal aumentará nossas despesas financeiras em decorrência das perdas cambiais que devemos registrar. Possuíamos, em 30 de junho de 2004, uma dívida total consolidada de R$7.318,5 milhões, sendo R$3.147,8 milhões em moeda estrangeira, e prevemos que poderemos incorrer em valores significativos de dívida em moeda estrangeira no futuro. Como exemplo, nossas despesas financeiras e nosso resultado operacional referentes a 2003 foram afetados positivamente em 65% graças à valorização do real frente ao dólar dos Estados Unidos da América em 2003 e afetados negativamente em 7,0% devido à desvalorização do real em relação ao dólar dos Estados Unidos da América durante os seis meses encerrados em 30 de junho de 2004. Atualmente, não possuímos mecanismos de proteção contra variação cambial (hedge). As medidas governamentais para combater a inflação, bem como a especulação pública acerca de ações futuras possíveis, poderão contribuir significativamente para a incerteza econômica no Brasil e provocar queda no preço de nossas ações e títulos de dívida. O Brasil, historicamente, vivenciou altas taxas de inflação. A inflação por si só, bem como certas medidas governamentais visando ao seu combate tiveram, de modo geral, efeitos negativos sobre a economia brasileira. A inflação, as ações para seu combate e especulações do público sobre medidas futuras que seriam adotadas também contribuíram em grande parte para a instabilidade econômica no Brasil e uma maior volatilidade relativa ao mercado brasileiro de valores mobiliários. A inflação, medida pelo IGPM, foi de 20,1% em 1999, 10% em 2000, 10,4% em 2001, 25,3% em 2002 e 8,7% em 2003 e 6,8% nos primeiros seis meses de 2004. Não podemos assegurar que os níveis de inflação no Brasil não aumentarão no futuro próximo e não causarão um efeito material adverso sobre nossos fluxos de caixa, resultados operacionais ou condição financeira. Se o Brasil enfrentar acentuados índices de inflação no futuro, nossos custos e despesas poderão aumentar, poderemos não ser capazes de aumentar nossas tarifas a fim de neutralizar os efeitos da inflação e nosso desempenho financeiro geral poderá ser adversamente afetado. Além disso, um aumento significativo da inflação poderá enfraquecer a confiança dos investidores no Brasil, de sorte a provocar queda no preço de mercado de nossas ações e títulos de dívida. Lei Federal poderá, em tese, autorizar o ajuizamento de ações diretamente contra nossos acionistas por danos causados ao meio ambiente. A Lei Federal nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, estabelece que a personalidade jurídica de uma sociedade poderá ser desconsiderada se ela representar obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados ao meio ambiente. Não podemos assegurar que, no caso de pedidos de indenização por danos ambientais em conformidade com essa lei, a responsabilidade limitar-se-á aos acionistas capazes de exercer controle sobre a sociedade à época da realização do dano ambiental. Desta forma, se formos incapazes de indenizar pedidos apresentados contra a Sabesp por danos ambientais, o que poderá ocorrer, por exemplo, caso nos tornemos insolventes, nossos acionistas e membros de nossa administração poderão responder por esses pedidos de indenização. Não temos ciência de êxito em quaisquer pedidos de indenização contra acionistas de qualquer empresa brasileira com fundamento em tal lei e não podemos prever as circunstâncias em que tal fato poderá ocorrer. 32 Acontecimentos em outros mercados emergentes poderão afetar adversamente a economia brasileira e, conseqüentemente, os preços de mercado das nossas ações ordinárias. Até o momento, a economia brasileira e os valores mobiliários de emissão de companhias brasileiras têm sido, em graus variados, influenciados por condições econômicas e de mercado verificadas em outros mercados emergentes, assim como a reação dos investidores a essas condições. Ademais, embora as condições econômicas possam variar de país para país, as reações dos investidores a acontecimentos adversos verificados em um país poderão afetar o preço de mercado dos valores mobiliários de emissores de outros países, incluindo o Brasil. Por exemplo, a crise econômica asiática em 1997, a moratória da dívida russa em 1998, a desvalorização da moeda russa e as recentes crises na Argentina e Venezuela desencadearam significativa volatilidade nos mercados financeiro e de capitais da América Latina e dos demais mercados emergentes. Deste modo, acontecimentos adversos em outros mercados emergentes poderão acarretar a redução da demanda e dos preços de mercado de nossas ações ordinárias. O Governo Federal está realizando uma reforma na legislação fiscal que poderá acarretar aumento da carga tributária para as empresas brasileiras. O Governo Federal está implementando uma reforma na legislação fiscal que poderá acarretar aumento das alíquotas de alguns tributos incidentes sobre as empresas brasileiras. Caso ocorra um aumento significativo da carga tributária a nós imposta, esta poderá não conseguir repassar integralmente esse aumento aos seus consumidores, de modo que seus resultados e condição financeira poderão ser negativamente afetados. A energia elétrica é essencial para as nossas operações. Eventuais interrupções ou racionamento no fornecimento de eletricidade ou flutuações na tensão da eletricidade fornecida poderão causar efeito material adverso relevante sobre os nossos negócios. O uso de energia elétrica é essencial para as nossas operações. Em decorrência disso, somos uma das maiores usuárias de eletricidade do Estado de São Paulo. Em maio de 2001, o governo brasileiro anunciou medidas destinadas a reduzir o consumo de eletricidade em diversas regiões do Brasil, inclusive em áreas nas quais atuamos. Nós não ficamos sujeitos a tais medidas por sermos uma prestadora de serviços essenciais. Ademais, flutuações na tensão da eletricidade a nós fornecida causaram e poderão causar novamente, expressivos danos aos sistemas de água e esgoto, afetando adversamente os nossos negócios. A ocorrência de interrupções ou reduções significativas no fornecimento de eletricidade (incluindo em virtude de programas de racionamento no consumo) poderá afetar negativamente as nossas operações, com conseqüente efeito adverso sobre nossa condição financeira. Riscos Relativos ao Controle da Sabesp pelo Estado de São Paulo Somos controlados pelo Estado de São Paulo, cujos interesses poderão ser contrários aos interesses de outros titulares de nossas ações ordinárias. O Estado de São Paulo, por meio da titularidade de nossas ações ordinárias, tem capacidade para controlar a eleição da maioria dos membros do nosso Conselho de Administração e a nomeação da nossa Diretoria, e, desse modo, controla nossas operações e estratégia. Após a Oferta Global, o Estado de São Paulo será titular de 50,3% das nossas ações ordinárias, partindo-se da premissa de que as Opções foram integralmente exercidas. O Estado já utilizou no passado, e poderá utilizar no futuro, sua condição de nosso acionista controlador para determinar que nos dediquemos a certas atividades negociais e efetuemos certos dispêndios destinados, principalmente, a promover seus objetivos políticos, econômicos ou sociais e não necessariamente para aprimorar nossos negócios e resultado operacional. Por exemplo, nosso orçamento de investimentos sujeita-se à aprovação do poder legislativo do Estado de São Paulo, sendo aprovado em conjunto com o orçamento da Secretaria de Energia e do Estado de São Paulo, como um todo. O Governador do Estado de São Paulo tem o poder de modificar o nosso orçamento de investimentos mesmo depois que ele já tenha sido aprovado. Além disso, não há exigência legal ou previsão expressa nos nosso Estatuto Social de que as nossas operações com o Estado sejam realizadas em condições usuais de mercado ou em condições justas para nós ou para nossos acionistas. Dessa forma, medidas tomadas pelo Estado com relação a nós poderão ser contrárias aos interesses dos demais detentores de nossas ações ordinárias, conforme admitido pelo artigo 238 da Lei das Sociedades por Ações. 33 A maior parte do nosso Conselho de Administração e da nossa Diretoria é composta por membros indicados pelo Governador do Estado e está, portanto, sujeita a mudanças não relacionadas às nossas necessidades empresariais. Cada novo Governador do Estado eleito, via de regra, efetua mudanças significativas no nosso Conselho de Administração e na nossa Diretoria. Historicamente, o Presidente do nosso Conselho de Administração tem sido o Secretário da Secretaria de Energia. Em 2002, o atual Governador, Sr. Geraldo Alckmin, nomeou novos assessores para sua administração, inclusive o Sr. Mauro Guilherme Jardim Arce, como novo Secretário de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento. O Sr. Arce também foi eleito Presidente do nosso Conselho de Administração. Em maio de 2003, o Sr. Dalmo do Valle Nogueira Filho foi eleito nosso Diretor Presidente e, em julho de 2003, o Sr. Rui de Britto Álvares Affonso foi eleito nosso Diretor Econômico-Financeiro e de Relações com Investidores. Além disso, durante o ano de 2003 nosso Conselho de Administração elegeu os atuais diretor de tecnologia e planejamento, diretor metropolitano e diretor de sistemas regionais. Mudanças no Governo do Estado ou na política governamental poderiam acarretar mudanças em nossa Diretoria, o que poderia, por sua vez, causar efeito material adverso sobre nossa estratégia de negócios, fluxo de caixa, resultado operacional, condição financeira ou perspectivas. Temos contas a receber do Estado de São Paulo e de algumas entidades e órgãos de sua administração direta, bem como um valor significativo de recebíveis de longo prazo do Estado que foram recentemente negociados, e não podemos assegurar se ou quando o Estado nos pagará os valores vencidos e não pagos. Historicamente, o Estado e órgãos de sua administração direta têm sido nossos devedores de valores significativos referentes (i) à prestação de serviços de água e esgoto e (ii) a pagamentos de aposentadoria e pensão especiais que, por determinação de legislação estadual, efetuamos a alguns de nossos antigos empregados, pagamentos estes que o Estado é obrigado a nos reembolsar. Em 30 de junho de 2004, possuíamos contas vencidas a receber do Estado e de algumas entidades e órgãos de sua administração direta referentes à prestação de serviços de água e esgotos no valor aproximado de R$523,9 milhões, líquido de R$347,0 milhões de valores relacionados a dividendos atribuídos ao Estado e R$38,4 milhões a vencer. Além disso, em 30 de junho de 2004, possuíamos R$527,6 milhões a receber do Estado referentes ao reembolso de pagamentos de aposentadorias e de pensões especiais de alguns dos nossos ex-funcionários. Contudo, o Estado não concordou com tal valor. De acordo com lei federal promulgada em dezembro de 1996, não podemos baixar contabilmente quaisquer valores a nós devidos pelo Estado, nosso acionista controlador, ou por entidades ou órgãos controlados pelo Estado. Da mesma forma, não efetuamos o provisionamento contábil de quaisquer valores devidos a nós pelo Estado. Em setembro de 1997, dezembro de 2001 e março de 2004, firmamos acordos com o Estado para liquidar tais valores vencidos e não pagos. Nos termos de tais acordos, os valores poderão ser liquidados por meio da utilização de dividendos por nós devidos ao Estado e por meio de dação em pagamento pelo Estado a nós de certos reservatórios integrantes do Sistema Alto Tietê, que atualmente utilizamos e que são de propriedade do Estado. Contudo, alguns dos acordos não exigem que o Estado utilize a totalidade dos dividendos devidos por nós ao Estado para amortização de valores por ele devidos. Desde que celebramos tais contratos, o Estado tem aplicado uma parte, mas não a totalidade, dos dividendos por ele recebidos no pagamento dos valores que nos deve. Nos termos do contrato de dezembro de 2001, convertemos uma quantia substancial relativa a contas vencidas e não pagas devidas pelo Estado e por algumas entidades de sua administração direta em contas a receber de longo prazo. De acordo com o contrato de março de 2004, que aditou o contrato de dezembro de 2001, o Estado reconheceu uma dívida conosco de R$581,8 milhões, referente a contas a receber não pagas até 29 de fevereiro de 2004. Ainda, nós reconhecemos valores devidos ao Estado a título de dividendos declarados na forma de juros sobre capital próprio na ordem de R$518,7 milhões. Para uma descrição detalhada do protocolo de setembro de 1997, do acordo de dezembro de 2001 e do aditamento de março de 2004 ver Seção “Operações com Partes Relacionadas – Operações com o Estado de São Paulo – Acordos com o Estado”. Não podemos assegurar se e quando o Estado nos pagará os valores por ele devidos, nem tampouco quando pagará os valores devidos por alguns órgãos de sua administração direta. Além disso, tendo em vista o histórico do Estado de não efetuar pagamentos que nos são devidos em decorrência da prestação de serviços por nós e de não nos reembolsar tempestivamente pelos pagamentos de aposentadorias e pensões especiais, não podemos 34 assegurar que os valores devidos pelo Estado e por algumas entidades e órgãos de sua administração direta não aumentarão significativamente no futuro. Caso o Estado não nos pague os valores devidos, nossos fluxos de caixa, resultados operacionais e nossa situação financeira poderão ser adversamente afetados. Acreditamos que uma parte das dívidas de longo prazo que o Estado tem conosco será quitada por meio de dação em pagamento de reservatórios do Sistema Alto Tietê de propriedade do Estado, mas não podemos assegurar o valor de avaliação de tais reservatórios, a data ou legalidade de tais transferências. Nos termos do acordo de dezembro de 2001 acima mencionado, o Estado concordou em nos transferir os reservatórios do Sistema Alto Tietê como dação em pagamento de parte das contas a receber por ele devidas e de reembolsos devidos pelo Governo Estadual em decorrência de aposentadorias e pensões especiais pagas por nós. Nos termos desse acordo, o valor dos reservatórios do Sistema Alto Tietê será determinado por meio de um processo de avaliação, que ocorrerá previamente à sua transferência, e os valores devidos pelo Estado serão submetidos a uma auditoria a ser realizada por auditor indicado pelo mesmo. Em julho e agosto de 2002, uma empresa estatal de construção, agindo em nome do Estado, e uma empresa de avaliação independente, agindo em nosso nome, apresentaram relatórios de avaliação dos reservatórios. Os relatórios apresentavam avaliações nos valores de R$335,8 milhões e R$341,2 milhões, respectivamente. Nos termos do acordo de dezembro de 2001, a média aritmética de tais avaliações será considerada o valor justo dos reservatórios. Como já tínhamos realizado investimentos nesses reservatórios até então, a média aritmética das avaliações submetida ao nosso Conselho de Administração em agosto de 2002, de R$300,9 milhões, foi líquida de um percentual correspondente a esses investimentos. Esses relatórios de avaliação foram aprovados pelo nosso Conselho de Administração e poderão agora ser apresentados para aprovação por nossos acionistas reunidos em assembléia geral extraordinária. Contudo, não podemos assegurar quando tal assembléia ocorrerá e quando será tomada uma decisão definitiva quanto ao valor justo dos reservatórios ou quando seremos reembolsados. Adicionalmente, em 29 de outubro de 2003, o Ministério Público do Estado de São Paulo propôs uma ação civil pública (distribuída para a 12ª Vara de Fazenda Pública) na qual alega que a transferência da propriedade dos reservatórios do Sistema do Alto Tietê, do Departamento Estadual de Água e Energia para nós, seria ilegal. Em outubro de 2004, o juiz de primeira instância proferiu decisão favorável ao Ministério Público do Estado de São Paulo, a qual acreditamos referir-se apenas à ilegalidade da transferência dos reservatórios. Nós e o Estado de São Paulo pretendemos recorrer de tal decisão. Em nosso recurso também planejamos pleitear a suspensão dos efeitos da decisão obtida em primeira instância até que uma decisão final seja prolatada pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Não podemos prever se teremos sucesso na referida apelação e também não podemos assegurar se a transferência dos reservatórios irá se concretizar. O Estado concordou em nos reembolsar pelos pagamentos de aposentadorias e pensões devidos a nós, mas, caso não cheguemos a um acordo com relação aos valores de tais reembolsos ou caso o Estado atrase tais pagamentos, nossos fluxos de caixa, resultados operacionais e condição financeira poderão ser afetados adversamente. O contrato de dezembro de 2001 também previu que os consultores jurídicos do Estado elaborarão análises específicas, as quais já se iniciaram, para assegurar a concordância entre as partes quanto à metodologia empregada para se determinar o valor do reembolso dos pagamentos de aposentadorias e pensões especiais de alguns dos nossos ex-funcionários. O início dos pagamentos de tais reembolsos foi postergado até que tais análises sejam concluídas, o relatório de avaliação seja aprovado e as cessões de crédito relativas à transferência dos reservatórios do Sistema Alto Tietê descrita acima sejam formalizadas. Adicionalmente, a transferência de tais reservatórios é objeto de uma ação civil pública, e não podemos garantir se a transferência destes reservatórios será legalmente permitida, conforme discutido acima. Nos termos do contrato de dezembro de 2001, o primeiro pagamento estava previsto originalmente para julho de 2002, contudo, nenhum pagamento foi efetuado até a data do presente Prospecto. Não podemos assegurar quando as partes chegarão a um consenso ou quando o Estado dará início aos pagamentos relativos aos valores de aposentadoria e pensão devidos. Caso as partes não cheguem a um acordo ou caso o Estado atrase, ou não faça, tais pagamentos, nosso fluxo de caixa, resultado operacional e condição financeira poderão ser afetados adversamente. 35 Podemos vir a ser compelidos a adquirir reservatórios por nós utilizados e que são de propriedade de empresa do Estado, bem como a pagar taxas substanciais ao proprietário dos mesmos, além de aluguel e custos operacionais e de manutenção adicionais pela utilização desses reservatórios. Para a prestação de parte dos serviços de produção e distribuição de água na Região Metropolitana de São Paulo, utilizamos os reservatórios das represas Billings e Guarapiranga, que são de propriedade de autarquia do Estado de São Paulo. O Estado, por meio do controle de nosso Conselho de Administração, poderá exigir que adquiramos tais reservatórios. Em virtude dessas aquisições, nossa disponibilidade de caixa e nossa situação financeira poderão ser adversamente afetadas. Ademais, atualmente nenhum pagamento nos é exigido pela utilização dos referidos reservatórios. Não podemos assegurar, entretanto, até quando teremos a faculdade de utilizar tais reservatórios sem o pagamento de quaisquer valores, ou quais seriam esses valores, se exigidos. Podemos também ser compelidos a arcar com custos de operação e manutenção adicionais em virtude da utilização das represas Billings e Guarapiranga. Se nos for exigido o pagamento de taxas substanciais pelo proprietário dos reservatórios ou se incorrermos em custos adicionais de operação e manutenção pelo uso dessas propriedades, nosso fluxo de caixa, resultados operacionais e condições financeiras poderão ser adversamente afetados. Riscos Relativos às Nossas Atividades O setor de saneamento básico brasileiro não têm regulamentação específica no Brasil e a aprovação de qualquer regulamentação proposta para o setor de saneamento básico poderá afetar adversamente nossas operações na Região Metropolitana de São Paulo e em outras áreas onde atuamos. O Congresso Nacional tem debatido projetos de lei que objetivam estabelecer diretrizes para os serviços de saneamento básico. Qualquer regulamentação proposta, se e quando aprovada, poderá instituir nova autoridade regulatória municipal para o setor em que atuamos que poderá, em parte, substituir as autoridades regulatórias da esfera estadual existentes e de acordo com as quais operamos. O Projeto de Lei do Setor de Saneamento, por exemplo, está sendo analisado pelo Congresso Nacional desde 21 de fevereiro de 2001. O regime regulatório proposto poderá, por exemplo, conferir às novas autoridades regulatórias poderes para negar renovações de nossas concessões após a expiração do seu prazo ou até cancelar as concessões existentes sob certas condições. Além disso, a legislação proposta poderá modificar o modo de cobrança dos serviços de água e esgoto que prestamos, assim como nosso programa de investimentos. Quaisquer dessas mudanças poderiam afetar adversamente as nossas receitas, caso as concessões atualmente por detidas por nós fossem revogadas, e/ou as nossas margens operacionais, caso não tivéssemos êxito em repassar nossos custos para nossos clientes. Ademais, foram introduzidas algumas mudanças na legislação proposta no sentido de estabelecer que o Estado de São Paulo compartilhe a posição de autoridade de poder concedente com os municípios integrantes da Região Metropolitana de São Paulo. Essas mudanças, se adotadas, poderiam afetar adversamente nossas operações na Região Metropolitana de São Paulo, bem como em outras regiões metropolitanas que atendemos. Até a data deste Prospecto, nem o Projeto de Lei do Setor de Saneamento, nem qualquer outra regulamentação federal proposta para o setor de saneamento básico foram votados pelo Congresso Nacional ou enviados ao Senado Federal para discussão. Representantes do governo federal têm informado reiteradamente à imprensa que uma nova regulamentação deve ser proposta para o Congresso Nacional num futuro breve. Nosso Conselho de Administração recentemente tomou conhecimento de que tal nova regulamentação, se proposta ao Congresso Nacional na forma que nos foi apresentada, teria um efeito adverso em nossas operações na Região Metropolitana de São Paulo, bem como em outras áreas onde operamos. Não podemos prever quando, em que termos, ou se o Projeto de Lei do Setor de Saneamento será convertido em lei ou qualquer outra regulamentação federal proposta entrará em vigor. Podemos vir a ficar sujeitos a significativos encargos pelo uso da água e disposição do esgoto impostos por agências de recursos hídricos do Estado de São Paulo e do Governo Federal. As agências de recursos hídricos do Estado de São Paulo poderão, e as agências de recursos hídricos do Governo Federal estão autorizadas a, cobrar tarifas dos usuários, como é o nosso caso, que captem água de mananciais administrados por essas agências ou que despejem esgoto em tais mananciais. Os recursos obtidos com as tarifas cobradas por essas agências deverão ser utilizados para patrocinar pesquisas, programas, projetos e construções 36 previstos no plano de recursos hídricos e para arcar com as despesas referentes à criação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, bem como com os custos relacionados aos organismos e entidades que dele fazem parte, e poderão ser disponibilizados sob a forma de empréstimos ou subsídios a agências governamentais e a empresas que, como nós, utilizarão tais recursos no desenvolvimento e manutenção de recursos hídricos. O poder legislativo do Estado de São Paulo está discutindo, em regime de urgência, projeto de lei que poderá estabelecer procedimentos para a cobrança dessas tarifas. Além disso, o Governo Federal recentemente promulgou uma lei segundo a qual devemos pagar tarifas ao Governo Federal ou para uma agência específica em razão da utilização de água de fontes específicas. Não temos certeza quanto às prováveis tarifas que poderão ser cobradas, nem tampouco se poderemos repassar o custo de quaisquer dessas tarifas a nossos consumidores. Podemos vir a enfrentar dificuldades na arrecadação de volumes significativos de contas vencidas e não pagas de municípios. Em 30 de junho de 2004, possuíamos contas a receber no valor total de R$554,0 milhões devidas pelos municípios aos quais fornecemos água por atacado. Desse valor, R$87,9 milhões encontravam-se vencidos de 90 a 360 dias, e R$419,4 milhões encontravam-se vencidos há mais de 360 dias. Em alguns casos, o poder judiciário tem exigido que continuemos a fornecer água por atacado a esses municípios, ainda que os serviços não estejam sendo pagos. Adicionalmente, em 30 de junho de 2004, tínhamos contas a receber no valor total de R$300,3 milhões, devidas por municípios aos quais prestamos serviços de abastecimento e saneamento, incluindo R$227,2 milhões devidos pela Prefeitura da Cidade de São Paulo. Embora tenhamos iniciado negociações com municípios inadimplentes, visando ao estabelecimento de um novo fluxo de pagamentos dessas contas a receber e também tenhamos ajuizado ações contra tais municípios, objetivando a cobrança dos valores vencidos e não pagos, alguns municípios não estão, atualmente, pagando integralmente nossas faturas em suas respectivas datas de vencimento. Algumas entidades governamentais localizadas nos municípios para os quais prestamos serviços também não vêm efetuando pagamentos regulares a nós. Não podemos assegurar se ou quando esses municípios voltarão a efetuar pagamentos de forma regular ou pagar os valores devidos e ainda não pagos. Caso tais municípios e entidades governamentais inadimplentes não nos paguem os valores devidos, nossos fluxos de caixa, resultados operacionais e nossa situação financeira serão adversamente afetados. Não detemos concessões formais para a prestação de serviços de saneamento básico para a Cidade de São Paulo e para vários outros municípios em que atuamos, e, assim sendo, é possível que não tenhamos êxito em fazer prevalecer nosso direito com relação à continuidade da prestação de tais serviços nesses municípios. Não temos concessões formais na Cidade de São Paulo, que representa parte substancial de nossas vendas e serviços prestados, nem em 41 outros municípios localizados no Estado de São Paulo. Acreditamos, contudo, ter direito adquirido ou tácito de prestar serviços de água e esgoto em tais municípios com base, entre outras coisas, na propriedade por parte de nossa empresa, por intermédio de nossas empresas antecessoras, dos sistemas de água e esgotos que servem essas áreas e de certos direitos de sucessão decorrentes das empresas antecessoras à nossa constituição. Uma vez que não possuímos concessão formal ou instrumento formal que estabeleçam nossos direitos de prestar serviços nesses municípios, é possível que não tenhamos êxito em fazer prevalecer nosso direito com relação à continuidade da prestação de tais serviços ou ao pagamento dos mesmos. No futuro, nossos direitos atinentes à Cidade de São Paulo e a esses outros municípios poderão ser modificados ou adversamente afetados por atos do Governo Federal, Estadual ou Municipal ou outros fatores. Há muito se tem discutido sobre a competência do Estado de São Paulo e/ou da Prefeitura da Cidade de São Paulo para outorga e regulamentação do serviço público de saneamento básico, em especial no tocante à formalização de um contrato de concessão para que a Sabesp preste serviços de fornecimento de água e esgoto na Cidade de São Paulo. A Câmara Municipal de São Paulo aprovou a Lei nº 13.670, de 25 de novembro de 2003, que, entre outras disposições, altera a competência para outorga e regulamentação do serviço público de saneamento básico na Cidade de São Paulo para a prefeitura do Município de São Paulo. Para uma descrição detalhada da Lei nº 13.670/03, ver Seção “Regulamentação do Setor”. Posteriormente à promulgação da Lei nº 13.670/03, o Governo do Estado de São Paulo ajuizou ação direta de inconstitucionalidade. Apesar de o mérito da ação ainda não ter sido julgado, em conseqüência da concessão de medida liminar, a aplicação da Lei nº 13.670/03 foi suspensa. Não podemos assegurar quando ou se a suspensão da Lei 13.670/03 terminará, ou, se voltando ela a vigorar, a Prefeitura do Município de São Paulo firmaria conosco contrato de concessão, ou quais seriam os termos desse eventual contrato. 37 Os Municípios com os quais detemos concessões poderão optar por não renovar suas concessões. Prestamos serviços de água e esgoto em 325 municípios nos termos das concessões outorgadas por tais municípios. Praticamente todas essas concessões têm prazo de 30 anos: 273 de tais concessões expirarão entre 15 de outubro de 2004 e 2010 (sendo que destas, 128 expirarão em 2006), e o restante, entre 2011 e 2034. A concessão de Botucatu, uma das nossas importantes concessões, expirará em 18 de outubro de 2004 e estamos em processo de negociação para renovar tal concessão por 30 anos. Apesar do município ter que nos pagar o valor contábil não amortizado dos nossos ativos relativos à concessão e assumir qualquer dívida relacionada, além dos valores a serem pagos a nós pelo respectivo município quando da rescisão ou não renovação da concessão, referido pagamento por conta da rescisão poderá não vir a ser pago e qualquer rescisão poderia afetar adversamente nossos fluxos de caixa, resultados operacionais e condição financeira. Além disso, os municípios elegem seus prefeitos a cada quatro anos. Caso algum município opte por não renovar sua concessão, nossos fluxos de caixa, resultados operacionais e condição financeira poderão ser adversamente afetados. Mesmo se os municípios escolherem renovar as concessões, não podemos assegurar que iremos obter condições tão favoráveis quanto as que temos atualmente. Os municípios poderão revogar nossas concessões em razão de ordem pública ou caso não tenhamos êxito em cumprir quaisquer obrigações contratuais. Certos municípios poderão rescindir os contratos de concessão celebrados conosco em certas circunstâncias, como, por exemplo, nos casos em que não cumprirmos as obrigações previstas nos contratos de concessão. Além das disposições referentes à rescisão contidas nos contratos de concessão, os municípios têm poderes, segundo a legislação aplicável, de revogar as concessões antes do término contratual estabelecido por motivo de ordem pública, cujo significado não foi definido pela legislação brasileira nem determinado de maneira conclusiva pelas cortes brasileiras. Na hipótese de revogação da concessão antes de seu termo final, poderemos não receber uma indenização adequada do município concedente. Poderemos, além disso, incorrer em custos processuais relevantes com relação à revogação de concessões e à busca por indenização adequada. A Constituição do Estado de São Paulo estabelece ainda que os Municípios nos quais atuamos como prestadores de serviços de saneamento básico podem, na qualidade de poder concedente desses serviços, criar entidades autônomas para prestar os serviços de saneamento básico em seu território ao invés de usar os nosso serviços, devendo nos indenizar pela retomada do serviço durante o prazo da concessão no prazo máximo de 25 anos, ao invés de nos indenizar previamente, conforme previsto na Lei Federal de Concessões. A Fazenda do Estado de São Paulo obteve liminar em ação direta de inconstitucionalidade questionando a constitucionalidade desse prazo máximo para a indenização, previsto no artigo 293 da Constituição Estadual. O parágrafo único de tal artigo está suspenso. Caso referida medida liminar seja cassada e/ou a ação direta de inconstitucionalidade seja julgada improcedente, o prazo de 25 anos para nos indenizar nos casos aplicáveis poderá afetar adversamente nossos resultados operacionais e situação financeira. Em 1997, o município de Santos promulgou uma lei prevendo a encampação dos sistemas de produção e distribuição de água e coleta e tratamento de esgotos que operamos em Santos. Em resposta, impetramos mandado de segurança, com pedido liminar, contra essa encampação, pedido esse que foi indeferido em primeira instância. Essa decisão foi posteriormente modificada pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que suspendeu o efeito da lei. Em 2 de agosto de 2002, foi proferida decisão em primeira instância em nosso favor, mas tal decisão ainda está sujeita a recurso e não podemos assegurar, desse modo, que a decisão definitiva será favorável a nós. Apesar da pendência judicial, continuamos a prestar serviços de água e esgoto em Santos. Não podemos assegurar que outros municípios não revogarão suas concessões. O exercício dos direitos de revogação de concessões por um número significativo de municípios poderá afetar adversa e substancialmente nossos fluxos de caixa, resultados operacionais e condição financeira. Podemos vir a ser obrigados a participar de processo de licitação para obter novas concessões ou para renovar concessões existentes. Praticamente todas as nossas concessões foram outorgadas sem que houvesse um processo de licitação. De acordo com a atual legislação federal e estadual, no entanto, para cada nova concessão, podemos vir a ser obrigados a participar de um processo de licitação. Além disso, caso um município com o qual tenhamos firmado contrato de concessão antes da promulgação da lei de concessões determine que, para atender ao disposto na referida legislação, deverá promover um procedimento licitatório, podemos também vir a ser obrigados a 38 participar de procedimento licitatório para renovar nossa concessão existente. Historicamente, em certos casos, fomos capazes de obter concessões, independentemente da participação em processo de licitação. Todavia, não podemos assegurar que o poder judiciário continuará a interpretar as leis de concessão permitindo que as municipalidades outorguem concessões sem que seja realizado o devido procedimento licitatório, ou se seremos capazes de obter todas as novas concessões referentes à prestação de serviços de água e esgotos que desejarmos. Caso sejamos obrigados a participar de licitações para renovar concessões existentes ou obter novas concessões, a nossa falha em participar de licitações referentes às nossas atuais concessões poderá impactar adversamente nossos negócios, condições financeiras, capacidade de geração de caixa e resultados. As condições referentes à renovação de nossas autorizações para captar água poderão mostrar-se dispendiosas, podendo acarretar aumento de custos e aumento das exigências de investimentos. Podemos captar água de rios ou reservatórios apenas na medida permitida pelo DAEE. Em algumas circunstâncias, dependendo da localização geográfica da bacia hidrográfica ou reservatório pertinente, também se faz necessária a aprovação da ANA. O prazo dessas autorizações varia, dependendo da autoridade concedente, devendo sua renovação ser aprovada pelos órgãos competentes originais. As condições segundo as quais tais autoridades governamentais renovarão nossas autorizações para captar água são desconhecidas. Caso não consigamos renegociar qualquer condição dispendiosa imposta pelas autoridades governamentais, podemos ficar expostos a aumento de custos e dispêndios de capital, o que poderá afetar de forma negativa nossos fluxos de caixa, resultados operacionais e condição financeira. Nosso desempenho financeiro será adversamente afetado caso não sejamos capazes de reajustar as tarifas cobradas dos clientes de acordo com as variações das nossas despesas operacionais. Nosso resultado operacional e situação financeira dependem essencialmente de nossa capacidade de fixar e cobrar tarifas adequadas pelos serviços de água e esgoto que prestamos. Os poderes de fixar tarifas, detidos pela Companhia, estão, na prática, sujeitos a restrições legais e políticas. Entre meados de 1999 e meados de 2001, em virtude de política estadual de não aumentar as tarifas de serviços públicos, não aumentamos as nossas tarifas. Em junho de 2001, aumentamos nossas tarifas médias em, aproximadamente, 13,1%, aumento estritamente em linha com as taxas de inflação vigentes no Brasil desde meados de 1999 e, em agosto de 2002, aumentamos nossas tarifas em, aproximadamente, 8,2%. Em agosto de 2003, aumentamos nossas tarifas relativas aos serviços de água e esgoto em, aproximadamente, 19.0% e, em agosto de 2004, aumentamos em, aproximadamente, 6,8%. As tarifas relativas às categorias social (que incluem residências de famílias de baixa renda que vivem em condições abaixo das normais ou residências de pessoas desempregadas pelo período de até 12 meses e residências coletivas) e favela, às vezes não sofrem aumento na mesma proporção das outras tarifas. Por exemplo, em agosto de 2003, tais tarifas foram aumentadas apenas em 9%. Ainda em agosto de 2003, uma nova fórmula de reajuste foi aprovada pelo nosso Conselho de Administração, apesar de ainda não termos certeza se poderemos usar esta fórmula no futuro. Continuaremos a depender das receitas provenientes da cobrança de tarifas para, em adição ao nosso programa de financiamento, custear nosso programa de investimentos e atender nossas necessidades de serviço da dívida. Entretanto, não temos como assegurar quando e se uma nova política tarifária será implantada ou, ainda, se a implementação de uma nova política tarifária corresponderá às nossas expectativas. Qualquer restrição quanto à fixação ou manutenção de tarifas compatíveis com essas e outras necessidades poderia afetar adversamente nossos fluxos de caixa, resultados operacionais e situação financeira. Apresentamos necessidades significativas de liquidez e de recursos financeiros e qualquer restrição quanto à capacidade de obtenção de novos financiamentos poderá causar um efeito material adverso sobre a operação e o desenvolvimento do nosso negócio. Nosso programa de investimentos prevê dispêndios de, aproximadamente, R$4,3 bilhões no período 2004 a 2008, dos quais, aproximadamente, R$883,0 milhões e R$880,0 milhões estão previstos para os anos de 2004 e 2005, respectivamente. Gastamos aproximadamente R$300,0 milhões no nosso programa de investimentos no período de seis meses encerrado em 30 de junho de 2004. Planejamos custear esses dispêndios e nossas necessidades adicionais de liquidez e de recursos financeiros utilizando recursos gerados pelas operações e por empréstimos domésticos e estrangeiros contratados em termos e condições aceitáveis. BNDES e Caixa Econômica Federal 39 empréstimos adicionais para financiar parcelas do nosso programa de investimentos. Caso não tenhamos sucesso em tais negociações, ou estas não resultem em termos contratuais razoáveis, nossa capacidade de financiar nosso programa de investimentos pode ser prejudicada. Historicamente, parcela significativa de nossas necessidades de financiamento foi atendida por credores controlados pelo Governo Federal. Caso as políticas do Governo Federal relativas ao financiamento de serviços de água e esgoto sejam alteradas, nossa capacidade de obter recursos para nosso programa de investimentos poderá ser prejudicada. Não podemos assegurar se seremos capazes de obter recursos suficientes para cumprir nosso programa de investimentos ou atender às nossas necessidades adicionais de liquidez e de recursos financeiros. A incapacidade de obter recursos necessários poderá postergar ou impedir a conclusão de nosso programa de investimentos e demais projetos, o que poderá causar um efeito material adverso na operação e desenvolvimento dos nossos negócios. A legislação brasileira, assim como disposições contratuais, poderão limitar nossa capacidade de contrair dívidas no futuro. Pelo fato de sermos controlados pelo Estado de São Paulo, estamos sujeitos a regras de contingenciamento de crédito específicas do setor público, editadas pelo CMN e pelo Banco Central do Brasil. Como regra geral, nos termos da regulamentação do Banco Central, instituições financeiras e outras instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central só podem realizar operações de crédito com entidades do setor público, como nós, até certo percentual de seus respectivos patrimônios líquidos. Além disso, a contratação de novas operações de crédito para a execução de ações de saneamento ambiental está sujeita a alguns valores pré-determinados. Em decorrência dessas limitações na nossa capacidade de obter crédito de instituições financeiras privadas, nossas opções para levantar fundos, diversos daqueles provenientes das nossas atividades, consistem principalmente em empréstimos provenientes de instituições financeiras estatais, de agências de fomento e títulos de dívida negociáveis publicamente. Essas limitações à obtenção de crédito podem afetar adversamente o desenvolvimento das nossas atividades, nossa habilidade em cumprir nossas obrigações ou continuar nosso programa de investimentos, bem como nossos fluxos de caixa, resultados operacionais e condição financeira. Nos termos dos contratos de empréstimo existentes, estamos sujeitos a restrições com relação à nossa capacidade de contrair dívidas adicionais, tanto em reais quanto em moeda estrangeira. De acordo com essas restrições, nossa capacidade adicional de captar recursos era de até R$615,5 milhões em 30 de junho de 2004. Se, entretanto, essas e outras limitações nos impedirem de concluir nosso programa de investimentos ou de executar nossos planos comerciais de maneira geral, podemos não ser capazes de atender a todas as nossas necessidades de liquidez e de recursos financeiros, o que poderá causar efeito material adverso sobre nossos fluxos de caixa, resultados operacionais e condição financeira. Os períodos de estiagem e nosso programa de redução do consumo de água poderão acarretar diminuição do volume de água faturada e das receitas provenientes do abastecimento de água, o que poderá nos causar um efeito material adverso. Constatamos, com certa freqüência, a diminuição de nossa capacidade de fornecimento de água resultante da ocorrência de períodos de estiagem. Em casos de períodos de estiagem prolongados, o volume de água que fornecemos poderá ser reduzido. Os períodos de estiagem poderão impactar de forma distinta os nossos diversos sistemas de fornecimento de água. No decorrer de todo o ano de 2003, os índices pluviométricos ficaram abaixo da média, o que resultou em reabastecimento insuficiente de nossos reservatórios, em particular do Sistema Cantareira, o maior sistema na Região Metropolitana de São Paulo. Visando minimizar os efeitos da estiagem, em março de 2004, aprovamos programa de incentivo à redução do consumo de água, que se baseia em um sistema de bônus, de acordo com o qual os consumidores que atingissem sua meta de redução de consumo fariam jus a desconto de 20% na conta de água. Esse programa de incentivo terminou em 15 de setembro de 2004 e abrangeu a maioria dos consumidores da Região Metropolitana de São Paulo abastecidos pelo Sistema Adutor Metropolitano. Não podemos assegurar que qualquer período de estiagem no futuro não prejudicará de maneira relevante nosso abastecimento de água e, por conseguinte, nossos fluxos de caixa, resultados operacionais e condição financeira. 40 Custos potenciais relacionados ao cumprimento da legislação ambiental, assim como potenciais responsabilidades ambientais, poderão nos causar efeito material adverso. Nossos estabelecimentos estão sujeitos a diversas leis e regulamentos federais, estaduais e municipais que tratam da proteção da saúde e do meio ambiente. Efetuamos, e continuaremos a efetuar, investimentos significativos para atender a essas disposições. Ademais, uma vez que a legislação ambiental e sua aplicação estão se tornando mais rigorosas, nossos investimentos e despesas referentes ao cumprimento da legislação ambiental poderão aumentar de maneira significativa no futuro. O volume de investimentos que fazemos em qualquer exercício está sujeito a limitações impostas pelo Governo do Estado. Desse modo, investimentos necessários ao atendimento de regulamentação ambiental poderão acarretar reduções em outros investimentos estratégicos planejados, o que poderia prejudicar nossa lucratividade. Estamos, além disso, sujeitos a multas na esfera penal e administrativa, além das obrigações de indenizar por prováveis danos decorrentes do não cumprimento das leis e regulamentos ambientais. Quaisquer custos e responsabilidades ambientais relevantes não previstos poderão afetar adversamente nosso desempenho financeiro futuro. Condenação judicial para pagamento de quantia significativa poderá causar um efeito material adverso. Somos parte de vários processos judiciais envolvendo pedidos com valores pecuniários significativos. Esses processos incluem, por exemplo, processos fiscais, trabalhistas e de desapropriação. A prolação de sentenças desfavoráveis com condenação pecuniária relevante em um ou mais desses processos poderá afetar adversamente nossos negócios ou condição financeira. Seguindo a recomendação de nossos advogados, provisionamos valor total de R$442,1 milhões, em 30 de junho de 2004, para cobrir perdas relacionadas a procedimentos judiciais consideradas prováveis. No entanto, essa provisão não cobre todos os procedimentos judiciais envolvendo pleitos pecuniários apresentados contra nós. Qualquer sentença desfavorável referente a esses procedimentos poderá prejudicar os nossos fluxo de caixa, resultados operacionais e condição financeira. Tendo em vista que não possuímos seguros que cubram todos os nossos negócios, inclusive no tocante a aspectos ambientais, a ocorrência de qualquer dano não coberto poderá afetar adversamente nosso desempenho financeiro futuro. Não possuímos cobertura de seguro para interrupção da prestação de serviços ou para responsabilidades decorrentes de contaminação ou outros problemas envolvendo o fornecimento de água pela Sabesp a seus consumidores. Ademais, não possuímos seguro contra danos decorrentes do não cumprimento de leis e regulamentos de natureza ambiental relacionados com nossos serviços de esgoto. Desse modo, qualquer interrupção contínua em nossos negócios ou danos decorrentes do não cumprimento das normas ambientais poderão afetar adversamente nosso desempenho financeiro futuro. Riscos Relacionados às nossas Ações Ordinárias Podemos não distribuir dividendos ou juros sobre o capital próprio aos detentores de nossas ações ordinárias. Nosso Estatuto Social dispõe que devemos distribuir aos nossos acionistas dividendos ou juros sobre o capital próprio correspondentes a, no mínimo, 25% de nosso lucro líquido anual, conforme determinado e ajustado de acordo com os Princípios Contábeis Brasileiros. Este lucro ajustado poderá ser capitalizado, utilizado para amortizar prejuízos ou de outra forma, observado o disposto Lei de Sociedades por Ações e, sendo assim, poderão não ser distribuídos dividendos ou juros sobre o capital próprio. Podemos não distribuir dividendos a nossos acionistas em qualquer exercício social, caso nosso Conselho de Administração delibere que tal distribuição não seja recomendável face à nossa situação financeira. 41 Vendas efetivas ou previstas de número significativo de nossas ações ordinárias poderiam diminuir os preços de mercado de nossas ações ordinárias. A venda de quantidade significativa de nossas ações ordinárias, ou a previsão de que tal venda possa acontecer, poderia diminuir o preço de negociação das nossas ações ordinárias. Depois da presente Oferta Global, teremos 28.479.577.827 ações ordinárias em circulação, incluindo 14.313.511.872 ações detidas pelo Estado de São Paulo, sem considerar o exercício das Opções. A venda de ações ordinárias de nossa emissão, detidas pelo Estado e representativas do nosso controle acionário depende de uma autorização legal, não existente até a presente data. Em conseqüência da emissão de ações ordinárias ou da venda, por parte do Estado de São Paulo ou dos demais acionistas existentes, o preço de mercado das nossas ações ordinárias poderá diminuir de maneira significativa. Por conseguinte, um detentor poderá não ser capaz de vender nossas ações ordinárias por preço superior ou igual ao preço pago por elas. 42 DESTINAÇÃO DOS RECURSOS Não receberemos quaisquer recursos provenientes da venda das Ações Ordinárias oferecidas no âmbito da Oferta Global. Os Acionistas Vendedores irão receber todos os recursos líquidos provenientes da venda das Ações Ordinárias no âmbito da Oferta Global. 43 (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) 2. INFORMAÇÕES SOBRE A COMPANHIA • Informações sobre os Títulos e Valores Mobiliários Emitidos • Capitalização • Diluição • Informações Financeiras e Operacionais Selecionadas • Análise e Discussão da Administração sobre a Situação Financeira e o Resultado das Operações • Regulamentação do Setor • Atividades da Companhia • Administração • Empregados • Principais Acionistas e Acionistas Vendedores • Operações com Partes Relacionadas • Descrição do Capital Social • Dividendos e Política de Dividendos (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) INFORMAÇÕES SOBRE OS TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS EMITIDOS Nos últimos anos, acessamos o mercado de capitais brasileiro com o objetivo de captar recursos, por meio de distribuições públicas de debêntures e de notas promissórias, bem como acessamos o mercado externo, por meio de emissão de Notes. Realizamos seis emissões públicas de debêntures, das quais a 4ª, 5ª e 6ª emissão ainda estão em circulação, uma emissão pública de notas promissórias, que ainda encontra-se em circulação, bem como três emissões de Notes, das quais duas estão em circulação. Além disso, em maio de 2002, o Estado de São Paulo vendeu parte de nossas ações em oferta pública global e em setembro de 2004 obtivemos, junto à CVM o registro de nosso Primeiro Programa de Distribuição de Valores Mobiliários. Emissão de Notes no mercado internacional em 1997 Em julho de 1997, realizamos a emissão de Notes no mercado internacional, no valor total de US$275 milhões. O UBS-Securities LLC atuou como líder da emissão, e o Deutsche Morgan Grenfell e o BB Securities atuaram como co-líderes. Os juros que incidem sobre as Notes, à taxa de 10% a.a., são devidos semestralmente, a partir de 28 de janeiro de 1998. A data de vencimento das Notes é 28 de julho de 2005. Quarta Emissão Pública de Debêntures em 2001 Em 12 de março de 2001, a nossa Assembléia Geral de Acionistas aprovou a 4ª emissão de debêntures, para subscrição pública, composta por 30.000 debêntures simples, sob a forma nominativa, do tipo escritural, quirografárias, não subordinada, em série única, com valor unitário de R$10.000,00, totalizando R$300,0 milhões, com data de emissão em 1º de abril de 2001 e vencimento final em 15 de dezembro de 2006. As debêntures conferem aos seus titulares direito ao recebimento de juros remuneratórios trimestrais, a partir da data da emissão, incidentes sobre o saldo de seu valor nominal unitário não amortizado, calculados com base na Taxa DI, acrescida de 1,2% a.a.. Todas as debêntures da 4ª emissão foram efetivamente subscritas e integralizadas. Quinta Emissão Pública de Debêntures em 2002 Em 25 de fevereiro de 2002, a nossa Assembléia Geral de Acionistas aprovou a 5ª emissão de debêntures, para subscrição pública, composta por 40.000 debêntures simples, sob a forma nominativa, do tipo escritural, da espécie quirografária, em 2 séries, com valor unitário de R$10.000,00, totalizando R$400,0 milhões, com data de emissão em 1º de abril de 2002 e vencimento final em 1° de março de 2007, para ambas as séries. As debêntures da 1ڂª série conferem aos seus titulares direito ao recebimento de juros remuneratórios, a partir da data de emissão, incidentes sobre o saldo de seu valor nominal unitário não amortizado, e estabelecidos com base na Taxa DI, acrescida de spread de 1,85% a.a.. As debêntures da 2ª série contemplam a remuneração com atualização a partir da data da emissão pelo IGPM, além de juros remuneratórios de 13,25% a.a., incidentes sobre o saldo do seu valor nominal unitário atualizado e calculados por dias úteis decorridos, com base em um ano de 252 dias. Em setembro de 2003, foi realizada uma repactuação das condições de remuneração das debêntures, passando as debêntures da 1ª série a ser remuneradas pela Taxa DI acrescida de 2% a.a. e as debêntures da 2ª série a contemplar atualização pelo IGPM, e juros remuneratórios de 12,7% a.a.. Oferta Global de Ações em 2002 Em maio de 2002, o Estado de São Paulo alienou 5.307.549.000 ações ordinárias de nossa emissão, representativas de 16,2% do nosso capital social votante, por meio de oferta global de ações. Para a realização da oferta global, foi contratado consórcio formado pelo UBS Warburg LLC e Santander Central Hispano Investment Securities Inc. para atuar na oferta internacional, e o Banco UBS Warburg S.A. e o Banco Santander Brasil S.A. para atuarem na oferta local. As ofertas internacional e doméstica totalizaram os valores de, respectivamente, US$214,5 milhões e R$527,3 milhões. Emissão de Notes no mercado internacional em 2003 Em junho de 2003, realizamos a emissão de Notes no mercado internacional, no valor total de US$225,0 milhões. O UBS Investment Bank Limited atuou como líder da emissão. As Notes são remuneradas por juros à taxa de 12% a.a., devidos semestralmente, a partir de 20 de dezembro de 2003. A data de vencimento das Notes é 20 de junho de 2008. 47 Segunda Emissão Pública de Notas Promissória em 2004 Em 17 de junho de 2004, o nosso Conselho de Administração autorizou a emissão de 40 notas promissórias, no valor total de R$200 milhões, com valor nominal unitário de R$5 milhões e com vencimento de 180 dias da data da subscrição. As notas promissórias fazem jus a juros remuneratórios, a partir da data de emissão, incidentes sobre o valor nominal unitário e estabelecidos com base em 105% da Taxa DI, calculados pro rata temporis até a data de pagamento das notas promissórias. Em 16 de julho de 2004 foram emitidas 26 Notas Promissórias, totalizando R$130 milhões, que foram resgatadas antecipadamente em 22 de setembro de 2004. Primeiro Programa de Distribuição de Valores Mobiliários Em 17 de setembro de 2004 obtivemos, junto à CVM, o registro do nosso Primeiro Programa de Distribuição de Valores Mobiliários, através do qual seremos capazes de, pelos próximos dois anos, rapidamente captar recursos no mercado de capitais através de ofertas públicas de valores mobiliários representativos de dívida, incluindo debêntures não conversíveis em ações e notas promissórias, totalizando o valor de R$1,5 bilhão. Sexta Emissão Pública de Debêntures em 2004 Em 17 de junho de 2004, o nosso Conselho de Administração aprovou a 6ª emissão de debêntures, no âmbito do nosso Primeiro Programa de Distribuição de Valores Mobiliários, para subscrição pública, composta por 600.000 debêntures simples, sob a forma nominativa, do tipo escritural, da espécie quirografária, em 3 séries, com valor unitário de R$1.000,00, totalizando R$600 milhões, com data de emissão em 1º de setembro de 2004. As debêntures da 1ª série terão vencimento em 1º de setembro de 2007, as da 2ª série em 1º de setembro de 2009 e as da 3ª série em 1º de setembro de 2010. As debêntures da 1ª série conferem aos seus titulares direito ao recebimento de juros remuneratórios, a partir da data de emissão, incidentes sobre o saldo de seu valor nominal unitário não amortizado, e estabelecidos com base na Taxa DI, acrescida de spread de 1,75% a.a.. As debêntures da 2ª série e da 3ª contemplam a remuneração com atualização a partir da data da emissão pelo IGPM, além de juros remuneratórios de 11% a.a., incidentes sobre o saldo do seu valor nominal unitário atualizado e calculados por dias úteis decorridos, com base em um ano de 252 dias e as debêntures. Negociação nas Bolsas de Valores Brasileiras Em 2000, as bolsas de valores brasileiras foram reorganizadas por meio da assinatura de protocolo de entendimentos pelas bolsas de valores brasileiras. Nos termos deste protocolo, todos os valores mobiliários são atualmente negociadas apenas na BOVESPA, com exceção de títulos da dívida pública negociados eletronicamente e leilões de privatização, que são negociados na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Em 2001, 2002 e 2003, a BOVESPA era responsável por 100% do valor de negociação de ações em todas as bolsas de valores brasileiras. Cada bolsa de valores brasileira é uma instituição sem fins lucrativos de propriedade das sociedades corretoras a ela associadas. A negociação em cada bolsa é limitada às sociedades corretoras associadas e a um número limitado de não associados autorizados. A BOVESPA tem dois pregões a viva voz diários das 11:00 horas às 13:30 horas e das 14:30 horas às 17:45 horas, horário local do Brasil, salvo no horário de verão nos Estados Unidos da América. No horário de verão nos Estados Unidos da América, os pregões vão das 10:00 horas às 13:00 horas e das 14:00 horas às 16:45 horas, horário local do Brasil, visando refletir exatamente o horário de negociação da Bolsa de Valores de New York. Realiza-se negociação também entre 11:00 horas e 18:00 horas (ou entre 10:00 horas e 17:00 horas na época do horário de verão nos Estados Unidos da América) num sistema automatizado denominado Sistema de Negociação Assistida por Computador na BOVESPA e no Sistema Eletrônico de Negociação Nacional. Trata-se de um sistema informatizado que se liga eletronicamente com as sete bolsas regionais menores. A BOVESPA também permite a negociação das 18:45 horas às 19:30 horas por meio do After Market. A negociação no After Market está sujeita a limites regulatórios sobre a volatilidade de preço e o volume de ações negociadas por corretoras através da Internet. Não existem especialistas nem formadores de mercado oficiais reconhecidos para nossas ações. Com a finalidade de melhor controlar a volatilidade, a BOVESPA adotou um sistema de “interruptor de circuito” nos termos do qual os pregões poderão ser suspensos por um período de 30 minutos ou uma hora sempre que os índices de tais bolsas caírem abaixo dos limites de 10% ou 15%, respectivamente, em relação ao índice registrado no pregão anterior. 48 A BOVESPA é menos líquida do que a Bolsa de Valores de Nova York ou outras principais bolsas do mundo. Em 31 de agosto de 2004, a capitalização de mercado total das 357 sociedades listadas na BOVESPA foi equivalente a aproximadamente R$745,3 bilhões e as 10 maiores sociedades listadas na BOVESPA representaram aproximadamente 48,5% da capitalização de mercado total de todas as sociedades listadas. Embora quaisquer das ações em circulação de uma sociedade listada possam ser negociadas em uma bolsa de valores brasileira, na maioria dos casos menos da metade de tais ações listadas ficam efetivamente disponíveis para negociação pelo público, sendo que o remanescente permanece detido por pequenos grupos de controladores, por empresas estatais e por um acionista principal. Em 31 de agosto de 2004, fomos responsáveis por aproximadamente 0,5% da capitalização de mercado de todas as companhias listadas na BOVESPA. A negociação nas bolsas de valores brasileiras por detentor não domiciliado no Brasil para fins fiscais e regulatórios (“detentor não brasileiro”) está sujeita a certas limitações nos termos da legislação brasileira sobre investimentos estrangeiros. Com algumas exceções, os detentores não brasileiros poderão negociar nas bolsas de valores brasileiras apenas em conformidade com as exigências da Resolução CMN nº 2.689, de 26 de janeiro de 2000. A Resolução nº 2.689 exige que os valores mobiliários detidos por detentores não brasileiros sejam mantidos sob a custódia de instituições financeiras ou em contas mantidas junto a instituições financeiras devidamente autorizadas pelo Banco Central e pela CVM. Ademais, a Resolução nº 2.689 exige que os detentores não brasileiros restrinjam a negociação de seus valores mobiliários a operações nas bolsas de valores brasileiras ou em mercados de balcão qualificados. Com algumas exceções, os detentores não brasileiros não poderão transferir a titularidade de investimentos efetuados nos termos da Resolução nº 2.689 a outros detentores não brasileiros por meio de transação privada. Novo Mercado Desde 24 de abril de 2002, as nossas ações encontram-se listadas para negociação no Novo Mercado. O Novo Mercado é um segmento de listagem da BOVESPA destinado à negociação de ações emitidas por sociedades que se submetem, voluntariamente, a algumas práticas de governança corporativa e a exigências de divulgação em acréscimo a outras já impostas pela legislação brasileira. As companhias que ingressam no Novo Mercado devem seguir uma série de normas corporativas conhecidas como “boas práticas de governança corporativa”. Tais normas, de modo geral, aumentam os direitos dos acionistas e incrementam a qualidade das informações fornecidas aos acionistas. Em acréscimo às obrigações impostas pela atual legislação brasileira, uma sociedade listada no Novo Mercado está obrigada a: • emitir apenas ações com direito a voto; • realizar ofertas públicas de ações de maneira que favoreça a pulverização do capital social da sociedade; • assegurar que ao menos 25% das ações representativas do seu capital social estejam em circulação, • conceder direitos de tag-along a todos os acionistas no que respeita à transferência de controle da sociedade; • limitar o mandato de todos os conselheiros a um ano; • elaborar demonstrações financeiras anuais e trimestrais, inclusive demonstrações de fluxo de caixa, em conformidade com os GAAP dos Estados Unidos e as Práticas Contábeis Internacionais; • divulgar informações em bases trimestrais, inclusive titularidade de ações por detentores de informações privilegiadas e quantidade de ações disponíveis ao público para negociação; • caso opte por ser retirada da lista do Novo Mercado, o acionista controlador deverá realizar oferta pública de aquisição de ações dos demais acionistas da sociedade (sendo que o preço mínimo das ações a serem oferecidas será determinado em processo de avaliação); • efetuar divulgações mais amplas das operações com partes relacionadas; • divulgar quaisquer acordos de acionistas e planos de opção de compra de ações; • disponibilizar aos acionistas um calendário de eventos societários; e • aderir à Câmara de Arbitragem da BOVESPA para a resolução de disputas entre a companhia, seus controladores e os investidores. 49 Regulamentação dos Mercados de Valores Mobiliários Brasileiros Os mercados de valores mobiliários brasileiros são regidos precipuamente pela Lei nº 6.385 de 7 de dezembro de 1976, e pela Lei das Sociedades por Ações, cada qual conforme alterada e complementada, bem como por regulamentos emitidos pela Comissão de Valores Mobiliários que tem poderes regulatórios sobre as bolsas de valores e mercados de valores mobiliários em geral, pelo CMN e pelo Banco Central do Brasil, que tem competência para credenciar sociedades corretoras e para regulamentar os investimentos estrangeiros e operações de câmbio. Essas leis e regulamentos, entre outras coisas, estipulam exigências de divulgação de informações aplicáveis a emissores de valores mobiliários negociados, restrições a negociação por pessoas com acesso a informações privilegiadas e manipulação de preço, e proteção de acionistas minoritários. Prevêem, ademais, o credenciamento e fiscalização das sociedades corretoras e administração das bolsas de valores brasileiras. No entanto, os mercados de valores mobiliários brasileiros não são tão intensamente regulamentados e fiscalizados quanto os mercados de valores mobiliários norte-americanos. Nos termos da Lei das Sociedades por Ações, as companhias podem ser abertas, tal como nós, ou fechadas. Todas as companhias abertas, inclusive nós, são registradas junto à Comissão de Valores Mobiliários, estando sujeitas a exigências de apresentação de informações. Os valores mobiliários das companhias registradas junto à Comissão de Valores Mobiliários podem ser negociados nas bolsas de valores brasileiras ou em mercado de balcão. As ações ordinárias da nossa empresa estão listadas e são negociadas na BOVESPA e também podem ser negociadas de forma privada, observadas algumas limitações. Para ser listada em bolsa de valores brasileira, uma companhia precisa requerer registro junto à Comissão de Valores Mobiliários e à bolsa de valores na qual os valores mobiliários da companhia forem ser negociados. Temos a opção de solicitar que a negociação dos nossos valores mobiliários na BOVESPA seja suspensa quando houver previsão de fato relevante. A negociação também poderá ser suspensa por iniciativa da BOVESPA ou da Comissão de Valores Mobiliários, entre outras razões, com base na convicção de que uma companhia forneceu informações inadequadas relativas a fato relevante ou forneceu respostas inadequadas a questionamentos feitos pela Comissão de Valores Mobiliários ou pela BOVESPA. O mercado de balcão brasileiro consiste em negociações diretas entre pessoas físicas nas quais uma instituição financeira registrada junto à Comissão de Valores Mobiliários atua como intermediária. Não se faz necessário nenhum requerimento especial, que não registro junto à Comissão de Valores Mobiliários, para se negociar valores mobiliários de companhia aberta nesse mercado. A Comissão de Valores Mobiliários exige que os intermediários entreguem aviso acerca de todas as negociações realizadas no mercado de balcão brasileiro. A negociação na BOVESPA por pessoas não residentes no Brasil está sujeita a limitação nos termos da legislação brasileira sobre investimentos estrangeiros e impostos. 50 CAPITALIZAÇÃO A tabela a seguir descreve os montantes de caixa, disponibilidades e aplicações financeiras, endividamento de curto e longo prazo e a nossa estrutura de capital, para o período encerrado em 31 de julho de 2004. As informações descritas abaixo foram extraídas de nosso balanço não auditado de 31 de julho de 2004, produzido de acordo com os Princípios Contábeis Brasileiros exclusivamente para fins gerenciais, e que não é apresentado em conjunto ao presente Prospecto. Em 31 de julho de 2004 (em milhões de R$) Endividamento de curto prazo (1): Denominado em reais (2) Com Garantias Fidejussórias (3) Sem Garantias Fidejussórias Denominado em moeda estrangeira (2) Com Garantias Fidejussórias (3) Sem Garantias Fidejussórias Total do endividamento de curto prazo 225,8 770,3 136,7 909,4 2.042,2 Endividamento de longo prazo : Denominado em reais (2) Com Garantias Fidejussórias (3) Sem Garantias Fidejussórias Denominado em moeda estrangeira (2) Com Garantias Fidejussórias (3) Sem Garantias Fidejussórias Total do endividamento de longo prazo 2.832,0 468,6 1.273,3 711,2 5.285,1 Patrimônio líquido: Capital social Reservas de Capital(4) Reserva de Reavaliação (5) Reserva de Lucros a Realizar(6) Retenção de Lucros Total do patrimônio líquido 3.403,7 52,0 2.658,7 1.398,8 144,0 7.657,2 Capitalização total (endividamento de longo prazo e patrimônio líquido) 12.942,3 (1) Inclui as parcelas vincendas do endividamento de longo prazo. Em 31 de julho de 2004, não tínhamos qualquer endividamento de curto prazo que não aquelas as parcelas vincendas do endividamento de longo prazo. (2) Em 31 de julho de 2004, do nosso endividamento denominado em reais, R$3.057,8 milhões disponham de garantias reais, e R$1.238,9 milhões não dispunham de tais garantias. Naquela mesma data, do nosso endividamento denominado em moeda estrangeira, R$1.410,0 milhões disponham de garantias reais, e R$1.620,6 milhões não dispunham de tais garantias (3) Endividamentos garantidos pelo Governo Federal ou pelo Governo do Estado de São Paulo. (4) A reserva de capital compreende incentivos fiscais e doações de entidades governamentais. Ver Nota 17 às nossas demonstrações financeiras. (5) A reserva de reavaliação é composta pelos valores de ajuste referentes à reavaliação de ativos imobilizados em uso, como base em seus respectivos valores de mercado em 1990 e 1991, assim como para compensar os efeitos da inflação registrada até o ano de 1995 (6) A reserva de lucros a realizar compreende o valor em que o montante do dividendo obrigatório ultrapassa a parcela realizada do lucro líquido de um determinado exercício fiscal. Ver nota 17 às nossas demonstrações financeiras. 51 DILUIÇÃO Tendo em vista que a Oferta Global é uma distribuição pública secundária de ações ordinárias de titularidade dos Acionistas Vendedores, o número de ações ordinárias de emissão da Companhia não aumentará após a sua conclusão. Adicionalmente, uma vez que os recursos obtidos com a Oferta Global serão pagos exclusivamente aos Acionistas Vendedores, não haverá aumento no patrimônio líquido da Companhia após a Oferta Global. Em 30 de junho de 2004, tínhamos um patrimônio líquido de R$7.580,9 milhões, o que corresponde a um valor patrimonial de R$0,2662 por ação. Este valor patrimonial por ação representa o montante de nosso patrimônio líquido dividido por 28.479.577.827, a quantidade total de ações representativas de nosso capital social, em 30 de junho de 2004. O Preço de Venda não guardará relação com o valor patrimonial das nossas ações e será fixado com base na apuração do resultado do Procedimento de Bookbuilding realizado pelos Coordenadores da Oferta Brasileira no Brasil e pelo Coordenador da Oferta Global no exterior. 52 INFORMAÇÕES FINANCEIRAS E OPERACIONAIS SELECIONADAS Os quadros a seguir exibem nossas informações financeiras selecionadas. Essas informações originaram-se das nossas demonstrações financeiras relacionadas aos respectivos períodos indicados, elaboradas de acordo com a legislação societária. As demonstrações financeiras dos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2003 e do semestre encerrado em 30 de junho de 2004 foram auditadas e revisadas pela Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes, respectivamente. As demonstrações financeiras dos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2001, 2002 e 2003 e do semestre encerrado em 30 de junho de 2003 foram auditadas e revisadas pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes. As demonstrações financeiras dos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 1999 e 2000 foram auditadas e revisadas por PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes e não se encontram anexadas a este Prospecto. No exercício encerrado em 31 de dezembro de 1999 2000 2001 2002 2003 2003 Período de 6 meses encerrado em 30 de junho de 2003 2004 2004 (em milhões, exceto os dados por ação e por ADS) Princípios Contábeis Brasileiros Dados da Demonstração do Resultado: Receita líquida das vendas e serviços Custo de vendas e de serviços prestados Lucro bruto Despesas com venda Despesas gerais e administrativas Despesas financeiras, líquidas Lucro (prejuízo) operacional(1) Receitas (despesas) não operacionais Lucro (prejuízo) antes do imposto de renda e contribuição social Imposto de Renda e contribuição social Item extraordinário, líquido de imposto de renda e contribuição social (2) Lucro (prejuízo) líquido Lucro (prejuízo) líquido por lote de mil ações ordinárias Lucro (prejuízo) líquido por ADS Dividendos e juros sobre o capital próprio por 1,000 ações ordinárias Dividendos e juros sobre o capital próprio por ADS Número de ações ordinárias em circulação no final do exercício (em milhares de ações) Dados do Balanço: Caixa e Disponibilidades Contas a receber de clientes, líquido Reembolso devido pelo Governo Estadual por pensões pagas Recebíveis a curto e longo prazo decorrentes de contratos com o Governo do Estado (3) Imobilizado Total do ativo Total dos empréstimos e financiamentos de curto prazo Total dos empréstimos e financiamentos de longo prazo Total do Passivo Patrimônio Líquido Outras Informações Financeiras: Caixa gerado pelas atividades operacionais (4) Caixa utilizado em atividades de investimento (4) Caixa utilizado em atividades de financiamento(4) EBITDA Ajustado(5) Investimentos(4) Depreciação e Amortização R$ R$ R$ R$ R$ US$ R$ R$ US$ 3.235,7 (1.364,2) 1.871,5 (278,7) (153,8) (1.529,9) (90,9) (124,5) 3.355,8 (1.474,1) 1.881,7 (332,7) (137,3) (737,7) 673,9 (82,3) 3.434,8 (1.590,4) 1.844,3 (332,6) (203,1) (1.105,2) 203,4 (76,9) 3.767,1 (1.815,0) 1.952,2 (385,1) (226,0) (2.276,3) (935,3) (3,4) 4.130,8 (2.067,1) 2.063,6 (297,5) (254,1) (346,5) 1.165,5 (54,5) 1.329,3 (665,2) 664,1 (95,7) (81,8) (111,5) 375,1 (17,5) 1.965,9 (980,8) 985,2 (186,2) (107,5) 86,5 778,0 (32,0) 2.126,3 (1.082,9) 1.043,4 (231,3) (138,8) (568,6) 104,7 (11,5) 684,2 (348,5) 335,8 (74,4) (44,7) (183,0) 33,7 (3,7) (215,4) 591,6 126,5 (938,7) 1.111,1 357,6 745,9 93,2 30,0 (20,2) (70,2) 89,7 323,3 (242,6) (78,1) (223,9) (33,5) (10,8) — — — (35,1) (35,1) (11,3) (17,6) (17,6) (5,7) (235,6) 521,4 216,2 (650,5) 833,3 268,2 504,5 42,2 13,6 (8,28) 18,31 7,59 (22,84) 29,26 9,4 17,71 1,48 0,5 — — — (5,71) 7,32 2,4 4,43 0,37 0,1 — 18,97 17,20 3,80 17,70 5,7 5,56 1,38 0,4 — — — 0,95 4,43 1,4 1,39 0,34 0,1 28.437.155 28.479.578 28.479.578 28.479.578 28.479.578 28.479.578 28.579.578 28.479.578 28.479.578 185,3 890,5 232,7 887,4 460,2 787,0 414,7 820,5 281,0 996,8 90,4 320,8 1.068,0 839,0 102,9 970,5 33,1 312,3 184,2 253,5 326,3 403,9 491,0 158,0 442,7 527,6 169,8 196,5 116,6 378,3 423,7 164,2 52,8 421,2 215,3 69,3 13.298,3 15.116,9 13.346,4 15.192,1 13.510,0 15.917,9 13.670,8 16.348,7 14.063,2 16.530,7 4.525,6 5.319,6 13.633,3 16.861,1 14.029,9 16.441,5 4.514,9 5.290,9 841,6 381,7 549,3 1.332,5 997,0 320,8 1.189,7 1.116,4 359,3 5.023,6 5.616,1 5.920,6 6.545,2 6.267,3 2.016,8 6.648,7 6.202,0 1.995,8 6.845,3 8.271,5 6.923,7 8.268,5 7.921,2 7.996,7 9.102,2 7.246,5 8.953,7 7.576,9 2.881,3 2.438,3 9.267,8 7.593,2 8.860,6 7.580,9 2.851,4 2.439,5 1.874,2 1.744,1 1.657,0 1.764,8 1.655,3 532,7 880,5 811,1 261,0 (801,8) (598,4) (709,5) (597,2) (650,8) (209,4) (226,3) (317,6) (102,2) (943,4) (1.098,3)) (763,6) (1.165,7) (1.138,2) (366,3) (47,5) (671,6) (216,1) 1.873,1 790,7 434,1 1.868,6 596,3 457,0 1.785,9 694,6 477,3 1.860,1 586,0 519,1 2.076,5 641,3 564,5 668,2 206,4 181,6 960,9 222,3 269,4 966,1 317,7 292,7 310,9 102,2 94,2 53 Dados Operacionais (encerramento do período): Número de ligações de água (em milhões) Número de ligações de esgoto (em milhões) Porcentagem da população com ligações de água Porcentagem da população com ligações de esgoto Volume de água faturada durante o período (em milhões de metros cúbicos) Porcentagem de perda de água (média) (6) Número de empregados 2001 Em 31 de dezembro de 2002 2003 5.717,0 4.128,0 100% 76% 5.898,0 4.304,0 100% 77% 6.044,0 4.462,0 100% 78% 1.698,0 1.770,0 1.765,0 888,6 837,9 32,6% 18.159,0 31,7% 18.505,0 33% 18.546,0 32,5% 18.355,0 33,5% 17.807,0 Semestre findo em 30 de junho de 2003 2004 5.975,0 4.385,0 100% 78% 6.285,0 4.673,0 100% 78% ________________________ (1) Incluindo despesas financeiras líquidas. (2) O item extraordinário levado a débito da conta de resultado nos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2002 e 2003 e seis meses findos em 30 de junho de 2003 e 2004 refere-se à amortização (ao longo do período de cinco anos) da responsabilidade atuarial registrada em 31 de dezembro de 2001, quando do reconhecimento pela primeira vez do plano de pensão de benefício definido. A apresentação do débito como item extraordinário é compatível com as instruções da Comissão de Valores Mobiliários. (3) Recebíveis de curto e longo prazo dos contratos com o Estado representam valores devidos pelo Estado por serviços de água e esgoto. Valores para 2003 e 30 de junho de 2004 são refletidos líquidos de R$401,7 milhões e R$347,0 milhões, respectivamente, referentes a valores devidos ao Estado relativos a juros sobre capital próprio, que foram destinados à compensação recíproca nos termos do contrato celebrado entre as partes, com alterações posteriores. Vide Nota 6 das nossas demonstrações financeiras auditadas. (4) Baseado nas demonstrações de fluxo de caixa relativas aos anos encerrados em 31 de dezembro de 2002 e de 2003, e para o período de 6 meses encerrado em 30 de junho de 2004, conforme a Nota 26 das demonstrações financeiras preparadas para os fins da Oferta Internacional e anexas ao presente Prospecto. (5) EBITDA significa o resultado líquido antes de despesas financeiras, líquidas, imposto de renda e contribuição social (tributo sobre a renda), depreciação e amortização, e resultado não operacional, líquido. O EBITDA não é uma medida aceita pelas práticas contábeis adotadas no Brasil, não representa fluxo de caixa para os períodos apresentados e não deve ser considerado como uma alternativa para o lucro (prejuízo) líquido, como um indicador de nosso desempenho operacional ou como uma alternativa para o fluxo de caixa como indicador de liquidez. Nossa definição de EBITDA não deve ser comparada com definições de EBITDA de outras empresas. Embora o EBITDA, conforme definição supra, não forneça uma medida aceita pelas práticas contábeis adotadas no Brasil de desempenho operacional, nossa administração a utiliza para medir nosso desempenho operacional e a mesma é comumente utilizada pelos analistas financeiros para avaliar nossos negócios. O EBITDA é calculado da seguinte maneira: Princípios Contábeis Brasileiros Lucro (prejuízo) Líquido Acrescentar: Despesas financeiras (receitas), líquido Imposto de Renda e Contribuição Social Depreciação e Amortização Item extraordinário, líquido de Imposto de Renda e Contribuição Social Subtotal Despesa não operacional, líquida EBITDA…………… No exercício encerrado em 31 de dezembro de 2001 2002 2003 2003 (em milhões) R$ R$ R$ US$ Semestre findo em 30 de junho de 2003 2004 2004 R$ R$ US$ 216,2 (650,5) 833,3 268,2 504,5 42,2 13,6 1.105,2 2.276,3 346,5 111,5 86,5 568,6 183,0 (89,7) (323,3) 242,6 78,1 223,9 33,5 10,8 477,3 519,1 564,5 181,6 269,4 292,7 94,2 — 35,1 35,1 11,3 17,6 17,6 5,7 1.709,0 1.856,7 2.022,0 650,7 928,9 954,6 307,2 76,9 3,4 54,5 17,5 32,0 11,5 3,7 1.785,9 1.860,1 2.076,5 668,2 960,9 966,1 310,9 (6) Inclui tanto perda física como não física. O percentual de perda de água representa o quociente resultante da divisão (a) da diferença entre (i) o volume total de água produzido por nós (após exclusão de certas perdas não físicas de água especificadas abaixo), e (ii) o volume total de água faturado por nós aos consumidores, pelo (b) volume total de água por nós produzido (após exclusão de certas perdas não físicas de água especificadas abaixo). Excluímos do nosso cálculo de perdas de água o seguinte: • água utilizada para manutenção periódica de adutoras e reservatórios de água; • água fornecida para uso de municípios, como por exemplo, para combate a incêndios; • água consumida em nossos estabelecimentos; e • perdas de água estimadas associadas à água que fornecemos a favelas. 54 ANÁLISE E DISCUSSÃO DA ADMINISTRAÇÃO SOBRE A SITUAÇÃO FINANCEIRA E O RESULTADO DAS OPERAÇÕES A análise e discussão da administração sobre a situação financeira e o resultado das operações a seguir deve ser lida em conjunto com as demonstrações financeiras e respectivas notas explicativas incluídas neste Prospecto. Este Prospecto contém estimativas e declarações futuras que envolvem riscos e incertezas. O resultado efetivamente obtido por nós poderá diferir substancialmente daquele discutido nas referidas estimativas e declarações futuras por diversas razões, incluindo, mas não se limitando, a fatores indicados na Seção “Fatores de Risco”. As demonstrações financeiras constantes do presente Prospecto foram elaboradas em conformidade com as práticas contábeis emanadas da legislação societária brasileira e normas complementares editadas pela CVM. Na discussão abaixo, as referências a aumentos ou diminuições em todos os períodos são feitos por comparação com o período anterior correspondente, exceto se o contexto indicar o contrário. Visão Geral Operamos sistemas de água e esgotos no Estado de São Paulo, incluindo a Cidade de São Paulo, a maior cidade do Brasil, bem como em mais da metade dos demais municípios do Estado. Também efetuamos venda de água por atacado para seis municípios nos quais não operamos sistemas de água. A Região Metropolitana de São Paulo, que inclui a Cidade de São Paulo, constitui a nossa mais importante área de atuação. Com população de, aproximadamente, 18,9 milhões de habitantes, a Região Metropolitana de São Paulo respondeu por, aproximadamente, 75,8%, 75,9% e 74,1% de nossas receitas operacionais em 2002, em 2003 e durante o primeiro semestre de 2004, respectivamente. Aproximadamente, 72,5% dos ativos imobilizados reconhecidos em nosso balanço patrimonial de 30 de junho de 2004 estão localizados nessa Região. Num esforço para atender à demanda da Região Metropolitana de São Paulo, e à vista do fato de que a região representa a principal oportunidade de aumento de nossas receitas operacionais líquidas, dedicamos expressiva parcela de nosso programa de investimentos à expansão dos sistemas de água e esgoto, bem como ao incremento e proteção dos recursos hídricos nessa região. Nosso programa de investimentos constitui a nossa mais significativa necessidade de liquidez e de recursos financeiros. Fatores que Impactaram os Nossos Resultados Operacionais Efeitos de Aumentos de Tarifas Nossos resultados operacionais e condição financeira são altamente dependentes de nossa capacidade de estabelecer e arrecadar tarifas adequadas por nossos serviços de água e esgoto. Embora tenhamos, em geral, amplos poderes para estabelecer tarifas em nossas áreas de atuação, esses poderes, na prática, ficam sujeitos a limites decorrentes, entre outros fatores, do seguinte: • considerações de ordem política decorrentes de nossa condição de empresa controlada pelo Estado de São Paulo; • medidas anti-inflacionárias promulgadas pelo Governo Federal ao longo do tempo; e • leis federais que, em algumas circunstâncias, limitam a 12% ao ano o retorno sobre os ativos de algumas de nossas concessões. No passado, com freqüência, as tarifas não conseguiram acompanhar a perda do poder aquisitivo da moeda em períodos de inflação elevada. Nos últimos anos, conseguimos em geral aumentar as tarifas de modo consistente com os aumentos de custos dos serviços e vendas e despesas operacionais e fomos capazes também de atender as nossas necessidades de liquidez e recursos financeiros. Em 2000, não aumentamos as tarifas em razão da política do Estado de não aumentar as tarifas de quaisquer serviços públicos. Em junho de 2001, entretanto, aumentamos nossa tarifa média em aproximadamente 13,1%, que ficou, em termos gerais, em linha com as taxas de inflação vigentes no Brasil desde meados de 1999, conforme apurada pelo índice de preços ao consumidor e, em agosto de 2002, aumentamos nossas tarifas em aproximadamente 8,2%. Em agosto de 2003, aumentamos nossas tarifas de serviços de água e esgoto em aproximadamente 19,0% e em agosto de 2004 aumentamos as nossas tarifas de serviços de água e esgoto em aproximadamente 6,8%. As tarifas que praticamos são estabelecidas com a utilização de uma fórmula que é de conhecimento do público em geral e que leva em consideração a inflação, 55 cobre os nossos custos operacionais e outras despesas, além de permitir o retorno de investimentos. Historicamente, as tarifas têm sido ajustadas uma vez ao ano, no mês de agosto. A tabela a seguir demonstra, nos períodos indicados, o aumento percentual de nossas tarifas, comparado a três índices de inflação. 2000 Aumento Médio de Tarifas(2)............ Índice de Preços ao Consumidor—IPC-FIPE .................. Índice de Preços ao Consumidor Ampliado—IPCA ........ Índice Geral de Preços do Mercado IGPM Período de doze meses encerrados em 30 de junho de 2001 2002 2003 2004(1) - 13,1% 8,2% 18,9%(3) 6,8% 6,9% 6,2% 5,8% 14,2% 5,6% 6,5% 7,4% 7,7% 16,6% 6,1% 14,4% 11,2% 9,5% 28,2% 9,6% (1) Aumentos de tarifa a partir de 29 de agosto de 2004 para todas as categorias. (2) Aumentos de tarifa, se houve, ocorreram a cada período de doze meses em junho, julho ou agosto. (3) Aumento de tarifa a partir de 29 de agosto de 2003 para todas as categorias, exceto residencial, social e favela. Fontes: Banco Central, Fundação Getúlio Vargas e Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas. Efeitos das Condições Econômicas do Brasil Considerando-se que todas as nossas atividades se encontram no Brasil, o resultado das nossas operações e condição financeira são impactados por condições econômicas no Brasil, especialmente por variações cambiais, índices de inflação e taxas de juros. Por exemplo, o desempenho da economia brasileira influencia na demanda por serviços de água e esgoto e a inflação afeta nossos custos e margens. O ambiente econômico brasileiro tem sido caracterizado por variações significativas nos índices de crescimento econômico. O crescimento da economia brasileira diminuiu em 2001, à medida que os efeitos da atual crise econômica na Argentina e os níveis mais baixos de crescimento da economia norte-americana provocaram queda dos investimentos e do consumo no Brasil, a exemplo de outros mercados emergentes. A situação econômica agravou-se com o racionamento de energia e com as medidas resultantes desse racionamento, anunciadas pelo Governo Federal, destinadas a reduzir o consumo de eletricidade. Em 2001, o PIB cresceu 1.3%, o real foi desvalorizado em 15,7% em relação ao dólar dos Estados Unidos da América e a inflação foi de 10,4%, de acordo com o IGPM. O Banco Central aumentou a taxa de juros básica de 15,3% em meados de 2001 para 19% a partir de julho de 2001. Em 2002, diversos fatores econômicos negativos continuaram a afetar adversamente os níveis de confiança dos consumidores no Brasil. Antes e depois das eleições presidenciais em novembro de 2002, houve uma incerteza substancial relativamente ao futuro político e econômico do Brasil. Outros fatores econômicos negativos em 2002 incluíram incertezas econômicas e políticas contínuas na Argentina e na Venezuela, preocupações com o impacto do conflito no Golfo Pérsico e seus efeitos sobre o preço dos derivados de petróleo e o desaquecimento da economia global. A alta desvalorização do real no segundo semestre de 2002 aumentou as preocupações com uma possível volta de altos índices de inflação. As autoridades monetárias, tanto da administração anterior, quanto da nova administração, agiram rapidamente de sorte a aumentar as taxas de juros até o final do ano, o que restringiu severamente a disponibilidade de crédito na economia e, conseqüentemente, impactou o seu crescimento. Em 2002, o PIB aumentou 1,9% e a inflação medida pelo IGPM foi de 25,3%. O real foi desvalorizado em 34,3% em relação ao dólar dos Estados Unidos da América em 2002. Houve aumento nas taxas de juros em decorrência de repetitivos aumentos da taxa básica de juros fixada pelo Banco Central do Brasil, que variou de 19%, em meados de 2002, para 25% no final do ano. Em 2003, a nova administração federal manteve a política econômica praticada pela administração anterior. O real valorizou 22,3% em relação ao dólar dos Estados Unidos da América, sendo cotado a R$2,8892 em 31 de dezembro de 2003. A inflação anual em 2003 registrada pelo IGPM diminuiu para 8,7%. Entretanto, o PIB diminuiu 0,2% em termos reais durante 2003, principalmente porque as altas taxas de juros vigentes no início de 2003 também impediram o crescimento econômico. A economia brasileira mostrou sinais de recuperação nos terceiro e quarto trimestres de 2003, bem como nos primeiros oito meses de 2004. Durante os oito primeiros meses de 2004, o real valorizou 2,0%, de modo que a taxa de câmbio do dólar dos Estados Unidos da América caiu para R$2,8318 reais em 30 de setembro de 2004. 56 Taxas de Juros Os níveis das taxas de juros no Brasil acompanham os movimentos das taxas de câmbio e das taxas de inflação. Taxas de juros altas resultam em aumentos em nossas despesas financeiras e afetam negativamente a nossa capacidade de obter financiamentos com condições vantajosas nos mercados de capitais. Dessa forma, é possível que tenhamos que continuar a contrair dívidas em moeda estrangeira a fim de satisfazer as nossas necessidades de liquidez e de capital, o que aumenta a nossa exposição a variações da taxa de câmbio, como já mencionado. O Banco Central aumentou a taxa de juros básicos para 25,5% em 22 de janeiro de 2003 e para 26,5% em 19 de fevereiro de 2003, e a diminuiu para 16,5% em 21 de janeiro de 2004 e para 16,25% em 18 de fevereiro de 2004, para 16,25% em 17 de março de 2004 e para 16% em 14 de abril de 2004. Em 15 de setembro de 2004, o Banco Central aumentou a taxa de juros básicos para 16,25%. Atualmente não utilizamos instrumentos de derivativos ou de hedge para mitigar o risco da taxa de juros. Temos monitorado, entretanto, as taxas de juros de mercado com a finalidade de avaliar a possível necessidade de substituição da nossa dívida. Inflação A inflação impacta o nosso desempenho financeiro na medida que aumenta os custos dos serviços prestados e as despesas operacionais. Além disso, toda a nossa dívida em real está indexada para levar em consideração os efeitos da inflação. A maior parte da nossa dívida em real está indexada à variação da TR. Não podemos assegurar que seremos capazes de aumentar nossas tarifas para compensar no futuro, no todo ou em parte, os efeitos da inflação. A tabela que se segue demonstra a inflação brasileira nos períodos indicados: Inflação (IPC-FIPE) .................................... Inflação (IGPM)........................................... 2001 31 de dezembro de 2002 2003 7,1% 10,4% 9,9% 25,3% 8,2% 8,7% Seis meses findos em 30 de junho de 2003 2004 5,3% 5,9% 2,7% 6,8% Fontes: Fundação Getúlio Vargas. Taxas de Câmbio O total do nosso endividamento em moeda estrangeira perfazia R$3.147,8 milhões em 30 de junho de 2004. Na hipótese de novas e expressivas desvalorizações do real em relação ao dólar dos Estados Unidos da América ou outras moedas, o custo de nossas obrigações em moeda estrangeira aumentaria, quando apurado em Reais, em especial porque nossas tarifas e demais receitas são auferidas unicamente em reais. Ademais, qualquer desvalorização significativa do real acarretará aumento de nossas despesas financeiras, em decorrência das perdas cambiais que devemos reconhecer. Por exemplo, a desvalorização do real de 34,3% em 2002 aumentou nossas despesas financeiras e prejudicou nossos resultados operacionais como um todo. Por outro lado, em 2003 o real apreciou 22,3% com relação o dólar dos Estados Unidos da América, que resultou em ganhos decorrentes da variação cambial de R$540,6 milhões. Da mesma forma, a valorização de 7% do real em relação ao dólar dos Estados Unidos da América nos primeiros seis meses de 2004 resultaram em perda cambial de R$192,4 milhões, a qual constituiu o principal fator para o nosso prejuízo líquido para o mesmo período. A tabela a seguir mostra a desvalorização (valorização) do real perante o dólar dos Estados Unidos da América, a taxa câmbio ao final de cada um dos períodos indicados e a média da variação da taxa de câmbio para aqueles mesmos períodos: Desvalorização (valorização) do real em relação ao dólar dos Estados Unidos da América Taxa de câmbio – US$1,00 (1) Média da taxa de câmbio – US$1,00 (2) 2001 31 de dezembro de 2002 2003 15,7% 34,3% (22,3%) (23,0)% 7,0% R$2,3204 R$2,3522 R$3,5333 R$2,9309 R$2,8892 R$3,0715 R$2,8720 R$3,2381 R$3,1075 R$2,9710 (1) A cotação do real frente ao dólar no dia 11 de outubro de 2004 era R$2,8314. (2) Representa a média para os períodos indicados. Fontes: Banco Central do Brasil. 57 Seis meses findos em 30 de junho de 2003 2004 Atualmente não utilizamos quaisquer instrumentos de derivativos ou de outros instrumentos de hedge para mitigar o risco de perda cambial, tendo em vista os valores e os custos envolvidos. Entretanto, em alguns casos, mantemos depósitos em moedas estrangeiras para mitigar a exposição cambial. Efeitos da Estiagem Grande parte do território brasileiro foi afetada por período de prolongada e severa estiagem nos anos de 2000 e 2001, embora historicamente as estiagens não tenham afetado nossos sistemas de fornecimento de água de maneira uniforme. Durante tal período, a Região Metropolitana de São Paulo, em particular, enfrentou sua pior seca em 65 anos. Em razão disso, de meados de junho a meados de setembro de 2000, realizamos um racionamento de água na zona sul da Região Metropolitana de São Paulo, afetando aproximadamente 3,5 milhões de pessoas ou 20% da população total da região. De acordo com esse racionamento, foi disponibilizada água a nossos consumidores por apenas dois dias a cada período de três dias. Durante o período de racionamento também reduzimos nossa produção total de água em 8%. A partir de abril de 2001 até janeiro de 2002, demos início ao racionamento de água na zona oeste da Região Metropolitana de São Paulo, afetando, aproximadamente, 300.000 pessoas. Segundo esse racionamento, a água era disponibilizada a esses 300.000 consumidores por apenas 40 horas a cada período de 78 horas. Durante todo o ano de 2003, os níveis de chuva estiveram abaixo da média e resultaram em fraco enchimento dos nossos reservatórios, particularmente no Sistema do Cantareira, o maior sistema da Região Metropolitana de São Paulo. De outubro a dezembro de 2003, racionamos água na região oeste da Região Metropolitana de São Paulo, servida pelo Sistema Alto Cotia, afetando aproximadamente 450.000 pessoas, ou 2% da população da região. Segundo esse racionamento, a água era disponibilizada a esses consumidores durante três dias, seguidos de dois dias de racionamento. Durante este período, nosso volume total de produção de água foi reduzido em 0,8%. Em conseqüência da estiagem, nossas receitas caíram, à medida que diminuiu o volume de água faturada, e nossos custos aumentaram por causa dos investimentos necessários à proteção e desenvolvimento dos mananciais e à preservação da qualidade da água. O impacto das estiagens varia nos diversos sistemas, o que nos permite mitigar os efeitos da estiagem isoladamente. Efeitos do Programa de Bônus para Redução de Água A fim de incentivar os clientes a usar menos água nos períodos de estiagem, instituímos o sistema de bônus, premiando os clientes que reduzissem o consumo de água com valores estabelecidos. O bônus aparece na conta dos consumidores como um desconto e é calculado com base no uso de água de cada consumidor, em cada mês, e aplicado para diminuir o valor a ser pago por tal consumidor. O desconto na redução do uso teve início em 15 de março de 2004 e teve os seguintes efeitos: • os clientes reduziram o uso de água, acarretando em receitas mais baixas em conseqüência de volumes menores de serviço de água e esgoto; • descontamos os valores pagos por clientes que tiveram êxito na redução do uso de água; e • vários clientes passaram a se enquadrar em categoria inferior de tarifa em decorrência da redução do consumo de água. Os nossos resultados do período encerrado em 30 de junho de 2004 refletem o impacto dos efeitos acima mencionados, os quais baixaram as nossas receitas de 15 de março de 2004 até o final do período. Também esperamos que as nossas receitas no terceiro trimestre de 2004 sejam menores como resultado do programa de bônus, o qual terminou em 15 de setembro de 2004. Esperamos receitas menores devido à redução nos níveis de consumo e aos efeitos do programa de incentivo de redução. Todavia, esperamos que essas reduções sejam compensadas, ao menos em parte, com o impacto positivo dos reajustes tarifários. Durante os seis primeiros meses de 2004, o volume da nossa produção de água foi reduzido em 3%, como resultado dos nossos programas de incentivo à redução do consumo. Principais Práticas Contábeis Nossas principais práticas contábeis (1) são fundamentais para retratar nossa condição financeira e nossos resultados operacionais e (2) requerem de nossa administração decisões e julgamentos detalhados, subjetivos e complexos, sempre com relação à necessidade de se estimar os efeitos incertos de acontecimentos inerentes à atividade de nossa atividade. Além disso, tendo em vista que o número de variáveis e as estimativas influenciam nas definições futuras referentes ao crescimento, esses julgamentos se tornam ainda mais complexos e subjetivos. 58 Com a finalidade de providenciar um entendimento sobre a forma com que fazemos esses julgamentos sobre eventos futuros, incluindo as variáveis e pressuposições subjacentes às estimativas e a adequação de tais julgamentos a circunstâncias diversas, incluímos abaixo nossas considerações referentes às nossas principais práticas contábeis. Provisão para Devedores Duvidosos O montante que consideramos suficiente para cobrir prováveis perdas decorrentes do não pagamento de contas dos nossos clientes é provisionado na conta de provisão para devedores duvidosos. A nossa política contábil para estabelecer a provisão para devedores duvidosos inclui: • saldo de contas a receber (excluindo contas a receber do Estado) cujo valor seja superior a R$5 mil e inferior a R$30 mil e que estão vencidas há mais de 360 dias; • saldo de contas a receber (excluindo contas a receber do Estado) cujo valor seja superior a R$30 mil que estão vencidas há mais de 360 dias, e com relação as quais temos adotado procedimentos judiciais de cobrança; e • saldo de contas a receber (excluindo as contas a receber do Estado) cujo valor seja inferior a R$5 mil e que estão vencidas há mais de 180 dias são excluídas do balanço por meio de lançamento direto a débito despesas de venda (dívidas recuperadas são registradas como redução de despesas de venda). As provisões para devedores duvidosos são incluídas nas despesas com vendas, líquidas de valores recuperados. O valor líquido dessa provisão era de R$106,3 milhões nos seis meses encerrados em 30 de junho de 2004, R$37,6 milhões em 2003, R$162,9 milhões em 2002 e R$153,8 milhões em 2001. Nossa metodologia para determinação de contas a receber para devedores duvidosos requer a utilização de estimativas que considerarão diversos fatores, incluindo histórico, fatores econômicos, previsões de baixas, o tempo do portfólio das contas a receber e outros fatores. Embora acreditemos que as estimativas utilizadas sejam razoáveis, os resultados poderão diferir de tais estimativas. Além disso, possuímos ativos substanciais compostos por valores devidos pelo Estado. Estes valores consistem principalmente de contas a receber por serviços, reembolsos por pensões pagas e valores devidos nos termos do acordo celebrado por nós com o Estado em dezembro de 2001 e em março de 2004. Não fazemos reservas contra quaisquer desses valores devidos pelo Estado em razão do disposto a seguir: • não esperamos incorrer em perdas decorrentes do não pagamento de tais dívidas; • celebramos acordos em setembro de 1997, em dezembro de 2001 e em março de 2004, por meio dos quais o Estado comprometeu-se a liquidar os valores a nós devidos e não pagos descritos em tais acordos mediante a utilização dos dividendos declarados por nós para pagamento do saldo remanescente das contas a receber devidas pelo Estado ou por entidades por ele controladas; e • de acordo com a Lei Federal nº 9.430, não é permitido que baixemos contas a receber ou registremos como provisão para devedores duvidosos quaisquer montantes a nós devidos pelo Estado ou por entidades por ele controladas. Em 30 de junho de 2004, os valores devidos a nós pelo Estado consistiam em R$523,9 milhões em contas a receber referentes à prestação de serviços (líquido de R$347,0 milhões de valores computados a título de dividendos pagáveis ao Estado), R$38,4 milhões não vencidos e R$527,6 milhões em reembolso por pensões pagas por conta do Estado. Esperamos que esses valores continuem a aumentar no futuro. Se o Estado não nos pagar os valores devidos, nossos fluxos de caixa, resultados operacionais e condição financeira serão impactados. Indenizações a receber As indenizações a receber são ativos de longo prazo e são representadas por valores a receber dos municípios de Diadema e Mauá, a título de indenização pela rescisão unilateral das nossas concessões de serviços de água e esgoto em 1995. Em 30 de junho de 2004, esse ativo totalizava R$148,8 milhões. 59 De acordo com os contratos de concessão, investimos na construção de sistemas de água e esgoto nesses municípios para cumprir com nossas obrigações relativas aos serviços de concessão. Tendo em vista o término unilateral das concessões pelos municípios de Diadema e Mauá, nossos ativos foram indisponibilizados pelas autoridades municipais que assumiram a responsabilidade pela prestação de serviços de água e esgoto nas respectivas áreas. Em razão disso, na época reclassificamos nosso ativo imobilizado com relação a esses bens indisponibilizados como ativos de longo prazo (indenizações a receber) e contabilizamos seu valor depreciado como forma de reduzir o valor contábil dos bens para valores recuperáveis estimados que acordamos contratualmente com as autoridades competentes como sendo justos. Nosso direito à recuperação de tais valores está sob disputa pelos municípios e nenhum valor foi recebido até a presente data. Com base em opinião jurídica, continuamos a acreditar que temos o direito a receber tais valores e continuamos a acompanhar os processos judiciais. No entanto, o real valor a ser recebido, se houver, muito provavelmente estará sujeito a decisão judicial. Assim, valores recebidos podem diferir daqueles contabilizados. Ativo Imobilizado Avaliação dos Ativos de Longo Prazo Revisamos os ativos de longo prazo, principalmente edificações, sistemas de água e esgoto e ativos da concessão a serem mantidos e utilizados em nossos negócios, para fins de cálculo e determinação do grau de deterioração, em base recorrente, ou quando situações ou mudanças nas condições indicarem que o valor contábil de um bem ou grupo de bens não venha a ser recuperável. De acordo com os Princípios Contábeis Brasileiros, avaliamos possível deterioração determinando se a receita operacional projetada é suficiente para absorver a depreciação ou amortização de ativos de longo prazo, observado o balanço patrimonial como um todo. Os estudos sobre as baixas por obsolescência e o abandono de projetos são conduzidos pelo nosso departamento de engenharia no período contábil da baixa com base em projeções de fluxos de caixa não descontados e aprovados pelo nosso Conselho de Administração. Efetuamos o monitoramento contínuo do valor contábil dos bens do imobilizado e procedemos ao ajuste dos respectivos valores líquidos de forma a assegurar que as receitas operacionais projetadas futuras sejam suficientes para recuperar o valor contábil dos bens. A depreciação é efetuada com emprego do método linear com base na vida útil estimada dos respectivos ativos. Quando possível, as taxas de depreciação são ajustadas considerando as mudanças na perspectiva de vida útil estimada depreciada, conforme substituição dos ativos. Na avaliação da deterioração dos ativos de longo prazo, fazemos presunções e estimativas a respeito de questões incertas, incluindo projeções de receita operacional e de fluxo de caixa, taxas de crescimento futuro, e a vida útil remanescente dos ativos, entre outras. Além disso, as projeções são consideradas no longo prazo, o que sujeita estas premissas e estimativas a um grau de incerteza ainda maior. Ainda que acreditemos que as estimativas usadas sejam razoáveis, o uso de diferentes premissas pode afetar consideravelmente nossa avaliação. Depreciação de Ativos Imobilizados A depreciação de nosso ativo imobilizado, principalmente edificações, sistemas de água e esgoto e ativos da concessão é efetuada com emprego do método linear, com base na vida útil estimada dos respectivos ativos, que geralmente não ultrapassa os termos contratuais dos nossos contratos de concessão. Ainda que acreditemos que as nossas estimativas de vida útil remanescente atual sejam razoáveis, o uso de diferentes premissas e estimativas e mudanças de circunstâncias futuras pode afetar a expectativa de vida útil remanescente de nosso ativo, o que pode ter um impacto considerável no nosso resultado operacional no futuro. Provisões Somos parte em processos judiciais envolvendo reclamações de valor monetário significativo. Essas demandas e procedimentos legais podem envolver condenações de ordem tributária, trabalhista, cível, ambiental, entre outros. Classificamos como perdas prováveis decorrentes desses processos judiciais quando determinamos que uma perda é provável e o montante da perda pode ser razoavelmente estimado. Assim, temos a necessidade de fazer julgamentos sobre eventos futuros, para os quais freqüentemente procuramos aconselhamento jurídico. Como resultado da arbitrariedade das decisões necessárias para a determinação e estimativa dessas provisões de perdas, as perdas reais concretizadas em períodos futuros podem variar significantemente das nossas estimativas. 60 Planos de Pensão Plano G1 Patrocinamos um fundo de pensão de benefício definido (“Plano G1”), que é operado e administrado pela SABESPREV - Fundação SABESP de Seguridade Social. De acordo com os Princípios Contábeis Brasileiros, antes de 1º de janeiro de 2002, contabilizávamos os gastos com pensão no regime de competência baseado em nossas contribuições para o plano. A partir de 1º de janeiro de 2002, em conformidade com a edição de novo método de contabilização, começamos a contabilizar a nossa obrigação atuarial no Plano G1. Conforme permitido sob esse método, estamos amortizando o passivo de transição relacionada ao valor da nossa obrigação atuarial na data de adoção do novo método por um período de cinco anos, que é contabilizado nas nossas demonstrações operacionais como sendo um item extraordinário, líquido dos respectivos impactos tributários. Os custos de pensão levados a débito da conta de resultado totalizaram R$44,8 milhões para o período de seis meses encerrado em 30 de junho de 2004, dos quais R$17,6 milhões (líquido dos efeitos fiscais totalizando R$9,0 milhões) foram apresentados como “item extraordinário líquido de imposto de renda e contribuição social”. Os R$27,2 milhões remanescentes foram alocados à conta de custo dos serviços prestados, despesas gerais e administrativas e despesas de venda. Estamos avaliando a possibilidade de introduzir um plano de contribuição definida para novos empregados, oferecendo aos atuais empregados uma opção de migrar do Plano G1. Plano G0 De acordo com uma lei promulgada pelo Estado, determinados empregados do Estado que nos prestaram serviços antes de maio de 1974 e se aposentaram como nossos empregados adquiriram o direito de receber pagamentos de aposentadoria complementar (cujos direitos são definidos como “Plano G0”). Esses valores são pagos por nós, em nome do Estado, e solicitados como reembolso ao Estado. Assim, nenhum gasto com pensão referente ao Plano G0 está registrado e nenhuma obrigação futura está registrada de acordo com os Princípios Contábeis Brasileiros. Premissas A contabilização destes benefícios previdenciários sob os Princípios Contábeis Brasileiros e sob o GAAP dos Estados Unidos requer um extensivo uso de premissas, incluindo aquelas relacionadas à taxa de desconto ajustada à inflação, retornos esperados em ativos do plano, aumento de taxas de compensação futuras esperado recebido pelos nossos empregados, taxa de mortalidade e rotatividade. Revisamos cada premissa anualmente, com a assistência do nosso consultor atuarial que nos orienta na determinação das premissas. As premissas são selecionadas para representar a média ponderada esperada da experiência ao longo do tempo e podem diferir de um ano para outro, de acordo com a experiência real, em virtude das mudanças no mercado e nas condições econômicas, de acontecimentos regulatórios, de medidas judiciais, do aumento ou diminuição de taxas de saque, rotatividade ou mortalidade dos empregados participantes. Ainda que acreditemos que as nossas premissas sejam apropriadas, podem ocorrer diferenças entre a experiência real ou as mudanças de premissas podem afetar os valores relativos a nossas despesas previdenciárias. O valor presente das nossas obrigações previdenciárias foi obtido utilizando-se uma taxa de desconto de 12,32%, 15,56% e 10,50% para 2003, 2002 e 2001, respectivamente. Nossas obrigações e despesas previdenciária aumentam com a diminuição da taxa de desconto. Juros sobre o Capital Próprio As sociedades anônimas brasileiras podem distribuir dividendos na forma de juros sobre o capital próprio, dedutíveis para fins fiscais, conforme a Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, e suas alterações. A taxa à qual os juros dedutíveis para fins fiscais poderão ser pagos fica limitada ao produto da média da TJLP (publicada pelo governo brasileiro) e da participação dos acionistas durante o período em questão, não podendo exceder de: • 50% do lucro líquido (antes de se levar em consideração qualquer distribuição do gênero e quaisquer deduções de impostos de renda e depois de levar em consideração quaisquer deduções de contribuições sociais sobre lucro líquido) do período em relação ao qual o pagamento for efetuado; ou • 50% dos lucros acumulados, o que for maior. 61 A distribuição de juros sobre o capital próprio aos nossos acionistas constitui despesa dedutível, tanto para fins de imposto de renda como de contribuição social. O valor pago aos acionistas a título de juros sobre o capital próprio, líquido de imposto retido na fonte, poderá ser incluído no valor do dividendo obrigatório. Devemos pagar dividendos obrigatórios não inferiores a 25% do nosso lucro líquido, observadas certas exceções e ajustes. Em 26 de fevereiro de 2004, o nosso Conselho de Administração aprovou o pagamento de dividendos, na forma de juros sobre o capital próprio, no valor de R$39,3 milhões, a ser pago no prazo de 60 dias após a assembléia geral ordinária de acionistas de 2005 a detentores de nossas ações em 15 de maio de 2004. Atualmente não podemos determinar se e qual o valor de tais dividendos serão compensados pelo Estado para o pagamento de valores devidos a nós pelo Estado. Os juros sobre o capital próprio são registrados na rubrica despesas financeiras de nossa demonstração do resultado, mas são em seguida revertidos na mesma rubrica. Vide Nota explicativa 16 de nossas demonstrações financeiras auditadas em 31 de dezembro de 2003. A dedução de imposto referente às distribuições de juros sobre o capital próprio são refletidas nas rubricas imposto de renda e contribuição social de nossa demonstração do resultado. Por conseguinte, esse benefício fiscal contribui de modo positivo para o lucro (prejuízo) líquido apurado em nossa demonstração do resultado. Certas Operações com o Acionista Controlador Reembolso devido pelo Estado O reembolso devido pelo Estado refere-se a valores a nos serem reembolsados pelo Estado em virtude de pagamentos que fazemos aos ex-empregados das companhias estatais que se fundiram e formaram a nossa companhia, referentes a planos previdenciários complementares (Plano G0) e benefícios de licença (licença prêmio). Tais montantes são pagos por nós sendo reembolsáveis pelo Estado, tendo em vista sua obrigação original. Entretanto, esses reembolsos não têm sido realizados durante um longo período. Conforme descrito em “Provisão para Devedores Duvidosos” abaixo, contabilizamos esses montantes como ativos circulantes de longo prazo, e não realizamos provisionamento com relação a esses valores tendo em vista que pretendemos recuperálos, sendo sua perda improvável. Contas a Receber do Estado pela Prestação de Serviços de Água e Esgoto Certas contas a receber do Estado pela prestação de serviços de água e esgoto para entidades estatais estão vencidas por um longo período. Conforme descrito em “Provisão para Devedores Duvidosos” abaixo, contabilizamos essas contas como ativo circulante de longo prazo e não realizamos provisionamento com relação a esses valores tendo em vista que pretendemos recuperá-los, sendo sua perda improvável. Uso de determinados bens pertencentes ao Estado Atualmente utilizamos determinados reservatórios do Sistema do Alto Tietê e reservatórios Billings e Guarapiranga de propriedade indireta do Estado e não pagamos nenhum valor em razão dessa utilização. Somos, entretanto, responsáveis pela manutenção e pelos gastos operacionais desses reservatórios. Se esses reservatórios não pudessem ser utilizados por nós, teríamos que obter água de fontes mais distantes, o que nos acarretaria um custo maior. O Estado não incorre em nenhum custo operacional dos reservatórios que estão sendo utilizados por nós. O acordo para que nós não pagássemos ao Estado qualquer remuneração pela utilização de certos reservatórios do Sistema Alto Tietê foi determinado por meio de diversos contratos, tendo sido os primeiros assinados em 31 de março de 1992 e em 24 de abril de 1997. Tais instrumentos foram alterados em 16 de março de 2000 e 21 de novembro de 2001. Como parte de nossas obrigações constantes desses contratos, concordamos em financiar 100% dos custos estimados com relação ao contrato de 1992 (no valor de R$27,8 milhões) e 75% dos custos estimados com relação ao contrato de 1997 (no valor de R$63,4 milhões, já desembolsados), arcando o Estado de São Paulo, por intermédio do Departamento Estadual de Águas e Energia Elétrica, com os outros 25% dos custos estimados (no valor de R$21,1 milhões). Tais valores foram empregados na construção de dutos, túneis e outras instalações para conexão do Rio Tietê aos reservatórios de Biritiba e Jundiaí, dentre outros reservatórios, em troca de nosso direito de captar água de tais reservatórios durante um período de 30 anos. De acordo com entendimentos posteriores ao contrato de 1997, a nossa obrigação com relação àquele contrato foi aumentada em R$5,9 milhões. 62 Temos o direito de retirar água e efetuar emissões nos reservatórios do Sistema do Alto Tietê durante um período de 30 anos, contado de 1997. Capitalizamos nossas despesas relacionadas às instalações construídas. O projeto referente ao contrato de 1992 foi finalizado e os equipamentos entraram em operação no ano de 1994. O projeto referente ao contrato de 1997 entrou em operação em 2002 e está sendo depreciado em bases lineares até 2027. O acordo para utilização dos reservatórios de Guarapiranga e Billings está estabelecido através de permissão emitida pelo DAEE. O direito de utilizarmos esses reservatórios é condicionado ao pagamento de todos os custos relacionados à sua manutenção e operação. Demonstração do Resultado A tabela a seguir apresenta, em relação aos períodos indicados, certos itens da nossa demonstração do resultado, cada qual expressa como porcentagem das receitas líquidas de vendas e serviços: Exercício encerrado em 31 de dezembro de 2001 2002 2003 Receita líquida de vendas e serviços....................................... Custo de vendas e de serviços................................................. Lucro bruto ............................................................................. Despesas com vendas.............................................................. Despesas administrativas ........................................................ Despesas financeiras, líquidas................................................. Lucro (prejuízo) operacional................................................... Receita (Despesa) não-operacional, líquida ........................... Lucro (prejuízo) antes do imposto de renda............................ Imposto de renda e contribuição social................................... Item extraordinário, líquido de imposto de renda e contribuição social Lucro (prejuízo) líquido .......................................................... 100% (46,3) 53,7 (9,7) (5,9) (32,2) 5,9 (2,2) 3,7 2,6 Seis meses encerrados em 30 de junho de 2003 2004 100% (48,2) 51,8 (10,2) (6,0) (60,4) (24,8) (0,1) (24,9) 8,5 100% (50,0) 50,0 (7,2) (6,2) (8,4) 28,2 (1,3) 26,9 (5,8) 100% (49,9) 50,1 (9,5) (5,5) 4,4 39,5 (1,6) 37,9 (11,3) 100% (50,9) 49,1 (10,9) (6,5) (26,7) 5,0 (0,5) 4,5 (1,6) - (0,9) (0,9) (0,9) (0,9) 6,3 (17,3) 20,2 25,7 2,0 Período de seis meses encerrados em 30 de junho de 2004 comparado ao período de seis meses encerrados em 30 de junho de 2003 Receita Operacional Líquida A receita operacional líquida do período de seis meses encerrado em 30 de junho de 2004 totalizou R$2.126,3 milhões, configurando um acréscimo de R$160,4 milhões, ou 8,2%, sobre R$1.965,9 milhões do mesmo período do exercício anterior. A receita líquida proveniente da venda e de serviços de água no período de seis meses encerrado em 30 de junho de 2004 totalizou R$1.226,8 milhões, configurando um acréscimo de R$72,6 milhões, ou 6,3%, sobre R$1.154,2 milhões do mesmo período do exercício anterior. Este acréscimo decorreu principalmente do aumento de tarifa realizado em agosto de 2003, bem como das receitas recebidas, pela primeira vez após a aquisição dos respectivos ativos de água e esgoto, decorrentes da prestação de serviços de água e esgoto em São Bernardo do Campo. O aumento na receita operacional líquida foi abrandado por uma redução de 2,3% no volume de água distribuída no período de seis meses encerrado em 30 de junho de 2004, decorrente da implantação do Programa de Incentivo à Redução do Consumo de Água na Região Metropolitana de São Paulo, desconsiderando o Município de São Bernardo do Campo. Além disso, no período de 15 de março a 30 de junho de 2004, concedemos desconto aos consumidores que atingiram a meta de redução estabelecida no Programa de Incentivo à Redução do Consumo de Água o que refletiu conseqüentemente no reenquadramento de algumas residências em categorias de tarifas mais baixas no valor total equivalente à R$35,0 milhões que, ao contrário, teria sido incluída como receita. A receita líquida proveniente de serviços de esgoto no período de seis meses encerrado em 30 de junho de 2004 totalizou R$899,5 milhões, configurando um acréscimo de R$87,7 milhões, ou 10,8%, sobre R$811,8 milhões do mesmo período do exercício anterior. O menor volume foi compensado por um aumento de 19,0% nas tarifas, tendo em vista que as tarifas de esgoto são estabelecidas com referência nas tarifas de água, juntamente com a primeira receita de serviços de esgotos prestados em São Bernardo do Campo, após a aquisição dos ativos de esgoto desse município. 63 Custo do Produto e Serviços Prestados O custo do produto e serviços prestados no período de seis meses encerrado em junho de 2004 totalizou R$1.082,9 milhões, apresentando um acréscimo de R$102,1 milhões, ou 10,4%, sobre R$980,8 milhões do mesmo período do ano anterior. Como porcentagem da receita operacional líquida o custo do produto e dos serviços prestados foi de 50,9% no período de seis meses encerrado em 30 de junho de 2004, representando um aumento se comparado com o índice de 49,9% para o mesmo período do ano anterior. Este aumento deve-se aos seguintes fatores: • aumento de R$34,4 milhões, ou 22,6%, nos custos de energia elétrica em razão de um reajuste na tarifa de energia elétrica pelas concessionárias prestadoras desse serviço; • aumento de R$27,6 milhões, ou 7,4%, em salários e encargos, devido principalmente ao reajuste salarial de 4,2% a partir de maio de 2004, com reflexo nos ordenados, benefícios e encargos sociais, ao pagamento de R$7,2 milhões em bônus pela redução interna de custo para empregados, ao aumento de encargos sindicais, impostos, benefícios sociais e educação; • aumento de R$19,9 milhões, ou 7,6%, nas despesas com depreciação principalmente relacionadas à transferência de obras do imobilizado em andamento para o imobilizado em operação da Companhia; e • aumento de R$18,1 milhões, ou 18,9%, nos custos de serviços prestados por terceiros, principalmente referentes a serviços de pavimentação e reposição de calçamentos, manutenção de redes e ligações, serviços técnicos profissionais e mão de obra contratada referente à prestação de serviços no município de São Bernardo do Campo. Lucro Bruto Em conseqüência dos fatores acima mencionados, o lucro bruto no período encerrado em 30 de junho de 2004 aumentou em R$58,2 milhões, ou 5,9%, passando de R$985,2 milhões para o mesmo período do ando anterior para R$1.043,4 milhões. Como porcentagem da receita operacional líquida o lucro bruto diminuiu de 50,1% para 49,1% quando comparada com o mesmo período de 2003. Despesas de Venda No período de seis meses encerrado em 30 de junho de 2004, as despesas de venda aumentaram em R$45,1 milhões, ou 24,2%, passando de R$186,2 milhões para o mesmo período do ano anterior para R$231,3 milhões. Em termos de porcentagem da receita operacional líquida, as despesas de venda aumentaram de 9,5%, no primeiro semestre de 2003, para 10,9%, no mesmo período de 2004. Esse aumento resultou, principalmente, dos seguintes fatores: • aumento de R$40,8 milhões ou 62,2%, nas despesas com baixa de créditos, devido a um aumento no número de medidas judiciais relacionadas à cobrança de créditos acima de R$30 mil, vencidas há mais de um ano, forçando a Companhia a reconhecer menor quantia de valores recuperados no semestre; • aumento de R$9,3 milhões, ou 15,6%, em salários e encargos, devido ao reajuste salarial de 4,2% a partir de maio de 2004, com reflexo nos ordenados, benefícios e encargos sociais, ao pagamento de R$1,4 milhões em bônus para empregados, relacionado ao plano de redução interna de custo; e • aumento de R$6,1 milhões ou 39,1%, em despesas gerais, principalmente com o aumento das taxas bancárias para o serviço de recebimento de conta de água. Esses aumentos foram abrandados pela: • diminuição de R$11,6 milhões ou 28,1%, em despesas com serviços, principalmente com relação aos prestados por terceiros na recuperação de créditos vencidos. Tais serviços foram suspensos temporariamente no período de renegociação e avaliação da terceirização de tais serviços na estratégia da Companhia. Essa diminuição, portanto, não deve ser entendida como tendência. 64 Despesas Gerais e Administrativas No período encerrado em 30 de junho de 2004, as despesas administrativas aumentaram em R$31,3 milhões, ou 29,1%. Em termos de porcentagem da receita operacional líquida, as despesas administrativas aumentaram de 5,5%, no primeiro semestre de 2003, para 6,5%, no mesmo período de 2004. Esse aumento deveu-se, principalmente, aos seguintes fatores: • aumento de R$23,7 milhões, ou 117,6%, em despesas com serviços, principalmente em publicidade e propaganda, causado por campanhas institucionais promovidas (“Olha o Nível, “Racionamento 2004” e “Programa de Incentivo à Redução do Consumo de Água”); • aumento de R$6,9 milhões, ou 14%, em salários e encargos, devido principalmente ao reajuste salarial de 4,2% a partir de maio de 2004, com reflexo nos ordenados, benefícios, encargos sociais e educação, totalizando R$3,5 milhões, ao pagamento de R$0,8 milhões em bônus pela redução interna de custo para determinados empregados, e ao aumento de encargos no valor de R$1,2 milhões com relação a reclamações trabalhistas; e • aumento de R$3,4 milhões, nas despesas com depreciação principalmente relacionadas à transferência de obras do imobilizado em andamento para o imobilizado em operações da Companhia. Despesas Financeiras Líquidas As despesas financeiras líquidas consistem principalmente de juros incidentes sobre a nossa dívida, perdas cambiais e atualização monetária relacionadas à dívida, abrandadas em parte pela receita de juros proveniente de aplicações financeiras e atualização monetária ativa, em sua maior parte relacionadas a acordos com alguns consumidores sobre recebíveis vencidos. As despesas financeiras líquidas no período de seis meses encerrado em 30 de junho de 2004 aumentaram R$655,1 milhões, passando de uma receita de R$86,5 milhões no primeiro semestre de 2003, para uma despesa de R$568,6 milhões no mesmo período de 2004. Em termos de porcentagem da receita operacional líquida, as despesas financeiras líquidas corresponderam a 26,7%, no primeiro semestre de 2004. Como porcentagem da receita operacional líquida, a receita financeira correspondeu a 4,4% para o mesmo período do ano anterior. Os aumentos absoluto e relativo das despesas financeiras líquidas devem-se principalmente à perda cambial verificada durante o período encerrado em 30 de junho de 2004, em comparação ao ganho durante o período correspondente de 2003, refletindo os efeitos sobre a dívida em moeda estrangeira da valorização do real frente ao dólar dos Estados Unidos da América no encerramento do primeiro semestre de 2003. A perda cambial foi de R$192,4 milhões durante o primeiro semestre de 2004, em comparação com ganhos cambiais de R$627,0 milhões no período correspondente de 2003. Os juros e demais encargos sobre empréstimos e financiamentos em reais e em moeda estrangeira diminuíram R$55,0 milhões, ou 14%, passando para R$337,2 milhões durante o período de seis meses encerrado em 30 de junho de 2004, em comparação com R$392,2 milhões no período correspondente em 2003. Essa redução deve-se principalmente: • a uma diminuição de R$48,9 milhões de juros incidente sobre dívidas em reais da Emissora para ao período de seis meses encerrado em 30 de junho de 2004, devido à diminuição das taxas de juros, parcialmente compensada por outras cobranças relacionadas à atualização monetária de tais dívidas; e • uma diminuição de R$6,0 milhões de juros e outras cobranças relacionadas à dívida em moeda estrangeira da Emissora, devido à diminuição do principal. Em 30 de junho de 2004, a dívida em reais correspondia a 57% do total, sendo que aproximadamente R$2.928,8 milhões, ou 70,2% dessa dívida em reais era a taxa flutuante e foi corrigida monetariamente, em sua maior parte com base em na taxa referencial (TR). A receita de juros para o período de seis meses encerrado em 30 de junho de 2004 diminuiu em R$4,2 milhões, ou 25%, passando de R$17,0 milhões para o mesmo período do ano anterior para R$12,8 milhões. Essa redução decorreu principalmente da queda na receita de investimentos financeiros temporários em R$26,5 milhões, ou 69,4%, passando de 38,2 milhões para R$11,7 milhões, devido à diminuição, no fluxo de caixa da Companhia resultante do uso de caixa para o pagamento do saldo da dívida. 65 Lucro Operacional Como resultado dos fatores acima descritos (em particular, das perdas cambiais), no período encerrado em 30 de junho de 2004, foi registrado um lucro de R$104,8 milhões, comparado com o lucro operacional após as despesas financeiras líquidas, no montante de R$778,0 milhões registrado no mesmo período de 2003, uma queda de 86,5%. Despesas Não Operacionais, Líquidas O resultado não operacional líquido no período encerrado em 30 de junho de 2004 diminuiu em R$20,6 milhões, ou 64,2%, apresentando um prejuízo de R$11,5 milhões, comparado com o prejuízo não operacional de R$32,0 milhões, verificado no mesmo período de 2003. Em ambos os períodos, tais despesas consistiam praticamente de perdas com baixas de ativos imobilizados obsoletos ou não produtivos. As despesas não operacionais diminuíram de R$35,3 milhões, em 2003, para R$16,3 milhões, no período de seis meses encerrado em 30 de junho de 2004. Essa diminuição ocorreu principalmente em razão de perdas com baixas de ativos imobilizados. Imposto de Renda e Contribuição Social A provisão para imposto de renda e contribuição social no encerramento do período de janeiro a junho de 2004 diminuiu R$190,5 milhões, ou 85,1%, passando de R$223,9 milhões para o mesmo período de 2003, para R$33,4 milhões, devido à redução do lucro antes do imposto de renda e da contribuição social, que foi de R$93,2 milhões para os primeiros seis meses de 2004, comparado com um lucro de R$746,0 para o mesmo período de 2003. Durante o período de seis meses encerrado em 30 de junho de 2004, o imposto de renda e a contribuição social diferidos tiveram uma variação positiva de R$73,6 milhões, ou 106,7%, partindo de uma despesa de 69 milhões no período compreendido pelos primeiros seis meses de 2003, para um crédito de R$4,6 milhões no mesmo período de 2004. Além disso, nos primeiros seis meses de 2004 também nos beneficiamos do benefício fiscal decorrente do pagamento de juros sobre o capital próprio. Tal benefício totalizou R$13,4 milhões nos primeiros seis meses de 2004, comparado com os R$53,8 milhões auferidos no mesmo período de 2003, representando assim 14,4% do nosso lucro antes do imposto de renda e da contribuição social para 30 de junho de 2004, ou R$93,2 milhões, comparado com 7,2% de nosso lucro antes do imposto de renda e da contribuição social para o primeiro semestre de 2003, ou R$746,0 milhões. Para o período de seis meses encerrado em 30 de junho de 2004 e para o período correspondente em 2003, as alíquotas de imposto de renda e contribuição social somadas foram de 34%. Item Extraordinário Em conformidade com as orientações da CVM, nos termos da Deliberação CVM nº 371/2000, a Companhia optou por reconhecer a obrigação atuarial de R$266,1 milhões, calculada em 31 de dezembro de 2001 com relação ao plano de pensão de benefícios definidos (G1), em bases lineares ao resultado durante o período de cinco anos com encerramento em 31 de dezembro de 2006. Nos termos da Deliberação da CVM mencionada, a despesa é apresentada como item extraordinário de R$17,6 milhões (após o pagamento de impostos sobre o total de R$9,0 milhões) para o período de seis meses encerrado em 30 de junho de 2003 e 2004. Resultado Líquido Como resultado dos fatores acima, o lucro líquido do período de seis meses encerrado em 30 de junho de 2004 foi de R$42,2 milhões comparado com o lucro de R$504,5 milhões do mesmo período de 2003, representando uma queda de R$462,3 milhões, ou 91,6%. 66 2003 Comparado a 2002 Receita Líquida das Vendas e Serviços A receita total líquida de vendas e serviços para 2003 aumentou R$363,7 milhões, ou 9,7%, passando de R$3.767,1 milhões em 2002 para R$4.130,8 milhões. A receita líquida das vendas e serviços referente à prestação de serviços de água aumentou R$197,0 milhões, ou 8,9%, passando de R$2.221,2 milhões em 2002 para R$2.418,2 milhões. Esse aumento deveu-se, principalmente, a aumento médio das tarifas de 19,0% a partir de 29 de agosto de 2003 em conjunto com o efeito continuado de aumento da tarifa média de 8,2% em agosto de 2002. O volume de água distribuída em 2003 diminuiu 0,3%. A receita líquida das vendas e serviços referente a esgoto aumentou R$166,6 milhões, ou 10,8%, passando de R$1.545,9 milhões em 2002 para R$1.712,5 milhões. Esse aumento deveu-se, principalmente, ao aumento das tarifas, pois as tarifas de esgoto são fixadas em função das tarifas de água, em conjunto com aumento de 0,4% no volume. Custo das Vendas e dos Serviços Prestados O custo das vendas e dos serviços prestados em 2003 aumentou R$252,2 milhões, ou 13,9%, passando de R$1.815,0 milhões em 2002 para R$2.067,2 milhões. Como porcentagem da receita das Vendas e Serviços líquida, os custos das vendas e dos serviços prestados aumentaram para 50% em 2003 em comparação com 48,2% em 2002. O aumento dos custos das vendas e dos serviços deveu-se, principalmente, aos seguintes fatores: • aumento de R$139,5 milhões, ou 21,4%, das despesas com a folha de pagamento e despesas relacionadas principalmente com o resultado (1) do aumento de 14,45% dos salários que entrou em vigor em maio de 2003 e aumento de 2% dos salários de certos empregados com base no Plano de Remuneração Baseado em Desempenho (a partir de setembro de 2003), (2) do aumento de R$·2,4 milhões na participação nos lucros, de R$26,9 milhões, em 2002, para R$·29,3 milhões, em 2003, (3) do reconhecimento, em 2003, de benefícios previdenciários e aposentadorias concedidos ou a serem concedidos a nossos empregados totalizando R$17,3 milhões, (4) alocação de R$12,8 milhões a antigos empregados que se desligaram da Companhia segundo o PDI - Programa de Dispensa Incentivada e R$13,2 milhões de custos correlatos. • aumento de R$56,3 milhões, ou 21,3%, nos custos de energia principalmente em função do aumento médio de 16% das tarifas de energia elétrica e do aumento dos volumes de consumo correspondentes a maiores volumes de esgoto e maior utilização de eletricidade por novas instalações; • aumento de R$42,8 milhões, ou 8,5%, nas despesas de depreciação principalmente em razão de obras de construção como ativos permanentes; e • aumento de R$10,9 milhões, ou 14%, nos custos de materiais utilizados no tratamento de água e esgoto. O aumento do custo foi atribuído em grande parte ao recente e continuado período de estiagem que novamente ocasionou uma água de qualidade inferior em 2003 em comparação com 2002, aumentando, dessa forma, a necessidade de uso de tais materiais. O aumento deveu-se, também, ao aumento dos preços de tais materiais. Lucro Bruto Em conseqüência dos fatores acima mencionados, o lucro bruto em 2003 aumentou R$111,5 milhões, ou 5,7%, passando de R$1.952,2 milhão, em 2002, para R$2.063,6 milhões. Como porcentagem da receita de vendas e serviços líquida, o lucro bruto diminuiu para 50% em 2003, em comparação com 51,8% em 2002. Despesas com Vendas Em 2003, as despesas com vendas diminuíram R$87,6 milhões, ou 22,7%, passando de R$385,1 milhões, em 2002, para R$297,5 milhões. Como porcentagem da receita de vendas e serviços líquida, as despesas com vendas diminuíram para 7,2% em 2003, em comparação com 10,2% em 2002. 67 A diminuição das despesas com vendas deveu-se, principalmente, aos seguintes fatores: • diminuição de R$125,3 milhões, ou 76,9%, da provisão para despesa com dívidas de recebimento duvidoso em 2003, registrada sob a rubrica despesas com vendas, em razão, principalmente, da reversão de provisões efetuada com relação a faturas emitidas ao município de São Bernardo do Campo. • diminuição de R$6,9 milhões, ou 7,7%, de gastos com serviços terceirizados, principalmente referentes a serviços técnicos de manutenção. Essas diminuições foram compensadas pelo aumento de R$30,2 milhões, ou 30%, das despesas com folha de pagamento e despesas relacionadas resultantes, principalmente, (1) do aumento de 14,5% dos salários que entrou em vigor em maio de 2003 e aumento de 2% dos salários de certos empregados com base no Plano de Remuneração Baseado em Desempenho (a partir de setembro de 2003), (2) do aumento de R$·1,8 milhão na participação nos lucros, de R$4,0 milhões, em 2002, para R$·5,8 milhões, em 2003, (3) do reconhecimento, em 2003, de benefícios previdenciários e aposentadorias concedidos ou a serem concedidos a nossos empregados totalizando R$2,7 milhões, (4) alocação de R$1,8 milhão a antigos empregados que se desligaram da companhia segundo o PDI - Programa de Dispensa Incentivada e R$1,8 milhão de custos correlatos (FGTS); e um aumento de R$10,4milhões em razão do reajuste de tarifas bancárias referentes a serviços de cobrança. Despesas Administrativas Durante o ano de 2003, as despesas administrativas aumentaram R$28,1 milhões, ou 12,4%, passando de R$226,0 milhões, em 2002, para R$254,1 milhões. Como porcentagem da receita de vendas e serviços líquida, as despesas gerais e administrativas aumentaram para 6,2% em 2003, em comparação com 6% no período correspondente em 2002. O aumento das despesas gerais e administrativas refletiu principalmente: • aumento de R$26,0 milhões dos custos das despesas gerais. O aumento dos custos das despesas gerais está associado, principalmente, às provisões para perdas relativas a contas a receber de fornecedores e depósitos judiciais; • aumento de R$17,1 milhões, ou 18,3%, da folha de pagamento e custos relacionados resultante, principalmente, (1) do aumento de 14,45% dos salários que entrou em vigor em maio de 2003, (2) e aumento de 2.0 % dos salários de certos empregados com base no Plano de Remuneração Baseado em Desempenho (a partir de setembro de 2003), (3) do aumento de R$1,0 milhão na participação nos lucros, de R$3,8 milhões, em 2002, para R$4,8 milhões, em 2003, (4) do reconhecimento de R$2,9 milhões referentes à obrigação de benefícios previdenciários e aposentadorias concedidos ou a serem concedidos a nossos empregados após a aposentadoria, e (5) da alocação de R$2,8 milhões a antigos empregados que se desligaram da companhia segundo o PDI - Programa de Dispensa Incentivada e R$2,4 milhões de custos correlatos; e • aumento de R$2,6 milhões nas despesas de depreciação em razão, principalmente, do reconhecimento de obras de construção como ativos permanentes. Esses aumentos foram compensados: • pela diminuição de R$20,4 milhões nos custos de serviços terceirizados em razão, principalmente, da redução dos serviços de publicidade e locação de equipamentos de informática. Despesas Financeiras Líquidas As despesas financeiras líquidas consistem basicamente de juros incidentes sobre nossas dívidas, perdas cambiais sobre essas dívidas e variações monetárias passivas sobre essas dívidas, compensadas, em parte, por receitas de aplicações financeiras e variações monetárias ativas, em sua maior parte, relacionadas a acordos celebrados com alguns de nossos clientes para quitação de contas devidas e não pagas. Em 2003, as despesas financeiras líquidas diminuíram R$1.929,8 milhões, ou 84,8%, passando de R$2.276,3 milhões, em 2002, para R$346,5 milhões. Como porcentagem das receitas de vendas e serviços líquidas, as despesas financeiras líquidas diminuíram para 8,4% em 2003 em comparação com 60,4% em 2002. 68 A diminuição das despesas financeiras líquidas em termos absolutos e relativos deveu-se principalmente ao ganho cambial em 2003 em comparação com 2002, refletindo os efeitos sobre nossa dívida em moeda estrangeira da recuperação significativa do real frente ao dólar dos Estados Unidos da América em 2003. O ganho cambial foi de R$540,6 milhões, em 2003, em comparação com perda cambial de R$1.345.3 milhões, em 2002. Em 2003, os juros e demais encargos sobre empréstimos e financiamentos em reais e em moeda estrangeira aumentaram R$46,1 milhões, ou 6,2%, passando de R$738,9 milhões, em 2002, para R$785,0 milhões. Esse aumento deveu-se principalmente a: • aumento de R$62,0 milhões dos juros relativos à nossa dívida em reais em 2003 e demais encargos relacionados a aumentos, por correção monetária, do valor principal de nossa dívida em reais no referido ano; e • diminuição de R$20,9 milhões dos juros e demais encargos relacionados à diminuição da dívida em moeda estrangeira quando da respectiva conversão em reais em decorrência da valorização do real frente ao dólar dos Estados Unidos da América em 2003. Em 31 de dezembro de 2003, toda a nossa dívida denominada em reais consistia em dívida a taxa flutuante, indexada para levar em conta os efeitos da inflação. Em 2003, a receita de juros aumentou R$1,0 milhão, ou 1,4%, passando a R$70,0 milhões, em comparação com R$69,0 milhões, em 2002. Esse aumento deveu-se, principalmente, ao aumento dos juros decorrentes de depósitos à vista e depósitos a prazo. Ademais, variações monetárias ativas relativas a contas a receber vencidas e não pagas aumentaram R$163,2 milhões, passando a R$203,9 milhões, em 2003, em comparação com R$78,2 milhões em 2002. Esse aumento deveu-se, principalmente, (1) à renegociação de acordos existentes com alguns clientes para parcelamento de contas a receber vencidas e não pagas com base em acordos sujeitos a correção monetária, (2) ao reconhecimento de R$75,0 milhões resultantes da variação monetária sobre contas a receber do município de São Bernardo do Campo, registrada de acordo com o contrato de compra e (3) ao reconhecimento de R$58,5 milhões resultante da variação monetária registrada sobre valores devidos pelo Estado relativos ao acordo com Governo do Estado de São Paulo. Lucro (Prejuízo) Operacional Em conseqüência dos fatores acima mencionados (incluindo, em especial, ganhos cambiais), o lucro das vendas e serviços em 2003 totalizou R$1.165,5 milhões, em comparação com prejuízo das operações de R$935,3 milhões em 2002. Receitas (Despesas) Não-operacionais As despesas não-operacionais líquidas em 2003 aumentaram R$51,0 milhões, ou 1.490,4%, passando de R$3,4 milhões, em 2002, para R$54,5 milhões. As despesas não-operacionais ocorreram, principalmente, em razão da perda de R$61,7 milhões com alienações e baixas de ativos obsoletos e outros ativos fixos não produtivos em 2003, em comparação com R$16,5 milhões com alienações e baixas em 2002. A diminuição da receita não-operacional de R$8,5 milhões, ou 49,4%, passando para R$8,7 milhões em 2003, em comparação com receita não-operacional de R$17,2 milhões em 2002, deveu-se, principalmente, a diminuições em doações de ativo imobilizado recebidas em 2003 e diminuições da receita decorrente da prestação de assistência técnica a municípios aos quais não prestamos serviços de água e esgoto. Imposto de Renda e Contribuição Social Em 2003, o benefício de imposto de renda e a contribuição social aumentaram R$566,0 milhões, ou 175%, para despesa de R$242,6 milhões em comparação com benefício de R$323,3 milhões em 2002. Embora em 2003 tenhamos apresentado resultado antes de imposto, tivemos benefício de imposto de renda que estava diretamente relacionado aos juros sobre o capital próprio pagos ou vencidos no ano em questão que não havia sido levado a débito do resultado antes de imposto, já que é tratado de maneira similar a um dividendo, mas gera despesa dedutível. Esse benefício totalizou R$171,4 milhões, representando aproximadamente 15,4% do lucro antes do imposto de renda de R$1.111,1 milhões em 2003. 69 Em 2002, embora tenhamos apresentado perda antes de imposto, tivemos benefício de imposto de renda que estava diretamente relacionado aos juros sobre o capital próprio pagos e/ou vencidos no ano em questão que não haviam sido levados a débito do resultado antes de imposto, já que é tratado de maneira similar a um dividendo, mas gera despesa dedutível. Em 2003 e 2002, a alíquota foi de 34%. Item Extraordinário Em conformidade com as exigências da Comissão de Valores Mobiliários, nos termos da Deliberação CVM nº 371/2000, optamos por reconhecer a obrigação atuarial calculada em 31 de dezembro de 2001 com relação ao nosso plano de pensão de benefícios definidos (Plano G1), em bases lineares ao resultado durante o período de cinco anos com encerramento em 31 de dezembro de 2006. Conforme permitido, a despesa é apresentada como item extraordinário de R$35,1 milhões (líquido dos efeitos fiscais de R$18,1 milhões) para o ano de 2003. Lucro (Prejuízo) Líquido Em conseqüência dos fatores acima mencionados, o lucro líquido em 2003 totalizou R$833,3 milhões, em comparação com o prejuízo líquido de R$650,5 milhões em 2002. 2002 Comparado a 2001 Receita Líquida de Vendas e Serviços A Receita total líquida de vendas e serviços para 2002 aumentou para R$332,4 milhões, ou 9,7%, passando de R$3.434,8 milhões em 2001 para R$3.767,1 milhões. A receita líquida das vendas e serviços referente à serviços de água aumentou R$179,0 milhões, ou 8,8%, passando de R$2.042,3 milhões em 2001, para R$2.221,2 milhões. Este aumento deveu-se, principalmente, a um aumento médio das tarifas de 8,2% a partir de 1º agosto de 2002. O aumento da receita líquida de serviços de água foi também atribuído a um aumento de 4,2% no volume da água distribuída, sobretudo em conseqüência do retorno do consumo dos nossos clientes aos níveis normais após o fim das restrições ao consumo de energia no Brasil em março de 2002. A receita líquida de serviços de esgoto aumentou R$153,4 milhões, ou 11%, passando de R$1.392,5 milhões em 2001 para R$1.545,9 milhões. Esse aumento deveu-se, principalmente, ao aumento das receitas provenientes de serviços de água, pois nossas receitas de esgoto são em geral fixadas em função das receitas de água mensais. Vide “Tarifas”. Custo das Vendas e dos Serviços O custo das vendas e dos serviços prestados em 2002 aumentou R$224,5 milhões, ou 14,1%, passando de R$1.590,4 milhões, em 2001, para R$1.815,0 milhão. Como porcentagem da receita de vendas e serviços líquida, os custos das vendas e dos serviços prestados aumentaram para 48,2% em 2002 em comparação com 46,3% no período correspondente em 2001. O aumento do custo dos serviços deveu-se, principalmente, aos seguintes fatores: • aumento de R$74,0 milhões, ou 12,8%, das despesas com a folha de pagamento e despesas relacionadas principalmente como resultado (1) do aumento de 8% dos salários que foi efetuado em maio de 2002, (2) do aumento de R$15,6 milhões na participação nos lucros de R$11,3 milhões em 2001 para R$26,9 milhões em 2002, (3) do reconhecimento em 2002 de benefícios previdenciários e aposentadorias concedidos ou a serem concedidos aos nossos empregados totalizando R$4,2 milhões e (4) do mais recente dissídio coletivo que alterou a política de benefícios de férias resultando em um aumento de R$4,4 milhões no custo de serviços; • aumento de R$68,1 milhões ou 34,6% nos custos de energia principalmente em função do aumento das tarifas de energia elétrica e dos volumes de consumo; 70 • aumento de R$40,3 milhões, ou 8,7%, nas despesas de depreciação principalmente relacionadas ao início das operações dos novos sistemas de água e esgotos na Região Metropolitana de São Paulo em 2002; • aumento de R$19,0 milhões, ou 32,3% nos custos de materiais utilizados no tratamento de água e esgoto. O aumento do custo foi atribuído em grande parte ao recente período de estiagem que ocasionou uma água de qualidade inferior em 2002 em comparação a 2001 e aumentou a necessidade de uso de tais materiais. O aumento foi atribuído também a um aumento dos preços de tais materiais; e • aumento de R$13,0 milhões, ou 6,5%, dos custos de serviços prestados por terceiros, principalmente referentes a serviços técnicos de manutenção. Lucro Bruto Em conseqüência dos fatores acima mencionados, o lucro bruto em 2002 aumentou R$107,8 milhões, ou 5,8%, passando de R$1.844,3 milhões, em 2001, para R$1.952,2 milhões. Como porcentagem da receita de vendas e serviços líquida, o lucro bruto diminuiu para 51,8% em 2002, em comparação com 53,7% no período correspondente em 2001. Despesas com Vendas Em 2002, as despesas com vendas aumentaram R$52,5 milhões, ou 15,8%, passando de R$332,6 milhões, em 2001, para R$385,1 milhões. Como porcentagem da receita de vendas e serviços líquida, a despesa com vendas aumentou para 10,2% em 2002, em comparação com 9,7% no período correspondente em 2001. O aumento nas despesas com venda foi principalmente devido aos seguintes fatores: • um aumento de R$21,2 milhões, ou 31,1%, de gastos com serviços terceirizados, principalmente relacionados com serviços técnicos de manutenção e custos relacionados à recuperação de contas a receber; • um aumento de R$20,0 milhões, ou 24,8%, em nossa folha de pagamento e custos relacionados como resultado principalmente (1) do aumento de 8% dos salários que entrou em vigor em maio de 2002, (2) do aumento de R$2,3 milhões na participação nos lucros passando de R$1,7 milhão em 2001 para R$4,0 milhões em 2002, (3) do reconhecimento em 2002 de benefícios previdenciários e aposentadorias concedidos ou a serem concedidos aos nossos empregados totalizando R$0,6 milhão e (4) do mais recente dissídio coletivo que alterou a política de benefícios de férias resultando em um aumento de R$1,0 milhão no custo de serviços; • um aumento de R$9,1 milhões, ou 5,9%, em provisão para dívidas de difícil recebimento em 2002, que é registrada na rubrica despesas de venda. A provisão mais alta para devedores duvidosos em 2002 reflete um aumento nas baixas diretas (líquidas de recuperações) de contas a receber de consumidores de pequeno porte em 2002 em comparação a 2001. O aumento do nível das baixas diretas foi compensado parcialmente por um débito mais baixo referente à provisão (líquida de recuperações) de aproximadamente R$89,6 milhões no que respeita a contas a receber devidas e não pagas de consumidores de grande porte bem como de municípios a que fornecemos água por atacado. Despesas Administrativas Durante o ano de 2002, as despesas administrativas aumentaram R$22,9 milhões, ou 11,3%, passando de R$203,1 milhões em 2001, para R$226,0 milhões. Como porcentagem da receita de vendas e serviços líquida, as despesas gerais e administrativas aumentaram para 6% em 2002, em comparação com 5,9% no período correspondente em 2001. O aumento das despesas gerais e administrativas refletiu principalmente: • um aumento de R$11,6 milhões ou 14,2% da folha de pagamento e custos relacionados devido a um aumento de 8% dos salários que entrou em vigor em maio de 2001 bem como de um aumento de R$2,2 milhões em participação nos lucros passando de R$1,6 milhão em 2001 para R$3,8 milhões em 2002, em reconhecimento de R$1,1 milhão atinente à responsabilidade de benefícios previdenciários e aposentadoria concedidos ou a serem concedidos a empregados após aposentadoria, descrito na nota 13 das nossas demonstrações financeiras auditadas. Ademais, as revisões da política de férias contidas em nosso mais recente dissídio coletivo anual aumentou as despesas administrativas em R$0,6 milhão; e • um aumento de R$6,6 milhões dos custos das despesas gerais. O aumento dos custos das despesas gerais está associado, principalmente, a um aumento da provisão para contingências. 71 Despesas Financeiras, Líquidas As despesas financeiras líquidas consistem basicamente de juros incidentes sobre nossas dívidas, perdas cambiais sobre essas dívidas e variações monetárias passivas sobre essas dívidas, compensadas, em parte, por receitas de juros sobre caixa e depósitos a prazo fixo e variações monetárias ativas em sua maior parte relacionadas a acordos celebrados com alguns de nossos clientes para quitação de contas devidas e não pagas. As despesas financeiras líquidas em 2002 aumentaram R$1.171,1 milhões, ou 106%, passando de R$1.105,2 milhões, em 2001, para R$2.276,3 milhões. Como porcentagem das receitas de vendas e serviços líquidas, as despesas financeiras líquidas aumentaram para 60,4% em 2002 em comparação a 32,2% em 2001. Os aumentos das despesas financeiras líquidas em termos absolutos e relativos deveram-se, principalmente, a aumento da perda cambial verificado em 2002, em comparação a 2001, refletindo os efeitos sobre nossa dívida em moeda estrangeira da desvalorização significativa do real frente ao dólar dos Estados Unidos da América em 2002. A perda cambial aumentou para R$1.345,3 milhões em 2002, em comparação com perda cambial de R$387,0 milhões em 2001. Os juros e demais encargos sobre empréstimos e financiamentos em reais e em moeda estrangeira em 2002 aumentaram R$123,0 milhões ou 20%, passando para R$738,1 milhões em comparação com R$615,1 milhões em 2001. Esse aumento deveu-se principalmente a: • aumento de R$37,2 milhões dos juros e demais encargos em decorrência de aumento da dívida em moeda estrangeira quando convertida em reais, em conseqüência da depreciação do real frente ao dólar dos Estados Unidos da América em 2002, ainda que o valor principal total de nossa dívida denominada em dólar dos Estados Unidos da América tenha diminuído em 2002; e • aumento de R$85,7 milhões dos juros e demais encargos devido ao aumento, por correção monetária, do valor principal de nossa dívida em reais em 2002. Em 31 de dezembro de 2002, toda a nossa dívida denominada em reais consistia em dívida a taxa flutuante, indexada para levar em conta os efeitos da inflação. A receita de juros em 2002 aumentou R$8,7 milhões ou 14,4%, passando para R$69,0 milhões em comparação com R$60,3 milhões no período correspondente em 2001. Esse crescimento deveu-se principalmente ao aumento dos saldos médios de caixa e dos depósitos bancários. Ademais, tivemos aumento de R$34,8 milhões nas variações monetárias ativas sobre acordos de contas vencidas e não pagas, que passaram para R$78,2 milhões em 2002, em comparação com R$43,4 milhões em 2001. Esse aumento deveu-se principalmente à renegociação de acordos sujeitos a correção monetária existentes com alguns de nossos clientes para parcelamento de contas vencidas e não pagas. Lucro (Prejuízo) Operacional Em conseqüência dos fatores acima mencionados (incluindo, em especial, perdas cambiais), o prejuízo das operações em 2002 totalizou R$935,3 milhões, em comparação com lucro operacional de R$203,4 milhões em 2001. Receitas (Despesas) Não-operacionais As despesas não-operacionais líquidas em 2002 diminuíram em R$73,5 milhões, ou 95,6%, passando de R$76,9 milhões em 2001 para R$3,4 milhões. A despesa não-operacional ocorreu principalmente em razão da perda de R$16,5 milhões com alienações e baixas de ativos fixos obsoletos ou não produtivos em 2002, em comparação com o prejuízo líquido de R$84,9 milhões em 2001. A diminuição da despesa não-operacional líquida também se deveu ao aumento de R$5,4 milhões, ou 43,8%, da receita não-operacional, passando para R$17,2 milhões em 2002 em comparação com receita não-operacional de R$11,8 milhões em 2001. Esse aumento, por sua vez, deveu-se principalmente a aumentos de doação de ativos imobilizados e aos resultados da prestação de assistência técnica a municípios em que não prestamos serviços de água e esgotos. Imposto de Renda e Contribuição Social Em 2002, o imposto de renda e a contribuição social aumentaram R$233,6 milhões, ou 260,4%, totalizando R$323,3 milhões em comparação com R$89,7 milhões em 2001. 72 Embora em 2001 apresentamos resultado antes de imposto, tivemos um benefício de imposto de renda que estava diretamente relacionado aos juros sobre o capital próprio pagos e/ou vencidos no ano em questão que não havia sido levado a débito do resultado antes de imposto, já que é tratado de maneira similar a um dividendo, mas gera despesa dedutível. Esse benefício totalizou R$166,5 milhões, representando aproximadamente 131,6% do lucro antes do imposto de renda de R$126,5 milhões em 2001. Em 2002, embora o efeito fiscal decorrente dos juros sobre o capital próprio tenha sido reduzido para R$36,8 milhões, o prejuízo antes de imposto totalizando R$938,7 milhões constituíram a principal razão para o aumento de R$233,6 milhões em benefício de imposto de renda e contribuição social no ano. Vide “Juros sobre o Capital Próprio” acima. Em 2002 e 2001, a alíquota foi de 34%. Item Extraordinário Em conformidade com as exigências da Comissão de Valores Mobiliários, nos termos da Deliberação CVM nº 371/2000, optamos por reconhecer a obrigação atuarial calculada em 31 de dezembro de 2001 com relação ao nosso plano de pensão de benefícios definidos (Plano G1), em bases lineares ao resultado durante o período de cinco anos com encerramento em 31 de dezembro de 2006. Nos termos da Deliberação da CVM mencionada, o reconhecimento da despesa é apresentado como item extraordinário de R$35,1 milhões (líquido dos efeitos fiscais de R$18,1 milhões) para o ano de 2002. Lucro (Prejuízo) Líquido Em conseqüência dos fatores acima mencionados, o prejuízo líquido em 2002 totalizou R$650,5 milhões, em comparação com o lucro líquido de R$216,2 milhões em 2001. Liquidez e Recursos Financeiros Fontes de Recursos Financeiros Para satisfazer nossa necessidade de liquidez e de recursos financeiros inicialmente recorremos aos montantes de caixa gerados por nossas atividades operacionais, empréstimos de instituições financeiras federais e estaduais, e financiamentos de organizações multilaterais, bem como de mercados de capitais internacional e doméstico. Em 30 de junho de 2004, tínhamos R$102,9 milhões em montantes de caixa e equivalentes e um endividamento total de R$7.318,5 milhões, dos quais 43% era denominado em moeda estrangeira. O endividamento de curto prazo era de aproximadamente R$1.116,4 milhões em 30 de junho de 2004, dos quais R$257,1 milhões consistiam de obrigações em moeda estrangeira. Acreditamos que dispomos de fontes de liquidez e de recursos financeiros suficientes para atender as previsões de nossas necessidades de liquidez e de recursos financeiros para os próximos anos, à luz da nossa atual posição financeira e nossa expectativa de geração de caixa por meio de nossas atividades operacionais. Recursos Provenientes de Atividades Operacionais. Os recursos provenientes de nossas atividades operacionais são, e nós antecipamos que continuarão a ser, a maior fonte singular de nossa liquidez e fonte de capital nos próximos anos e períodos financeiros. Nosso caixa gerado por atividades operacionais era de R$1.655,3 milhões em 2003, R$1.764,8 milhões em 2002, R$1.657,0 milhões em 2001 e R$811,1 milhões nos seis primeiros meses encerrados em 30 de junho de 2004. Temos contas a receber do Estado e de municípios para os quais fornecemos água por atacado. Em dezembro de 2001, firmamos contrato com o Estado de São Paulo, por meio do qual o Estado, entre outras coisas, concordou em transferir os reservatórios do Sistema do Alto Tietê como parte de pagamento de contas a receber que na época eram devidas pelo Estado, além de reembolso devido pelo Estado com relação a benefícios de aposentadoria que foram pagas por nós. A transferência dos ativos contemplados por esse contrato não envolveria qualquer fluxo de recursos financeiros. Em 29 de outubro de 2003, o Ministério Público do Estado de São Paulo propôs uma ação civil pública (distribuída para a 12ª Vara de Fazenda Pública) na qual alega que a transferência da propriedade dos reservatórios do Sistema do Alto Tietê, do Departamento Estadual de Água e Energia para nós, seria ilegal. Em outubro de 2004, o juiz de primeira instância proferiu decisão favorável ao Ministério Público do Estado de São Paulo, a qual acreditamos referir-se apenas à ilegalidade da transferência dos reservatórios. Nós e o Estado de São Paulo pretendemos recorrer de tal decisão. Em nosso recurso também planejamos pleitear a suspensão dos efeitos da decisão obtida em primeira instância até que uma decisão final seja prolatada pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Não podemos prever se teremos sucesso na referida apelação e também não podemos assegurar se a transferência dos reservatórios irá se concretizar. 73 Nos termos do contrato de dezembro de 2001, em julho e agosto de 2002, uma empresa estatal de construção do Estado de São Paulo, agindo por conta do Estado e uma empresa de avaliação independente, agindo por nossa conta, apresentaram seus relatórios de avaliação dos reservatórios. As avaliações contidas nesses relatórios eram nos valores de R$335,8 milhões e R$341,2 milhões, respectivamente. De acordo com o contrato de dezembro de 2001, a média aritmética entre tais avaliações será considerada o valor justo dos reservatórios. Desde que realizamos investimentos nestes reservatórios, a média aritmética destas avaliações, submetida ao nosso Conselho de Administração em agosto de 2002, R$300,9 milhões, foi líquida de um percentual correspondente a esses investimentos. Nosso Conselho de Administração aprovou os relatórios de avaliação e esses serão apresentados para aprovação a assembléia geral extraordinária. Entretanto, não podemos assegurar quando o valor justo final desses reservatórios será determinado, quando a transferência dos reservatórios ocorrerá ou quando o compensação das contas a receber ocorrerá. O contrato de dezembro de 2001 também previa que os consultores jurídicos da Secretaria de Finanças do Estado efetuariam análises específicas, as quais já se iniciaram, para assegurar a concordância entre as partes quanto à metodologia empregada para se determinar o valor do reembolso dos benefícios previdenciários a nós devidos pelo Estado de São Paulo. O início dos pagamentos atinentes aos valores de pensão devidos à nós pelo Estado foi postergado até que tais análises sejam concluídas, o relatório de avaliação seja aprovado e as cessões de crédito atinentes à transferência dos reservatórios descrita acima sejam formalizadas. Nos termos do contrato de dezembro de 2001, o primeiro pagamento estava previsto originalmente para julho de 2002, contudo, nenhum pagamento como os mencionados acima foi efetuado até o arquivamento do presente documento. Em março de 2004 assinamos um contrato com o Estado que reconheceu, entre outras coisas, a dedução de parcela da dívida do Estado com a Sabesp dos dividendos, sob a forma de juros sobre capital próprio, pagáveis por nós para o Estado, e que o Estado nos pagará a parcela remanescente das contas a receber devidas que não serão abatidas nos dividendos. De acordo com o contrato, o montante recebido por nós era de R$581,8 milhões, dos quais R$360.7 milhões ainda serão compensados. O saldo restante, no valor de R$221,1 milhões, está sendo pago pelo Estado em 60 meses consecutivos começando em 30 de maio de 2004. Em 30 de junho de 2004, o saldo devedor do Estado era de R$176,9 milhões, referentes ao contrato e R$38,4 milhões referentes a contas não vencidas. As nossas contas a receber do Estado e municípios aos quais fornecemos água por atacado totalizavam R$592,3 milhões em 30 de junho de 2004, dos quais R$543,6 milhões estavam vencidos. Em 19 de dezembro de 2003, adquirimos os ativos de água e esgoto da Cidade de São Bernardo do Campo e passamos a deter, portanto, o direito de prestar serviços de água e esgoto nesse município que era, anteriormente, um de nossos clientes por atacado. O valor econômico da transação foi de R$415,5 milhões, a qual foi contabilizada como ativo intangível. O município era devedor de contas no valor corrigido monetariamente de R$265,4 milhões, sendo que tal valor foi contabilizado como recuperação de contas de devedores duvidosos. O saldo no valor de R$150,0 milhões está sendo pago em dinheiro, em parcelas até novembro de 2004. Endividamento. Em 30 de junho de 2004, tínhamos aproximadamente R$6.202,0 milhões em dívidas de longo prazo, da qual aproximadamente R$2.890,7 milhões consistiam em dívida de longo prazo em moeda estrangeira. Tínhamos uma dívida de curto prazo de aproximadamente R$1.116,4 milhões em 30 de junho de 2004. Em 30 de junho de 2004, aproximadamente R$257,1 milhões dessa dívida de curto prazo era denominada em moeda estrangeira. Substancialmente toda a nossa dívida em moeda estrangeira era de R$3.147,8 milhões em 30 de junho de 2004 e era denominada em dólares dos Estados Unidos da América ou em cesta de moedas. A nossa dívida consistia primordialmente de empréstimos no valor de US$447,2 milhões (R$1.389,7 milhões) tomados junto ao BID, de empréstimos no valor de US$13,3 milhões (R$41,4 milhões) adquiridos junto ao Banco Mundial, US$500.0 milhões (R$1.553,8 milhões), um valor principal agregado de 10% Notes com vencimento em 2005, Notes de 12% com vencimento em 2008, no mercado internacional, em julho de 1997 e em junho de 2003, respectivamente, e um valor agregado de US$30,0 milhões (R$93,2 milhões) em empréstimos sindicalizados. Os empréstimos com organismos multilaterais, tais como o Banco Mundial e o BIRD, foram e provavelmente serão garantidos pelo Estado de São Paulo, ou pela União Federal. Tais garantias são prestadas a título gratuito. Em 17 de junho de 2004, o nosso Conselho de Administração autorizou a emissão de 40 notas promissórias, no valor total de R$200 milhões, com valor nominal unitário de R$5 milhões e com vencimento de 180 dias da data da subscrição. As notas promissórias fazem jus a juros remuneratórios, a partir da data de emissão, incidentes sobre o valor nominal unitário e estabelecidos com base em 105% da Taxa DI, calculados pro rata temporis até a data de pagamento das notas promissórias. Em 16 de julho de 2004 foram emitidas 26 Notas Promissórias, totalizando R$130 milhões, que foram resgatadas antecipadamente em 22 de setembro de 2004. O nosso endividamento de longo prazo em 30 de junho de 2004 incluiu aproximadamente R$711,7 milhões devidos em 2004, aproximadamente R$1.519,7 milhões devidos em 2005, aproximadamente R$643,9 milhões devidos em 2006, aproximadamente R$553,9 milhões devidos em 2007, aproximadamente R$1.081,6 milhões devidos em 2008 e 74 aproximadamente R$2.807,7 milhões devidos em 2009 em diante. Acreditamos ser capazes de atender aos vencimentos por meio de combinação de recursos gerados por nossas operações, por recursos líquidos de novas emissões de dívida em mercados de capital internacional e doméstico e empréstimos adicionais de credores nacionais e estrangeiros. Os nossos empréstimos não são impactados pela sazonalidade. Para informações com relação às taxas de juros incidentes sobre o nosso atual endividamento, vide Nota 10 das nossas demonstrações financeiras. A nossa dívida em reais totalizava aproximadamente em R$4.170,7 milhões em 30 de junho de 2004 e consistia primordialmente de empréstimos em reais adquiridos junto a bancos controlados pelo Governo Federal e Estadual (em especial junto ao Banco do Brasil S.A. e Caixa Econômica Federal), e de debêntures emitidas em março de 1999, em abril de 2001 e em abril de 2002. Em 6 de agosto de 2004, firmamos um contrato de abertura de crédito com o JBIC, para o financiamento do Programa de Recuperação Ambiental da Região Metropolitana de Santos, com garantia da União Federal de R$588,0 milhões. Adicionalmente ao montante recebido através do Contrato de Crédito com o JBIC, pretendemos investir até R$493,0 milhões nesse programa. Além disso, estamos negociando com o BNDES e Caixa Econômica Federal empréstimos adicionais para financiar parcelas do nosso programa de investimentos. Em 17 de setembro de 2004, obtivemos registro junto à CVM de Programa de Distribuição de Valores Mobiliários, com vigência por 2 anos, através do qual teremos a faculdade de ofertar ao público, durante o prazo de vigência do Programa (i) debêntures simples, nominativas e escriturais, e/ou (ii) notas promissórias, limitadas ao montante de R$1,5 bilhão. No âmbito do Programa, emitimos R$600,0 milhões em debêntures da 6ª emissão em três séries distintas. As debêntures da 1ª, 2ª e 3ª séries terão vencimentos em 3, 5 e 6 anos a partir da data de emissão, respectivamente. As debêntures da 1ª série serão remuneradas com a taxa DI mais 1,75% ao ano e as debêntures da 2ª e 3ª série serão remuneradas com base no IGPM acrescido de juros de 11% ao ano. Todas as nossas dívidas em reais estão sujeitas à correção monetária. A maioria de nossas dívidas em reais prevê aumentos com base na correção monetária do respectivo principal da dívida, de acordo com a variação da Taxa Referencial - TR, mais uma margem avençada. A seguinte tabela apresenta informações referente ao nosso endividamento em 30 de junho de 2004 (vide Nota 9 das nossas demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2003). Valor do Principal (em milhões R$) Valores Adicionais Disponíveis (em milhões R$) 2.391,5 366,6 250,0 438,5 509,7 145,3 27,6 41,4 346,9 98,7 - UPR + 8,50% CDI + 2,85% CDI + 1,20% CDI + 2% / IGPM +12,70% UPR + 5% à 9,50% TJLP + 3% (até 6%) UPR + 12% / CDI Em moeda estrangeira: Notes – Longo prazo: US$500.000.000 1.553,8 - BID: US$447.200.000 1.389,7 395,7 41,4 - 93,2 8,9 60,8 R$7.318,5 R$841,3 10%(3) - 12%(4) Variação da Cesta de Moedas + 3% à 7,7% Variação da Cesta de Moedas + 4,85% 11,125% 4,99% Empréstimo Em moeda local: União/Banco do Brasil Debêntures da 3ª Emissão Debêntures da 4ª Emissão Debêntures da 5ª Emissão Caixa Econômica Federal (2) BNDES Outros Juros e Despesas Banco Mundial: US$13.314000 Deutsche Bank Luxembourg: US$30.000.000 Société Générale: €€2.351.000 Juros e Despesas Divida Total Taxa de Juros (1) (1) UPR = TR, a qual eqüivalia a 0,13% ao mês em 30 de junho de 2004; a taxa CDI foi 15,72% ao ano em 30 de junho de 2004; o IGP-M era 6,8% por semestre em 30 de junho de 2004; a TJLP em 30 de junho de 2004 era 9,75%. (2) Acordos no valor agregado de aproximadamente R$555,2 milhões em financiamento para o nosso programa de investimentos. Empenhamos certas contas de recebíveis para garantir tais empréstimos. (3) Taxa de juros na emissão de Notes no valor de US$275,0 milhões emitidas em julho/1997 com vencimento em 2005. (4) Taxa de juros na emissão de Notes no valor de US$200,0 milhões emitidas em junho/2000 com vencimento em 2003. 75 Estamos sujeitos a compromissos decorrentes dos contratos financeiros, incluindo, mas limitados, aos constantes do contrato de empréstimo celebrado com o BID, da escritura de emissão referente às Notes de 10% com vencimento em 2005, das Notes de 12% com vencimento em 2008 e aos contratos referentes aos empréstimos sindicalizados. Cada um desses contratos estabelece, entre outras disposições, limitações a nossa capacidade de assumir dívidas adicionais. As escrituras referentes às Notes de 10% com vencimento em 2005 e às Notes de 12% com vencimento em 2008 são as mais rigorosas dentre os contratos financeiros. Essas escrituras proíbem, observadas algumas exceções, a assunção de dívida adicional na hipótese em que (1) o índice da Dívida sobre Capitalização Ajustada (conforme ali definido) seja maior do que 0,42x ou (2) o Índice de Cobertura do Serviço da Dívida (conforme nas respectivas escrituras) seja menor do que 2,50x. Os aludidos índices são calculados usando-se nossas demonstrações financeiras elaboradas de acordo com o regime da moeda de poder aquisitivo constante (metodologia contábil que difere dos Princípios Contábeis Brasileiros e que incorpora correção monetária não mais utilizada no Brasil para fins de correção de demonstrações financeiras). Não acreditamos que esses compromissos venham a impor restrições a nossa capacidade de financiar nosso programa de dispêndio de capital ou, mais genericamente, de desenvolver nosso negócio e melhorar nosso desempenho financeiro. Em 30 de junho de 2004, o índice de endividamento sobre Capitalização Ajustada era 0,28x e o Índice de Cobertura do Serviço da Dívida era 3,10x, em cada um dos casos conforme calculado nos termos da supramencionada escritura de emissão. A legislação brasileira prevê que sociedades de economia mista, como é o nosso caso, devem, com algumas exceções, usar os recursos de operações de crédito externo (ou seja, empréstimos em moeda estrangeira) para refinanciar obrigações financeiras pendentes. Até que sejam assim empregados, esses recursos deverão ser depositados conforme instruções do Banco Central do Brasil. A exigência de depósito não será aplicável no caso de financiamento de importação e de operações de financiamento que envolvam organizações multilaterais e oficiais, tais como o JBIC, Banco Mundial e o BID. Necessidades de Recursos Financeiros. Temos apresentado, e temos a expectativa de continuar a apresentar, necessidades substanciais de liquidez e recursos financeiros. Tais necessidades incluem o serviço da dívida, desembolsos de capital para manter, melhorar e expandir os nossos sistemas de água e esgoto, pagamento de plano de pensão e outros benefícios trabalhistas, incluindo pagamentos, por conta do Estado, a determinados ex-empregados do Estado, bem como pagamentos de dividendos aos nossos acionistas, incluindo o Estado. Serviço da Dívida. O serviço da nossa dívida em 30 de junho de 2004 incluiu aproximadamente R$711,7 milhões para os demais meses de 2004; aproximadamente R$1.519,7 milhões devidos em 2005; aproximadamente R$643,9 milhões devidos em 2006; aproximadamente R$553,9 milhões devidos em 2007; aproximadamente R$1.081,6 milhões devidos em 2008 e aproximadamente R$2.807,7 milhões devidos em 2009 ou a partir de tal ano. Investimentos. Nossos desembolsos em razão de aquisições de ativo imobilizado nos termos de nosso programa de investimentos totalizaram aproximadamente, R$317,7 milhões no período de seis meses findo em 30 de junho de 2004, R$641,3 milhões em 2003, comparado a aproximadamente R$586,0 milhões em 2002 e R$694,6 milhões em 2001. Nosso programa de investimentos exigirá dispêndios totais de aproximadamente R$4,0 bilhões no período compreendido entre 1º de julho de 2004 e 2008, sendo que aproximadamente R$883,0 milhões deverão ser despendidos em 2004 e R$880,0 milhões em 2005. Investimos aproximadamente R$300 milhões no nosso programa de investimentos no período de seis meses encerrado em 30 de junho de 2004. Pagamentos de Plano de Pensão e Benefícios Empregatícios. Por determinação de legislação estadual, temos efetuado pagamentos especiais de aposentadorias e pensões a alguns ex-empregados que foram contratados por nossas antecessoras antes de maio de 1974. Esses pagamentos especiais perfizeram R$36,6 milhões no semestre encerrado em 30 de junho de 2004, R$87,1 milhões em 2003, R$77,6 milhões em 2002 e R$72,8 milhões em 2001. O Estado está obrigado a nos reembolsar por esses valores, mas de modo geral não tem honrado essas obrigações pontualmente. Os valores devidos a nós pelo Estado consta do nosso balanço patrimonial na rubrica Contas a Receber de Acionista relativo a pensões pagas e totalizavam R$527,6 milhões em 30 de junho 2004. Em 31 de dezembro de 2002, esses valores a receber totalizaram R$403.9 milhões, tendo sido classificados como ativo circulante e realizável a longo prazo. Em nossas demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2003, tais valores atingiram R$491 milhões e foram reclassificados como ativo realizável a longo prazo. Os pagamentos especiais a ex-empregados efetuados por nós não estão refletidos na nossa demonstração do resultado; não obstante, representam componente significativo de nossas necessidades de liquidez. Embora tenhamos 76 mantido entendimentos com o Estado acerca de maior pontualidade no reembolso dos pagamentos especiais a exempregados, não podemos assegurar se ou quando os valores devidos serão pagos pelo Estado. Podemos permanecer responsáveis pelos pagamentos especiais a ex-empregados, mesmo que o Estado venha a suspender os respectivos reembolsos. Programas de Financiamento de Passivos Fiscais Não efetuamos o pagamento de certas obrigações de imposto de renda e contribuição social entre 1991 e meados de 1996, principalmente porque estávamos contestando a legalidade de certos lançamentos efetuados pelas autoridades fiscais federais e, no caso de 1993 e 1994, porque não dispúnhamos de recursos suficientes para satisfazer todas as nossas necessidades de liquidez e de recursos financeiros existentes. Nos termos do Programa de Recuperação Fiscal – REFIS, firmamos convênio com as autoridades fiscais, tendo por objeto essas obrigações fiscais, nos termos do qual nos comprometemos a efetuar os respectivos pagamentos em prestações mensais que se estenderão até 2005. Ficamos também obrigados a pagar juros sobre o saldo devedor desse passivo fiscal. Contudo, em julho de 2003, incluímos os valores devidos nos termos do REFIS em outro programa denominado Programa de Parcelamento Especial – PAES, que constitui plano alternativo de pagamento de impostos devidos. De conformidade com esse programa, estamos pagando valores devidos de aproximadamente R$317,0 milhões, em 120 prestações mensais, com início em julho de 2003. Vide nota explicativa 11 de nossas demonstrações financeiras auditadas em 31 de dezembro de 2003. Os pagamentos do total desse passivo fiscal continuarão a representar exigência de liquidez e de recursos financeiros que deverá ser atendida. Distribuição de Dividendos. Conforme disposto em nosso estatuto social, somos obrigados a distribuir dividendos, que pode ser feito através de pagamento de juros sobre o capital próprio, para os nossos acionistas numa proporção nunca menor do que 25% dos valores disponíveis para distribuição. Os valores globais de distribuições de dividendos pagos em 2001, 2002 e 2003 foram R$489,8 milhões, R$108,2 milhões e R$504,1 milhões, respectivamente, ou R$17,20, R$3,80 e R$17,70 por lote de mil ações. Em 26 de fevereiro de 2004, o nosso Conselho de Administração aprovou o pagamento de dividendos, na forma de juros sobre capital próprio, no montante de R$39,3 milhões, a ser pago no prazo de 60 dias após a nossa assembléia geral ordinária de 2005 aos detentores das nossas ações em 15 de março de 2004. No momento, não podemos determinar o valor da parcela de tais dividendos que o Estado utilizará, se for o caso, para compensar as contas devidas pelo Estado ou por entidades por ele controladas. Operações Não Registradas no Balanço Atualmente não fazemos uso de operações não registráveis no balanço para financiar nossas operações. Obrigações Contratuais e Compromissos Comerciais O quadro abaixo resume as nossas obrigações contratuais e compromissos comerciais significativos em 31 de dezembro de 2003 que podem afetar a nossa liquidez: Total Pagamentos devidos por período Inferior 1 – 3 anos 3-5 anos a 1 ano (em milhões de R$) superior a 5 anos Obrigações Contratuais Dívidas de longo prazo, incluindo as parcelas de curto prazo(1)............... Domésticas Externas Leasing operacional ................................................................................. Obrigações dos Planos de Pensão - Plano G1 .......................................... Obrigações dos Planos de Pensão - Plano G0 .......................................... Programa de Recuperação de Impostos (PAES)(2) ................................... Compromissos de Investimentos.............................................................. Contratos de compromisso firme de energia elétrica Total das obrigações contratuais .......................................................... 7.264,3 4.251,6 3.012,7 13,2 3.969,4 2.440,4 315,4 776,0 83,5 14.862,2 997,0 713,7 283,3 9,1 23,1 89,4 33,2 138,0 68,4 1.358,2 2.060,0 946,8 1.113,2 3,8 51,5 181,2 66,4 502,0 12,1 2.877,0 1.546,0 692,7 853,3 0,3 61,5 184,9 66,4 136,0 2,7 1.997,8 2.661,3 1.898,4 762,9 3.833,3 1.984,9 149,4 0,3 8.629,2 (1) A Dívida de longo prazo está descrita na nota 9 das nossas demonstrações financeiras auditadas em 31 de dezembro de 2003. (2) O Programa de Recuperação de Impostos (REFIS/PAES) está descrito na nota 11 das nossas demonstrações financeiras auditadas em 31 de dezembro de 2003. 77 REGULAMENTAÇÃO DO SETOR No Brasil, os serviços de saneamento básico, apesar de não regulamentados de forma específica, estão sujeitos a uma extensa legislação e regulamentação federal, estadual e, em certos aspectos, municipal, que disciplinam, entre outras coisas: • a outorga de concessões para prestação de serviços de saneamento básico; • exigências de licitação para a escolha de concessionário de serviço público para prestar serviços de saneamento básico; • uso da água; • qualidade da água e proteção ambiental; • tarifas para os serviços de produção e distribuição de água e coleta e tratamento de esgotos; e • restrições governamentais à assunção de dívida (aplicáveis a empresas controladas pelo estado). Disposições Gerais Em conformidade com o artigo 23 da Constituição Federal, os serviços de água e esgoto são de competência comum da União, dos Estados e dos Municípios. O artigo 216 da Constituição do Estado de São Paulo estabelece que, por força de lei, o Estado de São Paulo deverá fornecer as condições para a eficiente administração e ampliação adequada dos serviços de saneamento básico prestados por suas agências ou empresas por ele controladas ou por qualquer outra concessionária sob seu controle. A Legislação Estadual autorizou a constituição da Sabesp com o objetivo de planejar, fornecer e operar serviços de saneamento básico no Estado de São Paulo, tendo, também, reconhecido a autonomia dos municípios. De acordo com o artigo 175 da Constituição Federal, incumbe ao Poder Público, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, a prestação de serviços públicos, incluindo os serviços de saneamento básico. Entretanto, qualquer autoridade pública tem o direito de prestar tais serviços diretamente ou através de concessão ou permissão outorgada a terceiros. Legislação Pendente Está em discussão na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei do Setor de Saneamento Básico que propõe a criação de regulamentação para disciplinar a prestação dos serviços de saneamento básico em todo o território nacional. De acordo com esse projeto de lei, a organização dos serviços de saneamento básico levará em consideração as bacias hidrográficas existentes bem como as estruturas da rede urbana de municípios, ficando a ANA incumbida da regulamentação e fiscalização envolvendo a prestação dos serviços de saneamento básico. Além disso, espera-se que esse Projeto de Lei do Setor de Saneamento Básico, se e quando aprovado, defina a competência para outorga de concessões para prestação de serviços de saneamento básico nas regiões metropolitanas, incluindo a Região Metropolitana de São Paulo. O Poder Legislativo do Estado de São Paulo também está considerando aprovar lei que tem por objeto a constituição de agência regulatória estadual competente para regular e controlar serviços de saneamento básico no Estado. A agência proposta integraria a Secretaria de Energia. O Poder Legislativo do Estado de São Paulo está, atualmente, discutindo, em regime de urgência, projeto de lei que estabelece procedimentos de cobrança de tarifas relacionadas ao consumo de água dos recursos hídricos de domínio do Estado de São Paulo. Não podemos assegurar quando ou se qualquer legislação acima descrita será aprovada, a forma final dessas leis, caso sejam aprovadas, ou de que maneira a referida legislação afetaria nossos negócios. 78 Concessões As concessões para prestação de serviços de água e esgoto são formalizadas por contratos celebrados entre o Estado ou Município, conforme o caso, e um concessionário ao qual é outorgada a prestação desses serviços em um determinado município ou região. As nossas concessões normalmente têm prazo contratual não superior a 30 anos, embora algumas tenham prazo de duração indeterminado. Não obstante, as nossas concessões, de modo geral, podem ser revogadas a qualquer tempo, caso certos padrões de qualidade e segurança não sejam atendidos ou caso ocorra inadimplemento nos termos do respectivo contrato de concessão. Todas as nossas concessões estão sujeitas à renovação automática, a menos que aviso de rescisão seja recebido com antecedência de, no mínimo, seis meses da data de término da concessão. Um município que opte por assumir o controle de seus serviços de água e esgotos deverá encarregar-se da prestação desses serviços, fazer licitação para a outorga da concessão a concessionárias em potencial ou celebrar contratos com empresas públicas diretamente. Não obstante o fato de, segundo a Constituição do Estado de São Paulo, os municípios estarem obrigados a nos pagar o valor contábil não amortizado dos ativos relacionados à concessão e a reconhecer quaisquer valores devidos em razão da concessão, descontados os valores pagos quando da revogação ou não renovação do contrato de concessão, poderemos não receber os referidos valores e qualquer revogação poderá afetar adversamente nosso fluxo de caixa, resultados operacionais e condição financeira. Ademais, há eleição para prefeito a cada quatro anos. Caso alguns municípios decidam não renovar suas concessões, nossos fluxo de caixa, resultados operacionais e condição financeira podem ser adversamente afetados. A legislação federal promulgada em 1995 e subseqüentemente alterada regulamenta a outorga de concessões no Brasil. A Lei Federal de Concessões disciplina a outorga de concessões pela União, Estados e Municípios. Ademais, a Lei Federal de Licitações estabelece os procedimentos licitatórios relativos à outorga de concessões. No tocante ao Estado de São Paulo, a Lei Estadual de Concessões corresponde à Lei Federal de Concessões, e a Lei Estadual de Licitações corresponde à Lei Federal de Licitações. Na hipótese de qualquer conflito entre a legislação federal e a estadual, prevalecerá a legislação federal. Leis de Concessões A Lei Federal de Concessões e a Lei Estadual de Concessões determinam que a outorga de concessão pelo poder público seja precedida de processo de licitação. A Lei Federal de Licitações estabelece, no entanto, que é dispensada a licitação pública em certas circunstâncias, incluindo o caso de serviços a serem prestados por ente público criado para este fim específico em data anterior à vigência dessa lei, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado. Ademais, dispositivo da Constituição Federal estabelece dispensa da exigência de licitação em situações similares. Com base nesse dispositivo, municípios outorgaram-nos concessões após a promulgação da Constituição Federal com dispensa de licitação pública, embora nos termos da legislação atual possamos ser obrigados a participar de licitação a fim de adquirir novas concessões. Não tivemos nenhuma de nossas concessões cancelada ou revogada após a promulgação da Lei Federal de Concessões. As exigências da Lei Federal de Concessões e da Lei Estadual de Concessões regerão, entretanto, a outorga de novas concessões à Sabesp. Em fevereiro de 1998, o Procurador Geral do Estado de São Paulo, em resposta à consulta feita pela Sabesp, manifestou parecer no sentido de que qualquer município do Estado de São Paulo poderá outorgar à Sabesp concessão para operar os serviços de água e esgotos do município em questão sem recorrer a processo de licitação. Em abril de 1998, tribunal estadual proferiu sentença nesse sentido. Não se pode assegurar que os tribunais brasileiros continuarão a interpretar as leis de concessões de modo a permitir que os municípios outorguem concessões sem processo de licitação. A Câmara Municipal de São Paulo aprovou a Lei nº 13.670, de 25 de novembro de 2003, que disciplina o art. 148 e o parágrafo único do art. 149 da Lei Orgânica do Município de São Paulo em relação ao fornecimento de serviços públicos de água e esgoto, estabelece o Sistema Municipal de Regulação dos Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário, cria a Autoridade Reguladora dos Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário de São Paulo, trata de sua constituição e operação e estabelece o Plano Municipal de Saneamento. De acordo com essa Lei, o Prefeito da Cidade de São Paulo tem poderes para conceder e monitorar concessões formais de serviços de água e esgoto no Município de São Paulo. Posteriormente à promulgação da Lei nº 13.670, o Governador do Estado de São Paulo ajuizou ação judicial alegando que a Lei é inconstitucional. Em conseqüência, a aplicação da Lei nº 13.670 foi suspensa, não tendo o mérito da ação sido julgado ainda. 79 Procedimento Licitatório Em conformidade com a Lei Federal de Licitações, o processo de licitação tem início com a publicação, pelo poder concedente, no Diário Oficial da União, do Estado ou do Município, conforme o caso, e em outro jornal brasileiro de grande circulação, de comunicado no sentido de que será realizado processo de licitação em conformidade com as disposições contidas no edital. O edital deverá especificar, entre outras coisas: • a finalidade, duração e fins da licitação; • descrição das qualificações necessárias à prestação adequada dos serviços abrangidos pela licitação; • os termos e condições finais para entrega de propostas; • os critérios utilizados para seleção do licitante vencedor; e • lista dos documentos necessários para comprovação das capacidades técnicas, financeiras e jurídicas do licitante. O edital vincula o poder concedente. Os licitantes poderão apresentar suas propostas isoladamente ou em consórcio, conforme previsto no edital. Após receber as propostas, o poder concedente avaliará cada proposta de acordo com os seguintes critérios, que deverão ter sido estabelecidos no edital: • a qualidade técnica da proposta; • o menor preço ou a menor tarifa a ser praticada na prestação do serviço público oferecido; • combinação dos critérios acima; ou • o maior valor oferecido para pagamento da concessão. As disposições da Lei Estadual de Licitações equiparam-se às disposições da Lei Federal de Licitações. A Lei Federal de Licitações e a Lei Estadual de Licitações aplicar-se-ão à Sabesp, caso venhamos buscar novas concessões. Além disso, essas leis de licitações atualmente aplicam-se à Sabesp no que se refere à obtenção de bens e serviços de terceiros, entre outras coisas, para nossas operações comerciais ou com relação a nosso programa de investimentos, em cada caso, observadas certas exceções. Utilização dos Recursos Hídricos Em julho de 2000, a ANA, agência federal subordinada ao Ministério do Meio Ambiente, foi criada a fim de desenvolver o Sistema Nacional de Gestão dos Recursos Hídricos. De acordo com a legislação proposta, a ANA ficaria responsável pela coordenação dos aspectos regulatórios envolvidos na prestação de serviços de água e esgotos. Vide “Legislação Pendente” acima. De acordo com a legislação em vigor, as agências do Governo Federal e Estadual, dentro da sua esfera de atuação, estão autorizadas a cobrar taxas pelo uso dos recursos hídricos. Na maioria dos casos, as taxas ainda deverão ser definidas por meio da implementação de legislação específica. Porém, com relação a uma bacia hidrográfica específica (bacia hidrográfica do Rio Paraíba do Sul), sob domínio da União, foi promulgada recentemente legislação exigindo que a Sabesp pague ao Governo Federal ou a agência determinada taxa referente à utilização da água dessa bacia hidrográfica, tendo a Sabesp dado início a tais pagamentos em março de 2003. A legislação estadual estabelece os princípios básicos que regem o desenvolvimento e uso dos recursos hídricos no Estado de São Paulo de acordo com a Constituição Estadual. Esses princípios incluem: • utilização racional dos recursos hídricos, com prioridade para serviços prestados à população; • otimização dos benefícios econômicos e sociais resultantes do uso dos recursos hídricos; • proteção dos recursos hídricos contra ações que comprometam seu uso atual e futuro; • defesa contra eventos hidrográficos críticos que possam causar risco à saúde e segurança da população ou prejuízos econômicos e sociais; 80 • desenvolvimento de transporte hidroviário para benefício econômico; • desenvolvimento de programas permanentes de conservação e proteção de fontes de água subterrânea contra poluição e exploração excessiva; e • prevenção de erosão de terreno em áreas urbanas e rurais, com vistas a proteção contra poluição física e assoreamento dos recursos hídricos. Visando a eficácia destes princípios, o uso de recursos hídricos, seja para fins de captação, lançamento de efluentes ou qualquer outro uso que altere o regime, a qualidade ou a quantidade de água existente, deverá ser previamente autorizado pelo Poder Público por meio de outorga de direito de uso. Nos casos de rios de domínio da União (aqueles que cruzam mais de um estado), esse documento é emitido pela ANA. Nos rios de domínio estadual (que cruzam apenas um estado) e águas subterrâneas, pelo órgão estadual correspondente. Em São Paulo, tal atribuição é do DAEE. Segundo levantamento realizado em maio de 2001, 391 dos nossos empreendimentos deveriam ser regularizados quanto às suas outorgas de uso de recursos hídricos. De acordo com a legislação estadual, a implementação de qualquer projeto que envolva o uso da água de superfície ou subterrânea exige autorização prévia ou licença da autoridade governamental competente. O DAEE tem como objetivos estabelecer (i) uma política para o uso dos recursos hídricos com vistas ao desenvolvimento do negócio de águas do Estado de São Paulo; e (ii) planos, estudos e projetos relacionados ao uso integral dos recursos hídricos, diretamente ou por meio de convênios com terceiros. O DAEE estabeleceu os padrões que regulam a captação de água dos recursos hídricos no Estado de São Paulo. A legislação estadual estabelece as bases para as tarifas cobradas pelas agências de gestão de recursos hídricos localizadas no Estado de São Paulo pela captação de água junto aos recursos hídricos desse Estado controlados por essas agências. Embora as agências de gestão de recursos hídricos localizadas no Estado de São Paulo atualmente não cobrem tarifas pela água bruta que a Sabesp capta, não se pode assegurar que tais tarifas não serão cobradas no futuro. Qualidade da Água Os padrões de potabilidade da água para consumo humano no Brasil são estabelecidos por uma portaria editada pelo Ministério da Saúde do Governo Federal. Essa portaria ajusta-se ao modelo do U.S. Safe Drinking Water Act e regulamentações promulgadas pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos da América. A Secretaria de Estado da Saúde do Estado de São Paulo também estabeleceu padrões mínimos para a potabilidade da água destinada ao consumo humano mais restritivos do que os das normas nacionais. Analisamos amostras em nossos laboratórios para determinar a observância da Portaria nº 518 de 25 de março de 2004 e da legislação estadual utilizando os procedimentos dos “Métodos Padrão” (Edição 181) estabelecidos pela American Water Works Association. Requisitos para Coleta e Tratamento de Esgoto A legislação estadual estabelece regulamentos que tratam de poluição e proteção do meio ambiente no Estado de São Paulo. Os padrões para lançamento de efluentes industriais estabelecidos na referida legislação correspondem, de maneira ampla, aos padrões estabelecidos pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos da América para o lançamento de efluentes. A legislação estadual veda, de modo geral, a emissão de poluentes na água, ar ou solo no Estado de São Paulo. A legislação estadual estabelece que, em áreas em que haja sistema público de esgotos, todos os efluentes de “fonte poluidora” deverão ser lançados nesse sistema. Cabe à fonte poluidora conectar-se ao sistema público de esgotos. Todos os efluentes a serem lançados deverão atender a certas características que permitam que esses efluentes sejam tratados pelas estações de tratamento de esgotos da Sabesp e lançados de maneira segura em termos ambientais. Os efluentes que ultrapassem essas características não poderão ser lançados no sistema público de esgotos. A legislação estadual exige que indústrias que produzam esgoto industrial procedam ao prétratamento desse esgoto, de modo que níveis máximos de certos parâmetros, tais como pH, temperatura, materiais sedimentáveis, óleo e metais, sejam reduzidos a níveis aceitáveis em termos ambientais antes de seu lançamento nas redes de esgotos da Sabesp. 81 A CETESB, sociedade de economia mista controlada pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, tem competência, nos termos da legislação estadual, para monitorar o lançamento de poluentes em águas públicas e para fazer valer os requisitos da legislação estadual. A CETESB tem poderes para outorgar autorizações a empresas que estejam lançando poluentes em águas receptoras. Embora não tenhamos recebido autorização formal da CETESB para lançar esgotos não tratados nas águas, continuamos lançando tal esgoto com o conhecimento da CETESB e após ter feito comunicação à CETESB. Nosso programa de investimentos inclui o Projeto Tietê, destinado a reduzir o despejo de esgotos não tratados no Rio Tietê, maior rio da Região Metropolitana de São Paulo. A CETESB participa do desenvolvimento desse projeto. Não se pode assegurar que não ficaremos obrigados no futuro a obter consentimentos ou autorizações específicos para despejos de esgoto não tratados. A disposição de lodo também deverá atender os requisitos da legislação estadual. A CETESB também regula o lançamento de efluentes em corpos d’água de acordo com a legislação estadual e deverá aprovar todas as nossas estações de tratamento de esgotos. A legislação estadual também estabelece as bases para as tarifas a serem cobradas pelo lançamento de efluentes nos recursos hídricos do Estado de São Paulo. Embora nem o Estado de São Paulo nem suas agências atualmente cobrem tarifas por esses lançamentos, não podemos assegurar que tais tarifas não serão impostas no futuro. Alguns municípios do Estado de São Paulo promulgaram leis municipais exigindo que a Sabesp cobre taxa, e não tarifa, pelos serviços prestados de coleta e tratamento de esgotos que estejam sendo prestados. Até a presente data, não temos conhecimento da aplicação de quaisquer destas tais leis. Regulamentação de Tarifas As tarifas por nós estabelecidas para nossos serviços estão sujeitas a regulamentação da União e do Estado em certa medida. Em 16 de dezembro de 1996, o Governador do Estado de São Paulo editou decreto que aprovou o sistema de tarifas existente e permitiu que continuássemos fixando nossas próprias tarifas. Fixamos as tarifas com base nos objetivos gerais de manutenção de nossa condição financeira e preservação de “patrimônio” em termos de prestação de serviços de água e esgotos à população, de forma a obter retorno do nosso investimento. Esse decreto determina que apliquemos os seguintes critérios na fixação de nossas tarifas: • categoria de uso; • capacidade do hidrômetro; • características de consumo; • volume consumido; • custos fixos e variáveis; • variações sazonais no consumo; e • condições sociais e econômicas de consumidores residenciais. Os custos associados à exploração de recursos hídricos, depreciação, provisão para dívidas de recebimento duvidoso, amortização de despesas e adequada remuneração de investimentos também poderão ser considerados por nós na fixação de tarifas. Usualmente submetemos novas tarifas ao Governador do Estado de São Paulo para aprovação, embora não estejamos obrigados por lei a assim proceder. Implementamos recentemente nova fórmula de reajuste desenvolvida para refletir de maneira mais exata os custos. Mantemos atualmente três diferentes programas de tarifas, dependendo da localização do consumidor, ou seja, na Região Metropolitana de São Paulo, na região do interior ou na região do litoral. Há quatro níveis de volume consumido por cada uma das categorias de consumidor. Os consumidores são cobrados mensalmente. Também estamos autorizados a celebrar contratos individuais com certos consumidores, tais como municípios, para prestar serviços de abastecimento de água por atacado e também de tratamento de esgoto. As tarifas deverão ser publicadas no Diário Oficial do Estado de São Paulo. 82 Estamos sujeitos à legislação federal que, no caso de serviços de água e esgotos prestados em conformidade com certas concessões, efetivamente veda tarifas que produziriam retorno sobre os ativos superior a 12% ao ano. O retorno sobre os ativos é calculado utilizando-se o resultado operacional (antes de despesas financeiras e outras despesas) mensurado em relação aos ativos operacionais (imobilizado e outros ativos), com base em nossas demonstrações financeiras, elaboradas de acordo com os Princípios Contábeis Brasileiros. Continuamos sujeitos à limitação acima mencionada de retorno sobre os ativos para ajuste de nossas tarifas, uma vez que quase todas as nossas concessões foram outorgadas durante o período em que essas regulamentações de tarifa estavam em vigor. Não estamos, entretanto, sujeitos às referidas limitações para fixação de tarifas decorrentes de nossas concessões mais recentes ou no que se refere à Cidade de São Paulo e demais municípios em que operamos sem contrato de concessões. A limitação acima mencionada de retorno sobre os ativos não se aplica a renovações de concessões existentes. Em qualquer hipótese, nossas tarifas foram fixadas no passado e continuam sendo fixadas em níveis bem abaixo da limitação de retorno sobre os ativos acima referidos. Regras de Contingenciamento do Setor Público Em 30 de junho de 1998, o Banco Central do Brasil editou resolução alterando certas condições que deverão ser observadas com relação às operações de crédito externas (ou seja, empréstimos em moeda estrangeira) de Estados, do Distrito Federal, de Municípios e de suas respectivas autarquias, fundações e sociedades de economia mista, incluindo a Sabesp. Tal resolução, observadas certas exceções com relação à importação de bens e serviços, estabelece que, entre outras coisas: • os recursos advindos de operações de crédito externas deverão ser utilizados para refinanciar obrigações financeiras em aberto da emissora, sendo dada preferência às obrigações que tenham maior custo ou menor prazo que a dívida em moeda estrangeira e, na pendência da respectiva utilização, os recursos captados deverão permanecer depositados, conforme determinação do Banco Central do Brasil, em conta caucionada; e • o valor total da obrigação contratual deva ficar sujeito a depósitos mensais em conta caucionada, devendo cada depósito mensal ser igual à obrigação de serviço da dívida total, incluindo principal e juros, dividido pelo número de meses em que a obrigação permanecerá em aberto. Esta resolução do Banco Central do Brasil também estabelece que as exigências descritas acima não se aplicam a operações financeiras que envolvam organizações multilaterais ou oficiais, tais como o Banco Mundial, o BID ou o JBIC. A circular do Banco Central do Brasil que regulamenta essa resolução estabelece, entre outras coisas, que a conta mencionada no primeiro item supra deverá ser conta de depósito em garantia aberta em instituição financeira federal, que deverá manter esses recursos até sua liberação para o fim de refinanciamento de obrigações vincendas da devedora. A circular estabelece, ademais, que a conta de depósito em garantia descrita no segundo item acima deverá ser conta de depósito em garantia a ser aberta em uma instituição financeira federal e deverá garantir o pagamento de principal e juros incidentes sobre a dívida obtida em moeda estrangeira. Nossas operações de crédito externas também estão sujeitas à aprovação da Secretaria do Tesouro Nacional e do Banco Central. Este último, após examinar os termos e condições financeiros da operação, emitirá aprovação para o fechamento de câmbio referente ao ingresso de recursos no Brasil assim como, após esse ingresso e mediante nossa solicitação, emitirá certificado de registro eletrônico por meio do qual todos os pagamentos programados de principal, juros e despesas serão por nós remetidos. O certificado de registro eletrônico propicia à tomadora acesso ao mercado de câmbio comercial. Por fim, nossas operações de crédito externas também estão sujeitas à aprovação prévia da Secretaria das Finanças do Estado de São Paulo. Limites de Empréstimo de Instituições Financeiras Brasileiras As resoluções do CMN limitam o valor que as instituições financeiras brasileiras poderão emprestar a empresas do setor público, tais como a Sabesp. O financiamento de projetos destinados à licitação internacional estão excluídos desses limites. 83 Conselho Estadual de Saneamento - Conesan A legislação estadual regula a prestação de serviços de saneamento básico e estabelece normas para o planejamento de obras públicas de saneamento no Estado de São Paulo. O plano do Estado de São Paulo para serviços públicos de saneamento básico deverá integrar recursos institucionais, tecnológicos, financeiros e administrativos para assegurar a criação de meio ambiente saudável aos habitantes do Estado de São Paulo. O plano do Estado de São Paulo também deverá prestar assistência no desenvolvimento e organização do setor de saneamento básico no Estado. De acordo com a legislação estadual, a política de saneamento do Estado de São Paulo é implementada pelo Sistema Estadual de Saneamento. O Fundo Estadual de Saneamento arrecada e administra recursos para custear os programas aprovados no plano de saneamento. O Conselho Estadual de Saneamento deverá aprovar propostas relacionadas ao plano de saneamento e elaborar relatório anual referente às questões de saúde ambiental com que se defronta o Estado de São Paulo. O Conselho Estadual de Saneamento estabelece protocolos para o desenvolvimento de programas de investimento aprovados pelo Sistema Estadual de Saneamento e soluciona litígios relacionados à implementação do plano de saneamento pelo Sistema Estadual de Saneamento. 84 ATIVIDADES DA COMPANHIA Disposições Gerais Acreditamos ser a maior companhia de prestação de serviços de água e esgoto da América Latina, levando-se em consideração as nossas receitas líquidas, nossa base de clientes e nossos ativos totais em 2003. Operamos sistemas de água e esgoto no Estado de São Paulo, onde está localizada a maior cidade do Brasil, São Paulo. De acordo com o IBGE, o Estado de São Paulo é o mais populoso e economicamente produtivo do Brasil. Obtivemos receita líquida das vendas e serviços de R$4.130,8 milhões e lucro líquido de R$833,3 milhões em 2003 e receita líquida de R$2.126,3 milhões e lucro líquido de R$42,2 milhões no semestre encerrado em 30 de junho de 2004. Em 30 de junho de 2004, nossos ativos totalizavam R$16.441,5 milhões e o patrimônio líquido era de R$7.580,9 milhões. Prestamos serviços de água e esgoto para uma grande variedade de consumidores residenciais, comerciais, industriais e públicos em 368 dos 645 municípios do Estado de São Paulo, incluindo a cidade de São Paulo. Também fornecemos água por atacado a municípios da Região Metropolitana de São Paulo nos quais não operamos os sistemas de água. Até dezembro de 2002, dividimos nossas áreas de atuação em três regiões: Região Metropolitana de São Paulo, o interior, e o litoral. Em 2003, reestruturamos nossa estrutura organizacional, consolidando os municípios do litoral e do interior junto aos quais atuamos em uma única unidade designada “Sistemas Regionais”. De acordo com a nova estrutura, a Região Metropolitana de São Paulo e os Sistemas Regionais foram responsáveis por, respectivamente, 74% e 26% de nossas receitas liquidas de vendas e serviços prestados no semestre encerrado em 30 de junho de 2004. Em 30 de junho de 2004, distribuímos água a, aproximadamente, 22,2 milhões de pessoas, o que estimamos representar cerca de 60% da população urbana do Estado de São Paulo, através de aproximadamente 57.976 mil quilômetros de tubulações e adutoras de água e mais de 6,3 milhões de ligações de água. Em 30 de junho de 2004, prestamos serviços de coleta e tratamento de esgotos para cerca de 18 milhões de pessoas, o que representava um índice de cobertura de 78%, através de aproximadamente 35.692 mil quilômetros de linhas de coleta de esgoto e 4,7 milhões de ligações de esgoto. Atualmente efetuamos vendas de água por atacado a outros seis municípios que têm população estimada de 3,1 milhões ao todo. Nos termos de nosso estatuto e da legislação estadual, o Estado de São Paulo, nosso acionista controlador, deve ser titular de, pelo menos, metade mais uma de nossas ações ordinárias. Após a Oferta Global, o Estado de São Paulo continuará sendo proprietário de 50,3% das nossas ações ordinárias, considerando que as Opções sejam integralmente exercidas. Na qualidade de sociedade de economia mista, somos parte integrante da estrutura governamental do Estado de São Paulo. Nossa estratégia e principais decisões políticas são formuladas em conjunto com a Secretaria de Energia, como parte do planejamento estratégico geral do Estado de São Paulo. A maioria dos membros do nosso Conselho de Administração e de nossa Diretoria é indicada pelo Conselho de Defesa de Capitais do Estado de São Paulo - CODEC, órgão estadual presidido pelo Secretário do Tesouro Estadual e subordinado diretamente ao Governador. Ademais, nosso programa de investimentos está sujeito a aprovação da Assembléia Legislativa Estadual e é aprovado em conjunto com o orçamento da Secretaria de Energia e do Estado de São Paulo, como um todo. Contudo, mesmo após tais aprovações, o Governador do Estado de São Paulo tem poderes para modificar nosso programa de investimentos. Nossas demonstrações financeiras e registros contábeis estão sujeitos à revisão do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, assim como acontece com todas as contas do Estado de São Paulo. Estado de São Paulo O Estado de São Paulo é um dos 26 Estados que, juntamente com o Distrito Federal, constituem a República Federativa do Brasil. O Estado está localizado na região sudeste do país, que é, de acordo com o IBGE, a mais desenvolvida e economicamente ativa do Brasil e inclui os Estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. O Estado faz fronteira com os Estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais ao norte, o Estado do Paraná ao sul, Mato Grosso do Sul a oeste e o Oceano Atlântico a leste. O Estado de São Paulo ocupa 3% do território brasileiro e abrange uma área que totaliza, aproximadamente, 96.000 quilômetros quadrados. Em 30 de junho de 2004, o Estado de São Paulo, que, segundo o SEADE, é o mais populoso do Brasil, tinha cerca de 39,3 milhões de habitantes. 85 Em 30 de junho de 2004, a Cidade de São Paulo possuía população estimada de 10,7 milhões de habitantes, com 18,9 milhões de habitantes na Região Metropolitana. A Região Metropolitana de São Paulo abrange 39 cidades, é a segunda maior região metropolitana das Américas e está entre as quatro maiores regiões metropolitanas do mundo, segundo a United Nations’s World Urbanization Prospects, edição de 1999. Em 30 de junho de 2004, a Região Metropolitana de São Paulo contava com, aproximadamente, 48% da população do Estado de São Paulo. O PIB do Estado de São Paulo representou, em 2003, cerca de 35% do PIB total do Brasil, o que faz da economia do Estado a maior dentre as economias dos Estados do Brasil. No Brasil, segundo o IBGE, o Estado de São Paulo é líder no tocante à atividades manufatureiras e industriais. Além disso, ocupa forte posição na indústria automobilística, farmacêutica, siderúrgica, de informática e plásticos, dentre outras. Ademais, o Estado de São Paulo ocupa a posição de liderança nos setores de serviços bancários e financeiros e, ainda, o Estado de São Paulo é o mais importante Estado exportador do Brasil, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Pontos Fortes Nós acreditamos que nossa relevante posição nos negócios, desenvolvimento e futuros projetos são reflexos dos seguintes pontos: • Negócios Consolidados em Escalas Relevantes. Acreditamos ser a maior companhia de água e esgoto na América Latina e únicos fornecedores de serviços de água e esgoto nas áreas em que atuamos. Fornecemos serviços de água a aproximadamente 22,2 milhões de pessoas ou 60% da população urbana do Estado de São Paulo e serviços de esgoto a aproximadamente 18 milhões de pessoas. Apresentamos um histórico consistente de crescimento de receita e fluxo de caixa constante que financiam uma parte considerável de nossas despesas de capital, bem como distribuição regular de dividendos aos nossos acionistas. O tamanho de nossas operações nos possibilita alcançar economias de escala que impactam positivamente em nosso negócio. • Operações no Estado mais Próspero e Populoso do Brasil. O Estado de São Paulo, localizado na região mais desenvolvida e economicamente ativa do Brasil, é o mais populoso do Brasil, com uma população estimada de 39,3 milhões de pessoas em 30 de junho de 2004. A população estimada da Cidade de São Paulo era de 10,7 milhões, em 30 de junho de 2004, com 18,9 milhões de habitantes na região metropolitana principal. O PIB do Estado de São Paulo, em 2003, representou aproximadamente 35% do PIB total brasileiro, o que faz do Estado a maior economia dentre os Estados brasileiros. • Claras Oportunidades de Crescimento. Atualmente temos um índice de cobertura de esgoto de 78% e planejamos aumentar este número para 85% até 2008, acrescentando mais 835 mil ligações de esgoto. Adicionalmente, há a possibilidade de adquirirmos concessões de água e esgoto em municípios no Estado de São Paulo nos quais ainda não operamos ou aos quais somente fornecemos água por atacado. Isto representa uma população total de aproximadamente 15 milhões. Desde 1º de janeiro de 1997, obtivemos 33 novas concessões (representando uma população total de 1,4 milhão de habitantes). • Operação de Alta Qualidade e Tecnologia Atualizada. Acreditamos que nossa Companhia presta serviços com alto padrão de qualidade e utiliza tecnologia de ponta no mercado de saneamento. Cinco de nossos laboratórios de qualidade de água na Região Metropolitana de São Paulo receberam a certificação ISO 9001/2000 e três nos Sistemas Regionais a certificação ISO-17025 pela capacidade de nossos sistemas de gerenciamento em atender a necessidade de nossos clientes e a capacidade técnica que nossos têm laboratórios de produzir resultados. Acreditamos que nossa tecnologia aumenta a eficiência e qualidade de nossas operações. • Acesso a Financiamentos. Nos beneficiamos de financiamentos de longo prazo junto a agências multilaterais de fomento e a bancos de investimento, tanto nacionais quanto internacionais, com taxas de juros atrativas. Os nossos investimentos são suportados por tais financiamentos, em complementação aos recursos disponibilizados pelo nosso fluxo de caixa de nossas operações. 86 • Boas Práticas de Governança Corporativa. Em 2002, aderimos e atualmente somos a única companhia pública listada no Novo Mercado, e nesta qualidade, nos comprometemos a adotar determinadas práticas de governança corporativa e de divulgação de informação em adição àquelas impostas pela lei brasileira. Esta prática de governança corporativa demanda o incremento dos direitos dos acionistas e aumenta o nível das informações disponibilizadas aos nossos acionistas. Histórico Até o fim do século XIX, os serviços de água e esgoto no Estado de São Paulo eram, em geral, prestados por empresas privadas. Em 1877, a Província de São Paulo outorgou à Companhia Cantareira de Água e Esgoto concessão para prestação de serviços de água e esgoto. Em 1893, o Governo da Província de São Paulo assumiu a responsabilidade pela prestação dos serviços de água e esgoto da Companhia Cantareira de Água e Esgoto e constituiu a Repartição de Água e Esgoto, que era um órgão governamental. Desde então, os serviços de água e esgoto para a Região Metropolitana de São Paulo têm sido administrados pelo Governo do Estado de São Paulo. Historicamente, os serviços de água e esgoto em grande parte dos demais municípios do Estado de São Paulo eram administrados diretamente pelos municípios, quer através de departamentos municipais de saneamento básico, quer através de autarquias municipais. Autarquias são órgãos públicos relativamente autônomos com existência jurídica, ativos e receitas próprias, constituídos por lei para assumir a administração de serviços públicos para os quais considera-se que serão melhor administrados por uma estrutura administrativa e financeira descentralizada. Em 1954, como resposta ao expressivo crescimento da população na Região Metropolitana de São Paulo, o Governo do Estado de São Paulo criou o Departamento de Águas e Esgotos, autarquia do Governo do Estado. O Departamento de Águas e Esgotos prestava serviços de água e esgotos para vários municípios da Região Metropolitana de São Paulo. Uma reestruturação importante das entidades prestadoras de serviços de água e esgoto no Estado de São Paulo ocorreu em 1968, com a criação da COMASP, cujo objetivo era fornecer água potável por atacado para consumo público nos municípios da Região Metropolitana de São Paulo. Todos os ativos relacionados à produção de água potável na Região Metropolitana de São Paulo anteriormente pertencentes ao Departamento de Águas e Esgotos foram transferidos à COMASP. Em 1970, a SAEC foi constituída pelo Governo do Estado de São Paulo para distribuir água e coletar esgoto na Cidade de São Paulo. Todos os ativos anteriormente pertencentes ao Departamento de Águas e Esgotos vinculados a estas atividades foram transferidos à SAEC. Também em 1970, o Governo do Estado constituiu a Companhia Metropolitana de Saneamento de São Paulo, ou SANESP, para prestar serviços de tratamento de esgoto na Região Metropolitana de São Paulo. Todos os ativos anteriormente pertencentes ao Departamento de Águas e Esgotos vinculados a estas atividades foram transferidos à SANESP. O Departamento de Água e Esgotos foi posteriormente extinto. Em 29 de junho de 1973, com o objetivo de implementar as diretrizes do Governo Federal estabelecidas no Plano Nacional de Saneamento, a COMASP, a SAEC e a SANESP se fundiram para formar a nossa companhia. O Plano Nacional de Saneamento era um programa patrocinado pelo Governo Federal que financiava investimentos e auxiliava no desenvolvimento de empresas de água e esgoto controladas pelo Estado. Desde a nossa constituição, outras sociedades de economia mista relacionadas à produção e distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto no Estado de São Paulo foram incorporadas por nós. Enfrentamos graves problemas operacionais e financeiros a partir de meados de 1980, os quais atingiram seu ápice em 1994. Esses problemas foram causados, em parte, pelas condições econômicas adversas existentes no Brasil antes da implantação do Plano Real em meados de 1994, mas também eram decorrentes de nossa condição de sociedade de economia mista cujo desempenho financeiro era apenas uma preocupação secundária do Estado de São Paulo. Também enfrentamos níveis significativos e crescentes de contas vencidas e não pagas, incluindo consumidores como o Estado de São Paulo e alguns municípios. Em 1995, iniciamos, em conjunto com a administração do Estado de São Paulo, um programa de “recuperação” destinado a restabelecer as condições operacionais e financeiras de nossas atividades, incluindo uma reestruturação organizacional, a implementação das etapas iniciais da nossa estratégia e o desenvolvimento de uma nova orientação “voltada para resultados”. Acreditamos que nosso contínuo programa de recuperação e a contínua implementação de nossa estratégia geral têm permitido, até o momento, recuperação de nossas operações comerciais e desempenho financeiro, que esperamos servir de base para nosso desenvolvimento operacional e financeiro a longo prazo. 87 Nossa Estratégia Nossa missão é melhorar a qualidade de vida da população do Estado de São Paulo e, em particular, atender à crescente demanda por serviços de água e esgoto de maneira responsável em termos ambientais. Estamos procurando expandir e aperfeiçoar nossas operações de forma que possamos também cumprir nossas metas e maximizar o valor dos acionistas. Nossa estratégia geral baseia-se em três princípios balisadores: • Estratégia Mercadológica: expandir nossos serviços de água e esgoto nas áreas onde atuamos, para manter nossas concessões existentes e para obter novas concessões para a prestação dos serviços de água e esgoto em municípios do Estado de São Paulo; • Estratégia Econômico-Financeira: melhorar nossa condição financeira, nossa orientação voltada para resultados por meio, dentre outras coisas, da cobrança de uma remuneração adequada pelos serviços que prestamos, do aumento de nossa produtividade e de nossa eficiência operacional e da diversificação de nossas fontes de financiamento; e • Estratégia Político-Institucional: desenvolver relações mais estreitas com os municípios e com os consumidores por meio de unidades de negócios descentralizadas e aumento da participação nas decisões que afetam seus municípios. Tais princípios balisadores são divididos nas seguintes oito metas estratégicas: • Continuar a Expandir os Serviços de Água e Esgoto em nossa Área de Operação. Nosso objetivo é continuar a desenvolver nossas eficiências operacionais e manter a nossa cobertura universal de fornecimento de água, bem como aumentar a penetração do serviço de coleta e tratamento de esgoto nas áreas em que operamos. Nosso programa de investimentos, que demandará investimentos de aproximadamente R$4,3 bilhões entre 2004 e 2008, foi concebido para atingir essa finalidade. Para atingir nosso objetivo, pretendemos adicionar 730 mil ligações de água, de forma a manter 100% de cobertura de água, e 835 mil de ligações de esgoto, até 2008, a fim de atender 85% dos nossos clientes com coleta de esgoto. • Manutenção das nossas Concessões Atuais e Obtenção de Novas Concessões e Operações. Nosso objetivo é renovar todas as concessões que detemos, quando os prazos destas vierem a expirar. Criamos um grupo de trabalho que será responsável por acompanhar o vencimento de concessões, na medida em que estes ocorrerem. Adicionalmente, estamos sempre estudando a possibilidade de obtermos novas concessões para a prestação dos serviços de água e esgoto em municípios do Estado de São Paulo nos quais ainda não operamos, ou para os quais apenas fornecemos água por atacado, o que representa uma população total de aproximadamente 15 milhões. Nós avaliamos as possíveis oportunidades de expansão com base na proximidade a áreas onde já atuamos e em possíveis impactos positivos em nosso desempenho financeiro. Desde 1º de janeiro de 1997, obtivemos 33 novas concessões para prestação dos serviços de produção e distribuição de água e coleta e tratamento de esgoto em municípios no Estado de São Paulo (representando uma população total de 1,4 milhão de habitantes), incluindo o Município de Osasco, ao qual anteriormente fornecíamos água por atacado, e de Itapira, que adquirimos em 2004. Outro resultado expressivo neste sentido foi a aquisição, em dezembro de 2003, do direito de operar os sistemas de água e esgoto do Município de São Bernardo do Campo, obtido através da transferência para a nossa propriedade, por aquele Município, de todos os ativos relacionados à exploração de tais serviços. Até então, fornecíamos água por atacado ao Município de São Bernardo do Campo. Esta transação impactou positivamente nossas operações e resultados relativos aos primeiros seis meses de 2004. • Estabelecer Tarifas que Cubram os Custos de Nossas Operações e Possibilitem o Retorno de nossos Investimentos. As alterações mais recentes à legislação que regula nossas tarifas nos permite sermos mais agressivos quando da determinação das mesmas, e a adequá-las às particularidades de cada serviço prestado, às diferentes regiões por nós atendidas, e às diferentes realidades sócio-econômicas de nossos clientes. Periodicamente reajustamos nossas tarifas relativas aos serviços de água e esgoto. Para tanto, valemo-nos de uma fórmula transparente que prevê o impacto da inflação, cobre os nossos custos operacionais, dentre outras despesas, assim como prevê um retorno sobre os nossos investimentos. Geralmente reajustamos nossas tarifas uma vez ao ano, durante o mês de agosto, para um período de 12 meses. Em 2003 aumentamos nossas tarifas em aproximadamente 18,9%. Nosso reajuste mais recente foi um aumento de 6,8% das nossas tarifas de água e esgoto, em vigor desde 29 de agosto de 2004. 88 • Continuidade na Redução de Custos Operacionais e Aumento da Produtividade. Continuamos empregando esforços para diminuir custos operacionais e aumentar nossos índices de produtividade. Para podermos atingir esse objetivo planejamos reduzir nossas despesas com folha de salários por meio da redução de nosso quadro de funcionários, terceirizando serviços não relacionados à nossa atividade fim, e automatizando algumas de nossas operações. Temos reduzido e pretendemos continuar a reduzir nosso número de funcionários através de planos de demissão voluntária e de planos de aposentadoria antecipada. Ainda, estamos empreendendo esforços visando a terceirização e automação de nossas operações, especialmente no interior do Estado de São Paulo, onde espera-se que a introdução de novas tecnologias eleve a eficiência e a segurança de nossas operações. Também continuamos a empregar esforços no sentido de terceirizar a leitura de nossos hidrômetros e de manutenção em nossos Sistemas Regionais, como fizemos com sucesso na Região Metropolitana de São Paulo. Durante os seis meses encerrados em 30 de junho de 2004, reduzimos o número de nossos empregados em 4%, o que resultou o aumento do nosso índice de ligações de água e esgoto por empregado de 566 para 615. • Aumentar a Eficiência Operacional Redução das Perdas de Água. Procuramos reduzir tanto as perdas físicas de água (principalmente as decorrentes de vazamentos em nosso sistema de distribuição de água) quanto as perdas não-físicas de água (resultante de erros de medição que impedem a contabilização adequada da água consumida, da classificação imprópria de consumidores, de fraude e de ligações ilegais). Nos esforçamos permanentemente para reduzir as nossas perdas físicas de água, através da substituição e reparo de tubulações e adutoras de água e através da instalação de equipamentos de sondagem e outros. Continuamos o nosso programa de instalação, em locais estratégicos, de válvulas, para regular pressão da água de maneira variável, conforme o consumo do respectivo setor. Estamos ainda tentando reduzir nosso índice de perdas físicas de água através da diminuição do tempo que demoramos para descobrir e reparar vazamentos. Esperamos, até 2008, ter reduzido de 32% para 26% as perdas de água na Região Metropolitana de São Paulo, que responde por 74% de nossas receitas. Pretendemos, ainda, reduzir as perdas não-físicas de água através da atualização e substituição de hidrômetros com medições imprecisas e aumento de pessoal terceirizado para as atividades de leitura de hidrômetros. Em particular, estamos substituindo os hidrômetros dos consumidores industriais e comerciais, bem como aumentando a freqüência com que os hidrômetros de tais consumidores são lidos, visando minimizar perdas de água. • Maior Eficiência na Cobrança de Contas Vencidas e Não Pagas. Continuamos a nos empenhar para melhorar a eficiência na cobrança de contas vencidas e não pagas por municípios do Estado de São Paulo aos quais fornecemos água por atacado, assim como por alguns outros entes públicos. Estamos cobrando os valores devidos e não pagos e, em alguns casos, procurando oportunidades para permutá-los por infraestruturas ou pelo direito de operação de serviços de água e esgoto alguns municípios. Por exemplo, adquirimos recentemente o direito de operar os serviços de água e esgoto do Município de São Bernardo do Campo por meio da transferência, do município para nós, de todos os ativos relacionados a água e esgoto, a título de dação em pagamento de parte das contas vencidas e não pagas por aquele município. • Diversificação de Fontes de Financiamento. Nossa meta é continuar a identificar e assegurar fontes diversas de financiamento, públicas e privadas, com ênfase na captação de empréstimos em moeda local, a fim de reduzir nossa exposição ao risco cambial, e de longo prazo, para cobrir nossos ativos duráveis. Atualmente, estamos negociando com o BNDES e com a Caixa Econômica Federal a obtenção de empréstimos para financiar nosso programa de investimentos. Estamos também explorando diversas alternativas relacionadas a financiamentos estruturados. • Manutenção de Relações Estreitas com Governos Municipais e com Clientes. Nos reunimos com regularidade com os prefeitos e organizamos Comissões Regionais de Gestão, compostas por representantes de prefeituras e nossos diretores para discutir os serviços de saneamento básico, investimentos, tarifa e demais questões. Buscamos, ainda, a melhora das nossas relações com os nossos consumidores, mediante a diminuição do prazo para a realização de novas ligações de água e esgotos, bem como por meio de um programa de relações públicas direcionado à melhoria da nossa imagem. Acreditamos que estas medidas aumentarão nossas chances de, no futuro, renovar nossas atuais concessões, assim como de obter novas concessões. Buscamos, ainda, a melhora das nossas relações com os nossos consumidores, mediante a diminuição do prazo para a realização de novas ligações de água e esgotos bem como por meio de programa de relações públicas direcionado à melhoria da nossa imagem. 89 Acreditamos que nossa estratégia irá nos permitir encontrar uma demanda por alta qualidade e serviço de água e de esgoto no Estado de São Paulo, ao mesmo tempo que, atingiremos condições em nossos resultados operacionais e financeiros. Organização Societária Em 2003 reorganizamos nossa estrutura administrativa. Em conseqüência, possuímos atualmente seis diretorias, sendo cada uma delas supervisionada por um de nossos diretores. A atribuição de responsabilidades entre os diretores é feita pelo Conselho de Administração, em conformidade com o Estatuto Social e após o recebimento de proposta inicial do Presidente. • Presidência - é responsável pela coordenação de todas as nossas seis diretorias em conformidade com as políticas e diretrizes estabelecidas por nosso Conselho de Administração e Diretoria, realizando a coordenação, avaliação e controle de todas as funções relacionadas à Presidência, planejamento estratégico, organização societária, comunicação societária, auditoria e ombudsman. • Diretoria de Gestão Corporativa - é responsável pelo marketing, recursos humanos e programas de controle de qualidade, assuntos jurídicos, tecnologia da informação, administração de ativos, contratos e compras. • Diretoria Econômico-Financeira e de Relações com Investidores - é responsável pelos recursos e planejamento econômico-financeiros, controle de mercado de capitais e endividamento, contabilidade e relações com investidores. Esta diretoria também monitora e atua como supervisor (controller) de nossas demais diretorias. • Diretoria de Tecnologia e Planejamento – é responsável pelo planejamento técnico integrado, planejamento e gestão ambiental, desenvolvimento tecnológico, administração e controle da qualidade da água, manutenção estratégica e coordenação e execução de projetos especiais. • Diretoria Metropolitana - é responsável pela distribuição de água e pela coleta de esgoto na Região Metropolitana de São Paulo. A principal função dessa diretoria é o planejamento, operação e manutenção do sistema de distribuição de água e esgoto e serviços de atendimento ao cliente na Região Metropolitana de São Paulo, bem como prestação de suporte técnico a municípios autônomos. • Diretoria de Sistemas Regionais - é responsável pela produção de água e pela operação e manutenção dos sistemas de água e esgoto nos municípios do interior e do litoral do Estado de São Paulo. Também é responsável por realizar as mesmas tarefas da Diretoria Metropolitana nos Sistemas Regionais. Cada uma das unidades de negócio que presta serviços de água e esgotos a consumidores participa de assembléia regional composta pelos prefeitos dos municípios cobertos por tal unidade e por nossos diretores. Ademais, para cada unidade, uma comissão regional de gestão composta de cinco a oito prefeitos e de cinco a oito de nossos diretores, foi estabelecida para viabilizar as discussões e a tomada de decisões sobre questões como, por exemplo, orçamento da respectiva unidade de negócio, programa de investimentos, tarifas, e serviços de água e esgoto de modo geral. Em decorrência do estabelecimento das comissões regionais de gestão, acreditamos que, de modo geral, melhoramos nossas relações com os municípios e com nossos consumidores e fomos capazes de equilibrar melhor as necessidades de serviços de nossos consumidores com nossos próprios objetivos operacionais e financeiros. O aumento da nossa interação com os municípios foi responsável pelo revigoramento do interesse por parte daqueles municípios que atualmente não são atendidos por nós. Concessões Nos termos da Constituição Federal, a competência para desenvolver sistemas públicos de água e esgoto é compartilhada pela União, Estados e Municípios, sendo que os municípios têm responsabilidade primária pela prestação dos serviços de água e esgotos a seus residentes. A Constituição Estadual estabelece que o Estado de São Paulo garantirá a correta operação, necessária expansão e eficiente administração dos serviços de água e esgoto no Estado de São Paulo, por meio de sociedade sob seu controle. Nos termos da lei aplicável, somos responsáveis pelo planejamento dos serviços básicos de água e esgoto e pela operação dos sistemas correlatos de produção e distribuição de água e coleta e tratamento de esgoto no Estado de São Paulo, respeitada a autonomia de seus municípios. Os municípios têm competência e freqüentemente se utilizam desta prerrogativa, para outorgar concessões de longo prazo a sociedades prestadoras de serviços de água e esgoto, visando à prestação de tais serviços. 90 Não detemos concessão formal para a prestação dos serviços de água e esgoto na Cidade de São Paulo, a qual é responsável por 55,6% das nossas receitas, além de 41 outros municípios do Estado de São Paulo. Nenhum desses outros municípios possui população significativa, exceto o município de Santos, cuja população é de, aproximadamente, 400.000 pessoas. Acreditamos possuir direito adquirido para prestar serviços de água e esgoto em virtude, entre outras coisas, da nossa propriedade dos sistemas de produção e distribuição de água e coleta e tratamento de esgoto que atendem a Cidade de São Paulo e esses outros municípios, bem como de outros direitos de sucessão decorrentes da fusão que deu origem à nossa Companhia. De forma geral, não enfrentamos qualquer competição nos municípios nos quais prestamos serviços de água e esgoto, e acreditamos ter direito de exclusividade para a exploração de tais serviços nestes municípios. Também prestamos serviços de água e esgoto em 325 municípios adicionais do Estado de São Paulo, com base em concessões formais outorgadas por tais municípios. Grande parte de nossas concessões foram outorgadas por prazos de 30 anos, sendo que 273 dessas concessões expiram entre 15 de outubro de 2004 e 2010 (sendo que destas, 128 expirarão em 2006), e as restantes expiram entre 2011 e 2034. A concessão de Botucatu, uma de nossas concessões significativas, expirará em 18 de outubro de 2004 e estamos discutindo a renovação desta concessão por 30 anos. A maior parte de nossas concessões é 4 renovada por um prazo igual ao inicial, a menos que nós ou o município exerça o direito de rescindir o respectivo contrato, notificando a outra parte nesse sentido com seis meses de antecedência da data do seu término. Nada obstante, normalmente negociarmos sob quais termos e condições tais concessões são renovadas. As concessões são formalizadas por meio de contratos padrões celebrados entre nós e o respectivo município. Cada contrato deve ser previamente aprovado pela Câmara Municipal. Os principais termos dos contratos de concessão são os seguintes: • Assumimos toda responsabilidade pela prestação dos serviços de água e esgoto no município; • Poderemos fixar e arrecadar as tarifas de nossos serviços sem autorização prévia do município; • Os ativos que integram os sistemas municipais de água e esgoto existentes são transferidos do município à nós. Até 1998, adquiríamos as concessões e os ativos municipais existentes relacionados à prestação dos serviços de água e esgoto oferecendo em troca ações ordinárias de nosso capital social, emitidas pelo valor patrimonial. A partir de 1998, passamos a adquirir concessões e ativos de água e esgotos mediante pagamento, ao município, de valor correspondente ao valor presente do fluxo de caixa estimado para a concessão pelo prazo de 30 anos, pressupondo-se um fator de desconto de pelo menos 12% à nós. O pagamento é efetuado em moeda corrente e em ações ordinárias emitidas pelo valor de mercado; • Gozamos de isenção de impostos municipais e nenhum royalty é devido ao município em decorrência da concessão; • Foram-nos concedidos direitos de passagem no que diz respeito aos imóveis municipais para a instalação de tubulações e adutoras, bem como para as linhas de esgotos; e • Quando do término da concessão, ou quando de sua rescisão por qualquer razão, estaremos obrigados a devolver ao município os ativos que compõem o sistema de água e esgoto do município e o município terá que nos pagar o valor contábil não amortizado de nossos ativos relativos a tais concessões. Nos termos dos contratos de concessão firmados antes de 1998, estava previsto reembolso por tais ativos através do pagamento: • do valor contábil dos ativos, ou • do valor de mercado dos ativos conforme determinado por avaliação patrimonial realizada por terceiro, em conformidade com os termos específicos do contrato. Os contratos de concessão que celebramos desde 1998 estabelecem que uma vez decorrido período de 30 anos a contar do início da concessão, o valor total da concessão e dos ativos será amortizado de tal forma que, na data de vencimento do contrato de concessão, o valor dos ativos nos nossos livros seja igual a zero. Desta forma, não receberemos qualquer pagamento pelos ativos. Caso a concessão seja rescindida antes do encerramento do prazo de 30 anos, nos será pago valor igual ao valor presente do fluxo de caixa decorrente da concessão durante o prazo restante da concessão, com utilização dos mesmos pressupostos empregados para fixar o valor da concessão quando de seu início (corrigido monetariamente). 91 Nos termos da legislação aplicável, os municípios têm poder para rescindir as concessões antes de suas datas de expiração contratual por motivos de ordem pública. Diadema e Mauá, dois municípios anteriormente atendidos por nós, rescindiram suas concessões em fevereiro de 1995 e em dezembro de 1995, respectivamente. Diadema rescindiu sua concessão após alegar que não prestávamos serviços adequados de água e esgotos, enquanto Mauá procedeu da mesma maneira, com nosso consentimento. Não podemos prever se outros municípios tentarão rescindir as concessões outorgadas alegando, entre outros fatores, questões relacionadas ao desenvolvimento de nossas relações com os municípios, às melhorias recentes nos serviços de água e esgotos que prestamos e à obrigação do município de nos indenizar pela retomada da concessão, conforme descrito acima. Não podemos assegurar, contudo, que outros municípios não tentarão rescindir concessões no futuro. Recentemente, adicionalmente às nossas concessões, em dezembro de 2003, adquirimos os ativos relacionados aos serviços de água e esgoto no município de São Bernardo do Campo, por meio da transferência de todos os ativos relacionados a água e esgoto do município para nós. Anteriormente, fornecíamos água por atacado a São Bernardo do Campo. O valor pago pela compra dos ativos foi calculado por meio de um relatório de avaliação econômico-financeiro, que incluiu a liquidação da dívida acumulada relativa ao fornecimento ao município de água por atacado. Vide “Análise e Discussão da Administração sobre a Situação Financeira e o Resultado das Operações” para obter informações referentes à transação de São Bernardo do Campo. Descrição das nossas Atividades Prestamos serviços de saneamento básico, o que envolve, de forma geral, a captação, adução, tratamento e distribuição de água, coleta, tratamento e reuso de esgotos. Acreditamos ser a maior empresa de prestação de serviços de água e esgoto das Américas, considerada sua receita líquida de 2003, operando os sistemas de produção e distribuição de água e coleta e tratamento de esgoto no Estado de São Paulo, onde se encontra a maior cidade do Brasil, São Paulo. Produção e Distribuição de Água O fornecimento de água a nossos consumidores envolve, de forma geral, a captação de água de várias fontes e o subseqüente tratamento e distribuição aos estabelecimentos dos consumidores. Produzimos, aproximadamente, 2.819,6 milhões de metros cúbicos de água em 2003 e aproximadamente 1.376,7 milhões de metros cúbicos de água durante o semestre encerrado em 30 de junho de 2004. A região Metropolitana de São Paulo tem sido historicamente nosso principal mercado, respondendo por 72% da demanda em volume de água. A tabela a seguir estabelece o volume de água produzido e faturado por nós nos períodos indicados. Exercício findo em 31 de dezembro de 2002 2003 2001 (em milhões de metros cúbicos) Produzido Região Metropolitana de São Paulo Sistemas Regionais Total Faturado Região Metropolitana de São Paulo (1) Sistemas Regionais Total Semestre findo em 30 de junho 2004 1,989.4 706.6 2,696.0 2,046.1 732.2 2,778.3 2,085.9 733.8 2,819.6 1.018,8 357,9 1.376,7 1,225.8 472.8 1,698.6 1,275.9 494.3 1,770.2 1,278.2 486.8 1,765.0 595.6 242.3 837.9 _____________ (1) Inclui volumes de água faturada para consumidores por atacado no volume de 322,4 em 2001, 339,6 em 2002, 346,2 em 2003 e 125,4 durante os seis meses findos em 30 de junho de 2004, cada qual em milhões de metros cúbicos. A diferença entre o montante de água produzida e o montante de água faturada representa, de modo geral, perda de água, tanto física, quanto não física. Vide “Distribuição de Água” a seguir. Ademais, nós não faturamos: • água despejada em decorrência da manutenção periódica de reservatórios de água e de tanques de armazenamento de água; • água fornecida para o uso de municípios, como para o combate a incêndios; • água consumida nas instalações da Sabesp; e • perda estimada de água associada a fornecimento para favelas. 92 A Região Metropolitana de São Paulo enfrenta seus mais altos níveis de demanda durante os meses de verão, quando aumenta o consumo de água. O uso de água geralmente tem uma redução significativa durante os meses de inverno. Os meses de verão, quando a demanda é mais alta, coincidem com a estação das chuvas, enquanto o inverno, quando a demanda por água é mais baixa, corresponde à estação da seca na Região Metropolitana de São Paulo. A demanda nos Sistemas Regionais apresenta variações dependendo da área; enquanto a região do interior enfrenta variações sazonais na demanda similares às da Região Metropolitana de São Paulo, a demanda na região do litoral está principalmente relacionada ao turismo, sendo que os picos de consumo de água ocorrem durante os meses de férias de verão no Brasil. A tabela abaixo apresenta informações relativas a nossas receitas por região geográfica: Região Metropolitana de São Paulo Sistemas Regionais Total das vendas Exercício findo em 31 de dezembro de 2001 2002 2003 (em milhões de reais) 2.682,0 3.003,9 3.268,8 861,5 958,5 1.038,7 3.543,5 3.962,4 4.307,5 Semestre findo em 30 de junho de 2004 1.642,5 575,0 2.217,5 Recursos Hídricos Podemos captar água bruta apenas na medida permitida pelo DAEE e de acordo com contratos de autorização firmados com esse Departamento. Em algumas circunstâncias, dependendo da localização geográfica da bacia hidrográfica ou reservatório pertinente, a aprovação da ANA também é necessária. Atualmente, captamos de rios e reservatórios todo o volume de água necessário ao abastecimento, sendo que uma pequena parcela é captada de águas subterrâneas. Nossos reservatórios são abastecidos pelo represamento de água de rios e riachos, pelo desvio da vazão de rios próximos ou pela combinação de tais fontes. A fim de fornecer água à Região Metropolitana de São Paulo, operamos 17 reservatórios de água não-tratada e 119 reservatórios locais de água tratada, os quais encontram-se localizados nas áreas sob influência dos oito sistemas de produção de água que compõem o sistema integrado de produção de água da Região Metropolitana de São Paulo. A disponibilidade de recursos, ou seja, o volume de água que pode ser tratado em tal região, é de 65,5 metros cúbicos por segundo e deverá aumentar para 72,8 metros cúbicos por segundo em 2006, quando a conclusão das melhorias planejadas dos sistemas de produção de água estarão concluídas. Atualmente, a capacidade total de produção do sistema integrado de produção de água, ou seja, o volume que de água que pode ser tratado no sistema integrado de produção de água da Região Metropolitana de São Paulo, atinge 67,7 metros cúbicos por segundo. A produção média verificada, ou seja, o volume de água tratada durante o período entre julho de 2003 e junho de 2004 foi 63,6 metros cúbicos por segundo e tem-se feito esforços para alcançar uma média de até 69,5 metros cúbicos por segundo até 2006. Os sistemas produtores de água da Cantareira, Guarapiranga e Alto Tietê, em conjunto, fornecem, aproximadamente, 83,5% da água produzida por nós para a Região Metropolitana de São Paulo. O Sistema Cantareira fornece aproximadamente 47,3% da água produzida por nós para a Região Metropolitana de São Paulo (que representou 37% e 36% da receita operacional bruta da Companhia, respectivamente nos anos de 2003 e no semestre encerrado em 30 de junho de 2004). As autorizações dadas com relação ao Sistema Cantareira para utilização da água da Bacia de Piracicaba foi recentemente renovada pela Portaria DAEE nº 1.213, datada de 06 de agosto de 2004, por um período de dez anos. Acreditamos que os termos sob os quais a outorga para o Sistema Cantareira foi renovada não representam um aumento significativo nos custos e na demanda por investimentos, em comparação com os termos da outorga anterior. 93 A tabela abaixo indica os sistemas de produção de água a partir dos quais produzimos água para a Região Metropolitana de São Paulo: Sistema Cantareira................................................................................................................................. Guarapiranga............................................................................................................................ Alto Tietê ................................................................................................................................. Rio Claro.................................................................................................................................. Rio Grande (Reservatório Billings) ......................................................................................... Alto Cotia ................................................................................................................................ Baixo Cotia .............................................................................................................................. Ribeirão da Estiva.................................................................................................................... Produção total .................................................................................................................... ______________________ (1) Produção (1) (em metros cúbicos por segundo) 30,1 13,6 9,5 3,8 4,7 0,9 0,9 0,1 63,6 Média do período de seis meses findo em 30 de junho de 2004. Somos proprietários de todos os reservatórios dos nossos sistemas de produção de água, exceto as Represas de Guarapiranga e Billings e algumas das represas do Sistema Alto Tietê, que são de propriedade de empresas controladas pelo Estado de São Paulo. Atualmente, não pagamos quaisquer taxas pelo uso de tais reservatórios. Em dezembro de 2001, firmamos um acordo com o Estado de São Paulo por meio do qual o Estado concordou, entre outras coisas, em transferir para nós os reservatórios do Sistema Alto Tietê. Contudo, a transferência de tais reservatórios é objeto de uma ação civil pública, e não podemos garantir se a transferência destes reservatórios será legalmente permitida. Vide “Pendências Judiciais – Outros Processos Judiciais”. Nos maiores municípios do interior, a nossa principal fonte de água consiste de água de superfície proveniente de rios próximos. Em municípios menores do interior, captamos água principalmente de poços. O litoral é abastecido principalmente por água de superfície proveniente de rios e riachos. Estimamos que somos capazes de atender praticamente toda a demanda por água das áreas em que operamos no Estado de São Paulo. Em 2001, 2002, 2003 e durante os seis meses findos em 30 de junho de 2004, fomos capazes de atender à demanda por água da Região Metropolitana de São Paulo, principalmente em decorrência do nosso programa do uso racional da água, da redução de perdas, da instalação de 751.500 novas ligações de água de 2000 a 2003 em todo o Estado, bem como da introdução de nova estrutura tarifária que auxiliou na redução do consumo e demanda médios. Na Região Metropolitana de São Paulo, a água é distribuída através do Sistema Adutor Metropolitano. O Sistema Adutor Metropolitano é um conjunto de adutoras que cobre a maior parte desta Região, permitindo o desvio da água para uma determinada região conforme varie a demanda e a exigência para atendimento adequado de uma determinada área da rede. Estamos implementando, como parte de nosso programa de investimentos, o Programa Metropolitano de Água, que envolve investimentos substanciais em reservatórios, estações de tratamento de água, adutoras e em rede de distribuição de água na Região Metropolitana de São Paulo, a fim de aumentar a produção de água e melhorar a capacidade do Sistema Adutor Metropolitano. O Programa Metropolitano de Água é composto por uma série de projetos que exigirão investimentos de, aproximadamente, R$620 milhões entre 1º de julho de 2004 e 2008, na Região Metropolitana de São Paulo. Tratamento de Água Tratamos toda a água que se encontra em nossas estações de tratamento de água antes de colocá-la na nossa rede de distribuição. Operamos mais de 192 estações de tratamento de água, e os oito principais sistemas produtores da Região Metropolitana de São Paulo respondem, historicamente, por aproximadamente 75% de toda a água distribuída por nós. O tipo de tratamento empregado depende da natureza da fonte e da qualidade da água. A água captada de rios exige amplo tratamento, enquanto a água retirada de fontes subterrâneas exige menos tratamento. Utilizamos processos convencionais de tratamento em nossas estações de tratamento de água. Com relação à água de superfície, o processo de tratamento envolve diversas fases, incluindo a filtragem e desinfecção. A água captada do subterrâneo apresenta tipicamente maior teor de pureza e exige, geralmente, apenas desinfecção por tratamento a base de cloro. Toda a água por nós captada também recebe tratamento com flúor. 94 Distribuição de Água Distribuímos água através das nossas próprias redes e adutoras, que variam de 2,5 metros a 100 milímetros de diâmetro. Em 30 de junho de 2004, nossa rede de distribuição de água continha, aproximadamente, 57.976 quilômetros de tubulações e adutoras e 6,3 milhões de ligações de água. A tabela a seguir contém a quilometragem total do encanamento de água em nossa rede nos períodos indicados. Em 31 de dezembro de 2001 2002 2003 54.047 54.983 56.777 5.717 5.898 6.044 Redes e adutoras de água (em quilômetros) Número de ligações (em milhares) Em 30 de junho de 2004 57.976 6.285 Cerca de 95% das tubulações da nossa rede de distribuição de água são feitas de ferro fundido ou cloreto de polivinil (PVC). As tubulações de distribuição nas residências dos consumidores são tipicamente feitas de tubo de polietileno de alta densidade. Nossas adutoras são, em sua maioria, feitas de aço, ferro fundido ou concreto. Distribuímos água tratada através de nossas redes de adutoras e tubulações que entregam água através de sistemas pressurizados. Os tanques de armazenagem e as estações de bombeamento regulam o volume da água que flui através das redes, visando a manutenção de pressão adequada e o contínuo abastecimento de água. Em 30 de junho de 2004, nossas tubulações e adutoras de distribuição de água compreendiam aproximadamente: • 27.007 quilômetros na Região Metropolitana de São Paulo; e • 30.969 quilômetros nos Sistemas Regionais. Possuímos 313 tanques de armazenamento de água na Região Metropolitana de São Paulo com capacidade total de 1,8 milhão de metros cúbicos e 1,7 milhão de tanques de armazenamento de água nos Sistemas Regionais. Contamos com 192 estações de bombeamento de água tratada na Região Metropolitana de São Paulo, incluindose as localizadas em estações de tratamento, estações elevatórias intermediárias de transferência e pequenas estações auxiliares que atendem áreas específicas. As adutoras que requerem manutenção são limpas e revestidas internamente. Somos normalmente informados pela população sobre rompimentos ou rupturas das adutoras, através de um número de discagem gratuita mantido pela Sabesp. Consideramos adequado, de modo geral, o estado de conservação das tubulações e adutoras da Região Metropolitana de São Paulo. Devido à idade, a fatores externos, tais como tráfego de veículos e elevado índice populacional e alto desenvolvimento industrial e comercial, as tubulações e adutoras da Região Metropolitana de São Paulo são mais suscetíveis à degradação do que aquelas utilizadas nos Sistemas Regionais. Para combater os efeitos da degradação das tubulações e adutoras, temos um programa contínuo de manutenção destinado a resolver problemas relacionados a rompimentos e entupimentos previstos em função de fragilidade e incrustação, assim como para ajudar a garantir a qualidade da água. Esperamos que novos consumidores respondam pelo pagamento de parte dos custos associados a novas ligações de água com nossa rede de distribuição de água. Nossa política para as novas ligações de água consiste em pagar o custo de instalação dos primeiros 15 metros de tubulação, desde a nossa rede de distribuição de água até o ponto de ligação, sendo o restante dos custos pagos pelo consumidor. A partir daí, o consumidor deverá cobrir os custos da ligação de sua residência à rede, incluindo os custos de compra e instalação do hidrômetro e mão-deobra correlatos. Os consumidores industriais, por sua vez, são responsáveis por todo o custo das ligações. Executamos a instalação do hidrômetro e também realizamos inspeções e medições periódicas. Depois da conclusão da instalação, o cliente passa a ter obrigação fiduciária no tocante à rede e ao hidrômetro. A tabela a seguir mostra as estimativas para novas ligações de água nos períodos indicados: Região Metropolitana de São Paulo Sistemas Regionais Total do Sistema 2004 80 70 150 2005 80 75 155 95 Estimativas para Ligações de Água (em mil unidades) 2006 2007 75 75 85 90 160 165 2008 75 90 165 2004-2008 385 410 795 Perda de Água. A diferença entre o volume de água produzido e o volume faturado representa perdas de água, físicas e não físicas. O percentual de perda de água representa o quociente resultante da divisão (a) da diferença entre (i) o volume total de água produzido por nós (após exclusão de certas perdas não físicas de água especificadas abaixo), e (ii) o volume total de água faturado por nós aos consumidores, pelo (b) volume total de água por nós produzido (após exclusão de certas perdas não físicas de água especificadas abaixo). Excluímos do nosso cálculo de perdas de água o seguinte: (1) água utilizada para manutenção periódica de adutoras e reservatórios de água; (2) água fornecida para uso de municípios, como por exemplo, para combate a incêndios; (3) água consumida em nossos estabelecimentos; e (4) perdas de água estimadas associadas à água que fornecemos a favelas. Esperamos, até 2008, ter reduzido para 26% as perdas de água na Região Metropolitana de São Paulo, que hoje são de 32%. Para os Sistemas Regionais, esperamos, até 2008, reduzir nosso índice de perdas de 33% para 26%. Nossa estratégia para redução de perda de água tem dois objetivos principais: • primeiro, a redução do nível de perdas físicas, que decorrem principalmente de vazamentos primordialmente através de reposição de equipamentos e instalações de equipamentos especializados, incluindo a localização estratégica de válvulas para regular a pressão; e • segundo, a redução de perdas não físicas, que decorrem principalmente da imprecisão de nossos hidrômetros instalados nos estabelecimentos de nossos consumidores e em nossas estações de tratamento de água, bem como do uso clandestino e ilegal através da renovação de hidrantes, reposição de hidrômetros desajustados e pelo aumento na terceirização dos serviços de leitura de hidrômetros em localidades fora da Região Metropolitana de São Paulo. Estamos adotando medidas para diminuir as perdas físicas mediante a redução do prazo de resposta para conserto de tubulações e adutoras quebradas para menos de 24 horas e mediante o melhor monitoramento de rompimentos não visíveis de adutoras. Atualmente consertamos cerca de 4.000 tubulações e adutoras quebradas por mês. Dentre outras medidas que adotamos para reduzir as perdas físicas de água estão: • a introdução de válvulas tecnicamente avançadas que regulam a pressão da água que flui através de adutoras, com o intuito de mensurar e atender às variações nas necessidades de consumo verificadas a jusante durante cada dia. As válvulas são programadas para responder automaticamente às variações da demanda. Durante o pico de consumo, a vazão da água nos dutos alcança seu mais alto ponto; contudo, quando a demanda cai, a pressão aumenta nas adutoras e o stress resultante na rede de distribuição de água pode causar perdas significativas de água através de rachaduras e do aumento das rupturas das tubulações. As válvulas inteligentes são equipadas com sondas programadas para alimentar as referidas válvulas com dados de demanda, permitindo a redução ou o aumento da pressão às adutoras conforme oscile o consumo de água. Até 30 de junho de 2004, tínhamos instalado tais válvulas em pontos estratégicos de nossa rede de distribuição de água, com 703 válvulas instaladas na Região Metropolitana de São Paulo e 256 nos Sistemas Regionais. Planejamos instalar mais 130 destas válvulas até 2005; • a reconfiguração da nossa distribuição integrada de água para permitir a distribuição de água a uma menor pressão; e • levantamentos operacionais de rotina para detecção de vazamentos em áreas com alta pressão da água, em cada caso auxiliando na redução das perdas de água. As medidas adotadas para diminuir perdas não físicas de água incluem: • monitoramento e melhor contabilização das ligações de água, especialmente com relação a consumidores em grande escala, análise regular dos consumidores que sejam contabilizados por nós como inativos e monitoramento dos consumidores não residenciais que são contabilizadas como residenciais e, desta forma, são faturados com base em tarifas mais baixas; • medidas para combater fraudes e o uso de hidrômetros novos e mais sofisticados que sejam mais precisos e menos sujeitos à manipulação indevida; • instalação de hidrômetros onde ainda não existam; e • manutenção preventiva de hidrômetros existentes, bem como de hidrômetros recém-instalados. 96 Qualidade da Água Acreditamos que fornecemos água tratada de alta qualidade, comparáveis aos padrões estabelecidos nos Estados Unidos da América e na Europa. Nos termos da legislação do Ministério da Saúde em vigor no Brasil, possuímos obrigações regulamentares no tocante à qualidade da água tratada. Tais legislações estabelecem certos padrões que regem a qualidade da água. Parte de nossos recursos hídricos na região sul da Região Metropolitana de São Paulo contém água de baixa qualidade, devido aos efeitos da poluição e da floração de algas. Atualmente tratamos esta água, com êxito, para torná-la potável; contudo, durante os períodos de seca do ano, esta água apresenta gosto e odor desagradáveis, apesar do tratamento. Caso sejam impostas, no futuro, restrições ao uso da água e caso não sejam implementadas técnicas de tratamento avançadas, a água destes mananciais poderá piorar de qualidade e nossos consumidores poderão utilizar volumes limitados desta água ou se recusar a pagar por essa água de qualidade inferior. Possuímos 15 laboratórios que monitoram a qualidade e pureza da água, conforme exigidos pelos padrões estabelecidos por nós e por lei, os quais empregam, aproximadamente, 200 técnicos, biólogos, engenheiros e químicos. Nossos laboratórios realizam em média 130.000 análises por mês. Nosso laboratório central, localizado na Cidade de São Paulo, é responsável pela análise dos compostos orgânicos com emprego de métodos de cromatografia e espectometria, bem como pela análise dos metais pesados por técnica de absorção atômica. Cinco de nossos laboratórios obtiveram Certificado ISO 9001/2000 e três em nosso Sistema Regional obtiveram certificado ISO 17025 premiados com respeito a nossa qualidade de nossa sistema de administração e habilidade técnica de nossos empregados para produzir resultados. Ademais, implementamos o “Sistema de Monitoramento da Qualidade da Água em Tempo Real para a Região Metropolitana de São Paulo”. Segundo esse sistema, a água de alguns reservatórios localizados na Região Metropolitana de São Paulo é analisada por 12 sondas equipadas com seis sensores, cada qual fixado a bóias, os quais são colocados a diferentes níveis de profundidade. Estes equipamentos permitem que nós realizemos até 9.000 análises por sonda por mês. No final de 2002, interrompemos temporariamente a realização de tais análises, em decorrência do término de contratos relacionados. Após realizar licitação, contratamos outra empresa para a realização das análises a partir de dezembro de 2003. Programa de Mananciais Periodicamente temos enfrentado problemas relevantes com a floração de algas, que conferem à água gosto e odor desagradáveis. A fim de minimizar esse problema, implementamos processos adicionais de tratamento, tais como absorção por carvão ativado em pó e oxidação por permanganato de potássio. Acreditamos que todos os produtos químicos utilizados no tratamento são seguros para o consumo humano, mas o problema com as algas acarreta custos adicionais significativos em função dos maiores volumes de produtos químicos utilizados para tratar a água. Há tendência à ocorrência de crescimento de algas principalmente no Reservatório de Guarapiranga, contudo, o problema é freqüentemente detectado também nos reservatórios que compõem os sistemas Rio Grande e Alto Tietê. O crescimento de algas nos reservatórios de Guarapiranga e Rio Grande deve-se, basicamente, à descarga de esgoto não tratado de posseiros que moram nas adjacências dos reservatórios, violando as leis destinadas a proteger a bacia. No sistema Alto Tietê, o crescimento de algas é causado, principalmente, por efluentes decorrentes da utilização agrícola das áreas que são escoadas. Planejamos participar do Programa de Mananciais juntamente com outras organizações que se dedicam à promoção do desenvolvimento urbano e da inclusão social, com o fim de minimizar o problema da poluição nos reservatórios de Guarapiranga e Rio Grande. Nesse programa, ficaremos responsáveis pela expansão de sistemas de esgoto, pré-tratamento de cursos d’água e desenvolvimento de instalações de tratamento mais sofisticadas. Acreditamos que não haja quaisquer casos relevantes em que nossos padrões não estejam sendo atendidos. Contudo, não podemos assegurar que não ocorrerão futuras violações de tais padrões. Fluoretação Conforme exigido pela legislação brasileira, adotamos um programa de fluoretação da água que é destinado a auxiliar na prevenção de cáries da população. A fluoretação consiste principalmente no acréscimo de ácido fluorsilícico à água em 0,7 partes por milhão. Adicionamos flúor à água em nossas estações de tratamento, antes de sua disponibilização na rede de distribuição de água. 97 Operações de Esgotos Somos responsáveis pela coleta de esgoto através de nossos sistemas de coleta de esgoto e por sua conseqüente disposição, precedida ou não de tratamento. Em 30 de junho de 2004, coletamos 81% e 73% de todo o esgoto produzido nos municípios em que operamos da Região Metropolitana de São Paulo e dos Sistemas Regionais, respectivamente, ou o equivalente a 78% de todo o esgoto produzido nos municípios nos quais operamos no Estado de São Paulo. Sistema de Esgotos A principal função do nosso sistema de esgoto é coletar, transportar e tratar esgoto. Em 30 de junho de 2004, fomos responsáveis pela operação e manutenção de 35.692 quilômetros de linhas de coleta de esgoto, coletorestronco, interceptores e emissários, dos quais cerca de 17.505 quilômetros estão localizados na Região Metropolitana de São Paulo e 18.187 quilômetros estão localizados nos Sistemas Regionais. A tabela a seguir contém a quilometragem total das linhas de coleta de esgoto em nosso sistema nos períodos indicados. Em 31 de dezembro de Linhas de coleta de esgoto (em quilômetros) Número de ligações (em milhares) 2001 33.282 4.128 2002 33.945 4.304 2003 35.759 4.462 A partir de 30 de junho de 2004 35.692 4.673 Nossa rede de coleta de esgoto é composta por uma série de sistemas construídos em diferentes épocas, feita principalmente de tubos cerâmicos e, mais recentemente, tubulações de PVC. Tubulações de esgoto com mais de 0,5 metro de diâmetro são construídas, principalmente, de concreto. Nosso sistema de esgotos é geralmente projetado para operar por fluxo gravitacional, embora sejam necessárias estações elevatórias em certas partes do sistema de coleta de esgoto para assegurar o fluxo contínuo do esgoto. Nos casos em que tais estações elevatórias são necessárias, utilizamos ferro fundido. O esgoto industrial pode variar quanto à sua composição e concentração de poluentes. As normas para lançamento de efluentes industriais estão estabelecidas no art. 19A do Decreto Estadual nº 8.468, de 8 de setembro de 1976, conforme modificado, e coincidem, de modo geral, com as normas para lançamento estabelecidas pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos da América. A premissa básica destas normas é a de que os efluentes industriais interferem no processo biológico natural que ocorre em unidades de tratamento de esgotos e que, portanto, tais efluentes devem ser tratados de forma que o efluente final satisfaça os parâmetros estabelecidos no Decreto Estadual nº 8.468. Tal Decreto exige que as indústrias que produzem esgoto industrial façam um pré-tratamento deste esgoto, de forma que os níveis de determinados parâmetros, tais como pH, temperatura, sedimentos, gordura, óleo e metais sejam reduzidos a níveis adequados em termos ambientais antes do despejo em nossa rede de esgotos. Para garantir o cumprimento do art. 19A, analisamos periodicamente o esgoto produzido por cada cliente industrial para verificar se o cliente vem dando cumprimento às exigências do Decreto. Em que pese poder tomar determinadas medidas, como impor penalidades financeiras e cortar a conexão do cliente, não somos nem podemos ser responsabilizados pela inobservâncias de normas ambientais por nossos clientes. Os efluentes de nossas instalações de tratamento de lodo (Estações de Tratamento de Esgotos - ETEs) devem atender aos padrões de fluxo e qualidade estabelecidos por regulamentação federal e estadual. Os padrões de fluxo relacionam-se à composição dos efluentes anteriormente à sua descarga em massas de água, ao passo que os padrões de qualidade medem a condição das massas de água posteriormente à diluição dos efluentes. Os padrões, tanto de fluxo como de qualidade, variam de acordo com o uso pretendido da massa de água pertinente: quanto mais importante o uso da massa de água, mais rígidos são os padrões aplicáveis. Consideramos que o estado de conservação das redes de esgoto da Região Metropolitana de São Paulo é, em geral, adequado. Devido ao maior volume de esgoto coletado, ao crescimento da população e ao desenvolvimento comercial e industrial, o estado de conservação das redes de coleta de esgoto da Região Metropolitana de São Paulo é inferior ao dos Sistemas Regionais. Visando combater os efeitos da deterioração, mantemos um programa contínuo de manutenção das redes de esgoto, que previne rompimentos decorrentes de obstruções causadas pela sobrecarga do sistema. 98 Diferentemente da Região Metropolitana de São Paulo, a região do interior geralmente não sofre obstruções causadas pela sobrecarga do sistema de esgoto. A região do litoral, no entanto, enfrenta obstruções em suas redes de esgoto, principalmente causadas por infiltração de areia, verificadas especialmente durante a estação das chuvas nos meses de verão. Além disso, o número de ligações de esgoto da região do litoral é significativamente menor do que nas outras regiões atendidas pela Sabesp, sendo que apenas 49% de todas as residências da região do litoral estão atualmente ligadas à nossa rede de esgoto. As novas ligações de esgoto são feitas substancialmente nas mesmas bases que as ligações nas redes de água. Assumimos o custo de instalação dos primeiros quinze metros das linhas de esgoto a partir da rede de coleta até a nova ligação de esgoto do consumidor residencial e comercial. Os clientes industriais são responsáveis pela totalidade do custo da extensão e conexão à rede de esgoto. A tabela a seguir mostra as estimativas para as novas ligações de esgoto nos períodos indicados. Região Metropolitana de São Paulo Sistemas Regionais Total 2004 105 65 170 Estimativas para Ligações de Esgoto (em milhares) 2005 2006 2007 2008 105 105 55 55 70 80 95 100 175 185 150 155 2004-2008 425 410 835 Tratamento e Disposição de Esgotos Em 2003, aproximadamente, 60% e 65% do esgoto coletado pela Sabesp na Região Metropolitana de São Paulo e nos Sistemas Regionais, respectivamente, ou 61% dos esgotos coletados pela Sabesp no Estado de São Paulo, foram tratados em nossas estações de tratamento de esgoto, sendo posteriormente despejados em massas de água receptoras, tais como rios e no Oceano Atlântico, de conformidade com a legislação aplicável. Durante o período de 6 meses encerrado em 30 de junho de 2004, esses percentuais foram 59% e 67%, respectivamente ou 62% do esgoto por nós coletado no Estado de São Paulo. Nossas estações de tratamento de esgoto possuem capacidade limitada. A vazão que excede essa capacidade é despejada diretamente, sem tratamento, em rios e no Oceano Atlântico. Atualmente operamos 425 estações de tratamento de esgoto e oito emissários submarinos. A finalidade do tratamento de esgoto é reduzir o impacto da poluição provocada pela disposição do esgoto, de forma a cumprir o Decreto Estadual nº 8.468, que estipula concentrações máximas de certas substâncias antes do lançamento no meio ambiente. Embora a vazão e a composição do esgoto que chega nas estações de tratamento de esgoto variem, mais de 98% de seu teor, em média, é água. Nosso tratamento de esgoto consiste, essencialmente, em processos de separação física e em processos biológicos naturais para decompor a matéria orgânica e reduzir o teor dos organismos e substâncias químicas nocivos. O processo de tratamento primário é o principal processo de separação dos sólidos em suspensão presentes no esgoto não tratado. Em seguida, o esgoto é conduzido em tanques de sedimentação. O material sólido sedimenta no fundo dos tanques, é removido como lodo e conduzido para o processo de tratamento de lodo. O esgoto remanescente após esse processo de sedimentação é submetido a tratamento de mistura de lodo ativado ou é lançado diretamente em corpos d’água. No processo de tratamento com mistura de lodo ativado, o principal método de tratamento secundário de esgoto que utilizamos é a ação natural das bactérias, que são empregadas para decompor a matéria orgânica contida nos esgotos e, quando necessário, para remover amônia. No processo de tratamento com lodo ativado, o esgoto obtido a partir do tratamento primário passa em tanques de aeração que são continuamente reabastecidos com lodo ativado recirculado. A mistura nos tanques é agitada e aerada, possibilitando que os microorganismos do lodo ativado digiram o material orgânico contido no esgoto que chega. A mistura de efluentes e lodo ativado produzida por este processo passa para a etapa de sedimentação final. Operamos 40 estações de tratamento com lodo ativado, sendo que cada uma delas também contém uma estação de tratamento primário. As cinco maiores estações de tratamento com lodo ativado localizadas na Região Metropolitana de São Paulo possuem capacidade para tratamento de, aproximadamente, 18 metros cúbicos de esgoto por segundo. 99 O tratamento de esgoto dos Sistemas Regionais varia de acordo com as particularidades de cada região. Na região do interior o tratamento consiste, de modo geral, de lagoas aeradas em que o esgoto é digerido aerobicamente e posteriormente é lançado em corpos d’água. Há também 342 estações de tratamento secundário no interior que possuem capacidade para tratamento de, aproximadamente, 8,3 metros cúbicos de esgoto por segundo. A maior parte do esgoto coletado na região do litoral recebe tratamento secundário e desinfecção, sendo, então, lançado em rios e no Oceano Atlântico. Temos 65 Estações de Tratamento de Esgoto na região do litoral. Nossos principais troncos coletores de esgoto atualmente não são suficientemente extensos para transportar todo o esgoto que coletamos para nossas estações de tratamento. Conseqüentemente, uma parcela do esgoto coletado pela Sabesp é liberada sem tratamento em águas receptoras, resultando em altos níveis de poluição em tais corpos d’água. Nosso programa de investimentos inclui projetos para aumentar a quantidade de esgoto que tratamos. Disposição do Lodo O lodo removido durante os processos de tratamento primário e secundário tipicamente contém água e uma proporção muito pequena de sólidos. Utilizamos filtros prensa, filtros de esteira e centrífugas para desidratação do lodo. Em 2003, produzimos, aproximadamente, 44.611 toneladas de lodo, respectivamente, em base seca, das quais 39.226 toneladas, respectivamente, foram dispostas em aterros sanitários e o restante utilizado na agricultura. Ademais, estamos testando novas tecnologias para a disposição de lodo como fertilizante em projetos de reflorestamento, desenvolvimento de combustível e produção de concreto. Clientes Aspectos Gerais Atualmente operamos sistemas de água e esgoto em 368 dos 645 municípios do Estado de São Paulo. A tabela seguinte fornece informações acerca dos volumes de água e esgoto faturados, por categoria de consumidor, nos períodos apresentados. Exercício findo em 31 de dezembro de 2001 Volume(1) Água Residencial........................... Comercial............................. Industrial .............................. Governamental..................... Subtotal ............................ Vendas por Atacado............. Total ................................. % 2002 Volume(1) % 2003 Volume(1) % Semestre findo em 30 de junho de 2004 Volume(1) % 1.156,8 141,4 30,7 47,3 1.376,2 322,4 1.698,6 68,1 8,3 1,8 2,8 81 19 100 1.204,8 146,7 31,2 47,9 1.430,6 339,6 1.770,2 68 8,3 1,8 2,7 80,8 19,2 100 1.199,1 142,5 30,8 46,4 1.418,8 346,2 1.765,0 67,9 8,1 1,8 2,6 80,4 19,6 100 604,3 70,6 15,3 22,3 712,2 125,4 837,9 72,1 8,4 1,8 2,7 85 15 100,0 Esgoto Residencial........................... 868,4 121,6 Comercial............................. Industrial .............................. 27,3 36,5 Governamental..................... Total ................................. 1.053,8 (1) Em milhões de metros cúbicos. 82,4 11,5 2,6 3,5 100 913,6 127,4 27,8 36,7 1.105,5 82,7 11,5 2,5 3,3 100 918,9 125,6 29,2 36,0 1.109,7 82,8 11,3 2,6 3,3 100 466,0 62,8 15,3 17,6 561,7 83,0 11,2 2,7 3,1 100,0 Além do atendimento a clientes residenciais, comerciais, industriais e públicos nos municípios em que detemos concessões, efetuamos atualmente venda de água por atacado a seis municípios com população estimada total de 3,1 milhões. O Governo do Estado de São Paulo é o nosso maior consumidor. Adicionalmente, constam da nossa lista de principais clientes o Pão de Açúcar, a Volkswagen, a Telefônica e o McDonalds. Tarifas Nossas tarifas têm sido historicamente ajustadas uma vez ao ano para o período de, pelo menos, 12 meses, nos meses de junho ou julho. Aumentamos as tarifas novamente em junho de 2001, agosto de 2002 e agosto de 2003. Em 29 de agosto de 2004, nós aumentamos efetivamente nossas tarifas para os serviços de água e esgoto em 6,8%. Contudo, em 2000 não elevamos as nossas tarifas em função da política estadual descrita abaixo. 100 Embora tenhamos o poder de fixar nossas tarifas de serviços de água e esgoto, tradicionalmente consultamos o Governo do Estado de São Paulo antes de fixar novas tarifas. Por exemplo, não aumentamos as tarifas no ano 2000 em função da política do Estado naquele ano com o objetivo de não aumentar as tarifas de alguns serviços públicos, tais como serviços públicos de transporte e de abastecimento de água. A legislação tarifária mais recentemente promulgada permite que a Sabesp fixe tarifas de maneira mais agressiva e cubra de maneira mais realista os custos operacionais dos sistemas de água e esgoto. Ademais, a nova legislação tarifária permite que calculemos as tarifas do serviço de água e esgoto de forma a melhor adequar o valor da tarifa às peculiaridades de cada serviço, à diversidade das regiões cobertas e à condição social e econômica do usuário final. Estabelecemos uma nova tabela de tarifas, cuja aplicação iniciou-se em maio de 2002, para clientes comerciais e industriais que (i) consomem pelo menos 5.000 metros cúbicos de água por mês e (ii) firmaram contratos de fornecimento com a Sabesp pelo período mínimo de um ano. Em 29 de agosto de 2003, desenvolvemos e implementamos nova fórmula de reajuste de nossas tarifas de forma a refletir de maneira mais exata impactos em nossa estrutura de custos. De acordo com a nova fórmula, os componentes de custo do Índice de Reajuste Tarifário (IRT) são separados em duas partes (“A” e “B”), onde a Parte “A” compreende todos os custos relacionados a: eletricidade; materiais para tratamento de água e esgoto; impostos federais, estaduais e municipais; e a compensação financeira devida com relação ao uso de recursos hídricos; e a parte “B” os demais custos e despesas. O reajuste da Parte “A” tomará por base a variação de preços verificada em seus componentes no decorrer do período de 12 meses anteriores. A Parte “B” é ajustada de acordo com o IPCA. Estabelecemos uma estrutura tarifária distinta em cada uma das três regiões que servimos, quais sejam, a Região Metropolitana de São Paulo, o interior e o litoral. Cada estrutura tarifária incorpora subsídios cruzados de acordo com os quais determinados consumidores, de fato, subsidiam a prestação de serviços de água e esgoto a outros consumidores. Os consumidores com alto consumo mensal de água pagam tarifas maiores do que nossos custos para a prestação do serviço de água em questão. Utilizamos o excedente da tarifa cobrada dos consumidores com maiores volumes de consumo para compensar as tarifas menores pagas por consumidores com volumes de consumo mais baixos. Paralelamente, tarifas de consumidores não residenciais são estabelecidas em níveis que subsidiam consumidores residenciais. Além disso, as tarifas para a Região Metropolitana de São Paulo são em geral mais altas do que as tarifas para o interior e para o litoral. Dividimos as tarifas em duas categorias: residencial e não-residencial. A categoria residencial é subdividida em residencial básica, social e favela. As tarifas da categoria social se aplicam a residências de famílias de baixa renda que vivem em condições abaixo do normal, residência de pessoas desempregadas por mais de 12 meses e residências comunitárias. As tarifas da categoria favela se aplicam a residências caracterizadas por não terem infra-estrutura urbana. As duas últimas subcategorias foram criadas para beneficiar consumidores de baixa renda por meio da cobrança de tarifas reduzidas de consumo. A categoria não-residencial abrange: • empresas privadas, entidades governamentais e consumidores industriais; • entidades “sem fins lucrativos” que pagam 50% da tarifa não-residencial praticada; e • entidades governamentais que celebraram acordo de redução de perdas de água conosco e que pagam 75% da tarifa não-residencial praticada. A conta de esgoto em cada região é cobrada em função da conta mensal de água. Na Região Metropolitana de São Paulo e na região do litoral, as tarifas de esgoto são iguais às tarifas de água. Na região do interior, as tarifas de esgoto são, aproximadamente, 20% mais baixas do que as tarifas de água. As tarifas de água fornecida por atacado são estabelecidas separadamente para cada município servido. Também disponibilizamos serviços de tratamento de esgoto a esses municípios, embora nenhum contrato formal para prestação desses serviços tenha sido assinado até a data do presente documento. Ademais, vários consumidores industriais pagam tarifa adicional de esgoto, dependendo das características do esgoto que produzem. A tabela que se segue apresenta as tarifas dos serviços de água e esgoto por categoria de consumidor cobradas durante os anos indicados na Região Metropolitana de São Paulo que respondeu por, aproximadamente, 76% e 74,0% das nossas receitas operacionais em de 2003 e durante o semestre encerrado em 30 de junho de 2004, respectivamente. 101 Tarifas Anuais de Água e Esgotos da Região Metropolitana de São Paulo Em 31 de dezembro de Consumo por Categoria de Consumidor Em agosto de 2004 2001 (em metros cúbicos por mês) Residencial: Residencial básico: 0-10(2) ...................................................... 11-20....................................................... 21-50....................................................... acima de 50............................................. 2002 2003 (reais/metro cúbico)(1) 0,75 1,16 2,91 3,21 0,81 1,26 3,15 3,47 0,96 1,50 3,75 4,13 1,3 1,60 4,00 4,41 Social: 0-10(2) ...................................................... 11-20....................................................... 21-30....................................................... 31-50....................................................... acima de 50............................................. 0,30 0,52 1,83 2,61 2,88 0,30 0,52 1,83 2,61 2,88 0,33 0,57 1,99 2,84 3,14 0,35 0,61 2,12 3,03 3,35 Favela : 0-10(2) .................................................... 11-20....................................................... 21-30....................................................... 31-50....................................................... acima de 50............................................. 0,23 0,26 0,86 2,61 2,88 0,23 0,26 0,86 2,61 2,88 0,25 0,28 0,94 2,84 3,14 0,27 0,30 1,00 3,03 3,35 Não Residencial: Comercial/Industrial/Governamental: 0-10(2) ...................................................... 11-20....................................................... 21-50....................................................... acima de 50............................................. 1,50 2,91 5,62 5,84 1,62 3,15 6,08 6,32 1,93 3,75 7,23 7,52 2,06 4,00 7,72 8,03 Comercial/Entidades Sem Fins Lucrativos 0-10 (2) ........................................... 11-20............................................. 21-50............................................. Acima de 50 ................................. 0,75 1,46 2,81 2,92 0,81 1,58 3,04 3,16 0,96 1,88 3,62 3,76 1,03 2,01 3,87 4,01 Entidades Governamentais com Acordo de Redução 0-10 (2) ........................................... 11-20............................................. 21-50............................................. Acima de 50 ................................. 1,12 2,18 4,22 4,38 1,22 2,36 4,56 4,74 1,45 2,81 5,42 5,64 1,54 3,00 5,79 6,02 (1) As tarifas de água e esgotos são as mesmas por metro cúbico. (2) O volume mínimo cobrado é de dez metros cúbicos por mês. Em 2003, as tarifas médias anuais que nós praticamos para o interior e o litoral pela prestação de serviços de água e esgoto, ficaram, respectivamente, 37% e 22% abaixo das tarifas praticadas na Região Metropolitana de São Paulo. Vide Seção “Regulamentação do Setor - Regulamentação de Tarifas” para informações adicionais acerca de nossas tarifas. Procedimentos de Cobrança O procedimento de cobrança e pagamento dos nossos serviços de água e esgoto é, basicamente, o mesmo para cada categoria de consumidor. O faturamento de água e esgoto baseia-se no uso da água, determinado por leituras mensais de hidrômetros. Os maiores consumidores, contudo, ficam sujeitos à leitura de seus hidrômetros a cada 15 dias, a fim de evitar perdas não–físicas, decorrentes de hidrômetros defeituosos. O faturamento de esgoto é incluído na conta de água e toma por base a leitura dos hidrômetros. Entregamos, em mãos, todas as contas de água e esgoto a nossos consumidores, principalmente por intermédio de contratadas autônomas que são também responsáveis pelas leituras dos hidrômetros. 102 O pagamento das contas de água e esgoto pode ser efetuado em alguns bancos e outros locais do Estado de São Paulo. Esses recursos são repassados à nós e taxas de serviço que variam de R$0,40 a R$1,19 por transação são devidas pela cobrança e remessa dos pagamentos. Os consumidores devem pagar suas contas de água e esgoto até a data de vencimento do pagamento, para evitar o pagamento de multa. Cobramos, em geral, multa e juros com relação aos pagamentos de contas em atraso. Contudo, não cobramos multa ou juros de consumidores governamentais. Em 2001, 2002, 2003 e durante o período de seis meses encerrado em 30 de junho de 2004, recebemos o pagamento de 91,5%, 94,5%, 90,9% e 94,88%%, respectivamente, do valor faturado a nossos consumidores varejistas e 96%, 94,6%, 93,8% e 94,95%%, respectivamente, do valor faturado aos consumidores que não as empresas públicas estatais, no prazo de 30 dias a contar da data de vencimento. A quase totalidade dos valores não pagos no prazo de 30 dias é devida por empresas públicas estatais. No que diz respeito a vendas por atacado, no semestre encerrado em 30 de junho de 2004, recebemos o pagamento de 55,5% do valor faturado no prazo de 30 dias. Na Região Metropolitana de São Paulo, monitoramos as leituras dos hidrômetros mediante o uso de microprocessadores portáteis. O sistema permite que o leitor do hidrômetro insira os níveis de medição que constam dos hidrômetros no computador e automaticamente imprima a conta para o consumidor. O micro-processador portátil monitora o consumo de água em cada local medido e elabora contas com base nas leituras efetivas dos hidrômetros. Terceirizamos este sistema de faturamento a empresas que empregam e treinam seus próprios leitores de hidrômetros, sendo o treinamento supervisionado pela Sabesp. Estamos atualmente implementando leitura de hidrômetros por computadores hand-held em alguns municípios que atendemos nos Sistemas Regionais. Pesquisa e Desenvolvimento Nossa política é de continuamente investir na modernização dos equipamentos e na tecnologia utilizada para identificar, avaliar e melhorar os serviços de saneamento básico por nós prestados, enquanto promovemos proteção do meio ambiente, mantemos nossa competitividade e lucratividade. Nossa atividade de pesquisa e desenvolvimento é dividida em comitês de acordo com a complexidade e estratégia. Temos gasto historicamente R$3,0 milhões por ano em pesquisa e desenvolvimento. Temos também feito parcerias com vários institutos de pesquisa. Consumo de Eletricidade O uso de energia elétrica é essencial às nossas operações e, em decorrência disto, somos um dos maiores consumidores de eletricidade do Estado de São Paulo. Utilizamos energia elétrica principalmente da Eletropaulo Metropolitana - Eletricidade de São Paulo S.A., Elektro Eletricidade e Serviços S.A., Bandeirante Energia S.A. e CPFL-Companhia Paulista de Força e Luz, nos termos de contratos de longo prazo. Cada uma dessas empresas foi privatizada pelo Estado de São Paulo. Até o momento, não enfrentamos quaisquer interrupções significativas no fornecimento de eletricidade. Qualquer interrupção significativa no fornecimento de energia elétrica poderia afetar adversamente nossos negócios, condição financeira, resultados operacionais ou perspectivas. Ademais, as flutuações na voltagem da eletricidade fornecida à nós causou no passado e, poderá causar no futuro, expressivos danos aos nossos sistemas de água e esgoto. Em maio de 2001, devido ao racionamento de energia elétrica, o governo brasileiro anunciou medidas destinadas a reduzir o consumo de eletricidade em valor médio de 20% em diversas regiões do Brasil, inclusive em áreas nas quais operamos. Contudo, empresas que prestam “serviços essenciais” como a nossa, que presta serviços de água e esgoto, não ficaram sujeitas a tais medidas, salvo com relação a seus prédios administrativos, que foram obrigados a reduzir o consumo de eletricidade em 35%. Em razão dos elevados índices pluviométricos, em março de 2002, o governo Brasileiro anunciou o fim das restrições ao consumo de energia elétrica. Programa de Investimentos Atualmente, nosso programa de investimentos destina-se a melhorar e expandir nossos sistemas de produção e distribuição de água e coleta e tratamento de esgoto e aumentar e proteger os recursos hídricos a fim de atender à crescente demanda por serviços de água e esgoto no Estado de São Paulo. Nosso programa de investimentos compreende três metas específicas para os municípios que atendemos: • continuar a atender à demanda máxima por água tratada; 103 • expandir a quantidade de residências conectadas ao nosso sistema de coleta de esgotos; • aumentar o tratamento do esgoto coletado; e • aumentar a eficiência operacional e reduzir perdas de água. De 1998 a 2003, nosso programa de investimentos totalizou R$4,2 bilhões, destinados principalmente ao desenvolvimento de nossa infra-estrutura e ao nosso programa para redução das perdas de água. Nosso orçamento prevê investimentos totais de aproximadamente R$4,3 bilhões durante o período que vai de 2004 a 2008. Gastamos aproximadamente R$300,0 milhões no nosso programa de investimentos no período de seis meses encerrado em 30 de junho de 2004. A tabela a seguir demonstra nosso programa de investimentos em serviços de água e esgoto nos anos indicados. Investimentos (em milhões de reais) 2006 2007 301,9 329,0 394,0 360,6 184,0 150,4 880,0 840,0 2004(2) 2005 2008 Total Água 276,9 290,2 358,5 1.556,7 Esgoto 375,6 387,5 359,8 1.877,3 Outros 230,5(1) 202,3 121,8 889,0 Total 883,0 880,0 840,0 4.323,0 (1) Investimentos aprovados referentes ao orçamento de 2004. (2) Incluem os valores orçados para investimentos na sede e em imóveis de nossos escritórios e R$126 milhões referentes à aquisição de São Bernardo do Campo. Nosso programa de investimentos para o período 2004 a 2008 continuará a visar ao atendimento de nossas metas, através de investimentos regulares na expansão de nossa infra-estrutura e na redução de perdas de água, em todos os 368 municípios nos quais atuamos. A seguir encontra-se descrição sumária de cada um dos principais projetos que integram o nosso programa de investimentos. Projeto Metropolitano de Água Na Região Metropolitana de São Paulo, a demanda por nossos serviços de produção e distribuição de água cresceu constantemente com o passar dos anos e excedeu algumas vezes a capacidade de nossos sistemas de produção e distribuição de água nessa região. Como resultado, antes de setembro de 1998, alguns de nossos consumidores nessas regiões receberam água somente em alguns dias da semana. Este sistema é denominado “rodízio”. A fim de sanar esta situação, implementamos o Projeto Metropolitano de Água para melhorar o fornecimento regular de água a toda a Região Metropolitana de São Paulo. Orçamos investimentos de aproximadamente R$620,0 milhões com relação a este projeto para o período de 2004 a 2008. Projeto Tietê O Rio Tietê corta a Região Metropolitana de São Paulo e recebe a maior parte do esgoto e água de drenagem da Região. O Projeto Tietê tem por objetivo reduzir a poluição do Rio Tietê mediante a instalação de linhas de coleta de esgoto ao longo das margens do Rio Tietê e de seus afluentes. Tais linhas coletam o esgoto bruto e o entregam às nossas estações de tratamento de esgotos. No que diz respeito à primeira fase do Projeto Tietê, concluímos, em junho de 1998, a construção de mais três estações de tratamento de esgoto, e investimos US$900,0 milhões, dos quais US$450,0 milhões foram financiados pelo BID e US$450,0 milhões foram providos por nós. No que diz respeito à primeira fase do Projeto Tietê, efetuamos investimentos no valor de US$900,0 milhões. Em 30 de junho de 2004, devíamos US$328,3 milhões ao BID por conta desse contrato de financiamento. Atualmente, efetuamos tratamento secundário de 60% do esgoto coletado na Região Metropolitana de São Paulo. As cinco principais estações de tratamento de esgoto da Região Metropolitana de São Paulo possuem capacidade instalada total de 18 metros cúbicos de esgoto por segundo e atualmente tratam um total de 10,3 metros cúbicos de esgoto por segundo. Atualmente, o esgoto bruto é entregue às nossas estações de tratamento secundário situadas ao longo do Rio Tietê e do Rio Tamanduateí antes do esgoto tratado ser lançado em tais rios. Planejamos construir linhas adicionais de coleta de esgoto para direcionar mais esgoto bruto a nossas estações de tratamento. 104 Atualmente estamos na segunda fase do Projeto Tietê para isso destinamos investimentos adicionais de aproximadamente US$400,0 milhões no período compreendido entre 2000 e 2005, sendo que US$200,0 milhões serão financiados pelo BID. Também celebramos um contrato de empréstimo e um contrato de repasse com o BNDES no valor de R$60,0 milhões e R$180,0 milhões, respectivamente, para financiar esta segunda fase. Até 30 de junho de 2004, já havíamos investido US$147,4 milhões nesta fase do Projeto Tietê. Programas de Investimento nos Sistemas Regionais Atualmente, contamos com uma série de projetos planejados em andamento para os Sistemas Regionais, incluindo projetos relacionados à captação de água e coleta e tratamento de esgoto. Investimos, aproximadamente, R$337,5 milhões, R$321,8 milhões, R$195,0 milhões e R$90,2 milhões em tais projetos em 2001, 2002, 2003 e durante o período de 6 meses encerrado em 30 de junho de 2004, respectivamente, e nosso orçamento prevê investimentos adicionais de aproximadamente R$1,2 bilhões no período compreendido entre 1º de julho de 2004 e 2008. No dia 6 de agosto de 2004 firmamos contrato de empréstimo com o JBIC para o financiamento de nosso Programa de Recuperação Ambiental da Região Metropolitana de Santos, que contém garantia da República Federativa do Brasil no total valor de R$588,0 milhões. As principais metas desse programa são a melhoria e expansão dos sistemas de água e esgoto nos municípios que compõem a Região Metropolitana de Santos. Concorrência Em geral, não enfrentamos qualquer concorrência nos municípios para os quais prestamos serviços de água e esgoto, e acreditamos ter um direito exclusivo de prestar tais serviços nesses municípios. Não atendemos, diretamente ou por atacado, 271 municípios do Estado de São Paulo que operam seus próprios sistemas de água e esgotos e que possuem, coletivamente, uma população de, aproximadamente, 11,9 milhões de habitantes, ou 30% da população do Estado. Ademais, empresas privadas prestam a três municípios serviços de água e esgoto nos termos das concessões de tais municípios. Nos termos da legislação brasileira vigente, qualquer município poderá revogar uma concessão a qualquer tempo antes da data de término contratual por qualquer “razão de ordem pública”, embora tenhamos o direito de continuar a prestar o serviço até que o município tenha efetuado todos os pagamentos de indenização devidos à nós. A revogação da concessão deve ser solicitada pelo prefeito e aprovada pela Câmara Municipal por meio de lei aprovada pela maioria dos vereadores. O município, por si ou por meio de outra concessionária, poderia, então, substituir a Sabesp e passaria a ser concorrente da Sabesp. A perda de concessões poderia causar efeito material adverso sobre nossos negócios, resultados operacionais, condição financeira ou perspectivas e sobre nossa posição competitiva no Estado de São Paulo, dependendo da área geográfica coberta e da população atendida. Embora acreditemos que, em geral, mantemos boas relações com os municípios atendidos e estejamos em processo de desenvolvimento de relações mais estreitas, não podemos garantir que tais relações continuarão a ser satisfatórias ou que os municípios não procurarão rescindir suas concessões à nós. Enfrentamos um nível limitado de concorrência no fornecimento de água a consumidores industriais. Diversos consumidores industriais de grande porte, localizados nos municípios atendidos por nós, utilizam seus próprios poços para se abastecer de água. Contudo, não enfrentamos qualquer concorrência nos serviços de coleta de esgoto que prestamos a consumidores industriais. Imobilizado Nossos principais imóveis consistem em reservatórios, estações de tratamento de água, redes de distribuição de água compostas de tubulações e adutoras de água, ligações de água e hidrômetros, estações de tratamento de esgotos e redes de coleta de esgoto compostas de linhas de coleta de esgotos e ligações de esgotos. Em 30 de junho de 2004, nós éramos proprietários de 192 estações de tratamento de água e de 57.976 quilômetros de tubulações e adutoras, bem como de 425 estações de tratamento de esgotos e de 35.692 quilômetros de linhas de esgotos, assim como 15 laboratórios de qualidade de água. Somos proprietários do prédio onde está localizada a nossa sede e de outros prédios administrativos principais. Hipotecamos alguns de nossos imóveis, incluindo nossa sede, e alguns de nossos outros prédios administrativos e reservatórios de armazenamento de água, em favor do Governo Federal no que se refere a certos contratos de financiamento de longo prazo que celebramos com o Banco Mundial e com o BID, garantidos pelo Governo Federal. 105 Em 30 de junho de 2004, o valor contábil líquido total do nosso imobilizado era de R$14.029,9 milhões. Todos os nossos imóveis relevantes estão localizados no Estado de São Paulo. Questões Ambientais Nossas operações de água e esgotos estão sujeitas a rígidas leis e regulamentos brasileiros federais, estaduais e municipais que dispõem sobre a proteção do meio ambiente conforme descrito na seção “Regulamentação do Setor” acima. No Estado de São Paulo, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – CETESB é responsável pelo controle da poluição nos termos da Lei Estadual nº 997, de 31 de maio de 1976. Em particular, a construção e operação de estações de tratamento de água e esgotos, bem como a disposição de efluentes e a disposição final do lodo gerado em decorrência do processo de tratamento da água e do esgoto, deverão dar cumprimento aos padrões ambientais estabelecidos pelas leis ambientais estaduais, notadamente pelo Decreto Estadual nº 8.468, de 8 de setembro de 1976, conforme posteriormente alterado. O descumprimento da legislação ambiental pode levar à imposição de penalidades no âmbito criminal e administrativo, em acréscimo à responsabilidade civil que pode advir em decorrência de indenização por danos ao meio ambiente. Nos termos da Lei Federal brasileira nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, as pessoas físicas (incluindo, mas sem limitação, os conselheiros, diretores e gerentes de pessoas jurídicas) estão sujeitas a prisão ou outras restrições de seus direitos pessoais em função de violação da legislação ambiental, e as pessoas jurídicas poderão ser penalizadas com multas, restrições de direitos, inclusive, entre outros, direitos de receber benefícios fiscais e de firmar contratos com instituições públicas, e prestação compulsória de serviços em benefício público. Na esfera administrativa, as penalidades variam de advertências e multas à suspensão parcial ou total das atividades sociais e poderão também incluir a perda ou restrição de incentivos fiscais e o cancelamento ou interrupção do acesso a linhas de crédito concedidas por bancos oficiais, bem como a proibição de contratação com entidades do setor público. Nosso procedimento para construção e operação de estações de água e esgotos compreende o cumprimento obrigatório das exigências ambientais previstas em lei. Primeiramente, com relação aos projetos que tenham impacto ambiental relevante, os estudos são elaborados por peritos externos que fazem recomendações das medidas destinadas a minimizar o impacto ambiental do projeto. O relatório de impacto ambiental é então apresentado às autoridades governamentais para análise e aprovação. Sendo aprovada a avaliação de impacto ambiental, o projeto passa por um processo de licenciamento com três etapas, que incluem as seguintes licenças: • licença prévia - para definir a exata localização e o escopo da obra; • licença de instalação - para o início da construção; e • licença de operação - para a operação da unidade. A fim de obter as licenças ambientais dos empreendimentos relevantes que tenham impacto ambiental significativo, os órgãos ambientais poderão impor à nós a obrigação de estabelecer uma área de preservação ambiental. A fim de cumprir tal obrigação, somos compelidos pela legislação ambiental a despender, no mínimo, 0,5% do custo total do empreendimento pertinente para esse fim. Também temos uma política de implementação de programas destinados a estimular a conservação da água a fim de minimizar o impacto ambiental de nossas operações correntes. No intuito melhor atender à legislação ambiental, desde 1995 contamos com uma divisão responsável pela elaboração de programas e estudos de impacto ambiental. Também é nossa política implantar programas de incentivo à redução do consumo de água, a fim de minimizar o impacto de nossas operações no fornecimento de água. Acreditamos estar em cumprimento com todas as leis e regulamentos ambientais relevantes aplicáveis à nossa atividade. Embora nossos custos de atendimento da legislação ambiental não tenham sido relevantes até o presente momento, acreditamos que tais custos aumentarão à medida que a capacidade de tratamento de água e esgotos forem acrescidas. O valor e época dos investimentos futuros exigidos para dar cumprimento à legislação ambiental, poderão aumentar substancialmente em relação aos montantes atuais. 106 Seguros Mantemos apólices de seguros contra, dentre outras coisas, incêndio e danos causados as nossas propriedades e de responsabilidade civil contra danos causados a terceiros. Atualmente, contratamos seguros por meio de licitações que contam com a participação das principais companhias seguradoras brasileiras e internacionais que atuam no Brasil. Em 30 de junho de 2004, tínhamos pago um valor total de R$6,8 milhões em prêmios, para uma cobertura de aproximadamente R$992,9 milhões. Não possuímos cobertura de seguro contra riscos de interrupção de atividades porque não acreditamos que os altos prêmios pagos para tal cobertura sejam justificáveis em função do baixo risco de grandes interrupções nos nossos serviços. Além disso, não possuímos cobertura de seguro de responsabilidade em decorrência de contaminação ou demais problemas que envolvam nosso fornecimento de água aos nossos clientes. Acreditamos que mantemos seguros em níveis usuais no Brasil para o ramo de negócios no qual atuamos. Pendências Judiciais Processos Trabalhistas Em outubro de 1989, o Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de São Paulo (SINTAEMA) ajuizou contra nós uma ação trabalhista, em nome dos nossos empregados, alegando violação de leis trabalhistas e dissídios coletivos quando houve interrupção nos pagamentos a 21.337 empregados em 1989. Tais pagamentos referiam-se a ajustes de salários segundo índices de inflação, que eram anteriormente concedidos por força de lei, mas que, em função da alteração da legislação pertinente, deixamos de aplicar. Em novembro de 1995, foi proferida decisão de 1a instância da Justiça do Trabalho favorável ao SINTAEMA, embora nunca tenha sido arbitrado o valor da indenização por perdas e danos devida por nós. Recorremos dessa decisão e em abril de 1997 o recurso foi julgado improcedente. Houve novo recurso ao Tribunal Superior do Trabalho, que proferiu decisão contrária à nossa posição. Entretanto, ajuizamos ação rescisória buscando a anulação da decisão do Tribunal Superior do Trabalho e obtivemos decisão favorável. O SINTAEMA recorreu da decisão e a decisão definitiva ainda será proferida pelo Supremo Tribunal. Em 9 de janeiro de 1990, o SINTAEMA ajuizou contra nós uma ação alegando que deixamos de pagar certos benefícios, pelo que estaríamos obrigados ao pagamento de multa ao SINTAEMA, nos termos de dissídio coletivo à época existente. Em 31 de julho de 1992, a Justiça do Trabalho proferiu decisão contrária à nossa posição, mas não arbitrou perdas e danos em favor do SINTAEMA na ocasião. Atualmente, estamos negociando junto ao SINTAEMA o valor a ser pago. Além disso, impetramos mandado de segurança que busca manifestação judicial no sentido de que a multa que nos foi imposta é excessiva, já que ultrapassa, em muito, o valor do principal. O pedido foi negado pelos tribunais e o processo atualmente aguarda decisão definitiva no Tribunal Superior do Trabalho - TST. Não podemos prever o valor que deverá ser pago ao SINTAEMA, mas não acreditamos que o resultado final dessa questão causará efeito material adverso sobre nossos negócios, resultados operacionais, condição financeira ou perspectivas. Somos réus em aproximadamente 2.079 processos trabalhistas e em uma ação civil pública ajuizada por parte e por conta de alguns de nossos empregados e ex-empregados, relativos a certos benefícios concedidos pela Lei n.º 4.819, de 26 de agosto de 1958. Aproximadamente 40 destes autores também pleiteiam os mesmos benefícios na justiça cível. Em todos os casos, alegamos que o Estado de São Paulo - e não nós - é responsável pelos pagamentos devidos aos autores. Alguns procedimentos trabalhistas e cíveis foram julgados em primeira instância, contudo, nenhuma decisão definitiva foi proferida em quaisquer dos procedimentos judiciais até a data deste Prospecto. A ação civil pública está em sua fase preliminar, mas a decisão proferida em primeira instância garantida pela Lei n.º 4.819, de 26 de agosto de 1958, que nos obriga a pagar os benefícios. Na data deste Prospecto, nós e o Estado de São Paulo não chegamos a um entendimento a respeito do valor do ressarcimento. A ação civil pública está agora aguardando decisão a respeito do julgamento do mérito. Somos parte, ainda, em um grande número de outras ações judiciais e processos administrativos que envolvem nossos atuais e antigos empregados. Não acreditamos que quaisquer responsabilidades relacionadas a tais ações judiciais ou processos administrativos causarão efeito material adverso sobre nosso negócio, resultados operacionais, condição financeira ou perspectivas. Em 30 de junho de 2004, provisionamos o valor total de R$23,8 milhões para cobrir eventual indenização decorrente de ações judiciais e processos administrativos envolvendo atuais e antigos empregados, incluindo a ação judicial descrita no parágrafo anterior, com base nos cálculos efetuados pelos nossos departamentos jurídico e de recursos humanos. 107 Processos Tributários Em 28 de maio de 1999, ajuizamos ação ordinária visando questionar a definição de receita introduzida por lei promulgada em 1998, que ampliou a base de cálculo do PASEP, e aumentou a alíquota da COFINS. Contudo, em julho de 2003, os valores devidos nos termos da ação e nos termos do REFIS (programa de recuperação de impostos) foram incluídos em outro programa designado PAES, um plano alternativo de pagamentos de impostos. De conformidade com o PAES, estamos pagando os valores objeto do acordo em 120 parcelas mensais, com início em julho de 2003. Em 30 de junho de 2004, o valor devido nos termos do programa PAES era de R$312,9 milhões. Em julho de 1999, ajuizamos ação para contestar a criação pelo Município de São Paulo de imposto sobre o uso de áreas públicas. O imposto incidiria sobre os dutos de água e esgoto e sobre outras instalações localizadas em áreas públicas. Com base em recomendação de nossos advogados internos, acreditamos que esse imposto municipal criado é ilegal por ter sido instituído por decreto municipal ao invés de lei municipal. Estamos contestando a criação desse imposto e de qualquer exigibilidade fiscal a ele correlata. Em 11 de maio de 2000, a 12ª Vara de Fazenda Pública do Estado de São Paulo proferiu decisão confirmando esse imposto municipal criado. Recorremos da decisão para o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Uma lei recentemente aprovada instituiu o imposto sobre o uso de áreas públicas na Cidade de São Paulo. Em abril de 2004, ajuizamos mandado de segurança com pedido de liminar pleiteando a suspensão da tributação pelo município. A liminar foi concedida em primeira instância e atualmente aguarda decisão sobre o mérito. Não podemos prever o crescimento potencial das despesas caso sejamos obrigados a pagar o referido imposto ou caso qualquer incidência futura desse imposto retroaja a 1999. Até a presente data, não estabelecemos provisão para qualquer despesa decorrente do novo imposto municipal. Impetramos mandado de segurança insurgindo-nos contra lei municipal da Cidade de São Paulo, promulgada em dezembro de 2002, que revogou a isenção de impostos municipais que nos beneficiava. Em decorrência da perda de isenção de impostos municipais, podemos ficar sujeitos a imposto sobre serviços cobrado à alíquota de 5% sobre as receitas brutas decorrentes de serviços de água e esgoto. O pedido liminar contra o Município de São Paulo foi deferido pela 11ª Vara da Fazenda Pública do Estado de São Paulo, tendo a liminar sido mantida após a apresentação de recurso pelo município de São Paulo. Com base em orientação de nossos advogados internos, entendemos que a revogação de isenção de impostos municipais não encontra guarida na Constituição Federal e que, de qualquer forma, os serviços de água e esgoto que prestamos não se enquadram na definição de serviços tributáveis. Pretendemos contestar a revogação e qualquer exigibilidade fiscal a ela correlata na máxima medida permitida por lei. Não provisionamos qualquer valor decorrente da perda da isenção de impostos municipais. Não podemos estimar, atualmente, o potencial aumento em nossas despesas, caso estejamos obrigados a pagar o referido imposto. Não podemos prever o desfecho de quaisquer de tais ações judiciais nem podemos assegurar que, na hipótese de decisão contrária, seremos capazes de repassar aos nossos clientes, mediante o aumento de tarifas, qualquer aumento das deduções das receitas brutas, despesas operacionais ou demais despesas. Processos de Desapropriação Somos parte de um número significativo de processos de desapropriação em decorrência da desapropriação ou uso, total ou parcial, de imóveis particulares para a instalação de adutoras de água, redes de coleta de esgotos e demais instalações. Nos termos da legislação brasileira, o Estado de São Paulo, ou o respectivo município, tem o direito de desapropriar bens particulares na medida exigida para a construção, desenvolvimento ou melhoria de partes dos sistemas de água e esgotos que operamos. Contudo, somos obrigados a indenizar os proprietários dos imóveis afetados com base na avaliação de seu valor de mercado. Embora geralmente as indenizações sejam feitas com base em acordos negociados, somos parte de muitos processos referentes a indenizações. Em 31 de dezembro de 2003, estimávamos que poderíamos ser condenados a efetuar pagamentos no valor total de R$189,0 milhões. Não acreditamos que os processos de desapropriação em andamento possam causar, isoladamente ou em conjunto, efeito material adverso sobre nossos negócios, resultados operacionais, condição financeira ou perspectivas. Outros Processos Judiciais Somos parte de uma série de ações judiciais propostas pelo município de Ferraz de Vasconcelos em 1997, visando o pagamento de multas no valor total de aproximadamente R$65,4 milhões, que se alega sejam devidas por nós a título de perdas e danos causados durante obras realizadas no Município. Várias dessas ações judiciais 108 já foram julgadas improcedentes pelos juízos de primeira instância, mas ainda estão sujeitas a recurso. Embora não sejamos capazes de prever o desfecho de tais ações judiciais, acreditamos que as mesmas não causarão efeito material adverso sobre nossos negócios, resultados operacionais, condição financeira ou perspectivas. Em 1997, o município de Santos começou um processo de expropriação para tomar nossos sistemas de água e esgoto na cidade. Em resposta, protocolamos uma ação com pedido de liminar contra a expropriação o que foi negado em primeira instância. A decisão apelada foi revertida pela justiça de segunda instância, suspendendo assim a expropriação. Em 2 de agosto de 2002, uma decisão com relação a essa matéria nos foi favorável na corte de primeira instância porém ainda sujeita a apelação. Desta forma, não há como ter certeza que a decisão final nos será favorável. Apesar da discussão judicial nós continuamos a prover os serviços de água e esgoto para o município de Santos. Com relação às discussões travadas com o município de Presidente Prudente, ajuizamos ação para assegurar nosso direito de manter a prestação dos serviços de água e esgoto no referido município até que se verifique a rescisão do contrato de concessão de forma legal, mediante o pagamento de indenização referente ao retorno ao município de Presidente Prudente dos sistemas de saneamento básico que operamos. Ainda não foi proferida decisão definitiva, mas o juízo de primeiro grau concedeu tutela antecipada em nosso favor. Ademais, somos parte de uma série de processos que têm contestado o nosso direito de cobrar tarifa pelos serviços prestados de coleta e tratamento de esgotos em oposição à cobrança de taxa fixa por tais serviços. Em todos esses processos, foram proferidas decisões favoráveis a nós. Não acreditamos que o desfecho de tais processos causará efeito material adverso sobre os seus negócios, resultados operacionais, condição financeira ou perspectivas. Somos parte de ações civis públicas ajuizadas por municípios que pleiteiam a cessação da cobrança de taxas atinentes a serviços de coleta e tratamento de esgotos, alegando que não tratamos os esgotos em tais municípios. Ademais, há diversas ações nas quais os autores alegam que teríamos deixado de efetuar certos investimentos em sistemas de tratamento de esgoto conforme previsto nos respectivos contratos de concessão. Embora não sejamos capazes de prever o desfecho de tais processos, acreditamos que os mesmos não causarão efeito material adverso sobre nossos negócios, resultados operacionais, condição financeira ou perspectivas. Algumas construtoras ajuizaram contra nós processos alegando pagamento a menor de ajustes de correção monetária. Com base em recomendação de nossos advogados internos, e em função de novas pretensões surgidas em 2002, a provisão referente a tais pretensões foi aumentada para R$157,8 milhões, em 2003, e para R$179,7 milhões durante o período de seis meses encerrado em 30 de junho de 2004, a fim de atender a prováveis prejuízos decorrentes de decisões desfavoráveis proferidas em tais processos. Aproximadamente 790 processos judiciais foram ajuizados por clientes comerciais que pleiteiam que suas tarifas deveriam ser iguais às de outra categoria de consumidores e, conseqüentemente, buscando a devolução da diferença entre tais tarifas e as cobradas por nós. Obtivemos decisões definitivas tanto favoráveis como desfavoráveis em tais processos e, em 30 de junho de 2004, tínhamos provisionado o valor de R$191,6 milhões com relação a tais processos. Não podemos prever, contudo, os valores que seremos obrigados a pagar a tais consumidores caso seus pedidos sejam julgados procedentes, nem assegurar que novos processos não serão ajuizados por outros consumidores com reivindicações similares. Contudo, não acreditamos que os resultados finais de tais questões causarão, individualmente ou em conjunto, efeito material adverso sobre nossos negócios, resultados operacionais, condição financeira ou perspectivas. A Associação de Bares e Restaurantes Diferenciados - ABRED ajuizou vários processos para contestar a multa de 10% que cobramos sobre pagamentos em mora de serviços de água e esgoto. Em alguns desses casos, os juízos de primeira instância indeferiram tais pedidos alegando a falta de legitimidade da parte autora para ajuizamento do processo. Não obstante tais processos judiciais, reduzimos para 2% a multa cobrada sobre pagamentos em mora a todos os nossos consumidores. Embora não sejamos capazes de prever o desfecho de tais processos, acreditamos que os mesmos não causarão efeito material adverso sobre nossos negócios, resultados operacionais, condição financeira ou perspectivas. O Ministério Público do Estado de São Paulo ajuizou uma ação civil pública objetivando a reparação de danos causados em razão do despejo de lodo proveniente de nossas instalações de tratamento de água em águas correntes, bem como requerendo a interrupção desse despejo. Foi concedida liminar determinando que interrompêssemos o despejo de lodo e impondo uma multa diária no valor de R$50.000,00, caso não cumpramos com o disposto na referida liminar; contudo, tal liminar foi cassada. O juízo de primeira instância proferiu 109 sentença que nos foi favorável, tendo a decisão sido objeto de apelação. Não podemos avaliar, atualmente, a extensão ou os valores envolvidos com relação ao cumprimento de eventuais medidas que possamos ser obrigados a adotar em virtude de decisão judicial proferida nesse processo. Em 29 de outubro de 2003, o Ministério Público do Estado de São Paulo propôs uma ação civil pública (distribuída para a 12ª Vara de Fazenda Pública) na qual alega que a transferência da propriedade dos reservatórios do Sistema do Alto Tietê, do Departamento Estadual de Água e Energia para nós, seria ilegal. Foi concedida uma liminar em favor do Ministério Público do Estado de São Paulo de modo a suspender a transferência dos referidos reservatórios. Todavia, esta liminar foi posteriormente cassada. Em outubro de 2004, o juiz de primeira instância proferiu decisão favorável ao Ministério Público do Estado de São Paulo, a qual acreditamos referir-se apenas à ilegalidade da transferência dos reservatórios. Nós e o Estado de São Paulo pretendemos recorrer de tal decisão. Em nosso recurso também planejamos pleitear a suspensão dos efeitos da decisão obtida em primeira instância até que uma decisão final seja prolatada pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Não podemos prever se teremos sucesso na referida apelação. Não obstante, acreditamos que, na eventualidade da decisão desfavorável obtida em primeira instância ser mantida ao final do processo, nossos negócios ou nossa condição financeira não serão afetados de forma relevante. Foi ajuizada ação civil pública pelo Conselho Coordenador das Entidades Civis de Piracicaba contra nós, que discute os limites de captação de água do rio Piracicaba e a operação do sistema de distribuição de água Cantareira. O autor requer, entre outras coisas, a concessão de medida proibitória restringindo o volume de água que captamos, a redução do limite de captação do rio Piracicaba e o pagamento de perdas e danos às cidades ribeirinhas visando cobrir os danos ambientais diretos e indiretos ocasionados pela instalação e operação do sistema de distribuição de água Cantareira. Contestamos a ação em janeiro de 2004, alegando a falta de legitimidade do autor para ajuizar a ação e que alguns dos pedidos são incompatíveis e/ou impossíveis. Esclarecemos, ademais, que o limite de captação de água foi devidamente autorizado por lei e pela agência governamental competente, e que o autor não provou nem especificou os danos. A ação ainda não foi apreciada, aguardando atualmente sentença do juízo de primeira instância. Em 11 de abril de 2003, firmamos acordo com a Procuradoria Geral do Trabalho designado Termo de Ajustamento de Conduta, ou TAC. Nos termos desse acordo especial, comprometemo-nos a assegurar que nenhuma obra de construção seja executada por nossa conta ou por terceiros utilizando empregados não registrados ou sem observância das exigências legais de segurança do trabalho. O acordo prevê multa diária de R$1.000,00 para o descumprimento dessa obrigação. A multa será aplicada com relação a cada trabalhador que esteja em condições irregulares ou cada cláusula em inadimplemento, conforme o caso. O acordo é exeqüível pelas cortes trabalhistas e tem prazo de validade indeterminado. Em dezembro de 1996, iniciamos procedimentos legais para cobrar o pagamento de valores devidos por Diadema. O juiz de primeira instância proferiu decisão contrária a nós, da qual apelamos em Novembro de 2000. Até abril de 2004 a apelação ainda não havia sido decidida. Este medida foi seguida por diversos outros procedimentos legais correlatos, que estão atualmente pendentes de decisão. Celebramos um acordo judicial com Mauá quando a concessão foi encerrada, por meio do qual Mauá concordou em pagar os valores devidos à nós referentes à reversão dos sistemas de água e esgoto. Todavia, até a presente data, Mauá ainda não nos realizou o pagamento de qualquer valor devido por força do acordo judicial. Iniciamos os procedimentos de cobrança em Dezembro de 1996 contra Mauá e, até a data do presente Prospecto, nenhuma decisão de primeira instância havia sido proferida. Diadema e Mauá atualmente operam seus próprios sistemas de água e esgoto, e fornecemos água para tais municípios em bases atacadistas. Em 30 de junho de 2004, tanto Diadema quanto Mauá tinham pagamentos atrasados de valores que nos eram devidos pela água que lhes vendemos em bases atacadistas antes de 1997, bem como por uma parcela da água vendida a partir de 1997. O Ministério Público ajuizou, no dia 25 de março de 2004, uma ação civil pública contra a Prefeitura do Município de Itapira, o Prefeito de Itapira, a Câmara Municipal de Itapira e a Sabesp, visando obter declaração de inconstitucionalidade da Lei Municipal n.º 3.593/04 e do contrato de concessão que firmamos com o Município de Itapira. Foi concedida liminar, mas seus efeitos foram suspensos pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Em 30 de junho de 2004, a ação civil pública estava pendente de decisão. 110 Em 10 de outubro de 2003, o Município de Monte Mor ajuizou contra nós ação de obrigação de fazer, objetivando a emissão e entrega de ações em pagamento da concessão para prestação de serviços de saneamento básico outorgada pelo autor à ré. A ação foi julgada extinta, sem apreciação do mérito, mas não houve trânsito em julgado da sentença. Somos parte de um número relevante de outros processos judiciais, além das ações judiciais e procedimentos administrativos acima referidos, no curso normal de nossos negócios. Tais processos judiciais incluem casos de lesão corporal e danos materiais, processos ambientais e uma série de outras matérias. Não constituímos provisões com relação a esses outros processos judiciais e não acreditamos que tais ações judiciais causarão, isoladamente ou em conjunto, efeito material adverso sobre nossos negócios, resultados operacionais, condição financeira ou perspectivas. Informações sobre Propriedade Industrial e Intelectual Marcas Somos titulares do registro da marca figurativa e mista “SABESP” junto ao INPI, tendo solicitado ao referido órgão, ainda, o registro das marcas “ÁGUA - VIDA - CONFORTO – SAÚDE”, “SABESFÉRTIL”, “PURA – PROGRAMA DE USO RACIONAL DA ÁGUA” e “HORA H – SABESP”, que ainda se encontram pendentes de registro. Patentes Possuímos registrada junto ao INPI a patente de um medidor de pressão diferencial com leitura digital, tendo solicitado, também, o registro da patente de um sistema de acionamento motorizado para correção automática de dosagem de produtos em dosadores convencionais por gravidade. Temos ainda outros processos em andamento junto ao referido órgão público. Software Empregamos sistemas de software no gerenciamento de nossas atividades, e adquirimos regularmente as licenças para instalação e uso destes sistemas em nossos computadores. Desenvolvemos determinados programas de computador para gerenciamento e controle das estações de tratamento de água e esgoto, bem como para gestão de serviços de terceiros, denominados AQUALOG, SGL e Cotação Eletrônica de Preços. Tais programas foram devidamente registrados junto ao INPI e à Associação Brasileira das Empresas de Software. O AQUALOG é o único software nacional para controle total de estações de tratamento de água com inteligência artificial e o SGL é um sistema de cotação eletrônica de preços que nos permite visualizar e controlar todos os processos de licitação e compras em tempo real. A Cotação Eletrônica de Preços foi implantada por nós em abril de 2000, e é utilizada para compras de materiais e equipamentos no valor de até R$16 mil. Contratos Relevantes Dentre os principais contratos mercantis celebrados por nós destacam-se os abaixo relacionados: Contratos de Concessão Os direitos à exploração de serviços relativos à distribuição de água e coleta de esgoto no território de diversos municípios do Estado de São Paulo nos foram outorgados por meio de contratos de concessão de serviço público celebrados com os municípios, na qualidade de Poder Concedente. Em geral, o prazo dos Contratos de Concessão é de até 30 anos, contados a partir da data de assinatura, sendo que a maioria deles contém cláusula de renovação automática por igual período, caso não haja manifestação em contrário das partes até 6 meses antes do vencimento do contrato. Prestamos serviços de água e esgoto em 325 municípios por meio de concessões. 273 dessas concessões expirarão entre 2004 e 2010 (sendo 1 em 2004, 16 em 2005, 127 em 2006, 29 em 2007, 22 em 2208, 32 em 2009 e 46 em 2010); e o restante, entre 2011 e 2034. 111 De acordo com os Contratos de Concessão, assumimos toda a responsabilidade pelo fornecimento de serviços de água e esgoto dos municípios onde atuamos, podendo determinar e cobrar as tarifas pelos nossos serviços sem autorização prévia de tais municípios. Nos termos dos Contratos de Concessão, somos isentos do pagamento dos tributos municipais, tendo assegurada servidão pública para acesso a propriedades municipais para instalação de canalizações e adutoras de água e dutos de esgoto. A estipulação do valor da concessão a ser pago por nós é efetuada pelo método do fluxo de caixa descontado gerado pelo negócio no prazo da concessão. Este valor é pago em dinheiro ou com ações de nossa emissão pelo seu valor de mercado, ou ainda, uma combinação dos dois. Ao término da concessão, ou em caso de sua extinção por qualquer motivo, mediante a transferência ao Poder Concedente dos ativos que compõem o sistema de água e esgoto, prevalecem as regras da Lei Federal de Concessões que estabelecem a indenização mediante pagamento prévio pelo Poder Concedente das parcelas dos investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados. Em novembro de 1999, firmamos contrato de concessão com o Município de Osasco, na Região Metropolitana de São Paulo, o qual possui cerca de 0,7 milhão de habitantes. O Município tinha uma grande dívida conosco relativamente a compra de água por atacado. A negociação com o Município resultou em um encontro de contas entre o valor do negócio, avaliado pelo fluxo de caixa descontado, que deveria ser pago por nós, de cerca de R$230,0 milhões, e a dívida acumulada do Município que, na época, eqüivalia a aproximadamente R$170,0 milhões. Com a assinatura do contrato a dívida do Município foi eliminada, além de significar a incorporação de um mercado importante para nós. Contratos de Fornecimento de Energia Elétrica Somos um dos maiores consumidores de energia elétrica do Estado de São Paulo, que é um produto essencial para a manutenção das nossas operações. Celebramos diversos contratos de fornecimento de energia elétrica com a Eletropaulo Metropolitana S.A., a Empresa Bandeirante de Energia S.A. e a Elektro S.A., ficando essas companhias com o compromisso de nos fornecer energia elétrica para a atividade de serviços públicos de saneamento básico. A demanda anual de energia elétrica é da ordem de 2,04 milhões de MWh, o consumo médio mensal é de 0,17 milhões de MWh e o valor total gasto em energia elétrica no ano de 2003 foi R$322,9 milhões. Contratos de Prestação de Serviços Diversos Possuímos outros contratos relacionados a aluguel e manutenção de equipamentos de informática e com prestadores de serviços diversos, tais como fornecimento de vales-refeição, publicidade, vigilância e serviços de cobrança. Os principais contratos celebrados com tais prestadores de serviços são: (i) contratos com a VR Vales Ltda., para fornecimento de vales-refeição para os nossos funcionários, no valor de R$143,0 milhões pelo período de dois anos; (ii) contratos para recuperação de créditos vencidos por meio de ações de cobrança administrativa, suspensão do abastecimento e religação com o Consórcio Etesco/Emsa/Gesa/H.Guedes, a Tecdata Serviços Ltda., o Consórcio Nova Água Sempre e o Consórcio Pactos, no valor total de R$103,0 milhões pelo prazo de 1.200 dias; (iii) contrato de prestação de serviços publicitários com a Giovanni, FCB S.A., no valor total de R$50,0 milhões, pelo prazo de 720 dias; (iv) contratos de segurança patrimonial com o Consórcio MDM, Consórcio Gocil/Fit/Dettecta e Consórcio Sigma/Nacional/Interativa, no valor total de R$47,0 milhões, por 30 meses; e (v) contratos de prestação de serviços e de locação de equipamentos de informática com a Unisys Brasil Ltda., no valor total de R$37,6 milhões. Contratos Financeiros Em junho de 1987, celebramos o Contrato de Empréstimo n.º 229 com o BID, no valor total de US$163,0 milhões, para a execução do programa de esgotos na Região Metropolitana de São Paulo. O período de amortização do contrato teve início em dezembro de 1992, com prestações semestrais e vencimento final em julho de 2007. O contrato, com taxa de juros semestrais de 7,7% a.a., conta com garantia fidejussória da União Federal. 112 Em dezembro de 1992, celebramos o Contrato de Empréstimo n.º 713 com o BID, no valor total de US$400,0 milhões, para a execução da primeira etapa do programa de despoluição do Rio Tietê, cuja taxa de juros varia conforme o custo de captação de recursos através de empréstimos tomados pelo BID, em bases semestrais. O valor do empréstimo será amortizado em prestações semestrais que tiveram início em junho de 1999 e terão vencimento final em dezembro de 2017. Ainda em dezembro de 1992, foi celebrado um contrato entre a União Federal e o BID, assegurando a provisão de recursos para cumprimento das obrigações do referido contrato. Em dezembro de 1992, celebramos o Contrato de Empréstimo n.º 896 com o BID, com garantia da União Federal, no valor total de US$50,0 milhões, também para a execução da primeira etapa do programa de despoluição do Rio Tietê, com taxa de juros semestrais de 3% a.a.. O valor do empréstimo será amortizado em prestações semestrais que tiveram início em junho de 1999 e terão vencimento final em dezembro de 2017. Em março de 1993, celebramos contrato de repasse com o Estado de São Paulo, no valor total de US$42,5 milhões, visando a transferência de recursos do contrato firmado entre o Estado de São Paulo e o Banco Mundial em dezembro de 1992, Contrato de Empréstimo n.º 3.504, para abertura de linha de crédito de financiamento destinado à execução do programa de saneamento ambiental da Bacia do Guarapiranga. O contrato prevê taxa de juros de 0,5% acima do custo médio dos saques qualificados no semestre anterior ao do período de incidência, e os recursos serão amortizados em parcelas semestrais que tiveram início em outubro de 1997 e terminarão em abril de 2007. Em 30 de junho de 2004, o saldo total dos valores devidos ao Banco Mundial era de US$13,3 milhões, equivalentes, de acordo com a cotação da moeda norte-americana naquela data, a R$41,4 milhões. Em março de 1994, refinanciamos os contratos com a Caixa Econômica Federal firmados até tal data, a qual cedeu seus direitos de crédito contra nós à União. Nos termos do contrato firmado com a União, os encargos e pagamentos são realizados pelo sistema Price (mensal), atualizados pela variação da UPR (equivalente à TR), acrescidos de juros à taxa de 8,5% a.a., com vencimento final em 2014. A garantia para este financiamento é dada pelo Estado de São Paulo por meio de caução de suas receitas e de nossas receitas. Em 30 de junho de 2004, o saldo devedor total deste refinanciamento era de R$2.391,5 milhões. Ao longo de 1996, 1997 e 1998 foram firmados diversos contratos de empréstimo com a Caixa Econômica Federal no âmbito do Programa Pró-Saneamento. Esses empréstimos podem ser divididos em dois grandes grupos: (a) Modalidade Água e Esgoto e (b) Modalidade Pró-Sanear. Os contratos do primeiro grupo visam o financiamento da ampliação e melhorias no sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário envolvendo diversos municípios do Estado de São Paulo, inclusive a Capital, com prazo de amortização de 120 a 180 meses. A garantia para estes contratos é a arrecadação das tarifas dos serviços de água e esgotos, até o valor total da dívida. Os encargos financeiros cobrados incluem juros que variam de 6,5% a 9,5% a.a.. Durante o período de carência, são cobradas taxas de risco de 1% sobre os valores desembolsados nos contratos celebrados em 1996 e 1997 e de 0,6% sobre o saldo devedor para os contratos assinados em 1998 e taxas de administração de 0,12% a.m. sobre o valor do contrato ou 2% a.a. sobre o valor desembolsado. Iniciada a amortização, as taxas de administração passam a ser de 1% a.a. sobre o saldo devedor. Já os contratos do segundo grupo visam o financiamento de melhorias dos serviços de água e esgotos, com participação comunitária, nos municípios da Região Metropolitana de São Paulo, com prazo de amortização de 180 meses. Esses contratos também são garantidos pela arrecadação das tarifas dos serviços de água e esgoto. Os encargos financeiros incidentes incluem juros de 5% a.a., taxa de risco de 1% sobre o valor desembolsado na fase de carência e taxas de administração de 2% a.a. sobre o saldo devedor na fase de carência e 1% a.a. após o início da amortização. Em 30 de junho de 2004, o saldo devedor total destes empréstimos era de R$509,7 milhões. Na mesma data, o montante de recursos disponíveis e ainda não utilizados por nós totalizava R$22,1 milhões. Em julho de 1997, emitimos Notes no mercado internacional, no valor total de US$275,0 milhões. Os juros incidem sobre as Notes à taxa de 10% a.a., sendo pagáveis semestralmente, a partir de janeiro de 1998. O vencimento das Notes é em julho de 2005. Em 30 de junho de 2004, o saldo devedor total relativo a esta emissão era de US$275,0milhões, equivalentes, de acordo com a cotação da moeda norte-americana na mesma data, a R$854,6 milhões. Em junho de 2000, emitimos Notes no mercado internacional, no valor total equivalente a US$200,0 milhões. Os juros incidem sobre as Notes, à taxa de 12% a.a., sendo devidos semestralmente, a partir de 15 de janeiro de 2001. A data de vencimento das Notes foi 15 de julho de 2003, ocasião em que o saldo devedor total dessa emissão foi pago. 113 Em julho de 2000, celebramos o Contrato de Empréstimo n.º 1212 com o BID, para a execução da segunda etapa do programa de despoluição do Rio Tietê. O custo total do projeto é de US$400,0 milhões, sendo que o montante de US$200,0 milhões será financiado pelo BID e os recursos adicionais de US$200,0 milhões serão investidos por nós. A taxa de juros aplicável varia conforme o custo de captação de recursos através de empréstimos tomados pelo BID, sendo que os juros estão sendo pagos desde janeiro de 2001. A amortização do valor principal ocorrerá em prestações semestrais, a partir de janeiro de 2006, com término em julho de 2025. Em 30 de junho de 2004, o saldo devedor total relativo aos contratos de n.º 229, 713, 896 e 1212 celebrados com o BID era de US$447,2 milhões, equivalentes, de acordo com a cotação da moeda norte-americana na mesma data, a R$1.389,7 milhões. Em outubro de 2000, contratamos empréstimo em moeda estrangeira no valor de US$100,0 milhões, com o Deutsche Bank Luxembourg S.A, tendo o Deutsche Trust Bank Limited como agente pagador e o Brazilian American Merchant Bank como coordenador, com a finalidade de refinanciamento das nossas obrigações financeiras, com taxa de juros anuais de 11,13%, a ser pago em 10 parcelas semestrais com vencimento final em outubro de 2005. Em 30 de junho de 2004, o saldo devedor total relativo a este empréstimo era de US$30,0 milhões, equivalentes a R$93,2 milhões. Em agosto de 2002, contratamos com o BNDES e outros quatro bancos privados, financiamento no valor de R$240,0 milhões, destinados a parte da contrapartida nacional para a segunda fase do programa de despoluição do Rio Tietê, tendo sido esse o primeiro contrato do Programa de Financiamento no valor total de US$400,0 milhões. Os juros do contrato são calculados de acordo com a variação da TJLP, limitado a 6% ao ano, acrescidos de spread de 3%. Em março de 2001, realizamos a 4ª emissão de debêntures, para subscrição pública, composta por 30.000 debêntures simples, da forma nominativa, do tipo escritural, da espécie sem garantia, em série única, com valor unitário de R$10.000,00, totalizando R$300,0 milhões, com data de emissão em 1º de abril de 2001. As debêntures da 4ª emissão são remuneradas com base na Taxa DI, acrescida de spread de 1,2% a.a., sendo os juros devidos trimestralmente. Em 30 de junho de 2004, o saldo devedor das debêntures da 4ª emissão totalizava R$250,0 milhões. Em abril de 2002, realizamos a 5ª emissão de debêntures, para subscrição pública, composta por 40.000 debêntures simples, da forma nominativa, do tipo escritural, da espécie sem garantia nem preferência, em duas séries, com valor unitário de R$10.000,00, totalizando R$400,0 milhões, com data de emissão em 1º de abril de 2002. As debêntures da 5ª emissão são remuneradas com base na Taxa DI, acrescida de spread, e com base no IGPM, conforme a série, sendo os juros devidos trimestralmente, para as debêntures da 1ª série, e anualmente, para as debêntures da 2ª série. Em 30 de junho de 2004, o saldo devedor das debêntures da 5ª emissão totalizava R$438,5 milhões. Em junho de 2003, emitimos Notes no mercado internacional, no valor total de US$225,0 milhões. Os juros incidem sobre as Notes à taxa de 12% a.a., sendo pagáveis semestralmente, a partir de dezembro de 2003. O vencimento das Notes é em junho de 2008. Em 30 de junho de 2004, o saldo devedor total relativo a essa emissão era de US$225,0 milhões, equivalentes, de acordo com a cotação da moeda norte-americana na mesma data, a R$699,2 milhões. Em 17 de junho de 2004, o nosso Conselho de Administração autorizou a emissão de 40 notas promissórias, no valor total de R$200,0 milhões, com valor nominal unitário de R$5,0 milhões e com vencimento de 180 dias da data da subscrição. As notas promissórias fazem jus a juros remuneratórios, a partir da data de emissão, incidentes sobre o valor nominal unitário e estabelecidos com base em 105% da Taxa DI, calculados pro rata temporis até a data de pagamento das notas promissórias. Em 16 de julho de 2004, foram emitidas 26 Notas Promissórias, totalizando R$130 milhões, as quais foram resgatadas antecipadamente em 22 de setembro de 2004. Em 6 de agosto de 2004, celebramos um Contrato de Financiamento com o JBIC, com garantia fidejussória da União, no valor de 21.320 milhões de ienes, equivalentes a aproximadamente R$588,0 milhões, destinado ao Programa de Recuperação Ambiental da Região Metropolitana da Baixada Santista, empreendimento no valor de 39.221 milhões de ienes, equivalentes a cerca de R$1.081,0 milhões. Adicionalmente ao valor obtido através do empréstimo do JBIC, investiremos o valor de 17.901 milhões de ienes, equivalentes a aproximadamente R$493,0 milhões. O prazo total do financiamento é de 25 anos, sendo 18 anos de amortização e 7 anos de carência de principal. Os juros são devidos semestralmente, à taxa de 2,5% a.a., sobre recursos destinados à rede de esgoto e 1,8% a.a. sobre recursos destinados às instalações de tratamento de esgotos. 114 Em 17 de setembro de 2004 obtivemos o registro de Programa de Distribuição de Valores Mobiliários perante a CVM, com vigência por 2 anos, através do qual teremos a faculdade de ofertar ao público, durante o prazo de vigência do Programa (i) debêntures simples, nominativas e escriturais, e/ou (ii) notas promissórias, limitadas ao montante de R$1,5 bilhão. No âmbito do Programa, também obtivemos junto à CVM, na mesma data, o registro para emissão de debêntures simples, da forma nominativa, do tipo escritural, da espécie quirografária (6ª emissão), para subscrição pública, no valor total de R$600 milhões, com data de emissão de 1º de setembro de 2004. As debêntures da 1ª série serão remuneradas com base na Taxa DI acrescida de spread de 1,75% ao ano, com pagamento semestral em março e setembro de cada ano, e terão prazo de três anos. As debêntures da 2ª e 3ª séries serão remuneradas com base no IGPM acrescido de juros de 11% a.a., a serem pagos anualmente, e terão prazos de cinco e seis anos, respectivamente. A quantidade de debêntures de cada série, bem com a sua remuneração, serão definidas através de procedimento de coleta de intenções de investimento (bookbuilding), a ser realizado antes da sua emissão. Política de Proteção contra Variações Cambiais Não contamos com mecanismos de proteção contra variação cambial (hedge), por entender que o custo de se fazer essas operações é excessivo e também porque o nosso perfil de endividamento é de longo prazo, o que encareceria ainda mais a contratação de tais mecanismos pela inexistência de oferta de hedge para esse tipo de endividamento. Contamos apenas com a antecipação das liquidações de câmbio em até 60 dias da data do vencimento dos compromissos financeiros em moeda estrangeira, conforme disposto na Circular BACEN n.º 2.926, de 8 de setembro de 1999. 115 ADMINISTRAÇÃO De acordo com nosso Estatuto Social e com a Lei das Sociedades por Ações, somos administrados por um Conselho de Administração composto atualmente por oito conselheiros e por uma Diretoria composta por seis diretores. O Estado de São Paulo, como nosso acionista majoritário, tem poderes para eleger a maioria dos membros de nosso Conselho de Administração e, portanto, controlar a orientação e futuras operações da Sabesp. Quando da eleição de um novo Governador e de qualquer conseqüente mudança na administração do Estado de São Paulo, todos ou alguns dos membros do Conselho de Administração, incluindo o Presidente, poderão ser substituídos por pessoas indicadas pela nova administração. O nosso Conselho de Administração poderá, por sua vez, substituir alguns ou todos os diretores. Conselho de Administração Nosso Estatuto Social prevê que nosso Conselho de Administração terá no mínimo cinco e no máximo dez membros. Os membros do Conselho de Administração são eleitos por meio de assembléia geral de acionistas, para mandato unificado de um ano, sendo permitida a reeleição. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, cada membro do Conselho de Administração deve ser acionista da Sabesp e, de acordo com nosso Estatuto Social, deve ser residente no Brasil. Em conformidade com nosso Estatuto Social, nossos empregados têm a opção de eleger um membro do nosso Conselho de Administração, devendo esse conselheiro ser um empregado há mais de dois anos de tempo de serviço na Sabesp. Atualmente, não há em nosso Conselho de Administração nenhum conselheiro nomeado por nossos empregados. Ademais, de acordo com a Lei das Sociedades por Ações, no mínimo um membro do Conselho de Administração de sociedades de economia mista, tais como nós, deve ser nomeado por seus acionistas minoritários. Os atuais membros do nosso Conselho de Administração foram eleitos na assembléia geral ordinária realizada em 30 de abril de 2004. O mandato dos conselheiros terminará com a eleição dos novos conselheiros na Assembléia Geral Ordinária a ser realizada em abril de 2005. Nosso Conselho de Administração reúne-se, ordinariamente, duas vezes por mês, ou quando convocado pela maioria dos conselheiros ou pelo Presidente. Suas atribuições incluem o estabelecimento de políticas e orientação genérica de nossos negócios, assim como a nomeação e supervisão de nossos diretores. Os atuais membros do nosso Conselho de Administração e seus respectivos cargos são os seguintes: Conselheiro Mauro Guilherme Jardim Arce ................................................................................................... Fernando Carvalho Braga ........................................................................................................... Alexander Bialer ......................................................................................................................... Andrea Sandro Calabi ................................................................................................................. Daniel Sonder.............................................................................................................................. Fernando Maida Dall’Acqua....................................................................................................... Gustavo de Sá e Silva ................................................................................................................. Maria Helena Guimarães de Castro ............................................................................................ Cargo Presidente Vice-Presidente Conselheiro Conselheiro Conselheiro Conselheiro Conselheiro Conselheira Diretoria Nossa Diretoria é composta por seis diretores nomeados pelo nosso Conselho de Administração para mandato de dois anos, sendo permitida a reeleição. Os diretores são responsáveis por todas as matérias referentes à administração cotidiana e operações da Sabesp. As reuniões da Diretoria são realizadas semanalmente, no caso de reuniões ordinárias, ou quando convocadas pelo Diretor Presidente, no caso de reuniões especiais ou extraordinárias. Os membros da Diretoria possuem atribuições individuais estabelecidas por nosso Conselho de Administração e por nosso Estatuto Social. O mandato de todos os atuais membros da Diretoria expirará. 116 Os atuais membros da nossa Diretoria e seus respectivos cargos são os seguintes: Diretor Dalmo do Valle Nogueira Filho .......................................................... Reinaldo José Rodriguez de Campos .................................................. Rui de Britto Álvares Affonso ............................................................ Paulo Massato Yoshimoto................................................................... Enéas Oliveira de Siqueira .................................................................. José Everaldo Vanzo ........................................................................... Cargo Diretor Presidente Diretor de Gestão Corporativa Diretor Econômico-Financeiro e de Relações com Investidores Diretor Metropolitano Diretor de Sistemas Regionais Diretor de Tecnologia e Planejamento Dados Biográficos Constam abaixo dados biográficos básicos, incluindo a idade de cada um dos membros do Conselho de Administração e da Diretoria da Sabesp. Mauro Guilherme Jardim Arce (63). É Presidente do Conselho de Administração desde janeiro de 2002. O Sr. Arce é Secretário da Secretaria de Recursos Hídricos desde janeiro de 2002 e, desde fevereiro de 1999, é Secretário de Energia Elétrica do Estado de São Paulo. Essas duas Secretarias foram fundidas em março de 2003 e o Sr. Arce é atualmente o Secretário da Secretaria de Energia. O Sr. Arce foi Diretor Presidente da Sabesp de novembro de 2002 a maio de 2003. É graduado em engenharia elétrica pela Universidade Mackenzie e também estudou os sistemas de engenharia elétrica na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. É pós-graduado em engenharia de energia elétrica pelo Rensselaer Polytechnic Institute de Troy, Nova Iorque. De janeiro de 1995 a fevereiro de 1998, o Sr. Arce foi Diretor de Geração e Transmissão de Energia da Companhia Energética de São Paulo – CESP. Foi Secretário Adjunto da Secretaria de Energia de fevereiro de 1998 até janeiro de 1999. O endereço comercial do Sr. Arce é Rua Bela Cintra, 847 - 10º andar, São Paulo, São Paulo, Brasil. Fernando Carvalho Braga (52) - É membro do Conselho de Administração desde julho de 2001 e VicePresidente do Conselho desde abril de 2003. É graduado em Economia pela Universidade Mackenzie de São Paulo. O Sr. Braga é Assessor Especial do Governador do Estado de São Paulo desde janeiro de 2003. Foi assessor especial de privatização da Secretaria de Planejamento e Finanças do Estado de São Paulo de 1995 a 2002. O Sr. Braga também é membro do Conselho de Administração do Banco Nossa Caixa S.A., Companhia Energética de São Paulo — CESP, Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista – CTEEP, Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A.- EMAE, Companhia Paulista de Trens Metropolitanos - CPTM, Companhia Metropolitana de São Paulo - METRÔ. É também membro do conselho fiscal da Drogasil S.A. e Presidente do Conselho do Patrimônio Imobiliário do Estado de São Paulo. O Sr. Braga é Secretário Executivo do Programa Estadual de Desestatização do Estado de São Paulo, cargo que ocupa desde junho de 1996. O endereço comercial do Sr. Braga é Avenida Morumbi 4500 São Paulo, SP. Alexander Bialer (57). O Sr. Bialer é membro do Conselho de Administração desde abril de 2003, tendo sido eleito pelos nossos acionistas minoritários, de acordo com o nosso Estatuto Social. É formado em engenharia mecânica pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica – ITA e tem especialização em administração de sistemas pela Fundação Getúlio Vargas. O Sr. Bialer é atualmente consultor da Nucleon Engenharia. É também presidente do Conselho de Administração da GE Hydro Inepar, membro do Conselho Consultivo da GE Brasil Previdência, Grupo Sinergia e TRAFO e membro do Conselho Estratégico Superior da Associação Brasileira de Desenvolvimento de Infraestrutura-ABDIB. Trabalhou na GE Brasil de 1980 a 2002, onde ocupou diversos cargos. Trabalhou na Avon de 1971 a 1973, na Máquinas Piratininga em 1974 e na ASEA de 1975 a 1980. O endereço comercial do Sr. Bialer é Rua Monte Alegre, 649, apt. 101, São Paulo, SP, Brasil. Andrea Sandro Calabi (59) - É membro do Conselho de Administração da Sabesp desde abril de 2001. Graduouse em economia pela Universidade de São Paulo – USP. Obteve o título de mestre em economia pela USP. É “Master of Arts” e PhD em Economia pela Universidade da Califórnia, Berkeley. O Sr. Calabi é Secretário de Economia e Planejamento do Estado de São Paulo desde janeiro de 2003. Desde 2003, é presidente dos conselhos de administração da SEADE, do Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal da Fundação Prefeito Faria Lima -– CEPAM e da Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano S/A – Emplasa. É membro do Conselho de Administração da Companhia de Seguros do Estado de São Paulo S.A. – COSESP. Foi Secretário Executivo do Ministério do Planejamento entre janeiro de 1995 e setembro de 1996. Foi membro do Conselho de Administração do BNDES e do Banco do Brasil S.A. durante 1995 e 1996 e da Caixa Econômica Federal de 1998 a janeiro de 2003. De dezembro de 1996 a dezembro de 1998, foi membro da Companhia Paulista de Ativos – CPA, e de maio a dezembro de 1998, foi membro do Conselho de Administração do 117 BANESPA – Banco do Estado de São Paulo S.A.. De janeiro de 1999 a julho do mesmo ano, foi presidente do Banco do Brasil S.A. e presidente do conselho de administração da BRASILPREV – Previdência Privada, BRASILCAP – Capitalização S.A., BrasilSaúde Companhia de Seguros, Companhia de Seguros Aliança do Brasil e Brasil Veículos Companhia de Seguros. De julho de 1999 a fevereiro de 2000, o Sr. Calabi também foi Presidente e membro do Conselho de Administração do BNDES, FINAME e BNDES Participações S.A. BNDESPAR e membro do Conselho de Administração do Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras. O endereço comercial do Sr. Calabi é Avenida Morumbi, 4.500, São Paulo, SP, Brasil. Daniel Sonder (28) – O Sr. Sonder é membro de nosso Conselho de Administração desde abril de 2004 e Chefe da Assessoria Técnica do Gabinete do Secretário da Fazenda do Estado de São Paulo desde 2003. O Sr. Sonder é formado em Economia e Relações Internacionais pela Tufts University, Massachusetts, tendo mestrado em Ciências Humanas em Direito e Diplomacia por The Fletcher School Of Law and Diplomacy na Tufts University, Massachusetts. Foi assistente do Diretor de Produtos Estruturados do BNDES em 2002. De 1999 a 2001, o Sr. Sonder ocupou vários cargos na J.P.Morgan Chase and Co. Inc., tanto no Brasil como nos Estados Unidos da América. O endereço comercial do Sr. Sonder é Av. Rangel Pestana 300, 5º andar, São Paulo, SP, Brasil. Fernando Maida Dall’Acqua (55) - É membro do Conselho de Administração da Sabesp desde setembro de 1997. Graduado em agronomia pela Escola Superior de Agricultura Luís de Queiroz da Universidade de São Paulo, é doutor (PhD) em Economia pela Universidade de Wisconsin e Mestre em Administração de Empresas/Economia pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo - Fundação Getúlio Vargas. O Sr. Dall'Acqua é também membro do Conselho de Administração da Companhia Energética de São Paulo - CESP, Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista - CTEEP, Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A. - EMAE, Desenvolvimento Rodoviário S.A. – DERSA e da Companhia Paulista de Obras e Serviços -– CPOS. O Sr. Dall’Acqua é professor da Escola de Administração de Empresas de São Paulo - Fundação Getúlio Vargas, desde 1992. Foi também Secretário da Secretaria da Fazenda do Governo do Estado de São Paulo de 2001 a 2002. O Sr. Dall’Acqua também ocupou outros cargos no Governo do Estado de São Paulo. O endereço comercial do Sr. Dall’ Acqua é Avenida 9 de julho, 2.029, 11º andar, São Paulo, SP, Brasil. Gustavo de Sá e Silva (79) - É membro do Conselho de Administração da Sabesp desde abril de 2001. É graduado em Economia e Administração de Empresas pela Faculdade de Ciências Econômicas de São Paulo da Fundação Silvio Álvares Penteado. Foi nomeado administrador profissional pelo Conselho Regional de Administração de São Paulo e obteve o título de mestre em Administração de Empresas pela Michigan State University. É membro do Conselho de Administração da Companhia Energética de São Paulo – CESP, da EMAE – Empresa Metropolitana de Água e Energia S.A . O Sr. Sá e Silva é membro do Conselho Consultivo da Fundação Antônio e Helena Zerrener e do Conselho da Associação ALUMNI. O Sr. Sá e Silva é Professor Emérito e, de 1954 a 1994, foi professor do Departamento de Marketing da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas e diretor de tal escola por quatro mandatos. . Atualmente é Consultor do Presidente da Fundação Getúlio Vargas. O endereço comercial do Sr. Sá e Silva é Avenida 9 de julho, 2.029 - 9º andar, conjunto 905, São Paulo, SP, Brasil. Maria Helena Guimarães de Castro (58). A Sra. Castro é membro do Conselho de Administração desde janeiro de 2003. É formada em ciências sociais e é mestre em ciências políticas pela Universidade Estadual de Campinas/UNICAMP e doutora em ciências políticas pela Universidade de São Paulo/USP. A Sra. Castro é Secretária da Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social desde janeiro de 2003 e professora da Universidade Estadual de Campinas/UNICAMP desde janeiro de 1984. Trabalhou como Secretária Executiva no Ministério da Educação em 2002. A Sra. Castro foi Presidente do Instituto Nacional de Pesquisas do Ministério da Educação de 1995 a 2002. Ademais, a Sra. Castro representa a América Latina e o Caribe no Conselho de Administração do Instituto Internacional de Estatísticas da UNESCO. O endereço comercial da Sra. Castro é Rua Bela Cinta, 1.032 Cobertura, São Paulo, SP, Brasil. Dalmo do Valle Nogueira Filho (60). O Sr. Nogueira Filho é Diretor Presidente desde maio de 2003. Foi Secretário da Secretaria de Administração Estratégica do Estado de São Paulo de janeiro de 2002 a dezembro de 2002. O Sr. Nogueira Filho foi membro do Conselho de Administração da Sabesp de abril de 1999 a janeiro de 2002. É formado em direito pela Universidade de São Paulo e é professor da Escola de Administração de Empresas de São Paulo desde 1972. O Sr. Nogueira Filho também foi membro do Conselho de Administração de várias empresas controladas pelo Estado de São Paulo. Foi Secretário Adjunto da Secretaria de Administração Estratégica do Estado de São Paulo de janeiro de 1995 a janeiro de 2002. O endereço comercial do Sr. Nogueira Filho é Costa Carvalho, 300, São Paulo, SP, Brasil. 118 Reinaldo José Rodriguez de Campos (59). O Sr. Campos é Diretor de Gestão Corporativa desde novembro de 2002. É formado em engenharia elétrica pela Universidade Mackenzie em São Paulo. O Sr. Campos trabalhou na Companhia Energética de São Paulo - CESP em duas ocasiões: de 2001 a 2002 como Diretor de Administração e de 1975 a 1999 em diversos cargos, inclusive como Diretor de Geração e Transmissão de Energia. Foi Diretor Técnico da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista - CTEEP em 1999 e trabalhou como consultor na Administradora de Serviços do Mercado Atacadista de Energia Elétrica - ASMAE de 1999 a 2001. Foi membro do conselho de administração do Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS de 1998 a 1999. Ocupou diversos cargos na Companhia Paulista de Força e Luz - CPFL de 1968 a 1975. O endereço comercial do Sr. Campos é Rua Costa Carvalho, 300, São Paulo, SP, Brasil. Rui de Britto Álvares Affonso (47). Desde julho de 2003, o Sr. Affonso é Diretor Econômico-Financeiro e de Relações com Investidores. O Sr. Affonso é formado em economia pela Universidade de São Paulo – USP, possuindo grau de mestrado e doutorado em economia pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. É professor no Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP desde 1986, professor da Faculdade de Economia e Administração - USP, de 1983 a 1999, e Diretor de Economia Pública na FUNDAP, de 1994 a 2003. Ele também representa o Brasil no Conselho do Forum of Federations (organização não-governamental sediada no Canadá) desde 2000. O Sr. Affonso também atuou em diversas funções no Governo estadual. O endereço comercial do Sr. Affonso é Rua Costa Carvalho, 300, São Paulo, SP, Brasil. Paulo Massato Yoshimoto (51). O Sr. Massato é Diretor Metropolitano de Distribuição desde fevereiro de 2004. É formado em engenharia civil pela Escola de Engenharia de Lins. Desde 1983, tem exercido várias funções na Sabesp. De março de 2003 a janeiro de 2004, o Sr. Massato atuou na Unidade de Produção de Água. O endereço comercial do Sr. Massato é Rua Costa Carvalho, 300, São Paulo, SP, Brasil. Enéas Oliveira Siqueira (56). Desde fevereiro de 2004, o Sr. Siqueira é Diretor de Sistemas Regionais. É formado em engenharia civil pela Universidade de Taubaté, possuindo pós-graduação em Administração Municipal pela FAAP - Fundação Álvares Penteado. Trabalha na Sabesp desde 1974. O Sr. Siqueira representa a Sabesp no Comitê das Bacias Hidrográficas do Rio Paraíba do Sul (comitê especial para os recursos hídricos do Rio Paraíba do Sul) desde sua fundação em 1994, e no Comitê de Integração da Bacia do Rio Paraíba do Sul CEIPAV desde 1997. O endereço comercial do Sr. Siqueira é Rua Costa Carvalho, 300, São Paulo, SP, Brasil. José Everaldo Vanzo (59). O Sr. Vanzo é Diretor de Tecnologia e Planejamento desde fevereiro de 2004. O Sr. Vanzo é formado em engenharia civil pela Escola de Engenharia de São Carlos - USP e tem especialização em Engenharia da Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública - USP. Também é formado em direito pela Faculdade de Direito de Franca, sendo Mestre em Administração de Empresas pela Universidade de São Paulo/Faculdade de Economia e Administração. Trabalha na Sabesp desde 1977, tendo ocupado diversos outros cargos. O endereço comercial do Sr. Vanzo é Rua Costa Carvalho, 300, São Paulo, SP, Brasil. Conselho Fiscal Nosso Conselho Fiscal, estabelecido de forma permanente e que de modo geral reúne-se uma vez por mês, é composto de cinco membros e cinco suplentes, eleitos pela Assembléia Geral Ordinária, com mandato de um ano, sendo permitida a reeleição. A principal atribuição do nosso Conselho Fiscal, que é independente da nossa administração e dos auditores externos nomeados pelo Conselho de Administração, é examinar as demonstrações financeiras da Sabesp e emitir parecer a nossos acionistas. Os atuais membros do nosso Conselho Fiscal e respectivos suplentes são os seguintes: Membros do Conselho Fiscal Francisco Martins Altenfelder Silva Jorge Michel Lepeltier Sandra Lúcia Fernandes Marinho Arthur Corrêa de Mello Neto Maria de Fátima Alves Ferreira Suplentes Vanildo Rolando Neubauer Bruno Bellíssimo Netto Flávio Stamm Sandra Maria Giannella Volnir Pontes Júnior 119 Remuneração De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, nossos acionistas são responsáveis pela fixação do valor total da remuneração dos membros de nosso Conselho de Administração, dos membros de nosso Conselho Fiscal e dos membros da nossa Diretoria. Nosso Conselho de Administração determinará os níveis de remuneração de cada conselheiro, diretor ou membro do Conselho Fiscal com base no valor total previamente fixado. No período de 6 meses encerrado em 30 de junho de 2004, a remuneração global, incluindo benefícios concedidos, que pagamos aos membros do Conselho de Administração e da Diretoria da Sabesp por serviços prestados, seja a que título for, foi de aproximadamente R$0,9 milhão. Adicionalmente, durante o período de 6 meses encerrado em 30 de junho de 2004, os diretores receberam benefícios previdenciários no valor de, aproximadamente, R$0,2 milhão, e provisionamos R$0,2 milhão para concessão de benefícios previdenciários a nossos diretores. Os membros do Conselho de Administração não receberam esses benefícios. Nenhum dos conselheiros e diretores da Sabesp é parte de contrato de trabalho que preveja benefícios quando da rescisão de seu vínculo empregatício, exceto aqueles diretores que também são empregados da Sabesp os quais têm todos os benefício regulamente aplicáveis. 120 EMPREGADOS Em 30 de junho de 2004, tínhamos 17.807 empregados trabalhando em regime de período integral. Durante 2003, tivemos, em média, 871 estagiários. A tabela que se segue indica o número de nossos empregados em regime de período integral, por categoria profissional e localização geográfica nas datas indicadas: Número total de empregados Número por categoria profissional Técnico e operacional Administrativo Financeiro Comercial Número de empregados por localização geográfica Sede Região Metropolitana de São Paulo Sistemas Regionais 2001 18,159 Em 31 de dezembro 2002 18,505 2003 18,546 Em 30 de junho 2004 17.807 11,527 3,079 692 2,861 11,773 3,078 712 2,942 11,287 3,850 894 2,515 11.343 3.004 642 2.818 1,505 9,183 7,471 1,483 9,425 7,597 1,351 9,642 7,553 1.263 9.248 7.296 O prazo médio de permanência em serviço de nossos empregados é de, aproximadamente, 14 anos. Terceirizamos certos serviços tais como manutenção, entrega de contas de água e esgotos, leitura de hidrômetros, alimentação e segurança. Acreditamos, de modo geral, que as nossas relações com os nossos empregados são satisfatórias. Praticamente todos os nossos empregados de nível não administrativo são sindicalizados. Os três principais sindicatos que representam nossos empregados são SINTAEMA, o Sindicato dos Trabalhadores da Região Urbana de Santos, São Vicente, Baixada Santista, Litoral Sul e Vale do Ribeira ou SINTIUS e o Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo ou SEESP. Todos os anos negociamos acordos coletivos estabelecendo o nível de remuneração e demais benefícios de nossos empregados. Nosso último acordo coletivo, que entrou em vigor em 1º de maio de 2004 e expirará em 30 de abril de 2005, não previa estabilidade a nossos empregados. Contudo, firmamos um entendimento formal com os sindicatos que representam nossos empregados no sentido de que não demitiríamos mais de 2% do nosso quadro atual de empregados antes de abril de 2005. Enfrentamos as seguintes greves trabalhistas nos últimos cinco anos, nenhuma das quais interrompeu serviços essenciais: greve de dois dias em dezembro de 1999, greve de cinco dias em janeiro de 2000, greve de dois dias em junho de 2000, greve de um dia em setembro de 2001, greve de um dia em novembro de 2001, greve de dois dias em junho de 2002, greve de dois dias em maio de 2003 e greve de dois dias em maio de 2004. Nos termos da legislação brasileira, nossos empregados não administrativos são considerados “empregados essenciais” e, dessa forma, têm seu direito a greve limitado. Planos de Participação nos Resultados e Plano Previdenciário Constituímos a SABESPREV para propiciar aos nossos empregados benefícios de aposentadoria complementar e previdenciária. Este plano previdenciário prevê pagamentos de benefícios definidos a ex-empregados e suas famílias. Tanto a Sabesp quanto nossos empregados efetuam contribuições ao plano previdenciário. Nossas contribuições incluem a responsabilidade assumida pelo serviço anterior à constituição da SABESPREV, devida até fevereiro de 2011. Efetuamos contribuições ao plano previdenciário no valor total de R$10,2 milhões em 2001, R$11,1 milhões em 2002, R$11,6 milhões em 2003 e R$6,4 milhões durante os 6 meses encerrados em 30 de junho de 2004. Vide nota explicativa 12 de nossas demonstrações financeiras auditadas em 31 de dezembro de 2003. Em 29 de maio de 2001, lei federal foi promulgada para, entre outros, limitar o montante da contribuição que companhias de economia mista, como nós, podem fazer para seus planos de pensão. Em especial, nossas contribuições normais para o nosso plano previdenciário não podem exceder a contribuição dos participantes para tal plano. 121 Em agosto de 1996, estabelecemos plano de participação nos resultados para todos os funcionários contratados há, pelo menos, seis meses. Em 1999, não pagamos quaisquer valores a título de participação nos resultados aos nossos funcionários em razão do Decreto Estadual nº 43.794, que vedou tal pagamento a empresas estatais, incluindo a nossa Companhia. Em 2 de outubro de 2000, celebramos acordo coletivo de trabalho com os sindicatos que representam nossos funcionários estabelecendo um novo plano de participação nos resultados para todos os funcionários contratados há, pelo menos, três meses. De acordo com o plano de participação nos resultados, após negociações com os sindicatos de trabalhadores, estabelecemos metas anuais operacionais e financeiras para nossa Companhia como um todo e também para as diversas unidades de negócio. Os pagamentos podem ser, em valor total, de até o equivalente à nossa folha de pagamento integral de um mês, sendo efetuados de acordo com o cumprimento das metas. No passado, um quarto dos pagamentos de participação nos resultados era efetuado à medida que as metas gerais para a companhia eram alcançadas, ao passo que os outros três quartos eram efetuados à medida que as metas das diversas unidades de negócio eram alcançadas. Os pagamentos de participação nos resultados seriam reduzidos em bases proporcionais caso as metas não fossem plenamente alcançadas, sendo os pagamentos efetuados em bases semestrais. Registramos despesas com participação nos resultados no valor de R$15,9 milhões em 2001, R$34,7 milhões em 2002, R$40,0 milhões em 2003 e R$20,6 milhões nos 6 meses encerrados em 30 de junho de 2004. Acreditamos que o plano de participação nos resultados contribuiu, no passado, para o aumento da produtividade dos empregados. Política de Benefícios Concedemos alguns benefícios aos nossos funcionários, tais como (i) assistência médica; (ii) vale alimentação; (iii) vale refeição; e (iv) auxílio creche. 122 PRINCIPAIS ACIONISTAS E ACIONISTAS VENDEDORES Principais Acionistas Em 13 de outubro de 2004, o capital social da Sabesp era representado por 28.479.577.827 ações ordinárias, sem valor nominal. De acordo com o Estatuto Social, o Estado de São Paulo deve ser titular, no mínimo, da maioria de nossas ações ordinárias em circulação. Todos os nossos acionistas, inclusive a CPP, o Estado de São Paulo e as demais entidades por ele controladas que detêm nossas ações, possuem direitos de voto. Abaixo estão apresentadas informações referentes à participação, em 13 de outubro de 2004, de cada um de nossos acionistas que eram titulares de, no mínimo, 5% ou mais de nossas ações ordinárias, bem como de nossos diretores e conselheiros, isoladamente ou em grupo. Ações Ordinárias em 13 de outubro de 2004 Ações (%) 14.573.706.994 51,2 5.802.967.065 20,4 90.016 * 8.102.813.752 28,5 28.479.577.827 100,00 Ações Ordinárias após a Oferta Global(1) Ações (%) 14.347.450.366 50,4 756.908.747 2,6 90.016 * 13.375.128.698 47,0 28.479.577.827 100,00 Acionistas Estado CPP Conselheiros e diretores (em conjunto 14 pessoas) Mercado (free float) Total _________ * Representa participação inferior a 0,01%. (1) Considerando a aquisição integral da quantidade inicial de Ações Ordinárias ofertadas na distribuição secundária sem o exercício das Opções e do acréscimo de até 20% do total das Ações Ordinárias ofertadas. O Estado transferiu para a CPP, nos dias 8 e 11 de outubro de 2004, um total de 5.802.967.065 ações ordinárias de emissão da Sabesp, livres e desimpedidas de quaisquer gravames, que serão ofertadas no âmbito da Oferta Global. Nossas ações ordinárias encontram-se listadas na BOVESPA desde 4 de junho de 1997. Anteriormente a essa data, nossas ações ordinárias eram negociadas na Sociedade Operadora do Mercado de Acesso – SOMA e no mercado de câmbio manual brasileiro. Acionistas Vendedores O Estado de São Paulo e a CPP pretendem vender nos mercados brasileiro e internacional, respectivamente, 260.195.122 e 5.802.967.065 ações ordinárias, caso as Opções sejam exercidas integralmente. Excetuadas essas ofertas, os Acionistas Vendedores comprometeram-se a, salvo algumas exceções, não vender, ofertar ou prometer vender, garantir qualquer opção de venda, ou de qualquer maneira dispor, direta ou indiretamente, das ações ordinárias, ADSs ou debêntures conversíveis ou permutáveis em ou por ações ordinárias ou ADSs, garantias ou direito de comprar ações ordinárias ou ADSs, sem o consentimento prévio dos Coordenadores da Oferta Brasileira e do Coordenador Global, por um período de 90 dias contados da data deste Prospecto. A sede do Estado de São Paulo localiza-se no Palácio dos Bandeirantes, na Avenida Morumbi nº 4.500, São Paulo, SP. A CPP é uma sociedade anônima controlada pelo Estado de São Paulo, criada em 3 de agosto de 2003, de acordo com a Lei Estadual nº 11.688, de 19 de maio de 2004. A CPP tem por objetivo principal colaborar, apoiar e viabilizar a implementação do Programa de Parcerias Público-Privadas do Estado de São Paulo. O Programa visa fomentar, coordenar, regular e fiscalizar a atividade de agentes do setor privado que, na condição de colaboradores, atuem na implementação das políticas públicas voltadas ao desenvolvimento do Estado de São Paulo e ao bem-estar coletivo. Ademais, a CPP está autorizada pela referida Lei Estadual nº 11.688 a receber ações e outros ativos do Estado de São Paulo, bem como a geri-los com a finalidade de cumprir com os seus objetivos sociais. A CPP tem sede na Avenida Rangel Pestana nº 300, São Paulo, SP. 123 OPERAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS Operações com o Estado de São Paulo Realizamos diversas operações com o Estado de São Paulo, que é nosso acionista controlador, e esperamos continuar a fazê-lo. O Estado de São Paulo é nosso maior cliente, é proprietário de algumas instalações que utilizamos em nossas atividades, é um dos órgãos governamentais que regulam nossas atividades e tem nos auxiliado a obter financiamentos em condições favoráveis. Não há nenhuma previsão legal ou constante de nosso Estatuto Social que estabeleça a necessidade de que as operações com o Estado de São Paulo sejam realizadas com “isenção de interesses” ou em bases eqüitativas em relação a nós ou aos nossos demais acionistas. Muitas das nossas operações com o Estado são influenciadas pela política estadual, dependendo das decisões dos funcionários nomeados ou políticos eleitos, estando assim sujeitas a mudanças. Essas operações podem ser particularmente sujeitas a rediscussão logo após as eleições estaduais que deverão ocorrer em outubro de 2006. Dentre as mudanças que podem ocorrer nessas operações estão aquelas descritas abaixo, incluindo a aplicação de dividendos para amortização das contas a receber do Estado, a constituição de garantias pelo Estado e as condições de utilização, pela Sabesp, dos reservatórios de propriedade do Estado. Embora o Estado não tenha expressado nenhuma intenção de modificar as condições atuais com relação ao aqui referido, não podemos assegurar que o Estado não vá modificar essas condições em relação às operações aqui referidas ou a outras operações, o que poderia afetar adversamente nossos interesses e os interesses de nossos acionistas. Prestação de Serviços Nós prestamos serviços de água e esgotos à União, Estados e Municípios, assim como a entidades e órgãos da administração pública. A prestação de serviços de água e esgoto para o Estado inclui a prestação desses serviços para entidades controladas pelo Estado, totalizando aproximadamente R$253,4 milhões durante o ano findo em 31 de dezembro de 2003 e R$134,5 milhões durante o período de 6 meses encerrado em 30 de junho de 2004. Conforme requerido em lei, a Sabesp investe seu caixa e equivalentes a caixa em instituições financeiras governamentais, em títulos de curto prazo. Nossas contas a receber do Estado totalizavam R$176,9 milhões em 30 de junho de 2004. Pagamento de Pensões Conforme lei promulgada pelo Estado, os ex-empregados das companhias estatais que se fundiram e formaram a Sabesp, que nos prestavam serviços desde a criação da nossa Companhia até 1974, quando tal lei foi revogada, adquiriram o direito de receber pagamentos referentes a planos previdenciários complementares (tais direitos são referidos como “Plano G0”). Tais montantes são pagos por nós, em nome do Governo Estadual, e são pleiteados por nós como reembolsos pelo Governo Estadual, tendo em vista sua obrigação original. Nós pagamos aos antigos empregados R$87,1 milhões em 2003 e R$36,6 milhões durante o período de 6 meses encerrado em 30 de junho de 2004 com relação ao Plano G0. O Estado não realizou nenhum reembolso nesses períodos. Não existe consenso entre nós e o Estado sobre o valor que deverá ser efetivamente reembolsado. Nada obstante, entendemos que o valor devido pelo Estado de São Paulo em razão do aqui disposto era de R$527,6 milhões em 30 de junho de 2004. O Estado de São Paulo, todavia, não concorda com tal valor. A fim de resolver esta questão, conduziremos um estudo em conjunto com o Estado de São Paulo, a fim de que seja apurado o correto valor da dívida. Acordos com o Estado Em 30 de junho de 2004, possuíamos contas vencidas a receber do Estado e de algumas entidades e órgãos de sua administração direta referentes à prestação de serviços de água e esgotos no valor aproximado de R$523,9 milhões, líquido de R$347,0 milhões de valores relacionados a dividendos atribuídos ao Estado e R$38,4 milhões a vencer. Além disso, em 30 de junho de 2004, possuíamos R$527,6 milhões a receber do Estado referentes ao reembolso de pagamentos de aposentadorias e de pensões especiais de alguns dos nossos ex-funcionários. Contudo, o Estado não concordou com tal valor. De acordo com lei federal promulgada em dezembro de 1996, não podemos baixar contabilmente quaisquer valores a nós devidos pelo Estado, nosso acionista controlador, ou por entidades ou órgãos controlados pelo Estado. Da mesma forma, não efetuamos o provisionamento contábil de quaisquer valores devidos a nós pelo Estado. 124 Em setembro de 1997, firmamos com o Estado de São Paulo um protocolo de entendimentos por meio do qual ficou acordado que os valores não pagos pelo Estado de São Paulo, referentes aos serviços de água e esgoto prestados pela Sabesp, seriam pagos mediante a compensação de dividendos por nós declarados e de outra forma devido ao Estado de São Paulo. Em 1998, 2000 e 2001 foram utilizados dividendos apurados na forma de juros sobre o capital próprio, no valor total de R$1.215,6 milhões, para pagamento de parte dos valores devidos pelo Estado de São Paulo, conforme aqui mencionado. Em 1999, não pagamos dividendos nem realizamos outras distribuições aos nossos acionistas. Em 11 de dezembro de 2001, firmamos contrato com o Estado de São Paulo e o DAEE. Por meio deste contrato, o Estado reconheceu e concordou em pagar os valores devidos a nós, valores estes sujeitos, porém, a uma auditoria a ser realizada por auditor indicado pelo Estado, com relação ao seguinte: • serviços de água e esgoto prestados por nós a órgãos da administração direta, autarquias e fundações pertencentes ao Estado até 1 de dezembro de 2001, totalizando R$358,2 milhões; e • benefícios relacionados a aposentadorias e pensões pagos por nós, desde março de 1986 até novembro de 2001, em nome do Estado para antigos empregados de empresas controladas pelo Estado que foram fundidas para a formação da nossa Companhia, totalizando R$320,6 milhões, como as partes não chegaram a um acordo, análises específicas já se iniciaram para assegurar o entendimento entre as partes. Conseqüentemente, R$649,1 milhões referentes aos valores acima mencionados, devidos pelo Estado à Sabesp, foram contabilizados em nossas demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2001 como contas a receber de longo prazo devidas pelo Estado. O contrato acima mencionado estabelece que o DAEE transferirá à Sabesp a propriedade dos reservatórios de Taiaçupeba, Jundiaí, Biritiba, Paraitinga e Ponte Nova, que formam o Sistema Alto Tietê, e que o valor de mercado de tais ativos reduzirá os valores a nós devidos pelo Estado. Em 29 de outubro de 2003, o Ministério Público do Estado de São Paulo propôs uma ação civil pública (distribuída para a 12ª Vara de Fazenda Pública) na qual alega que a transferência da propriedade dos reservatórios do Sistema do Alto Tietê, do Departamento Estadual de Água e Energia para nós, seria ilegal. Foi concedida uma liminar em favor do Ministério Público do Estado de São Paulo de modo a suspender a transferência dos referidos reservatórios. Todavia, esta liminar foi posteriormente cassada. Em outubro de 2004, o juiz de primeira instância proferiu decisão favorável ao Ministério Público do Estado de São Paulo, a qual acreditamos referir-se apenas à ilegalidade da transferência dos reservatórios. Nós e o Estado de São Paulo pretendemos recorrer de tal decisão. Em nosso recurso também planejamos pleitear a suspensão dos efeitos da decisão obtida em primeira instância até que uma decisão final seja prolatada pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Não podemos prever se teremos sucesso na referida apelação. Não obstante, acreditamos que, na eventualidade da decisão desfavorável obtida em primeira instância ser mantida ao final do processo, nossos negócios ou nossa condição financeira não serão afetados de forma relevante. Nos termos do contrato de dezembro de 2001, em julho e agosto de 2002, uma empresa estatal de construção do Estado de São Paulo (Companhia Paulista de Obras e Serviços - CPOS), agindo por conta do Estado e uma empresa de avaliação independente (ENGEVAL-Engenharia de Avaliações), agindo por nossa conta, apresentaram seus relatórios de avaliação dos reservatórios. Nos termos do contrato de dezembro de 2001, as médias aritméticas das avaliações devem tomar por base o valor de mercado dos reservatórios. As avaliações contidas nesses relatórios eram nos valores de R$335,8 milhões e R$341,2 milhões, respectivamente. Desde que realizamos investimentos nestes reservatórios, a média aritmética destas avaliações, submetida ao nosso Conselho de Administração em agosto de 2002, R$300,9 milhões, foi a dedução da porcentagem correspondente a estes investimentos. Nosso Conselho de Administração aprovou os relatórios de avaliação e estes serão apresentados para aprovação a assembléia geral extraordinária. Nos termos do acordo de 2001, o valor total a nós devido pelo Estado de São Paulo deverá ser dividido em 114 parcelas, a serem pagas mensal e sucessivamente, sendo que o primeiro pagamento deverá ser realizado: (1) 210 dias após a assinatura do contrato, (2) após a Sabesp e o Estado chegarem a um acordo com relação ao valor justo dos reservatórios ou (3) após a conclusão de auditoria relativa à apuração dos valores devidos, a ser realizada por auditor nomeado pelo Estado, o que ocorrer por último. O valor nominal devido pelo Estado de São Paulo não deverá ser corrigido por meio da incidência de índice representativo da inflação ou juros se houver atraso na avaliação do valor justo dos reservatórios. As parcelas serão corrigidas mensalmente com base no IGPM, acrescidas de juros de 6% ao ano, a partir da data do vencimento da primeira parcela. 125 O contrato de dezembro de 2001 também previa que os consultores jurídicos do Estado efetuariam análises específicas, as quais já se iniciaram, para assegurar a concordância entre as partes quanto à metodologia empregada para se determinar o valor do reembolso dos benefícios previdenciários a nós devidos pelo Estado de São Paulo. O início dos pagamentos atinentes aos valores de pensão devidos à nós pelo Estado foi postergado até que tais análises sejam concluídas, o relatório de avaliação seja aprovado e as cessões de crédito atinentes à transferência dos reservatórios descrita acima sejam formalizadas. Adicionalmente, a transferência de tais reservatórios é objeto de uma ação civil pública, e não podemos garantir se a transferência destes reservatórios será legalmente permitida, conforme discutido acima. Nos termos do contrato de dezembro de 2001, o primeiro pagamento estava previsto originalmente para julho de 2002, contudo, nenhum pagamento como os mencionados acima foi efetuado até o arquivamento do presente documento. Em reunião realizada em 30 de janeiro de 2002, nosso Conselho de Administração declarou, por unanimidade, o pagamento de dividendos, na forma de juros sobre o capital próprio, no valor total de R$489,8 milhões. A distribuição desses dividendos foi realizada em 25 de junho de 2002 a acionistas registrados em 07 de fevereiro de 2002. Assim, o Estado de São Paulo fazia jus a receber R$432,7 milhões desta distribuição e pagamos ao Estado de São Paulo R$347,3 milhões deste valor. O Estado utilizou aproximadamente R$202,3 milhões de tais dividendos para compensar contas a receber atuais devidas por órgãos da administração direta, autarquias e fundações pertencentes ao Estado. A parcela remanescente dos dividendos a que o Estado fazia jus foi retida pela Sabesp na pendência do pagamento pelo Estado de certas contas a nós devidas. Em 29 de abril de 2002, nosso Conselho de Administração declarou dividendos, na forma de juros sobre capital próprio, no valor total de R$108,2 milhões a serem pagos em junho de 2003 a acionistas registrados em 17 de junho de 2002. O Estado aplicou o valor integral do dividendo, ou R$77,4 milhões, na Sabesp no que respeita às contas a receber devidas à nossa empresa pelo Estado ou pelas entidades por ele controladas. Em 24 de abril, 29 de maio e 20 de novembro de 2003 e em 8 de janeiro de 2004, nosso Conselho de Administração aprovou o pagamento de dividendos, na forma de juros sobre o capital próprio, no valor total de R$40,2 milhões, R$118,2 milhões, R$154,9 milhões e R$190,8 milhões, respectivamente. Os dividendos foram pagos em 29 de junho de 2004. Em 26 de fevereiro de 2004, nosso Conselho de Administração aprovou o pagamento de dividendos, na forma de juros sobre o capital próprio, no valor de R$39,3 milhões, a serem pagos no prazo de 60 dias a contar da assembléia geral de 2005 a acionistas registrados em 15 de março de 2004. Em 22 de março de 2004, nós e o Estado de São Paulo firmamos a Primeira Alteração do Contrato de dezembro de 2001. Nos termos dessa alteração, o Estado de São Paulo reconhece uma dívida conosco de R$581,8 milhões, relacionada a contas a receber do Estado não pagas até 29 de fevereiro de 2004, reconhecendo a Sabesp o valor total de R$518,7 milhões devido ao Estado de São Paulo a título de dividendos na forma de juros sobre o capital próprio. Dessa forma, nós e o Estado concordamos em compensar os demais créditos de cada qual até o limite de R$360,7 milhões em sete parcelas iguais, a serem pagas mensal e sucessivamente, de junho a dezembro de 2004. O valor remanescente de R$221,1 milhões da dívida consolidada do Estado será pago em 60 parcelas sucessivas de R$3,7 milhões, com início em 30 de maio de 2004. Estas parcelas serão corrigidas mensalmente de acordo com o IPCA a partir de março de 2004, mais taxa de juros de 0,5% ao mês, com exceção das primeiras doze parcelas, que serão pagas pelo valor nominal sem qualquer correção ou incidência de juros, sendo o valor total R$44,2 milhões. Qualquer valor dessa forma por nós devido ao Estado de São Paulo que não seja utilizado para compensação das contas, conforme a descrição acima, será empregado pela Sabesp para quitação de quaisquer valores vencidos e não pagos pelo Estado com relação à utilização de serviços de água e esgoto subseqüentemente a março de 2004. A alteração não modifica os termos e condições de pagamento referentes à aposentadoria complementar e benefícios de pensão pagos por nós por conta do Estado, que permanecem regidos pelos termos do contrato de dezembro de 2001. Em 21 de setembro de 2004, celebramos um convênio com o Estado de São Paulo, segundo o qual o Estado comprometeu-se a reembolsar a Sabesp o valor de até R$ 3,0 milhões com relação a certas despesas incorridas no âmbito da Oferta Global. Em 4 de outubro de 2004, a CPP aderiu aos termos do convênio celebrado em 21 de setembro de 2004. 126 Investimento de Recursos Líquidos Nossas disponibilidades de caixa e recursos equivalentes investidos junto a instituições financeiras do Governo Estadual, em títulos de curto prazo somavam R$70,6 milhões em 30 de junho de 2004. Garantias Governamentais em Financiamentos Em alguns casos, o Governo Federal, o Estado de São Paulo ou outros órgãos governamentais garantem o cumprimento de nossas obrigações decorrentes de contratos de dívida e projetos. Não arcamos com nenhum custo pela prestação destas garantias. Em 17 de dezembro de 1992, o Estado de São Paulo celebrou um contrato de empréstimo com o Banco Mundial no valor de US$119,0 milhões. Esse empréstimo foi garantido pelo Governo Federal e os recursos foram tomados para financiar a recuperação ambiental da Bacia de Guarapiranga. De acordo com os termos desse contrato de empréstimo, a Sabesp deveria um empréstimo do Estado de São Paulo, a ser utilizado para a expansão do sistema de esgoto e do sistema de tratamento de esgoto na Bacia de Guarapiranga. Dessa forma, em 12 de março de 1993, nós e o Estado de São Paulo firmamos um acordo por meio do qual o Estado nos transferiu o valor de US$37,0 milhões, valor este posteriormente aumentado para US$42,5, de acordo com aditamento celebrado em setembro de 1999. Nós hipotecamos três de nossas propriedades como garantia do referido financiamento. Em 30 de junho de 2004, o valor da nossa dívida era de, aproximadamente, US$13,3milhões. O Estado de São Paulo garantiu parcela das nossas obrigações pecuniárias previstas nos contratos de empréstimo celebrados com o Governo Federal em 1994 e com a Caixa Econômica Federal em 1996 a 1998. O Estado de São Paulo prestou garantias para parte dos valores devidos ao Governo Federal em razão de contratos de empréstimo firmados com o Banco do Brasil, totalizando a quantia de R$2.449,9 milhões em 30 de junho de 2004. Nossas obrigações assumidas por meio de contratos de empréstimo firmados com a Caixa Econômica Federal totalizavam R$509,7 milhões em 30 de junho de 2004. Em 6 de agosto de 2004, firmamos um contrato de abertura de crédito com o JBIC, para o financiamento do Programa de Recuperação Ambiental da Região Metropolitana de Santos, com garantia da União Federal de R$588,0 milhões. Adicionalmente ao montante recebido através do Contrato de Crédito com o JBIC, pretendemos investir até R$493,0 milhões nesse programa. Além disso, estamos negociando com o BNDES e Caixa Econômica Federal empréstimos adicionais para financiar parcelas do nosso programa de investimentos. Utilização de Reservatórios de Propriedade do Estado Atualmente utilizamos os reservatórios de Guarapiranga e Billings e parte dos reservatórios que compõe o Sistema Alto Tietê, estes últimos de propriedade de outra empresa controlada pelo Estado de São Paulo. Atualmente não pagamos quaisquer valores pela utilização desses reservatórios. Somos, entretanto, responsáveis pela manutenção e pagamento dos custos operacionais desses reservatórios. Se esses reservatórios não estivessem disponíveis para o nosso uso, teríamos que obter água de fontes mais distantes, o que seria mais dispendioso. O Estado de São Paulo não assume qualquer custo operacional em nosso nome. Os acordos para o não pagamento ao Estado de São Paulo pela utilização de determinados reservatórios do Sistema Alto Tietê foram firmados formalmente, sendo que os respectivos acordos foram assinados em 31 de março de 1992, em 24 de abril de 1997, sendo aditado em 16 de março de 2000 e em 21 de novembro de 2001. Como parte desses acordos, nos comprometemos a arcar com 100% dos custos estimados relativos ao acordo de 1992, equivalente a R$27,8 milhões e 75% dos custos estimados relativos ao acordo de 1997, equivalente a R$63,4 milhões (valor já desembolsado), enquanto que o Estado de São Paulo se comprometeu, através do DAEE, a arcar com 25% dos custos estimados relativos ao acordo de 1997, equivalente a R$21,1 milhões para a construção de dutos, túneis e outras instalações que deverão conectar o Rio Tietê e os reservatórios de Biritiba e Jundiaí, além de outros corpos de água, em troca dos direitos de uso do reservatório pelo período de 30 anos. Os aditivos ao acordo de 1997 aumentaram nossas obrigações previstas em tal acordo em R$5,9 milhões. Temos o direito de captar água e lançar efluentes nos reservatórios do sistema Alto Tietê por um período de 30 anos, contados a partir de 1997. Nosso direito de utilizar os reservatórios de Guarapiranga e Billings está estabelecido através de outorga emitida pelo DAEE. Detemos o direito de captar água desses reservatórios e lançar efluentes nos mesmos, desde que continue responsável por sua manutenção e incorra nos respectivos custos operacionais. 127 Contrato de Reembolso Em 10 de setembro de 2001, celebramos contrato com o Estado de São Paulo, segundo o qual o Estado de São Paulo comprometeu-se a nos reembolsar até R$3,0 milhões por certos adiantamentos efetuados aos coordenadores em função de suas despesas com a oferta pública de ações ordinárias e ADSs que consumamos em maio de 2002. De acordo com os termos do respectivo contrato de colocação, os coordenadores nos reembolsaram e o acionista vendedor por tais valores adiantados pela Sabesp. Contratos de Incentivo da Utilização de Água Firmamos diversos contratos com entidades públicas, estados e municípios, que administram aproximadamente 5.000 propriedades para as quais prestamos serviços de água e esgoto, com redução de tarifa na ordem de 25%, caso tais entidades adiram ao nosso programa de utilização racional de água, que inclui redução de 10% no consumo de água. Estes contratos têm prazo de vigência de 12 meses, renováveis por iguais períodos. De acordo com os termos destes contratos, caso as entidades contratantes não nos paguem pontualmente os valores devidos, teremos o direito de rescindir os contratos, revogando, inclusive, a redução de 25% nas tarifas. Operações com o Fundo de Pensão SABESPREV SABESPREV é um plano previdenciário de benefício definido, com o objetivo principal de administrar planos previdenciários para propiciar benefícios de aposentadoria complementar e programa assistencial previdenciário a nossos empregados. Os ativos da SABESPREV são mantidos separadamente dos nossos. Porém indicamos a maioria dos diretores da SABESPREV. Tanto a Companhia quanto nossos empregados contribuem para o plano previdenciário. Nós contribuímos para o plano previdenciário com R$11,6 milhões durante 2003 e com R$6,0 milhões durante o período de seis meses encerrado em 30 de junho de 2004. Em 29 de maio de 2001, lei federal foi promulgada para, entre outros, limitar o montante da contribuição que companhias de economia mista, como nós, possam fazer para seus planos de pensão. Em especial, nossas contribuições normais para os nossos planos previdenciários não podem exceder a contribuição dos participantes de tal plano. Encontram-se em andamento estudos que visam o equacionamento do déficit do atual plano, assim como a sua transformação em um plano de contribuição definida. 128 DESCRIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL Geral Somos uma sociedade por ações de capital aberto constituída nos termos das leis brasileiras e estamos registrados junto à CVM sob nº 01444-3. Na conclusão da presente oferta, nosso capital será composto por 28.479.577.827 ações ordinárias, sem valor nominal. O nosso capital social em 30 de junho de 2004 era de R$3.403.688.000,00, representado por 28.479.577.827 ações ordinárias. A tabela a seguir apresenta o número de ações ordinárias em circulação nos períodos indicados: Espécie Ações Ordinárias 2001 28.479.577.827 Em circulação em 31 de dezembro de 2002 2003 28.479.577.827 28.479.577.827 Em circulação em 30 de junho de 2004 28.479.577.827 Em maio de 2002, o Estado de São Paulo alienou 5.307.549.000 ações ordinárias de nossa emissão, representativas de 18,6% do nosso capital social votante, por meio de oferta global de ações. Para a realização da oferta global, foi contratado consórcio formado pelo UBS Warburg LLC e Santander Central Hispano Investment Securities Inc. para atuarem na oferta internacional, e o Banco UBS Warburg S.A. e o Banco Santander Brasil S.A. para atuarem na oferta local. A oferta internacional totalizou US$87,2 milhões (7.775.651 ADSs representativas de 1.943.912.750 ações ordinárias, incluindo uma opção de ações adicionais que foi exercida na totalidade) e a oferta doméstica totalizou R$527,3 milhões (3.363.636.250 Ações Ordinárias). Direitos das Ações Ordinárias Cada uma de nossas ações ordinárias confere a seu detentor um voto em assembléia geral ordinária ou extraordinária. Os titulares de nossas ações ordinárias fazem jus a dividendos ou outras distribuições efetuadas, relativas a ações ordinárias, em proporção ao número de ações por eles detidas. Veja Seção “Dividendos e Política de Dividendos – Pagamento de Dividendos e de Juros sobre o Capital Próprio” abaixo. Ademais, quando da nossa liquidação, as ações ordinárias farão jus a reembolso de capital na proporção da sua participação em nosso patrimônio líquido. Os detentores de nossas ações ordinárias não são obrigados a subscrever futuros aumentos de capital em nossa Companhia. As ações têm direito a serem incluídas em oferta pública de aquisição de ações em decorrência da alienação do controle da Companhia a 100% do preço pago por ação ordinária do bloco de controle. Opções Até a data deste Prospecto, não tínhamos concedido qualquer opção de compra de nossas ações ordinárias. Arbitragem Considerando que somos uma companhia listada no Novo Mercado, nossos acionistas controladores, conselheiros de administração e diretores se comprometeram a submeter à arbitragem todas e quaisquer disputas ou controvérsias relativas a normas do Novo Mercado ou a qualquer outra matéria societária. Nos termos do nosso Estatuto Social, quaisquer disputas entre nós, nossos acionistas e nossa administração relativas à aplicação das normas do Novo Mercado, da Lei de Sociedade por Ações ou das normas e regulamentos do mercado de capitais brasileiro, serão resolvidos por arbitragem a ser conduzida de acordo com as normas da Câmara de Arbitragem do Mercado. Qualquer disputa entre nós e nossos acionistas, incluindo os detentores de ADSs, serão também submetidas à arbitragem. Assembléias Gerais Nas assembléias gerais regularmente convocadas e instaladas, nossos acionistas estão autorizados a decidir todos os negócios relativos ao nosso objeto e a tomar todas as deliberações que julgarem convenientes aos nossos interesses. Compete exclusivamente aos nossos acionistas, em Assembléia Geral Ordinária, aprovarem as demonstrações financeiras e deliberarem sobre a destinação do lucro líquido e a distribuição de dividendos relativos ao exercício social imediatamente anterior. Nossos conselheiros são, em regra, eleitos nas Assembléias Gerais Ordinárias, ainda que, de acordo com a Lei das Sociedades por Ações, eles possam ser eleitos em Assembléia Geral Extraordinária. Membros do conselho fiscal, na hipótese em que a sua instalação tenha sido solicitada por número suficiente de acionistas, podem ser eleitos em qualquer assembléia geral. 129 Uma Assembléia Geral Extraordinária pode ser realizada ao mesmo tempo que a Assembléia Geral Ordinária. Compete exclusivamente aos nossos acionistas decidir, em assembléias gerais extraordinárias, as seguintes matérias: • a reforma do nosso Estatuto Social; • a nossa transformação em uma sociedade limitada ou qualquer outra forma prevista na legislação societária; • a emissão de debêntures, salvo por algumas exceções ; • a avaliação de bens através dos quais um acionista pretende subscrever ações do nosso capital social; • o cancelamento do registro de companhia aberta junto a CVM; • a suspensão do exercício dos direitos de acionista que deixou de cumprir obrigação prevista em lei ou em nosso Estatuto Social; • a saída do Novo Mercado da BOVESPA; • a escolha de instituição financeira para a determinação do valor econômico da Companhia em caso de oferta pública de aquisição das nossas ações levada a efeito no âmbito de uma transformação societária ou saída do Novo Mercado; • a nossa fusão, incorporação em outra sociedade ou cisão; • a nossa dissolução e liquidação, e a eleição e destituição dos liquidantes bem como a aprovação das contas por estes apresentadas; e • a autorização para que nossos administradores ajuízem pedido de nossa falência ou concordata. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, nem o nosso Estatuto Social nem tampouco deliberações adotadas por nossos acionistas em assembléia geral podem privar os acionistas de determinados direitos, tais como: • o direito a participar na distribuição dos lucros; • o direito de preferência na subscrição de ações, debêntures conversíveis em ações ou bônus de subscrição, exceto em determinadas circunstâncias previstas na Lei das Sociedades por Ações descritas em “- Direito de Preferência”; • o direito a retirar-se da nossa Companhia nos casos previstos na Lei das Sociedades por Ações, conforme descrito em “- Direito de Retirada e Resgate”; e • o direito a participar, na proporção da sua participação no nosso capital social, na distribuição de quaisquer ativos remanescentes na hipótese de liquidação da nossa Companhia. Quorum Como regra geral, a Lei das Sociedade por Ações prevê que a Assembléia Geral será instalada, em primeira convocação, com a presença de acionistas que detenham, pelo menos, 25% do capital social com direito a voto e, em segunda convocação, com qualquer número de acionistas titulares de ações com direito a voto. Caso os acionistas tenham sido convocados para deliberar sobre a reforma do nosso Estatuto Social, o quorum de instalação em primeira convocação será de, pelo menos, dois terços das ações com direito a voto e, em segunda convocação, de qualquer número de acionistas. De modo geral, a aprovação de acionistas que compareceram pessoalmente ou por meio de procurador a uma assembléia geral, e que representem, no mínimo, a maioria das Ações Ordinárias, é necessária para a aprovação de qualquer matéria, sendo que as abstenções não são levadas em conta para efeito deste cálculo. Todavia, a aprovação de acionistas que representem metade, no mínimo, das ações com direito a voto é necessária, para a adoção das seguintes matérias: • a mudança de nosso objeto social; • a criação de ações preferenciais ou aumento de classes existentes, sem guardar proporção com as demais classes, salvo se já previstos ou autorizados no estatuto; 130 • a alteração nas preferências, vantagens e condições de resgate ou amortização de uma ou mais classes de ações preferenciais, ou criação de nova classe mais favorecida. • a redução do dividendo obrigatório; • a fusão ou a incorporação da nossa Companhia em outra sociedade; • a cisão da nossa Companhia; • a participação em grupo de sociedades; • a cessação do estado de liquidação; ou • a dissolução. De acordo com o nosso Estatuto Social e enquanto estivermos no Novo Mercado, não poderemos emitir ações preferenciais e, para sair do Novo Mercado, deveremos realizar uma oferta pública de aquisição de nossas ações ordinárias. Veja Seção “Informação sobre os Títulos e Valores Mobiliários Emitidos – Novo Mercado”. Convocação A Lei das Sociedades por Ações exige que todas as nossas assembléias gerais sejam convocadas mediante três publicações no Diário Oficial do Estado de São Paulo, veículo oficial do Governo do Estado de São Paulo, bem como em outro jornal de grande circulação no Estado de São Paulo, sendo a primeira no mínimo, trinta dias antes da assembléia, em primeira convocação, e com oito dias de antecedência, em segunda convocação. A Comissão de Valores Mobiliários – CVM também poderá, em determinadas circunstâncias, requerer que a primeira convocação para nossas assembléias gerais de acionistas seja feita em até 15 dias antes da realização da respectiva assembléia geral. Local da Realização de Assembléia Geral Nossas assembléias gerais são realizadas em nossa sede, na Cidade de São Paulo, no Estado de São Paulo. A Lei das Sociedades por Ações permite que nossas assembléias gerais sejam realizadas fora de nossa sede, por motivo de força maior, desde que sejam realizadas na cidade de São Paulo e a respectiva convocação contenha uma indicação expressa e inequívoca do local em que a assembléia geral deverá ocorrer. Competência para Convocar Assembléias Gerais Compete, ordinariamente, ao nosso Conselho de Administração convocar as assembléias gerais, ainda que as mesmas possam ser convocadas pelas seguintes pessoas ou órgãos: • qualquer acionista, quando nossos administradores retardarem, por mais de 60 dias, a convocação contida em previsão legal ou estatutária; • acionistas que representem no mínimo 5% do nosso capital social, caso nossos administradores não atendam, no prazo de oito dias, a pedido de convocação que apresentarem, devidamente fundamentado, com indicação das matérias a serem tratadas; • acionistas que representem no mínimo 5% do nosso capital social quando nossos administradores não atendam, no prazo de oito dias, a pedido de convocação de assembléia que tenha como finalidade a instalação do Conselho Fiscal; e • o Conselho Fiscal, caso nosso Conselho de Administração deixe de convocar a Assembléia Geral Ordinária por mais de um mês, sendo que o Conselho Fiscal poderá também convocar uma Assembléia Geral Extraordinária sempre que ocorrerem motivos graves ou urgentes; Legitimação e Representação As pessoas presentes à assembléia geral deverão provar a sua qualidade de acionista e titularidade das ações com relação as quais pretendem exercer o direito de voto. Nossos acionistas podem ser representados na assembléia geral por procurador constituído há menos de um ano, que seja acionista, administrador ou advogado, ou ainda por uma instituição financeira. 131 Conselho de Administração De acordo com o nosso Estatuto Social, o Conselho de Administração será composto de, no mínimo, cinco e, no máximo, dez membros. O número dos membros do Conselho de Administração será definido nas assembléias gerais de acionistas pelo voto majoritário dos titulares de nossas ações ordinárias em circulação. A regulamentação aplicável a companhias abertas permite a adoção do processo de voto múltiplo, mediante requerimento por acionistas representando, no mínimo, 5% de nosso capital votante. Não sendo solicitada a adoção do voto múltiplo, os conselheiros são eleitos pelo voto majoritário de acionistas titulares de ações ordinárias em circulação, presentes ou representados por procurador, sendo assegurado aos acionistas minoritários que detenham, individualmente ou em bloco, pelo menos 15% de ações ordinárias em circulação, o direito de indicar em conjunto um conselheiro e seu respectivo suplente. Nossos conselheiros são eleitos pelos nossos acionistas reunidos em assembléia geral ordinária para um mandato de um ano. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, cada conselheiro deve ser titular de, pelo menos, uma ação de emissão da Companhia. Nossos conselheiros não estão sujeitos à aposentadoria compulsória por idade. Operações de Interesse para os Conselheiros A Lei das Sociedades por Ações proíbe um conselheiro de: • realizar qualquer ato gratuito com a utilização de ativos da companhia, em detrimento da companhia; • receber, em razão de seu cargo, qualquer tipo de vantagem pessoal direta ou indireta de terceiros, sem autorização constante do respectivo Estatuto Social ou concedida através de assembléia geral; • intervir em qualquer operação social em que tiver interesse conflitante com o da companhia, ou nas deliberações que os demais conselheiros tomarem a respeito; e • tomar parte em deliberações em que tenha interesse conflitante. A remuneração dos nossos conselheiros é fixada pelos acionistas. Destinação do Lucro Líquido e Distribuição de Dividendos A análise abaixo resume as principais disposições da Lei das Sociedades por Ações sobre a constituição de reservas por companhias e regras sobre distribuição de dividendos, incluindo disposições sobre juros sobre capital próprio. Dividendo Obrigatório Em cada Assembléia Geral Ordinária, o nosso Conselho de Administração deverá fazer uma recomendação sobre a destinação do lucro líquido do exercício social anterior, que deverá ser aprovada por nossos acionistas. Para fins da Lei das Sociedades por Ações, lucro líquido é definido como o resultado do exercício social remanescente após dedução de imposto de renda e a contribuição social, líquido de quaisquer prejuízos acumulados de exercícios sociais anteriores e de quaisquer valores destinados ao pagamento de participações estatutárias de empregados e administradores no lucro da Companhia. De forma compatível com a Lei das Sociedades por Ações, o nosso estatuto social prevê um valor, conhecido como dividendo obrigatório, a ser disponibilizado para distribuições de dividendo ou pagamento de juros sobre o capital próprio em qualquer exercício em particular. O valor dividendo obrigatório é igual a 25% do nosso lucro líquido, reduzido por valores alocados a nossa reserva legal, se houver e à reserva de contingência, se houver, e aumentado por quaisquer reversões da reserva de contingência. Ademais, o dividendo obrigatório poderá ser limitado à parcela realizada do lucro líquido. Ver “Dividendos e Política de Dividendos” abaixo. O cálculo do nosso lucro líquido e as alocações a reservas com relação a qualquer exercício social são determinados com base nas demonstrações financeiras não-consolidadas elaboradas em conformidade com os princípios de contabilidade previstos na Lei de Sociedades por Ações. Reservas Reserva Legal. Estamos obrigados a manter reserva legal, à qual devemos destinar 5% do lucro líquido de cada exercício social até que o valor da reserva seja igual a 20% do nosso capital integralizado. Não obstante, não somos obrigados a fazer qualquer destinação à reserva legal com relação a qualquer exercício social em que a reserva legal, quando acrescida as outras reservas de capital constituídas, exceder 30% do capital social da Companhia. Eventuais prejuízos líquidos poderão ser levados a débito da reserva legal. Os montantes alocados à reserva legal não estão disponíveis para distribuição de dividendos. Em 30 de junho de 2004, contabilizamos reserva legal no valor de R$146,3 milhões. 132 Reserva de Lucros. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, no exercício social em que o valor do dividendo obrigatório ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido, o excesso poderá ser destinado à constituição de reserva de lucros a realizar. Nos termos da Lei das Sociedades por Ações, considera-se realizada a parcela do lucro líquido do exercício que exceder a soma dos seguintes valores (i) o resultado líquido positivo da equivalência patrimonial e (ii) o lucro, ganho ou rendimento em operações cujo prazo de realização financeira ocorra após o término do exercício social seguinte. As quantias constantes da reserva de lucros a realizar devem ser utilizadas para a distribuição do dividendo obrigatório uma vez que os lucros não realizados tenham sido realizados. Em 31 de dezembro de 2003, não contabilizamos reserva de lucros a realizar. Reserva para Contingências. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, parte do lucro líquido poderá ser destinada à reserva para contingências com a finalidade de compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado. Qualquer valor assim destinado em exercício anterior deverá ser revertido no exercício social em que a perda que tenha sido antecipada, não venha, de fato, a ocorrer, ou deverá ser baixado na hipótese de a perda antecipada efetivamente ocorrer. Em 30 de junho de 2004, não contabilizamos reserva para contingências. Reserva de Capital. Nossa reserva de capital consiste de incentivos fiscais e doações feitas por entidades governamentais. A parcela da reserva decorrente de incentivos fiscais é oriunda de uma opção de investimento no capital social de companhias que executam determinados projetos pré-aprovados pelo governo. Determinados montantes que seriam devidos a título de imposto de renda são creditados e, em seguida, revertidos para tal reserva. A parcela da reserva oriunda de doações reflete o valor de bens recebidos de entidades governamentais. Nenhuma ação é emitida e nenhum pagamento é realizado em contrapartida aos bens recebidos. Estas doações entram no balanço como contribuições diretas ao nosso patrimônio líquido. Em 30 de junho de 2004, nossa reserva de capital totalizava R$51,9 milhões. Reserva para Investimentos. A parcela de nosso lucro líquido não distribuída aos nossos acionistas é transferida para uma reserva estatutária (reserva para investimentos), conforme previsto em nosso programa de investimentos. Em 30 de junho de 2004, nossa reserva para investimentos era de R$1,3 bilhões. Reserva de Reavaliação. Nossa reserva de reavaliação é composta pelos valores de ajuste referentes à reavaliação de ativos imobilizados em uso, como base em seus respectivos valores de mercado em 1990 e 1991, assim como para compensar os efeitos da inflação registrada até o ano de 1995. Conforme autorizado pela Instrução CVM nº 197/93, optamos por não registrar o imposto de renda e a contribuição social sobre a reserva de reavaliação de bens do ativo imobilizado constituída até 1991. Estas diferenças não registradas totalizaram R$507,5 milhões em 30 de junho de 2004 e R$526,9 milhões e R$572,6 milhões em 31 de dezembro de 2003 e 2002, respectivamente. A reserva de reavaliação vem sendo realizada em contrapartida da conta "Lucros acumulados", na mesma proporção da depreciação e baixa dos respectivos bens a que está relacionada. Em 30 de junho de 2004, nossa reserva de reavaliação era de R$2,7 bilhões. Pagamento de Dividendos e de Juros sobre o Capital Próprio O estatuto social de uma companhia brasileira deve especificar um percentual mínimo do lucro disponível que deve ser distribuído aos acionistas a título de dividendo obrigatório, ainda que ele possa ser pago sob a forma de juros sobre o capital próprio. O dividendo mínimo obrigatório foi fixado em nosso Estatuto Social em valor igual a um percentual não inferior a 25% do lucro líquido anual ajustado na forma da Lei das Sociedades por Ações. Veja “ - Valores disponíveis para distribuição”. Adicionalmente, nosso Conselho de Administração pode recomendar aos acionistas que aprovem a distribuição de dividendos adicionais, provenientes de outros recursos legalmente disponíveis para distribuição. A Lei das Sociedades por Ações permite, entretanto, que uma companhia aberta suspenda a distribuição obrigatória de dividendos, caso o conselho de administração informe à assembléia geral que a distribuição seria desaconselhável em vista da condição financeira da companhia. O Conselho Fiscal, se em funcionamento, deve dar parecer à recomendação do Conselho de Administração. Nessa hipótese, a nossa administração deverá apresentar justificativa para a suspensão à CVM. Os lucros não distribuídos em razão da suspensão na forma acima mencionada serão destinados a uma reserva especial e, caso não sejam absorvidos por prejuízos subseqüentes, deverão ser distribuídos, a título de dividendos, tão logo a condição financeira da companhia assim o permita. O dividendo obrigatório pode ser distribuído também a título de juros sobre o capital próprio, tratado como despesa dedutível para fins de imposto de renda de pessoa jurídica e contribuição social sobre o lucro líquido. 133 Dividendos Estamos obrigados pela Lei das Sociedades por Ações e por nosso Estatuto Social a realizar uma Assembléia Geral Ordinária até o quarto mês subseqüente ao encerramento de cada exercício social na qual, entre outras coisas, os acionistas terão que deliberar sobre a distribuição de dividendo anual. A distribuição de dividendos anuais toma por base as demonstrações financeiras auditadas não consolidadas, referentes ao exercício social imediatamente anterior. Os titulares de ações na data em que o dividendo for declarado farão jus ao recebimento dos dividendos. Nos termos da Lei das Sociedades por Ações, o dividendo anual deve ser distribuído no prazo de 60 dias a contar de sua declaração, a menos que a deliberação de acionistas estabeleça outra data de distribuição que, em qualquer hipótese, deverá ocorrer antes do encerramento do exercício social em que o dividendo tenha sido declarado. Nosso Estatuto Social não estabelece que o valor da distribuição de dividendo seja corrigido por conta da inflação ou acrescido de juros. Os acionistas têm prazo de três anos, contados da data da distribuição de dividendos, para reclamar dividendos (ou pagamentos de juros) referentes as suas ações, após o qual o valor dos dividendos não reclamados reverterá em nosso favor. Nosso Conselho de Administração pode declarar dividendos intermediários à débito da conta de lucros acumulados ou lucros alocados as nossas reservas de lucros existentes no último balanço anual ou semestral, aprovado pelos acionistas. Adicionalmente, nosso Conselho de Administração pode declarar dividendos a partir do lucro líquido constante de nosso balanço semestral ou qualquer balanço relativo a período mais curto. Os dividendos trimestrais não podem exceder o montante das reservas de capital. As distribuições de dividendos intermediários podem ser compensadas do valor de dividendos obrigatórios relativos ao lucro líquido do final do exercício em que os dividendos intermediários foram distribuídos. Juros sobre o capital próprio Desde 1o de janeiro de 1996, as companhias brasileiras estão autorizadas a pagar juros limitados a titulares de participações acionárias e considerar tais pagamentos dedutíveis para efeito do imposto de renda de pessoa jurídica e, desde 1998, também para efeito da contribuição social sobre o lucro líquido. A dedução fica limitada ao que for maior entre (i) 50% do nosso lucro líquido (após quaisquer deduções referentes à contribuição social e antes de se considerar a referida distribuição e quaisquer deduções referentes ao imposto de renda) do período com relação ao qual o pagamento seja efetuado, e (ii) 50% de nossos lucros acumulados e reservas de lucros. Nosso Estatuto Social permite o pagamento de juros sobre o capital próprio como forma alternativa de distribuição de dividendos. Os juros sobre o capital próprio ficam limitados à variação pro rata die da Taxa de Juros de Longo Prazo, ou TJLP. O valor pago a título de juros sobre o capital próprio, líquido de imposto de renda, poderá ser imputado como parte do valor do dividendo obrigatório. Qualquer pagamento de juros sobre o capital próprio a detentores de nossas ações, quer sejam ou não residentes no Brasil, está sujeito a imposto de renda na fonte à alíquota de 15%, ficando estabelecido que alíquota de 25% se aplicará se a pessoa que receber os juros for residente em paraíso fiscal (ou seja, país que não cobra imposto de renda, que cobra imposto de renda à alíquota máxima inferior a 20% ou em que a legislação local imponha restrições à divulgação da composição acionária ou da titularidade de investimento). Direito de Retirada e Resgate Direito de Retirada Qualquer um de nossos acionistas dissidente de certas deliberações tomadas em assembléia geral poderá retirar-se da Companhia, mediante reembolso do valor de suas ações. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, o direito de retirada dos nossos acionistas poderá ser exercido nas seguintes circunstâncias: • a redução do nosso dividendo obrigatório; • a mudança do nosso objeto social; • a nossa fusão com outras empresas, em que nós não sejamos a entidade resultante, ou incorporação de nossa Companhia em outra sociedade; 134 • a nossa participação em um grupo de sociedades, conforme tal expressão é utilizada na Lei das Sociedades por Ações; • a nossa transformação em outro tipo de sociedade; • a nossa participação em incorporação de ações, que consiste na transferência de todas as ações de nossa emissão para outra companhia a fim de fazer com que a Sabesp se torne uma subsidiária integral da outra companhia em questão, ou na transferência de todas as ações de emissão de outra companhia para a Sabesp a fim de fazer com que a outra companhia em questão se torne uma subsidiária integral da Sabesp; ou • a aquisição do controle de outra companhia por preço que exceda determinados limites estabelecidos na Lei das Sociedades por Ações. A Lei das Sociedades por Ações estabelece, ainda, que a nossa cisão ensejará direito de retirada nos casos em que ela ocasionar: • a mudança do nosso objeto social; • a redução do nosso dividendo obrigatório; ou • a nossa participação em um grupo de sociedades, conforme tal expressão é utilizada na Lei das Sociedades por Ações. Nos casos de: • nossa fusão com outras empresas, em que nós não sejamos a entidade resultante; • incorporação de nossa Companhia em outra sociedade; • incorporação de ações; • aquisição de controle de outra companhia por preço que exceda determinados limites; ou • a nossa participação em um grupo de sociedades, nossos acionistas não terão direito de retirada caso suas ações (i) tenham liquidez, ou seja, integrem o índice geral da BOVESPA ou o índice de qualquer outra bolsa, conforme definido pela CVM, e (ii) tenham dispersão, de forma que o acionista controlador, a sociedade controladora ou outras sociedades sob controle comum detenham menos da metade das ações da espécie ou classe objeto do direito de retirada. Nossos acionistas terão direito de retirada caso realizemos uma incorporação, fusão, cisão e a companhia resultante não obtenha o registro de companhia aberta ou não promova a admissão de suas novas ações no mercado secundário no prazo máximo de 120 dias contados da data da assembléia geral que aprovou a operação. O direito de retirada deverá ser exercido no prazo de 30 dias, contado da publicação da ata da assembléia geral em questão. Adicionalmente, temos o direito de reconsiderar qualquer deliberação que tenha ensejado direito de retirada nos dez dias subseqüentes ao término do prazo de exercício desse direito, se entendermos que o pagamento do preço do reembolso das ações aos acionistas dissidentes colocaria em risco nossa estabilidade financeira. No caso do exercício do direito de retirada, os acionistas terão direito a receber o valor patrimonial de suas ações, com base no último balanço aprovado pela assembléia geral. Se, todavia, a deliberação que ensejou o direito de retirada tiver ocorrido mais de 60 dias depois da data do último balanço aprovado, o acionista poderá solicitar levantamento de balanço especial em data que obedeça ao prazo de 60 dias, para avaliação do valor de suas ações. Neste caso, devemos pagar imediatamente 80% do valor de reembolso calculado com base no último balanço aprovado por nossos acionistas, e o saldo no prazo de 120 dias a contar da data da deliberação da assembléia geral. Resgate De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, nossas ações podem ser resgatadas mediante determinação de nossos acionistas em Assembléia Geral Extraordinária. As ações a serem resgatadas deverão ser escolhidas por sorteio. 135 Registro de Nossas Ações Nossas ações ordinárias são mantidas sob a forma escritural junto ao Banco Itaú S.A.. A transferência de Ações Ordinárias é realizada por meio de um lançamento pelo Banco Itaú S.A. em seus sistemas de registro a débito da conta de ações do alienante e a crédito da conta de ações do adquirente, mediante ordem por escrito do alienante ou mediante ordem ou autorização judicial. Direito de Preferência Os nossos acionistas têm direito de preferência de modo geral na subscrição de ações em qualquer aumento de capital de acordo com a proporção de sua participação acionária. Os nossos acionistas também têm direito de preferência na subscrição de quaisquer debêntures conversíveis, direitos de adquirir nossas ações e bônus de subscrição que venhamos a emitir. Em conformidade com a lei brasileira, será facultado prazo de no mínimo 30 dias para o exercício do direito de preferência. Nosso Conselho de Administração pode excluir os direitos de preferência ou reduzir o prazo de exercício de tais direitos no que respeita à emissão de novas ações, debêntures conversíveis e bônus de subscrição até o limite do capital social autorizado se a distribuição das ações for levada a efeito por meio de bolsa de valores, oferta pública ou de permuta de ações em oferta pública cuja finalidade seja a tomada de controle de outra empresa. Nos termos da Lei das Sociedades por Ações, os detentores poderão transferir ou alienar seus direitos de preferência a título oneroso. Efeitos Impeditivos de Tomada de Controle de Certas Disposições do Nosso Estatuto Social Algumas disposições do nosso Estatuto Social poderão ter o efeito de desencorajar, atrasar ou impedir tomadas de controle hostis da nossa empresa. Conforme exigido para empresas listadas no Novo Mercado, o nosso Estatuto Social prevê que qualquer pessoa que adquirir o controle da nossa Companhia deverá realizar oferta das ações remanescentes no prazo de 90 dias ao mesmo preço por ação pago pelas ações representativas de controle. Ademais, se o novo acionista controlador detinha quaisquer ações antes de sua tomada de controle, o acionista deverá pagar a qualquer outro acionista de quem tenha adquirido as ações em bolsa de valores durante os seis meses anteriores, a diferença entre o preço pago por ação pelo bloco de controle e o preço pago nas demais compras. Embora essas exigências do Novo Mercado se destinem a proteger os acionistas minoritários, também desencorajam aquisições de controle por aumentarem o custo e as medidas legais necessárias à tomada de controle de sociedade. Restrições à Realização de Determinadas Operações por Acionistas Controladores, Conselheiros, Diretores e Membros do Conselho Fiscal Nossos acionistas controladores, conselheiros, diretores e membros do conselho fiscal (considerados insiders para efeito da legislação brasileira) devem abster-se de negociar valores mobiliários de nossa emissão, incluindo no contexto de operações com derivativos que envolvam valores mobiliários de nossa emissão, nas seguintes condições, dentre outras: • anteriormente à divulgação ao público de qualquer ato ou fato relevante que diga respeito aos nossos negócios; • na hipótese de nossa fusão, incorporação ou cisão de parte ou a totalidade de nossos ativos ou ainda de nossa reorganização; • durante o período de 15 dias anteriores à divulgação de nossas informações trimestrais e anuais; ou • relativamente aos nossos acionistas controladores, conselheiros e diretores, na hipótese de comprarmos ou vendermos nossas próprias ações ou na hipótese de compra ou venda de nossas ações por qualquer uma de nossas empresas controladas ou coligadas ou por qualquer outra companhia sob controle comum com nossa Companhia. Saída do Novo Mercado Podemos, a qualquer momento, requerer o cancelamento da listagem das Ações Ordinárias no Novo Mercado, desde que tal deliberação seja aprovada em assembléia geral por acionistas que representem a maioria das ações com direito a voto, e desde que a BOVESPA seja informada por escrito com no mínimo 30 dias de antecedência. O cancelamento da listagem das Ações Ordinárias no Novo Mercado não implica no cancelamento da listagem das Ações Ordinárias na BOVESPA. 136 Se a listagem das Ações Ordinárias no Novo Mercado for cancelada, nossos acionistas controladores deverão levar a efeito oferta pública de aquisição das Ações Ordinárias em circulação dentro de (i) 90 dias a partir do cancelamento, caso a Companhia continua tendo registro para negociação fora do Novo Mercado; ou (ii) 120 dias a partir da assembléia geral em que nossos acionistas aprovaram a reorganização societária que resultar em saída do Novo Mercado. Ademais, não poderemos ter valores mobiliários listados no Novo Mercado por dois anos após a data do cancelamento da listagem, a menos que haja uma alteração do controle após o cancelamento. Realização, pela Nossa Companhia, de Operações de Compra de Ações de Emissão Própria Nosso Estatuto Social autoriza nosso Conselho de Administração a aprovar a compra, de ações de emissão própria. A decisão de comprar ações de emissão própria para manutenção em tesouraria ou para cancelamento das mesmas não pode, dentre outras coisas: • resultar na redução do nosso capital social; • fazer com que seja necessária a utilização de recursos maiores do que os lucros acumulados e as reservas disponíveis; • criar, direta ou indiretamente, qualquer demanda, oferta ou condição do preço por ação artificial, como conseqüência de uma ação ou omissão; • envolver qualquer prática não eqüitativa; ou • ser utilizada para a compra de ações detidas por nossos acionistas controladores. Não podemos manter em tesouraria mais do que 10% de nossas ações em circulação no mercado. Qualquer compra de ações de emissão própria por nossa parte deve ser realizada em bolsa, exceto se as ações somente estiverem admitidas à negociação em mercado de balcão, e não pode ser feita por meio de operações privadas. Podemos também comprar ações de emissão própria na hipótese de deixarmos de ser uma companhia aberta. Adicionalmente, podemos comprar ou emitir opções de compra ou de venda relacionadas às ações de emissão própria. Divulgação de informações Devemos atender às exigências relativas a divulgação previstas na Lei das Sociedades por Ações e nos normativos expedidos pela CVM. Ainda, em função de nossa listagem no Novo Mercado, deveremos também seguir as exigências relativas a divulgação contidas no Regulamento do Novo Mercado. Divulgação de informações eventuais e periódicas A legislação sobre valores mobiliários estabelece que uma companhia aberta deve fornecer à CVM e à BOVESPA determinadas informações periódicas, que incluem as informações anuais, as informações trimestrais e os relatórios trimestrais da administração e dos auditores independentes. Esta legislação prevê também a obrigação de arquivarmos junto à CVM acordos de acionistas e avisos de convocação de assembléias gerais, bem como as atas destas assembléias. Observamos as normas de divulgação do Novo Mercado e estamos obrigados a, entre outras coisas: • apresentar balanço consolidado, demonstração dos resultados consolidada e a respectiva carta aos acionistas; • divulgar qualquer participação societária direta ou indireta, inclusive participação societária beneficiária que exceda 5% do nosso capital social; • divulgar o valor e as características dos nossos valores mobiliários detidos direta ou indiretamente por administradores, acionistas controladores e membros do Conselho Fiscal; • divulgar alterações do valor dos valores mobiliários detidos por administradores, acionistas controladores e membros do Conselho Fiscal nos 12 meses anteriores; • incluir, nas notas explicativas das nossas demonstrações financeiras, demonstrativo de fluxo de caixa; • divulgar a quantidade de ações em circulação e sua porcentagem em relação ao total das ações emitidas; e • elaborar demonstrações financeiras anuais e trimestrais em conformidade com o GAAP dos Estados Unidos ou as Normas Internacionais de Contabilidade, a partir de 2006. 137 Divulgação de Negociação por Detentores de Informações Privilegiadas A legislação brasileira sobre valores mobiliários exige que nossos acionistas controladores, nossa administração e os membros do nosso conselho fiscal e qualquer outro órgão técnico ou de consultoria divulgue a nós, à CVM e à BOVESPA o número e tipo de valores mobiliários emitidos por nós e por nossos controladoras que sejam detidos por elas ou por pessoas intimamente relacionadas a elas e quaisquer alterações de suas respectivas participações societárias. As informações acerca da aquisição de valores mobiliários (valor, preço e data de aquisição) deverão ser fornecidas a nós no prazo de 10 dias a contar do encerramento do mês em que foram adquiridas. Divulgação de Fatos Relevantes Nos termos da legislação brasileira sobre valores mobiliários, deveremos divulgar qualquer acontecimento relevante relacionado ao nosso negócio à CVM e à BOVESPA. Deveremos publicar aviso de tais acontecimentos relevantes. Um fato será havido por relevante se causar impacto relevante sobre o preço dos nossos valores mobiliários, a decisão dos investidores de negociar nossos valores mobiliários ou a decisão dos investidores de exercer quaisquer direitos como detentores de quaisquer de nossos valores mobiliários. Em circunstâncias especiais, poderemos apresentar à CVM pedido de tratamento confidencial a certos fatos relevantes. 138 DIVIDENDOS E POLÍTICA DE DIVIDENDOS Valores Disponíveis para Pagamento Em cada assembléia geral ordinária, o Conselho de Administração deverá recomendar sobre a destinação do lucro líquido do exercício social anterior. Para fins da Lei das Sociedades por Ações, lucro líquido é definido como o resultado do exercício que remanescer depois de deduzidos os impostos de renda e contribuições sociais, líquido de quaisquer prejuízos acumulados de exercícios sociais anteriores e de quaisquer valores destinados ao pagamento a participações estatutárias de empregados e administradores no nosso lucro. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, os valores disponíveis para distribuição de dividendos são os valores que correspondem ao lucro líquido menos quaisquer destinações do lucro líquido para: • reserva legal; e • reserva para contingências. Somos obrigados a manter reserva legal, à qual devemos destinar 5% do lucro líquido ajustado de cada exercício social até que o valor da reserva seja igual a 20% do nosso capital social integralizado. Entretanto, não somos obrigados a fazer qualquer destinação à reserva legal com relação a qualquer exercício social em que o valor total da reserva legal acrescido a outras reservas de capital constituídas, exceder 30% do nosso capital social. Eventuais prejuízos líquidos poderão ser levados à debito da reserva legal. Em 30 de junho de 2004, a reserva legal era de R$146,3 milhões, o que eqüivalia a 4,3% do capital integralizado da Sabesp nessa data. A Lei das Sociedades por Ações também prevê duas destinações discricionárias do lucro líquido, sujeitas à aprovação dos acionistas na assembléia geral ordinária. Em primeiro lugar, percentual do lucro líquido poderá ser destinado à reserva para contingências em razão de perdas antecipadas que sejam consideradas prováveis em exercícios futuros. Qualquer valor assim destinado em exercício anterior deverá ser revertido no exercício social em que a perda tenha sido antecipada caso a referida perda não venha, de fato, a ocorrer, ou deverá ser baixado na hipótese de a perda antecipada efetivamente vir a ocorrer. Em segundo lugar, se o valor do dividendo obrigatório for superior à parcela realizada dos lucros em um dado exercício, o excesso poderá ser destinado à constituição de reserva de lucros a realizar. Nos termos da Lei das Sociedades por Ações, entende-se por parcela realizada dos lucros a parcela dos lucros líquidos que exceder o resultado liquido positivo da equivalência patrimonial e dos lucros, ganhos ou rendimentos em operações cuja realização financeira ocorra após o encerramento do exercício social seguinte. Nos termos da Lei das Sociedades por Ações, qualquer companhia poderá, mediante previsão estatutária, criar reserva estatutária. Os estatutos sociais que autorizam a destinação de percentual do lucro líquido de uma companhia para a constituição de reserva legal também deverão indicar a finalidade, os critérios de destinação e o valor máximo da reserva. Podemos também alocar parte de nossos lucros líquidos para realização de atividades determinadas discricionariamente, previstas em orçamento de capital. Esse valor deverá ser previamente apresentado pela administração e aprovado pelos acionistas, com base em um orçamento de capital. Nossos orçamentos de capital com previsão de duração para mais de um ano devem ser revisados anualmente na assembléia geral ordinária de acionistas. Após o término de um determinado projeto envolvendo investimentos de capital, devemos reter o valor alocado até que os acionistas decidam pela respectiva alocação de toda ou parte desta reserva para o capital social ou lucros acumulados. Em 30 de junho de 2004, possuíamos reserva para investimentos de R$1.252,5 milhões. Os valores disponíveis para distribuição de dividendos poderão ser acrescidos mediante reversão da reserva para contingências em razão de perdas antecipadas constituídas em exercícios anteriores, porém não realizadas. Os valores disponíveis para pagamento são apurados com base nas demonstrações financeiras não-consolidadas elaboradas em conformidade com os Princípios Contábeis Brasileiros. Os valores da reserva legal devem ser aprovados em assembléia geral ordinária de acionistas e podem ser transferidos para a conta de capital, não estando, porém, disponíveis para pagamento de dividendos no ano subseqüente. Nossos cálculos do lucro líquido e alocações para reservas relativos a qualquer exercício social são determinados com base em nossas demonstrações financeiras não-consolidadas elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 139 Distribuição Obrigatória A Lei das Sociedades por Ações, de modo geral, exige que o estatuto social de cada companhia brasileira especifique o percentual mínimo dos valores referentes a cada exercício social disponíveis para a distribuição pela companhia a acionistas a título de dividendos, também denominado dividendo obrigatório. De acordo com o nosso Estatuto Social, o dividendo obrigatório foi fixado em valor igual a percentual não inferior a 25% do nosso lucro líquido, reduzido por valores alocados a nossa reserva legal, se houver e à reserva de contingência, se houver, e aumentado por quaisquer reversões da reserva de contingência. O dividendo obrigatório toma por base percentual do lucro líquido ajustado, em detrimento de valor em dinheiro fixado por ação. A Lei das Sociedades por Ações permite, entretanto, que uma companhia aberta, como a Sabesp, suspenda a distribuição obrigatória de dividendos, caso o conselho de administração informe à assembléia geral que a distribuição seria desaconselhável em vista da condição financeira da companhia. O conselho fiscal deve opinar sobre a suspensão da distribuição obrigatória de dividendos e a suspensão ficará sujeita à aprovação dos detentores de ações ordinárias. Nessa hipótese, o conselho de administração deverá apresentar justificativa para a suspensão à CVM. Os lucros não distribuídos em razão da suspensão na forma acima mencionada serão destinados a uma reserva especial e, caso não sejam absorvidos por prejuízos subseqüentes, deverão ser pagos, a título de dividendos, tão logo a condição financeira da companhia o permita. Pagamento de Dividendos Estamos obrigados pela Lei das Sociedades por Ações e por nosso Estatuto Social a realizar assembléia geral ordinária até o quarto mês subseqüente ao encerramento de cada exercício social na qual, entre outras coisas, os acionistas terão que deliberar sobre o pagamento de dividendo anual. O pagamento de dividendos anuais toma por base as demonstrações financeiras referentes ao exercício social anterior. Nos termos da Lei das Sociedades por Ações, os dividendos devem, de modo geral, ser pagos no prazo de 60 dias a contar de sua declaração, a menos que a deliberação de acionistas estabeleça outra data de pagamento que, em qualquer hipótese, deverá ocorrer antes do encerramento do exercício social em que o dividendo tenha sido declarado. Os acionistas têm prazo de três anos, contados da data de pagamento de dividendos, para reclamar dividendos (ou pagamentos de juros sobre o capital próprio, conforme descrito na Seção “Registro de Pagamentos de Dividendos e Pagamentos de Juros sobre o Capital Próprio”) referentes às suas ações, após o qual o valor dos dividendos não reclamados reverterá em nosso favor. Nosso Estatuto Social não permite que paguemos dividendos intermediários com utilização de reservas de lucros ou de lucros acumulados referentes ao exercício social ou semestre precedente. De modo geral, os acionistas não residentes no Brasil deverão registrar-se junto ao Banco Central para que dividendos, produto da venda ou demais valores relacionados às suas ações possam ser remetidos ao exterior. As ações ordinárias subjacentes às nossas ADSs serão mantidas no Brasil pelo Banco Itaú S.A., também denominado custodiante, na qualidade de agente do depositário, o qual figura como titular nos registros do agente de escrituração das nossas ações ordinárias. Nosso atual agente de escrituração é o Banco Itaú S.A. O depositário registra eletronicamente as ações ordinárias subjacentes às ADSs junto ao Banco Central, podendo, por conseguinte, remeter dividendos, produto da venda ou outros valores relacionados a essas ações ao exterior. Os eventuais pagamentos de dividendos e distribuições em dinheiro serão efetuados em moeda corrente brasileira ao agente de custódia por conta do depositário, que converterá os recursos em dólares dos Estados Unidos da América e fará com que os dólares dos Estados Unidos da América sejam entregues ao depositário para distribuição aos detentores de ADSs.. De acordo com a atual legislação brasileira, os dividendos pagos a acionistas que não sejam residentes no Brasil, inclusive detentores de ADSs, não ficarão sujeitos a imposto de renda retido na fonte, ressalvados dividendos declarados com base em lucros gerados antes de 1º de janeiro de 1996. Registro de Pagamentos de Dividendos e Pagamentos de Juros sobre o Capital Próprio As sociedades anônimas brasileiras podem distribuir dividendos na forma de juros sobre o capital próprio, dedutíveis para fins fiscais, conforme a lei 9.249, de 26 de dezembro de 1995, e alterações posteriores. A taxa a qual os juros dedutíveis para fins fiscais poderão ser pagos é limitada ao produto da média da TJLP (taxa de juros a longo prazo publicado pelo Governo Brasileiro) e do patrimônio líquido durante o período em questão e não poderá exceder o maior valor entre: • 50% do lucro líquido (antes de se considerar a referida distribuição e quaisquer deduções referentes a impostos de renda porém após a dedução referente à contribuição social sobre lucro líquido) do período com relação ao qual o pagamento seja efetuado; e 140 • 50% dos lucros acumulados ou das reservas de lucros. Qualquer pagamento de juros sobre o capital próprio a acionistas de ADSs ou ações ordinárias, quer sejam ou não residentes no Brasil, está sujeito à incidência do imposto de renda retido na fonte à alíquota de 15% ou 25%, caso o beneficiário seja residente em paraíso fiscal. O valor pago a acionistas a título de juros sobre o capital próprio, líquido de imposto de renda retido na fonte, poderá ser incluído como parte do dividendo obrigatório. De acordo com a legislação aplicável, estamos obrigados a distribuir a acionistas valor suficiente para assegurar que o valor líquido por eles recebido, após o pagamento por parte da Sabesp dos impostos pertinentes, a título de juros sobre o capital próprio, seja, no mínimo, igual ao dividendo obrigatório. Quando efetuamos distribuição de juros sobre o capital próprio e esta distribuição não é contabilizada como parte da distribuição obrigatória de dividendos, incidirá o imposto de renda retido na fonte. Até a presente data, todos os pagamentos de juros sobre o capital próprio foram contabilizados como parte da distribuição obrigatória. Política de Dividendos Pretendemos declarar e pagar dividendos e/ou juros sobre o capital próprio, conforme estabelecido na Lei das Sociedades por Ações e em nosso Estatuto Social. Nosso Conselho de Administração poderá aprovar a distribuição de dividendos e/ou de juros sobre o capital próprio, calculados com base nas demonstrações financeiras semestrais ou trimestrais de nossa empresa. A declaração de dividendo anual, incluindo dividendos superiores ao dividendo obrigatório, exige aprovação da maioria dos detentores de nossas ações ordinárias. O valor de quaisquer distribuições dependerá de vários fatores, tais como, resultado operacional, condição financeira, necessidades de caixa, perspectivas da Sabesp e demais fatores considerados relevantes pelo Conselho de Administração e pelos acionistas. No âmbito de nosso planejamento fiscal, poderemos, no futuro, continuar a entender que a distribuição de juros sobre o capital próprio atende a nossos melhores interesses. Constam do quadro abaixo as distribuições do lucro líquido que efetuamos ou iremos efetuar aos nossos acionistas em 2000, 2001, 2002, 2003 e 2004 (até 30 de junho de 2004) com base no nosso lucro líquido. Todos esses valores distribuídos ou a serem distribuídos foram ou serão efetuados a título de juros sobre o capital próprio. Distribuições do lucro líquido Exercício findo em 31 de dezembro de 1999 2000 2001 2002 2003 2004 (Até 30 de junho) Lucro líquido (1) R$ (235,5) 521,4 216,2 (650,5) 833,3 42,2 Distribuições do lucro líquido Valor total Pagamento por Pagamento por distribuído (1) 1.000 ações ADS R$ R$ R$ 539,6 18,97 4,74 489,8 17,20 4,30 108,2 3,80 0,95 504,1 17,70 4,42 39,3 1,38 0,35 Índice de Pagamento (2) % 103,5 226,6 60,5 93,3 Data de Pagamento (3) (4) (5) (6) (7) _____________ (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) Em milhões de reais. Representa a distribuição dos dividendos pelo lucro líquido. 22 de novembro de 2000 e 26 de dezembro de 2000. 25 de junho de 2002. 24 de junho de 2003. 29 de junho de 2004 deverão ser pagos dentro de, no máximo, sessenta dias após a Assembléia Geral Ordinária de 2005. Em 26 de fevereiro de 2004, nosso Conselho de Administração aprovou o pagamento de dividendos, na forma de juros sobre capital próprio, no montante de R$39,3 milhões, a serem pagos no prazo de 60 dias a contar da assembléia geral de 2005 para os acionistas registrados em 15 de março de 2004. 141 (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) 3. ANEXOS • Estatuto Social • Informações Anuais relativas ao exercício social encerrado em 31.12.2003 (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) • Estatuto Social A-1 (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) ESTATUTO SOCIAL DA SABESP ESTATUTO CAPÍTULO I DENOMINAÇÃO, SEDE, FORO, OBJETO E DURAÇÃO ARTIGO 1q - A COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PAULO - SABESP, sociedade anônima cuja constituição foi autorizada pela Lei Estadual nq 119, de 29 de junho de 1973, se regerá pelo presente Estatuto e disposições legais aplicáveis. Parágrafo único - A sociedade é resultante da fusão da Companhia Metropolitana de Água de São Paulo - COMASP com a Companhia Metropolitana de Saneamento de São Paulo - SANESP. ARTIGO 2q - A sociedade tem por objetivo planejar, executar e operar serviços de saneamento básico em todo o território do Estado de São Paulo, compreendendo a captação, adução, tratamento e distribuição de água e coleta, afastamento, tratamento e disposição final dos esgotos, comercializando esses serviços e os benefícios que direta ou indiretamente decorrerem de seus empreendimentos, bem como prestar serviços correlatos com seu objeto social, no Brasil ou no exterior, além de participar de outras sociedades das quais o poder público, direta ou indiretamente, seja acionista ou quotista. ARTIGO 3q - A sociedade tem sua sede e foro na Capital do Estado de São Paulo, podendo instalar, manter ou extinguir filiais, sucursais, agências ou escritórios em qualquer ponto do território do Estado de São Paulo, a critério exclusivo da Diretoria. ARTIGO 4q - O prazo de duração da sociedade é indeterminado. CAPÍTULO II CAPITAL, AÇÕES E ACIONISTAS ARTIGO 5q - O capital autorizado da sociedade, na forma prevista na legislação em vigor, é de R$ 4.100.000.000,00 (quatro bilhões e cem milhões de reais), representado por 40.000.000.000 (quarenta bilhões) de ações ordinárias, nominativas e escriturais, sem valor nominal. SUPERINTENDÊNCIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO EMPRESARIAL Neuza Maria Simões DATA 19.04.2002 FOLHA 1 de 14 O.E.ESTATUTO .DOC.DOC A-3 ESTATUTO SOCIAL DA SABESP Parágrafo 1q - Em todas as publicações de documentos em que declarar o seu capital autorizado, a sociedade deverá indicar o montante do capital efetivamente subscrito e integralizado. Parágrafo 2q - O capital social será exclusivamente representado por ações ordinárias. As ações serão indivisíveis em relação à sociedade e cada ação ordinária terá direito a 1 (um) voto nas Assembléias Gerais. Parágrafo 3q - A Companhia poderá cobrar ou autorizar a instituição depositária, encarregada do registro das ações escriturais, a cobrar do acionista o custo do serviço de transferência da propriedade das ações, observados os limites fixados pela Comissão de Valores Mobiliários. ARTIGO 6q - A Fazenda do Estado de São Paulo,manterá sempre a maioria absoluta das ações ordinárias da Sociedade. Parágrafo 1q – É vedada a emissão de Partes Beneficiárias em favor de acionistas ou de quaisquer terceiros. Parágrafo 2q - Observado o que dispõe este Artigo, poderão participar do capital social pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado. ARTIGO 7q - Por deliberação do Conselho de Administração, ouvido previamente o Conselho Fiscal, a sociedade poderá emitir ações dentro do limite do Capital autorizado, independentemente de modificações do Estatuto Social, observadas as prescrições legais e deste Estatuto. Parágrafo 1q - Cabe ao Conselho de Administração, observados os preceitos legais e estatutários, deliberar sobre as condições de emissão, colocação, subscrição em dinheiro ou crédito e integralização das ações, indicando expressamente: a) o número de ações que serão emitidas; b) as formas e as condições de subscrição; c) as condições de integralização, prazo e número de parcelas de realização, observado o estabelecido no “caput” do artigo 8q; d) o preço mínimo pelo qual as ações poderão ser colocadas ou subscritas, observada a legislação em vigor; e) o prazo para colocação ou subscrição da emissão. Parágrafo 2q - A emissão de ações para integralização em bens dependerá de prévia aprovação pela Assembléia Geral. SUPERINTENDÊNCIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO EMPRESARIAL Neuza Maria Simões DATA 19.04.2002 FOLHA 2 de 14 O.E.ESTATUTO .DOC.DOC A-4 ESTATUTO SOCIAL DA SABESP ARTIGO 8q - A integralização das ações adquiridas ou subscritas em aumento de capital da sociedade realizar-se-á de conformidade com as condições fixadas pelo Conselho de Administração, facultado o seu parcelamento. Parágrafo único - O acionista que deixar de realizar as integralizações nas condições e prazos estabelecidos em boletim de subscrição ficará de pleno direto constituído em mora, sujeitando-se ao pagamento de juros de 1% (um por cento) ao mês, de correção monetária pelo mesmo indexador aplicável ao capital de sociedade e de multa equivalente a 10% (dez por cento) do valor da inadimplência. ARTIGO 9q - Em caso de aumento do capital social, emissão de debêntures conversíveis e/ou bônus de subscrição mediante subscrição particular, os acionistas terão direito de preferência na proporção do número de ações que possuírem na ocasião, observado o disposto no Artigo 171 da Lei nq 6.404/76. O direito de preferência deverá ser exercido dentro do prazo de 30 dias contados da publicação da Ata da Assembléia Geral ou de avisos no Diário Oficial do Estado. Parágrafo único - Expirado o prazo para exercício do direito de preferência de que trata o “caput” deste Artigo e havendo sobras de valores mobiliários não subscritos, o órgão que tenha deliberado pela emissão deverá dispor sobre a destinação de tais sobras. ARTIGO 10q - Por deliberação do Conselho de Administração, ouvido o Conselho Fiscal, a Companhia poderá adquirir ações de sua própria emissão para efeito de cancelamento ou de permanência em tesouraria, determinar a sua revenda ou recolocação no mercado, observadas as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e demais disposições legais aplicáveis. SUPERINTENDÊNCIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO EMPRESARIAL Neuza Maria Simões DATA 19.04.2002 FOLHA 3 de 14 O.E.ESTATUTO .DOC.DOC A-5 ESTATUTO SOCIAL DA SABESP CAPÍTULO III DA ADMINISTRAÇÃO ARTIGO 11q - São órgãos de administração da sociedade : I - A Assembléia Geral; II - O Conselho de Administração; III - A Diretoria. TÍTULO I DA ASSEMBLÉIA GERAL ARTIGO 12q - A Assembléia Geral reunir-se-á ordinariamente nos 4 (quatro) primeiros meses seguintes ao término do exercício social, para os fins previstos em lei e no Estatuto, e, extraordinariamente, sempre que os interesses sociais o exigirem, por convocação do Conselho de Administração, da Diretoria, do Conselho Fiscal ou dos acionistas, na forma da lei. Parágrafo 1q - A Assembléia Geral deve ser convocada por meio de edital publicado com pelo menos 15 (quinze) dias de antecedência, em primeira convocação, e com 8 (oito) dias de antecedência, em segunda convocação. Parágrafo 2q – Todos os documentos a serem analisados ou discutidos em Assembléia Geral serão disponibilizados aos acionistas na Bolsa de Valores de São Paulo – BOVESPA, bem como na sede social, a partir da data da publicação do primeiro edital de convocação referido no parágrafo anterior. Parágrafo 3q - A Assembléia Geral será instalada e presidida pelo Presidente do Conselho de Administração ou seu substituto em exercício, que escolherá entre os acionistas presentes o secretário. TÍTULO II DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ARTIGO 13q - O Conselho de Administração será composto por, no mínimo 5 (cinco) e, no máximo, 10 (dez) membros, acionistas da sociedade, eleitos pela Assembléia Geral, observado o disposto no artigo 239, caput da Lei nq 6.404/76, devendo ser fixado seus honorários e demais vantagens. Parágrafo 1q - A Assembléia Geral elegerá, dentre os membros do Conselho de Administração, 1 (um) Presidente e 1 (um) Vice-Presidente, que substituirá o Presidente em suas faltas ou impedimentos. Parágrafo 2q - Um dos membros do Conselho será indicado à Assembléia Geral pelo Conselho de Representantes dos Empregados. SUPERINTENDÊNCIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO EMPRESARIAL Neuza Maria Simões DATA 19.04.2002 FOLHA 4 de 14 O.E.ESTATUTO .DOC.DOC A-6 ESTATUTO SOCIAL DA SABESP Parágrafo 3q - Somente poderá ser eleito Conselheiro Representante quem for Empregado da Companhia há mais de 2 (dois) anos. Parágrafo 4q - Um membro do Conselho poderá ser eleito em votação separado na Assembléia Geral pela maioria dos titulares de, no mínimo, 15% do total das ações da sociedade, excluindo-se o acionista controlador e observado o disposto no parágrafo 4q, do Artigo 141 da Lei nq 6.404/76. Parágrafo 5q - Mesmo na hipótese de não ser possível aos acionistas minoritários alcançar o percentual referido no parágrafo 4q acima, será sempre assegurada a sua representação no Conselho de Administração, nos termos do Artigo 239 da Lei nq 6.404/76. ARTIGO 14q - O mandato dos membros do Conselho de Administração será de 1 (um) ano, permitida a reeleição. Parágrafo 1q - Os membros do Conselho de Administração serão investidos em seus cargos mediante assinatura de termo de posse no livro de Atas do Conselho de Administração e deverão, no início e no término de seu mandato, apresentar declaração de bens, na forma da legislação em vigor. Parágrafo 2q - Terminado o prazo de seu mandato, os membros do Conselho de Administração permanecerão no cargo até a posse de seus sucessores. Parágrafo 3q - Ocorrendo vaga, a qualquer título, no Conselho de Administração, deverá ser convocada Assembléia Geral para a eleição de substituto pelo prazo restante do mandato. Parágrafo 4q - O Presidente do Conselho de Administração será substituído nos seus impedimentos temporários pelo Vice-Presidente, ou, na falta deste, por outro Conselheiro por ele indicado. Parágrafo 5q - No caso de vaga no cargo de Presidente do Conselho de Administração, assumirá o Vice-Presidente, que permanecerá no cargo até que a Assembléia Geral escolha seu novo titular. ARTIGO 15q - O Conselho de Administração reunir-se-á sempre que convocado por seu Presidente ou por deliberação da maioria de seus membros ou, ainda, por solicitação da Diretoria. Parágrafo único - As reuniões do Conselho de Administração só serão instaladas com a presença da maioria de seus membros e as deliberações serão tomadas por maioria de votos dos presentes, cabendo ao Presidente ou ao seu substituto, em caso de empate, o voto de qualidade. ARTIGO 16q - Compete ao Conselho de Administração : I - fixar a orientação geral dos negócios da sociedade; II - eleger e destituir os Diretores da sociedade e fixar-lhes as atribuições, observado o disposto neste Estatuto; SUPERINTENDÊNCIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO EMPRESARIAL Neuza Maria Simões DATA 19.04.2002 FOLHA 5 de 14 O.E.ESTATUTO .DOC.DOC A-7 ESTATUTO SOCIAL DA SABESP III - fiscalizar a gestão dos Diretores, examinar, a qualquer tempo, os livros e papéis da sociedade, solicitar informações sobre contratos celebrados ou em vias de celebração e quaisquer outros atos; IV - convocar a Assembléia Geral, quando julgar conveniente, ou no caso do Artigo 132 da Lei nq 6.404, de 15 de dezembro de 1976; V - manifestar-se sobre o relatório da administração e as contas da Diretoria, inclusive sobre os planos e orçamentos econômico-financeiros e de execução de obras, anuais e plurianuais; VI - deliberar sobre a emissão de ações nos termos do Artigo 7q deste Estatuto; VII - autorizar a alienação de bens imóveis, nos termos de legislação pertinente, bem como a constituição de garantias reais, a oneração de bens e a prestação de garantias a obrigações de terceiros; VIII - escolher e destituir os auditores independentes; IX - deliberar sobre a emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações e sem garantia real. Relativamente aos demais tipos, deliberar sobre a oportunidade de emissão de debêntures, o modo de subscrição ou colocação e o tipo das debêntures a serem emitidas, a época, as condições de pagamento dos juros, da participação nos lucros e do prêmio de reembolso das debêntures, se houver, a época e condições de vencimento, amortização ou resgate das debêntures, nos termos previamente deliberados em Assembléia Geral dos Acionistas; X - atribuir a um diretor as funções de relações com investidores, a ser exercida cumulativamente ou não com outras funções executivas, competindo ao mesmo prestar informações aos investidores, à Comissão de Valores Mobiliários e às Bolsas de Valores em que a Sociedade tenha seus valores mobiliários negociados, conforme legislação aplicável; XI - deliberar sobre as recomendações da Diretoria quanto à captação de recursos mediante a emissão de notas promissórias na qualidade de valor mobiliário (conforme regulado pelo Conselho Monetário Nacional como “commercial paper”). SUPERINTENDÊNCIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO EMPRESARIAL Neuza Maria Simões DATA 19.04.2002 FOLHA 6 de 14 O.E.ESTATUTO .DOC.DOC A-8 ESTATUTO SOCIAL DA SABESP TÍTULO III DA DIRETORIA ARTIGO 17q - A Diretoria será composta por até 8 (oito) Diretores, residentes no país, acionistas ou não, eleitos pelo Conselho de Administração, sendo um Diretor-Presidente, até 4 (quatro) Diretores VicePresidentes, até 2 (dois) Diretores e até 1 (um) Diretor-Representante. Parágrafo 1q - O Diretor-Representante será indicado ao Conselho de Administração da Sociedade pelo Conselho de Representantes dos Empregados e terá mandato coincidente com o de toda a Diretoria. Parágrafo 2q - Somente poderá ser eleito Diretor-Representante quem seja Empregado da Companhia há mais de 2 (dois) anos. Parágrafo 3q - Os honorários e demais vantagens dos membros da Diretoria serão fixados pela Assembléia Geral. O Diretor-Representante poderá optar entre os salários de seu cargo e os honorários da Diretoria. ARTIGO 18q - O mandato dos membros da Diretoria será de 2 (dois) anos, permitida a reeleição. Parágrafo 1q - Os membros da Diretoria serão investidos em seus cargos mediante assinatura de termo de posse, no Livro de Atas de reuniões da Diretoria e deverão, no início e no término do seu mandato, apresentar declaração de bens, na forma da legislação em vigor. Parágrafo 2q - Terminado o prazo de seu mandato, os membros da Diretoria permanecerão no cargo até a posse de seus sucessores. Parágrafo 3q - Ocorrendo vaga, a qualquer título, na Diretoria, o Conselho de Administração designará o substituto para preenchê-la, devendo o término de seu mandato coincidir com o dos demais membros da Diretoria. ARTIGO 19q - A Diretoria reunir-se-á, no mínimo, uma vez por mês, e sempre que convocada pelo DiretorPresidente ou pela maioria de seus membros. Parágrafo Único - As deliberações da Diretoria serão tomadas por maioria de votos dos presentes, cabendo ao Diretor-Presidente ou ao seu substituto, em caso de empate, o voto de qualidade. Para validade das deliberações da Diretoria exige-se a presença de, no mínimo, 4 (quatro) Diretores. ARTIGO 20q - A Diretoria terá amplos poderes de administração e gestão dos negócios sociais, podendo realizar todas as operações que se relacionarem com o objeto da sociedade, inclusive contrair empréstimos, alienar bens móveis, abrir, movimentar e encerrar contas em estabelecimentos de crédito, sacar, endossar e aceitar títulos cambiais, emitir e endossar notas promissórias e, obedecendo o disposto no Artigo 16, Inciso XI, estes últimos títulos quando na qualidade de valor mobiliário (regulado pelo Conselho Monetário Nacional), emitir e endossar cheques e demais títulos de crédito, renunciar a direitos e transigir, dar cauções, avais e fianças em operações de interesse da sociedade, observadas as disposições estatutárias aplicáveis. SUPERINTENDÊNCIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO EMPRESARIAL Neuza Maria Simões DATA 19.04.2002 FOLHA 7 de 14 O.E.ESTATUTO .DOC.DOC A-9 ESTATUTO SOCIAL DA SABESP Parágrafo 1q - A alienação e a oneração de bens imóveis da sociedade dependerão sempre de prévia autorização do Conselho de Administração ou da Assembléia Geral, conforme o caso. Parágrafo 2q - Os atos e documentos que envolvam a responsabilidade financeira da sociedade ou exonerem terceiros de responsabilidade para com ela, conterão a assinatura conjunta de dois Diretores ou de um Diretor e um procurador, ou de dois procuradores, investidos de poderes especiais. ARTIGO 21q - A sociedade, representada por seu Diretor-Presidente em conjunto com um Diretor, ou na ausência ou impedimento do Diretor-Presidente, por dois de seus Diretores, poderá constituir procuradores “ad-judicia” ou “ad-negotia”, especificando no respectivo instrumento de outorga os poderes a serem conferidos e o modo como exercê-los, estabelecendo para as procurações “ad-negotia” o prazo de duração do respectivo mandato que será, no máximo, até o último dia do ano para o qual foram outorgadas. Parágrafo 1q - A Diretoria poderá autorizar excepcionalmente a constituição de um único procurador para a representação da sociedade perante órgãos da administração pública. Parágrafo 2q - Os procuradores com poderes “ad-judicia” isoladamente. poderão atuar em conjunto ou ARTIGO 22q - Sem prejuízo do disposto no Artigo 21, compete à Diretoria : I - praticar todos os atos necessários ao funcionamento regular da sociedade; II - aprovar o Regimento Interno e Regulamentos da sociedade; III - propor ao Conselho de Administração as diretrizes fundamentais dos negócios sociais; IV - submeter à Assembléia Geral proposta de aumento de capital e reforma do Estatuto Social, após a aprovação do Conselho de Administração e ouvido o Conselho Fiscal, quando for o caso, observadas as demais disposições legais aplicáveis; V - propor ao Conselho de Administração a alienação ou oneração de bens imóveis da sociedade; VI - apresentar ao Conselho de Administração os planos e orçamentos econômicofinanceiros e de execução de obras, anuais e plurianuais; VII - deliberar sobre a indicação, pelo Diretor-Presidente, de substituto dos demais Diretores, nos casos de impedimento temporário e licença; VIII - deliberar sobre a baixa de bens patrimoniais; IX - indicar substituto ao Diretor-Presidente nos seus impedimentos ocasionais, se por qualquer motivo não o houver feito o próprio Diretor-Presidente na forma do Artigo 23, letra “f” ; X - apresentar o Relatório Anual e as contas da Diretoria à Assembléia Geral Ordinária, ouvidos o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal. SUPERINTENDÊNCIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO EMPRESARIAL Neuza Maria Simões DATA 19.04.2002 FOLHA 8 de 14 O.E.ESTATUTO .DOC.DOC A - 10 ESTATUTO SOCIAL DA SABESP ARTIGO 23q - Compete ao Diretor-Presidente: a) representar a sociedade ativa e passivamente, em juízo ou fora dele; b) convocar e presidir as reuniões de Diretoria; c) criar e extinguir cargos ou funções, fixando-lhes os vencimentos; d) coordenar e supervisionar os diversos ramos das atividades sociais e orientar, de modo geral, os estudos econômicos e financeiros, pertinentes aos objetivos sociais; e) submeter ao Conselho de Administração a distribuição dos encargos entre os Diretores; f) indicar o seu substituto em seus impedimentos ocasionais; g) submeter à Diretoria a indicação de substituto dos Diretores, nos casos de impedimento temporário e licença. ARTIGO 24q - Compete aos Diretores : a) participar das reuniões de Diretoria; b) exercer as funções que forem determinadas pelo Conselho de Administração e pela Diretoria; c) assinar, em conjunto com outro Diretor, os papéis e atos que reclamem a assinatura de dois Diretores. CAPÍTULO IV DO CONSELHO FISCAL ARTIGO 25q - A sociedade terá um Conselho Fiscal de funcionamento permanente, com as atribuições previstas em lei, composto de 3 (três) a 5 (cinco) membros efetivos e 3 (três) a 5 (cinco) membros suplentes, residentes no país, acionistas ou não, eleitos pela Assembléia Geral Ordinária, observado o disposto no artigo 240 da Lei nq 6.404/76, permitida a reeleição. ARTIGO 26q - A remuneração dos membros do Conselho Fiscal será fixada pela Assembléia Geral que os eleger. ARTIGO 27q - Em caso de vaga, falta ou impedimento dos membros efetivos, serão convocados os suplentes. ARTIGO 28q - Os membros do Conselho Fiscal serão investidos em seus cargos mediante assinatura de termo de posse no livro de atas do Conselho Fiscal e deverão, no início e no término de seu mandato, apresentar declaração de bens, na forma da legislação em vigor. SUPERINTENDÊNCIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO EMPRESARIAL Neuza Maria Simões DATA 19.04.2002 FOLHA 9 de 14 O.E.ESTATUTO .DOC.DOC A - 11 ESTATUTO SOCIAL DA SABESP CAPÍTULO V EXERCÍCIO SOCIAL, BALANÇO E DISTRIBUIÇÃO DE RESULTADOS ARTIGO 29q - O exercício social se inicia em 1q (primeiro) de janeiro e se encerra no dia 31 (trinta e um) de dezembro de cada ano, quando então se procederá à elaboração das seguintes demonstrações financeiras: I - Balanço Patrimonial; II - Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; III - Demonstração do resultado do exercício; IV - Demonstração das origens e aplicações de recursos. ARTIGO 30q - Serão observadas as seguintes regras em relação ao resultado das atividades sociais, apurado no balanço patrimonial: I - Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer participação, os prejuízos acumulados e a provisão para imposto de renda; II - O lucro líquido assim apurado terá a seguinte destinação: a) 5% para a constituição da reserva legal até que ela atinja os limites fixados em lei; b) atribuição de dividendos aos acionistas, em valor não inferior a 25% do lucro líquido apurado de acordo com a lei e este Estatuto; c) o saldo remanescente terá o destino que a Assembléia Geral determinar, consubstanciado em proposta da Diretoria, ouvidos o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal. Parágrafo 1q – Sempre que o montante do dividendo mínimo obrigatório ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a administração poderá propor, e a Assembléia Geral aprovar, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a realizar. Parágrafo 2q - A Diretoria, ouvido o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal, poderá autorizar o pagamento aos acionistas de juros a título de remuneração sobre o capital próprio, na forma da legislação vigente, os quais poderão ser imputados ao valor do dividendo estatutário, integrando tal valor o montante dos dividendos distribuídos pela Companhia para todos os efeitos legais. ARTIGO 31q - Os dividendos serão distribuídos aos acionistas no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, a contar da publicação da ata da Assembléia Geral que os aprovou. Parágrafo único - Os dividendos aprovados não vencem juros e os que não forem reclamados dentro de 3 (três) anos da data da Assembléia Geral que os aprovou, prescreverão em favor da sociedade. SUPERINTENDÊNCIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO EMPRESARIAL Neuza Maria Simões DATA 19.04.2002 FOLHA 10 de 14 O.E.ESTATUTO .DOC.DOC A - 12 ESTATUTO SOCIAL DA SABESP CAPÍTULO VI DA LIQUIDAÇÃO ARTIGO 32q - A sociedade entrará em liquidação nos casos previstos em lei, competindo à Assembléia Geral determinar o modo de liquidação, nomear o liquidante e eleger o Conselho Fiscal que deverá funcionar durante o período de liquidação, fixando a remuneração de ambos. CAPÍTULO VII DISPOSIÇÕES GERAIS ARTIGO 33q - Para todos os fins e efeitos de direito, passam a integrar este Estatuto, no que forem aplicáveis, as disposições da Constituição Estadual, promulgada em 05 de outubro de 1989 e legislação estadual pertinente às entidades descentralizadas. ARTIGO 34q - De acordo com o disposto na lei, a sociedade sucede em todos os direitos e obrigações a Companhia Metropolitana de Água de São Paulo - COMASP e a Companhia Metropolitana de Saneamento de São Paulo - SANESP, de cuja fusão resultou, responsabilizando-se, quer em relação às referidas companhias, quer em relação a terceiros, inclusive poderes públicos e entidades nacionais e internacionais, pelas obrigações de caráter financeiro por elas assumidas. Parágrafo único - A sociedade se sub-roga nos direitos e obrigações da Superintendência de Água e Esgotos da Capital - SAEC e do Fomento Estadual de Saneamento Básico - FESB, nos termos dos Artigos 9q e 17q e respectivos parágrafos únicos, ambos da Lei Estadual nq 119, de 29 de junho de 1973, que autorizou a sua criação. ARTIGO 35q - O Conselho de Representantes dos Empregados será integrado exclusivamente por Empregados da Companhia; sua composição e atribuições serão fixadas em regulamento próprio aprovado pelo Conselho de Administração da Companhia. SUPERINTENDÊNCIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO EMPRESARIAL Neuza Maria Simões DATA 19.04.2002 FOLHA 11 de 14 O.E.ESTATUTO .DOC.DOC A - 13 ESTATUTO SOCIAL DA SABESP ARTIGO 36q - Na condição de Mantenedora e Patrocinadora da Fundação SABESP de Seguridade Social SABESPREV, autorizada a funcionar pela Portaria MTPS nq 3556, de 08.08.90, a Companhia participará da SABESPREV, obedecidas as seguintes condições: I - A contribuição mensal da Patrocinadora não poderá ultrapassar 2,1% (dois vírgula um por cento) da folha de pagamento (salários brutos, excluídos os encargos), obedecida a legislação previdenciária aplicável. II - No caso de insuficiência de recursos para atender os beneficiários a Patrocinadora não poderá ultrapassar esse percentual de 2,1% da folha de pagamento, devendo a SABESPREV corrigir a parcela de contribuição dos Empregados, ou reduzir proporcionalmente os valores dos benefícios, observada a legislação pertinente. III - A formação do patrimônio da SABESPREV, para compor o seu ativo, deverá ser feita com recursos próprios ou, caso a Companhia necessite efetuar a transferência de bens móveis e imóveis, fazer investimentos, arcar com despesas de custeio, ou prestar garantias para a SABESPREV, deverá obter prévia e expressa autorização do CODEC ou do Secretário da Fazenda cujos valores serão objeto de compensação com a contribuição fixada no inciso I, deste artigo, por ocasião das transferências mensais. IV - Para que não haja distribuição indireta de recursos, além do limite prefixado, deverá ser objeto também de compensação e manifestação prévia do CODEC ou do Secretário da Fazenda, a cessão de Empregados da Companhia à SABESPREV ou a contratação de serviços de qualquer natureza entre ambas. V - Os Diretores da Companhia, além de suas responsabilidades definidas em lei, serão também responsabilizados pelo eventual descumprimento das normas fixadas estatutariamente, e relativas ao patrocínio da SABESP à SABESPREV. CAPÍTULO VIIl DA ALIENAÇÃO DO CONTROLE ACIONÁRIO E DO CANCELAMENTO DO REGISTO DE COMPANHIA ABERTA ARTIGO 37q - A alienação do controle acionário da sociedade, a título oneroso, tanto por meio de uma única operação, como por meio de operações sucessivas, deverá ser contratada sob condição, suspensiva ou resolutiva, de que o adquirente do controle se obrigue a formular no prazo máximo de 90 (noventa) dias, oferta pública de aquisição das ações dos demais acionistas, de forma a lhes assegurar tratamento igualitário ao do alienante. SUPERINTENDÊNCIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO EMPRESARIAL Neuza Maria Simões DATA 19.04.2002 FOLHA 12 de 14 O.E.ESTATUTO .DOC.DOC A - 14 ESTATUTO SOCIAL DA SABESP ARTIGO 38q - A oferta pública referida no artigo anterior também deverá ser realizada nos casos em que houver cessão onerosa de direitos de subscrição de ações e de outros títulos ou direitos relativos a valores mobiliários conversíveis em ações, que venha a resultar na alienação do controle da sociedade. ARTIGO 39q - Aquele que já detiver ações da sociedade e venha a adquirir o poder de controle acionário, em razão de contrato particular de compra de ações celebrado com o acionista controlador, envolvendo qualquer quantidade de ações, estará obrigado a: I. formular a oferta pública referida no Artigo 37 deste estatuto social; e II. ressarcir os acionistas dos quais tenha comprado ações em bolsa de valores nos 6 (seis) meses anteriores à data da transferência das ações representativas do controle da sociedade, devendo pagar a estes a eventual diferença entre o preço pago pelas ações representativas do controle e o valor pago em bolsa de valores por ações da sociedade nesse mesmo período, devidamente atualizado até o momento do pagamento. ARTIGO 40q - Na oferta pública de aquisição de ações a ser realizada pelo acionista controlador para o cancelamento do registro de companhia aberta da sociedade, o preço mínimo a ser ofertado deverá corresponder ao valor econômico apurado em laudo de avaliação. ARTIGO 41q - O laudo de avaliação de que trata o artigo precedente deverá ser elaborado por empresa especializada, com experiência comprovada e independente da sociedade, seus administradores e controladores, devendo o laudo também satisfazer os requisitos do parágrafo 1º do artigo 8º da Lei nq 6.404/76 e conter a responsabilidade prevista no parágrafo 6º do mesmo artigo da Lei. Parágrafo 1q- A escolha da empresa especializada responsável pela determinação do valor econômico da sociedade é de competência da Assembléia Geral, a partir da apresentação, pelo Conselho de Administração, de lista tríplice, devendo a respectiva deliberação ser tomada por maioria absoluta dos votos das ações em circulação manifestados na Assembléia Geral que deliberar sobre o assunto, não se computando os votos em branco, excluídas ações de titularidade do acionista controlador, de seu cônjuge, companheiro(a) e dependentes incluídos na declaração anual de imposto de renda, ações mantidas em tesouraria e ações detidas por sociedades controladas ou coligadas da sociedade e/ou do acionista controlador, assim como de outras sociedades que com qualquer dessas integre um mesmo grupo de fato ou de direito, e ações preferenciais de classe especial que tenham por fim garantir direitos políticos diferenciados, sejam intransferíveis e de propriedade exclusiva do ente desestatizante. Parágrafo 2q- Os custos de elaboração do laudo de avaliação exigido deverão ser suportados integralmente pelo acionista controlador. SUPERINTENDÊNCIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO EMPRESARIAL Neuza Maria Simões DATA 19.04.2002 FOLHA 13 de 14 O.E.ESTATUTO .DOC.DOC A - 15 ESTATUTO SOCIAL DA SABESP ARTIGO 42q - Os casos omissos neste estatuto serão resolvidos pela Assembléia Geral e regulados de acordo com o que preceitua a Lei nq 6.404, de 15 de dezembro de 1976. ARTIGO 43q - As disputas ou controvérsias relacionadas às práticas diferenciadas de governança corporativa previstas neste estatuto social e às relações entre a companhia, seus acionistas, administradores e conselheiros fiscais serão resolvidas por meio de arbitragem a que se refere a Lei nº 9.307/96, de acordo com as regras da Câmara de Arbitragem do Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo – BOVESPA, observada a ressalva aplicável aos direitos indisponíveis. No item “3”, poderá o Senhor Procurador do Estado manifestar-se favoravelmente à assinatura do Contrato de Participação no Novo Mercado a ser firmado entre a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP e a Bolsa de Valores de São Paulo. Finalmente, cumpre lembrar que não deverão ser deliberadas matérias de ordem econômico-financeiras, cabendo ao Senhor Representante da Fazenda Estadual reiterar à Administração da empresa a observância da legislação em vigor.” SUPERINTENDÊNCIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO EMPRESARIAL Neuza Maria Simões DATA 19.04.2002 FOLHA 14 de 14 O.E.ESTATUTO .DOC.DOC A - 16 • Informações Anuais relativas ao exercício social encerrado em 31.12.2003 A - 17 (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL CVM - COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS IAN - INFORMAÇÕES ANUAIS EMPRESA COMERCIAL, INDUSTRIAL E OUTRAS IAN Legislação Societária Data-Base: 31/12/2003 O REGISTRO NA CVM NÃO IMPLICA QUALQUER APRECIAÇÃO SOBRE A COMPANHIA, SENDO OS SEUS ADMINISTRADORES, RESPONSÁVEIS PELA VERACIDADE DAS INFORMAÇÕES PRESTADAS. 01.01 - IDENTIFICAÇÃO 1 - CÓDIGO CVM 2 - DENOMINAÇÃO SOCIAL 3 - CNPJ 014443 CIA. SANEAMENTO BÁSICO DE SP 43776517000180 4 - DENOMINAÇÃO COMERCIAL 5 - DENOMINAÇÃO SOCIAL ANTERIOR 6 - NIRE 7 - SITE SABESP - 35300016831 www.sabesp.com.br 01.02 - SEDE 1 - ENDEREÇO COMPLETO (LOGRADOURO, Nº E COMPLEMENTO) 2 - BAIRRO OU DISTRITO Rua Costa Carvalho nº 300 Pinheiros 3 - CEP 4 - MUNICÍPIO 05429-900 São Paulo 5 - UF SP 6 - DDD 7 - TELEFONE 8 - TELEFONE 9 - TELEFONE 10 - TELEX 11 - DDD 12 - FAX 13 - FAX 14 - FAX 11 3388-8000 - - - 11 3813-0254 3813-8587 - 15 - E-MAIL [email protected] 01.03 - DEPARTAMENTO DE ACIONISTAS - ATENDIMENTO NA EMPRESA 1 - NOME 2 - CARGO Sérgio Tuffy Sayeg Superintendente Cap. Rec. e Rel. com Invest. 3 - ENDEREÇO COMPLETO 4 - BAIRRO OU DISTRITO Rua Costa Carvalho nº 300 Pinheiro 5 - CEP 05429-900 6 - MUNICÍPIO 7 - UF 8 - DDD 9 - TELEFONE 10 - TELEFONE 11 - TELEFONE 12 - TELEX São Paulo SP 11 3388-8664 3388-8679 - - 13 - DDD 14 - FAX 15 - FAX 16 - FAX 17 - E-MAIL 11 3388-8669 - - [email protected] AGENGE EMISSOR / INSTITUIÇÃO FINANCEIRA DEPOSITÁRIA 18 - NOME 19 - CONTATO Banco Itáu S.A. Claudio Ribeiro 20 - ENDEREÇO COMPLETO 21 - BAIRRO OU DISTRITO Av. Eng. Armando de Arruda Pereira nº 707 Jabaquara 22 - CEP 04344-902 23 - MUNICÍPIO 24 - UF 25 - DDD 26 - TELEFONE 27 - TELEFONE 28 - TELEFONE 29 - TELEX São Paulo SP 11 5029-7780 - - - 30 - DDD 31 - FAX 32 - FAX 33 - FAX 34 - E-MAIL 11 - - - - 01.04 - DIRETOR DE RELAÇÕES COM INVESTIDORES (Endereço para Correspondência com a Companhia) 1 - NOME 2 - ENDEREÇO COMPLETO (LOGRADOURO, Nº E COMPLEMENTO) Rui de Britto Álvares Affonso Rua Costa Carvalho nº 300 3 - BAIRRO OU DISTRITO 4 - CEP 5 - MUNICÍPIO Pinheiros 05429-900 São Paulo 6 - UF SP 7 - DDD 8 - TELEFONE 9 - TELEFONE 10 - TELEFONE 11 - TELEX 11 3388-8386 3388-8426 3388-8122 - 12 - DDD 13 - FAX 11 3388-4465 14 - FAX 15 - FAX 16 - E-MAIL 17 - DIRETOR BRASILEIRO 18 - CPF 19 - PASSAPORTE - - [email protected] - - - 01.05 - REFERÊNCIA / AUDITOR 1 - DATA DE INÍCIO DO ÚLTIMO EXERCÍCIO SOCIAL 2 - DATA DE TÉRMINO DO ÚLTIMO EXERCÍCIO SOCIAL 01/01/2003 31/12/2003 3 - DATA DE INÍCIO DO EXERCÍCIO SOCIAL EM CURSO 4 - DATA DE TÉRMINO DO EXERCÍCIO SOCIAL EM CURSO 01/01/2004 31/12/2004 5 - NOME/RAZÃO SOCIAL DO AUDITOR 6 - CÓDIGO CVM 7 - NOME DO RESPONSÁVEL TÉCNICO 8 - CPF DO RESP. TÉCNICO Delloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes 00385-9 Marco Antonio Brandão Simurro 755.400.708-44 01.06 - CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA 1- BOLSA DE VALORES ONDE POSSUI REGISTRO [ ] [1] BVBAAL [ ] [2] BVES [ ] [3] BVMESB 2 - MERCADO DE NEGOCIAÇÃO [ ] [4] BVPP [ ] [5] BVPR [ ] [6] BVRG [ ] [7] BVRJ [X] [8] BVSP [ ] [9] BVST Bolsa 3 - TIPO DE SITUAÇÃO 4 - CÓDIGO DE ATIVIDADE 5 - ATIVIDADE PRINCIPAL Operacional 116 - Saneamento, Serv. Água e Gás Captação, Tratamento e Distribuição de Água 01.07 - CONTROLE ACIONÁRIO / VALORES MOBILIÁRIOS 1 - NATUREZA DO CONTROLE ACIONÁRIO Estatal 2 - VALORES MOBILIÁRIOS EMITIDOS PELA CIA. [X] [1] AÇÕES [ ] [6] BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO [ ] [2] DEBÊNTURES CONVERSÍVEIS EM AÇÕES [ ] [7] CERTIFICADO DE INVESTIMENTO COLETIVO (CIC) [ ] [3] AÇÕES [ ] [4] PARTES [X] [5] DEBÊNTURES RESGATÁVEIS BENEFICIÁRIAS SIMPLES [ ] [8] CERTIFICADO DE RECE[ ] [9] NOTAS PROMIS[ ] [10] BDR BÍVEIS IMOBILIÁRIOS (CRI) SÓRIAS (NP) [ ] [6] BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO [ ] [11] OUTROS DESCRIÇÃO 01.08 - PUBLICAÇÕES DE DOCUMENTOS 1 - AVISO AOS ACIONISTAS SOBRE DISPONIBILIDADE DAS DFs. 2 - ATA DA AGO QUE APROVOU AS DFs. - 21/05/2004 3 - CONVOCAÇÃO DA AGO PARA APROVAÇÃO DAS DFs. 4 - PUBLICAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 30/03/2004 30/03/2004 01.09 - JORNAIS ONDE A CIA. DIVULGA INFORMAÇÕES 1 - ITEM 2 - TÍTULO DO JORNAL 3 - UF 1 - ITEM 2 - TÍTULO DO JORNAL 3 - UF 01 Diário Oficial do Estado e SP 04 Valor Econômico, ou SP 02 Folha de São Paulo, ou SP 05 Gazeta Mercantil SP 03 O Estado de São Paulo, ou SP - - - 01.10 - DIRETOR DE RELAÇÕES COM INVESTIDORES 1 - DATA 2 - ASSINATURA 27/08/2004 A - 19 02.01.01 - COMPOSIÇÃO ATUAL DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E DIRETORIA 1 - ITEM 2 - NOME DO ADMINISTRADOR 3 - CPF 4 - DATA DA ELEIÇÃO 5 - PRAZO DO MANDATO 6 - CÓDIGO TIPO DO 7 - ELEITO P/ ADMINISTRADOR * CONTROLADOR 8 - CARGO /FUNÇÃO 7 - FUNÇÃO 01 DALMO DO VALLE NOGUEIRA FILHO 429.377.288-04 30/04/2004 30/04/2005 1 10 Diretor Presidente / Superintendente 02 ENÉAS OLIVEIRA DE SIQUEIRA 604.633.508-63 30/04/2004 30/04/2005 1 19 Diretor de Sistemas Regionais 03 REINALDO JOSÉ RODRIGUEZ DE CAMPOS 201.655.958-68 30/04/2004 30/04/2005 1 19 Diretor de Gestão Corporativa 04 RUI DE BRITTO ÁLVARES AFFONSO 013.982.348-42 30/04/2004 30/04/2005 1 12 Diretor de Relações com Investidores 05 RUI DE BRITTO ÁLVARES AFFONSO 013.982.348-42 30/04/2004 30/04/2005 1 19 Diretor Econômico-Financeiro 06 PAULO MASSATO YOSHIMOTO 898.271.128-72 30/04/2004 30/04/2005 1 19 Diretor Metropolitano 07 JOSÉ EVERALDO VANZO 618.920.848-72 30/04/2004 30/04/2005 1 19 Diretor de Tecnologia e Planejamento 08 MAURO GUILHERME JARDIM ARCE 107.894.648-53 30/04/2004 30/04/2005 2 SIM 20 Presidente do Conselho de Administração 09 FERNANDO CARVALHO BRAGA 538.987.458-72 30/04/2004 30/04/2005 2 SIM 21 Vice Presidente Cons. de Administração 10 ANDREA SANDRO CALABI 002.107.148-91 30/04/2004 30/04/2005 2 SIM 22 Conselho de Administração (Efetivo) 11 GUSTAVO DE SÁ E SILVA 003.325.008-10 30/04/2004 30/04/2005 2 SIM 22 Conselho de Administração (Efetivo) 12 FERNANDO MAIDA DALL'ACQUA 655.722.978-87 30/04/2004 30/04/2005 2 SIM 22 Conselho de Administração (Efetivo) 13 MARIA HELENA GUIMARÃES DE CASTRO 029.379.568-15 30/04/2004 30/04/2005 2 SIM 22 Conselho de Administração (Efetivo) 14 ALEXANDER BIALER 029.379.568-15 30/04/2004 30/04/2005 2 NÃO 22 Conselho de Administração (Efetivo) 15 DANIEL SONDER 283.092.178-03 30/04/2004 30/05/2005 2 SIM 22 Conselho de Administração (Efetivo) * CÓDIGO: 1 - PERTENCE APENAS À DIRETORIA; 2 - PERTENCE APENAS AO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO; 3 - PERTENCE À DIRETORIA E AO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO. 02.01.02 - COMPOSIÇÃO ATUAL DO CONSELHO FISCAL 1 - CONSELHO FISCAL INSTALADO 2 - PERMANENTE SIM NÃO 3 - ITEM 4 - NOME DO CONSELHEIRO 5 - CPF 6 - DATA DA ELEIÇÃO 7 - PRAZO DO MANDATO 8 - CARGO /FUNÇÃO 9 - FUNÇÃO 01 ARTHUR CORRÊA DE MELLO NETTO 049.146.008-20 30/04/2004 30/04/2005 43 C.F.(EFETIVO)ELEITO P/CONTROLADOR 02 MARIA DE FÁTIMA ALVES FERREIRA 022.218.418-32 30/04/2004 30/04/2005 43 C.F.(EFETIVO)ELEITO P/CONTROLADOR 03 FRANCISCO MARTINS ALTENFELDER SILVA 203.882.418-53 30/04/2004 30/04/2005 43 C.F.(EFETIVO)ELEITO P/CONTROLADOR 04 SANDRA LÚCIA FERNANDES MARINHO 667.767.168-20 30/04/2004 30/04/2005 43 C.F.(EFETIVO)ELEITO P/CONTROLADOR 05 JORGE MICHEL LEPELTIER 070.190.688-04 30/04/2004 30/04/2005 45 C.F.(EFETIVO)ELEITO P/MINOR.ORDINARISTAS 06 BRUNO BELLÍSSIMO NETTO 018.879.048-91 30/04/2004 30/04/2005 46 C.F.(SUPLENT)ELEITO P/CONTROLADOR 07 SANDRA MARIA GIANNELLA 901.639.078-20 30/04/2004 30/04/2005 46 C.F.(SUPLENT)ELEITO P/CONTROLADOR 08 VANILDO ROLANDO NEUBAUER 603.327.868-20 30/04/2004 30/04/2005 46 C.F.(SUPLENT)ELEITO P/CONTROLADOR 09 VOLNIR PONTES JÚNIOR 127.600.228-97 30/04/2004 30/04/2005 46 C.F.(SUPLENT)ELEITO P/CONTROLADOR 10 FLÁVIO STAMM 048.241.708-00 30/04/2004 30/04/2005 48 C.F.(SUPLENT)ELEITO P/MINOR.ORDINARISTAS A - 20 02.02 - EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL E FORMAÇÃO ACADÊMICA DE CADA CONSELHEIRO (ADMINISTRAÇÃO E FISCAL) E DIRETOR NOME CARGO DATA NASCIMENTO FORMAÇÃO Î DALMO DO VALLE NOGUEIRA FILHO Î DIRETOR PRESIDENTE DE Î 17/02/1944 Î ADVOGADO – Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo – 1963-1967 DEA ("Diplôme d'Etudes Approfondies") e DESS ("Diplôme d'Etudes Supéríeures Spécialisées") em Direito dos Contratos Internacionais, obtidos na Universidade de Paris X - Nanterre, 1984-1986. Diploma em Sociologia do Desenvolvimento, do "Institut d'Etude du Développement Economique et Social" da Universidade de Paris I - Sorbonne, 1970-1971. Diploma (eq. DEA) em Administração Pública, obtido no "Institut International d'Administration Publique" de Paris, 1968-1970. Î ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO PAULO DA FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS – EAESP/FGV – Professor – Desde fevereiro/1972 ESCOLA DE DIREITO DE SÃO PAULO – EDESP, DA FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS – Colaborador – Desde janeiro/2003 Advogado e Consultor de Empresas – de 1968 até 1994 e desde janeiro/2003 GOVERNO DO ESTADO – Secretário de Estado do Governo e Gestão Estratégica do Estado de São Paulo – jan/2002 a dez/2002 SECRETARIA DE ESTADO DO GOVERNO E GESTÃO ESTRATÉGICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – Secretário de Estado Adjunto – jan/1995 a jan/2002 EAESP/FGV – Coordenador do Centro de Estudos Internacionais – 1989 a 1994 AGM CONSULTORIA E PARTICIPAÇÕES LTDA – Sócio-Diretor – 1987 a 1994 CONSAIR – CONSULTORIA AERONÁUTICA S/C LTDA – Sócio-Diretor – 1988 a 1994 FUNDAP – Diretor Executivo – jan/1981 a ago/1983 FUNDAP – Diretor Adjunto – jul/1976 a mar/1982 EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL NOME CARGO DATA DE NASCIMENTO FORMAÇÃO EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL NOME CARGO DATA NASCIMENTO FORMAÇÃO Î Î Î Î Î PAULO MASSATO YOSHIMOTO DIRETOR METROPOLITANO 09/10/1952 ENGENHEIRO CIVIL (Escola de Engenharia de Lins) – 1975 EMPRESA METROPOLITANA DE PLANEJAMENTO DA GRANDE S. PAULO EMPLASA Profissional de Planejamento Sênior, 1975-1983 COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PAULO SABESP Superintendente da Unidade de Negócios de Produção de Água, desde março/2003 Superintendente de Planejamento da Vice-Presidência Metropolitana de Distribuição (1996-2003); Superintendente de Apoio Técnico da Operação da Região Metropolitana (1993-1996); Superintendente de Manutenção (1989-1993); Assistente Executivo da Diretoria de Operação da Região Metropolitana de São Paulo (1983-1989) Î ENÉAS OLIVEIRA DE SIQUEIRA Î DIRETOR DE SISTEMAS REGIONAIS DE Î 16/10/1947 Î ENGENHEIRO CIVIL (UNITAU) – 1973 A - 21 EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL Î LA FALCÃO BAUER – Engenheiro, fev/1974-abril/1975 SAEE – CAÇAPAVA Diretor, abril/1974-março/1975 COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PAULO SABESP Superintendente da Unidade de Negócios do Vale do Paraíba, desde fevereiro/1997 Gerente do Departamento e Progr. e Empreeendimentos, 1986-1995; Coordenador de Desenvolvimento Operacional do Interior, 1985-1986; Gerente Divisional de Fernandópolis, 1983-1985; Gerente Divisional de Pindamonhangaba, 1982-1983; Gerente Divisional de Caraguatatuba, 1979-1982; Gerente Seccional de Caçapava, 1975-1979 NOME CARGO DATA DE NASCIMENTO FORMAÇÃO EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL NOME CARGO DATA DE NASCIMENTO FORMAÇÃO EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL Ä JOSÉ EVERALDO VANZO Ä DIRETOR DE TECNOLOGIA E PLANEJAMENTO Ä 11/03/1945 Ä ENGENHEIRO CIVIL (Escola de Engenharia de São Carlos - USP – 1972); Especialização: Engenharia em Saúde Pública (Faculdade de Saúde Pública da USP – 1985; Cursos de Aperfeiçoamento voltados para Alta Gerência 1990 – 1997; Especialização em Administração de Empresas (MBA/FEA/USP – Ribeirão Preto) – 1999/2000 Ä Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo– SABESP – Superintendente de Operação da Regional de Franca – (1990 – 2002), Gerente – (1978 – 1990), Incorporador de Serviços de Água e Esgoto – (1977) Ä REINALDO JOSÉ RODRIGUEZ DE CAMPOS Ä DIRETOR DE GESTÃO CORPORATIVA Ä 30/03/1945 Ä ENGENHEIRO ELETRICISTA (Universidade Mackenzie) – 1969; Curso Especial de Administração para Desenvolvimento de Executivos do Setor Elétrico USP- Eletrobrás – 1978; Curso de Aprimoramento Empresarial FIESP – Instituto Roberto Simonsen/Escola Politécnica – USP – 1990 Ä CESP – Companhia Energética de São Paulo – Diretor Administrativo – ( 2001- 2002) ASMAE – Administradora de Serviços de Mercado Atacadista de Energia Elétrica – Consultor – (1999 - 2001) CTEEP – Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista – Diretor Técnico – (1999) CESP – Companhia Energética de São Paulo – Assessor de Diretor de Operações; Assessor do Vice-Presidente Divisional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica; Assistente do Departamento de Operações; Assessor do Diretor de Produção e Transmissão; Adjunto do Departamento de Transmissão; Chefe da Assessoria de Gestão e Planejamento Setorial da Diretoria de Produção e Transmissão; Assistente da Diretoria de Geração e Transmissão; Diretor de Geração e Transmissão; Membro do Conselho de Administração do ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico – (1975 – 1999); Diretor Administrativo (2001 – 2002) CPFL – Companhia Paulista de Força e Luz – Engenheiro do Departamento de Operação/Análise da Operação; Assistente do Superintendente de Geração e Operação; Assistente do Superintendente Geral de Operação – (1970 – 1975) A - 22 NOME CARGO DATA NASCIMENTO FORMAÇÃO Î RUI DE BRITTO ÁLVARES AFFONSO Î DIRETOR ECONÔMICO-FINANCEIRO E DE RELAÇÕES COM INVESTIDORES DE Î 18/09/1957 Î ECONOMISTA (Faculdade de Economia e Administração da USP) – 1979; Mestre em Economia pelo Instituto de Economia da UNICAMP – 1988; Doutor em Economia pelo Instituto de Economia da UNICAMP - 2003 Î Departamento de Economia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – Professor – 1981-1988 Secretaria de Economia e Planejamento do Estado de São Paulo – Assessor de Política Econômica do Secretário Dr. José Serra – 1982-1984 Departamento de Economia da FEA Universidade de São Paulo-USP – Professor – 1983-1989 Centro Brasileiro de Análise e Planejamento – CEBRAP – Pesquisador – 1983-1989 Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo – Consultor de Política Econômica do Secretário Dr. Gilberto Dupas – 1986-1987 Secretaria de Economia e Planejamento do Rio de Janeiro – Consultor de Política Econômica do Secretário Dr. Antonio Cláudio Sochaczewski – 1987-1988 Instituto de Economia da UNICAMP – Professor – A partir de 1986 FUNDAP – Técnico – A partir de 1990 FUNDAP – Diretor de Economia do Setor Público – A partir de 1994 Fórum of Federations – Entidade não governamental com sede no Canadá – Representante do Brasil do board de Diretores – A partir de 2000 EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL NOME CARGO DATA NASCIMENTO FORMAÇÃO Î MAURO GUILHERME JARDIM ARCE Î PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DE Î 10/05/1941 EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL Î ENGENHEIRO ELETRICISTA (Escola de Engenharia da Universidade Mackenzie) 1964; Pós-Graduação "Engenharia de Sistemas Elétricos" Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1968); Mestre em "Power Engineering" Rensselaer Polytechnic Institute – Troy – NY-USA (1969) Î Secretaria de Recursos Hídricos, Saneamento e Obras do Estado de São Paulo – Secretário (a partir de janeiro de 2002) SECRETARIA DE ESTADO DE ENERGIA – Governo do Estado de São Paulo – Secretário – (06/02/99) CESP – COMPANHIA ENERGÉTICA DE SÃO PAULO – Diretor de Geração e Transmissão (1995 – 1998) NOME CARGO DATA DE NASCIMENTO FORMAÇÃO Î Î Î Î EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL FERNANDO MAIDA DALL'ACQUA CONSELHEIRO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 01/03/49 AGRÔNOMO (Escola Superior de Agricultura "Luis de Queiroz", Universidade de São Paulo) – 1971; Mestre em Administração – Escola de Administração de Empresas de São Paulo – Fundação Getúlio Vargas – 1976 Î FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS Professor Adjunto (Concursado) Desde SET/92 SECRETARIA DA FAZENDA GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO Secretário – Desde FEV/01 (atual) SECRETARIA DA FAZENDA GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO Secretário Adjunto JAN/95 a JAN/01 COMPANHIA PAULISTA DE OBRAS E SERVIÇOSCPOS Membro do A - 23 Conselho de Administração Desde MAR/95 FERROVIA PAULISTA S.A. FEPASA Membro do Conselho de Administração Desde JAN/95 DESENVOLVIMENTO RODOVIÁRIO DERSA Membro do Conselho de Administração Desde FEV/96 NOME CARGO DATA DE NASCIMENTO FORMAÇÃO EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL Î Î Î Î ANDREA SANDRO CALABI CONSELHEIRO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 18/09/45 ECONOMISTA (Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo) – 1970; Mestre em Economia (Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo – 1972 Î AACC – ADMINISTRAÇÃO E CONSULTORIA SC LTDA – Sócio-Diretor BNDES, FINAME, BNDESPAR – Presidente – jul/99 a fev/2000 BANCO DO BRASIL – Presidente – jan/99 a jul/99 MINISTÉRIO DA FAZENDA – Secretário do Tesouro Nacional – 1986-1988 IPEA – INSTITUTO DE PLANEJAMENTO ECONÔMICO E SOCIAL – Diretor Presidente – 1985/1986 e 1995-1996 SECRETARIA DE PLANEJAMENTO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA – Secretário Geral – 1985-1986 NOME CARGO DATA DE NASCIMENTO FORMAÇÃO EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL Î Î Î Î GUSTAVO DE SÁ E SILVA CONSELHEIRO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 10/12/24 ECONOMISTA (Faculdade de Ciências Econômicas da FECAP[New York,EUA]) 1952; Mestre em Administração de Empresas pela Michigan State University (EUA) 1956 Î GSV – CONSULTORIA EMPRESARIAL S/C LTDA – Presidente CONSELHO DIRETIVO DA ASSOCIAÇÃO ALUMNI, CONSELHO CONSULTIVO DA FUNDAÇÃO ANTONIO E HELENA ZERRENER, CONSELHOS DE ADMINISTRAÇÃO DA CESP E DE SUAS SUBSIDIÁRIAS Membro BADESP – BANCO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DO ESTADO DE SÃO PAULO; CLADEA – CONSEJO LATINO AMERICANO DE DECANOS DE ESCUELAS DE ADMINISTRACIÓN; IECD – INSTITUTO DE ESTUDOS E COLETA DE DADOS; MPC – MARKETING, PESQUISA E COMUNICAÇÃO S/C LTDA E PRODESP – CIA. DE PROCESSAMENTO DE DADOS DO ESTADO DE SÃO PAULO – Presidente NOME CARGO DATA DE NASCIMENTO FORMAÇÃO EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL Î Î Î Î Î FERNANDO CARVALHO BRAGA VICE-PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 05/06/1952 SUPERIOR INCOMPLETO SECRETARIA DE ECONOMIA E PLANEJAMENTO – Assessor Especial de Privatizações e Secretário Executivo do Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização – PED (Desde 1995) JAÚ S.A. CONSTRUÇÃO E INCORPORAÇÃO – Diretor Administrativo e Financeiro (1991-1994) COMERCIAL S.A. CORRETORA DE VALORES E CÂMBIO – Operador (19871991) BANESPA S.A. CORRETORA DE CÂMBIO E TÍTULOS – Assessor da Presidência A - 24 (1983-1987) DIVISA DISTRIBUIDORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS – Gerente de Operações (1977-1982) INDUSVAL S.A. CORRETORA DE TÍTULOS E VALORES – Gerente de Operações (1975-1977) NOME CARGO DATA DE NASCIMENTO FORMAÇÃO EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL Î Î Î Î Î NOME CARGO DATA DE NASCIMENTO FORMAÇÃO Î Î Î Î EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL NOME CARGO DATA DE NASCIMENTO FORMAÇÃO EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL MARIA HELENA GUIMARÃES DE CASTRO CONSELHEIRA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 25/09/1946 SOCIÓLOGA – UNICAMP - 1986 SECRETÁRIA ESTADUAL de Assistência e Desenvolvimento Social – desde 02/01/03 PROFESSORA licenciada pelo Departamento de Ciência Política da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) SECRETÁRIA EXECUTIVA – Ministério da Educação e Presidente do INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais – 1995 a 2002 COORDENADORA NACIONAL do Programa "Educação para Todos" – UNESCO (Órgão das Nações Unidas - 1999 a 2000 ALEXANDER BIALER CONSELHEIRO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 18/03/1947 Engenheiro Mecânico – ITA (1970); Pós lato sensu (Administração de Sistemas ) – FGV (1974) Î NUCLEON ENGENHARIA S/C LTDA – Consultor; GE HYDRO INEPAR S.A. – Presidente do Conselho de Administração; GE BRASIL PREVIDÊNCIA – Conselho Consultivo (Atual) GE BRASIL (1980 a 2002) – Gerente de Planejamento Estratégico (1980-1984); Gerente de Marketing Corporativo (1985-1988); Diretor da GE Brasil (1989-2002); Diretor Presidente da GEVISA S.A. (2001-2002) AVON (1971 – 1973) MÁQUINAS PIRATININGA (1974) ASEA (1975 – 1980) Î Î Î Î DANIEL SONDER CONSELHEIRO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 25/06/1976 Bacharel em Economia e Relações Internacionais – TUFTS UNIVERSITY (1997); Mestrado em Relações Internacionais (Masters of Arts in Lau and Diplomacy) – THE FLETCHER SCHOOL OF LAW AND DIPLOMACY, TUFTS UNIVERSITY (1998) Î SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA FAZENDA – ESTADO DE SÃO PAULO – Chefe da Assessoria Técnica do Gabinete do Secretário de Estado da Fazenda (2003 - atual) BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONOMICO E SOCIALBNDES – Assessor da Diretoria de Produtos Estruturados (2002) J.P. MORGAN CHASE & CO, INC. – Telecom and Media Investment Banking Coverage - Associado (1999 – 2001); [New York,EUA] Mercado de Capitais – Equity Capital Markets – Analista (2000); Finanças Corporativas M&A – Analista (1999); Finanças Corporativas M&A – Analista (1999); Finanças Corporativas M&A – Estágio ( 1998) McKinsey & Co, Inc. – Management Consulting - Estágio (1997) A - 25 NOME CARGO FORMAÇÃO EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL NOME CARGO FORMAÇÃO EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL NOME CARGO FORMAÇÃO EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL Î ARTHUR CORRÊA DE MELLO NETTO Î CONSELHEIRO DO CONSELHO FISCAL Î PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA (pós-graduação) – Fundação Getúlio Vargas; RELAÇÕES PÚBLICAS GOVERNAMENTAIS (pós-graduação) – USP Universidade de São Paulo Î FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR – IPH – Licenciatura – Contabilidade de Custos, Contabilidade Hospitalar e Administração Financeira - desde 1989 UNIVERSIDADE MOGI DAS CRUZES – Licenciatura _ Contabilidade Geral – 1993 a 1994 FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS – Professor Titular (parecer) – Análise de Balanços – 1978 a 1988 FUNDAP FUNDAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO ADMINISTRATIVO – Consultor CEPAM FUNDAÇÃO PREFEITO FARIA LIMA - Consultor Î MARIA DE FATIMA ALVES FERREIRA Î CONSELHEIRA DO CONSELHO FISCAL Î ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS (graduação) – Universidade São Judas Tadeu – 1981; CONTROLADORIA GOVERNAMENTAL (pós-graduação) – PUC Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – out/97 a jun/98; ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (especialização) – JICA Japan International Cooperation Agency – Tóquio – Japão maio a junho/99; PLANEJAMENTO E GESTÃO GOVERNAMENTAL (especialização) – Escola Fazendária do Estado de São Paulo – ago/99 a out/00 Î SECRETÁRIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA FAZENDA – 1982 a 2003 – Exator – Executivo Público MACPOR INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PARAFUSOS LTDA – 1981 a 1982 Î FRANCISCO MARTINS ALTENFELDER SILVA Î CONSELHEIRO DO CONSELHO FISCAL Î ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS – Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas da Universidade Mackenzie – 1974 Î COMPANHIA ENERGÉTICA DE SÃO PAULO–CESP – Gerente da Divisão de Programação e Controle da Vice-Presidência Divisional de Estudos e Desenvolvimento Energético (1977 a 1981); Coordenador Administrativo e Analista EconômicoFinanceiro da Assessoria Geral de Planejamento – Órgão subordinado à Presidência (1975 a 1977) – Desde 1975 (atual); SECRETRARIA DE ESTADO DE ENERGIA DE SÃO PAULO - Coordenador de Gestão Empresarial; Coordenador Executivo dos Conselhos de Administração da CESP/CPFL/ELETROPAULO e COMGÁS – Desde 1995 (atual); ABCE-ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS CONCESSIONÁRIAS DE ENERGIA - Assessor da Presidência – 1993 a 1995; MINISTÉRIO DO TRABALHO (FUNDACENTRO – FUNDAÇÃO JORGE DUPRAT DE FIGUEIREDO) – Secretário de Administração e Planejamento; Superintendente; Presidente – 1991 a 1993; SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE ENERGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO – Consultor da Presidência – 1987 a 1991; CESP/CPFL/ELETROPAULO e COMGÁS – Coordenador Geral da Presidência Unificada das Empresas de Energia de São Paulo; Coordenador Geral do I Seminário Internacional de Distribuição de Energia, promovido pela ELETOPAULO S/A; Visitas de estudos realizados em Empresas de Energia da Itália, França e Espanha – 1985 a 1987; Assessor da Presidência Unificada das Empresas de Energia de São Paulo – 1983 a 1985; ELETROPAULO S/A – Assessor da Diretoria de Administração – 1981 a 1983; A - 26 NOME CARGO FORMAÇÃO EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL NOME CARGO FORMAÇÃO EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL Î SANDRA LÚCIA FERNANDES MARINHO Î CONSELHEIRA DO CONSELHO FISCAL Î ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS (graduação) – Faculdade Administração e Estatística Pais de Barros – 1978; Î SECRETÁRIA DE ECONOMIA E PLANEJAMENTO DO ESTADO DE SÃO PAULO – Coordenadora da Coordenadoria de Planejamento e Avaliação – desde dez/03; Diretor Técnico de Departamento – Diretora do Grupo de Pesquisa e Desenvolvimento Orçamentário – fev/92 a nov/03; Chefe da Seção de Programação Financeira e de Pagamentos – out/75 a fev/81; Oficial de Administração – abr/74 a out/75 Î JORGE MICHEL LEPELTIER Î CONSELHEIRO DO CONSELHO FISCAL Î ECONOMIA – Pontifícia Universidade Católica – PUC – 1972 a 1974; CIÊNCIAS CONTÁBEIS – Pontifícia Universidade Católica – PUC – 1968 a 1972 Î CONSULTORIA – desde out/93 – Consultor Autônomo – Consultor em Órgão Colegiados BRASMOTOR – Diretor Administrativo-Financeiro e de Relações com o Mercado – ago/92 a ago/93; Tesoureiro – mai/78 a ago/82 PRICEWATERHOUSECOOPERS AUDITORES INDEPENDENTES – mai/68 a abr/78 - Sênior Manager (8 anos), Assistente de Gerência (1 ano), Trainee (6meses) NOME CARGO FORMAÇÃO EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL Î Î Î Î NOME CARGO FORMAÇÃO Î SANDRA MARIA GIANNELLA Î CONSELHEIRA SUPLENTE DO CONSELHO FISCAL Î ECONOMIA – FAAP Fundação Armando Álvares Penteado – 1975 a 1978; ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS – Universidade Mackenzie – Curso de Extensão Universitária – 1979 a 1980; ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas - 1980 Î SECRETÁRIA DE ECONOMIA E PLANEJAMENTO DO ESTADO DE SÃO PAULO – desde 1979 – CIEF Coordenadoria de Investimentos, Empresas e Fundações – Coordenadora – abr/92 a dez/93 e desde jan/99; Diretora-Técnica – desde 1989; Analista Técnica – desde 1979 FAAP FACULDADE DE ECONOMIA – Monitora das Cadeiras de Introdução à Economia e Estatística Geral – 1976 a 1978; Supervisora de estágios dos alunos de economia – 1983 a 1984 SECRETARIA DA FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO – Auxiliar de Pesquisas na Assessoria de Política Econômica APE – 1978 a 1979; Estagiária na Coordenação das Entidades Descentralizadas CED – 1976 a 1977 BANCO MERCANTIL DE SÃO PAULO – Auxiliar de escritório – 1975 a 1976 EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL NOME CARGO FORMAÇÃO EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL Î Î Î Î BRUNO BELLÍSSIMO NETTO CONSELHEIRO SUPLENTE DO CONSELHO FISCAL CIÊNCIAS CONTÁBEIS CONTADORIA GERAL DO ESTADO – Executivo Público I – Grau D – Diretor Técnico de Divisão Contábil VANILDO ROLANDO NEUBAUER CONSELHEIRO SUPLENTE DO CONSELHO FISCAL DIREITO – Universidade de Ibirapuera CESP CIA ENERGÉTICA DE SÃO PAULO / CTEEP CIA DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA PAULISTA – desde 1978 – Gerente de Recursos Humanos, A - 27 Chefe de Setor de Pessoal, Gerente de Programas de Saúde, Analista de Logística VIII – Função de Assessor Jurídico – desde 1978 GURGEL S/A MOTORES – Encarregado de Pessoal - 1975 a 1978 BANCO DAS NAÇÕES – Auxiliar de Operações - 1975 BANCO REAL S/A – Procurador - 1971 a 1974 NOME CARGO FORMAÇÃO EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL NOME CARGO FORMAÇÃO EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL Î VOLNIR PONTES JUNIOR Î CONSELHEIRO SUPLENTE DO CONSELHO FISCAL Î ECONOMIA – Faculdade de Economia, Finanças e Administração de São Paulo – 1986 a 1991; CONTROLADORIA GOVERNAMENTAL (especialização) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – out/97 a jun/98 Î SECRETÁRIA DA ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA – Oficial Administrativo – desde 2001 SECRETARIA DA FAZENDA – CED Coordenação das Entidades Descentralizadas – 1989 a 1996; CECI Coordenadoria Estadual de Controle Interno – desde 1996 – Assistente Técnico da Fazenda Estadual FUNDAP – junto à Secretaria da Fazenda – estágio de economia – 1988 a 1989 Î Î Î Î FLAVIO STAMM CONSELHEIRO SUPLENTE DO CONSELHO FISCAL ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS – Universidade São Marcos – 1981 a 1984 CONSULTORIA EMPRESARIAL – desde nov/92 BRASMOTOR S/A - Consultor Administrativo Financeiro – 1992 a 1995; Gerente Administrativo Financeiro – 1988 a 1992; Assessor Administrativo – 1981 a 1988 A - 28 03.01 - EVENTOS RELATIVOS À DISTRIBUIÇÃO DO CAPITAL 1 - EVENTO BASE 2 - DATA DO EVENTO 3 - PESSOAS FÍSICAS E JURÍDICAS 4 - INVESTIDORES INSTITUCIONAIS 5 - ACORDO DE ACIONISTAS 6 - AÇÕES PREFER. COM DIREITO A VOTO AGO 3.400 30/04/2004 NÃO NÃO 0 7 - AÇÕES PREFERENCIAIS COM DIREITO A VOTO 8 - DATA DO ÚLTIMO ACORDO DE ACIONISTAS AÇÕES EM CIRCULAÇÃO NO MERCADO ORDINÁRIAS TOTAL PREFERENCIAIS 10 - Percentual 9 - QUANTIDADE (Unidade) 8.102.903.754 11 - QUANTIDADE (Unidade) 0 28,45 13 - QUANTIDADE (Unidade) 12 - Percentual 14 - Percentual 28,45 8.102.903.754 0,00 03.02 - POSIÇÃO ACIONÁRIA DOS ACIONISTAS COM MAIS DE 5% DE AÇÕES COM DIREITO A VOTO 1 - ITEM 2 - NOME/RAZÃO SOCIAL 6 - AÇÕES ORDINÁRIAS (Mil) 01 3 - CPF/CNPJ 7-% 8 - AÇÕES PREFERENCIAIS 9 - % (Mil) 11 - ¨% 10 - TOTAL DE AÇÕES (Mil) 02 OUTROS 97 AÇÕES EM TESOURARIA 98 OUTROS 8.102.903 28,45 5 - UF 14 - CONTROLADOR 46.379.400-0001/50 FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO 20.376.674 71,55 4 - NACIONALIDADE 12 - COMP.CAP.SOC. 13 - PART. NO ACORDO DE ACIONISTAS 0 0,00 20.376.674 71,55 31/03/2004 0 0,00 8.102.903 28,45 31/03/2004 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 SP SIM 03.01 - EVENTOS RELATIVOS À DISTRIBUIÇÃO DO CAPITAL 2 - DATA DO EVENTO 3 - PESSOAS FÍSICAS E JURÍDICAS 4 - INVESTIDORES INSTITUCIONAIS 5 - ACORDO DE ACIONISTAS 6 - AÇÕES PREFER. COM DIREITO A VOTO 1 - EVENTO BASE 30/04/2004 AGO NÃO NÃO 0 3.400 7 - AÇÕES PREFERENCIAIS COM DIREITO A VOTO 8 - DATA DO ÚLTIMO ACORDO DE ACIONISTAS AÇÕES EM CIRCULAÇÃO NO MERCADO ORDINÁRIAS TOTAL PREFERENCIAIS 9 - QUANTIDADE (Unidade) 10 - Percentual 11 - QUANTIDADE (Unidade) 28,45 8.102.903.754 12 - Percentual 13 - QUANTIDADE (Unidade) 14 - Percentual 8.102.903.754 0,00 0 28,45 03.02 - POSIÇÃO ACIONÁRIA DOS ACIONISTAS COM MAIS DE 5% DE AÇÕES COM DIREITO A VOTO 6 - AÇÕES ORDINÁRIAS (Mil) 99 8 - AÇÕES PREFERENCIAIS 9 - % (Mil) 7-% 10 - TOTAL DE AÇÕES (Mil) 11 - ¨% 5 - UF 4 - NACIONALIDADE 3 - CPF/CNPJ 1 - ITEM 2 - NOME/RAZÃO SOCIAL 14 - CONTROLADOR 12 - COMP.CAP.SOC. 13 - PART. NO ACORDO DE ACIONISTAS TOTAL 28.479.577 100,00 0 0,00 28.479.577 100,00 03.03 - DISTRIBUIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL DOS CONTROLADORES ATÉ O NÍVEL DE PESSOA FÍSICA 1 - ITEM 2 - CONTROLADORA / INVESTIDORA 01 FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO 1 - ITEM 6 - AÇÕES ORDINÁRIAS/ COTAS (Unidades) 3 - DATA DE COMP. CAP. SOCIAL 31/03/2004 3 - CPF/CNPJ 2 - NOME/RAZÃO SOCIAL 7-% 8 - AÇÕES PREFERENCIAIS 9 - % (Unidades) 10 - AÇÕES/COTAS TOTAL 11 - ¨% (Unidades) 4 - NACIONALIDADE 5 - UF 12 - COMP.CAP.SOC. 03.03 - DISTRIBUIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL DOS CONTROLADORES ATÉ O NÍVEL DE PESSOA FÍSICA 1 - ITEM 2 - CONTROLADORA / INVESTIDORA 02 OUTROS 31/03/2004 3 - CPF/CNPJ 2 - NOME/RAZÃO SOCIAL 1 - ITEM 6 - AÇÕES ORDINÁRIAS/ COTAS (Unidades) 3 - DATA DE COMP. CAP. SOCIAL 7-% 8 - AÇÕES PREFERENCIAIS 9 - % (Unidades) 10 - AÇÕES/COTAS TOTAL 11 - ¨% (Unidades) 12 - COMP.CAP.SOC. A - 29 4 - NACIONALIDADE 5 - UF 04.01 - COMPOSIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL 1 - Data da Última Alteração: 15/12/2000 2- ITEM 3 - ESPÉCIE DAS AÇÕES 4 - NOMINATIVA 5 - VALOR NOMINAL OU ESCRITURAL 6 - QTD. DE AÇÕES (Reais) 7 - SUBSCRITO (Mil) ESCRITURAL 8 - INTEGRALIZADO (Reais Mil) (Reais Mil) 01 ORDINÁRIAS 28.479.577 3.403.688 3.403.688 02 PREFERENCIAIS 0 0 0 03 PREFERENCIAIS CLASSE A 0 0 0 04 PREFERENCIAIS CLASSE B 0 0 0 05 PREFERENCIAIS CLASSE C 0 0 0 06 PREFERENCIAIS CLASSE D 0 0 0 07 PREFERENCIAIS CLASSE E 0 0 0 08 PREFERENCIAIS CLASSE F 0 0 0 09 PREFERENCIAIS CLASSE G 0 0 0 10 PREFERENCIAIS CLASSE H 0 0 0 11 PREFER. OUTRAS CLASSES 0 0 0 99 TOTAIS 28.479.577 3.403.688 3.403.688 04.02 - CAPITAL SOCIAL SUBSCRITO E ALTERAÇÕES NOS TRÊS ÚLTIMOS ANOS 1- ITEM 2 - DATA DA 3 - VALOR DO CAPITAL SOCIAL ALTERAÇÃO 4 - VALOR DA ALTERAÇÃO (Reais Mil) 7 - QUANTIDADE DE AÇÕES EMITIDAS 5 - ORIGEM DA ALTERAÇÃO (Reais Mil) 01 04/04/2000 3.398.895 02 04/04/2000 3.398.895 03 18/07/2000 3.400.122 04 18/07/2000 3.400.122 05 15/12/2000 3.403.688 06 15/12/2000 3.403.688 (Mil) 1.938 Subscrição em Bens ou Créditos 11.795 0,1642700000 345 0,1642700000 56 Subscrição Particular em Dinheiro 1.145 Subscrição em Bens ou Créditos 7.345 0,1558900000 526 0,1558900000 82 Subscrição Particular em Dinheiro 3.269 Subscrição em Bens ou Créditos 297 Subscrição Particular em Dinheiro 8 - PREÇO DA AÇÃO NA EMISSÃO (Reais) 20.540 0,1591300000 1.869 0,1591300000 04.04 - CAPITAL SOCIAL AUTORIZADO 1 - QUANTIDADE 2 - VALOR (Mil) 3 - DATA DA AUTORIZAÇÃO (Reais Mil) 40.000.000 4.100.000 06/11/1997 04.05 - COMPOSIÇÃO DO CAPITAL AUTORIZADO 1- ITEM 2 - ESPÉCIE 01 3 - CLASSE 4 - QUANTIDADE DE AÇÕES AUTORIZADAS À EMISSÃO (Mil) ORDINÁRIAS 40.000.000 06.01 - PROVENTOS DISTRIBUÍDOS NOS TRÊS ÚLTIMOS ANOS 1 - ITEM 2 - PROVENTO 3 - APROVAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO EVENTO 4 - DATA DA APROVAÇÃO DISTRIBUIÇÃO 5 - TÉRMINO DO 6 - LUCRO OU PREJUÍZO 7 - VALOR DO PROVENTO POR AÇÃO LÍQUIDO NO PERÍODO EXERCÍCIO SOCIAL (Reais Mil) 8 - ESPÉCIE DAS AÇÕES 9 - CLASSE 10 - MONTANTE DO DAS AÇÕES PROVENTO (Reais Mil) 11 - DATA DE INÍCIO DE PAGAMENTO 01 JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO RCA 29/06/2000 31/12/2000 521.435 0,0048500000 ORDINÁRIA 02 JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO RCA 29/06/2000 31/12/2000 521.435 0,0048500000 ORDINÁRIA 137.979 26/12/2000 03 JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO RCA 21/09/2000 31/12/2000 521.435 0,0047650226 ORDINÁRIA 135.599 26/12/2000 04 JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO RCA 14/12/2000 31/12/2000 521.435 0,0045000000 ORDINÁRIA 128.057 26/12/2000 05 JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO RCA 30/01/2002 31/12/2001 216.227 0,0172000000 ORDINÁRIA 489.848 25/06/2002 06 JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO RCA 29/04/2002 31/12/2002 -650.516 0,0038000000 ORDINÁRIA 108.222 24/06/2003 07 JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO RCA 24/04/2003 31/12/2003 833.320 0,0014100000 ORDINÁRIA 40.156 29/06/2004 08 JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO RCA 29/05/2003 31/12/2003 833.320 0,0041500000 ORDINÁRIA 118.190 29/06/2004 09 JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO RCA 20/11/2003 31/12/2003 833.320 0,0054000000 ORDINÁRIA 154.928 29/06/2004 10 JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO RCA 08/01/2004 31/12/2003 833.320 0,0067000000 ORDINÁRIA 190.813 29/06/2004 11 JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO RCA 26/02/2004 31/12/2004 21.223 0,0013800000 ORDINÁRIA 39.302 30/06/2005 A - 30 137.979 22/11/2000 06.03 - DISPOSIÇÕES ESTATUTÁRIAS DO CAPITAL SOCIAL 1 - ITEM 2 - ESPÉCIE DA AÇÃO 3 - CLASSE 4 - % DO CAPITAL 5 - CONVERSÍVEL 6 - CONVERTE EM 7 - DIREITO A VOTO DA AÇÃO SOCIAL 10 - PRÊMIO 11 - TIPO DE DIVIDENDO 01 14 - CUMULATIVO 15 - PRIORITÁRIO 25,00 MÍNIMO 0,00000 NÃO 9 - PRIORIDADE NO REEMBOLSO DE CAPITAL 17 - OBSERVAÇÃO 16 - CALCULADO SOBRE 100,00 NÃO PLENO 100,00 NÃO ORDINÁRIA NÃO 13 - R$/AÇÃO 12 - % DIVIDENDO 8 - TAG ALONG % LUCRO LÍQUIDO AJUSTADO NÃO 06.04 - MODIFICAÇÃO ESTATUTÁRIA 1 - DATA DA ÚLTIMA MODIFICAÇÃO DO ESTATUTO 2 - DIVIDENDO OBRIGATÓRIO (% DO LUCRO) 25,00 18/04/2002 07.01 - REMUNERAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DOS ADMINISTRADORES NO LUCRO 1 - PARTICIPAÇÃO DOS ADMINISTRADORES NO LUCRO 2 - VALOR DA REMUNERAÇÃO GLOBAL DOS (Reais Mil) ADMINISTRADORES NÃO 3 - PERIODICIDADE 1.220 MENSAL 07.02 - PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES NOS TRÊS ÚLTIMOS ANOS 1 - DATA FINAL DO ÚLTIMO EXERCÍCIO SOCIAL: 31/12/2003 2 - DATA FINAL DO PENÚLTIMO EXERCÍCIO SOCIAL: 31/12/2002 3 - DATA FINAL DO ANTEPENÚLTIMO EXERCÍCIO SOCIAL: 31/12/2001 4- ITEM 5 - DESCRIÇÃO DAS PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES 01 PARTICIPAÇÕES-DEBENTURISTAS 02 PARTICIPAÇÕES-EMPREGADOS 03 PARTICIPAÇÕES-ADMINISTRADORES 04 PARTIC.-PARTES BENEFICIÁRIAS 05 6 - VALOR DO ÚLTIMO 7 - VALOR DO PENÚL- 8 - VALOR DO ANTEPE- EXERCÍCIO (Reais Mil) TIMO EXERCÍCIO (Reais Mil) NÚLTIMO EXERCÍCIO (Reais Mil) 0 0 0 44.506 37.546 15.863 83 35 23 0 0 0 CONTRIBUIÇÕES FDO. ASSISTÊNCIA 0 0 0 06 CONTRIBUIÇÕES FDO. PREVIDÊNCIA 11.030 11.030 9.903 07 OUTRAS CONTRIBUIÇÕES 08 LUCRO LÍQUIDO NO EXERCÍCIO 09 PREJUÍZO LÍQUIDO NO EXERCÍCIO A - 31 0 0 0 833.320 0 216.227 0 650.516 0 08.01 - CARACTERÍSTICAS DA EMISSÃO PÚBLICA OU PARTICULAR DE DEBÊNTURES 1- ITEM 01 2 - Nº ORDEM 3 3 - Nº REGISTRO NA CVM CVM/SRE/DEB/1999-030 4 - DATA DO REGISTRO CVM 18/03/1999 5 - SÉRIE EMITIDA 1 6 - TIPO DE EMISSÃO SIMPLES 7 - NATUREZA EMISSÃO PÚBLICA 8 - DATA DA EMISSÃO 01/02/1999 9 - DATA DE VENCIMENTO 24/09/2004 10 - ESPÉCIE DA DEBÊNTURE SEM PREFERENCIA 11 - CONDIÇÃO DE REMUNERAÇÃO VIGENTE CDI + 2,85 % 12 - PRÊMIO/DESÁGIO 13 - VALOR NOMINAL (Reais) 14 - MONTANTE EMITIDO (Reais Mil) 117.082 15 - Q. TÍTULOS EMITIDOS (UNIDADE) 115.000 16 - TÍTULO CIRCULAÇÃO (UNIDADE) 103.807 1.018,11 17 - TÍTULO TESOURARIA (UNIDADE) 11.193 18 - TÍTULO RESGATADO (UNIDADE) 0 19 - TÍTULO CONVERTIDO (UNIDADE) 0 20 - TÍTULO A COLOCAR 0 (UNIDADE) 21 - DATA DA ÚLTIMA REPACTUAÇÃO 24/03/2003 22 - DATA DO PRÓXIMO EVENTO 24/09/2004 A - 32 08.01 - CARACTERÍSTICAS DA EMISSÃO PÚBLICA OU PARTICULAR DE DEBÊNTURES 1- ITEM 02 2 - Nº ORDEM 3 3 - Nº REGISTRO NA CVM CVM/SRE/DEB/1999-031 4 - DATA DO REGISTRO CVM 18/03/1999 5 - SÉRIE EMITIDA 2 6 - TIPO DE EMISSÃO SIMPLES 7 - NATUREZA EMISSÃO PÚBLICA 8 - DATA DA EMISSÃO 01/02/1999 9 - DATA DE VENCIMENTO 24/09/2004 10 - ESPÉCIE DA DEBÊNTURE SEM PREFERENCIA 11 - CONDIÇÃO DE REMUNERAÇÃO VIGENTE CDI + 2,85 % 12 - PRÊMIO/DESÁGIO 13 - VALOR NOMINAL (Reais) 14 - MONTANTE EMITIDO (Reais Mil) 117.082 15 - Q. TÍTULOS EMITIDOS (UNIDADE) 115.000 16 - TÍTULO CIRCULAÇÃO (UNIDADE) 103.198 1.018,11 17 - TÍTULO TESOURARIA (UNIDADE) 11.802 18 - TÍTULO RESGATADO (UNIDADE) 0 19 - TÍTULO CONVERTIDO (UNIDADE) 0 20 - TÍTULO A COLOCAR 0 (UNIDADE) 21 - DATA DA ÚLTIMA REPACTUAÇÃO 24/03/2003 22 - DATA DO PRÓXIMO EVENTO 24/09/2004 A - 33 08.01 - CARACTERÍSTICAS DA EMISSÃO PÚBLICA OU PARTICULAR DE DEBÊNTURES 1- ITEM 03 2 - Nº ORDEM 3 3 - Nº REGISTRO NA CVM CVM/SRE/DEB/1999-032 4 - DATA DO REGISTRO CVM 18/03/1999 5 - SÉRIE EMITIDA 3 6 - TIPO DE EMISSÃO SIMPLES 7 - NATUREZA EMISSÃO PÚBLICA 8 - DATA DA EMISSÃO 01/02/1999 9 - DATA DE VENCIMENTO 24/09/2004 10 - ESPÉCIE DA DEBÊNTURE SEM PREFERENCIA 11 - CONDIÇÃO DE REMUNERAÇÃO VIGENTE CDI + 2,85 % 12 - PRÊMIO/DESÁGIO 13 - VALOR NOMINAL (Reais) 14 - MONTANTE EMITIDO (Reais Mil) 117.082 15 - Q. TÍTULOS EMITIDOS (UNIDADE) 115.000 16 - TÍTULO CIRCULAÇÃO (UNIDADE) 102.159 1.018,11 17 - TÍTULO TESOURARIA (UNIDADE) 12.841 18 - TÍTULO RESGATADO (UNIDADE) 0 19 - TÍTULO CONVERTIDO (UNIDADE) 0 20 - TÍTULO A COLOCAR 0 (UNIDADE) 21 - DATA DA ÚLTIMA REPACTUAÇÃO 24/03/2003 22 - DATA DO PRÓXIMO EVENTO 24/09/2004 A - 34 08.01 - CARACTERÍSTICAS DA EMISSÃO PÚBLICA OU PARTICULAR DE DEBÊNTURES 1- ITEM 04 2 - Nº ORDEM 3 3 - Nº REGISTRO NA CVM CVM/SRE/DEB/1999-033 4 - DATA DO REGISTRO CVM 18/03/1999 5 - SÉRIE EMITIDA 4 6 - TIPO DE EMISSÃO SIMPLES 7 - NATUREZA EMISSÃO PÚBLICA 8 - DATA DA EMISSÃO 01/02/1999 9 - DATA DE VENCIMENTO 24/09/2004 10 - ESPÉCIE DA DEBÊNTURE SEM PREFERENCIA 11 - CONDIÇÃO DE REMUNERAÇÃO VIGENTE CDI + 2,85 % 12 - PRÊMIO/DESÁGIO 13 - VALOR NOMINAL (Reais) 14 - MONTANTE EMITIDO (Reais Mil) 52.601 15 - Q. TÍTULOS EMITIDOS (UNIDADE) 51.666 16 - TÍTULO CIRCULAÇÃO (UNIDADE) 41.005 17 - TÍTULO TESOURARIA (UNIDADE) 10.661 18 - TÍTULO RESGATADO (UNIDADE) 0 19 - TÍTULO CONVERTIDO (UNIDADE) 0 20 - TÍTULO A COLOCAR 0 1.018,11 (UNIDADE) 21 - DATA DA ÚLTIMA REPACTUAÇÃO 24/03/2003 22 - DATA DO PRÓXIMO EVENTO 24/09/2004 A - 35 08.01 - CARACTERÍSTICAS DA EMISSÃO PÚBLICA OU PARTICULAR DE DEBÊNTURES 1- ITEM 05 2 - Nº ORDEM 3 3 - Nº REGISTRO NA CVM CVM/SRE/DEB/1999-034 4 - DATA DO REGISTRO CVM 18/03/1999 5 - SÉRIE EMITIDA 5 6 - TIPO DE EMISSÃO SIMPLES 7 - NATUREZA EMISSÃO PÚBLICA 8 - DATA DA EMISSÃO 01/02/1999 9 - DATA DE VENCIMENTO 24/09/2004 10 - ESPÉCIE DA DEBÊNTURE SEM PREFERENCIA 11 - CONDIÇÃO DE REMUNERAÇÃO VIGENTE CDI + 2,85% 12 - PRÊMIO/DESÁGIO 13 - VALOR NOMINAL (Reais) 14 - MONTANTE EMITIDO (Reais Mil) 16.725 15 - Q. TÍTULOS EMITIDOS (UNIDADE) 16.428 16 - TÍTULO CIRCULAÇÃO (UNIDADE) 16.428 1.018,11 17 - TÍTULO TESOURARIA (UNIDADE) 0 18 - TÍTULO RESGATADO (UNIDADE) 0 19 - TÍTULO CONVERTIDO (UNIDADE) 0 20 - TÍTULO A COLOCAR 0 (UNIDADE) 21 - DATA DA ÚLTIMA REPACTUAÇÃO 24/03/2003 22 - DATA DO PRÓXIMO EVENTO 24/09/2004 A - 36 08.01 - CARACTERÍSTICAS DA EMISSÃO PÚBLICA OU PARTICULAR DE DEBÊNTURES 1- ITEM 06 2 - Nº ORDEM 4 3 - Nº REGISTRO NA CVM CVM/SRE/DEB/2001-022 4 - DATA DO REGISTRO CVM 04/06/2001 5 - SÉRIE EMITIDA UN 6 - TIPO DE EMISSÃO SIMPLES 7 - NATUREZA EMISSÃO PÚBLICA 8 - DATA DA EMISSÃO 01/04/2001 9 - DATA DE VENCIMENTO 15/12/2006 10 - ESPÉCIE DA DEBÊNTURE SEM PREFERENCIA 11 - CONDIÇÃO DE REMUNERAÇÃO VIGENTE CDI + 1,2 % 12 - PRÊMIO/DESÁGIO 13 - VALOR NOMINAL (Reais) 14 - MONTANTE EMITIDO (Reais Mil) 255.219 15 - Q. TÍTULOS EMITIDOS (UNIDADE) 30.000 16 - TÍTULO CIRCULAÇÃO (UNIDADE) 30.000 8.507,32 17 - TÍTULO TESOURARIA (UNIDADE) 0 18 - TÍTULO RESGATADO (UNIDADE) 0 19 - TÍTULO CONVERTIDO (UNIDADE) 0 20 - TÍTULO A COLOCAR 0 (UNIDADE) 21 - DATA DA ÚLTIMA REPACTUAÇÃO 22 - DATA DO PRÓXIMO EVENTO 15/09/2004 A - 37 08.01 - CARACTERÍSTICAS DA EMISSÃO PÚBLICA OU PARTICULAR DE DEBÊNTURES 1- ITEM 07 2 - Nº ORDEM 5 3 - Nº REGISTRO NA CVM CVM/SRE/DEB/2002-013 4 - DATA DO REGISTRO CVM 14/05/2002 5 - SÉRIE EMITIDA 1 6 - TIPO DE EMISSÃO SIMPLES 7 - NATUREZA EMISSÃO PÚBLICA 8 - DATA DA EMISSÃO 01/04/2002 9 - DATA DE VENCIMENTO 01/03/2007 10 - ESPÉCIE DA DEBÊNTURE SEM PREFERENCIA 11 - CONDIÇÃO DE REMUNERAÇÃO VIGENTE CDI + 2 % 12 - PRÊMIO/DESÁGIO 13 - VALOR NOMINAL (Reais) 14 - MONTANTE EMITIDO (Reais Mil) 318.081 15 - Q. TÍTULOS EMITIDOS (UNIDADE) 31.372 16 - TÍTULO CIRCULAÇÃO (UNIDADE) 31.372 10.139,02 17 - TÍTULO TESOURARIA (UNIDADE) 0 18 - TÍTULO RESGATADO (UNIDADE) 0 19 - TÍTULO CONVERTIDO (UNIDADE) 0 20 - TÍTULO A COLOCAR 0 (UNIDADE) 21 - DATA DA ÚLTIMA REPACTUAÇÃO 01/10/2003 22 - DATA DO PRÓXIMO EVENTO 01/10/2004 A - 38 08.01 - CARACTERÍSTICAS DA EMISSÃO PÚBLICA OU PARTICULAR DE DEBÊNTURES 1- ITEM 08 2 - Nº ORDEM 5 3 - Nº REGISTRO NA CVM CVM/SRE/DEB/2002-014 4 - DATA DO REGISTRO CVM 14/05/2002 5 - SÉRIE EMITIDA 2 6 - TIPO DE EMISSÃO SIMPLES 7 - NATUREZA EMISSÃO PÚBLICA 8 - DATA DA EMISSÃO 01/04/2002 9 - DATA DE VENCIMENTO 01/03/2007 10 - ESPÉCIE DA DEBÊNTURE SEM PREFERENCIA 11 - CONDIÇÃO DE REMUNERAÇÃO VIGENTE IGPM + 12,7 % 12 - PRÊMIO/DESÁGIO 13 - VALOR NOMINAL (Reais) 14 - MONTANTE EMITIDO (Reais Mil) 131.576 15 - Q. TÍTULOS EMITIDOS (UNIDADE) 8.628 16 - TÍTULO CIRCULAÇÃO (UNIDADE) 8.628 15.249,90 17 - TÍTULO TESOURARIA (UNIDADE) 0 18 - TÍTULO RESGATADO (UNIDADE) 0 19 - TÍTULO CONVERTIDO (UNIDADE) 0 20 - TÍTULO A COLOCAR 0 (UNIDADE) 21 - DATA DA ÚLTIMA REPACTUAÇÃO 01/10/2003 22 - DATA DO PRÓXIMO EVENTO 01/04/2005 A - 39 09.01 - BREVE HISTÓRICO DA EMPRESA Histórico Até o fim do século XIX, os serviços de água e esgotos no Estado de São Paulo eram em geral, prestados por sociedades privadas. Em 1875, o Governo da Província de São Paulo concedeu a particulares os serviços de água, tendo concedido em 1877, os serviços de esgotos da cidade de São Paulo. Em 1893, o Governo da Província de São Paulo reassumiu a responsabilidade pelo fornecimento dos serviços de água e esgotos da Companhia Cantareira de Água e Esgotos e constituiu a RAE. Desde então, os serviços de água e esgotos do Município de São Paulo têm sido administrados exclusivamente pelo Governo do Estado de São Paulo. Historicamente, os serviços de água e esgotos de grande parte dos demais municípios do Estado eram diretamente administrados pelo poder municipal, por meio de departamentos municipais de água e esgotos ou de autarquias municipais. Em 1954, como resposta ao significativo crescimento da população da Região Metropolitana de São Paulo, o Governo do Estado de São Paulo criou o DAE, como uma autarquia do Governo do Estado. O DAE prestava serviços de água e esgotos para vários municípios da Região Metropolitana de São Paulo. Uma reestruturação importante das entidades prestadoras destes serviços no Estado de São Paulo ocorreu em 1968, com a criação da COMASP, cujo objetivo era fornecer, no atacado, água potável para consumo público nos municípios da Região Metropolitana de São Paulo. Nessa ocasião, todos os ativos anteriormente pertencentes ao DAE e vinculados a tais atividades foram transferidos à autarquia denominada SAEC. Em 1970, o Governo do Estado de São Paulo criou a SANESP para prestar serviços de saneamento para a Região Metropolitana de São Paulo. Todos os ativos pertencentes ao DAE vinculados a estas atividades foram transferidos para a SANESP. Em 1973, a COMASP, a SAEC e a SANESP se fundiram para formar a Companhia com o objetivo de implementar as diretrizes do Governo Federal estabelecidas no PLANASA. O PLANASA era um programa patrocinado pelo Governo Federal que financiava investimentos de capital e auxiliava no desenvolvimento de companhias estaduais de água e esgotos, com recursos do FGTS. Desde sua constituição, outras empresas públicas ou sociedades controladas pelo Estado de São Paulo, ligadas ao fornecimento de água, coleta e tratamento de esgotos no Estado, foram sendo incorporadas à Companhia. A Companhia enfrentou graves problemas operacionais e financeiros ao longo da década de 1980, os quais atingiram seu ápice em 1994, causados, em parte, pelas condições macroeconômicas do Brasil no período de hiperinflação que precedeu a implantação do Plano Real, mas também se deviam às políticas governamentais do Estado de São Paulo, que considerava a Companhia como uma empresa estatal cujo desempenho financeiro constituía preocupação secundária. Em decorrência disso, a estrutura tarifária da Companhia durante este período não era capaz de gerar receita suficiente para proporcionar a prestação de serviços adequados aos consumidores, ou para satisfazer as necessidades de liquidez e de recursos de capital para suas operações. Como conseqüência, a Companhia teve diversos problemas operacionais e financeiros que resultaram em dificuldades na prestação dos serviços básicos de água e esgotos para os consumidores. Em 1994, a Companhia registrou um prejuízo líquido de R$ 223,1 milhões, apresentando dificuldade para honrar seus compromissos financeiros. Quanto aos aspectos operacionais, a Companhia teve restringida sua capacidade de abastecimento, e no fim de 1994, mais de 5,0 milhões de pessoas no Estado de São Paulo ficaram sujeitas a rodízio no fornecimento de água. Como a Companhia não dispunha de recursos para fazer a manutenção adequada de seus sistemas, enfrentou freqüentes rupturas na rede de água do sistema de distribuição e coleta de esgotos, o que acentuou os cortes de água. A deterioração geral dos serviços, por sua vez, prejudicou o relacionamento com os municípios servidos pela Companhia. Em 1995, a Companhia, em conjunto com a atual administração do Estado de São Paulo, iniciou um programa de reestruturação para melhorar as condições operacionais e financeiras de suas atividades, incluindo uma Reestruturação Organizacional, a implementação das etapas iniciais da estratégia da Companhia e o desenvolvimento de uma nova orientação voltada para resultados. A - 40 Em 1997, a Companhia reestruturou suas tarifas para adequar o preço cobrado para o consumo mínimo de água, e reajustou suas tarifas para todos os clientes em 1997, 1998 e 1999. Esses reajustes de tarifas e os ganhos de produtividade foram os principais responsáveis pelos aumentos na receita operacional líquida nestes anos. Além disso, a Companhia reduziu o número total de funcionários de 21.141, em 31 de dezembro de 1994, para 18.546, em 31 dezembro de 2003. A Companhia vem realizando investimentos para melhorar, expandir e proteger seus sistemas de água e esgoto. Como resultado dos investimentos realizados, a Companhia eliminou o rodízio no abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo e instalou ligações adicionais de água e esgoto para atender à demanda crescente por serviços, em toda a sua área de atuação, particularmente na cidade de São Paulo. A Companhia acredita que as medidas acima mencionadas e a sua estratégia global têm permitido, até o presente momento, a recuperação operacional e a melhora de seu desempenho financeiro. Em 24 de abril de 2002, a Companhia aderiu às regras do Novo Mercado da BOVESPA, segmento do mercado à vista de valores mobiliários reservado para negociação de ações de companhias que atendam níveis de governança corporativa e de qualidade de informações mais elevado do que o disposto na legislação e regulamentação aplicáveis. Esta adesão significa o comprometimento pela Companhia a um conjunto de regras societárias, genericamente chamadas "boas práticas de governança corporativa". Em maio, após intensas atividades em conjunto com a Procuradoria Geral do Estado, Secretarias da Fazenda, de Energia e de Recursos Hídricas, a Companhia obteve o registro na SEC – "Securities and Exchange Commission", correspondente à brasileira Comissão de Valores Mobiliários – CVM. O acionista controlador, por intermédio da Secretaria de Negócios da Fazenda, procedeu a venda pulverizada de 4,78 bilhões de ações da Companhia, de sua propriedade, no mercado nacional e internacional. No dia 10 de maio de 2002, as ações da Companhia passaram a ser listadas na Bolsa de Nova Iorque, na forma de ADRs – "American Depository Receipts" Nível III, possibilitando sua negociação no mercado internacional. Em 2 de junho de 2003, a SABESP arquivou seu primeiro Relatório Form-20, cumprindo as normas estabelecidas pela SEC – Securities and Exchange Commission, em função das ações Sabesp estarem registradas na NYSE. Este relatório foi acompanhado pelas certificações feitas pelo presidente e pelo diretor econômico-financeiro, exigência introduzida pela lei Sarbanes-Oxley de 2002. Hoje a Empresa atua no fornecimento direto de serviços de saneamento à população de 366 dos 645 municípios paulistas; além da venda de água tratada e disponibilização de tratamento dos esgotos coletados a mais 7 municípios da Região Metropolitana de São Paulo atendendo, aproximadamente, 25 milhões de pessoas. Esse acréscimo da base operada deveu-se aos municípios de São Bernardo do Campo, que em dezembro de 2003 teve o termo de transferência dos bens de propriedade do Departamento de Águas e Esgotos – DAE para a Sabesp assinado, com a operação a partir de 05/01/2004 e Itapira recém incorporado à base operada a partir de fevereiro de 2004. Os contratos de concessão referem-se à execução e exploração dos serviços de saneamento, com direito da empresa de implantar, ampliar, administrar e explorar, sempre com exclusividade, os serviços de abastecimento de água e de coleta e destinação final dos esgotos sanitários nas áreas concedidas. Os prazos das concessões são de 30 anos, com renovação automática caso não haja manifestação em contrário pelas partes. Do total de municípios operados, 10% (ou 38) são concedidos por prazo indeterminado, e 3,6% (13 municípios) são operados sem contrato de concessão. Os contratos de concessão representam 94,2% do faturamento da empresa Os contratos de fornecimento de água potável no atacado representam 5,8% do faturamento total da empresa, são firmados pelo prazo de 3 anos prorrogáveis por igual período sucessivamente. A - 41 09.02 - CARACTERÍSTICA DO SETOR DE ATUAÇÃO Introdução A SABESP opera sistemas de água e esgotos em 368, considerando os recém-assumidos municípios de São Bernardo do Campo e Itapira que entraram para a base operada somente a partir do início de 2004, dos 645 municípios do Estado de São Paulo, inclusive o do Município de São Paulo. Em 2003, a SABESP distribuiu água para aproximadamente 21,3 milhões de pessoas, o que corresponde a cerca de 60% da população urbana do Estado de São Paulo, através de aproximadamente 56,9 mil quilômetros de rede de distribuição e adutoras de água, e mais de 6,2 milhões ligações de água. A SABESP presta serviços de esgoto para cerca de 17,6 milhões de pessoas, ou 80% dos nossos consumidores de água, através de aproximadamente 35,9 mil quilômetros de redes coletoras, coletores-tronco e emissários, e 4,6 milhões de ligações de esgoto. A SABESP ainda abastece de água no atacado 7 municípios da Região Metropolitana de São Paulo, cuja população total é de aproximadamente 3,8 milhões de habitantes. As atividades de saneamento básico compreendem a produção, adução, reservação e distribuição de água potável, bem como a coleta, tratamento e disposição final dos esgotos. Tais atividades são consideradas serviços públicos de competência comum da União, dos Estados e dos Municípios, estando sujeitas, portanto, ao regime jurídico de direito público. No Brasil, os serviços de saneamento básico são prestados por uma grande variedade de empresas, em sua grande maioria estatais, controladas pelos Estados ou pelos Municípios, mediante concessão de serviço público. Os serviços de saneamento básico estão diretamente ligados a questões de saúde pública e de meio ambiente. O crescimento da capacidade de fornecimento de água potável à população, bem como dos volumes de esgotos tratados e coletados, influi em indicadores de saúde pública, como a mortalidade infantil e o controle de doenças infecto-contagiosas. A manutenção dos níveis de produção de água potável necessários ao atendimento da população depende diretamente da utilização racional dos recursos hídricos. Por fim, a coleta, tratamento e disposição final de esgotos visa reduzir ou eliminar a quantidade de poluentes e contaminantes do meio ambiente, conceito hoje consagrado pelo termo “saneamento ambiental”. Tendo em vista o elevado interesse público no desempenho das atividades de saneamento básico, tais atividades estão sujeitas a uma extensa legislação e regulamentação federal, estadual e municipal. Regime Jurídico do Saneamento Básico Aspectos Gerais De acordo com a Constituição Federal, compete à União Federal, aos Estados e aos Municípios promover em comum a melhoria das condições de saneamento básico, bem como legislar de forma concorrente sobre a conservação dos recursos naturais, a proteção do meio ambiente e o controle da poluição. A Constituição Federal, em seu artigo 175, atribui ao Poder Público, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos, inclusive serviços de saneamento básico. As concessões de serviços de saneamento básico são formalizadas através de contratos de concessão firmados entre o Governo Estadual ou Municipal, conforme o caso, e um concessionário ao qual é outorgada a prestação de serviços em um determinado município ou região. Conforme disposição da Constituição Federal, os Estados podem criar regiões metropolitanas em seus territórios, por meio de Lei Complementar, constituídas por agrupamento de municípios limítrofes, com o objeto de integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. A - 42 Não há, atualmente, uma lei geral regulamentando ou dando diretrizes básicas para os serviços de saneamento básico no Brasil. Diversos projetos de lei foram apresentados no Congresso, sendo que o último deles, de n.º 4.147/01, de 20 de fevereiro de 2001, formulado pelo Governo Federal depois de ampla discussão com os Estados, os Municípios e a sociedade civil. Especificamente com relação ao Estado de São Paulo, a Constituição Estadual estabelece que o Estado assegurará condições para a correta operação, a necessária ampliação e a eficiente administração dos serviços de saneamento básico prestados por concessionária sob seu controle acionário, reconhece a SABESP como prestadora destes serviços de saneamento básico nos Municípios onde ela já atua, e determina que estes, na qualidade de poder concedente destes serviços, podem criar suas entidades próprias para prestar os serviços de saneamento básico em seu território, devendo indenizar a SABESP no prazo máximo de 25 anos. O Governo do Estado de São Paulo obteve liminar em conseqüência de Ação Direta de Inconstitucionalidade questionando a constitucionalidade deste prazo máximo para a indenização, previsto no artigo 293 da Constituição Estadual. Uso dos Recursos Hídricos Com relação à política de recursos hídricos, a Lei Federal n.º 9.984, de 17 de julho de 2000, instituiu a ANA, a qual tem como objetivo implementar a Política Nacional de Recursos Hídricos, sendo parte integrante do Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos, previsto na Lei Federal n.º 9.433, de 8 de janeiro de 1997. Pretende-se, de acordo com o Projeto de Lei do Setor de Saneamento, que a ANA tenha como competência adicional a coordenação nacional da regulação do setor de saneamento básico. Em âmbito estadual, a Lei n.º 7.663, de 30 de dezembro de 1991, regulamentada pelo Decreto Estadual n.º 41.258, de 31 de outubro de 1996, estabelece os princípios básicos que regem o desenvolvimento e uso dos recursos hídricos no Estado de São Paulo, de acordo com a Constituição do Estado. Esses princípios incluem (i) utilização racional de recursos hídricos, dando prioridade aos serviços prestados à população; (ii) otimização dos benefícios econômicos e sociais resultantes do uso de recursos hídricos; (iii) proteção de recursos hídricos contra ações que comprometam seu uso atual e futuro; (iv) defesa contra eventos hidrográficos críticos que possam causar risco para a saúde e segurança da população ou prejuízos econômicos e sociais; (v) desenvolvimento de transporte hidroviário para benefício econômico; (vi) desenvolvimento de programas permanentes de conservação e proteção de fontes de água subterrânea contra poluição e exploração excessiva; e (vii) prevenção de erosão de terreno em áreas urbanas e rurais, com vistas a proteção contra poluição física e assoreamento de recursos hídricos. Nos termos da Lei Estadual nº 7.663/1991, a implementação de qualquer projeto que envolva o uso da água de superfície ou subterrânea exige autorização prévia ou licença da autoridade governamental competente e a utilização de recursos hídricos, seja para captação de água, seja para lançamento de efluentes, estará sujeita a cobrança. A cobrança pelo uso de recursos hídricos está em discussão na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, no Projeto de Lei n.º 676, de 12 de dezembro de 2000, que tramita com urgência na pauta de discussão da Assembléia Legislativa e deve ter uma definição em breve. Diante disso, a SABESP tem realizado estudos para avaliar os eventuais impactos que essa cobrança poderá acarretar em suas atividades, mas ainda não tem condições de precisar, se existentes, a extensão desses impactos. O DAEE tem como objetivos, dentre outros (i) estabelecer uma política para o uso de recursos hídricos com vistas ao desenvolvimento do negócio de água do Estado e (ii) desenvolver planos, estudos e projetos relacionados ao uso integral de recursos hídricos, diretamente ou por meio de acordos com terceiros. O Decreto n.º 41.258, de 31 de outubro de 1996, regulamenta a outorga de direitos de uso de recursos hídricos e as infrações e penalidades relacionadas a tal uso. Em razão das atribuições e imposições legais estabelecidas, o Superintendente do DAEE, através da Portaria n.º 717, de 12 de dezembro de 1996, aprovou as normas e estabeleceu os procedimentos a serem observados para que qualquer usuário possa solicitar a outorga de uso dos recursos hídricos, superficiais ou subterrâneos. A - 43 Nova Regulamentação do Setor de Saneamento Básico Está em tramitação na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei do Setor de Saneamento Básico, que prevê a prestação de serviços de saneamento básico, organizada com base em bacias hidrográficas e de acordo com a estrutura da rede urbana. A titularidade desses serviços caberá (i) aos Municípios, nos serviços de interesse local (atividades que compõem os serviços de saneamento básico e respectiva infra-estrutura destinadas exclusivamente ao atendimento do próprio Município); (ii) ao Distrito Federal, em sua área geográfica; ou (iii) aos Estados, nos serviços de interesse comum (pelo menos uma das atividades que compõem os serviços de saneamento básico e respectiva infra-estrutura voltadas ao atendimento de dois ou mais Municípios). O referido projeto, se e quando aprovado, poderá implicar na criação de nova autoridade regulatória federal, que poderá substituir, em parte, as autoridades regulatórias estaduais. Ademais, caso seja convertido em lei, o Projeto de Lei n.º 4.147/2001 poderá outorgar às novas autoridades regulatórias poderes para decidir acerca da renovação de concessões que a SABESP detém podendo, inclusive, cancelar concessões existentes. Nos termos do Projeto de Lei do Setor de Saneamento Básico, incumbirá à ANA a coordenação nacional das atividades de regulação dos serviços de saneamento. Tal projeto deve ainda, definir competência para outorga de concessões, para prestação de serviços de saneamento básico nas regiões metropolitanas, existindo a possibilidade de criação de agências reguladoras estaduais. Em princípio, tais agências estariam credenciadas junto a ANA, tendo a competência de regular e fiscalizar a obtenção das concessões e as atividades da Sabesp de modo geral. A legislação proposta estabelece, ainda, novos critérios para estipulação de tarifas de água e esgoto. Ainda nos termos do projeto, o Estado de São Paulo continuaria a ser o poder concedente nas regiões metropolitanas. A titularidade desses serviços caberá (i) aos Municípios, nos serviços de interesse local (atividades que compõem os serviços de saneamento básico e respectiva infra-estrutura destinadas exclusivamente ao atendimento do próprio Município); (ii) ao Distrito Federal, em sua área geográfica; ou (iii) aos Estados, nos serviços de interesse comum (pelo menos uma das atividades que compõem os serviços de saneamento básico e respectiva infra-estrutura voltadas ao atendimento de dois ou mais Municípios). Há discussões, entretanto, acerca de mudanças na legislação proposta de forma a estabelecer que o Estado de São Paulo compartilhe a competência de poder concedente com os municípios integrantes das regiões metropolitanas. Se adotadas, essas mudanças poderiam afetar as operações da Emissora na Região Metropolitana de São Paulo, bem como em outras regiões metropolitanas por ela atendidas. Caso a Sabesp, em virtude da nova disciplina legal, venha a perder quaisquer de suas concessões ou não esteja apta para obter novas concessões ou licenças para a operação de serviços de saneamento básico no Estado de São Paulo ou, ainda, não possa se adequar tempestivamente às exigências e metas impostas pela nova legislação, poderá ter reduzidas sua área de atuação e capacidade de competição com outros prestadores destes serviços, o que poderá causar impacto negativo na geração de receitas da SABESP. Nos termos do Projeto de Lei do Setor de Saneamento Básico, incumbirá à ANA a coordenação nacional das atividades de regulação dos serviços de saneamento. Tal projeto deve ainda, definir competência para outorga de concessões, para prestação de serviços de saneamento básico nas regiões metropolitanas, existindo a possibilidade de criação de agências reguladoras estaduais. Em princípio, tais agências estariam credenciadas junto a ANA, tendo a competência de regular e fiscalizar a obtenção das concessões e as atividades da SABESP de modo geral. O anteprojeto de Lei para constituição da Agência Reguladora de Serviços de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – ARSAN, com o objetivo de regular a prestação dos serviços públicos de saneamento básico no Estado de São Paulo, e será dotada de autonomia financeira, funcional e administrativa. Um órgão regulador deve estabelecer e acompanhar o cumprimento de diretrizes e metas para o setor e zelar pela observação das regras para os reajustes tarifários tanto do ponto de vista da qualidade dos serviços A - 44 prestados quanto do ponto de vista da garantia do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos, de modo a permitir a continuidade da prestação dos serviços pelos concessionários. Uma autoridade com essas competências e dotada de neutralidade técnica, deve proporcionar um ambiente favorável à manutenção e expansão dos negócios da empresa. Qualidade da Água A Portaria n.º 1.469, de 29.12.2000, editada pelo Ministério da Saúde do Governo Federal, estabelece padrões de potabilidade da água para consumo humano no Brasil, equivalentes aos padrões internacionais adotados em países desenvolvidos. A Secretaria de Estado da Saúde do Estado de São Paulo também estabeleceu padrões mínimos para a potabilidade da água destinada ao consumo humano, que são mais restritivos do que os da portaria nacional acima referida. Coleta e Tratamento de Esgoto A Lei Estadual n.º 997, de 31 de maio de 1976, regulamenta a prevenção e controle da poluição do meio ambiente, vedando, de modo geral, a emissão de poluentes na água, ar ou solo no Estado de São Paulo. Em áreas em que haja sistema público de esgotos, os efluentes de fonte poluidora deverão ser lançados nesse sistema, cabendo à tal fonte poluidora realizar a ligação ao sistema de esgotos. A legislação estabelece características mínimas que permitam que esses efluentes sejam tratados pelas estações de tratamento de esgotos da SABESP. Caso não atendam aos padrões estabelecidos, as indústrias devem realizar um prétratamento do esgoto industrial, de modo que os parâmetros estabelecidos, tais como pH, temperatura, materiais sedimentáveis e metais, sejam atendidos. A legislação estadual delega à CETESB competência para monitorar o lançamento de poluentes em águas públicas e para fazer cumprir os requisitos da legislação, tendo inclusive poderes para outorgar autorizações a empresas que, impossibilitadas de realizar a ligação ao sistema público de esgotos, possam lançar temporariamente seus poluentes em águas receptoras. A disposição de lodo das ETE’s também deverá atender os requisitos da legislação estadual. A CETESB também regula o lançamento de efluentes em corpos d’água de acordo com a legislação estadual e aprova as estações de tratamento de esgotos da SABESP. A legislação estadual também estabelece as bases para as tarifas a serem cobradas pelo lançamento de efluentes nos recursos hídricos do Estado de São Paulo. Embora nem o Estado de São Paulo nem suas agências atualmente cobrem tarifas por esses lançamentos, não podemos assegurar que tais tarifas não serão impostas no futuro. Regime Jurídico da SABESP Na qualidade de sociedade de economia mista prestadora de serviço público essencial, a criação da SABESP deu-se através de determinação legal do Governo do Estado de São Paulo, pela Lei Estadual n.º 119/1973, posteriormente alterada pela Lei Estadual n.º 8.523, de 29 de dezembro de 1993, com o objetivo de planejar, executar e operar os serviços públicos de saneamento básico em todo o território do Estado de São Paulo, respeitada a autonomia dos municípios. Na data da constituição, o DAEE integralizou ações da SABESP, posteriormente transferindo integralmente sua participação para a Fazenda do Estado de São Paulo. Por tratar-se de sociedade de economia mista, constituída sob a forma de sociedade por ações, a SABESP está sujeita às disposições da Lei das Sociedades por Ações. Com o advento da Lei n.º 10.303, de 31 de outubro de 2001, que alterou a Lei das Sociedades por Ações, foi revogado o artigo n.º 242 da referida lei, que excluía as sociedades de economia mista da falência. Dessa forma, a SABESP atualmente está sujeita à falência, estando revogada a norma que atribuía ao Governo do Estado de São Paulo, na qualidade de acionista controlador, a responsabilidade subsidiária pelas dívidas da Companhia. Nos termos da Lei Estadual n.º 119/1973, a SABESP é vinculada à Secretaria dos Serviços e Obras Públicas (atual Secretaria de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento) do Estado de São Paulo e tem prazo A - 45 indeterminado de duração, podendo abrir filiais, sucursais, agências e escritórios em qualquer parte do Estado. O Governo do Estado de São Paulo deve manter participação direta ou indireta, equivalente a, no mínimo, dois terços das ações ordinárias da SABESP. Na condição de sociedade de economia mista, a SABESP está sujeita à Lei de Licitações, que regula o processo de licitação pública, para a contratação de serviços e obras por parte da SABESP. No âmbito estadual, a SABESP deve observar a Lei Estadual n.º 7.835, de 8 de maio de 1992, que complementa as disposições da Lei de Concessões, bem como a Lei Estadual n.º 6.544, de 22 de novembro de 1989, que dispõe sobre o estatuto jurídico das licitações e contratos pertinentes a obras, serviços, compras, alienações e concessões por parte dos entes da Administração Estadual direta e indireta. A Lei de Concessões determina que a outorga de concessão para prestação de serviço público ou uso de bem público seja precedida de processo de licitação pública. Em geral, as concessões outorgadas após a promulgação da Constituição Federal sem terem sido precedidas de licitação pública foram extintas. O artigo 24 da Lei de Licitações estabelece, no entanto, que é dispensada a licitação pública no caso, entre outros, de serviços a serem prestados por órgão ou entidade que integre a administração pública e que tenha sido criado para este fim específico em data anterior à vigência da respectiva lei, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado. Com base neste dispositivo, bem como em Parecer da Procuradoria Geral do Estado, de n.º 004/98 de 2 de fevereiro de 1998, e em doutrina e jurisprudência largamente majoritárias, os Poderes Concedentes outorgaram concessões à SABESP com dispensa de licitação pública. A SABESP não teve nenhuma de suas concessões canceladas ou revogadas após a promulgação da Constituição Federal ou da Lei de Concessões. As exigências da Lei de Concessões e da Lei Estadual de Concessões regerão, entretanto, a outorga de novas concessões à SABESP. Por fim, apesar de não ter contrato de concessão formalizado, a SABESP presta serviços de abastecimento e distribuição de água e coleta de esgotos nos Municípios de São Paulo e Santos. A SABESP entende ser a legítima titular do direito de prestação de tais serviços, uma vez que a Constituição Federal determina que os serviços públicos de interesse comum relativos a áreas metropolitanas, como a Região Metropolitana de São Paulo, são objeto da competência do Estado de São Paulo e, por ser sucessora de várias empresas e órgãos estaduais que tinham como objetivo, desde o século XIX, a prestação de serviços de saneamento básico, detém a propriedade e os direitos de operar todo o sistema de água e esgoto que serve a Cidade de São Paulo. Caso um município abastecido pela SABESP opte por assumir o controle dos serviços de água e esgotos, deverá fazer licitação para a outorga da concessão a concessionárias em potencial ou celebrar contratos com empresas públicas diretamente. A Constituição do Estado de São Paulo prevê que, caso a SABESP seja substituída como concessionária em qualquer município, este deverá reembolsar a SABESP pelo valor econômico não amortizado de seus investimentos. Regulamentação de Tarifas Em 16 de dezembro de 1996, o Governador do Estado de São Paulo editou o Decreto n.º 41.446, que regulamenta o sistema de tarifas e permitiu que a SABESP continuasse fixando suas próprias tarifas, com base (i) na categoria de uso, (ii) na capacidade do hidrômetro, (iii) nas características de consumo, (iv) no volume consumido, (v) nos custos fixos e variáveis, (vi) nas variações sazonais no consumo e (vii) nas condições sociais e econômicas de consumidores residenciais. Poderão também ser considerados pela SABESP na fixação de tarifas, os custos associados à exploração de recursos hídricos, depreciação, provisão para dívidas de recebimento duvidoso, amortização de despesas e adequada remuneração dos investimentos. A mudança de tarifas deverá ser publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo. A partir de 29 de agosto de 2003, o IRT - Índice de Reajuste Tarifário da SABESP passou a ser calculado por uma fórmula em que os custos e despesas dos serviços de saneamento básico são agrupados em duas parcelas (“A” e “B”), de maneira a refletir mais adequadamente sua evolução. A “parcela A” engloba as despesas contabilizadas com: energia elétrica; materiais de tratamento; impostos e taxas municipais, estaduais e federais – incluindo CPMF e COFINS/PASEP; e os encargos da compensação financeira pela exploração de recursos hídricos para fins de abastecimento público. Sua atualização é determinada pela variação anual A - 46 verificada, nesse grupo de despesas, nos 12 meses anteriores à aplicação do reajuste. A “parcela B” reúne os demais custos e é atualizada através da aplicação do IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo, publicado pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Como resultado da aplicação da nova fórmula, as tarifas de serviços de fornecimento de água e/ou coleta de esgotos foram reajustadas em 18,95% em agosto de 2003, excetuando-se as tarifas “Residencial Social” e “Residencial Favelas” que tiveram reajuste de 9,00%. A SABESP está sujeita à legislação federal que, no caso de serviços de água e esgotos prestados em certas concessões, permite que as tarifas produzam retorno sobre os ativos de até 12% ao ano. A SABESP está sujeita a tal limite de performance, uma vez que a grande maioria das concessões que possui, foram outorgadas durante o período em que tal regulamentação estava em vigor. No entanto tal restrição não se aplica para as concessões mais recentes, para a renovação das concessões já existentes ou para a prestação de serviços na Cidade de São Paulo e demais municípios em que opera sem concessões formais. Todavia as tarifas praticadas estão abaixo da limitação de retorno sobre os ativos acima referida. Ano 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Reajuste das Tarifas - Junho % 9,76 3,12 15,79 13,05 8,22 18,95 Variação do IPC/FIPE no período % 7,08 1,08 1,36 4,38 12,34 6,65 8,17 OBS.: Para efeito comparativo estamos informando a variação do IPC/FIPE relativa ao mesmo período de vigência das tarifas, isto é, de junho a maio de cada ano. Conselho Estadual de Saneamento - CONESAN O Conselho Estadual de Saneamento, criado pela Lei Estadual n.º 7.750, de 31 de março de 1992, deve aprovar propostas relacionadas ao plano de saneamento e elaborar relatório anual referente às questões de saúde ambiental com que se defronta o Estado de São Paulo. O Conselho Estadual de Saneamento estabelece protocolos para o desenvolvimento de programas de investimento aprovados pelo Sistema Estadual de Saneamento e soluciona litígios relacionados à implementação do plano de saneamento pelo Sistema Estadual de Saneamento. A Lei Estadual n.º 7.750/92 regula a prestação de serviços de saneamento básico e estabelece normas para o planejamento de obras públicas de saneamento no Estado de São Paulo. O plano do Estado de São Paulo para serviços públicos de saneamento básico deverá integrar recursos institucionais, tecnológicos, financeiros e administrativos para assegurar a criação de meio ambiente saudável aos habitantes do Estado de São Paulo. O plano do Estado de São Paulo também deverá prestar assistência no desenvolvimento e organização do setor de saneamento básico. A - 47 De acordo com Lei Estadual n.º 7.750/92, a política de saneamento do Estado de São Paulo é implementada pelo Sistema Estadual de Saneamento. O Fundo Estadual de Saneamento – FESB arrecada e administra recursos para custear os programas aprovados no plano de saneamento. VOLUME FATURADO 2003 TOTAL CIA % SEGMENTOS VAREJO CATEGORIAS DE USO ÁGUA TOTAL RESIDENCIAL 67,94 82,81 73,67 COMERCIAL INDUSTRIAL PÚBLICO 8,07 1,75 2,63 11,32 2,63 3,24 9,33 2,09 2,87 80,39 100,00 87,96 19,61 - 12,04 TOTAL ATACADO V.P's ESGOTO VAREJO + ATACADO 100,00 100,00 100,00 TOTAL CIA 61,40 38,60 100,00 VOLUME FATURADO ACUMULADO 2.003 VAR.% Esgotos VAR.% Água A+ E VAR.% T 346.235.481 19,62 0,0 0,00 346.235.481 12,05 M 931.971.260 52,81 740.983.727 66,78 1.672.954.987 58,20 R 486.635.149 27,57 368.599.899 33,22 855.235.048 29,75 1.764.841.890 61,40 1.109.583.626 38,60 2.874.425.516 100,00 CIA Receita Operacional Bruta por Região (R$ mil) Região Metropolitana Regional Total Água Esgotos Total 1.882.885 1.385.883 3.268.768 636.241 402.526 1.038.767 2.519.126 1.788.409 4.307.535 A - 48 09.03 - PERÍODOS DE SAZONALIDADE NOS NEGÓCIOS PURA - Programa de Uso Racional da Água A água está cada vez mais escassa para atender a necessidade humana. Isso se deve tanto ao crescimento demográfico como a mudança nos padrões de consumo e hábitos. Para fazer frente a este quadro, a Sabesp adotou em 1996 uma política de incentivo ao uso racional da água, que exige mudanças culturais para a conscientização da população. Assim, o PURA é um programa de combate ao desperdício que tem como principal objetivo garantir o fornecimento de água e a manutenção da qualidade de vida da população, promover a redução de consumo, a conservação dos recursos hídricos e, conseqüentemente, minimizar necessidade de investimentos pois permite, na maioria das vezes, postergar obras de grande porte. Principais ações desenvolvidas em 2003: o o o Significativa evolução nas revisões das Normas Técnicas já existentes e criação de novas Normas em relação a equipamentos hidráulicos economizadores. Além disso, o mercado tem continuamente lançado novos produtos para atender esta temática. Publicação do Decreto nº 48.138/2003 em 08/10/2003, que institui uma série de medidas para evitar o desperdício de água tratada em órgãos do Governo, autarquias e fundações mantidas pelo poder público no âmbito do Estado de São Paulo, bem como a designação do Controlador para exercer a função de fiscalização das instalações da unidade onde trabalha. Viabilização de recursos financeiros para Implantação do PURA em 50 Escolas Estaduais, maiores desperdiçadoras de água, como piloto, para demonstrar a expressiva economia de água e a viabilidade econômica do projeto. Inicio do Empreendimento previsto para junho/04. Financiado pelo FEHIDRO – Fundo Estadual de Recursos Hídricos. Ações já realizadas em 2004 ou em desenvolvimento devido a este projeto: o o Resolução SE 24 de 17 de março de 2004 que institui a Campanha " Água é Vida" no âmbito da rede estadual de ensino , devendo premiar com R$ 20.000,00 a escola que mais economizar água; Curso à Distância sobre Uso Racional da Água e Curso Presencial composto dos cursos: Pesquisa de Vazamento de Água da Sabesp e Externo da ASFAMAS (Associação Brasileira dos Fabricante de Materiais e Equipamentos Hidráulicos para Saneamento), através da Universidade Empresarial da Sabesp. 10.01 - PRODUTOS E SERVIÇOS OFERECIDOS 1- ITEM 2 - PRINCIPAIS PRODUTOS E/OU SERVIÇOS 01 CAPTAÇÃO, TRATAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA 02 VENDA POR ATACADO DE ÁGUA TRATADA A MUNICÍPIOS NÃO OPERADOS 03 COLETA, TRAT.E DISP.FINAL ESGOTOS SANIT., DOM. E INDUSTRIAIS 3 - % RECEITA LÍQUIDA 52,40 6,08 41,52 A - 49 11.01 - PROCESSO DE PRODUÇÃO O processo de Produção de Água é constituído dos processos: Gestão de Recursos Hídricos, Produção de Água Tratada e Adução e Entrega. Processo Gestão de Recursos Hídricos: operação e manutenção das estruturas hidráulicas, desenvolvimento de planos, programas e projetos que visam a inspeção de mananciais, recuperação e conservação do patrimônio dos mananciais, recuperação ambiental e reabilitação funcional de áreas degradadas, recomposição de matas ciliares, conservação de áreas de florestas, alternativas para reuso planejado, gerenciamento de riscos, tendências das variáveis sanitárias e ambientais das bacias hidrológicas, pareceres técnicos voltados para manejo de recursos hídricos, articulação institucional e representação. Processo de Produção de Água Tratada: operação e manutenção de captação, Estação Elevatória de Água Bruta - EEAB, adutora de água bruta e Estação de Tratamento de Água - ETA; controle de desempenho qualitativo e quantitativo das unidades operacionais, diagnósticos físico-químicos e microbiológicos do processo, de acordo com os padrões exigidos pela Portaria 1.469 do Ministério da Saúde; operação da distribuição de energia elétrica, planos para gerenciamento de riscos, controle de perdas. Processo de Adução e Entrega: operação e manutenção em adutoras e reservatórios, previsão de demandas, controle de intervenções e eventos no sistema adutor, planos para gerenciamento de riscos. Descrição das Atividades da Companhia A Companhia presta serviços de saneamento básico, o que envolve, de forma geral, a captação, adução, tratamento e distribuição de água, coleta, tratamento e reuso de esgotos. A Companhia acredita ser a maior empresa de prestação de serviços de água e esgotos das Américas, considerada sua receita líquida de 2001, operando os sistemas de produção e distribuição de água e coleta e tratamento de esgotos no Estado de São Paulo, onde se encontra localizada a maior cidade do Brasil, São Paulo. Segundo dados do IBGE do ano 2000, o Estado de São Paulo, com cerca de 37,0 milhões pessoas, é o estado mais populoso e economicamente mais produtivo no Brasil, ocupando 3% do território brasileiro e abrangendo uma área que totaliza, aproximadamente, 248.000 km². A cidade de São Paulo possui aproximadamente 10,4 milhões habitantes, de acordo com IBGE, com 17,2 milhões habitantes na Região Metropolitana de São Paulo, que abrange 39 cidades, com 46% da população do Estado de São Paulo, sendo considerada a segunda maior região metropolitana das Américas. Para melhor atender os consumidores, a SABESP dividiu suas áreas de atendimento em três regiões, Região Metropolitana de São Paulo, Interior e Litoral. Produção, Adução e Distribuição de Água Em 31 de dezembro de 2003, a SABESP possuía 5,9 milhões de ligações de água, distribuídas em 49.657 km, sendo 2,2 milhões de ligações de água na região do Interior e Litoral, distribuídas em 30.012Km de rede. A - 50 A tabela a seguir estabelece o volume de água produzido e faturado pela SABESP nos períodos apresentados: Exercícios findos em 31 de dezembro 2001 2002 Produção de Água Região Metropolitana de São Paulo ... Interior................................................. 2003 (em milhões m³) Litoral.................................................. 1.989,5 447,2 259,4 2.046,1 467,3 264,9 2086,1 469,3 264,4 Total .................................................... 2.696,1 2.778,3 2.819,8 Região Metropolitana de São Paulo .... Interior................................................. Litoral.................................................. 1.224,8 309,8 163,0 1.275,6 326,4 167,9 320,2 166,5 Total .................................................... 1.697,6 1.769,9 486,7 Em 2003, a Companhia realizou em média a distribuição de 28,8 milhões m³ por mês de água por atacado e 119,25 milhões m³ por mês de água por varejo, perfazendo um total anual de 345,6 milhões m³ e 1.431,0 milhões m³, respectivamente. A tabela abaixo indica as linhas de distribuição e ligações de água da Companhia nos anos de 2000, 2001 ,2002 e 2003. Exercícios findos em 31 de dezembro 2001 2002 2003 Linhas de distribuição (em km) Água Ligações (em milhões de unidades) Água 48.827 49.657 30.012 5,7 5,9 2,2 Na venda de água por atacado, a SABESP fornece água a municípios da RMSP, sendo de responsabilidade de tais municípios a distribuição da água. Atualmente, a Companhia distribui água no atacado aos municípios de Guarulhos, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá e Mogi das Cruzes. A distribuição de água por varejo é realizada a municípios da Região Metropolitana de São Paulo, Litoral e Interior, correspondendo, em 2003, a 367 municípios e resultando em um faturamento total de R$ 2.015,2 milhões. Em 2003, a Companhia realizou 64.927 novas ligações de água na sua área de atuação, beneficiando 7,02 milhões de pessoas. A tabela abaixo demonstra a realização de novas ligações de água na Região Metropolitana, no Interior e no Litoral, bem como o número de pessoas beneficiadas: Novas Ligações de Água Região Metropolitana de São Paulo Número de Ligações (x 1000 unidades) População Beneficiada (em milhões de habitantes) A - 51 Interior Litoral Total 91 49 16 156 0,37 5,19 1,83 7,39 A Companhia possui aproximadamente 25.738 km em dutos e tubulações de distribuição de água na Região Metropolitana de São Paulo, 21.501 km no Interior e 8.511 km no Litoral. A Região Metropolitana de São Paulo tem 195 reservatórios de água, 1.443 no Interior e 180 no Litoral. A água tratada é distribuída pela SABESP através de redes e adutoras, que variam de 100 milímetros a 2,5 metros de diâmetro. As redes de distribuição de água da Companhia, em mais de 90% dos casos, são feitas em ferro fundido ou cloreto de polivinil (PVC), sendo uma pequena porcentagem constituída de outros materiais, como aço ou PEAD (polietileno de alta densidade). Os ramais de abastecimento dos imóveis são, em sua maioria, feitos de tubo de polietileno de alta densidade (PEAD), sendo os mais antigos, em pequenas porcentagens, de ferro galvanizado ou PVC. As adutoras de grande diâmetro são, em sua grande maioria, de aço ou ferro fundido, e algumas poucas em concreto. Todo o sistema de distribuição é pressurizado e conta com reservatórios para regularizar a distribuição em períodos de consumo elevado. Os tanques de armazenagem e as estações de bombeamento regulam o volume da água que flui através das redes, visando a manutenção de pressão adequada e o contínuo abastecimento de água. Está em curso um programa de instalação de válvulas inteligentes que regulam a pressão da água que flui através de adutoras, com o intuito de mensurar e corresponder às variações nas necessidades de consumo verificadas a jusante durante cada dia. As válvulas inteligentes são programadas para responder automaticamente às variações da demanda. Durante o pico de consumo, a vazão da água nos dutos alcança seu mais alto ponto; contudo, quando a demanda cai, a pressão aumenta e o stress resultante na rede de distribuição de água pode causar perdas significativas de água através de rachaduras e do aumento das rupturas das tubulações. As válvulas inteligentes são equipadas com sondas programadas, as quais alimentam as referidas válvulas com dados de demanda, permitindo a redução ou o aumento do fornecimento de água às adutoras conforme oscile o consumo de água. Na Região Metropolitana de São Paulo, a distribuição da água é pouco corrosiva para os materiais das tubulações, apresentando níveis de corrosão relativamente baixo comparativamente à idade da rede. Entretanto, a perda da capacidade do fluxo, em virtude da incrustação nas tubulações de ferro fundido mais antigas tem representando um problema para a Companhia. A Companhia considera adequado o estado de conservação das tubulações e adutoras de água na Região Metropolitana de São Paulo. Em virtude da idade e de fatores externos (tais como, tráfego de veículos e aumento da população), o estado de conservação dos dutos e adutoras de água da Companhia tende a se deteriorar mais que no Litoral e no Interior. Para combater os efeitos da referida deterioração, a Companhia vem mantendo um programa contínuo de manutenção das tubulações e adutoras de água. No Interior e no Litoral, a água, que é derivada de várias fontes de abastecimento, é pouco corrosiva aos materiais das tubulações. As deficiências estruturais ou vazamentos da corrosão interna da tubulação não tem sido um problema para a Companhia. A perda de capacidade de fluxo está relacionada às incrustações nas tubulações de ferro fundido mais antigas. O Litoral apresenta uma incidência baixa de corrosão externa dos materiais de tubulação. Os fatores externos acabam contribuindo para os rompimentos causados por movimento do terreno, que ocorrem com mais freqüência nas tubulações menores. As adutoras que requerem manutenção são limpas e, quando necessário, revestidas internamente. A SABESP normalmente informados pela população sobre rompimentos ou rupturas das adutoras, através de um número de discagem gratuita mantido pela Emissora. Em 2001, os índices médios de atendimento da SABESP com relação a ligações de água eram de 100% no Estado. Nas ligações de água, para consumidores residenciais e comerciais, a SABESP responsabiliza-se pelo A - 52 custo de instalação de até 15 metros de tubulação, desde a rede de distribuição até o ponto de ligação com a residência do consumidor, sendo o valor excedente de responsabilidade do consumidor residencial e comercial, incluindo os custos de compra, instalação do hidrômetro e mão-de-obra. Os consumidores industriais, por sua vez, são responsáveis por todo o custo da ligação. Região Metropolitana de São Paulo - Produção e Adução de Água A Região Metropolitana de São Paulo é circundada por um cinturão verde de onde provêm a água superficial para vários usos, entre eles abastecimento público, industrial, irrigação, geração de energia e transporte. A SABESP opera o sistema integrado da Região Metropolitana de São Paulo, composto por 8 sistemas produtores de água potável, quais sejam, Cantareira, Alto Tietê, Rio Claro, Rio Grande, Guarapiranga/Billings, Alto Cotia, Baixo Cotia e Ribeirão da Estiva. O maior sistema produtor da SABESP é o Sistema Cantareira, formado pela reversão de parte das bacias dos rios Jaguari, Jacareí, Cachoeira e Atibainha, formadores do Rio Piracicaba, além do Rio Juqueri, da Bacia do Alto Tietê, sendo responsável, em sua capacidade na ETA Guaraú, pela produção de cerca de 33 m³/s, que corresponde a quase 50% do abastecimento de água em toda a Região Metropolitana de São Paulo. No extremo oposto, ao sul, nos limites da Serra do Mar, está o segundo maior sistema produtor da Companhia, o Guarapiranga, com capacidade de manancial de 14,3 m³/s. Nessa mesma área, encontra-se localizado o Sistema Rio Grande (braço da represa Billings), com capacidade de manancial de 4,2 m³/s e o pequeno Ribeirão Estiva com 0,1 m³/s. A leste encontram-se as nascentes que compõem o Sistema Alto Tietê, responsável atualmente por 10 m³/s da capacidade de produção. Na área de abrangência do Sistema Produtor Alto Tietê está o Sistema Rio Claro, que produz 4,0 m³/s. A oeste, está o Sistema Produtor Cotia, dividido em Alto e Baixo Cotia. A estação do Alto Cotia tem capacidade produtiva de 1,3 m³/s e a do Baixo Cotia de 1,1 m³/s. Das ETAs aos pontos de consumo, a água percorre milhares de quilômetros de redes adutoras, reservatórios e redes distribuidoras até as residências, consumindo energia e demandando serviços permanentes, como inspeção de engenharia, manutenção, monitoramento de qualidade e controle de medição e das perdas. Na Região Metropolitana de São Paulo, operando em 37 municípios, a Companhia dispõe de 24.055 quilômetros de redes e 195 reservatórios, além de 1.232,6 km de adutoras de águas tratadas. A - 53 A tabela a seguir resume as características de cada um dos principais reservatórios e represas utilizadas pela Companhia para abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo: Sistema Produtor Capacidade Média de Média de Média de Capacidade de Produção Produção em Produção em Produção em Manancial da Estação 2001 2002 2003 (m3/s) (m3/s) (m3/s) (m3/s) (m3/s) Cantareira 31,3 33,0 30,4 31,8 Guarapiranga 14,3 14,0 13,5 13,1 Alto Tietê Rio Grande Rio Claro Alto Cotia Baixo Cotia Ribeirão da Estiva Total 8,1 4,2 3,6 0,9 0,6 0,1 63,1 10,0 4,8 4,0 1,3 1,1 0,1 68,3 8,6 4,3 3,4 0,8 0,8 0,1 61,9 8,8 4,4 3,4 1,0 0,9 0,1 63,6 Rios Jaguari, Jacareí, 31,3 Cachoeira, Atibainha e Juqueri 13,4 Guarapiranga, Capivari e Taquacetuba 9,6 Alto Tietê 4,7 Grande 3,8 Rio Claro 1,0 Cotia 0,9 Cotia 0,1 Ribeirão da Estiva 64,8 A superexploração dos mananciais, que gerou problemas para a Companhia nos últimos anos, foi equacionada e a capacidade das estações de tratamento está dimensionada de forma a atender aos níveis de produção da Companhia. Nos últimos nove anos, a SABESP aumentou a sua capacidade média de produção de água, que era de 57,4 m³/s, em 1994, para 68,3 m³/s em 2003. A Região Metropolitana de São Paulo enfrenta seus mais altos níveis de demanda durante os meses de verão, tendo uma redução significativa durante os meses de inverno. Os meses de verão, quando a demanda é mais alta, coincidem com a estação das chuvas, enquanto o inverno, quando a demanda por água é mais baixa, corresponde à estação da seca na Região Metropolitana de São Paulo. A SABESP alcançou em 2003 um índice de regularidade de abastecimento de 96,2%, o melhor resultado obtido pela Companhia desde 1986. O índice é calculado com base nos níveis apresentados pelos reservatórios, com relação aos níveis necessários para atendimento de 100% da demanda. Este índice foi obtido pela SABESP graças a investimentos destinados ao aumento da oferta e da integração dos sistemas produtores e à redução do consumo e otimização de descargas de represas. Interior A SABESP possui no interior 6 Unidades de Negócio e uma Distrital, que atuam atualmente em 293 municípios, atendendo a uma população de aproximadamente 5,0 milhões pessoas, equivalente a 32,4% da população urbana da região. A - 54 A tabela abaixo indica o número de municípios e a área de cobertura da SABESP em cada uma das Unidades de Negócio do Interior: Unidades de Negócio Alto Paranapanema Baixo Paranapanema Pardo e Grande Capivari/Jundiaí Médio Tietê Baixo Tietê e Grande Vale do Paraíba Total Número de Municípios Operados 48 62 29 12 35 83 24 293 População Beneficiada (em milhões) 0,7 0,8 0,7 0,5 0,7 0,6 1,2 5,2 Litoral Atualmente a Companhia opera 36 municípios no Litoral, nas Unidades de Negócio Baixada Santista, Litoral Norte e Vale do Ribeira. A tabela abaixo indica o número de municípios e a área de cobertura da SABESP em cada uma das Unidades de Negócio que abrangem o Litoral: Unidades de Negócio Número de Municípios Operados Baixada Santista Litoral Norte Vale do Ribeira Total * Dados da projeção SEADE 2003 9 4 23 36 População Beneficiada (Urbana + Flutuante)* em milhão 2,3 0,4 0,3 3,0 Tratamento da Água Conhecida como solvente universal, a água sempre retém algum resíduo dos materiais com os quais entra em contato. Mesmo a água doce da natureza, presente nos rios, lagos e lençóis subterrâneos, contém resíduos das substâncias presentes no meio ambiente, como sais dissolvidos, partículas em suspensão e microorganismos. A SABESP utiliza processos convencionais de tratamento em nas estações de tratamento de água. A Emissora trata toda a água que passa nas estações de tratamento antes de enviá-la para a rede de distribuição. O tipo de tratamento empregado depende da natureza da fonte e da qualidade da água bruta. A água bruta captada de rios exige amplo tratamento, enquanto a água bruta retirada de fontes subterrâneas exige menos tratamento exigindo geralmente, apenas desinfecção por tratamento a base de cloro. Para garantir que a água fornecida à população seja potável, a Companhia busca fontes de água de boa qualidade e utiliza alta tecnologia de tratamento para eliminar todos os poluentes e agentes ameaçadores à saúde. A - 55 A SABESP possui 192 ETAs, sendo 25 ETAs na Região Metropolitana de São Paulo, 139 ETAs no Interior e 28 ETAs no Litoral. Os sete principais sistemas produtores da Região Metropolitana de São Paulo respondem, historicamente, por, aproximadamente, 70% de toda a água distribuída pela SABESP. Nas ETAs operadas pela Companhia, a água bruta passa por diversos processos, tais como desinfecção, coagulação, floculação, decantação, filtração, correção do PH e fluoretação. Dentre esses processos, ressaltase a fluoretação da água, que consiste na adição de acido fluorsilícico na água, na proporção de 0,7 partes/milhão de m³, antes de sua distribuição aos consumidores. Este processo tem relação direta com a saúde bucal da população, reduzindo em mais da metade o número de casos de cáries. Todas as etapas de tratamento e o uso de produtos químicos auxiliares servem para destruir microorganismos, que podem causar doenças, retirar impurezas, controlar o aspecto e o gosto, garantindo a qualidade da água fornecida pela SABESP. Qualidade da Água A Companhia fornece à população água tratada de alta qualidade, estando dentro dos padrões estabelecidos nos Estados Unidos da América e na Europa. Parte dos recursos hídricos da Região Metropolitana de São Paulo contém água de baixa de qualidade, em especial o Sistema Guarapiranga, em virtude dos efeitos da poluição e da floração de algas. Para controlar a qualidade da água, a Companhia realiza análises hidrológicas, bacteriológicas, físicoquímicas, orgânicas, de material de tratamento e preparação de reagentes em 15 laboratórios, objetivando atender os padrões da legislação aplicável. Adicionalmente, a SABESP controla a qualidade da água em todo o percurso que ela percorre até a casa do consumidor, recolhendo amostras em diversos pontos do sistema. A Companhia possui 15 laboratórios que empregam, aproximadamente, 200 técnicos, biólogos, engenheiros e químicos e realizam cerca de 130.000 análises por mês, sendo o laboratório central da cidade de São Paulo responsável pela análise dos compostos orgânicos por métodos de cromatografia e espectometria, bem como pela análise dos metais pesados por técnica de absorção atômica. Cinco laboratórios da Companhia apresentam certificação ISO 9002. O sistema de automação Net Control adotado pela Companhia proporciona resultados mais rápidos e confiáveis das análises físico-químicas e bacteriológicas da água e também do esgoto. Essa tecnologia automatizada evita erros decorrentes de leituras e digitação e permite uma sensível redução no tempo de correção de qualquer problema com a água. Para controlar a qualidade das águas dos mananciais que utiliza, a Companhia monitora a qualidade da água bruta em tempo real, por meio de monitoramento também em tempo real. As informações transmitidas na hora permitem à Companhia conhecer melhor os mananciais, detectar as causas de irregularidade e definir com mais agilidade o tratamento mais adequado à água captada. Represa de Guarapiranga A Represa de Guarapiranga, localizada na Região Metropolitana de São Paulo, é o segundo maior reservatório da SABESP, atendendo, aproximadamente, 20% das necessidades de água da Região. A Represa de Guarapiranga é um lago que vem sendo poluído por esgoto não tratado proveniente de favelas e loteamentos irregulares localizados perto do reservatório, violando as leis que se destinam à proteção de mananciais. Na condição de lago tropical com altas temperaturas no verão, a Guarapiranga é um ambiente natural para a floração de algas. O problema é exacerbado pela disposição de esgoto não tratado no reservatório, com o qual as algas se alimentam. A - 56 A SABESP, em face do anteriormente citado, pode, de tempos em tempos, enfrentar problema com floração de algas, que acarreta à água gosto e odor desagradáveis. A fim de minimizar esse problema, a Sabesp implementou processos adicionais de tratamento tais como adsorção por carvão ativado em pó e oxidação por permanganato de potássio. Todos os produtos químicos utilizados no tratamento são seguros para o consumo humano, mas o problema com as algas acarreta custos adicionais significativos em função dos maiores volumes de produtos químicos utilizados para tratar a água. Caso sejam impostas, no futuro, restrições ao uso da água e caso não sejam implementadas técnicas de tratamento avançadas (ora em projeto de concepção), a água deste manancial poderá piorar de qualidade e os consumidores poderão utilizar volumes limitados desta água ou se recusar a pagar por essa água. Tratamento de Esgotos e Lançamento de Efluentes Até dezembro de 2003, aproximadamente 60%, 65% do esgoto coletado pela Companhia na Região Metropolitana de São Paulo, e na Diretoria de Sistemas Regionais, respectivamente, era tratado nas estações de tratamento da Companhia. O esgoto excedente é despejado diretamente, sem tratamento, em rios e no Oceano Atlântico. Atualmente a Companhia opera 406 estações de tratamento de esgoto e tem 7 emissários submarinos. A rede de coleta de esgotos é composta por uma série de sistemas construídos em diferentes épocas, feita principalmente de tubos cerâmicos e, mais recentemente, tubulações de PVC. Tubulações com mais de 0,5 metro de diâmetro são construídas, principalmente, de concreto. O sistema de esgotos é geralmente projetado para operar por gravidade, embora sejam necessárias estações de elevatórias em certas partes do sistema de coleta de esgotos para assegurar o fluxo contínuo dos esgotos. Nos casos em que tais estações elevatórias são necessárias, utiliza-se ferro fundido. O tratamento de esgotos da Companhia consiste essencialmente em processos de separação física e em processos biológicos naturais para decompor a matéria orgânica e reduzir o teor de componentes nocivos ao meio ambiente. Esse tratamento visa a atender aos padrões ambientais de lançamento de esgotos em cursos de água estabelecidos no artigo 18 do Decreto Estadual nº 8.468/76 e na Resolução Federal CONAMA nº 20. Já as indústrias que despejam seus efluentes líquidos na rede coletora do sistema público de esgotos, quando necessário tratam esses efluentes a fim de atender os padrões de qualidade estabelecidos no artigo 19 do Decreto Estadual n.º 8.468/76. O tratamento de esgotos nas estações compreende várias fases, dentre elas podemos citar: o processo de tratamento primário, que é o principal processo de separação dos sólidos em suspensão presentes no esgoto não tratado. O material sólido (lodo) sedimenta no fundo dos tanques, é removido e conduzido para o processo de tratamento de lodo. O esgoto remanescente após esse processo de sedimentação é submetido, ou a tratamento secundário ou lançado diretamente em corpos d'água. O principal método de tratamento secundário de esgotos utilizado pela SABESP é o processo de lodo ativado, no qual a ação natural das bactérias é empregada para decompor a matéria orgânica contida nos esgotos e, quando requerido, para remover amônia. No processo de lodo ativado, o esgoto obtido a partir do tratamento primário passa em tanques de aeração que são continuamente reabastecidos com lodo ativado recirculado. A mistura nos tanques é agitada e aerada possibilitando que os microorganismos do lodo ativado degradem o material orgânico contido no esgoto que chega. A mistura de efluentes e lodo ativado produzida por este processo passa para a etapa de sedimentação final. As principais linhas de coleta de esgotos atualmente não são suficientemente extensas para transportar todo o esgoto coletado para as estações de tratamento, conseqüentemente uma parcela do esgoto coletado pela SABESP é liberada sem tratamento em águas receptoras, resultando em altos níveis de poluição em tais corpos d'água. O programa de investimentos inclui projetos para aumentar a quantidade de esgotos tratado. A - 57 Na Região Metropolitana de São Paulo, assim como nas grandes cidades do Interior atendidas pela Companhia, o processo utilizado para o tratamento secundário dos esgotos é o de lodos ativados. Quando requerido, o tratamento secundário pode ser incrementado para remover os nutrientes (nitrogênio e fósforo). As novas ligações de esgotos são feitas substancialmente nas mesmas bases que as ligações nas redes de água. A SABESP assume o custo de instalação dos primeiros quinze metros das linhas de esgotos a partir da rede de coleta até a nova ligação de esgotos do consumidor residencial e comercial. Os clientes industriais são responsáveis pela totalidade do custo da extensão e conexão à rede de esgotos. Região Metropolitana de São Paulo A SABESP considera que o estado de conservação das redes de esgotos da Região Metropolitana de São Paulo é, em geral, adequado. Devido ao maior volume de esgotos coletados, ao crescimento da população e ao desenvolvimento comercial e industrial, o estado de conservação das redes de coleta de esgotos da Região Metropolitana de São Paulo é um tanto pior do que as do Interior e Litoral. Visando combater os efeitos da deterioração, a SABESP mantém um programa contínuo de manutenção das redes de esgotos que previne rompimentos decorrentes de obstruções causadas pela sobrecarga do sistema. A SABESP realiza o tratamento de 60% do esgoto coletado na Região Metropolitana de São Paulo, por meio das suas estações de tratamento secundário, sendo que as 5 maiores têm capacidade para tratar aproximadamente 18 m3/s de esgoto. Abaixo tabela indicando a situação atual do tratamento de esgoto na Região Metropolitana de São Paulo: Sistemas Barueri Suzano ABC Parque Novo Mundo São Miguel Total Capacidade Nominal (m³/s) 9,5 1,5 3,0 2,5 1,5 18,0 Vazão média tratada Extensão do Sistema de (m³/s) Interceptação (km) 7,0 74 0,7 15 1,3 30 2,2 10 0,7 10 11,9 139 Interior A SABESP realiza o tratamento de cerca de 65% do esgoto coletado no total da Diretoria de Sistema Regionais por meio das suas 338 ETEs. No Interior, o tratamento de esgoto consiste na maioria dos casos de sistemas de lagoas de estabilização das mais diversas formas, como: (i) facultativas em série; (ii) australiano (anaeróbia seguida de facultativa); e (iii) aeradas, além de casos específicos de lodos ativados nos municípios de Franca e São José dos Campos. No Interior a condição estrutural das redes de coleta de esgotos é considerada, de modo geral, boa. Diferentemente da Região Metropolitana de São Paulo, o Interior geralmente não sofre obstruções causadas pela sobrecarga do sistema de esgotos. Litoral No Litoral, a condição estrutural das redes de coleta de esgotos também é considerada boa. O Litoral enfrenta obstruções em suas redes de esgotos, principalmente causadas por infiltração de areia, verificadas especialmente durante a estação das chuvas nos meses de verão. Além disso, o número de ligações de esgoto do Litoral são significativamente menores do que nas outras regiões atendidas pela SABESP, sendo que apenas 47% de todas as residências do Litoral estão atualmente ligadas à nossa rede de esgotos. A - 58 Em que pese o nível elevado de tratamento, a coleta de esgotos no Litoral ainda apresenta níveis insatisfatórios. No Litoral, a maioria dos sistemas de tratamento de esgotos é constituída pelo processo de lodos ativados; sendo que nos municípios de Santos, Guarujá, Praia Grande, São Sebastião e Ubatuba o descarte de grande parcela dos esgotos é realizado por meio de 7 emissários submarinos, que descarregam o esgoto tratado no Oceano Atlântico. Adicionalmente, a SABESP estuda a implementação dos sistemas de tratamento de esgoto por meio dos processos de lodo ativado pelo oxigênio e por processo de aeração alternada. Na região do vale do ribeira utiliza-se também o processo de tratamento por lagoas de estabilização. Produção, Disposição ou Aproveitamento do Lodo O resíduo (lodo) gerado nos processos de tratamento de esgotos contém aproximadamente 65% de água e 35% de sólidos. A Companhia utiliza filtros prensa para desidratação do lodo. Alternativamente, a Companhia usa um processo de centrifugação para desidratação do lodo com performance inferior à dos filtros prensa. Em 2003, a Companhia produziu aproximadamente 125.560 toneladas de lodo em base úmida na Região Metropolitana de São Paulo, encaminhado para disposição final em aterros sanitários. Foi iniciada no final do ano de 2001 a pré-operação da unidade de Secagem Térmica da ETE São Miguel, na Região Metropolitana de São Paulo. Esta unidade está capacitada para secagem de lodos (90% de sólidos) das estações de São Miguel, Parque Novo Mundo e Suzano. Alternativamente, a Companhia vem empreendendo uma série de projetos para o aproveitamento do lodo (biossólido) para utilizaçãp como condicionador de solos em florestas plantadas de eucaliptos, através de convênio técnico com a Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo. A ETE de Franca produz atualmente cerca de 25 t/dia de biossólido, quantidade suficiente para atender 220 ha/ano. O biossólido da ETE de Franca foi registrado no ministério da agricultura com o nome “Sabesfértil” e é fornecido para os agricultores na plantação de café da região. Estuda-se, ainda, a utilização do lodo como condicionador de solos em lavouras de banana e palmeira pupunha, especialmente no Litoral. Reuso das Águas Reuso é a utilização da água por mais de uma vez, depois de um tratamento adequado. O reuso planejado da água faz parte de um programa global encabeçado pela Organização das Nações Unidas e Organização Mundial da Saúde. A SABESP produz água de reuso dentro de suas ETEs, na RMSP, para utilizações urbanas não potáveis, como lavagem de ruas, pátios, irrigação de áreas verdes, desobstrução de rede de esgotos e lavagem de veículos. A Companhia disponibiliza a água de reuso, via rede, e via caminhão. Atualmente, a SABESP já fornece 20 l/s de água de reuso para a Coats Corrente, via rede exclusiva. A partir da ETEs da RMSP, por meio de caminhões pipa, a SABESP fornece cerca de 500 m³/mês para a Prefeitura Municipal de São Caetano do Sul, 600 m3/mês para Santo André, 20.000 m3/mês para São Paulo, e para Carapicuíba, Barueri e Diadema, 400 m3/mês cada. Programa de Uso Racional da Água A Companhia adotou um programa de incentivo ao uso racional da água chamado Programa de Uso Racional da Água, tendo em vista que a água, devido a diversos fatores, tais como o crescimento demográfico, a mudança de intensidade do consumo e o acréscimo de mais equipamentos domésticos que utilizam água, tem se tornado cada dia mais escassa para atender as necessidades das grandes metrópoles. A - 59 Este programa tem como principal objetivo garantir o fornecimento de água e melhorar a qualidade de vida da população. Para isso, a Companhia vem desenvolvendo, por meio do PURA, diversas ações, buscando (i) mudar os hábitos de uso abusivo de água, (ii) implementar leis, regulamentos e normas para utilização racional da água e uso dos equipamentos economizadores em prédios de órgãos públicos, (iii) implementar normas sobre o desenvolvimento tecnológico e padronização dos equipamentos economizadores de água, (iv) mudar projetos de instalações prediais de água fria e quente, de parâmetros hidráulicos e de código de obra, e (v) introduzir o programa no currículo das escolas das redes de ensino estadual e municipal de São Paulo, por meio de programas específicos, como o kit do projeto de água, o teatro fantoche Nave Mãe, e outros projetos regionalizados, como o Programa Caracol. A - 60 11.02 - PROCESSO DE COMERCIALIZAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO, MERCADOS E EXPORTAÇÃO COMERCIALIZAÇÃO O disk-SABESP, telefone 195 é um sistema de atendimento comercial que coloca à disposição dos consumidores, um meio mais fácil e cômodo de resolver seus problemas quanto ao consumo e ao valor da conta, de atender a pedidos de ligação e a outras solicitações comerciais, inclusive pedidos de 2ª via de contas extraviadas, evitando o deslocamento até as agência da Companhia. Outra possibilidade é através da Agência Virtual, onde o portal de acesso via Internet facilita o contato dos clientes com a Empresa, proporcionando economia de tempo na solicitação de serviços e informações. A cobrança dos serviços de abastecimento de água e coleta de esgotos é realizada mensalmente de acordo com o consumo de água. Também, com o objetivo de melhorar a qualidade dos padrões dos serviços operacionais e comerciais, foi implantado o Técnico de Atendimento Comercial Externo (TACE), que emite contas e faz diversos apontamentos de caráter comercial, como atualização cadastral, verificação de possíveis fraudes e irregularidades nos hidrômetros; e operacional, como detecção de vazamentos. Para o cliente, o TACE representa um enorme ganho em termos de atendimento, pois foram eliminados diversos problemas que geravam reclamações e deslocamentos a agências. Região Metropolitana de São Paulo Distribuição de Água A Companhia distribui água para 37 municípios da Região Metropolitana de São Paulo, nas Unidades de Negócio Norte, Sul, Leste, Oeste e Centro. A tabela abaixo indica o número de municípios e a área de cobertura da SABESP em cada uma das Unidades de Negócio que abrange a Região Metropolitana de São Paulo: Limite Geográfico e Administrativo das Unidades de Negócio e Total de Municípios Operados Unidades de Negócio Limite Geográfico Número de Municípios em km² Operados Norte 3.668,50 14 Sul 1.150,10 05 Leste 1.359,70 07 Oeste 1.042,10 10 Centro 277,00 01 Total 7.497,4 37 Em dezembro de 2003, a Companhia possuía cerca de 6,04 milhões ligações de água, atendendo a 8,4 milhões de economias em toda a sua área de atuação, a extensão das redes de água era de aproximadamente 51.902 km, sendo 25.249 km localizados na Região Metropolitana de São Paulo e 26.653 km no Interior e Litoral . O índice de atendimento de água na Região Metropolitana de São Paulo é de 100%, o que equivale a dizer que 100% dos domicílios urbanos nos municípios da Região Metropolitana de São Paulo atendidos pela SABESP estão conectados à rede de distribuição. A - 61 Na Região Metropolitana de São Paulo, cerca de 30% da rede de distribuição é composta por tubulações com mais de 40 anos, que apresentam problemas na distribuição. Para combater os efeitos da deterioração das tubulações hidráulicas, a Companhia mantém um programa contínuo de manutenção das tubulações e adutoras de água. A manutenção é realizada com o conserto dos vazamentos nas redes e ramais, troca de redes nos trechos mais antigos e com alta incidência de vazamento e pela reabilitação de trechos com incrustações, através de limpeza e revestimento da rede. Com relação aos vazamentos, em 2003 o prazo médio dos consertos na Região Metropolitana de São Paulo foi de 30 horas. Em 2003, a Vice Presidência Metropolitana de Distribuição realizou mais de 91 mil novas ligações de água, construiu 354 km de novas redes e executou cerca de 441 mil de consertos de vazamento de água. Programa de Redução de Perdas Em 2003 , as perdas de faturamento na SABESP foram de 33,0%. A SABESP vem implementando diversas ações na Região Metropolitana de São Paulo, no sentido de reduzir as perdas físicas e não físicas. A Companhia tem adquirido tubos e peças que atendem as especificações técnicas e normas em vigor e melhorado o treinamento da mão-de-obra própria e terceirizada que atua no conserto dos vazamentos, de maneira a se evitar a repetição de trabalhos e, por conseguinte, as perdas recorrentes de água. Para reduzir as perdas não-físicas, busca-se melhorar o sistema de medição, por meio da troca, manutenção e acerto de hidrômetros, combate às fraudes e ligações clandestinas, e emissão da conta no ato da leitura além da orientação aos clientes pelo (TACE) técnico de atendimento comercial externo. Em 2003 podemos destacar as seguintes realizações na gestão do programa de redução de perdas da RMSP: x x Implantadas 132 válvulas redutoras de pressão, ampliando a área sob controle para 30,3 % da rede de distribuição, e proporcionando uma economia de 3.150 l/s devido à redução das perdas por vazamentos. Pesquisa em 11.240 Km da rede de distribuição para a detecção de vazamentos não-visíveis; x Efetuados 441.440 reparos em vazamentos na rede de distribuição, ou seja, cerca de 1.200 reparos/dia ; x Trocados 163.800 hidrômetros de pequena capacidade (cerca de 5% do total de hidrômetros na RMSP); e 2.760 hidrômetros de grande capacidade em 2003, através de Contrato de Risco, mantendo-se a idade média do parque de hidrômetros em 4,3 anos; x Identificadas 8.800 fraudes em ligações de água, tendo sido tomadas as medidas administrativas, operacionais e comerciais cabíveis; x Continuaram os trabalhos de campo para a determinação mais adequada das Perdas Reais na rede de distribuição de água, de acordo com os conceitos da IWA: International Water Association. O Programa de Controle de Perdas nas regiões do Litoral e Interior tem planejamento com horizonte até dezembro de 2004, contemplando, principalmente, setorização com adequação de pressões, pesquisa e reparo de vazamentos, macro e micromedição, entre outras ações, tendo como base a padronização e o treinamento. Ainda no combate às causas de vazamentos, a Companhia realiza pesquisas, a fim de identificar as áreas críticas de vazamento. Ao mesmo tempo, o emprego de novas tecnologias de prospecção de vazamentos nãovisíveis (aqueles que não afloram à superfície da rua), inclusive por meio de pesquisa com utilização de sonares, também está contribuindo para identificar vazamentos na rede de distribuição. As reduções na perda de água ajudaram a Companhia a atender a uma demanda crescente, em particular na cidade de São Paulo, e melhorar seus resultados A - 62 Coleta de Esgotos Além dos serviços de produção, adução e distribuição de água, a Companhia é responsável pela coleta e tratamento de esgotos, bem como o lançamento e disposição final dos resíduos sólidos, dos efluentes e resíduos resultantes de seu tratamento. Em 31 de dezembro de 2003, a Companhia coletava 81 % e 73% de todo o esgoto produzido nos municípios em que a SABESP opera na Região Metropolitana de São Paulo e nos municípios da Diretoria de Sistemas Regionais, respectivamente, atingindo cerca de 4,5 milhões de ligações cadastradas de esgoto, atendendo a 6,4 milhões de economias faturadas em sua área de atuação. A Companhia é responsável pela operação e manutenção de aproximadamente 35.760 km de redes de coleta de esgoto, das quais aproximadamente 17.660 Km localizados na Região Metropolitana de São Paulo e 18.100 km no Interior e Litoral. Abaixo segue quadro demonstrativo da evolução do sistema de coleta de esgotos: Exercícios findos em 31 de dezembro 2000 2001 2002 2003 Linhas de coleta (em km): Ligações cadastradas (em milhões de unidades): Volume Faturado (em milhões de m3 faturados): 31.900 32.600 32.900 35.760 4,0 4,1 4,3 4,5 1.070,0 1.054,0 1.105,8 1.109,6 Em 2003, foram faturados cerca de 1.109,6 milhões de m³ de esgotos coletados no Estado de São Paulo, sendo aproximadamente 741 milhões de m³ faturados na Região Metropolitana de São Paulo e 368,6 milhões de m³ no Interior e Litoral. O sistema de esgoto da Companhia é composto por redes constituídas em diferentes épocas, com materiais tais como tubos cerâmicos e, mais recentemente, tubulações de PVC. Linhas de esgotos com mais de 0,5 metro de diâmetro são construídas, principalmente, de concreto. O sistema de esgoto da Companhia é projetado para operar por gravidade, embora sejam necessárias estações de bombeamento em certas partes do sistema para assegurar o fluxo contínuo de esgotos. Quando tais estações são necessárias, o sistema é composto de tubos de ferro fundido. O esgoto industrial coletado pela Companhia pode variar significativamente em relação aos efluentes domiciliares quanto à sua composição. As normas para lançamento de efluentes industriais em sistemas de coleta de esgotos estão estabelecidas no artigo 19A do Decreto Estadual n.º 8.468, de 8 de setembro de 1976, modificado pelo Decreto Estadual n.º 15.425, de 23 de julho de 1980. A premissa básica destas normas é que os efluentes industriais interferem no processo biológico usualmente adotado em unidades de tratamento de esgoto e que, portanto, tais efluentes devem ser tratados de forma que o efluente final satisfaça determinados parâmetros estabelecidos na regulamentação citada. A legislação exige que as indústrias que produzem esgoto industrial façam um prétratamento desse esgoto, de forma que determinados parâmetros sejam atendidos antes do despejo na rede de esgotos da Companhia. Embora caiba à CETESB, a agência ambiental paulista, verificar e exigir o cumprimento desses parâmetros, a Companhia analisa periodicamente o esgoto produzido por seus clientes industriais. A - 63 Região Metropolitana de São Paulo Atualmente a SABESP possui 17.660 km de extensão de redes de esgoto na Região Metropolitana de São Paulo e cerca de 2,67 milhões de ligações, atendendo 81% da população desta região. Em 2003, a Companhia obteve na Região Metropolitana de São Paulo um faturamento sobre 741,0 milhões de m³ de volume de esgoto, equivalente a R$ 1.385.883. Em 2003, foram executadas 94.000 novas ligações de esgoto, beneficiando cerca de 400.000 pessoas, além do prolongamento de 497 Km e extensão na rede de esgotos. A Companhia considera que o estado atual de conservação das redes de esgoto da Região Metropolitana de São Paulo é, em geral, adequado. Devido ao maior volume de esgotos coletados, ao crescimento da população e ao desenvolvimento comercial e industrial, o estado de conservação das redes de esgotos na Região Metropolitana de São Paulo tende a se deteriorar mais rapidamente do que no Interior ou do Litoral. Para combater os efeitos da deterioração, a Companhia mantém um programa contínuo de manutenção das redes de esgoto, visando a solucionar rompimentos e obstruções que ocorrem no sistema. Interior e Litoral Atualmente a SABESP possui 16.655 quilômetros de extensão de redes de coleta no Interior e Litoral, e cerca de 1,79 milhão de ligações de esgoto, atendendo 2,14 milhão de Economias correspondendo a um atendimento de 73% da população desta região. No ano de 2003, a Diretoria de Sistemas Regionais executou 48.000 novas ligações de esgoto, beneficiando cerca de 155.000 pessoas, tendo realizado, ainda, ampliações nos sistemas de esgoto sanitário, em especial nos municípios de Avaré, Guapiara, Piraju, Pirapozinho, Hortolândia, Itatiba, Tatuí, Botucatu, Pederneiras, Salto de Pirapora, Piedade, São Manoel, Águas de São Pedro, Caraguatatuba, São Sebastião (Boiçucanga), São Sebastião (Juquehy), São Sebastião (Enseada), Ubatuba (Itaguá), Ilha Comprida, Cajati, Registro (Jd. Paulistano/Carapiranga), Juquitiba (B. Justinos), São Vicente, Itanhaém, Bertioga, Praia Grande, Peruíbe, Mongaguá, Santos, Lorena, Taubaté, Pindamonhangaba, Caçapava, Monte Alto, Fernandópolis, Mococa, Serra Negra, Igarapava e Franca. Em 2003, a Diretoria de Sistemas Regionais teve um faturamento bruto de R$ 402.526 mil, resultante da coleta de 368,6 milhões m³ de esgoto. Diferentemente da Região Metropolitana de São Paulo, o sistema de esgotos do Interior geralmente sofre menos obstruções devido a sobrecargas. O Litoral experimenta obstruções em sua rede de esgotos, principalmente causadas por infiltração de areia, especialmente durante a estação de chuvas nos meses de verão. Além disso, o percentual de cobertura dos serviços com ligações de esgoto no Litoral, principalmente na Unidade de Negócio Litoral Norte, é mais baixo do que nas outras regiões atendidas pela Companhia. Principais Mercados e Consumidores No período de 2004 a 2008 estimamos um crescimento de aproximadamente 840 mil novas ligações de esgoto, beneficiando uma população de 2,6 milhões de pessoas. Quanto ao potencial de mercado para novas concessões, a Sabesp vê com boas perspectivas, a possibilidade de negociação com os municípios da Região Metropolitana de São Paulo para os quais atualmente vende água no atacado (Diadema, Santo André, Mauá, São Caetano, Mogi das Cruzes, Guarulhos) , a exemplo do contrato assinado com o Município de São Bernardo do Campo assinado em dezembro de 2003, com operação a partir de janeiro de 2004, resultante de encontro de contas de dívidas acumuladas pelo município para com a Sabesp. A - 64 Esses municípios representam um mercado com cerca de 3,1 milhões de pessoas e uma receita potencial estimada em cerca de R$ 300 milhões/ano. Na verdade a renegociação dos atuais contratos significa a manutenção do atual mercado, com os acréscimos resultantes do crescimento vegetativo das populações. A Companhia presta seus serviços mencionados acima a diversos tipos de consumidores, que podem ser classificados em quatro categorias distintas: (i) residenciais; (ii) comerciais (prestadores de serviços, centros comerciais, universidades e hospitais, bem como qualquer outra atividade incluída na classificação de comércio estabelecida pelo IBGE); (iii) industriais (atividades de manufatura e processamento, de acordo com a classificação estabelecida pelo IBGE); e (iv) públicos (órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, autarquias e fundações públicas). Há também uma outra espécie de consumidor que não se enquadra nas categorias mencionadas acima, que são os municípios compradores de água no atacado que fazem a própria distribuição. Nesses casos, a Companhia não celebra contrato de concessão para prestar os serviços de distribuição de água, que são realizados pelo próprio Município. As tabelas abaixo fornecem dados sobre os volumes físicos de fornecimento de água e coleta de esgoto para os períodos indicados a respeito de cada categoria de consumidores: Tipo de Consumidor Residencial Comercial Industrial Público Total Varejo Atacado Total Volumes (água) – em milhões m3 Exercícios findos em 31 de dezembro 2000 2001 1.177,0 153,4 33,5 49,5 1.413,4 317,7 1.731,1 1.157,0 141,0 31,0 47,0 1.376,0 322,0 1.698,0 2002 2003 1.204,8 146,7 31,2 47,9 1.430,6 339,4 1.770,0 1.199,1 142,5 30,8 46,4 1.418,8 346,2 1.765,0 2002 913,6 127,4 27,8 36,7 1.105,5 2003 918,9 125,6 29,2 36,0 1.109,7 Volumes (esgoto) – milhões m3 Exercícios findos em 31 de dezembro Tipo de Consumidor Residencial Comercial Industrial Público Total 2000 872,3 129,1 30,7 38,0 1.070,1 A - 65 2001 868,0 122,0 27,0 37,0 1.054,0 Negociação do Município de São Bernardo do Campo Em 09/12/2003 o Conselho de Administração aprovou a proposta de compra dos bens com a transferência dos serviços de saneamento básico do Município de São Bernardo do Campo para a Sabesp, pelo valor do Laudo de Avaliação Econômico-Financeira, com quitação da dívida acumulada pelo fornecimento de água por atacado, com início de operação dos sistemas em 05/01/2004. Tarifas Praticadas Na qualidade de concessionária de serviço público, as tarifas cobradas pela Companhia pela prestação de seus serviços são consideradas preços públicos, sendo, portanto, sujeitas a regulamentação emitida pelo Governo Federal. Especificamente com relação à Companhia, o Decreto Estadual n.º 41.446, de 16 de dezembro de 1996 (o "Decreto Estadual n.º 41.446"), dispõe sobre a Regulamentação do Sistema Tarifário de água e esgotos dos serviços prestados pela Companhia, o qual será calculado mediante as diferenças e peculiaridades de sua prestação e as diversidades das áreas ou regiões geográficas, obedecendo critérios como as categorias de uso, custos fixos e variáveis, dentre outros. As tarifas são fixadas com base nos seguintes fatores: (i) categoria de uso; (ii) capacidade do hidrômetro; (iii) características de consumo; (iv) volume consumido; (v) custos fixos e variáveis; (vi) variações sazonais; e (vii) condições sociais e econômicas de consumidores residenciais. Para o cálculo da fatura/conta de esgotos, conforme estabelece o Decreto Estadual n.º 41.446, considera-se o correspondente volume de água faturado no período ou consumido de sistema próprio, medido ou avaliado pela SABESP. O fornecimento de água por atacado também é cobrado através de tarifas estabelecidas de acordo com a regulamentação do referido Decreto. Os critérios acima descritos são utilizados para estabelecer sistemas tarifários distintos em cada uma das três regiões, quais sejam, a Região Metropolitana de São Paulo, o Interior e o Litoral. Cada sistema de tarifas incorpora subsídios cruzados de acordo com os quais determinados clientes subsidiam o fornecimento de serviços de água e esgotos a outros clientes. Nas faixas de consumo, a Companhia utiliza o excedente da tarifa cobrada de clientes usuários de altos volumes para compensar as tarifas mais baixas pagas por clientes usuários de baixos volumes que, no caso de clientes residenciais, tendem a ser clientes de baixa renda. Nas categorias de uso, o consumidor não residencial subsidia o consumidor residencial. Relativamente às regiões da SABESP, a Região Metropolitana de São Paulo subsidia as regiões do Interior e Litoral. Em relação a produtos, a água subsidia o esgoto. A Companhia aprimorou seu sistema de tarifas em agosto de 1997, dividindo as tarifas em duas novas categorias: residencial e não-residencial. A categoria de tarifas residenciais é subdividida em (i) residencial básica, (ii) popular e (iii) favela. As duas últimas subcategorias foram criadas para beneficiar consumidores de baixa renda por meio da cobrança de tarifas reduzidas de consumo. A categoria de tarifas não residenciais abrange (i) empresas privadas (comerciais e industriais) e entidades governamentais, (ii) entidades sem fins lucrativos que pagam 50% da tarifa não-residencial em vigor e (iii) entidades governamentais adimplentes que celebraram acordo de redução de perdas de água com a Companhia, que estejam cadastradas, e que pagam 75% da tarifa não-residencial em vigor. A partir de 29 de agosto de 2003, o IRT - Índice de Reajuste Tarifário da SABESP passou a ser calculado por uma fórmula em que os custos e despesas dos serviços de saneamento básico são agrupados em duas parcelas (“A” e “B”), de maneira a refletir mais adequadamente sua evolução. A “parcela A” engloba as despesas contabilizadas com: energia elétrica; materiais de tratamento; impostos e taxas municipais, estaduais e federais – incluindo CPMF e COFINS/PASEP; e os encargos da compensação financeira pela exploração de recursos hídricos para fins de abastecimento público. Sua atualização é determinada pela variação anual verificada, nesse grupo de despesas, nos 12 meses anteriores à aplicação do reajuste. A “parcela B” reúne os demais custos e é atualizada através da aplicação do IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo, publicado pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A - 66 Como resultado da aplicação da nova fórmula, as tarifas de serviços de fornecimento de água e/ou coleta de esgotos foram reajustadas em 18,95% em agosto de 2003, excetuando-se as tarifas “Residencial Social” e “Residencial Favelas” que tiveram reajuste de 9,00%. As tarifas de esgoto cobradas em cada região são fixadas em função do consumo mensal de água. Na Região Metropolitana de São Paulo e no Litoral, as tarifas de esgoto são iguais às tarifas de água. No Interior, as tarifas de esgotos são 80% das tarifas de água. As tarifas de água fornecida no atacado são uniformes nos municípios da RMSP. A Companhia, na ausência de uma agência reguladora do setor de saneamento básico, e por medida de precaução, tem enviado periodicamente relatórios ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica, contendo informações sobre o plano de tarifas praticadas por classe de consumidor, seus critérios de composição e reajuste. Até o momento, a Companhia nunca recebeu nenhuma manifestação por parte do referido órgão, quanto a possíveis infrações às leis que protegem a economia popular e a concorrência no Brasil. A política tarifária da SABESP propicia uma forma de cobrança mais justa e adequada às necessidades das classes menos favorecidas, de modo a garantir o acesso da população de baixa renda aos serviços de saneamento básico, contribuindo para a saúde pública e qualidade de vida. Esta prática reforça a responsabilidade social que a SABESP imprime nos serviços que presta à população. Inadimplência e Procedimento de Cobrança Evasão de Receitas Em 2003, a evasão de receitas da Companhia, que é a relação entre faturas vencidas e não pagas em relação ao faturamento total, foi de 11,07%, em 2002 foi de 7,58% e em 2001 foi de 9,94%. A evasão de receitas é uma medida diferente da inadimplência. A inadimplência indica o volume de faturamento que deixa de ser pago a partir do primeiro dia após o vencimento. A evasão de receita é o valor do faturamento menos o total dos recebimentos no caixa durante um determinado período, sendo uma medida mais precisa do desempenho da cobrança da Companhia. A Companhia está tomando uma série de medidas visando a continuação da queda do grau de evasão de receitas, nos termos da legislação vigente. No entanto, a Companhia não pode assegurar que conseguirá implementar todas as medidas necessárias, e que tais medidas, uma vez implementadas, garantam a eliminação total da evasão de receitas e da inadimplência. Assinado em 22 de março de 2004, o primeiro aditamento consolida a dívida do Estado perante a SABESP, abrangendo as contas de fornecimento de água e coleta de esgotos vencidas até fevereiro de 2004, no valor de R$ 581.779 mil. O Estado e a SABESP dar-se-ão quitação mútua e recíproca de seus respectivos créditos até o limite de R$ 360.667 mil, o saldo restante de R$ 221.111 mil da dívida consolidada de responsabilidade do Estado, será pago em 60 parcelas mensais, iguais e consecutivas. As primeiras 12 parcelas no valor nominal de R$ 44.222 mil serão compensadas com parte dos juros sobre capital próprio relativos a exercícios sociais anteriores a 2003. Os municípios adquirentes de água no regime de atacado, dos quais Guarulhos, Santo André, Mauá e Diadema são os mais expressivos, representam outro grupo de devedores expressivos da Companhia. Em 31/12/2003 a Emissora possuía um saldo de 506,3 milhões referentes a contas a receber em atraso desses clientes. A - 67 Procedimentos de Cobrança O faturamento dos serviços prestados pela Companhia é processado com base nas medições e leituras de volumes de água e esgotos (fornecidos e/ou recebidos). A medição e leitura dos serviços se processam em duas modalidades: (i) leitura com emissão e entrega imediata da conta; e (ii) leitura com emissão e entrega posterior da conta. Na Região Metropolitana de São Paulo, o processo ocorre de acordo com a primeira modalidade para todas as categorias de usuários exceto para os clientes especiais que recebem as contas/faturas posteriormente. No Interior e no Litoral o processo ocorre de acordo com a segunda modalidade, todavia já está se iniciando para algumas cidades do Interior o mesmo processo empregado na Região Metropolitana de São Paulo. Para a operacionalização da modalidade de leitura e emissão imediata de contas a Companhia desenvolveu e implementou o denominado programa TACE – Técnico de Atendimento ao Cliente, que tem a função não só de apurar o consumo e entregar o instrumento de cobrança como também atendimento aos clientes. A Companhia cobra multa, juros e correção monetária sobre pagamentos de contas atrasadas, sendo multa de 10%, juros de 1 % ao mês e correção monetária baseada na UFESP (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo), não cobrando multa ou juros de clientes governamentais. Entre a entrega do instrumento de cobrança e o vencimento do mesmo ocorre um período de no máximo 10 a 12 dias sendo que, o intervalo de apuração entre dois consumos consecutivos é de 28 a 31 dias. A cobrança dos valores devidos e não pagos pelos consumidores é terceirizada, a partir de 45 dias do vencimento da fatura. A realização da cobrança inicia-se por meio de contato com os clientes. Caso o inadimplemento se perdure por mais de 60 dias, contados do vencimento da fatura, a Companhia efetua o corte de fornecimento de água, estimando que 25% desses cortes tornam-se posteriormente ligações clandestinas. Para fins contábeis, a Companhia considera inadimplência quando o atraso no pagamento da fatura é igual ou superior a 30 dias, contados de seu vencimento. Na Região Metropolitana de São Paulo, a SABESP monitora as leituras dos hidrômetros mediante o uso de micro-processadores portáteis. O sistema permite que o leitor do medidor insira os níveis de medição que constam dos medidores no computador e automaticamente imprima a conta de água e esgotos para o consumidor. O micro-processador portátil monitora o consumo de água e a quantidade de esgoto em cada local medido e elabora contas com base nas leituras efetivas dos medidores. A Companhia terceirizou esse sistema de faturamento a empresas que empregam e treinam seus funcionários para realizar a leitura dos medidores, realizando a supervisão desse treinamento. A SABESP está atualmente implementando leitura informatizada de hidrômetros em alguns municípios do Interior para os quais presta serviços. Adicionalmente, a Companhia celebrou contratos de risco para fins de cobrança judicial, com início em março de 2002. A - 68 EXPORTAÇÃO A SABESP tem participado de Projetos Internacionais de Saneamento através do fornecimento de suporte técnico, de consultorias prestadas por especialistas da Companhia, ou ainda consórcios com empresas consultoras nacionais. Entre as principais atividades desenvolvidas pela Empresa nesse campo, podemos citar: x Bolívia/1989 – Execução de serviços de consultoria para melhoramento institucional e reabilitação dos sistemas de água potável e esgotamento sanitário nas cidades de Cochabamba, Santa Cruz e La Paz. x Paraguai/1990 – Prestação de serviços de consultoria referentes a convênio de cooperação técnica com a Secretaria Técnica de Planejamento do Desenvolvimento Econômico e Social da República do Paraguai, relativo ao "Estudo para Planejamento e Financiamento do Setor de Saneamento do Paraguai". x Peru/1993 – Prestação de serviços de consultoria para elaboração de projetos para melhoria institucional e operacional das empresas prestadoras de serviços de água potável e esgotos com sede nas cidades de Chiclayo, Cajamarca e Chachapayas. x Peru/1996 – Elaboração de modelos empresarias em trinta e cinco empresas prestadoras de serviços de água potável e esgoto do Peru e implantação destes Modelos em dez Empresas. A - 69 11.03 - POSICIONAMENTO NO PROCESSO COMPETITIVO A SABESP, através do critério da Receita Operacional Líquida, mantém a 1ª posição dentro de sua atividade específica de Saneamento Básico, e ocupa a 6ª posição entre as Estatais, conforme publicação da Gazeta Mercantil – Balanço Anual 2002 – edição de setembro/2003. A SABESP destaca-se também por ter obtido, em 2002, o 9º maior EBITDA (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortizações) entre as Sociedades Anônimas não financeiras. Troféu Transparência – concedido pela ANEFAC-FIPECAFI – SERASA. A SABESP é a única Companhia que foi selecionada entre os 10 finalistas nos sete anos de existência do prêmio. Em 2003, a SABESP executou aproximadamente 1.570 km de rede de distribuição e 155 mil novas ligações de água nos 366 municípios onde atua, atendendo a 100% da população urbana. Expandiu os serviços de coleta de esgotos realizando cerca de 1.674 km de rede coletora e 161 mil ligações de esgotos, atingindo o índice de 78 % de atendimento em esgotamento sanitário. Dessa forma, no final de 2003, a SABESP atendia diretamente a uma população de cerca de 21,3 milhões de habitantes em abastecimento de água e cerca de 17,2 milhões em coleta de esgotos nos municípios operados. A Empresa também reduziu os tempos de atendimento ao cliente, na execução de ligações de água e esgoto de 31 e 55 dias para 6 e 11 dias em média, respectivamente nos últimos 5 anos. Em algumas regiões já é possível agendar previamente com o cliente, a data mais adequada para execução dos serviços solicitados. Nesse período o tempo médio para reparo de vazamentos caiu de 40 para 30 horas e as desobstruções de ramais domiciliares passaram a ser feitas em média em 12 horas, contra as 32 horas necessárias anteriormente. A tecnologia envolvida na atividade de saneamento pressupõe a condição de monopólio natural na região concedida, tendo em vista a necessidade de, a partir de algumas estações de tratamento e reservatórios, distribuir água potável à coletividade. Também no caso de coleta dos esgotos, em sentido inverso, há necessidade de, a partir da capilaridade das instalações individuais, coletar o esgoto gerado, e através de instalações adequadas, transportá-los e dar-lhes destinação final. Nessas condições, praticamente inexiste a possibilidade de concorrência. É, portanto, muito importante a presença de um órgão regulador que dê equilíbrio à relação monopolista dos prestadores desses serviços frente a seus clientes. Quanto à perda das atuais concessões, é importante lembrar que na imensa maioria dos casos existem contratos de concessão, que garantem a exclusividade da Sabesp na prestação desses serviços, com previsão de indenizações prévias no caso de ruptura dos contratos vigentes. Nos casos onde a Sabesp opera sem contrato de concessão com os municípios, o Estado de São Paulo assume o papel de Poder Concedente, por se tratar de cidades inseridas em regiões metropolitanas, onde historicamente o Estado se fez presente nas atividades de saneamento básico. A - 70 13.01 - PROPRIEDADES RELEVANTES 3 - ENDEREÇO 1- ITEM 2 - TIPO DE PROPRIEDADE 4 - MUNICÍPIO 5 - UF 6 - ÁREA TOTAL 7 - ÁREA CONSTRUÍDA 8 - IDADE (MIL M²) (MIL M²) (ANOS) 9 - SEGURO 10 - HIPOTECA 11 - ALUGADA DE TERCEIROS 12 - DATA DO CONTRATO 13 - TÉRMINO LOCAÇÃO 12 - DATA DO CONTRATO 13 - TÉRMINO LOCAÇÃO 14 - OBSERVAÇÃO 01 02 255,000 6 SP 67,000 0,000 10 539,000 539,000 6 SP 881,000 0,000 9 SP 105,000 105,000 13 SP NÃO NÃO NÃO SIM NÃO AV. ALMIRANTE DELAMARE Nº 3.000 SIM NÃO NÃO MUN. ATIBAIA - NAZARÉ PAULISTA ETA-ABV SÃO PAULO SIM R. SUMIDORO, 422 - PINHEIROS TERRENO BACIA DE ACUMUL.DO RIO ATIBAINHA ATIBAIA 05 255,000 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS - ABC SÃO CAETANO DO SUL 04 SP TERRENO-PINHEIROS-SEDE SÃO PAULO 03 AV. MARGINAL DIREITA DO TIETÊ, S/Nº ESTRUTURA TRAT.ESGOTO PARQUE NOVO MUNDO SÃO PAULO NÃO NÃO NÃO R. GRAHAN BELL, 647 SIM NÃO NÃO 13.01 - PROPRIEDADES RELEVANTES 3 - ENDEREÇO 1- ITEM 2 - TIPO DE PROPRIEDADE 4 - MUNICÍPIO 5 - UF 6 - ÁREA TOTAL 7 - ÁREA CONSTRUÍDA 8 - IDADE (MIL M²) (MIL M²) (ANOS) 9 - SEGURO 10 - HIPOTECA 11 - ALUGADA DE TERCEIROS 14 - OBSERVAÇÃO 06 07 0,000 10 SP 13,000 0,000 31 SP 1.065,000 0,000 31 SP 20,000 0,000 34 SP 192,260 40,840 6 NÃO NÃO NÃO SIM NÃO MUNICÍPIO DE SÃO VICENTE NÃO NÃO NÃO R. GRAHAN BELL, 647 ESTAÇÃO DE TRATAMENO DE ESGOTO FRANCA NÃO R. 13 DE MAIO, 1.642 TERRENO DA ETA THEODORO RAMOS SÃO PAULO 10 24,000 TERRENO DA BARRAGEM-CAPTAÇÃO - SÍTIO ITU SÃO VICENTE 09 SP TERRENO DO RESERVATÓRIO 13 MAIO SÃO PAULO 08 AV. CONSOLAÇÃO, 1.161 TERRENO DO RESERVATÓRIO CONSOLAÇÃO SÃO PAULO NÃO NÃO NÃO RODOVIA CÂNDIDO PORTINARI, KM 394,4 SIM A - 71 NÃO NÃO 13.01 - PROPRIEDADES RELEVANTES 3 - ENDEREÇO 1- ITEM 2 - TIPO DE PROPRIEDADE 4 - MUNICÍPIO 5 - UF 6 - ÁREA TOTAL 7 - ÁREA CONSTRUÍDA 8 - IDADE (MIL M²) (MIL M²) (ANOS) 9 - SEGURO 10 - HIPOTECA 11 - ALUGADA DE TERCEIROS 12 - DATA DO CONTRATO 13 - TÉRMINO LOCAÇÃO 14 - OBSERVAÇÃO 11 12 5,000 13 SP 3,000 3,000 13 14,000 14,000 9 SP 80,000 0,000 13 SP 2,600 2,600 8 SP NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO ROD. ÍNDIO TIBIRIÇÁ S/N - MUN.SUZANO NÃO NÃO NÃO ESTRADA SANTA INÊS, KM 2 ETA TAIAÇUPEBA SÃO PAULO NÃO MUNICÍPIO DE MAIRIPORÃ CANAL DE ÁGUA BRUTA F1-ETA GUARAÚ SÃO PAULO 15 5,000 CONJ.FLOCULADORES, DECANTADORES E CANAIS SUZANO 14 SP MACIÇO DA BARRAGEM JAGUARI MAIRIPORÃ 13 MUN. BRAGANÇA PAULISTA-SIST.CANTAREIRA MACIÇO DA BARRAGEM JACAREÍ BRAGANÇA PAULISTA NÃO NÃO NÃO R. TAIAÇUPEBA, 700 - SUZANO SIM NÃO NÃO 13.01 - PROPRIEDADES RELEVANTES 3 - ENDEREÇO 1- ITEM 2 - TIPO DE PROPRIEDADE 4 - MUNICÍPIO 5 - UF 6 - ÁREA TOTAL 7 - ÁREA CONSTRUÍDA 8 - IDADE (MIL M²) (MIL M²) (ANOS) 9 - SEGURO 10 - HIPOTECA 11 - ALUGADA DE TERCEIROS 12 - DATA DO CONTRATO 14 - OBSERVAÇÃO 16 17 13 SP 7,000 0,000 13 SP 19,000 19,000 13 0,090 0,090 13 2,000 2,000 13 NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO AV. PRIMEIRO MAIO, S/N SP SP NÃO NÃO NÃO MUNICÍPIO DE MAIRIPORÃ DESCARREGADOR DE FUNDO - JAGUARI MAIRIPORÃ SIM MUN. BRAGANÇA PAULISTA-SIST.CANTAREIRA DECANTADORES 1ª FASE - ETE MAIRIPORÃ MAIRIPORÃ 20 0,700 TANQUES DE AREAÇÃO-ETE BARUERI 19 0,700 SP T.5 LIG.ATIBAINHA-JUQUERI-7000 M LINEAR BRAGANÇA PAULISTA 18 AV. PRIMEIRO MAIO, S/N ESTAÇÃO ELEV. ESGOTO BRUTO-BARUERI BARUERI NÃO NÃO NÃO MUNICÍPIO DE MAIRIPORÃ NÃO A - 72 NÃO NÃO 13 - TÉRMINO LOCAÇÃO 14.03 - OUTRAS INFORMAÇÕES CONSIDERADAS IMPORTANTES PARA MELHOR ENTENDIMENTO DA COMPANHIA Evolução da Participação do Controlador, Conselheiros e Diretores de 30/04/2003 à 31/07/2004 Acionistas Controlador Membros do Conselho de Administração Posição em 30/04/2003 Quantidade Quantidade Ações Cotas Ordinárias 20.376.674.058 90.018 Membros da Diretoria 110.000 Membros do Conselho Fiscal 110.000 Demais Acionistas 8.102.593.751 Ações em Circulação 8.102.903.751 % Novos Movimentação Integrantes Ações Ordinárias Deixaram de Integrar a Companhia Ações ON Cotas 71,55 1 2.493,526** Posição em 31/07/2004 Quantidade % Ações Ordinárias 20.376.674.059***** 90.016*** (3)* (110.000)**** 71,55 (2.493,526**) (110.000)**** 8.102.813.752 28,45 8.102.903.752 28,45 Total de ações 28.479.577.827 2.493,526** 100,00 1 (220.000) (3) (2.493,526**) 28.479.577.827 * Além da saida de dois membros do Conselho, houve devolução de uma ação que havia sido cedida a um conselheiro que já possuia pessoalmente ações Sabesp ** Cotas de Fundos de Investimento em ações Sabesp (cotas equivalentes a 20.000 ações) *** As 16 ações atualmente em poder dos conselheiros foram cedidas pela Fazenda do Estado de São Paulo e serão devolvidas quanto os mesmos deixarem de fazer parte do Conselho da Sabesp **** Ocorreu a venda destas ações ***** A diferença de 1 ação pertencente à Fazenda do Estado de São Paulo decorre da devolução de uma ação que se encontrava em poder de um membro do Conselho de Administração 100,00 POSIÇÃO ACIONÁRIA EM 31/07/2004 Acionistas detentores de mais de 5% das ações Fazenda do Estado de São Paulo Ações Ordinárias 20.376.674.059 % 71,55 Acionista Ações Ordinárias % CONTROLADOR 20.376.674.059 ADMINISTRADORES Conselho de Administração Diretoria Conselho Fiscal 90.016 - AÇÕES EM TESOURARIA - OUTROS ACIONISTAS TOTAL AÇÕES EM CIRCULAÇÃO NO MERCADO 71,55 8.102.813.752 28.479.577.827 8.102.903.752 A - 73 100,00 28,45 • Notas Promissórias Em 17 de junho de 2004, o Conselho de Administração da Companhia autorizou a emissão de 40 notas promissórias, no valor total de R$ 200 milhões, com valor nominal unitário de R$ 5 milhões e com vencimento de 180 dias da data da subscrição. As notas promissórias fazem jus a juros remuneratórios, a partir da data de emissão, incidentes sobre o valor nominal unitário e estabelecidos com base em 105% da taxa do CDI, calculados pro rata temporis até a data de pagamento das notas promissórias. A emissão foi registrada na CVM em 15 de julho de 2004 sob o nº CVM/SRE/RNP/2004/003. Em 16 de julho de 2004 foram emitidas 26 notas promissórias, no valor total de R$ 130 milhões, permanecendo as restantes 14 notas promissórias para eventual emissão posterior. • Japan Bank for International Cooperation (“JBIC”) A SABESP assinou, em 06 de agosto de 2004, o Contrato de Financiamento com o JBIC - Japan Bank For International Cooperation com garantia da União, no valor de ¥21,320 milhões, equivalentes a aproximadamente R$588.000, destinado ao Programa de Recuperação Ambiental da Região Metropolitana da Baixada Santista, empreendimento no valor de ¥39,221 milhões, equivalentes a aproximadamente R$1.081.000, sendo a contrapartida da SABESP no valor de ¥17,901 milhões, equivalentes a aproximadamente R$493.000. O prazo total do financiamento é de 25 anos sendo 18 anos de amortização e 7 anos de carência. Os juros são semestrais sendo 2,5%a.a. para rede de esgoto e 1,8%a.a. para instalações de tratamento de esgotos. • Renovação da outorga do Sistema Cantareira As condições para renovação da outorga para a utilização das águas da Bacia do Piracicaba pelo Sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento de aproximadamente 48% da população da Região Metropolitana de São Paulo foram estabelecidas pela Portaria DAEE nº 1213, de 6 de agosto de 2004 ,por um período de 10 anos, e em linhas gerais, dispõe que: - a SABESP terá garantia de retirada 31,0 m3/s, durante 83% do tempo; - no restante, a vazão poderá variar de 31,0 m3/s até 24,8 m3/s (considerada como mínima). Ressalta-se que a probabilidade de ocorrência desta vazão mínima é pequena, tendo ocorrido uma vez em 74 anos. • Programa de Incentivo a Redução do Consumo de Água A SABESP implantou o Programa de Incentivo à Redução do Consumo de Água, que tem por objetivo estimular a população da região metropolitana de São Paulo a reduzir o consumo, colaborando para o enfrentamento da crise de abastecimento, provocada pela escassez de chuvas e pelos baixos níveis de água nos reservatórios que abastecem a região. O programa abrangerá municípios da região metropolitana abastecidos pelo sistema adutor metropolitano e terá vigência de 6 meses a partir de 15 de março de 2004, consistindo na premiação, através de um desconto de 20% sobre as tarifas de água e esgoto, ao usuário que reduzir seu consumo de água em 20% ou mais, em relação ao mesmo período do ano anterior. • Reajuste Tarifário Em 29 de agosto de 2004, os serviços prestados pela Empresa serão reajustados em 6,78 %. O aumento será linear, ou seja, incidindo sobre todas as categorias e faixas de consumo da mesma forma. O percentual aplicado pela Sabesp fica abaixo do IPCA dos últimos 12 meses, que foi de 6,81%. O reajuste não será aplicado para os municípios de São Bernardo do Campo e Itapira, recentemente assumidos pela Sabesp e que tiveram, já no ano de 2004, adequações em seus regimes tarifários. A - 74 14.05 - PROJETOS DE INVESTIMENTO A SABESP, através do critério da Receita Operacional Líquida, mantém a 1ª posição dentro de sua atividade específica de Saneamento Básico, e ocupa a 6ª posição entre as Estatais, conforme publicação da Gazeta Mercantil – Balanço Anual 2002 – edição de setembro/2003. A SABESP destaca-se também por ter obtido, em 2002, o 9º maior EBITDA (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortizações) entre as Sociedades Anônimas não financeiras. Troféu Transparência – concedido pela ANEFAC-FIPECAFI – SERASA. A SABESP é a única Companhia que foi selecionada entre os 10 finalistas nos sete anos de existência do prêmio. Em 2003, a SABESP executou aproximadamente 1.570 km de rede de distribuição e 155 mil novas ligações de água nos 366 municípios onde atua, atendendo a 100% da população urbana. Expandiu os serviços de coleta de esgotos realizando cerca de 1.674 km de rede coletora e 161 mil ligações de esgotos, atingindo o índice de 78 % de atendimento em esgotamento sanitário. Dessa forma, no final de 2003, a SABESP atendia diretamente a uma população de cerca de 21,3 milhões de habitantes em abastecimento de água e cerca de 17,2 milhões em coleta de esgotos nos municípios operados. A Empresa também reduziu os tempos de atendimento ao cliente, na execução de ligações de água e esgoto de 31 e 55 dias para 6 e 11 dias em média, respectivamente nos últimos 5 anos. Em algumas regiões já é possível agendar previamente com o cliente, a data mais adequada para execução dos serviços solicitados. Nesse período o tempo médio para reparo de vazamentos caiu de 40 para 30 horas e as desobstruções de ramais domiciliares passaram a ser feitas em média em 12 horas, contra as 32 horas necessárias anteriormente. A tecnologia envolvida na atividade de saneamento pressupõe a condição de monopólio natural na região concedida, tendo em vista a necessidade de, a partir de algumas estações de tratamento e reservatórios, distribuir água potável à coletividade. Também no caso de coleta dos esgotos, em sentido inverso, há necessidade de, a partir da capilaridade das instalações individuais, coletar o esgoto gerado, e através de instalações adequadas, transportá-los e dar-lhes destinação final. Nessas condições, praticamente inexiste a possibilidade de concorrência. É, portanto, muito importante a presença de um órgão regulador que dê equilíbrio à relação monopolista dos prestadores desses serviços frente a seus clientes. Quanto à perda das atuais concessões, é importante lembrar que na imensa maioria dos casos existem contratos de concessão, que garantem a exclusividade da Sabesp na prestação desses serviços, com previsão de indenizações prévias no caso de ruptura dos contratos vigentes. Nos casos onde a Sabesp opera sem contrato de concessão com os municípios, o Estado de São Paulo assume o papel de Poder Concedente, por se tratar de cidades inseridas em regiões metropolitanas, onde historicamente o Estado se fez presente nas atividades de saneamento básico. A - 75 15.01 - PROBLEMAS AMBIENTAIS A diferenciação entre regiões diversas do País no tocante à oportunidade de emprego e oferta de serviços urbanos, em condições de forte incremento vegetativo da população, trouxe uma constante migração em direção ao Sudeste, e principalmente a São Paulo, onde a interiorização do crescimento econômico confirmou a expansão da rede urbana do Estado. O intenso processo de urbanização do Estado de São Paulo produziu consideráveis contingentes populacionais que se fixaram em áreas periféricas aos grandes centros urbanos. Essas regiões, deficientes em equipamentos sociais e infra-estrutura sanitária, acentuaram os problemas ambientais próprios a um particular padrão de ocupação espacial caracterizado por assentamentos humanos não regulados, extração e contaminação intensivas dos recursos naturais. Desde 1988, o CONAMA por meio de legislação específica, definiu as obras de saneamento passíveis de licenciamento ambiental, que requerem a elaboração de estudos ambientais a serem submetidos à análise da Secretaria Estadual de Meio Ambiente – SMA e demais órgãos competentes, para autorização da localização, instalação e operação dos empreendimentos de saneamento. Assim, em concordância com a nova Legislação Ambiental vigente, a SABESP agrega aspectos ambientais aos técnico-econômicos de modo a se ter formas mais integradas de tratamento e abordagem da questão ambiental da Empresa. As atividades exercidas pela Companhia, nas áreas de planejamento e implantação de projetos de sistemas de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgotos, bem como lançamento de efluentes e disposição final de resíduos, estão sujeitas a um conjunto de leis, decretos, regulamentos e resoluções federais, estaduais e municipais relativas à proteção do meio ambiente. No Estado de São Paulo, o controle da poluição do meio ambiente, disciplinado pela Lei Estadual n.º 997, de 31 de maio de 1976, cabe à CETESB, na qualidade de órgão delegado do Governo do Estado de São Paulo. A construção e operação de ETA’s e ETE’s, bem como o lançamento de efluentes e a disposição final de resíduos decorrentes do tratamento de esgotos, devem obedecer a padrões ambientais fixados na legislação em vigor e os dispositivos de licenciamento ambiental definidos, em especial, no Decreto Estadual nº 8.468/76 e na Resolução Conama 20/86, além dos decretos estaduais nº 47.400-02/2002 e nº 47.397-02/2002. A não-observância das leis e regulamentos ambientais pode resultar, independentemente da obrigação de reparar danos ambientais que eventualmente sejam causados, na aplicação de sanções de natureza penal e administrativa. Conforme o disposto na Lei Federal n.º 9.605/98, para as pessoas físicas (incluindo, entre outros, no exercício de suas funções, os diretores, administradores e gerentes de pessoas jurídicas), poderão ser aplicadas penas restritivas de direitos e privativas de liberdade, e, para as pessoas jurídicas, as penas poderão ser de multa, restritivas de direitos e prestação de serviços à comunidade. Administrativamente, as sanções podem variar desde imposições de advertências e multas, até a suspensão parcial ou total de atividades, podendo também incluir a perda ou restrição de incentivos fiscais e o cancelamento ou suspensão de linhas de financiamento junto a estabelecimentos oficiais de crédito, bem como a proibição de contratar com o poder público. Licenciamento Ambiental A construção, instalação, ampliação e funcionamento de obras de saneamento que utilizem recursos ambientais e que sejam consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, notadamente as ETE’s, dependem de prévio licenciamento ambiental. O processo de licenciamento ambiental constitui-se de três etapas, nas quais o órgão ambiental emite as seguintes licenças: (i) Licença Prévia, que abrange a fase preliminar do projeto, contendo requisitos básicos a serem atendidos nas fases de localização, instalação e operação, observadas as normas de uso e ocupação do solo; A - 76 (ii) Licença de Instalação, que autoriza o início da implantação, de acordo com as especificações do projeto executivo aprovado; e (iii) Licença de Operação, que autoriza o início da atividade licenciada e o funcionamento dos equipamentos de controle, de acordo com os termos das licenças anteriores referidas acima. Quando os empreendimentos que forem submetidos ao processo de licenciamento ambiental, por seu porte, natureza e peculiaridade, puderem acarretar impactos ambientais significativos, o processo de licenciamento ambiental dependerá da aprovação, pelas autoridades competentes, de estudos de impacto ambiental, desenvolvidos por profissionais de diferentes especialidades. Por força da lei, a Companhia deve pagar à CETESB ou à Secretaria do Meio Ambiente, um preço pela análise dos requerimentos e manifestações técnicas referentes ao processo de licenciamento ambiental de seus empreendimentos, cujo valor varia de acordo com a complexidade destes. Para a emissão das licenças ambientais pela CETESB, a Companhia deve pagar uma taxa igual a 0,5% do custo total de implementação de cada empreendimento na fase de solicitação da Licença de Instalação e mais 0,5% na solicitação da Licença de Operação. Política Institucional Ambiental e Medidas de Controle Ambiental da Companhia A Companhia tem por missão atender às necessidades de saneamento ambiental, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população. Nesse sentido, os projetos da Companhia visam a contemplar as seguintes diretrizes: (i) o uso racional e desenvolvimento sustentado dos recursos hídricos; (ii) a conservação, proteção e recuperação do meio ambiente; (iii) a viabilidade técnica, econômico-financeira, ambiental e social; e (iv) o atendimento à legislação ambiental, que integram a Política Institucional Ambiental da Companhia. Desde 1995, a Companhia mantém em sua estrutura unidades organizacionais responsáveis pelo desenvolvimento de estudos, procedimentos, programas e ações ambientais destinadas à proteção, recuperação e conservação dos recursos hídricos, de acordo com as normas e padrões estabelecidos da legislação ambiental vigente. A gestão dessas atividades é realizada de forma participativa, através de um comitê ambiental que reúne representantes de todos os segmentos da Companhia, em cumprimento das normas estabelecidas em sua Política Institucional Ambiental. Em outubro de 1998, a Companhia instituiu um programa objetivando regularizar progressivamente, em consonância com a legislação ambiental em vigor, a situação dos seus empreendimentos que ainda não haviam completado seu processo de licenciamento ambiental ou que não haviam ainda alcançado padrões ambientais adequados. A Companhia entende desempenhar papel importante no saneamento ambiental dos municípios onde atua, cumprindo adequadamente suas obrigações junto aos órgãos públicos estaduais e municipais relevantes. A Companhia entende também que com a progressiva implementação de sistemas de coleta e tratamento de esgoto e aprimoramento daqueles existentes, em consonância com o plano de investimentos, atua na prevenção de danos ao meio ambiente, no sentido de reduzir de forma gradual as ocorrências de poluição causada pelo esgoto gerado pela população das cidades atendidas, dentro de seu papel no saneamento ambiental. A seguir encontram-se mencionados os principais projetos ambientais da Companhia: Principais Projetos Ambientais A - 77 Projeto Tietê O Rio Tietê corta a Região Metropolitana de São Paulo e recebe a maior parte do esgoto coletado nessa região. Em 1992, após um movimento popular que reuniu mais de um milhão assinaturas e contou com o envolvimento dos meios de comunicação, o Governo do Estado de São Paulo criou o Projeto de Despoluição do Rio Tietê, que tem por objetivo diminuir progressiva a carga poluidora oriunda dos esgotos da Região Metropolitana de São Paulo lançada na bacia hidrográfica do Rio Tietê, ficando a cargo da Companhia o desafio de acabar com a poluição gerada pelos esgotos da Região Metropolitana de São Paulo. Em função da grandiosidade da tarefa, o Projeto Tietê foi dividido em etapas, sendo que a primeira já foi concluída pela Companhia. Para o desenvolvimento da primeira etapa (1992-1998), o Projeto Tietê contou com investimentos do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento. A Companhia priorizou os investimentos com maior retorno social, por meio da construção de 1.500 km de redes coletoras e 250 mil novas ligações, objetivando afastar os esgotos do contato com a população e melhorando, assim, a saúde dos habitantes da Região Metropolitana de São Paulo. Foram construídas também 3 novas ETE’s (São Miguel, Parque Novo Mundo e ABC), e ampliada a capacidade de tratamento da Estação de Barueri. Como resultado desse trabalho, os índices de coleta de esgoto passaram de 63% em 1992 para 80% em 1998. Os índices de tratamento passaram de 20% para 60% e a mancha crítica de poluição das águas do Tietê que avançava na Bacia do Médio Tietê, pelo interior do Estado, recuou mais de 100 km. Parte integrante da primeira etapa, a construção do emissário de Pinheiros foi concluída no início de 2000, beneficiando mais de 2,0 milhões de habitantes. Com essa obra, 84 toneladas de esgoto deixaram de ser lançadas no Rio Pinheiros e são encaminhadas para a estação de tratamento de Barueri diariamente. Nas obras da primeira etapa, foi investido um total de US$ 1.100,0 milhões, sendo US$ 450,0 milhões financiados pelo programa BID, US$ 550,0 milhões em recursos próprios e US$ 100,0 milhões aportados pela Caixa Econômica Federal. Atualmente a SABESP está executando a segunda fase do Projeto Tietê, que deverá ser concluída em 2005. A segunda etapa, que envolve recursos no montante de US$ 400,0 milhões, prevê a implantação de 1200 km de redes coletoras de esgotos, 140 km de interceptores e coletores-tronco, 290 mil novas ligações domiciliares de esgoto e melhorias no sistema de tratamento, visando impedir que esgotos “in natura” cheguem aos rios e córregos otimizando o sistema de coleta e afastamento de modo a conduzir os efluentes às estações de tratamento, promovendo a utilização de sua plena capacidade instalada. Além disso está previsto um programa de controle de efluentes industriais onde deverão ser monitoradas 290 indústrias pela CETESB. As principais áreas de intervenções nesta 2º fase encontram-se nas regiões da Represa Billings, na Bacia do Rio Pinheiros e em municípios da região Oeste da RMSP. Em 2005, com a conclusão das obras, serão atingidos índices de 84% de esgotos coletados na RMSP, dos quais 70% serão tratados, considerando-se o censo do ano 2000 (IBGE). Neste programa, iniciado em 2001, foram investidos até dezembro de 2003, cerca de R$ 325 milhões correspondentes a US$ 112,8 milhões. O programa de obras inicialmente previsto está com andamento normal, obedecendo o cronograma previsto, podendo-se considerar um avanço de 50%. Além disto, tiveram continuidade as ações ambientais referentes a: - Programa de Acompanhamento da Qualidade das Águas do Rio Tietê e de seus principais afluentes, objetivando avaliar os resultados das obras da 2ª fase do Projeto Tietê na qualidade de rios e córregos situados nas áreas de abrangência das intervenções; - monitoramento dos coletores principais; - Programa de Educação Ambiental através de convênios com organizações não governamentais. A - 78 Além das ações citadas, está incluído também na 2ª Etapa do Projeto Tietê, um programa de melhoramento operacional para a Empresa, com destaque para a implantação do Sistema Georeferenciado de Informações na RMSP, focado nos sistemas comerciais, de atendimento e de serviços. Estão previstos também alguns estudos especiais destacando-se o Estudo Tarifário. Atualmente, em virtude da variação cambial ocorrida desde o período de negociação do contrato de financiamento, e dos descontos obtidos na contratação das obras inicialmente previstas, estima-se um saldo de recursos no orçamento de US$ 400 milhões, o que possibilitará a execução de um programa complementar de obras a ser licitado durante o ano 2004. Programa Guarapiranga A Represa do Guarapiranga, cuja bacia abriga uma população superior a 750 mil habitantes, concentrada predominantemente em áreas urbanizadas de baixo padrão habitacional, é o segundo maior manancial da Região Metropolitana de São Paulo, tendo sido responsável em 2003 pela produção de, em média, 13,53 m3/s de água para abastecimento. A crescente ocupação populacional na região da Bacia Guarapiranga vem ocasionando problemas crescentes na qualidade da água do reservatório. No Programa Guarapiranga, que envolveu diversos órgãos municipais e estaduais, a Companhia atuou na ampliação do sistema de coleta e afastamento de esgotos que poluíam a água, além de desenvolver projetos e estudos tecnológicos para melhorar a qualidade de serviços na Região Metropolitana de São Paulo. Este programa está concluído mas o manancial Guarapiranga continua sendo objeto de estudos no âmbito do Programa de Saneamento Ambiental dos Mananciais do Alto Tietê. Programa de Saneamento Ambiental dos Mananciais do Alto Tietê O êxito das ações do Programa Guarapiranga, conjugado com a crescente necessidade de enfrentamento dos problemas relativos à qualidade da água dos mananciais da RMSP e, inclusive, a necessidade de melhoria do atendimento a populações mais pobres, impulsionou o interesse no desenvolvimento de um novo e mais abrangente programa de saneamento ambiental dos mananciais da Bacia do Alto Tietê. O denominado Programa Mananciais será coordenado pelo Governo do Estado, através de sua Secretaria de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento, e deverá contar com a participação de várias organizações públicas, além da própria Sabesp: Secretaria do Meio Ambiente, Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano e sete prefeituras municipais da RMSP, inclusive a de São Paulo. Planeja-se que o Programa seja co-financiado pelo Banco Mundial. A Carta Consulta do Programa, com orçamento global de US$ 342,5 milhões de dólares, foi encaminhada ao exame do Ministério do Planejamento no mês de março de 2004. A implantação do Programa está prevista para o período 2005-2010. Programa de Recuperação Ambiental da Região Metropolitana da Baixada Santista Este Programa será implementado mediante obtenção de recursos do Japan Bank for International Cooperation - JBIC, da ordem de ¥21.320 milhões (R$571,5 milhões), e, ainda, de recursos da Companhia no montante de ¥17.901 milhões (R$ 479,9 milhões), totalizando um investimento de ¥39.221 milhões (R$1.051,4 milhões), visando a despoluição da Região Metropolitana da Baixada Santista e a garantia de oferta de água em quantidade e qualidade. (¥1,00 = R$0,026808 cotação de 26/02/04). As tratativas relativas ao financiamento estão bastante avançadas, tendo sido feita a “Troca de Notas” entre os governos brasileiro e japonês em agosto de 2003 e a negociação de minutas contratuais em fevereiro de 2004. A assinatura do contrato de financiamento está prevista para o segundo trimestre de 2004, com prazo de 25 anos, sendo carência de 7 anos, amortização de 18 anos e taxa de juros entre 1,8% e 2,5% a.a. A - 79 Reabilitação do Sistema Cantareira Para construção do Sistema Cantareira, em 1967, foram realizadas várias interligações por túneis e canais das represas que abastecem esse sistema. As obras executadas para construção do sistema Cantareira exigiram a extração de argila e de rochas, causando impactos ambientais que foram se agravando com o tempo. Desde 1996, a Companhia desenvolve um projeto restauração do solo e reflorestamento das áreas degradadas que circundam algumas represas do Sistema Cantareira. Até o presente já foram recuperadas 220 hectares onde foram plantadas 350.000 mudas de espécies florestais nativas. Centro de Educação Ambiental do Jaguarí – CEAJ Inaugurado em 2002, o Centro de Educação Ambiental do Jaguarí – CEAJ conta com anfiteatro para 90 pessoas, além de outras instalações adequadas para atividades de educação ambiental. Durante 2003, o CEAJ recebeu cerca de 400 visitas por mês para participação em palestras, cursos e seminários com objetivos ambientais. Viveiros Florestais Os viveiros são elementos essenciais na reabilitação ambiental e conservação dos recursos vivos para o desenvolvimento sustentável. A Companhia desenvolve vários projetos, como os Viveiros Florestais de Vargem e Morro Grande, onde são realizados processos de coleta e beneficiamento de sementes e estacas, cuja capacidade de produção é de 40 mil mudas por mês. Todo esse investimento visa o equilíbrio natural nas áreas dos mananciais, para garantir a qualidade da água e a saúde da população, além de capacitar a Empresa no cumprimento de acordos de cooperação como o acordo firmado pela Cia. com o Consórcio Intermunicipal das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí para a doação de 200.000 mudas de árvores. PURA - Programa de Uso Racional da Água A água é um elemento vital para os seres humanos e seu ambiente, importante econômica e culturalmente. Porém, é finita e, portanto, não há possibilidade de consumo ilimitado deste recurso natural. Cada vez mais, a água torna-se escassa para atender as necessidades das grandes metrópoles. Isso se deve ao crescimento demográfico e a mudança nos padrões de consumo. Para fazer frente a este quadro, a Sabesp adotou uma política de incentivo ao uso racional da água, que exige mudanças culturais para a conscientização da população. Assim, o PURA é um programa de combate ao desperdício que tem como principal objetivo garantir o fornecimento de água e a manutenção da qualidade de vida da população, promover a redução de consumo, a conservação dos recursos hídricos e, conseqüentemente, minimizar necessidade de investimentos pois permite, na maioria das vezes, postergar obras de grande porte. Para isso, o PURA desenvolve ações em diversas frentes, buscando: - implantação de programas, projetos e obras para economia de água em diferentes tipos de edifícios, através da adoção de intervenções de serviços de engenharia; - atuação nas ações que visem mudança de hábitos e vícios de uso abusivo de água no cotidiano das pessoas através de campanhas educacionais e ambientais; - implementação e revisão de leis junto a parlamentares, regulamentos e normas para a utilização racional da água e uso dos equipamentos economizadores em edificações; - implementação de normas sobre o desenvolvimento tecnológico e padronização de equipamentos economizadores de água; - participação em grupos de trabalho objetivando viabilizar a mudança de projetos de instalações prediais de água, de parâmetros hidráulicos e de código de obras; A - 80 - incentivo na manutenção do programa no currículo das escolas das redes de ensino estadual e municipal de São Paulo. Além do exposto, em 2003 houve uma evolução nas seguintes linhas programadas, as quais possivelmente resultarão no incremento da redução do consumo de água: - evolução no processo de revisões de normas técnicas e elaboração de novas normas relacionadas a equipamentos hidráulicos economizadores de água; - lançamento de novos produtos economizadores de água no mercado; - publicação do Decreto 48.138 de 08 de outubro de 2003, que institui uma série de medidas para evitar o desperdício de água tratada em órgãos públicos, autarquias e fundações mantidas pelo poder público no âmbito do Estado de São Paulo. Reuso Planejado da Água Reuso é a utilização da água por mais de uma vez, depois de um tratamento adequado. O reuso planejado da água faz parte de um programa global recomendado pela Organização das Nações Unidas e pela Organização Mundial da Saúde. Esse programa pretende alcançar três importantes elementos que coincidem com os objetivos da Sabesp: proteção da saúde pública, manutenção da integridade dos ecossistemas e uso sustentado da água. Dentre as inúmeras vantagens da utilização da água de reuso, destaca-se a diminuição do volume de água bruta retirada dos mananciais. Cada litro de água de reuso aproveitado representa um litro de água potável destinada para uso mais nobre: o consumo humano. A água de reuso é produzida dentro das estações de tratamento de esgotos e pode ser utilizada para inúmeros fins, como refrigeração de equipamentos, em diversos processos industriais, em prefeituras e entidades que usam a água para lavagem de ruas e pátios, irrigação e rega de áreas verdes, desobstrução de rede de esgotos e águas pluviais e lavagem de veículos. O fornecimento de água de reuso pela Sabesp já é uma realidade: o projeto começou com a Coats, empresa fabricante das Linhas Correntes, que utiliza o efluente pós-tratado da ETE Jesus Neto na lavagem e tingimento de seus produtos. A água é transportada por uma tubulação de ferro fundido de 800 metros de comprimento, com diâmetros de 150 a 200 milímetros. Em maio de 2001, o município de São Caetano do Sul passou a fazer a lavagem de ruas, após as feiras livres e rega de jardins, com o produto retirado na Estação de Tratamento de Esgotos ABC. No início de 2002, os municípios de Barueri e Carapicuíba também começaram a utilizar a água de reuso. Em julho de 2002, foi assinado contrato para fornecimento de até 172 mil litros por dia de água de reuso a várias construtoras. O produto é retirado nas estações Barueri e Parque Novo Mundo, com caminhão-pipa das empresas. Este fornecimento é destinado para assentamento de pó em canteiros de obras. Em agosto de 2002, na estação de tratamento de esgotos ABC, foi inaugurado o Centro de Reservação de Água de Reuso com capacidade para 50 mil litros. Em função do exposto, ainda em 2002 a Sabesp concluiu um novo diagnóstico e o respectivo mapeamento da utilização da água de reuso na RMSP. Este estudo indica a existência de demanda de 673 litros/segundo em 2005, nas estações de tratamento do ABC e São Miguel (mercado potencial mais significativo), e de 878 litros/segundo em 2025. Para sua implantação será necessário investimento da ordem de R$ 70 milhões. Em outubro de 2003 foi assinado o contrato com a Prefeitura de São Paulo para fornecimento de água de reuso, por atacado, produzida nas estações de tratamento de esgotos do ABC (188m³/dia), Barueri (158m³/dia) A - 81 e Parque Novo Mundo (263m³/dia), dando, assim, seqüência ao processo de ampliação do reuso de água na RMSP. Interior Em 2002, a Sabesp obteve a Certificação ISO 9001, versão 2000 – Sistema de Gestão da Qualidade e Meio Ambiente –, em todo o município de Franca, a qual passou a ser a primeira cidade brasileira certificada em 100% do seu sistema de saneamento básico. Em 2003, a Sabesp deu prosseguimento ao processo de implantação do Sistema de Gestão da Qualidade e Meio Ambiente no âmbito da Diretoria de Sistemas Regionais, o qual se encontra em fase final de certificação ISO 9001 (versão 2001), incluindo mais 21 cidades, tais como São José dos Campos, Santos, Lins, Registro, Caraguatatuba, Botucatu, Presidente Prudente, Itapetininga, Avaré, Itapeva, São João da Boa Vista, dentre outras. Além do exposto, faz parte do escopo da certificação os seguintes laboratórios de análises químicas: - Santos – Unidade de Negócio da Baixada Santista - Caraguatatuba – Unidade de Negócio Litoral Norte - Registro – Unidade de Negócio do Vale do Ribeira - Botucatu – Unidade de Negócio do Médio Tietê - Lins e Fernandópolis – Unidade de Negócio do Alto Tietê e Grande Além do exposto, os seguinte laboratórios de controle sanitários foram credenciados pelo INMETRO no Sistema de Qualidade Laboratorial pela ISO-17025: - Franca - Unidade de Negócio Pardo e Grande - Itapetininga – Unidade de Negócio Alto Paranapanema - São José dos Campos – Unidade de Negócio Vale do Paraíba Gestão Ambiental e Responsabilidade Social Em 2003, a Empresa deu continuidade aos procedimentos técnicos e administrativos regulares, visando o licenciamento ambiental de seus empreendimentos, a partir da elaboração de projetos, estudos e relatórios ambientais pertinentes, como um dos instrumentos de planejamento da Política Institucional Ambiental da Cia.. Várias atividades foram desenvolvidas para ampliar e diversificar as ações de proteção da saúde pública com visão ambiental e responsabilidade social, aprimorando os projetos de saneamento básico com as melhores práticas de planejamento e gestão considerando as questões ambientais em todas as etapas dos seus empreendimentos. Responsabilidade Social da Empresa Nos últimos anos verificam-se, no âmbito da Sabesp, diversas ações sociais voltadas para: o meio ambiente; a educação; a cultura; a comunidade e o voluntariado, que atingem tanto o público interno quanto ao externo. Essas ações eram realizadas anteriormente de modo disperso e, em sua grande maioria, originadas de iniciativas isoladas. Para promover o alinhamento dessas ações e dotá-las de caráter estratégico e institucional, a Sabesp está implantando um Programa Institucional de Responsabilidade Social, que teve como primeiro passo a realização, em 27/11/2003, da I Mostra de Responsabilidade Social para divulgação e troca de experiências bem sucedidas. A seguir, encontram-se listados alguns projetos, programas e ações ambientais desenvolvidos pela Cia., cujos detalhes são apresentados na publicação ”Responsabilidade Social – SABESP”: Água de Reuso das Estações de Tratamento de Esgotos da RMSP; Gestão de Resíduos Sólidos, Minimização e Disposição Responsável de Resíduos Gerados no Complexo Administrativo Ponte Pequena e na Unidade de Negócio Oeste (SP); A - 82 Programas de Educação Sanitária e Ambiental, desenvolvidos na RMSP e Interior; Atividades de Preservação Ambiental através das equipes de vigilância de mananciais da RMSP e da elaboração de parecer técnico ambiental; Programas de Recomposição Vegetal, Arborização e/ou Reabilitação de Áreas Degradadas; Centros de Educação Ambiental; Projeto Piloto de Uso Racional de Energia PCT e PCH. Desenvolvimento Tecnológico com Objetivo Ambiental O Desenvolvimento Tecnológico tem seu foco voltado para as demandas operacionais e ambientais, aderentes às estratégias empresariais, buscando soluções tecnológicas e visando a redução de custos e a solução de problemas técnicos e ambientais. Exemplo disso é a contribuição para o Programa de Redução de Perdas, com a aferição dos macro-medidores e treinamento do Corpo Técnico envolvido nesta atividade nas regiões metropolitanas de São Paulo e da Baixada Santista. Outro exemplo foi a ampliação das alternativas para a disposição dos resíduos de tratamento com: (i) a destinação agrícola dos lodos de ETE’s em plantações de reflorestamento, milho, café, banana e pupunha; (ii) pesquisa para reuso de efluentes de lagoas de tratamento para ferti-irrigação; (iii) estudo para utilização de lodo de ETA’s em indústrias cerâmicas e para cobertura de aterros sanitários. Racionalização e Redução de Custo com Energia Elétrica Prosseguindo com o Programa de Eficiência Energética, em 2003 foram implementados projetos desenvolvidos por meio dos convênios com as concessionárias: Elektro, Bandeirante e Eletropaulo, no valor de R$ 10,5 milhões, investidos por estas concessionárias, sendo a remuneração do investimento feita pela Sabesp com o valor obtido na redução da conta de energia. Também foi desenvolvido projeto de eficiência energética através de convênio com o BID, que irá aplicar US$ 150.000 não remunerável; e a renegociação de Contratos de Fornecimento de Energia Elétrica, visando redução dos custos. Monitoramento da Qualidade da Água dos Mananciais da RMSP São monitorados os mananciais e os recursos hídricos das respectivas bacias hidrográficas dos sistemas produtores que abastecem a RMSP, sendo avaliados 159 pontos de controle, enfocando os seguintes aspectos principais: - evolução da qualidade da água ao longo do tempo; identificação de locais onde a qualidade da água é mais comprometida; padrões sazonais de qualidade; e conformidade da qualidade da água com padrões legais (Resolução CONAMA n.° 20/86). No ano de 2003 foram realizadas 54.646 análises somando-se todos os pontos de monitoramento e parâmetros analisados (físico-químicos, série nitrogenada, metais, microbiológicos e compostos orgânicos). Outras Ações Ambientais Também no rol das ações ambientais realizadas durante o ano de 2003, podemos destacar ainda: Na Região Metropolitana de São Paulo: Projeto SABESP Colorida que consiste na pintura de muros de unidades e reservatórios, envolvendo escolas da 5ª a 8ª série; Implementação do programa de redução de consumo de energia elétrica nas unidades operacionais; Programa de mapeamento de áreas de risco visando a redução de sinistros; A - 83 Processo em elaboração de termo de cooperação Sabesp com a PUC, referente diagnóstico ambiental das represas Jaguari, Jacareí e Paiva Castro; Desenvolvimento do Projeto do Centro de Educação e Difusão de Tecnologias Ambientais para a Conservação de Ecossistemas de Várzea da Bacia do Alto Tietê; Início da operação contínua do Sistema de Adensamento e Desidratação de Lodos da ETA Taiaçupeba, que regularizou o tratamento e destinação final deste resíduo gerado pelo tratamento de água no Sistema Produtor Alto Tietê; Contrato em andamento para Cadastramento de Irrigantes das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí – SP com recursos provenientes do FEHIDRO; Prosseguimento do convênio com a USP/IEE/Cenbio para estudo de aproveitamento de biogás de esgoto. No Litoral: Conclusão do Primeiro Programa de Monitoramento Ambiental dos Emissários Submarinos de Ilha Bela e Guarujá; Início da elaboração do Plano Diretor de Disposição Final dos lodos e demais resíduos produzidos pelos sistemas de água e esgotos do Litoral Norte. Ações Ambientais Corporativas: Procedimento de Análise, Gerenciamento e Comunicação de Riscos Ambientais (em desenvolvimento); Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos (em desenvolvimento); Participação da Empresa, como co-fundadora, na Mesa Redonda Paulista de Produção Mais Limpa e como organizadora da 2ª Conferência Paulista de Produção Mais Limpa, objetivando a consolidação da produção mais limpa e a adoção da responsabilidade sócio-ambiental no estado de São Paulo; Participação da SABESP no Grupo do Conama responsável pela Revisão da Resolução Conama 20/86 PREMIAÇÕES Como reconhecimento pela eficiência e qualidade dos serviços prestados pela SABESP, diversos prêmios foram concedidos à empresa, dentre os quais podem ser destacados: Prêmio APARH / Revista Vencer! Criatividades nas Empresas – prêmio oferecido pela Associação Paulista de Recursos Humanos em parceria com a Revista Vencer!, em 3 categorias: Case de Criatividade; Voto Popular e Apresentação Criativa. A Sabesp venceu a 2º edição do Prêmio na categoria Apresentação Criativa com o case “Recursos Humanos e Meio Ambiente, uma parceria que dá certo na minimização e disposição responsável de resíduos". Prêmio Top S do Meio Ambiente da IBSTH – (concedido pelo Instituto Brasileiro de Terceirização e Serviço na Construção e Habitação 9 IBSTH), em reconhecimento pela atuação do Programa do Uso Racional da Água (PURA). Prêmio Nacional da Qualidade em Saneamento – PNQS – concedido pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES, a mais importante premiação do setor de saneamento da América Latina, foi obtido pela Unidade de Negócio Norte – MN da Diretoria Metropolitana de Distribuição da SABESP, na qualificação Nível II. Assim sendo, através desses exemplos nota-se que a Sabesp encerrou 2003 com o desenvolvimento de projetos e com a promoção de ações de grande alcance sócio-ambiental, além de variadas iniciativas de educação ambiental implementadas pelas suas Unidades de Negócio. Tais medidas vêm consolidar um Programa Ambiental na Empresa, cujo objetivo é possibilitar uma redução gradual das suas demandas ambientais e um incremento sustentado dos níveis de conformidade legal da Organização. A - 84 16.01 - AÇÕES JUDICIAIS COM VALOR SUPERIOR A 5% DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO OU DO LUCRO LÍQUIDO 1- ITEM 2 - DESCRIÇÃO 3 - % PATRIMÔNIO 4 - % LUCRO LÍQUIDO LÍQUIDO 5 - PROVISÃO 6 - VALOR (Reais Mil) 01 TRABALHISTA 0,00 0,00 02 FISCAL/TRIBUTÁRIA 0,00 0,00 03 OUTRAS 0,00 7,91 A - 85 0 0 SIM 65.943 18.01 - ESTATUTO SOCIAL ESTATUTO CAPÍTULO I DENOMINAÇÃO, SEDE, FORO, OBJETO E DURAÇÃO ARTIGO 1q - A COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PAULO - SABESP, sociedade anônima cuja constituição foi autorizada pela Lei Estadual nq 119, de 29 de junho de 1973, se regerá pelo presente Estatuto e disposições legais aplicáveis. Parágrafo único - A sociedade é resultante da fusão da Companhia Metropolitana de Água de São Paulo - COMASP com a Companhia Metropolitana de Saneamento de São Paulo - SANESP. ARTIGO 2q - A sociedade tem por objetivo planejar, executar e operar serviços de saneamento básico em todo o território do Estado de São Paulo, compreendendo a captação, adução, tratamento e distribuição de água e coleta, afastamento, tratamento e disposição final dos esgotos, comercializando esses serviços e os benefícios que direta ou indiretamente decorrerem de seus empreendimentos, bem como prestar serviços correlatos com seu objeto social, no Brasil ou no exterior, além de participar de outras sociedades das quais o poder público, direta ou indiretamente, seja acionista ou quotista. ARTIGO 3q - A sociedade tem sua sede e foro na Capital do Estado de São Paulo, podendo instalar, manter ou extinguir filiais, sucursais, agências ou escritórios em qualquer ponto do território do Estado de São Paulo, a critério exclusivo da Diretoria. ARTIGO 4q - O prazo de duração da sociedade é indeterminado. CAPÍTULO II CAPITAL, AÇÕES E ACIONISTAS ARTIGO 5q - O capital autorizado da sociedade, na forma prevista na legislação em vigor, é de R$ 4.100.000.000,00 (quatro bilhões e cem milhões de reais), representado por 40.000.000.000 (quarenta bilhões) de ações ordinárias, nominativas e escriturais, sem valor nominal. Parágrafo 1q - Em todas as publicações de documentos em que declarar o seu capital autorizado, a sociedade deverá indicar o montante do capital efetivamente subscrito e integralizado. Parágrafo 2q - O capital social será exclusivamente representado por ações ordinárias. As ações serão indivisíveis em relação à sociedade e cada ação ordinária terá direito a 1 (um) voto nas Assembléias Gerais. Parágrafo 3q - A Companhia poderá cobrar ou autorizar a instituição depositária, encarregada do registro das ações escriturais, a cobrar do acionista o custo do serviço de transferência da propriedade das ações, observados os limites fixados pela Comissão de Valores Mobiliários. A - 86 ARTIGO 6q - A Fazenda do Estado de São Paulo,manterá sempre a maioria absoluta das ações ordinárias da Sociedade. Parágrafo 1q – É vedada a emissão de Partes Beneficiárias em favor de acionistas ou de quaisquer terceiros. Parágrafo 2q - Observado o que dispõe este Artigo, poderão participar do capital social pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado. ARTIGO 7q - Por deliberação do Conselho de Administração, ouvido previamente o Conselho Fiscal, a sociedade poderá emitir ações dentro do limite do Capital autorizado, independentemente de modificações do Estatuto Social, observadas as prescrições legais e deste Estatuto. Parágrafo 1q - Cabe ao Conselho de Administração, observados os preceitos legais e estatutários, deliberar sobre as condições de emissão, colocação, subscrição em dinheiro ou crédito e integralização das ações, indicando expressamente: a) o número de ações que serão emitidas; b) as formas e as condições de subscrição; c) as condições de integralização, prazo e número de parcelas de realização, observado o estabelecido no “caput” do artigo 8q; d) o preço mínimo pelo qual as ações poderão ser colocadas ou subscritas, observada a legislação em vigor; e) o prazo para colocação ou subscrição da emissão. Parágrafo 2q - A emissão de ações para integralização em bens dependerá de prévia aprovação pela Assembléia Geral. ARTIGO 8q - A integralização das ações adquiridas ou subscritas em aumento de capital da sociedade realizar-se-á de conformidade com as condições fixadas pelo Conselho de Administração, facultado o seu parcelamento. Parágrafo único - O acionista que deixar de realizar as integralizações nas condições e prazos estabelecidos em boletim de subscrição ficará de pleno direto constituído em mora, sujeitando-se ao pagamento de juros de 1% (um por cento) ao mês, de correção monetária pelo mesmo indexador aplicável ao capital de sociedade e de multa equivalente a 10% (dez por cento) do valor da inadimplência. A - 87 ARTIGO 9q - Em caso de aumento do capital social, emissão de debêntures conversíveis e/ou bônus de subscrição mediante subscrição particular, os acionistas terão direito de preferência na proporção do número de ações que possuírem na ocasião, observado o disposto no Artigo 171 da Lei nq 6.404/76. O direito de preferência deverá ser exercido dentro do prazo de 30 dias contados da publicação da Ata da Assembléia Geral ou de avisos no Diário Oficial do Estado. Parágrafo único - Expirado o prazo para exercício do direito de preferência de que trata o “caput” deste Artigo e havendo sobras de valores mobiliários não subscritos, o órgão que tenha deliberado pela emissão deverá dispor sobre a destinação de tais sobras. ARTIGO 10q - Por deliberação do Conselho de Administração, ouvido o Conselho Fiscal, a Companhia poderá adquirir ações de sua própria emissão para efeito de cancelamento ou de permanência em tesouraria, determinar a sua revenda ou recolocação no mercado, observadas as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e demais disposições legais aplicáveis. A - 88 CAPÍTULO III DA ADMINISTRAÇÃO ARTIGO 11q - São órgãos de administração da sociedade : I - A Assembléia Geral; II - O Conselho de Administração; III - A Diretoria. TÍTULO I DA ASSEMBLÉIA GERAL ARTIGO 12q - A Assembléia Geral reunir-se-á ordinariamente nos 4 (quatro) primeiros meses seguintes ao término do exercício social, para os fins previstos em lei e no Estatuto, e, extraordinariamente, sempre que os interesses sociais o exigirem, por convocação do Conselho de Administração, da Diretoria, do Conselho Fiscal ou dos acionistas, na forma da lei. Parágrafo 1q - A Assembléia Geral deve ser convocada por meio de edital publicado com pelo menos 15 (quinze) dias de antecedência, em primeira convocação, e com 8 (oito) dias de antecedência, em segunda convocação. Parágrafo 2q – Todos os documentos a serem analisados ou discutidos em Assembléia Geral serão disponibilizados aos acionistas na Bolsa de Valores de São Paulo – BOVESPA, bem como na sede social, a partir da data da publicação do primeiro edital de convocação referido no parágrafo anterior. Parágrafo 3q - A Assembléia Geral será instalada e presidida pelo Presidente do Conselho de Administração ou seu substituto em exercício, que escolherá entre os acionistas presentes o secretário. TÍTULO II DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ARTIGO 13q - O Conselho de Administração será composto por, no mínimo 5 (cinco) e, no máximo, 10 (dez) membros, acionistas da sociedade, eleitos pela Assembléia Geral, observado o disposto no artigo 239, caput da Lei nq 6.404/76, devendo ser fixado seus honorários e demais vantagens. Parágrafo 1q - A Assembléia Geral elegerá, dentre os membros do Conselho de Administração, 1 (um) Presidente e 1 (um) Vice-Presidente, que substituirá o Presidente em suas faltas ou impedimentos. Parágrafo 2q - Um dos membros do Conselho será indicado à Assembléia Geral pelo Conselho de Representantes dos Empregados. A - 89 Parágrafo 3q - Somente poderá ser eleito Conselheiro Representante quem for Empregado da Companhia há mais de 2 (dois) anos. Parágrafo 4q - Um membro do Conselho poderá ser eleito em votação separado na Assembléia Geral pela maioria dos titulares de, no mínimo, 15% do total das ações da sociedade, excluindo-se o acionista controlador e observado o disposto no parágrafo 4q, do Artigo 141 da Lei nq 6.404/76. Parágrafo 5q - Mesmo na hipótese de não ser possível aos acionistas minoritários alcançar o percentual referido no parágrafo 4q acima, será sempre assegurada a sua representação no Conselho de Administração, nos termos do Artigo 239 da Lei nq 6.404/76. ARTIGO 14q - O mandato dos membros do Conselho de Administração será de 1 (um) ano, permitida a reeleição. Parágrafo 1q - Os membros do Conselho de Administração serão investidos em seus cargos mediante assinatura de termo de posse no livro de Atas do Conselho de Administração e deverão, no início e no término de seu mandato, apresentar declaração de bens, na forma da legislação em vigor. Parágrafo 2q - Terminado o prazo de seu mandato, os membros do Conselho de Administração permanecerão no cargo até a posse de seus sucessores. Parágrafo 3q - Ocorrendo vaga, a qualquer título, no Conselho de Administração, deverá ser convocada Assembléia Geral para a eleição de substituto pelo prazo restante do mandato. Parágrafo 4q - O Presidente do Conselho de Administração será substituído nos seus impedimentos temporários pelo Vice-Presidente, ou, na falta deste, por outro Conselheiro por ele indicado. Parágrafo 5q - No caso de vaga no cargo de Presidente do Conselho de Administração, assumirá o Vice-Presidente, que permanecerá no cargo até que a Assembléia Geral escolha seu novo titular. ARTIGO 15q - O Conselho de Administração reunir-se-á sempre que convocado por seu Presidente ou por deliberação da maioria de seus membros ou, ainda, por solicitação da Diretoria. Parágrafo único - As reuniões do Conselho de Administração só serão instaladas com a presença da maioria de seus membros e as deliberações serão tomadas por maioria de votos dos presentes, cabendo ao Presidente ou ao seu substituto, em caso de empate, o voto de qualidade. ARTIGO 16q - Compete ao Conselho de Administração : I - fixar a orientação geral dos negócios da sociedade; II - eleger e destituir os Diretores da sociedade e fixar-lhes as atribuições, observado o disposto neste Estatuto; III - fiscalizar a gestão dos Diretores, examinar, a qualquer tempo, os livros e papéis da sociedade, solicitar informações sobre contratos celebrados ou em vias de celebração e quaisquer outros atos; A - 90 IV - convocar a Assembléia Geral, quando julgar conveniente, ou no caso do Artigo 132 da Lei nq 6.404, de 15 de dezembro de 1976; V - manifestar-se sobre o relatório da administração e as contas da Diretoria, inclusive sobre os planos e orçamentos econômico-financeiros e de execução de obras, anuais e plurianuais; VI - deliberar sobre a emissão de ações nos termos do Artigo 7q deste Estatuto; VII - autorizar a alienação de bens imóveis, nos termos de legislação pertinente, bem como a constituição de garantias reais, a oneração de bens e a prestação de garantias a obrigações de terceiros; VIII - escolher e destituir os auditores independentes; IX - deliberar sobre a emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações e sem garantia real. Relativamente aos demais tipos, deliberar sobre a oportunidade de emissão de debêntures, o modo de subscrição ou colocação e o tipo das debêntures a serem emitidas, a época, as condições de pagamento dos juros, da participação nos lucros e do prêmio de reembolso das debêntures, se houver, a época e condições de vencimento, amortização ou resgate das debêntures, nos termos previamente deliberados em Assembléia Geral dos Acionistas; X - atribuir a um diretor as funções de relações com investidores, a ser exercida cumulativamente ou não com outras funções executivas, competindo ao mesmo prestar informações aos investidores, à Comissão de Valores Mobiliários e às Bolsas de Valores em que a Sociedade tenha seus valores mobiliários negociados, conforme legislação aplicável; XI - deliberar sobre as recomendações da Diretoria quanto à captação de recursos mediante a emissão de notas promissórias na qualidade de valor mobiliário (conforme regulado pelo Conselho Monetário Nacional como “commercial paper”). A - 91 TÍTULO III DA DIRETORIA ARTIGO 17q - A Diretoria será composta por até 8 (oito) Diretores, residentes no país, acionistas ou não, eleitos pelo Conselho de Administração, sendo um Diretor-Presidente, até 4 (quatro) Diretores VicePresidentes, até 2 (dois) Diretores e até 1 (um) Diretor-Representante. Parágrafo 1q - O Diretor-Representante será indicado ao Conselho de Administração da Sociedade pelo Conselho de Representantes dos Empregados e terá mandato coincidente com o de toda a Diretoria. Parágrafo 2q - Somente poderá ser eleito Diretor-Representante quem seja Empregado da Companhia há mais de 2 (dois) anos. Parágrafo 3q - Os honorários e demais vantagens dos membros da Diretoria serão fixados pela Assembléia Geral. O Diretor-Representante poderá optar entre os salários de seu cargo e os honorários da Diretoria. ARTIGO 18q - O mandato dos membros da Diretoria será de 2 (dois) anos, permitida a reeleição. Parágrafo 1q - Os membros da Diretoria serão investidos em seus cargos mediante assinatura de termo de posse, no Livro de Atas de reuniões da Diretoria e deverão, no início e no término do seu mandato, apresentar declaração de bens, na forma da legislação em vigor. Parágrafo 2q - Terminado o prazo de seu mandato, os membros da Diretoria permanecerão no cargo até a posse de seus sucessores. Parágrafo 3q - Ocorrendo vaga, a qualquer título, na Diretoria, o Conselho de Administração designará o substituto para preenchê-la, devendo o término de seu mandato coincidir com o dos demais membros da Diretoria. ARTIGO 19q - A Diretoria reunir-se-á, no mínimo, uma vez por mês, e sempre que convocada pelo DiretorPresidente ou pela maioria de seus membros. Parágrafo Único - As deliberações da Diretoria serão tomadas por maioria de votos dos presentes, cabendo ao Diretor-Presidente ou ao seu substituto, em caso de empate, o voto de qualidade. Para validade das deliberações da Diretoria exige-se a presença de, no mínimo, 4 (quatro) Diretores. ARTIGO 20q - A Diretoria terá amplos poderes de administração e gestão dos negócios sociais, podendo realizar todas as operações que se relacionarem com o objeto da sociedade, inclusive contrair empréstimos, alienar bens móveis, abrir, movimentar e encerrar contas em estabelecimentos de crédito, sacar, endossar e aceitar títulos cambiais, emitir e endossar notas promissórias e, obedecendo o disposto no Artigo 16, Inciso XI, estes últimos títulos quando na qualidade de valor mobiliário (regulado pelo Conselho Monetário Nacional), emitir e endossar cheques e demais títulos de crédito, renunciar a direitos e transigir, dar cauções, avais e fianças em operações de interesse da sociedade, observadas as disposições estatutárias aplicáveis. Parágrafo 1q - A alienação e a oneração de bens imóveis da sociedade dependerão sempre de prévia autorização do Conselho de Administração ou da Assembléia Geral, conforme o caso. Parágrafo 2q - Os atos e documentos que envolvam a responsabilidade financeira da sociedade ou exonerem terceiros de responsabilidade para com ela, conterão a assinatura conjunta de dois Diretores ou de um Diretor e um procurador, ou de dois procuradores, investidos de poderes especiais. A - 92 ARTIGO 21q - A sociedade, representada por seu Diretor-Presidente em conjunto com um Diretor, ou na ausência ou impedimento do Diretor-Presidente, por dois de seus Diretores, poderá constituir procuradores “ad-judicia” ou “ad-negotia”, especificando no respectivo instrumento de outorga os poderes a serem conferidos e o modo como exercê-los, estabelecendo para as procurações “ad-negotia” o prazo de duração do respectivo mandato que será, no máximo, até o último dia do ano para o qual foram outorgadas. Parágrafo 1q - A Diretoria poderá autorizar excepcionalmente a constituição de um único procurador para a representação da sociedade perante órgãos da administração pública. Parágrafo 2q - Os procuradores com poderes “ad-judicia” isoladamente. poderão atuar em conjunto ou ARTIGO 22q - Sem prejuízo do disposto no Artigo 21, compete à Diretoria : I - praticar todos os atos necessários ao funcionamento regular da sociedade; II - aprovar o Regimento Interno e Regulamentos da sociedade; III - propor ao Conselho de Administração as diretrizes fundamentais dos negócios sociais; IV - submeter à Assembléia Geral proposta de aumento de capital e reforma do Estatuto Social, após a aprovação do Conselho de Administração e ouvido o Conselho Fiscal, quando for o caso, observadas as demais disposições legais aplicáveis; V - propor ao Conselho de Administração a alienação ou oneração de bens imóveis da sociedade; VI - apresentar ao Conselho de Administração os planos e orçamentos econômicofinanceiros e de execução de obras, anuais e plurianuais; VII - deliberar sobre a indicação, pelo Diretor-Presidente, de substituto dos demais Diretores, nos casos de impedimento temporário e licença; VIII - deliberar sobre a baixa de bens patrimoniais; IX - indicar substituto ao Diretor-Presidente nos seus impedimentos ocasionais, se por qualquer motivo não o houver feito o próprio Diretor-Presidente na forma do Artigo 23, letra “f” ; X - apresentar o Relatório Anual e as contas da Diretoria à Assembléia Geral Ordinária, ouvidos o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal. A - 93 ARTIGO 23q - Compete ao Diretor-Presidente: a) representar a sociedade ativa e passivamente, em juízo ou fora dele; b) convocar e presidir as reuniões de Diretoria; c) criar e extinguir cargos ou funções, fixando-lhes os vencimentos; d) coordenar e supervisionar os diversos ramos das atividades sociais e orientar, de modo geral, os estudos econômicos e financeiros, pertinentes aos objetivos sociais; e) submeter ao Conselho de Administração a distribuição dos encargos entre os Diretores; f) indicar o seu substituto em seus impedimentos ocasionais; g) submeter à Diretoria a indicação de substituto dos Diretores, nos casos de impedimento temporário e licença. ARTIGO 24q - Compete aos Diretores : a) participar das reuniões de Diretoria; b) exercer as funções que forem determinadas pelo Conselho de Administração e pela Diretoria; c) assinar, em conjunto com outro Diretor, os papéis e atos que reclamem a assinatura de dois Diretores. CAPÍTULO IV DO CONSELHO FISCAL ARTIGO 25q - A sociedade terá um Conselho Fiscal de funcionamento permanente, com as atribuições previstas em lei, composto de 3 (três) a 5 (cinco) membros efetivos e 3 (três) a 5 (cinco) membros suplentes, residentes no país, acionistas ou não, eleitos pela Assembléia Geral Ordinária, observado o disposto no artigo 240 da Lei nq 6.404/76, permitida a reeleição. ARTIGO 26q - A remuneração dos membros do Conselho Fiscal será fixada pela Assembléia Geral que os eleger. ARTIGO 27q - Em caso de vaga, falta ou impedimento dos membros efetivos, serão convocados os suplentes. ARTIGO 28q - Os membros do Conselho Fiscal serão investidos em seus cargos mediante assinatura de termo de posse no livro de atas do Conselho Fiscal e deverão, no início e no término de seu mandato, apresentar declaração de bens, na forma da legislação em vigor. A - 94 CAPÍTULO V EXERCÍCIO SOCIAL, BALANÇO E DISTRIBUIÇÃO DE RESULTADOS ARTIGO 29q - O exercício social se inicia em 1q (primeiro) de janeiro e se encerra no dia 31 (trinta e um) de dezembro de cada ano, quando então se procederá à elaboração das seguintes demonstrações financeiras: I - Balanço Patrimonial; II - Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; III - Demonstração do resultado do exercício; IV - Demonstração das origens e aplicações de recursos. ARTIGO 30q - Serão observadas as seguintes regras em relação ao resultado das atividades sociais, apurado no balanço patrimonial: I - Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer participação, os prejuízos acumulados e a provisão para imposto de renda; II - O lucro líquido assim apurado terá a seguinte destinação: a) 5% para a constituição da reserva legal até que ela atinja os limites fixados em lei; b) atribuição de dividendos aos acionistas, em valor não inferior a 25% do lucro líquido apurado de acordo com a lei e este Estatuto; c) o saldo remanescente terá o destino que a Assembléia Geral determinar, consubstanciado em proposta da Diretoria, ouvidos o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal. Parágrafo 1q – Sempre que o montante do dividendo mínimo obrigatório ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a administração poderá propor, e a Assembléia Geral aprovar, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a realizar. Parágrafo 2q - A Diretoria, ouvido o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal, poderá autorizar o pagamento aos acionistas de juros a título de remuneração sobre o capital próprio, na forma da legislação vigente, os quais poderão ser imputados ao valor do dividendo estatutário, integrando tal valor o montante dos dividendos distribuídos pela Companhia para todos os efeitos legais. ARTIGO 31q - Os dividendos serão distribuídos aos acionistas no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, a contar da publicação da ata da Assembléia Geral que os aprovou. Parágrafo único - Os dividendos aprovados não vencem juros e os que não forem reclamados dentro de 3 (três) anos da data da Assembléia Geral que os aprovou, prescreverão em favor da sociedade. A - 95 CAPÍTULO VI DA LIQUIDAÇÃO ARTIGO 32q - A sociedade entrará em liquidação nos casos previstos em lei, competindo à Assembléia Geral determinar o modo de liquidação, nomear o liquidante e eleger o Conselho Fiscal que deverá funcionar durante o período de liquidação, fixando a remuneração de ambos. CAPÍTULO VII DISPOSIÇÕES GERAIS ARTIGO 33q - Para todos os fins e efeitos de direito, passam a integrar este Estatuto, no que forem aplicáveis, as disposições da Constituição Estadual, promulgada em 05 de outubro de 1989 e legislação estadual pertinente às entidades descentralizadas. ARTIGO 34q - De acordo com o disposto na lei, a sociedade sucede em todos os direitos e obrigações a Companhia Metropolitana de Água de São Paulo - COMASP e a Companhia Metropolitana de Saneamento de São Paulo - SANESP, de cuja fusão resultou, responsabilizando-se, quer em relação às referidas companhias, quer em relação a terceiros, inclusive poderes públicos e entidades nacionais e internacionais, pelas obrigações de caráter financeiro por elas assumidas. Parágrafo único - A sociedade se sub-roga nos direitos e obrigações da Superintendência de Água e Esgotos da Capital - SAEC e do Fomento Estadual de Saneamento Básico - FESB, nos termos dos Artigos 9q e 17q e respectivos parágrafos únicos, ambos da Lei Estadual nq 119, de 29 de junho de 1973, que autorizou a sua criação. ARTIGO 35q - O Conselho de Representantes dos Empregados será integrado exclusivamente por Empregados da Companhia; sua composição e atribuições serão fixadas em regulamento próprio aprovado pelo Conselho de Administração da Companhia. ARTIGO 36q - Na condição de Mantenedora e Patrocinadora da Fundação SABESP de Seguridade Social SABESPREV, autorizada a funcionar pela Portaria MTPS nq 3556, de 08.08.90, a Companhia participará da SABESPREV, obedecidas as seguintes condições: I - A contribuição mensal da Patrocinadora não poderá ultrapassar 2,1% (dois vírgula um por cento) da folha de pagamento (salários brutos, excluídos os encargos), obedecida a legislação previdenciária aplicável. II - No caso de insuficiência de recursos para atender os beneficiários a Patrocinadora não poderá ultrapassar esse percentual de 2,1% da folha de pagamento, devendo a SABESPREV corrigir a parcela de contribuição dos Empregados, ou reduzir proporcionalmente os valores dos benefícios, observada a legislação pertinente. A - 96 III - A formação do patrimônio da SABESPREV, para compor o seu ativo, deverá ser feita com recursos próprios ou, caso a Companhia necessite efetuar a transferência de bens móveis e imóveis, fazer investimentos, arcar com despesas de custeio, ou prestar garantias para a SABESPREV, deverá obter prévia e expressa autorização do CODEC ou do Secretário da Fazenda cujos valores serão objeto de compensação com a contribuição fixada no inciso I, deste artigo, por ocasião das transferências mensais. IV - Para que não haja distribuição indireta de recursos, além do limite prefixado, deverá ser objeto também de compensação e manifestação prévia do CODEC ou do Secretário da Fazenda, a cessão de Empregados da Companhia à SABESPREV ou a contratação de serviços de qualquer natureza entre ambas. V - Os Diretores da Companhia, além de suas responsabilidades definidas em lei, serão também responsabilizados pelo eventual descumprimento das normas fixadas estatutariamente, e relativas ao patrocínio da SABESP à SABESPREV. CAPÍTULO VIIl DA ALIENAÇÃO DO CONTROLE ACIONÁRIO E DO CANCELAMENTO DO REGISTO DE COMPANHIA ABERTA ARTIGO 37q - A alienação do controle acionário da sociedade, a título oneroso, tanto por meio de uma única operação, como por meio de operações sucessivas, deverá ser contratada sob condição, suspensiva ou resolutiva, de que o adquirente do controle se obrigue a formular no prazo máximo de 90 (noventa) dias, oferta pública de aquisição das ações dos demais acionistas, de forma a lhes assegurar tratamento igualitário ao do alienante. ARTIGO 38q - A oferta pública referida no artigo anterior também deverá ser realizada nos casos em que houver cessão onerosa de direitos de subscrição de ações e de outros títulos ou direitos relativos a valores mobiliários conversíveis em ações, que venha a resultar na alienação do controle da sociedade. ARTIGO 39q - Aquele que já detiver ações da sociedade e venha a adquirir o poder de controle acionário, em razão de contrato particular de compra de ações celebrado com o acionista controlador, envolvendo qualquer quantidade de ações, estará obrigado a: I. formular a oferta pública referida no Artigo 37 deste estatuto social; e II. ressarcir os acionistas dos quais tenha comprado ações em bolsa de valores nos 6 (seis) meses anteriores à data da transferência das ações representativas do controle da sociedade, devendo pagar a estes a eventual diferença entre o preço pago pelas ações representativas do controle e o valor pago em bolsa de valores por ações da sociedade nesse mesmo período, devidamente atualizado até o momento do pagamento. ARTIGO 40q - Na oferta pública de aquisição de ações a ser realizada pelo acionista controlador para o cancelamento do registro de companhia aberta da sociedade, o preço mínimo a ser ofertado deverá corresponder ao valor econômico apurado em laudo de avaliação. ARTIGO 41q - O laudo de avaliação de que trata o artigo precedente deverá ser elaborado por empresa especializada, com experiência comprovada e independente da sociedade, seus administradores e controladores, devendo o laudo também satisfazer os requisitos do parágrafo 1º do artigo 8º da Lei nq 6.404/76 e conter a responsabilidade prevista no parágrafo 6º do mesmo artigo da Lei. A - 97 Parágrafo 1q- A escolha da empresa especializada responsável pela determinação do valor econômico da sociedade é de competência da Assembléia Geral, a partir da apresentação, pelo Conselho de Administração, de lista tríplice, devendo a respectiva deliberação ser tomada por maioria absoluta dos votos das ações em circulação manifestados na Assembléia Geral que deliberar sobre o assunto, não se computando os votos em branco, excluídas ações de titularidade do acionista controlador, de seu cônjuge, companheiro(a) e dependentes incluídos na declaração anual de imposto de renda, ações mantidas em tesouraria e ações detidas por sociedades controladas ou coligadas da sociedade e/ou do acionista controlador, assim como de outras sociedades que com qualquer dessas integre um mesmo grupo de fato ou de direito, e ações preferenciais de classe especial que tenham por fim garantir direitos políticos diferenciados, sejam intransferíveis e de propriedade exclusiva do ente desestatizante. Parágrafo 2q- Os custos de elaboração do laudo de avaliação exigido deverão ser suportados integralmente pelo acionista controlador. ARTIGO 42q - Os casos omissos neste estatuto serão resolvidos pela Assembléia Geral e regulados de acordo com o que preceitua a Lei nq 6.404, de 15 de dezembro de 1976. ARTIGO 43q - As disputas ou controvérsias relacionadas às práticas diferenciadas de governança corporativa previstas neste estatuto social e às relações entre a companhia, seus acionistas, administradores e conselheiros fiscais serão resolvidas por meio de arbitragem a que se refere a Lei nº 9.307/96, de acordo com as regras da Câmara de Arbitragem do Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo – BOVESPA, observada a ressalva aplicável aos direitos indisponíveis. No item “3”, poderá o Senhor Procurador do Estado manifestar-se favoravelmente à assinatura do Contrato de Participação no Novo Mercado a ser firmado entre a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP e a Bolsa de Valores de São Paulo. Finalmente, cumpre lembrar que não deverão ser deliberadas matérias de ordem econômico-financeiras, cabendo ao Senhor Representante da Fazenda Estadual reiterar à Administração da empresa a observância da legislação em vigor.” A - 98 20.01 - DESCRIÇÃO DAS INFORMAÇÕES ALTERADAS QUADRO 08.01 CARACTERÍSTICAS DA EMISSÃO PÚBLICA OU PARTICULAR DE DEBÊNTURES • Alteração dos itens ITEM 01 ITEM 02 ITEM 03 ITEM 04 ITEM 05 ITEM 06 ITEM 07 ITEM 08 13- Valor nominal 14- Montante emitido 22- Data do próximo evento 13- Valor nominal 14- Montante emitido 22- Data do próximo evento 13- Valor nominal 14- Montante emitido 22- Data do próximo evento 13- Valor nominal 14- Montante emitido 22- Data do próximo evento 13- Valor nominal 14- Montante emitido 22- Data do próximo evento 13- Valor nominal 14- Montante emitido 22- Data do próximo evento 13- Valor nominal 14- Montante emitido 22- Data do próximo evento 13- Valor nominal 14- Montante emitido 22- Data do próximo evento QUADRO 14.03 (OUTRAS INFORMAÇÕES CONSIDERADAS IMPORTANTES PARA MELHOR ENTENDIMENTO DA COMPANHIA) • Alteração do quadro evolução da Participação do Controlador, Conselheiros e Diretores de 30/04/2003 à 31/07/2004 • Inclusão das notas: ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ Notas Promissórias Japan Bank for International Cooperation (“JBIC”) Renovação da outorga do Sistema Cantareira Programa de Incentivo a Redução do Consumo de Água Reajuste Tarifário A - 99 (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) 4. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS • Demonstrações Financeiras da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – Sabesp relativas aos exercícios sociais encerrados em 31.12.2001, 31.12.2002 e 31.12.2003 e respectivos pareceres dos auditores independentes • Informações Trimestrais – ITR relativas ao período encerrado em 30.06.2004 • Notas Explicativas Selecionadas constantes das demonstrações financeiras que integram a Oferta Internacional (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) • Demonstrações Financeiras da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – Sabesp relativas ao exercício social encerrado em 31.12.2001 e respectivo parecer do auditor independente. B-1 (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL CVM - COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS DFP - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PADRONIZADAS EMPRESA COMERCIAL, INDUSTRIAL E OUTRAS DFP Legislação Societária Data-Base: 31/12/2001 O REGISTRO NA CVM NÃO IMPLICA QUALQUER APRECIAÇÃO SOBRE A COMPANHIA, SENDO OS SEUS ADMINISTRADORES, RESPONSÁVEIS PELA VERACIDADE DAS INFORMAÇÕES PRESTADAS. 01.01 - IDENTIFICAÇÃO 1 - CÓDIGO CVM 2 - DENOMINAÇÃO SOCIAL 3 - CNPJ 6 - NIRE 01444-3 CIA SANEAMENTO BÁSICO ESTADO SÃO PAULO 43.776.517/0001-80 - 01.02 - SEDE 1 - ENDEREÇO COMPLETO (LOGRADOURO, Nº E COMPLEMENTO) 2 - BAIRRO OU DISTRITO Rua Costa Carvalho, 300 Pinheiros 3 - CEP 4 - MUNICÍPIO 05429-900 São Paulo 5 - UF 6 - DDD 7 - TELEFONE 8 - TELEFONE 9 - TELEFONE 10 - TELEX 11 - DDD 12 - FAX 13 - FAX 14 - FAX 011 3388-8000 3388-8200 3388-8201 - 011 3813-0254 - - SP 15 - E-MAIL [email protected] 01.03 - DIRETOR DE RELAÇÕES COM INVESTIDORES (Endereço para correspondência com a Companhia) 1 - NOME 2 - ENDEREÇO COMPLETO (LOGRADOURO, Nº E COMPLEMENTO) Paulo Domingos Knippel Galletta Rua Costa Carvalho, 300 3 - BAIRRO OU DISTRITO 4 - CEP 5 - MUNICÍPIO Pinheiros 05429-900 São Paulo 6 - UF SP 7 - DDD 8 - TELEFONE 9 - TELEFONE 10 - TELEFONE 11 - TELEX 12 - DDD 13 - FAX 011 3388-8386 3388-8426 3388-8122 - 011 3815-4465 14 - FAX 15 - FAX 16 - E-MAIL - - [email protected] 01.04 - REFERÊNCIA / AUDITOR EXERCÍCIO 1 - DATA DE INÍCIO DO EXERCÍCIO SOCIAL 2 - DATA DE TÉRMINO DO EXERCÍCIO SOCIAL 1 - ÚLTIMO 01/01/2001 31/12/2001 2 - PENÚLTIMO 01/01/2000 31/12/2000 3 - ANTEPENÚLTIMO 01/01/1999 4 - NOME/RAZÃO SOCIAL DO AUDITOR 5 - CÓDIGO CVM 6 - NOME DO RESPONSÁVEL TÉCNICO 7 - CPF DO RESP. TÉCNICO PRICEWATERHOUSECOOPERS AUDITORES INDEPENDENTES 00287-9 Júlio César dos Santos 591.515.108-63 31/12/1999 01.05 - COMPOSIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL 1 31/12/2001 2 31/12/2000 3 31/12/1999 28.479.577 28.479.577 28.437.155 - - - 28.479.577 28.479.577 28.437.155 4 - ORDINÁRIAS - - - 5 - PREFERENCIAIS - - - 6 - TOTAL - - - NÚMERO DE AÇÕES (MIL) DO CAPITAL INTEGRALIZADO 1 - ORDINÁRIAS 2 - PREFERENCIAIS 3 - TOTAL EM TESOURARIA 01.06 - CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA 2 - TIPO DE SITUAÇÃO 1 - TIPO DE EMPRESA Empresa Comercial, Industrial e Outras Operacional 3 - NATUREZA DO CONTROLE ACIONÁRIO 4 - CÓDIGO ATIVIDADE Estatal 1990300 - Serv. de Água, Saneamento e Gás 5 - ATIVIDADE PRINCIPAL 6 - TIPO DE CONSOLIDADO Captação, Tratam. Distr. de Água, Coleta, Tratam. de Esgoto Não Apresentado 01.07 - SOCIEDADES NÃO INCLUÍDAS NAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 1 - ITEM 3 - DENOMINAÇÃO SOCIAL 2 - CNPJ 01.08 - PROVENTOS EM DINHEIRO 1 - ITEM 2 - EVENTO 3 - APROVAÇÃO 4 - PROVENTO 5 - INÍCIO PGTO. 6 - TIPO AÇÃO 7 - VALOR DO PROVENTO POR AÇÃO 01 RCA 30/01/2002 Juros Sobre Capital Próprio - ON 0,0172000000 01.09 - DIRETOR DE RELAÇÕES COM INVESTIDORES 1 - DATA 2 - ASSINATURA 18/03/2002 B-3 02.01 - BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO (Reais Mil) 1 - CÓDIGO 2 - DESCRIÇÃO 1 Ativo Total 1.01 3 - 31/12/2001 4 - 31/12/2000 5 - 31/12/1999 15.917.884 15.192.145 15.116.884 Ativo Circulante 1.371.081 1.524.518 1.515.607 1.01.01 Disponibilidades 460.220 232.708 185.261 1.01.01.01 Caixa, Bancos e Aplicações Financeiras 328.744 232.708 185.261 1.01.01.02 Debêntures em Tesouraria 47.432 0 0 1.01.01.03 Compra de Moeda Estrangeira 82.181 0 0 1.01.01.04 Outras Disponibilidades 1.863 0 0 1.01.02 Créditos 811.736 996.379 1.078.198 1.01.02.01 Clientes 811.736 996.379 1.078.198 1.01.03 Estoques 21.887 32.776 61.792 1.01.03.01 Almoxarifados de Operação 21.887 32.776 61.792 1.01.04 Outros 77.238 262.655 190.356 1.01.04.01 Contas a Receber de Acionistas 19.740 253.549 184.239 1.01.04.02 Tributos a Compensar 27.415 4.669 0 1.01.04.03 Demais Contas a Receber 30.083 4.437 6.117 1.02 Ativo Realizável a Longo Prazo 920.462 213.807 202.777 1.02.01 Créditos Diversos 920.462 213.807 202.777 1.02.01.01 Clientes 11.017 7.668 8.762 1.02.01.02 Indenizações a Receber 148.794 148.794 148.794 1.02.01.03 Depósitos Judiciais e Outros 16.097 18.309 16.925 1.02.01.04 Incentivos Fiscais 4.157 6.618 6.317 1.02.01.05 Impostos e Contribuições Diferidos 91.340 32.418 20.968 1.02.01.06 Empréstimos Compulsórios 1.02.01.07 Acordo GESP 1.02.02 0 0 1.011 649.057 0 0 Créditos com Pessoas Ligadas 0 0 0 1.02.02.01 Com Coligadas 0 0 0 1.02.02.02 Com Controladas 0 0 0 1.02.02.03 Com Outras Pessoas Ligadas 0 0 0 1.02.03 Outros 0 0 0 1.03 Ativo Permanente 13.626.341 13.453.820 13.398.500 1.03.01 Investimentos 740 740 1.391 1.03.01.01 Participações em Coligadas 0 0 0 1.03.01.02 Participações em Controladas 0 0 0 1.03.01.03 Outros Investimentos 740 740 1.391 1.03.01.03.01 Ações em Outras Companhias 669 669 1.319 1.03.01.03.02 Ações em Outras Cias. c/ Incent.Fiscal 49 49 50 1.03.01.03.03 Depósitos Compulsórios - Eletrobrás 22 22 22 1.03.02 Imobilizado 13.509.950 13.346.363 13.298.309 1.03.02.01 Imobilizações Técnicas 11.106.128 11.276.425 11.196.273 1.03.02.02 Obras em Andamento 2.403.822 2.069.938 2.102.036 1.03.03 Diferido 115.651 106.717 98.800 1.03.03.01 Despesas de Organ. e Reorganiz. 115.651 106.717 98.800 B-4 02.02 - BALANÇO PATRIMONIAL PASSIVO (Reais Mil) 1 - CÓDIGO 2 - DESCRIÇÃO 2 Passivo Total 2.01 Passivo Circulante 2.01.01 Empréstimos e Financiamentos 2.01.02 3 - 31/12/2001 4 - 31/12/2000 5 - 31/12/1999 15.917.884 15.192.145 15.116.884 1.518.559 789.502 1.268.039 546.076 380.907 839.844 Debêntures 3.246 746 1.707 2.01.02.01 Juros sobre Debêntures 3.246 746 1.707 2.01.03 Fornecedores 81.023 56.442 42.389 2.01.04 Impostos, Taxas e Contribuições 80.189 76.203 157.295 2.01.04.01 Programa Refis 57.274 52.103 0 2.01.04.02 Contribuição Social 0 0 46.027 2.01.04.03 Cofins e Pasep 5.898 6.200 37.721 2.01.04.04 Imposto de Renda Pessoa Jurídica 0 3.677 62.092 2.01.04.05 I.N.S.S. 10.121 9.810 10.077 2.01.04.06 Outros 6.896 4.413 1.378 2.01.05 Dividendos a Pagar 0 4 4 2.01.06 Provisões 240.600 160.700 123.633 2.01.06.01 Férias 71.890 67.791 72.840 2.01.06.02 Licença Prêmio 0 0 26.059 2.01.06.03 Cofins / Pasep - Lei 9718/98 111.035 63.420 21.651 2.01.06.04 Para Contingências com Fornecedores 0 27.000 0 2.01.06.05 Encargos Sociais 2.470 2.489 3.083 2.01.06.06 Finsocial 51.753 0 0 2.01.06.07 Para Contingências com Clientes 3.452 0 0 2.01.07 Dívidas com Pessoas Ligadas 0 0 0 2.01.08 Outros 567.425 114.500 103.167 2.01.08.01 Salários e Encargos 2.01.08.02 Serviços 2.01.08.03 Juros Sobre Capital Próprio a Pagar 2.01.08.04 Outras Obrigações 2.02 953 23.168 58.198 35.499 48.273 22.367 528.341 35.637 19.242 2.632 7.422 3.360 Passivo Exigível a Longo Prazo 6.402.635 6.134.170 5.577.302 2.02.01 Empréstimos e Financiamentos 5.207.535 5.202.962 4.610.554 2.02.02 Debêntures 713.094 413.094 413.094 2.02.02.01 Debêntures 3ª emissão 413.094 413.094 413.094 2.02.02.02 Debêntures 4ª emissão 300.000 0 0 2.02.03 Provisões 76.625 27.616 35.710 2.02.03.01 Prov. para Indenização Trabalhista 15.267 26.783 26.785 2.02.03.02 Prov. para Impostos e Contribuições 0 0 7.696 2.02.03.03 Encargos Previdenciários 4.874 0 0 2.02.03.04 Com Fornecedores 53.418 0 0 2.02.03.05 Outras 3.066 833 1.229 2.02.04 Dívidas com Pessoas Ligadas 0 0 0 2.02.05 Outros 405.381 490.498 517.944 2.02.05.01 Impostos e Contribuições Diferidos 256.839 309.093 343.104 2.02.05.02 Programa Refis 124.093 164.992 0 2.02.05.03 Pasep Acordos 0 0 1.865 2.02.05.04 Cofins Acordos 0 0 694 B-5 02.02 - BALANÇO PATRIMONIAL PASSIVO (Reais Mil) 1 - CÓDIGO 2 - DESCRIÇÃO 2.02.05.05 IRPJ Acordos 3 -31/12/2001 0 0 71.792 2.02.05.06 Contribuição Social Acordos 0 0 89.050 2.02.05.07 Outras Obrigações 24.449 16.413 11.439 2.03 Resultados de Exercícios Futuros 0 0 0 2.05 Patrimônio Líquido 7.996.690 8.268.473 8.271.543 2.05.01 Capital Social Realizado 3.403.688 3.403.688 3.396.901 2.05.02 Reservas de Capital 40.979 39.141 30.819 2.05.02.01 Auxílio para Obras 25.199 23.361 15.039 2.05.02.02 Reserva de Incentivos 15.780 15.780 15.780 2.05.03 Reservas de Reavaliação 2.953.806 3.083.658 3.243.214 2.05.03.01 Ativos Próprios 2.953.806 3.083.658 3.243.214 2.05.03.02 Controladas/Coligadas 0 0 0 2.05.04 Reservas de Lucro 1.598.217 1.741.986 67.791 2.05.04.01 Legal 104.674 93.863 67.791 2.05.04.02 Estatutária 0 0 0 2.05.04.03 Para Contingências 0 0 0 2.05.04.04 De Lucros a Realizar 0 0 0 2.05.04.05 Retenção de Lucros 0 0 0 2.05.04.06 Especial p/ Dividendos Não Distribuídos 0 0 0 2.05.04.07 Outras Reservas de Lucro 1.493.543 1.648.123 0 2.05.04.07.01 Reserva para Investimentos 1.493.543 1.648.123 0 2.05.05 Lucros/Prejuízos Acumulados 0 0 1.532.818 B-6 4 -31/12/2000 5 -31/12/1999 03.01 - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO (Reais Mil) 1 - CÓDIGO 2 - DESCRIÇÃO 3.01 Receita Bruta de Vendas e/ou Serviços 3 - 01/01/2001 a 31/12/2001 4 - 01/01/2000 a 31/12/2000 5 - 01/01/1999 a 31/12/1999 3.543.508 3.457.953 3.02 Deduções da Receita Bruta (108.741) (102.202) (98.546) 3.03 Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços 3.434.767 3.355.751 3.235.721 3.04 Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos (1.590.435) (1.474.068) (1.364.162) 3.05 Resultado Bruto 1.844.332 1.881.683 1.871.559 3.06 Despesas/Receitas Operacionais (1.640.884) (1.207.798) (1.962.351) 3.06.01 Com Vendas (332.597) (332.738) (278.653) 3.06.02 Gerais e Administrativas (203.135) (137.349) (153.767) 3.06.03 Financeiras (1.105.152) (737.711) (1.529.931) 3.06.03.01 Receitas Financeiras 3.06.03.02 Despesas Financeiras 3.06.04 3.06.05 3.334.267 99.938 101.533 110.274 (1.205.090) (839.244) (1.640.205) Outras Receitas Operacionais 0 0 0 Outras Despesas Operacionais 0 0 0 3.06.06 Resultado da Equivalência Patrimonial 0 0 0 3.07 Resultado Operacional 203.448 673.885 (90.792) 3.08 Resultado Não Operacional (76.920) (82.300) (124.480) 3.08.01 Receitas 11.590 23.822 5.661 3.08.02 Despesas (88.510) (106.122) (130.141) 3.08.02.01 Perdas na baixa de bens do imobilizado (84.948) (118.722) (116.854) 3.08.02.02 Outras (3.562) 12.600 (13.287) 3.09 Resultado Antes Tributação/Participações 126.528 591.585 (215.272) 3.10 Provisão para IR e Contribuição Social (21.477) (128.139) (29.142) 3.10.01 Provisão para Imposto de Renda (21.477) (110.025) (29.142) 3.10.02 Provisão para Contribuição Social 0 (18.114) 0 3.11 IR Diferido 111.176 57.989 8.966 3.11.01 Imposto de Renda Diferido 36.090 14.850 (35.609) 3.11.02 Contribuição Social Diferida 27.805 (4.152) (2.786) 3.11.03 Reversão do IR Diferido 47.281 47.291 47.361 3.12 Participações/Contribuições Estatutárias 0 0 0 3.12.01 Participações 0 0 0 3.12.02 Contribuições 0 0 0 3.13 Reversão dos Juros sobre Capital Próprio 0 0 0 3.15 Lucro/Prejuízo do Exercício 216.227 521.435 (235.448) 28.479.577 28.479.577 28.437.155 0,00759 0,01831 NÚMERO AÇÕES, EX-TESOURARIA (Mil) LUCRO POR AÇÃO PREJUÍZO POR AÇÃO (0,00828) B-7 04.01 - DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS (Reais Mil) 1 - CÓDIGO 2 - DESCRIÇÃO 4.01 Origens 3 - 01/01/2001 a 31/12/2001 4 - 01/01/2000 a 31/12/2000 5 - 01/01/1999 a 31/12/1999 1.492.034 1.972.686 1.712.252 4.01.01 Das Operações 1.105.234 1.257.928 1.146.370 4.01.01.01 Lucro/Prejuízo do Exercício 216.227 521.435 (235.448) 4.01.01.02 Vls. que não repr. mov. Cap. Circulante 889.007 736.493 1.381.818 4.01.01.02.01 Depreciações e Amortizações 477.329 457.036 434.068 4.01.01.02.02 Baixa de Investimentos 0 651 18 4.01.01.02.03 Vr Residual de Bens do Imobiliz.Baixados 85.513 119.590 202.772 4.01.01.02.04 Variação Monetária no Realiz.Longo Prazo (7.185) 4.01.01.02.05 Juros.e Var.Mon.L.P.: Imp.e Contr. 4.01.01.02.06 Var.Mon.de L.P.: Emprést.e Financiam. 4.01.01.02.07 Prov.p/Perdas em Inc.Fiscais e Empr.Comp 0 0 11.998 4.01.01.02.08 Imp.Rda e Contr.Soc.Difer.no Real.a L.P. (58.922) (11.450) (20.968) 4.01.01.02.09 Imp.Rda e Contr.Soc.Difer.no Exig.a L.P. (52.254) (46.539) 12.001 4.01.02 Dos Acionistas 0 6.787 81.971 4.01.02.01 Adto p/Fut.Aum.de Cap.-Demais Ctas a Pgr 0 0 0 4.01.02.02 Integralização de Capital 0 6.787 81.971 4.01.03 De Terceiros 386.800 707.971 483.911 4.01.03.01 Redução no Realizável a Longo Prazo 0 724 0 4.01.03.02 Emprést. e Financ. contratados a L.Prazo 327.907 685.149 483.414 4.01.03.03 Aumento do Exigível a Longo Prazo 57.055 13.776 0 4.01.03.04 Doações - Auxílio para Obras 1.838 8.322 497 4.01.03.05 Incentivos Fiscais 4.02 Aplicações 4.02.01 No Realizável a Longo Prazo 4.02.02 No Ativo Permanente: Investimentos 4.02.03 No Ativo Permanente: Imobilizado 4.02.04 No Ativo Permanente: Diferido 4.02.05 Redução no Exigível a Longo Prazo 4.02.06 Transf.de Emprést.e Financiam.p/o Circul 4.02.07 Transf.de Imp.e Contrib.p/o Circulante 4.02.08 Juros sobre Capital Próprio 4.03 Acréscimo/Decréscimo no Cap. Circulante 4.04 Variação do Ativo Circulante (153.437) 8.911 257.639 4.04.01 Ativo Circulante no Início do Exercício 1.524.518 1.515.607 1.257.968 4.04.02 Ativo Circulante no Final do Exercício 1.371.081 1.524.518 1.515.607 4.05 Variação do Passivo Circulante 729.057 (478.537) (244.107) 4.05.01 Passivo Circulante no Início Exercício 789.502 1.268.039 1.512.146 4.05.02 Passivo Circulante no Final do Exercício 1.518.559 789.502 1.268.039 B-8 (398) (304) 13.922 19.211 34.746 423.817 198.298 714.368 0 0 0 2.374.528 1.485.238 1.210.506 647.335 0 133.248 0 0 230 719.027 617.713 725.448 16.336 14.884 11.188 0 0 7.174 447.161 291.039 229.384 103.834 54.821 21.988 489.848 539.614 0 (882.494) 487.448 501.746 05.01 - DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO DE 01/01/2001 A 31/12/2001 (Reais Mil) 1 - CÓDIGO 2 - DESCRIÇÃO 3 - CAPITAL SOCIAL 4 - RESERVAS DE 6 - RESERVAS DE 5 - RESERVAS DE 8 - TOTAL PATRIMÔNIO 7 - LUCROS/PREJUÍZOS ACUMULADOS LUCRO REAVALIAÇÃO CAPITAL LÍQUIDO 3.403.688 39.141 3.083.658 1.741.986 0 8.268.473 Ajustes de Exercícios Anteriores 0 0 0 0 0 0 5.03 Aumento/Redução do Capital Social 0 0 0 0 0 0 5.04 Realização de Reservas 0 0 (129.852) 0 129.852 0 5.04.01 Realização de Reserva de Reavaliação 0 0 (129.852) 0 129.852 0 5.05 Ações em Tesouraria 0 0 0 0 0 0 5.06 Lucro/Prejuízo do Exercício 0 0 0 0 216.227 216.227 5.07 Destinações 0 0 0 (143.769) (346.079) (489.848) 5.07.01 Reserva Legal 0 0 0 10.811 (10.811) 0 5.07.02 Juros sobre o Capital Próprio 0 0 0 0 (489.848) (489.848) 5.07.03 Reserva para Investimentos 0 0 0 (154.580) 154.580 0 5.08 Outros 0 1.838 0 0 0 1.838 5.01 Saldo Inicial 5.02 5.08.01 Auxílio para Obras 5.09 Saldo Final 0 1.838 0 0 0 1.838 3.403.688 40.979 2.953.806 1.598.217 0 7.996.690 05.02 - DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES ÔNIO DOLÍQUIDO PATRIMDE 01/01/2000 A 31/12/2000 (Reais Mil) 1 - CÓDIGO 2 - DESCRIÇÃO 3 - CAPITAL SOCIAL 4 - RESERVAS DE 5 - RESERVAS DE CAPITAL 6 - RESERVAS DE 7 - LUCROS/PREJUÍZOS 8 - TOTAL PATRIMÔNIO LÍQUIDO ACUMULADOS LUCRO REAVALIAÇÃO 8.271.543 3.396.901 30.819 3.243.214 67.791 1.532.818 0 0 0 0 0 0 6.787 0 0 0 0 6.787 Realização de Reservas 0 0 (159.556) 0 159.556 0 Realização de Reserva de Reavaliação 0 0 (159.556) 0 159.556 0 5.05 Ações em Tesouraria 0 0 0 0 0 0 5.06 Lucro/Prejuízo do Exercício 0 0 0 0 521.435 521.435 5.07 Destinações 0 0 0 1.674.195 (2.213.809) (539.614) 5.07.01 Reserva Legal 0 0 0 26.072 (26.072) 0 5.07.02 Juros sobre o Capital Próprio 0 0 0 0 (539.614) (539.614) 5.07.03 Reserva para Investimentos 0 0 0 1.648.123 (1.648.123) 0 5.08 Outros 0 8.322 0 0 0 8.322 5.08.01 Auxílio para Obras 5.09 Saldo Final 5.01 Saldo Inicial 5.02 Ajustes de Exercícios Anteriores 5.03 Aumento/Redução do Capital Social 5.04 5.04.01 0 8.322 0 0 0 8.322 3.403.688 39.141 3.083.658 1.741.986 0 8.268.473 05.03 - DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES ÔNIO DOLÍQUIDO PATRIMDE 01/01/1999 A 31/12/1999 (Reais Mil) 1 - CÓDIGO 2 - DESCRIÇÃO 3 - CAPITAL SOCIAL 4 - RESERVAS DE 5 - RESERVAS DE CAPITAL 6 - RESERVAS DE 8 - TOTAL PATRIMÔNIO 7 - LUCROS/PREJUÍZOS LÍQUIDO ACUMULADOS LUCRO REAVALIAÇÃO 3.314.930 30.322 3.456.140 67.791 1.555.340 0 0 0 0 0 0 81.971 0 0 0 0 81.971 Realização de Reservas 0 0 (212.926) 0 212.926 0 Realização de Reserva de Reavaliação 0 0 (212.926) 0 212.926 0 5.05 Ações em Tesouraria 0 0 0 0 0 0 5.06 Lucro/Prejuízo do Exercício 0 0 0 0 (235.448) (235.448) 5.07 Destinações 0 0 0 0 0 0 5.08 Outros 0 497 0 0 0 497 5.08.01 Reservas de Incentivos Fiscais 0 0 0 0 0 0 5.08.02 Auxílio para Obras 0 497 0 0 0 497 5.09 Saldo Final 3.396.901 30.819 3.243.214 67.791 1.532.818 8.271.543 5.01 Saldo Inicial 5.02 Ajustes de Exercícios Anteriores 5.03 Aumento/Redução do Capital Social 5.04 5.04.01 B-9 8.424.523 09.01 - PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES - SEM RESSALVA 28 de fevereiro de 2002 (exceto quanto à Nota explicativa 13, datada de 11 de março de 2002). Aos Administradores e Acionistas Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP 1 Examinamos as demonstrações financeiras da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP em 31 de dezembro de 2001 e de 2000, denominadas "pela legislação societária". Essas demonstrações foram elaboradas sob a responsabilidade da administração da companhia. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2 Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, que requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da companhia, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da companhia, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3 Somos de parecer que as demonstrações financeiras denominadas "pela legislação societária" apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP em 31 de dezembro de 2001 e de 2000 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas datas, de acordo com os princípios contábeis previstos na legislação societária brasileira. 4 Nossos exames foram conduzidos com o objetivo de emitirmos parecer sobre as demonstrações financeiras referidas no primeiro parágrafo, tomadas em conjunto. As demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2001 e 2000, denominadas “em moeda de poder aquisitivo constante”, elaboradas de acordo com os critérios descritos na Nota explicativa 18 e demonstradas nas colunas denominadas “Informações suplementares” e as demonstrações do fluxo de caixa e do valor adicionado em 31 de dezembro de 2001 e 2000, que estão sendo apresentadas para propiciar informações suplementares sobre a companhia, não são requeridas como parte integrante das demonstrações financeiras, tampouco são requeridas pelos princípios contábeis previstos na legislação societária brasileira. Essas demonstrações, em 31 de dezembro de 2001 e de 2000, foram submetidas aos procedimentos de auditoria descritos no segundo parágrafo e, em nossa opinião, estão adequadamente apresentadas em todos os seus aspectos relevantes em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto. PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5 Júlio César dos Santos Sócio Contador CRC 1SP137878/O-6 B - 10 10.01 - RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO A Administração da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP - submete à apreciação dos acionistas o Relatório de Administração e suas demonstrações financeiras relativos ao exercício de 2001, juntamente com os pareceres dos Auditores Independentes e do Conselho Fiscal. 1. MENSAGEM AOS ACIONISTAS O racionamento de energia elétrica, o desaquecimento da economia brasileira e a desvalorização cambial foram fatores que afetaram fortemente os resultados da Companhia em 2001. A receita líquida apresentou crescimento de 2,4% em comparação ao ano anterior, e o LAJIDA - Lucro antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortizações alcançou o valor de R$ 1,786 bilhão (R$ 1,868 bilhão em 2000). Apesar de enfrentar o segundo ano hidrológico consecutivo de chuvas fracas, a Companhia assegurou o fornecimento ininterrupto de água potável à população abastecida diretamente, bem como aos municípios da Região Metropolitana aos quais fornece água por atacado. Foram também imprescindíveis para assegurar o abastecimento de água os investimentos realizados ao longo dos últimos anos no Programa Metropolitano de Água - PMA, as ações operacionais e a racionalização do uso da água. O aumento da margem de manobra operacional, resultado de obras nos sistemas, possibilitou a transferência de água dos reservatórios com melhores níveis para os que apresentavam deficiência, minimizando os efeitos locais da estiagem. Os Comitês de Bacia, formados por representantes das prefeituras municipais, do Governo do Estado, de grandes consumidores e da SABESP, também desempenharam papel fundamental nesse período. As negociações políticas e técnicas nesses Comitês evitaram o racionamento na Região Metropolitana de São Paulo. Com exceção do Sistema Alto Cotia, nenhum outro operado pela Companhia foi colocado em regime de racionamento. Para o cumprimento de suas metas e compromissos empresariais, estabelecidos dentro do processo de Planejamento Estratégico da Companhia, a SABESP investiu em 2001 cerca de R$ 719 milhões, o que permitiu estender os serviços de abastecimento de água a mais 730 mil pessoas e beneficiar com coleta de esgotos outras 605 mil, nos 366 municípios em que a Companhia opera diretamente esses serviços, mantendo a universalização no abastecimento de água. A SABESP pretende manter sua política de investimentos. Para o período de 2002 a 2006, estão previstos investimentos de R$ 2,7 bilhões com o objetivo de melhorar e expandir sistemas de produção e distribuição de água, coleta e tratamento de esgotos e aumentar e proteger nossos recursos hídricos. 2. A COMPANHIA A SABESP está presente em 366 municípios dos 645 existentes no Estado de São Paulo, incluindo a cidade de São Paulo, a maior do país. Adicionalmente fornece água tratada por B - 11 atacado a sete outros municípios da Região Metropolitana de São Paulo. Em 2001, a SABESP distribuiu água, direta e indiretamente, para aproximadamente 24,6 milhões de pessoas por meio de 48,8 mil quilômetros de rede. Atendeu com seus serviços de esgotos a cerca de 16,2 milhões de pessoas através de 32,6 mil quilômetros de redes de esgotos. As áreas de atendimento estão divididas em três regiões: Metropolitana de São Paulo, Interior e Litoral. Em 2001, essas regiões foram responsáveis por, respectivamente, 76%, 16% e 8% das receitas da Companhia. 3. RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA A SABESP obteve em 2001 receita líquida de R$ 3,435 bilhões, o que representou um acréscimo de 2,4% em relação ao ano anterior (R$ 3,356 bilhões). A receita bruta proveniente dos serviços de água no varejo cresceu 1,7%, a de esgotos 2,4% e no fornecimento de água por atacado, 10,8%. Esses resultados foram obtidos apesar dos efeitos negativos do racionamento de energia elétrica sobre a demanda de água tratada desde maio de 2001. Especificamente no segundo semestre de 2001, o volume faturado de água e esgotos (1,339 bilhão de m³) caiu 2,9% em relação ao mesmo período de 2000 (1,378 bilhão de m³). Essa redução foi reflexo do menor consumo de água em atividades domésticas (menor duração de banhos em chuveiros elétricos, redução no uso de máquinas de lavar roupas e louças, etc.), bem como em atividades comerciais e industriais. No mesmo período de comparação, a redução do consumo de energia elétrica no Estado de São Paulo foi superior a 20% comparada com a média dos meses de maio, junho e julho do ano de 2000. Ressalte-se que a redução do consumo no segmento residencial superou 25%. O reajuste tarifário de 13,05% ocorrido em junho de 2001, depois de 23 meses sem alteração, contribuiu para amenizar os fatores adversos desse ano. Receita Operacional Líquida (R$ bilhões) 1,9 1995 2,4 1996 2,9 3,1 3,2 3,4 3,4 1997 1998 1999 2000 2001 4. RESULTADO OPERACIONAL O lucro bruto de 2001 alcançou R$ 1,844 bilhão (R$ 1,882 bilhão em 2000). O LAJIDA Lucro antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortizações - atingiu em 2001 o montante de R$ 1,786 bilhão (R$ 1,868 bilhão em 2000), refletindo ainda um bom desempenho operacional da Companhia comparativamente aos últimos anos. B - 12 LAJIDA* (R$ bilhões) 1,0 1995 1,2 1,4 1996 1997 1,9 1,9 1,8 1999 2000 2001 1,6 1998 * Lucro antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortizações 5. LUCRO LÍQUIDO O lucro líquido em 2001 totalizou R$ 216 milhões (R$ 521 milhões em 2000). O recuo em relação ao ano anterior está relacionado principalmente a dois fatores: a) queda de 1,7% no volume total faturado (água e esgotos no varejo e água no atacado), afetando a receita operacional (reflexo do racionamento de energia); e b) desvalorização do real frente ao dólar (15,7% em 2001), além da alta dos juros internos, impactando as despesas financeiras. R$ milhões Indicadores financeiros 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 Receita operacional líquida 1.910 2.411 2.902 3.101 3.236 3.356 3.435 Lucro operacional antes das Desp. Financeiras 703 846 1.049 1.238 1.439 1.412 1.309 Lucro (prejuízo) líquido 26 58 280 542 (235) 521 216 LAJIDA (1) 974 1.156 1.376 1.638 1.873 1.868 1.786 Margem LAJIDA - % 51,0 47,9 47,4 52,8 57,9 55,7 52,0 Endividamento - % (2) 34,1 37,0 39,6 42,3 45,3 45,6 49,8 (1) Lucro antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortizações (2) Exigível / Ativo Total 6. DIVIDENDOS/JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO O Conselho de Administração da Companhia aprovou em janeiro de 2002 a distribuição de juros sobre o capital próprio referente ao exercício de 2001, em substituição aos dividendos, no valor de R$ 489,8 milhões, equivalente a R$ 17,20 por lote de mil ações. A distribuição de juros sobre o capital próprio baseou-se na atual legislação (Lei 9.249/95, artigo 9º). B - 13 7. INDICADORES OPERACIONAIS 7.1 Volumes faturados Os volumes de água e esgotos faturados no varejo sofreram, em 2001, decréscimos de 2,6% e 1,5%, respectivamente, em relação a 2000, conforme demonstrado no quadro abaixo: Volume de água e esgotos faturados no varejo por categoria de uso (em milhões de m³) Categoria de uso 2000 1.177 153 33 50 1.413 Residencial Comercial Industrial Pública Total varejo Água Esgotos Água + esgotos 2001 Var. % 2000 2001 Var. % 2000 2001 Var. % 1.157 -1,7 872 868 -0,5 2.049 2.025 -1,2 141 -7,8 129 122 -5,4 282 263 -6,7 31 -6,1 31 27 -12,9 64 58 -9,4 47 -6,0 38 37 -2,6 88 84 -4,5 1.376 -2,6 1.070 1.054 -1,5 2.483 2.430 -2,1 Volume de água e esgotos faturados no varejo por região Região Metropolitana Interior Litoral Total varejo 2000 933 315 165 1.413 (milhões de m³) Água Esgotos Água + esgotos 2001 Var. % 2000 2001 Var. % 2000 2001 Var. % 903 -3,2 722 704 -2,5 1.655 1.607 -2,9 310 -1,6 266 266 581 576 -0,9 163 -1,2 82 84 2,4 247 247 1.376 -2,6 1.070 1.054 -1,5 2.483 2.430 -2,1 O volume de água faturado no atacado (322 milhões de m³) representou um acréscimo de 1,5% em relação ao ano anterior. A seca que prejudicou os reservatórios de água e que levou à imposição de metas de redução de consumo de energia elétrica afetou os negócios da SABESP. Entretanto, só houve necessidade de implantação de racionamento de água na região de Cotia (com população de 300 mil pessoas), entre os meses de abril de 2001 a janeiro de 2002. Os quadros anteriores evidenciam os efeitos do racionamento de energia elétrica e do desaquecimento da economia no consumo de água nas diferentes categorias de consumidores. Observa-se declínio mais forte nas categorias industrial e comercial, que foram obrigadas a reduzir suas atividades para cumprir as metas de consumo de energia elétrica impostas pelo governo. A análise por região evidencia que a queda do volume faturado ocorreu principalmente na Região Metropolitana (76% do faturamento), onde justamente se concentram os clientes com consumo médio mais elevado de energia e água. B - 14 Cabe lembrar que as metas de consumo impostas pela Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica não impunham reduções aos consumidores residenciais de até 100 kWh/mês; acima deste patamar a meta era redução de 20%, incluindo multas para clientes com consumo superior a 200 kWh/mês. Compreende-se, pois, que no Interior e Litoral, onde os níveis de consumo médio de energia e de água são bastante inferiores, tenha ocorrido menor impacto no volume faturado de água e esgotos. 7.2 Produtividade operacional Com relação à produtividade operacional, a SABESP tem evoluído sistematicamente: a relação de ligações totais por empregado, que era de 370 em 1995, saltou para 542 em 2001. Indicadores de desempenho 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 Ligações de água (1) Ligações de esgotos 4.111 4.324 4.601 4.946 5.242 5.535 5.717 (1) 2.870 3.019 3.277 3.559 3.763 3.976 4.128 População atendida de água (2) População atendida de esgotos (³) Volume faturado de água no atacado (4) Volume faturado de água no varejo (4) Volume faturado de esgotos (4) N.º de empregados Produtividade operacional (5) 17,3 17,6 18,5 19,1 19,5 20,6 20,9 12,8 13,0 14,0 14,7 15,1 15,8 16,2 315 357 368 388 393 316 322 1.323 1.348 1.409 1.429 1.396 1.413 1.376 1.036 1.066 1.058 1.070 1.054 975 993 18.861 18.467 19.129 19.340 18.324 18.048 18.159 370 398 412 (1) 440 491 527 542 Em 1000 unidades (²) Em milhões de habitantes (não inclui fornecimento no atacado) – ajustadas com base no Censo 2000 (³)Em milhões de habitantes - ajustadas com base no Censo 2000 (4) Em milhões de m³ (5) N.º de ligações de água e esgotos por empregado B - 15 8. ENDIVIDAMENTO A política de endividamento da SABESP, adotada a partir de 1999, consiste em captar recursos em volume inferior ou no máximo igual ao das amortizações. Assim, em 2001, as amortizações efetuadas pela Companhia somaram R$ 341 milhões (inclui R$ 14 milhões de compras antecipadas de moeda estrangeira – Circular 2.926/99 do Banco Central), enquanto as captações ficaram em R$ 328 milhões. 8.1 Mercado financeiro A SABESP realizou em junho de 2001 a 4ª Emissão de Debêntures Simples, no montante de R$ 300 milhões, com vencimento final em dezembro de 2006. Em setembro de 2001, a SABESP procedeu à reforma e repactuação de debêntures da 3a Emissão, no valor de R$ 413 milhões. Seu vencimento final, originalmente previsto para 2002, foi estendido para 2004, com aprovação maciça dos investidores. Em conseqüência, a Companhia encerrou 2001 com dívida de curto prazo representando apenas 8,5% da dívida total (R$ 6,470 bilhões). Essa relação de 8,5% é uma das mais baixas entre as 10 maiores companhias brasileiras. 8.2 Captação de recursos para investimentos 8.2.1 Recursos Desembolsados em 2001 a) A Caixa Econômica Federal desembolsou R$ 14 milhões no Programa Pró Saneamento, referente a contratos assinados até 1998, com contrapartida de recursos próprios da SABESP no valor de R$ 19 milhões, totalizando investimentos de R$ 35 milhões. b) FEHIDRO – Fundo Estadual de Recursos Hídricos. Foram realizados, em 2001, investimentos relativos a 11 empreendimentos, num total de R$ 1,572 milhão, sendo R$ 837 mil em recursos do Fundo e R$ 735 mil de contrapartida da SABESP. 8.2.2 Plano Plurianual de Investimentos 2002 - 2006 Para a viabilização de seu Plano Plurianual de Investimentos 2002 – 2006 (R$ 2,7 bilhões), a SABESP manteve, em 2001, negociações com diversos agentes financeiros, dentre os quais se destacam: a) BNDES. Negociações visando à obtenção de financiamento, com recursos do FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador, da contrapartida de financiamentos internacionais à SABESP. Em 21 de dezembro de 2001, o BNDES aprovou sua co-participação com o aporte de R$ 400 milhões em dois importantes programas ambientais: Programa de Despoluição do Rio Tietê – 2ª Etapa (Banco Interamericano de Desenvolvimento – B - 16 BID) e Programa de Recuperação Ambiental da Baixada Santista (Japan Bank for International Cooperation – JBIC). Os recursos do BNDES, com prazo de dez anos, sendo três anos de carência e sete de amortização, terão custos pela TJLP mais “spread” total de 4,5% (água) e 3% (esgotos) ao ano. Estima-se que essa contratação seja aprovada até o final do primeiro semestre de 2002. b) JBIC. A SABESP deu continuidade às negociações com o Japan Bank for International Cooperation – JBIC para um financiamento em ienes equivalentes a US$ 150 milhões, destinado ao Programa de Recuperação Ambiental da Região Metropolitana da Baixada Santista, totalizando US$ 250 milhões, dos quais US$ 100 milhões proveniente de contrapartida da SABESP. A Assembléia Legislativa já aprovou, em 20 de junho de 2001, a Lei n.º 10.820 que autoriza o Poder Executivo Paulista a prestar contragarantia ao Tesouro Nacional. Esse recurso terá prazo de amortização de 25 anos, com sete anos de carência e juros máximos de 2,2% ao ano. Espera-se sua aprovação para até o final de 2002. c) Caixa Econômica Federal – Recursos do FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – O Conselho Curador do FGTS, conforme Resolução n.º 356, de 29 de março de 2001, estipulou em seu orçamento de 2001, contratações de R$ 103,6 milhões no Estado de São Paulo. A SABESP apresentou seus projetos à SEDU – Secretaria do Desenvolvimento Urbano – pleiteando R$ 154 milhões, obtendo aprovação conforme D.O.U. – Diário Oficial da União de 13 de novembro de 2001. Entretanto, o Conselho Diretor do FGTS, através da Resolução n.º 378, de 17 de dezembro de 2001, decidiu adiar essas operações. O novo volume de contratações para 2002 no Estado de São Paulo passou a ser de R$ 294 milhões. Para ter acesso a esses recursos, a SABESP se prepara para lançar editais de licitação internacionais de obras, conforme exigência do Conselho Monetário Nacional, através do Artigo 9º da Resolução n.º 2.827, de 30 de março de 2001. 8.3 Programa Nacional de Despoluição de Bacias Hidrográficas da Agência Nacional de Águas - ANA Em 20 de dezembro de 2001, a SABESP assinou com o Ministério do Meio Ambiente, Recursos Hídricos e da Amazônia, através da Agência Nacional de Águas e com a interveniência dos Comitês de Bacias Hidrográficas do Piracicaba–Capivari–Jundiaí e do Paraíba do Sul, seis contratos que objetivam o incremento das vazões de tratamento de esgotos por meio de estímulo financeiro, com o pagamento pelo esgoto tratado, no âmbito do Programa Nacional de Despoluição das Bacias Hidrográficas. Esses empreendimentos em estações de tratamento e/ou afastamento de esgotos totalizam investimentos da ordem de R$ 49,6 milhões, dos quais cerca de R$ 16,2 milhões serão ressarcidos pela ANA à SABESP, a partir de 2003, como dotação orçamentária da União, não constituindo endividamento da Companhia. B - 17 9. INVESTIMENTOS Os índices de atendimento de água e esgotos da SABESP são bastante superiores aos da média nacional, resultado do elevado volume de recursos investidos no período de 1995 a 2001 (superior a R$ 5 bilhões). Investimentos Totais Sabesp (R$ milhões) 1.074 1.180 723 457* 310 1995 1996 1997 1998 1999 618 720 2000 2001 *Não inclui a assunção do município de Osasco (R$ 231 milhões) Em 2001 foram investidos cerca de R$ 719 milhões em obras de saneamento básico, incluindo-se R$ 18,9 milhões de juros e encargos capitalizados durante a construção. Os investimentos, as novas ligações de água e esgotos e as populações beneficiadas, distribuídos nas regiões Metropolitana, Interior e Litoral, são apresentados a seguir: INVESTIMENTOS POR REGIÃO – 2001 R$ milhões REGIÃO ÁGUA ESGOTOS RMSP 145 144 Interior 60 78 Litoral 46 138 TOTAL 251 360 Bens de uso geral/outros TOTAL GERAL 251 360 Ligações de água executadas e população beneficiada RMSP N.º de novas ligações de água (x1.000 unidades) 110 População beneficiada 490 (x1.000 habitantes) B - 18 TOTAL 289 138 184 611 108 719 Interior Litoral Total 59 19 188 180 60 730 Ligações de esgotos executadas e população beneficiada RMSP N.º de novas ligações de esgotos (x1.000 unidades) 77 População beneficiada 350 (x1.000 habitantes) Interior Litoral Total 56 17 150 175 80 605 As principais realizações no período foram: 9.1 Região Metropolitana de São Paulo - RMSP Em 2001, os investimentos na RMSP em programas de produção e distribuição de água e coleta e tratamento de esgotos atingiram R$ 289 milhões, que, acrescidos dos R$ 39 milhões em bens de uso geral, totalizaram R$ 328 milhões. Água Dentro de um contexto de escassez de recursos hídricos - o pior dos últimos 65 anos no Sistema Cantareira -, destacam-se a execução de 110 mil novas ligações, melhorias em sistemas de bombeamento/adução e as negociações no Comitê de Bacia do Piracicaba, Capivari e Jundiaí para a redução das descargas dos reservatórios do Sistema Cantareira, evitando-se o racionamento de água na RMSP. Esgotos Em relação ao esgotamento sanitário, as principais ações realizadas no período foram: Coleta e afastamento dos esgotos Execução de 77 mil novas ligações domiciliares de esgotos, propiciando melhoria na qualidade de vida de cerca de 350 mil pessoas, e conclusão de obras de interceptores e coletores-tronco, totalizando cerca de 52 km de extensão. Programa Guarapiranga Execução de 10,2 km de redes coletoras, 7.300 ligações domiciliares de esgotos e 3,1 km de emissários, interceptores e coletores-tronco; entrada em operação da estação elevatória, que permite o esgotamento para fora da Bacia de toda a margem esquerda da Represa; conclusão das obras de implantação e início das atividades do Centro de Controle Operacional Sul, com operação centralizada e telecomandada das estações elevatórias de esgotos da bacia do Guarapiranga; conclusão e entrada em operação da Estação de Remoção de Nutrientes do córrego Guavirutuba. Projeto Tietê – 2ª. Etapa Em 2001, o montante aplicado atingiu cerca de R$ 25 milhões. Foram também executados os estudos e projetos para, respectivamente, priorizar e viabilizar a licitação das obras. Iniciou-se o processo licitatório internacional, envolvendo R$ 640 milhões para obras. B - 19 Com recursos de US$ 400 milhões (US$ 200 milhões provenientes do BID e igual contrapartida da SABESP), a segunda etapa prevê a implantação de 960 km de redes coletoras de esgotos, 141 km de interceptores/coletores-tronco, 290 mil ligações domiciliares de esgotos e melhorias no sistema de tratamento, com maior aproveitamento da capacidade instalada das estações. O serviço de coleta será oferecido a mais 400 mil famílias, aumentando os índices de atendimento para 90% da população urbana, em toda a Região Metropolitana de São Paulo. Outro benefício será o controle da emissão de efluentes de mais 290 indústrias e a utilização plena da capacidade das Estações de Tratamento do sistema integrado da RMSP. 9.2 Interior Nos 298 municípios do Interior foram investidos R$ 138 milhões, que acrescidos de R$ 11 milhões em bens de uso geral, totalizaram R$ 149 milhões, destacando-se as seguintes realizações: Água As 59 mil novas ligações registradas no período beneficiaram cerca de 180 mil pessoas, resultante de ampliação e melhorias em diversos sistemas de abastecimento, em especial nos municípios de Franca, Botucatu, Caçapava, Pindamonhangaba e Taubaté. Esgotos Realizaram-se 56 mil novas ligações, atendendo a cerca de 175 mil pessoas, em decorrência de implantações, ampliações e melhorias nos sistemas de esgotamento sanitário, em especial nos municípios de Presidente Prudente, Assis, Botucatu, Fernandópolis, Jales, Lins, Lorena, Pindamonhangaba, Taubaté e São José dos Campos. Desenvolvimento operacional O Programa de Desenvolvimento Operacional – PDO implementou diversas ações, com destaque para a adequação e manutenção de cerca de 200 mil hidrômetros e início da automação de 49 Estações de Tratamento de Água - ETA. Também foram desenvolvidas ações para a estruturação e adequação dos Laboratórios dos Controles Sanitários, em atendimento à Portaria n.º 1.469 do Ministério da Saúde, de 29 de dezembro de 2000, além de montagem do Plano de Disposição Final de Resíduos provenientes de ETAs. A área de atuação do Interior dispõe de 330 sistemas de tratamento de esgotos, com capacidade de tratar aproximadamente 50% dos esgotos coletados. Visando melhorias no atendimento e aproximação com o cliente, está implantado no município de Franca, desde setembro de 2000, o TACE – Técnico de Atendimento Comercial Externo. Em 2002, esse sistema deverá ser estendido para Presidente Prudente e Mocóca. B - 20 9.3 Litoral Em 2001 foram realizados investimentos de R$ 184 milhões, que acrescidos de R$ 4 milhões em bens de uso geral, totalizaram R$ 188 milhões, para a execução de cerca de 19 mil novas ligações de água e 17 mil novas ligações de esgotos, beneficiando respectivamente 60 mil e 80 mil habitantes. Água Ampliação e melhorias em diversos sistemas de abastecimento, em especial nos municípios de Santos, Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande, São Vicente, Peruíbe e Cubatão (Baixada Santista), Ilhabela e São Sebastião (Litoral Norte), Pariquera-Açu, Cajati, Itariri e Miracatu (Vale do Ribeira). Esgotos Implantação, ampliação e melhorias nos sistemas de esgotamento sanitário, em especial nos municípios de Cubatão, Guarujá e Praia Grande (Baixada Santista), Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba (Litoral Norte). Estão em execução obras nos municípios de Bertioga, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente (Baixada Santista), e Iguape, São Lourenço da Serra, Cajati, Juquitiba, Ilha Comprida e Pariquera-Açu (Vale do Ribeira). 10. GESTÃO EMPRESARIAL Novo Plano de Cargos e Salários Em 2001 foi finalizado o novo Plano de Cargos e Salários – Remuneração por Competências, cuja implantação está prevista para 2002. O plano incluiu cargos multifuncionais, definição de competências específicas e genéricas, gestão por desempenho, dimensionamento de pessoal, plano de carreira e pesquisa de mercado. Além de ferramenta eficaz para a motivação e desenvolvimento dos recursos humanos, o plano sintoniza a SABESP com as melhores práticas de gestão do mercado. Universidade Empresarial Em seu primeiro ano de existência, a Universidade Empresarial SABESP propiciou: - 9.000 oportunidades de educação contínua, das quais 40% foram realizadas de forma presencial e 60% através de educação a distância, com foco nas competências essenciais e nas demandas específicas do negócio da Companhia; - 10.000 oportunidades de treinamento relacionadas às Unidades de Negócio, envolvendo as categorias operacionais e técnico-administrativas. Ações de qualidade Visando à melhoria de seus resultados, a Companhia vem direcionando esforços para a capacitação e habilitação das Unidades de Negócio para participação no Prêmio Nacional de Qualidade em Saneamento – PNQS, patrocinado pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária - ABES, e no Prêmio de Qualidade de Gestão –PPQG, patrocinado pelo Instituto Paulista de Qualidade em Gestão - IPEG. Neste ano, as Unidades de Negócio Sul e Norte foram vencedoras dos prêmios ABES-PNQS 2001 e as Unidades de Negócio de Tratamento de Esgotos e Unidade de Negócio Leste foram vencedoras dos prêmios B - 21 PPQG 2001. Participação nos resultados Em 2001, em continuidade ao programa de participação nos resultados, os empregados foram recompensados pela superação das metas estabelecidas através de negociação com seus respectivos sindicatos. Otimização do uso de bens imóveis Visando à otimização do uso de ativos, foram alienados no período oito imóveis, permitindo um aporte financeiro de R$ 3,4 milhões. Paralelamente foi concluída a transferência das unidades lotadas nos prédios da Rua Padre João Manuel e Alameda Santos para o Complexo da Ponte Pequena, propiciando uma economia anual de R$ 8,4 milhões. Otimização do sistema de suprimentos Foram aprimorados os sistemas de cotação eletrônica de preços, via Intranet, registro de preços e editais eletrônicos (venda de editais em CD-rom), além de implementado o projeto "Global Sourcing" com a definição de novas estratégias de contratação para os serviços de vigilância, portaria e limpeza, manutenção predial e de redes, materiais produtivos e de escritórios e obras lineares. Essas iniciativas geraram uma redução de despesas neste ano da ordem de R$ 6,8 milhões. Tecnologia de informações O Plano de Direcionamento Estratégico de Informática – PDEI encontra-se em processo de licitação, sob avaliação. Neste ano, foi realizada a preparação das concorrências públicas, financiadas pelo BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento, no âmbito do Programa de Despoluição do Tietê, com o objetivo de implementar o Sistema de Informações Geo-referenciadas -GIS, ferramenta computacional que relaciona dados com informações geográficas. Respeito ao cliente Buscando ampliar os canais de atendimento direto ao cliente, a SABESP, neste ano, abriu a possibilidade de pagamento das contas de água e esgotos em farmácias, supermercados e outros estabelecimentos comerciais credenciados, em todo o Estado de São Paulo. Também foram implantados Escritórios Regionais na Região Metropolitana de São Paulo, num total de 43 unidades, substituindo e ampliando as antigas agências de atendimento. Num mesmo local, é possível solicitar um número maior de serviços comerciais e operacionais. Com a mesma proposta de unificação, só que privilegiando o atendimento telefônico (195 e Disque SABESP), a Companhia inaugurou seu novo "Call Center", no bairro de Pinheiros, em São Paulo. O sistema permite mais flexibilidade entre as posições de atendimento, melhorando o relacionamento com o cliente. 11. MEIO AMBIENTE Em 2001, a SABESP adotou procedimentos técnicos regulares para a elaboração de estudos e relatórios de impacto ambiental, objetivando promover uma avaliação prévia de seus empreendimentos, com foco nos princípios vitais de prevenção, proteção ambiental e B - 22 melhoria contínua. No tocante às ações ambientais foram executados estudos, projetos e implantação de diversos projetos, como: Programa de monitoramento ambiental dos emissários submarinos de Ilhabela e Guarujá, visando monitorar as condições de balneabilidade, os ecossistemas e a qualidade das águas, para avaliação da eficiência da disposição oceânica; Desenvolvimento de pesquisas e instalação de projetos-piloto na busca de solução para o tratamento e disposição final dos lodos gerados nas estações de tratamento, como utilização do lodo das ETAs (Estações de Tratamento de Água) na produção de cerâmica e lodo de ETEs (Estações de Tratamento de Esgotos) na agricultura e reflorestamento; Implantação, qualificação e certificação de diversas áreas da Companhia pelas Normas da série ISO 14000, como já iniciado no processo de certificação nas ETEs do município de Salesópolis. Uso agrícola de biossólidos gerados nas ETEs e uso do lodo das ETAs na fabricação de materiais para a construção civil; Eliminação de poluentes por processo de flotação no córrego Pedra Branca, principal formador dos lagos do Horto Florestal; Plano de Manejo da Várzea do Rio Parelheiros, visando incrementar a capacidade de remoção ou atenuação das cargas poluentes aduzidas ao Sistema Guarapiranga, mediante o bombeamento de águas da Billings. Essas iniciativas vêm consolidar a implantação do Programa Ambiental da Companhia, cujo objetivo é possibilitar uma redução gradual do passivo ambiental e um incremento sustentado dos níveis de conformidade legal da Companhia. 12. PESQUISA E DESENVOLVIMENTO Novos negócios e novos produtos A SABESP detém no INPI – Instituto Nacional de Propriedade Intelectual -- registros de propriedade intelectual/industrial de 10 marcas e dois “softwares” -- AQUALOG e SGL, desenvolvidos internamente por técnicos da Companhia. O AQUALOG é o único software nacional para controle total de estações de tratamento de água com inteligência artificial e está em comercialização. Foi concluída sua primeira prestação de serviços fora da SABESP, que consistiu na automação de ETA na Cidade de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina. Outros contratos foram firmados para a venda do produto à Sanesul, no Mato Grosso do Sul; Fábrica de Medicamentos da Teuto, em Anápolis, GO, e para o SAE de Aparecida do Norte, São Paulo. O SGL – Sistema de Gerenciamento de Licitações é um sistema de cotação eletrônica de preços, utilizado pela Companhia para os processos de licitação e compras. B - 23 Também foi iniciada a comercialização de Reuso de Efluentes da ETE ABC para o município de São Caetano, para fins não potáveis, sendo as Prefeituras de Barueri e Carapicuíba as próximas a serem beneficiadas com o efluente da ETE Barueri. Eficiência energética A SABESP assinou, em 2001, convênio de R$ 1,3 milhão com a Eletropaulo para o desenvolvimento de projetos de eficiência energética em suas instalações. 13. PREMIAÇÕES A SABESP recebeu, em 2001, do Jornal Valor Econômico, dois prêmios: o primeiro pelo “Melhor Desempenho Econômico – Financeiro do Setor de Serviços Públicos” e o segundo, o “Prêmio Valor 1000”, com apoio da Fundação Getúlio Vargas, no qual foi considerada “A melhor empresa prestadora de serviços no ano 2000” do Brasil. Outros prêmios foram concedidos à Companhia, em reconhecimento à eficiência e qualidade de seus serviços: x Prêmio ANEFAC – FIPECAFI – SERASA – por estar entre as dez melhores demonstrações financeiras do ano de 2000; x Prêmio Prata da ABAMEC-SP -- pelo quinto ano consecutivo, em função de apresentações feitas aos analistas do mercado de capitais, em São Paulo; x Prêmio Revista Saneamento Ambiental 2001 – eleita por leitores e especialistas como a “melhor empresa de saneamento do Brasil”; x Top RH-2001/Endo marketing ADVB 2001 -- prêmio patrocinado pela Associação Brasileira dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil – ADVB, com o trabalho “Universidade Empresarial SABESP: o elo entre a educação e a estratégia do negócio”; x Prêmio Aberje 2001 -- prêmio patrocinado pela Associação Brasileira das Revistas e Jornalismo Empresarial – ABERJE, com os trabalhos “Ligação.com: ligados ao colaborador”, “Canal Virtual: Universidade SABESP”, na categoria Intranet, e “Ouvidoria SABESP”, na categoria Atendimento ao Cliente; x Prêmio Gestão Empresarial 2001 -- prêmio concedido pela Empresa Gestão e RH Editora com o trabalho “Um novo momento em recursos humanos – SABESP e Unisys". 14. RELAÇÕES COM INVESTIDORES Para facilitar ainda mais o acesso às suas informações, a SABESP realizou, em 2001, ampla reformulação em seu site de Relações com Investidores. A área manteve o sistema de atendimento personalizado aos investidores nacionais e internacionais, participando de eventos e reuniões com analistas. A Companhia também realizou, pelo quinto ano consecutivo, apresentação aos analistas do mercado de capitais, através da ABAMEC – Associação Brasileira dos Analistas do Mercado de Capitais. B - 24 15. MERCADO DE CAPITAIS Desde maio de 2000, as ações SABESP fazem parte do Índice Bovespa. Em dezembro de 2001, essa participação era de 0,814% e a Companhia contava com 2.672 acionistas e um total de 28.479.577.827 de ações ordinárias. Em 2001 foram transacionadas na Bovespa 3,9 bilhões de ações da SABESP, representando um volume médio diário de R$ 2,6 milhões. Dentre os fatores que determinaram a oscilação dos preços das ações da Companhia em 2001, destacam-se as incertezas relativas à regulamentação do setor de saneamento e as oscilações da moeda nacional frente ao dólar. As ações SABESP fecharam o ano cotadas em R$ 132,00 por lote de mil ações. BALANÇO SOCIAL Responsabilidade social faz parte do negócio da SABESP. A Companhia é consciente de seu compromisso com a vida e o meio ambiente. Por isso procura desenvolver ações que contribuam para a preservação da natureza, monitorando e avaliando os resultados produzidos para o bem estar da sociedade. Proteger o meio ambiente, de recursos naturais finitos, faz parte do ciclo de vida do qual participamos. A SABESP, através de uma série de projetos, deu continuidade ao processo de envolvimento da população em atividades de educação ambiental, visando proteger os mananciais e aproximar a sociedade dos projetos desenvolvidos pela Companhia. Essas atividades incluem projetos ambientais, comunitários e culturais, que foram desenvolvidos por diferentes unidades de negócio da Companhia, envolvendo público bastante variado das comunidades próximas. Entre esses projetos, podem-se destacar: Política Tarifária Diferenciada. Em 2001 foram beneficiadas 1,9 milhões de pessoas na Região Metropolitana de São Paulo com Tarifa Favelas e cerca de meio milhão de pessoas com a Tarifa Social no Estado de São Paulo. A Tarifa Residencial Favelas é de R$ 2,28 para o consumo mínimo de 10 m³ por mês, até no máximo de R$ 6,60 fixos a partir de 22 m³ por mês. Os benefícios concedidos para a Tarifa Residencial Social representam descontos que podem chegar de 55% a até 78%, em relação à Tarifa Residencial Normal. Os beneficiários são famílias com renda familiar de até três salários mínimos, cujo imóvel possua até 60 m² de construção. Para a Tarifa Para Entidades Assistenciais Sem Fins Lucrativos o desconto é de 50% em relação à Tarifa Comercial Normal, atendendo a 1.108 instituições. Projetos Futurágua e Caracol. Objetivam conscientizar o cidadão em relação à necessidade de preservação dos recursos hídricos, fornecendo informações sobre a B - 25 preservação e uso racional da água. Têm enfoque multidisciplinar e abordam temas como meio ambiente, ecologia, poluição e ciclo da água na natureza. A Gota Borralheira. Personagem âncora que aparece em todas as peças desenvolvidas, como livro infantil, desenho animado, folhetos das Estações de Tratamento de Esgotos, maquetes, visitas monitoradas e outras atividades relacionadas às práticas de educação ambiental. O desenho animado “A Gota Borralheira” foi selecionado para participar do “Anima Mundi 2001” – 9º Festival Internacional de Animação do Brasil, o maior evento do gênero na América Latina, e da 12ª edição do Festival Internacional de Cinema Infantil – “The Golden Elephant”, na Índia. Programas de participação comunitária. Promovem o relacionamento entre a SABESP e a sociedade, facilitando as ações de infra-estrutura de saneamento e potencializando o acesso da população às informações de cunho técnico e ambiental das áreas envolvidas. Entre as atividades desenvolvidas destacam-se: - implantação de redes de água e redes coletoras de esgotos, coleta de lixo e microdrenagem com a participação da comunidade; - regularização do abastecimento em favelas, análise da situação cadastral, informações sobre a política tarifária e cadastramento dos imóveis na tarifa social; - palestras em áreas onde o abastecimento começa a ser regularizado e em conjuntos habitacionais visando à formação de multiplicadores e líderes comunitários; - debate junto à comunidade dos bairros sobre questões relativas ao saneamento; e - projetos que estimulam as comunidades ao plantio e cultivo de mudas. Projeto de reabilitação de áreas degradadas do Sistema Cantareira. Com as obras de reabilitação das áreas degradadas, a SABESP conseguiu reverter o quadro que prejudicava sua imagem junto à sociedade, chegando a ser distinguida em 2001 com o “Prêmio Ação pela Água”, na categoria Proteção aos Mananciais, concedido pelo Consórcio Intermunicipal dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. Viveiros florestais. A SABESP mantém dois viveiros florestais localizados em Morro Grande e em Vargem que trabalham de forma integrada com os projetos de reflorestamento. Em 2001, os dois viveiros produziram, juntos, 153.000 mudas de diversas espécies nativas e exóticas, das quais 40.000 foram doadas. Visitas monitoradas às Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs). O conhecimento das atividades da Companhia aproxima os participantes das questões ambientais e conscientiza a comunidade das ações necessárias para conter a degradação do meio ambiente. Diminuiu-se o número de invasões e as ocorrências de furtos e depredações, permitindo o bom funcionamento dos sistemas de tratamento de esgotos. Plano de Educação Ambiental Para a Cidadania – PEAC. Visitas monitoradas aos viveiros florestais e áreas do Sistema Cantareira e Alto Cotia buscando divulgar as atividades desenvolvidas nessas áreas e conscientizar as comunidades sobre a importância da preservação ambiental, promovendo a aproximação da Companhia com as comunidades locais. B - 26 Formação viveirista. Capacitação profissional em paisagismo para jovens carentes da favela Heliópolis, gerando novas oportunidades de trabalho. O projeto faz com que a comunidade participe e obtenha melhorias no bairro, através do plantio de árvores e de ações de cidadania. Projeto Reservatórios Culturais. As áreas dos reservatórios são transformadas em espaços de cultura e lazer abertos à população. Ao cuidar dessas áreas, a SABESP protege seu patrimônio e também presta serviço de melhoria de qualidade de vida da população. Incentivos culturais. Fiel à sua tradição, a SABESP efetuou, em 2001, contribuições significativas para projetos de caráter cultural e social no país. Destacam-se, dentre esses, a participação na restauração e recuperação da Catedral da Sé, no valor de R$ 1,337 milhão. Para o Fundo dos Direitos das Crianças e Adolescentes (Lei 8.685/93), a Companhia fez doações de R$ 443 mil, sendo que os patrocínios nas áreas culturais somaram outros R$ 500 mil. Valor adicionado Em 2001, a SABESP registrou R$ 2,225 bilhões de valor adicionado, o que reforça ainda mais sua contribuição para a sociedade, como demonstrado a seguir: R$ milhões Distribuição do valor adicionado Item 2000 % Remuneração do trabalho 570 25,5 Remuneração do Governo 281 12,6 Remuneração do capital de terceiros 862 38,6 Remuneração do capital próprio 521 23,3 TOTAL 2.234 100,0 A Administração B - 27 2001 656 131 1.222 216 2.225 % 29,5 5,9 54,9 9,7 100,0 11.01 - NOTAS EXPLICATIVAS 1 Contexto operacional A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP tem por objeto social a operação dos sistemas públicos de água e esgoto no Estado de São Paulo, mediante a concessão desses serviços, a uma vasta rede de clientes residenciais, comerciais, industriais e governamentais. A companhia também fornece água por atacado a municípios da Região Metropolitana de São Paulo que não possuem sistemas de abastecimento de água. A companhia fornece serviços de água e esgoto a 322 municípios do Estado de São Paulo, mediante a concessão destes. Substancialmente, todas as concessões têm prazo de duração de 30 anos, sendo que uma delas expira em 2004 e as restantes, entre 2005 e 2029. As concessões podem ser automaticamente renovadas por períodos iguais do contrato inicial, a menos que o município ou a SABESP se utilizem do direito de rescindir a concessão pelo menos seis meses antes da data de expiração da concessão. A companhia não detém uma concessão formal para o fornecimento dos serviços de água e esgoto na cidade de São Paulo, que responde pela grande maioria da receita de serviços prestados, e em outros 43 municípios do Estado de São Paulo, operando nesses casos amparado em escritura pública de autorização. Com exceção da cidade de Santos, nenhum desses municípios possui população expressiva. A companhia entende que é possuidora do direito de fornecer tais serviços com base, entre outros aspectos, na posse dos sistemas de água e esgoto que servem a Cidade de São Paulo e aos demais municípios e em certos direitos sucessórios adquiridos a partir da fusão que gerou a SABESP. 2 Apresentação das demonstrações financeiras As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com os princípios contábeis previstos na legislação societária brasileira e nas instruções da Comissão de Valores Mobiliários - CVM. Essas demonstrações são identificadas pela expressão "pela legislação societária". Estão sendo apresentadas, também, informações suplementares "em moeda de poder aquisitivo constante", elaboradas de acordo com os critérios descritos na nota 18. 3 Principais práticas contábeis (a) Apuração do resultado (i) Receitas com vendas e prestação de serviços O fornecimento de água e os serviços de coleta e tratamento de esgotos sanitários, não faturados até a data do encerramento do exercício, são mensurados e registrados contabilmente, em contrapartida do contas a receber de clientes, de forma a possibilitar a contraposição dos custos e das receitas no respectivo exercício. B - 28 (ii) Despesas e receitas financeiras Representadas substancialmente por juros, variações monetárias e cambiais, decorrentes de empréstimos e financiamentos, e aplicações financeiras, calculados e registrados contabilmente pelo regime de competência. (iii) Imposto de renda e contribuição social As provisões para o imposto de renda e imposto de renda diferido sobre diferenças temporais são constituídas à alíquota-base de 15% mais adicional de 10%. As provisões para contribuição social sobre o lucro e a diferida são constituídas à alíquota de 9%. (iv) Demais receitas e despesas As demais receitas e despesas são reconhecidas pelo regime de competência. (b) Aplicações financeiras Representadas substancialmente por Certificados de Depósitos Bancários - CDBs, são registradas pelos valores das aplicações, acrescidos dos rendimentos auferidos ("pro - rata temporis") até a data do encerramento do exercício. (c) Provisão para devedores duvidosos Constituída por montante considerado suficiente para cobrir prováveis perdas na realização de contas a receber de clientes, registrada em contrapartida do resultado do exercício, na rubrica “despesas com vendas”. (d) Estoques Os estoques de materiais destinados ao consumo e à manutenção dos sistemas de água e esgoto são avaliados ao custo médio de aquisição e estão classificados no ativo circulante. Os estoques destinados a investimentos estão classificados no ativo imobilizado pelo custo histórico. (e) Demais ativos circulante e realizável a longo prazo Os demais ativos circulante e realizável a longo prazo são demonstrados aos valores de custo ou realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos auferidos. (f) Permanente Demonstrado ao custo corrigido até 31 de dezembro de 1995, combinado com os seguintes aspectos: B - 29 Depreciações de bens do imobilizado, pelo método linear, às taxas anuais mencionadas na nota 8. Reavaliação de bens do imobilizado, efetuada em duas etapas em 1990 e 1991, com base em laudo de avaliação emitido por peritos independentes, realizada mediante depreciação, alienação e baixas dos respectivos bens, em contrapartida da conta "Lucros acumulados". Amortizações do ativo diferido calculadas pelo método linear e pelo período de cinco anos a partir da data em que os benefícios começam a ser gerados. Os encargos financeiros relacionados a financiamentos, obtidos junto a terceiros, destinados a obras em andamento, são apropriados ao custo das mesmas. (g) Empréstimos e financiamentos Atualizados com base nas variações monetárias e cambiais, acrescidos dos respectivos encargos incorridos até a data do encerramento do exercício. (h) Provisão para contingências Constituída para cobertura de eventuais perdas, avaliadas como prováveis por consultores jurídicos e de valor estimável em 31 de dezembro, relacionadas a processos trabalhistas, tributários, cíveis e comerciais, nas instâncias administrativas e judiciais. (i) Demais passivos circulante e exigível a longo prazo Os demais passivos circulante e exigível a longo prazo são demonstrados pelos valores conhecidos ou exigíveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos, variações monetárias e cambiais. (j) Juros sobre o capital próprio Foram contabilizados de acordo com as disposições contidas na Lei nº 9.249/95, para efeito de dedutibilidade, limitados à variação, pró-rata dia, da taxa de juros de longo prazo - TJLP e demonstradas contabilmente de acordo com a deliberação CVM nº 207/96. B - 30 4 Disponibilidades Em milhares de R$ Pela legislação societária 2001 2000 Caixa e bancos Aplicações financeiras Debêntures em tesouraria Moeda estrangeira Informação Suplementar Em moeda de poder aquisitivo constante 2001 2000 48.861 281.746 47.432 82.181 37.633 118.014 3.850 73.211 48.861 281.746 47.432 82.181 41.536 130.252 4.249 80.803 460.220 232.708 460.220 256.840 As aplicações financeiras referem-se substancialmente, a CDBs, acrescidos dos respectivos rendimentos até a data de encerramento do exercício. O montante demonstrado na rubrica “moeda estrangeira”, refere-se à compra de US$ 26,576 mil e CHF 14,790 mil, destinados a pagamento de empréstimos e financiamentos, como descritos na nota 9 (i). B - 31 5 Clientes Os valores a receber de clientes (exceto acordos) não consideram multa, juros ou qualquer forma de atualização monetária por atraso em seus pagamentos e podem ser assim demonstrados: Em milhares de reais (a) Saldos Patrimoniais Em milhares de R$ Pela legislação societária Informação Suplementar Em moeda de poder aquisitivo constante 2001 2000 393.850 61.028 46.579 413.392 55.902 59.511 393.850 61.028 46.579 456.261 61.699 65.682 501.457 528.805 501.457 583.642 149.651 77.110 20.071 15.711 9.582 151.631 107.425 116.649 6.364 149.651 77.110 20.071 15.711 9.582 167.355 118.565 128.746 7.024 272.125 382.069 272.125 421.690 143.956 36.453 2.612 126.325 118.931 1.890 30.416 126.080 28.171 1.376 103.861 100.126 1.708 23.267 143.956 36.453 2.612 126.325 118.931 1.890 30.416 139.155 31.092 1.519 114.631 110.509 1.885 25.680 460.583 384.589 460.583 424.471 200.922 173.569 200.922 191.568 Sub-total 1.435.087 1.469.032 1.435.087 1.621.371 Provisão para devedores duvidosos Particulares e públicas Fornecimento por atacado (255.569) (367.782) (204.412) (268.241) (255.569) (367.782) (225.610) (296.058) (623.351) (472.653) (623.351) (521.668) - - (2.352) (1.991) 811.736 996.379 809.384 1.097.712 No circulante De particulares Rol comum (i) Rol especial (ii) Acordos (iii) De entidades públicas Municipal - Capital Municipal - Outros Estadual (nota 14) Estadual - Acordo GESP (nota 14 (a)) Federal Por atacado – Prefeituras Guarulhos Mauá Mogi das Cruzes Santo André São Bernardo do Campo São Caetano do Sul Diadema Fornecimentos a faturar Ajuste a valor presente Total 2001 2000 Os valores a receber de clientes particulares referem-se a (i) rol comum - residenciais e pequenas e médias empresas, (ii) rol especial - grandes consumidores, comércio, indústrias, condomínios e consumidores com características especiais de faturamento (efluentes industriais, poços etc.), (iii) acordos - parcelamento de débito tarifário. B - 32 (b) Demonstração por vencimento Em milhares de R$ Informação Suplementar Em moeda de poder aquisitivo constante Pela legislação societária Valores a vencer Vencidos até 30 dias Vencidos de 31 a 60 dias Vencidos de 61 a 90 dias Vencidos de 91 a 120 dias Vencidos de 121 a 180 dias Vencidos de 181 a 360 dias Vencidos acima de 360 dias Sub-total Provisão para devedores duvidosos Ajuste a valor presente 2001 374.885 94.174 34.868 24.142 13.964 57.297 149.331 686.426 1.435.087 2000 351.014 93.254 40.659 30.329 27.632 67.471 193.870 664.803 1.469.032 2001 374.885 94.174 34.868 24.142 13.964 57.297 149.331 686.426 1.435.087 2000 387.414 102.925 44.875 33.474 30.497 74.468 213.974 733.744 1.621.371 (623.351) - ) (472.653) - (623.351) (2.352) (521.668) (1.991) 809.384 1.097.712 Total (c) 811.736 996.379 Provisão para devedores duvidosos O montante do complemento da provisão, no exercício pode ser assim apresentado: Em milhares de R$ Pela legislação societária Saldo anterior 2001 2000 472.653 344.707 De particulares/entidades públicas Fornecimento por Atacado – Prefeituras Total do Ano 51.157 99.541 39.706 88.240 150.698 127.946 Saldo atual 623.351 472.653 B - 33 Informação Suplementar Em moeda de poder aquisitivo constante Foi baixado dos registros contábeis o montante de R$ 107.335 mil (2000 - R$ 62.368 mil) de créditos vencidos há mais de 180 dias e de montantes individuais de até R$ 5 mil. Do total baixado, R$ 104.253 mil foram recuperados por meio de acordos de parcelamento de débitos e por recebimentos, sendo que aproximadamente R$ 36.000 mil são da Prefeitura Municipal de São Paulo. (d) Fornecimento por atacado (Prefeituras) Os valores a receber de fornecimento por atacado referem-se a vendas de "água tratada" para algumas prefeituras, cabendo a elas efetuar a distribuição, o faturamento e a cobrança. Os municípios de São Bernardo do Campo e Mauá, efetuaram depósitos judiciais no ano de 2001, no valor de R$ 23.961 mil e R$ 9.677 mil, respectivamente, como parte de pagamento do faturamento. Até 31 de dezembro, foi autorizado o levantamento de R$ 32.726 mil. Em milhares de R$ Movimentação do ano Saldo anterior Informação Suplementar Em moeda de poder Pela Legislação Societária aquisitivo constante 2001 2000 2001 2000 384.589 304.016 424.471 368.931 201.043 (123.514) 184.476 (84.023) 201.043 (123.514) 203.606 (92.736) (1.535) (19.522) (1.535) (21.546) Outros - (358) - (395) Ganhos e Perdas - - (39.882) (33.389) 460.583 384.589 460.583 424.471 Faturamento Recebimento referente ao ano Recebimento referente ao ano anterior Saldo Atual 6 Contas a receber de acionista Referem-se a valores de complemento de aposentadoria e licença-prêmio, pagos pela companhia a ex-funcionários oriundos das empresas estatais que se fundiram para constituição da SABESP. Os montantes envolvidos são ressarcidos pelo Governo Estadual, responsável pelo cumprimento dessas obrigações, conforme a Lei Estadual nº 200/74. Esses créditos, que em 31 de dezembro representam R$ 5.678 mil, serão realizados nos termos do Protocolo de Entendimentos com o Governo do Estado de São Paulo, como descrito na nota 14 e B - 34 encontram-se incluídos na proposta orçamentária do Governo do Estado de São Paulo, aprovada pela Assembléia Legislativa. Em 31 de dezembro de 2001, a companhia possuía 303 funcionários que farão jus a esses benefícios e 2.873 (2000 - 2.869) que já estão recebendo complementos de aposentadoria. O montante representativo dos benefícios futuros calculados por meio de técnicas atuariais e mesmas premissas descritas na nota 13, é de R$ 892.387 mil, não sendo registrado contabilmente pela companhia por se tratar de obrigação de responsabilidade do Governo do Estado de São Paulo. Em 11 de dezembro de 2001, foi assinado o “Termo de Reconhecimento e Consolidação de Obrigações, Compromisso de Pagamento e Outras Avenças”, descrito na nota 14, onde o Estado reconhece ser devedor de R$ 320.623 mil, que corresponde ao saldo histórico dessas obrigações em 30 de novembro de 2001. Desse acordo cuja primeira parcela vence 210 dias após a assinatura, R$ 14.062 mil estão registrados no circulante, na rubrica “Contas a Receber de Acionista” e o saldo restante no realizável a longo prazo na rubrica “Acordo GESP”. Esta operação não gerou efeitos no resultado do exercício de 2001. 7 Realizável a longo prazo (a) Depósitos judiciais e outros Apresentados a valores originais, referem-se, substancialmente, a depósitos efetuados em atendimento a deliberações judiciais relacionados a processos trabalhistas, tributários e cíveis de que a companhia é parte integrante. (b) Incentivos fiscais Os valores registrados sob essa rubrica referem-se, substancialmente, a incentivos ao Fundo de Investimentos da Amazônia - FINAM e ao Fundo de Investimentos do Nordeste – FINOR, deduzido de provisão para ajuste ao valor de realização. B - 35 8 Imobilizado Em milhares de R$ Pela legislação societária 2001 2000 Depreciação e Custo amortização acumuladas Taxas anuais de Líquido Líquido depreciação - % Em operação Sistemas de água Terrenos Estruturas 916.088 - 916.088 913.424 - 2.452.852 (884.485) 1.568.367 1.631.878 4 Ligações 702.271 (209.350) 492.921 503.257 5 Hidrômetro 221.987 (93.004) 128.983 119.020 10 2.800.745 (618.406) 2.182.339 2.216.305 2 Equipamentos 126.029 (77.402) 48.627 38.798 10 Outros 338.977 (136.740) 202.237 215.030 2 a 20 7.558.949 (2.019.387) 5.539.562 5.637.712 - 339.494 303.944 - 1.163.321 (283.980) 879.341 922.563 4 717.216 (203.793) 513.423 511.493 5 3.705.535 (683.041) 3.022.494 3.077.939 2 350.946 (149.749) 201.197 212.685 10 2 a 20 Redes Sistemas de esgoto Terrenos Estruturas Ligações Redes Equipamentos Outros 339.494 19.360 (6.838) 12.522 39.114 6.295.872 (1.327.401) 4.968.471 5.067.738 Terrenos 102.527 - 102.527 102.699 - Estruturas 110.647 (45.593) 65.054 68.500 4 Equipamentos de transporte 123.612 (96.406) 27.206 19.661 20 Móveis, utensílios e equiptos 199.426 (105.581) 93.845 69.024 10 Terrenos cedidos em comodato 25.312 - 25.312 25.312 - 8.023 (2.471) 5.552 5.673 2 a 20 569.547 (250.051) 319.496 290.869 14.424.368 (3.596.839) 10.827.529 10.996.319 861.173 - 861.173 790.908 1.521.035 - 1.521.035 1.260.006 21.614 - 21.614 19.024 2.403.822 - 2.403.822 2.069.938 300.402 (21.803) 278.599 280.106 Uso geral Bens cedidos em comodato Em andamento Sistemas de água Sistemas de esgoto Outros Bens intangíveis (e) B - 36 Em milhares de R$ Pela legislação societária 2001 2000 Depreciação e Total geral Custo amortização acumuladas Líquido Líquido 17.128.592 (3.618.642) 13.509.950 13.346.363 Taxas anuais de depreciação - % Em milhares de R$ Informação Suplementar Em moeda de poder aquisitivo constante 2001 2000 Depreciação e Custo amortização acumuladas Taxas anuais de Líquido Líquido depreciação - % Em operação Sistemas de água Terrenos 1.595.877 Estruturas 4.246.341 Ligações 1.595.877 1.590.414 - (1.538.284) 2.708.057 2.821.624 4 1.197.576 (362.194) 835.382 859.604 5 320.546 (150.644) 169.902 173.224 10 4.790.988 (1.074.523) 3.716.465 3.796.122 2 Equipamentos 205.561 (132.526) 73.035 63.209 10 Outros 583.844 (255.260) 328.584 380.865 2 a 20 12.940.733 (3.513.431) 9.427.302 9.685.062 579.993 527.053 Hidrômetros Redes - Sistemas de esgoto Terrenos 579.993 - - Estruturas 2.001.837 (493.144) 1.508.693 1.585.043 4 Ligações 1.212.140 (351.590) 860.550 868.782 5 Redes 6.342.905 (1.186.401) 5.156.504 5.274.374 2 604.377 (262.932) 341.445 400.043 10 57.191 (24.358) 32.833 47.441 2 a 20 10.798.443 (2.318.425) 8.480.018 8.702.736 Terrenos 178.925 - 178.925 179.243 - Estruturas 192.190 (79.465) 112.725 119.065 2 Equipamentos de transporte 191.634 (160.946) 30.688 25.464 20 Móveis, utensílios e equiptos Equipamentos Outros Uso geral 275.263 (175.463) 99.800 81.521 10 Terrenos cedidos em comodato 44.179 - 44.179 44.179 - Bens cedidos em comodato 14.004 (4.341) 9.663 9.874 2 a 20 B - 37 Em milhares de R$ Informação Suplementar Em moeda de poder aquisitivo constante 2001 2000 Depreciação e Custo amortização acumuladas Taxas anuais de Líquido Líquido 896.195 (420.215) 475.980 459.346 24.635.371 (6.252.071) 18.383.300 18.847.144 Sistemas de água 1.102.485 - 1.102.485 1.089.230 Sistemas de esgoto 1.967.775 - 1.967.775 1.735.638 28.355 - 28.355 26.518 3.098.615 - 3.098.615 2.851.386 376.775 (26.408) 350.367 353.958 28.110.761 (6.278.479) 21.832.282 22.052.488 depreciação - % Em andamento Outros Bens intangíveis (e) Total geral (a) Depreciação (i) A totalidade dos bens do imobilizado foi objeto de reavaliação ocorrida em 1990 e 1991 e estão sendo depreciados por taxas anuais que correspondem ao tempo de vida útil remanescente, definido nos respectivos laudos que, via de regra, se situam nos intervalos das taxas apresentadas. (ii) A companhia pretende iniciar em 2002 estudo sobre as taxas de depreciação dos diversos bens contantes do ativo imobilizado objetivando sua adequação, caso aplicável. (b) Baixas dos bens do imobilizado A companhia baixou, no exercício de 2001, bens do ativo imobilizado que resultaram na apuração de perda total no montante de R$ 84.948 mil (2000 - R$ 118.722 mil), sendo R$ 74.453 mil (2000 - R$ 83.588 mil) relacionados ao grupo de bens em operação, motivados por obsolescência, furtos e alienação, e R$ 10.495 mil (2000 - R$ 35.134 mil) relacionados a obras em andamento, motivada por obras e projetos economicamente inviáveis. (c) Capitalização de juros e encargos financeiros Em atendimento à Deliberação CVM no. 193, de 11 de junho de 1996, a companhia capitalizou no exercício de 2001 o montante de R$ 18.885 mil (2000 - R$ 23.743 mil), proveniente de encargos financeiros relacionados a financiamentos de bens do imobilizado em construção. B - 38 (d) Obras em andamento A previsão para desembolso a partir do ano 2002, referente às obras para investimento já contratadas, é de aproximadamente R$ 731.000 mil (2000 – R$ 740.000 mil). Em 31 de dezembro de 2001 e 2000 as obras em andamento se referem principalmente a melhoramentos e benfeitorias operacionais em: Em milhares de R$ Informação Suplementar Pela legislação societária Sistema de Água Rede e Ligação Adução Tratamento de Água Sub-Adução Produção e Reservação Outros Total do Sistema de Água Em moeda de poder aquisitivo constante 2001 2000 2001 2000 243.488 142.931 138.669 144.945 152.620 38.520 861.173 187.215 134.318 166.629 138.876 141.884 21.986 790.908 311.717 182.982 177.526 185.560 195.386 49.314 1.102.485 257.830 184.981 229.480 191.259 195.401 30.279 1.089.230 1.139.705 286.546 94.784 1.521.035 943.977 257.741 58.288 1.260.006 1.474.445 370.707 122.623 1.967.775 1.300.313 355.034 80.291 1.735.638 21.614 19.024 28.355 26.518 2.403.822 2.069.938 3.098.615 2.851.386 Sistema de Esgoto Coleta Tratamento de Esgoto Outros Total do Sistema de Esgoto Outros Total em Andamento (e) Bens intangíveis A partir do exercício de 1999, as negociações relacionadas a novas concessões passaram a ser realizadas considerando o resultado econômico-financeiro do negócio, definido em laudo de avaliação, emitido por peritos independentes. O montante definido no respectivo instrumento de contratação, após a concretização do negócio junto ao município, com realização mediante subscrição de ações da companhia ou em dinheiro, é registrado nessa rubrica e amortizado pelo período da respectiva concessão, pelo prazo de 30 anos. B - 39 O montante líquido demonstrado incluindo adições e amortizações, refere-se à assunção dos seguintes municípios: Em milhares de R$ Municípios Agudos Bom Sucesso do Itararé Campo Limpo Paulista Conchas Duartina Estância de Serra Negra Itararé Marabá Paulista Miguelópolis Osasco Paraguaçu Paulista Paulistânia Sandovalina Santa Maria da Serra Várzea Paulista (f) Pela legislação societária 2001 2000 5.193 5.396 59 _ 9.915 10.227 1.994 2.065 877 893 3.517 3.556 4.523 4.590 308 320 3.460 3.589 225.056 225.093 12.425 12.874 106 _ 171 162 758 788 10.237 10.553 Informação Suplementar Em moeda de poder aquisitivo constante 2001 2000 7.382 7.671 60 _ 12.123 12.519 2.369 2.453 1.028 1.041 3.886 3.937 6.400 6.526 360 374 4.908 5.094 279.997 282.199 18.094 18.064 108 _ 207 198 929 965 12.516 12.917 278.599 350.367 280.106 353.958 Desapropriações Em decorrência da execução de obras prioritárias relacionadas aos sistemas de água e esgoto, houve necessidade de desapropriações ou instituição de servidão de passagem em propriedades de terceiros, procedidas de acordo com a legislação pertinente. Seus proprietários serão ressarcidos por meios amigáveis ou judiciais. A previsão para desembolsos a serem realizados a partir do exercício de 2002 é de aproximadamente R$ 185.000 mil (em 2001 foram realizados R$ 8.597 mil), os quais deverão ser cobertos com recursos próprios. Os bens objeto desses processos deverão ser registrados no ativo imobilizado quando concretizada a operação. B - 40 9 Empréstimos e financiamentos 2001 Instituição Financeira Em moeda nacional União Federal/Banco do Brasil Debêntures Caixa Econômica Federal Outros Juros e encargos Em moeda estrangeira International Bank for Reconstruction and Development (BIRD): US$ 78,684 mil (2000 - US$ 113,875 mil) Société Générale: EUR 4,109 mil (2000 – FRF 30,647 mil) Interamerican Development Bank (BID): US$ 424,041 mil (2000 - US$ 468,580 mil) Eurobônus: US$ 475,000 mil (2000 - US$ 475,000 mil) Westdeutsche Landesbank Girozentrale: US$ 50,000 mil (2000 US$ 50,000 mil) Deutsche Bank Luxembourg: US$ 80,000 mil (2000 US$ 100,000 mil) Juros e encargos Total Em milhares de R$ Pela legislação societária 2000 Longo prazo Total Curto prazo Longo prazo Total Curto prazo 122.864 24.948 525 23.267 171.604 2.410.937 713.094 495.256 25.630 3.644.917 2.533.801 713.094 520.204 26.155 23.267 3.816.521 110.360 16.373 776 21.344 148.853 2.477.192 413.094 499.210 21.930 3.411.426 2.587.552 413.094 515.583 22.706 21.344 3.560.279 62.706 1.320 119.872 7.159 182.578 8.479 56.719 1.038 165.951 7.567 222.670 8.605 76.677 907.267 983.944 68.167 848.095 916.262 - 1.102.190 1.102.190 - 928.815 928.815 116.020 - 116.020 - 97.770 97.770 46.408 139.224 185.632 39.108 156.432 195.540 74.587 377.718 549.322 2.275.712 5.920.629 74.587 2.653.430 6.469.951 67.768 232.800 381.653 2.204.630 5.616.056 67.768 2.437.430 5.997.709 Cotação de 31 de dezembro de 2001: US$ 2,3204; EUR 2,06363. 2001 Instituição Financeira Em moeda nacional União Federal/Banco do Brasil Debêntures Caixa Econômica Federal Outros Juros e encargos Em moeda estrangeira International Bank for Reconstruction and Development (BIRD): US$ 78,684 mil (2000 - US$ 113,875 mil) Société Générale: EUR 4,109 mil (2000 – FRF 30,647 mil) Interamerican Development Bank (BID): Em milhares de R$ Informação Suplementar Em moeda de poder aquisitivo constante 2000 Curto Longo prazo prazo Total Curto prazo Longo prazo Total 122.864 24.948 525 23.267 171.604 2.410.937 713.094 495.256 25.630 3.644.917 2.533.801 713.094 520.204 26.155 23.267 3.816.521 121.804 18.071 855 23.557 164.287 2.734.079 455.932 550.979 24.204 3.765.194 2.855.883 455.932 569.050 25.059 23.557 3.929.481 62.706 1.320 119.872 7.159 182.578 8.479 62.601 1.146 183.160 8.352 245.761 9.498 B - 41 2001 Instituição Financeira US$ 424,041 mil (2000 - US$ 468,580 mil) Eurobônus: US$ 475,000 mil (2000 - US$ 475,000 mil) Westdeutsche Landesbank Girozentrale: US$ 50,000 mil (2000 US$ 50,000 mil) Deutsche Bank Luxembourg: US$ 80,000 mil (2000 US$ 100,000 mil) Juros e encargos Total Curto prazo 76.677 Longo prazo 907.267 Total 983.944 - 1.102.190 1.102.190 116.020 - 116.020 46.408 139.224 185.632 74.587 377.718 549.322 2.275.712 5.920.629 74.587 2.653.430 6.469.951 Informação Suplementar Em moeda de poder aquisitivo constante 2000 Curto Longo prazo prazo Total 75.236 936.043 1.011.279 - 1.025.134 1.025.134 107.909 107.909 43.164 172.654 215.818 74.796 256.943 421.230 2.433.252 6.198.446 74.796 2.690.195 6.619.676 Cotação de 31 de dezembro de 2001: US$ 2,3204; EUR 2,06363. (a) União Federal/Banco do Brasil Em março de 1994, foi realizado o refinanciamento dos contratos existentes com a Caixa Econômica Federal, a qual cedeu os direitos creditórios à União. Nos termos do contrato firmado com a União, os encargos e pagamentos são realizados pelo sistema Price (mensal) atualizados pela variação da UPR- Unidade Padrão de Referência (igual à TR- Taxa de Referencia), acrescidos de juros à taxa de 8,5% ao ano, com vencimento final em 2014. A garantia para esse financiamento é dada pelo Governo do Estado de São Paulo por meio de suas receitas e por receitas próprias da SABESP. (b) Debêntures 3º Emissão Em março de 1999, a companhia realizou colocação pública de debêntures simples, não conversíveis em ações, conforme anúncio de "Início de Distribuição", publicado na Gazeta Mercantil em 19 e 22 de março de 1999 e respectivo Prospecto de Oferta Pública, elaborado de acordo com o Código de AutoRegulação da ANBID – Associação Nacional dos Bancos de Investimento. Foram colocadas 413.094 debêntures ao valor nominal unitário de R$ 1 mil, perfazendo o valor total de R$ 413.094 mil, com prazo final para resgate estipulado para o mês de novembro de 2002 e pagamento de juros trimestrais, assim distribuídas: . . . 1ª., 2ª. e 3ª. séries - R$ 115.000 mil cada série 4ª. série - R$ 51.666 mil 5ª. série - R$ 16.428 mil A emissão foi efetuada com base na Resolução do Conselho Monetário Nacional - CMN nº 2.559/98. Em setembro de 2001, houve prorrogação do prazo de vencimento final e repactuação das condições de remuneração das 5 séries, conforme abaixo, sendo o vencimento final alterado de novembro de 2002 para setembro de 2004. B - 42 Taxa anterior 1ª série 2ª série 3ª série 4ª série 5ª série Taxa de Repactuação 104% CDI 103% CDI 102,75% CDI 104% CDI 103% CDI CDI + 1,5% a.a. CDI + 1,5% a.a. CDI + 1,5% a.a. CDI + 1,5% a.a. CDI + 1,5% a.a. Em vista dessas alterações foram recompradas e mantidas em tesouraria o total de 47.290 debêntures, no montante de R$ 47.432 mil, as quais encontram-se registradas no ativo circulante (nota 4). No exercício de 2001, foram provisionados juros no valor de R$ 70.253 mil (2000 – R$ 70.266 mil), pagos em parcelas trimestrais. O saldo remanescente, no valor de R$ 1.243 mil, encontra-se registrado sob a rubrica “Empréstimos e Financiamentos”, no passivo circulante. 4º Emissão Em 1º de abril de 2001, foram emitidas 30.000 debêntures nominativas, do tipo escritural e não conversíveis em ações, em série única, ao valor nominal unitário de R$ 10 mil, perfazendo o total de R$ 300.000 mil. A colocação total das debêntures no mercado ocorreu através de leilão realizado em 08 de junho de 2001. A amortização das debêntures será em 12 parcelas trimestrais a partir de 15 de março de 2004, com prazo final para resgate estipulado para 15 de dezembro de 2006. As debêntures fazem jus a uma remuneração com base na taxa média dos Depósitos Interfinanceiros-DI de um dia, calculada e divulgada pela CETIP – Central de Custódias e de Liquidação Financeira de Títulos, acrescida de “spread” de 1,20% ao ano. A remuneração é paga trimestralmente, sendo que o primeiro pagamento ocorreu em 15 de junho de 2001. Os recursos captados foram destinados à liquidação de dívidas vincendas no ano da captação. No exercício de 2001, foram provisionados juros no valor de R$ 40.121 mil. O saldo remanescente, no valor de R$ 2.002 mil, encontra-se registrado sob a rubrica “Empréstimos e Financiamentos” no passivo circulante. (c) Caixa Econômica Federal Programa Pró-Saneamento (i) Modalidade água e esgoto Foram firmados diversos contratos em 1996, 1997 e 1998, pelo programa Pró-Saneamento, com a finalidade de ampliação e melhorias no sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário envolvendo diversos municípios do Estado de São Paulo e a Capital. A garantia para esse contrato é a arrecadação proveniente do pagamento das tarifas diárias de água e esgoto, até o valor total da dívida. B - 43 Os prazos de amortização previstos nos contratos são de 120 a 180 meses, a partir do início da fase de retorno. O saldo em 31 de dezembro de 2001 é de R$ 510.669 mil (2000 - R$ 510.862 mil), sendo o valor a utilizar desses contratos em fase de carência de R$ 5.079 mil (2000 - R$ 28.040 mil). Os encargos contratuais são os seguintes: 1996 Taxas de juros 6,5% a 8,0% a.a. 6,5% a 8,0% a.a. 1,0% sobre o valor desembolsado 0,12% a.m. sobre o valor do contrato 1,0% sobre o valor desembolsado 2,0% a.a. sobre o valor desembolsado 0,6% a.a. sobre o saldo devedor 2,0% a.a. sobre o valor desembolsado Diferença entre o cálculo da prestação à taxa de 10,5% a.a. menos à taxa de 9,5% a.a. 1,0% a.a. sobre o saldo devedor Taxa de administração (ii) 1998 9,5% a.a. Na fase de carência: Taxa de risco Na fase de retorno: Taxa de administração 1997 1,0% a.a. sobre o saldo devedor Modalidade Pró-Sanear Em 1997 e 1998 foram firmados contratos pelo programa Pró-Sanear para a execução de melhorias dos serviços de água e esgoto, com participação comunitária, em diversos municípios da Região Metropolitana de São Paulo. A garantia para esses contratos é a arrecadação proveniente do pagamento das tarifas de água e esgoto, até o valor total da dívida. O prazo de amortização previsto é de 180 meses a partir do início da fase de retorno. O saldo em 31 de dezembro de 2001 é de R$ 9.535 mil (2000 – R$ 4.721 mil), sendo o montante a utilizar desses contratos, relativo a obras que já estão em andamento, de R$ 14.779 mil (2000 – R$ 9.376 mil). Encargos financeiros previstos: Taxa de juros – 5,0% a.a. Taxa de administração (fase de carência) - 2,0% a.a. sobre o saldo devedor Taxa de administração (fase de amortização) - 1,0% a.a. sobre o saldo devedor Taxa de risco (fase de carência) - 1,0% sobre o desembolso (d) BIRD Contrato 3.102 - Firmado em fevereiro de 1990, no valor de US$ 280 milhões, com a finalidade de melhoria na eficiência operacional da companhia. O período de amortização teve início em setembro de 1994, cuja taxa anual de juros do financiamento é igual a 0,5% acima do custo de saques qualificados no semestre anterior ao do período de incidência, com B - 44 vencimento final em março de 2004. Foi assinado na mesma data um contrato de garantia entre a República Federativa do Brasil e o BIRD, garantindo a provisão de fundos para o cumprimento das obrigações previstas no contrato de empréstimo. O saldo deste contrato em 31 de dezembro de 2001 era de R$ 135.252 mil (US$ 58,288 mil). Contrato 3.504 - Objetivando a transferência de recursos do contrato "mãe" firmado entre o Estado de São Paulo e o BIRD em dezembro de 1992, destinado à execução do programa de saneamento ambiental da Bacia de Guarapiranga, foi assinado um contrato de repasse entre o Estado de São Paulo e a SABESP, em março de 1993. Foi assinado, em dezembro de 1992, contrato de garantia entre a República Federativa do Brasil e o BIRD, garantindo a provisão de fundos para o cumprimento das obrigações previstas no contrato de financiamento. O contrato está sendo amortizado, em parcelas semestrais, desde outubro de 1997, com vencimento final em abril de 2007. A taxa de juros equivale a 0,5% ao ano acima do custo de captação do BIRD. O saldo deste contrato em 31 de dezembro de 2001 era de R$ 47.326 mil (US$ 20,396 mil). (e) BID Contrato 229 - Firmado em junho de 1987, no valor de US$ 163 milhões, destinado à execução do programa de esgoto na Região Metropolitana de São Paulo. O período de amortização teve início em janeiro de 1994, em parcelas semestrais e taxa de juros anuais de 7,7%, com vencimento final em julho de 2007. Foi assinado, em junho de 1987, um contrato de garantia entre a República Federativa do Brasil e o BID, garantindo a provisão de fundos para o cumprimento das obrigações previstas no contrato de financiamento. O saldo deste contrato em 31 de dezembro de 2001 era de R$ 162.426 mil (US$ 69,999 mil). Contrato 713 - Firmado em dezembro de 1992, no valor de US$ 400 milhões, destinado à execução de projeto de despoluição do Rio Tietê - primeira etapa. O período de amortização teve início em junho de 1999, em parcelas semestrais, cuja taxa anual de juros é variável de acordo com os custos dos empréstimos tomados pelo banco semestralmente e com vencimento final em dezembro de 2017. Foi assinado, em dezembro de 1992, contrato de garantia entre a República Federativa do Brasil e o BID, garantindo a provisão de fundos para o cumprimento das obrigações previstas no contrato de financiamento. O saldo deste contrato em 31 de dezembro de 2001 era de R$ 712.155 mil (US$ 306,910 mil). Contrato 896 - Firmado em dezembro de 1992, no valor de US$ 50 milhões, destinado também ao projeto de despoluição do Rio Tietê - primeira etapa. O período de amortização teve início em junho de 1999, em parcelas semestrais, cuja taxa de juros é de 3% ao ano, com vencimento final em dezembro de 2016. Foi assinado, em dezembro de 1992, contrato de garantia entre a República Federativa do Brasil e o BID, garantindo a provisão de fundos para o cumprimento das obrigações previstas no contrato de financiamento. O saldo deste contrato em 31 de dezembro de 2001 era de R$ 96.683 mil (US$ 41,667 mil). Contrato 1.212 – Firmado em julho de 2000, no valor de US$ 200 milhões, destinado à execução do projeto de Despoluição do Rio Tietê – etapa II. O contrato encontra-se em fase de execução das obras, sendo o total desembolsado até 31 de dezembro de 2001 - US$ 5,465 mil e o saldo a utilizar de US$ 194,535 mil. B - 45 O empréstimo será amortizado em parcelas semestrais, sendo a primeira após seis meses da data prevista para o desembolso final e a última em julho de 2025. Os juros estão sendo pagos semestralmente, sobre o saldo devedor diário, à taxa anual determinada pelos custos dos empréstimos tomados pelo banco, durante o semestre anterior, acrescidos de um “spread”, e serão variáveis para cada semestre. O saldo deste contrato em 31 de dezembro de 2001 era de R$ 12.680 mil (US$ 5,465 mil). Compromissos financeiros - “Covenants” Contratos nºs 713, 896 e 1.212. As tarifas devem: a) produzir uma receita suficiente para cobrir os gastos de exploração do sistema, inclusive os relacionados com administração, operação, manutenção e depreciação; b) proporcionar uma rentabilidade sobre o Ativo Imobilizado não inferior a 7%. Durante a execução do projeto os saldos dos empréstimos contratados a curto prazo não deverão ser superiores a 8,5% do seu Patrimônio Liquido. (f) Eurobônus (i) Foi concretizada no mês de julho de 1997 uma operação de crédito externo, atuando como líder o "UBS - Securities LLC" e como co-líderes o "Deutsche Morgan Grenfell" e o "BB Securities" no valor de US$ 275,000 mil, com taxa anual de juros de 10% e vencimento final previsto para 2005. Esses recursos foram destinados à quitação antecipada de debêntures. (ii) Em junho de 2000 foi realizada uma emissão de EuroBônus no mercado externo, no valor de US$ 200,000 mil, tendo como co-líderes o “Deutsche Bank” e “Salomon Smith Barney” (City Group), com taxa anual de juros de 12% e vencimento final em 2003. Estes recursos foram utilizados para o refinanciamento de obrigações financeiras próprias. Compromissos financeiros - “Covenants” (em moeda de poder aquisitivo constante) Limitar a incorrência em novas dívidas quando a relação entre a dívida e a capitalização ajustada (*) for maior do que 0,42; A cobertura de juros não pode ser menor que 2,5 (EBITDA ajustado (**)/despesas financeiras); Empréstimos ao controlador limitado ao valor do respectivo Contas a Receber. (g) Empréstimos sindicalizados (i) Westdeutsche Landesbank Girozentrale Em fevereiro de 2000, foi realizada uma operação de empréstimo tendo como principal agente pagador o Chase Trust Bank, no valor de US$ 50,000 mil, com vencimento do principal em parcela única em fevereiro de 2002 e pagamento de juros semestrais à taxa de 9,75% ao ano. O valor captado foi utilizado para o refinanciamento de obrigações contraídas nos mercados interno e externo. (ii) Deutsche Bank Luxembourg Em outubro de 2000, foi firmado contrato de empréstimo tendo como agente pagador o B - 46 Deutsche Trust Bank Limited e “arranger” o Brazilian American Merchant Bank, no valor de US$ 100,000 mil , com a finalidade de refinanciamento de obrigações financeiras próprias. A amortização do contrato é em 10 parcelas semestrais, compostas de principal e juros do período, calculados à taxa de 11,13% ao ano, com vencimento final em outubro de 2005. No ano de 2001 foram pagas duas parcelas no total de US$ 20 milhões acrescidas dos juros dos períodos. Compromissos financeiros “Covenants” (em moeda de poder aquisitivo constante) Limitar a incorrência em novas dívidas quando a relação entre a dívida e a capitalização ajustada (*) for maior do que 0,42; A cobertura de juros não pode ser menor que 2,5 (EBITDA ajustado (**)/despesas financeiras); Empréstimos ao controlador limitado ao valor do respectivo Contas a Receber. (*) Capitalização ajustada exclui do Patrimônio líquido as contas a receber atrasadas tanto do Governo do Estado de São Paulo como dos serviços autônomos de água por atacado da Região Metropolitana de São Paulo - RMSP. (**) EBIDTA ajustado é calculado com a exclusão das vendas não recebidas de água e serviços de esgoto para o Governo do Estado de São Paulo e das vendas não recebidas de água no atacado para os serviços autônomos da Região Metropolitana de São Paulo - RMSP. (***) Os Covenants estão sendo atendidos e, conseqüentemente, os saldos dos empréstimos e financiamentos estão devidamente classificados entre o curto e o longo prazo, de conformidade com os contratos. (h) Vencimentos Os empréstimos e financiamentos vencem como segue: Em milhares de R$ Em moeda nacional Em moeda estrangeira 2007 2008 em diante Total 294.541 311.391 229.640 1.952.388 3.816.521 772.261 87.962 81.556 521.574 2.653.430 853.141 1.066.802 399.353 311.196 2.473.962 6.469.951 2003 2004 171.604 164.813 692.144 651.362 160.997 816.175 377.718 549.322 (i) 2006 2002 2005 Antecipação de Câmbio Foram realizadas operações de compra antecipada de moeda estrangeira, em dezembro de 2001, conforme previsto na circular 2.926/99 do Banco Central do Brasil, de 8 de setembro de 1999. Os valores de US$ 26,576 mil (R$ 61.646 mil ) e CHF 14,790 mil (R$ 20.535 mil), que perfazem o total de R$ 82.181 mil, serão utilizados para o pagamento de juros sobre operações B - 47 de EuroBônus e parcela de contrato com o BID, estando atualizados pelas variações das respectivas moedas em 31 de dezembro de 2001, contabilizados no ativo circulante na rubrica “Disponibilidades” (nota 4). 10 Imposto de renda e contribuição social Em milhares de R$ (a) Saldos patrimoniais e de resultado Informação Suplementar Em moeda de poder aquisitivo constante 2001 2000 Pela legislação societária 2001 2000 No ativo circulante Imposto de renda a compensar Contribuição social a compensar No realizável a longo prazo((b)(i)) Imposto de renda diferido Contribuição social diferida No passivo circulante Imposto de renda Contribuição social No exigível a longo prazo ((b)(ii)) Imposto de renda diferido Contribuição social diferida No resultado Do exercício Imposto de renda Imposto de renda diferido Reversão Imposto de renda diferido Do exercício Contribuição social Contribuição social diferida (b) 22.081 5.334 27.415 4.669 4.669 22.081 5.334 27.415 5.153 5.153 55.877 35.463 91.340 23.443 8.975 32.418 55.877 35.463 91.340 25.874 9.906 35.780 - 3.677 3.677 - 4.058 4.058 242.246 14.593 293.180 15.913 2.081.068 676.569 1.950.163 603.132 256.839 309.093 2.757.637 2.553.295 (21.477) 36.090 ) (110.025) ) 14.850 ) ) (21.552) 21.855 (130.688) (21.577) 47.281 61.894 ) 47.291 (47.884) ) 49.823 50.126 27.805 ) (18.114) (4.152) ) 23.584 (21.789) (19.029) 27.805 ) (22.266) ) 23.584 (40.818) Diferidos B - 48 54.884 (97.381) (i) No realizável a longo prazo Calculados substancialmente com base em diferenças temporais no montante de R$ 77.065 mil, com realização prevista para os próximos dois anos. A companhia está pleiteando a compensação integral das bases negativas da contribuição social e dos prejuízos fiscais, sem a limitação de 30% prevista na Lei 8.981/95; no entanto, a parcela compensada no exercício considerou o percentual definido na referida Lei. A base negativa de contribuição social acumulada em 31 de dezembro de 2001, é de R$ 158.610 mil, sobre a qual foi constituído crédito fiscal correspondente no montante de R$ 14.275 mil, com realização prevista para os próximos cinco anos. Em janeiro de 2002, a Comissão de Valores Mobiliários – CVM colocou em audiência pública projeto de deliberação definindo limites ao registro de imposto de renda e contribuição social diferidos, que poderá requerer a revisão dos montantes, atualmente registrados nos termos da Deliberação nº. 273/98. (ii) No exigível a longo prazo Constituída à alíquota de 25% sobre o saldo do Lucro Inflacionário e correção monetária complementar (diferença IPC – Índice de Preços ao Consumidor e do BTNF – Bônus do Tesouro Nacional Fiscal) com realização anual no montante de R$ 47.281 mil (2000 – R$ 47.291 mil). Ademais, como mencionado na nota 18 (d), para fins das demonstrações em moeda de poder aquisitivo constante, a administração calculou e registrou o imposto de renda e a contribuição social diferidos sobre a mais valia do ativo permanente resultante da correção monetária destes, de acordo com os seguintes parâmetros: Em milhares de R$ Base para cálculo dos efeitos fiscais sobre a atualização do ativo permanente (excluindo R$ 1.015.554 mil de terrenos) Do imposto de renda – 25% Da contribuição social – 9% Efeito total no exigível a longo prazo Efeito no exercício No resultado No patrimônio líquido Efeito total no patrimônio líquido e no exigível a longo prazo B - 49 7.355.287 1.838.822 661.976 2.500.798 22.356 266.293 288.649 (c) Conciliação da alíquota efetiva e nominal: Valor registrado como despesa de imposto de renda e contribuição social nessa demonstração financeira está conciliado às taxas nominais conforme demonstrado a seguir: Em milhares de R$ Legislação societária 2001 2000 Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 126.528 591.585 271.986 923.217 Despesa à taxa nominal de 34% (43.020) (201.139) (92.475) (313.894) Juros sobre o capital próprio 166.549 183.469 166.856 211.934 Realização da reserva da reavaliação (44.150) (54.249) (77.059) (94.685) - - 578.092 (526.452) 579.502 (472.567) Outras 10.320 1.769 24.748 (48.489) Receita (Despesa) de imposto de renda e contribuição social na demonstração de resultado 89.699 (70.150) 73.710 (138.199) Correção monetária do ativo permanente Correção monetária do patrimônio líquido 11 Informação Suplementar Em moeda de poder aquisitivo constante 2001 2000 Impostos e contribuições Em milhares de R$ Imposto de renda e contribuição social Cofins e Pasep Acordos- Refis (i) INSS Outros Total 2001 Curto prazo 2000 5.898 57.274 10.121 6.896 80.189 3.677 6.200 52.103 9.810 4.413 76.203 2001 Pela legislação societária Longo prazo 2001 2000 124.093 124.093 164.992 164.992 Informação Suplementar Em moeda de poder aquisitivo constante Curto prazo Longo prazo 2000 2001 2000 Imposto de renda e contribuição social Cofins e Pasep Acordos- Refis INSS Outros 5.898 57.274 10.121 6.896 4.059 6.843 57.506 10.827 4.871 124.093 - 182.102 - Total 80.189 84.106 124.093 182.102 B - 50 (i) Composição da base de cálculo quando da adesão ao Refis Em milhares de R$ Imposto Cofins Pasep Contribuição Social Imposto de Renda TOTAL Valor principal 416 1.076 Juros 580 1.609 Saldo em 29/02/00 1.079 2.900 Valor a Compensar (47) (128) Valor a pagar 1.032 2.772 Multa 83 215 46.658 9.332 74.468 130.458 (79) 130.379 45.104 9.021 51.050 105.175 (579) 104.596 93.254 18.651 127.707 239.612 (833) 238.779 As multas e juros acima mencionados já faziam parte dos acordos firmados em períodos anteriores. A companhia aderiu ao Refis com o intuito exclusivo de reparcelar débitos anteriormente acordados com a Receita Federal. A companhia optou pela modalidade de parcelamento alternativo, em parcelas iguais pelo prazo de 60 meses, acrescidas de Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP, as quais não estão sujeitas ao limite do pagamento com base em percentual do faturamento. A opção da administração pela adesão considerou, sobretudo, a redução da taxa de juros aplicáveis aos referidos débitos, passando de Selic, que corrigia os acordos vigentes até 29 de fevereiro de 2000, para TJLP. O ganho financeiro a valor presente, se calculado tomando por base os termos acima descritos, não foi reconhecido contabilmente em atendimento às normas contábeis brasileiras. Em 31 de março de 2000, o saldo acumulado da base negativa de contribuição social era de R$ 28.506 mil e não foi utilizado na amortização dos juros e multas. Não existia saldo acumulado de prejuízo fiscal naquela data. Não foram efetuados ajustes em decorrência da adesão ao Refis. O valor das parcelas pagas antes da adesão ao Refis era de aproximadamente R$ 7 milhões/mês. Foram arrolados, na operação, terrenos no montante de R$ 249.034 mil, em garantia ao processo de pagamento dos referidos débitos. A opção pelo Refis implica na obrigatoriedade do pagamento regular dos impostos e contribuições, conforme previsto na legislação. O montante pago desde a opção ao programa Refis, em março de 2000 até dezembro de 2001, foi de R$ 96.648 mil, sendo que R$ 39.236 mil referem-se a encargos. B - 51 12 Plano previdenciário e assistencial A companhia é patrocinadora da Fundação Sabesp de Seguridade Social - SABESPREV, entidade constituída em agosto de 1990, com o objetivo principal de administrar planos de benefício previdenciário complementar e programa assistencial dos empregados da SABESP. As contribuições mensais relativas ao plano previdenciário - benefício definido, correspondem a 2,10% da companhia e 2,10% dos participantes. As contribuições dos participantes apresentada acima é a média, pois o valor do desconto varia em função da faixa salarial, entre 1% e 8,5%. A contribuição da companhia inclui a responsabilidade assumida referente a períodos anteriores à constituição da SABESPREV, a qual é exigível até fevereiro de 2011. O montante dessa obrigação, definido por cálculo atuarial, é de R$ 9.237 mil (2000 - R$ 9.462 mil), e está registrado contabilmente, apropriado de acordo com o prazo de realização, no passivo circulante e exigível a longo prazo. O programa assistencial, que é constituído por planos de saúde optativos, de livre escolha, é mantido também por contribuições da patrocinadora e dos participantes, que no exercício foram as seguintes: . Da companhia: 6,21% (2000 - 6,21%) em média da folha de salários; . Dos participantes: 3,21%, sobre o salário base e gratificação, que corresponde à média de 2,25% da folha bruta de salários. A companhia está promovendo mudança no Plano de Benefício Definido para um Plano de Contribuição Definida, com o objetivo de reduzir riscos futuros para a Instituição, oferecendo um plano mais moderno e flexível para seus empregados. Os novos empregados deverão aderir ao novo plano, enquanto que para aqueles que já participam do Plano de Benefício Definido a escolha será livre. 13 Informações conforme Deliberação CVM 371 Objetivando atender ao disposto na Deliberação CVM nº 371 de 13 de dezembro de 2000, informamos abaixo os valores apurados dos benefícios de pensão e aposentadoria concedidos e a conceder que os empregados farão jus após o tempo de serviço. Em 31 de dezembro de 2001, com base no relatório de atuário independente, calculado pelo método de Unidade de Crédito Projetada, a SABESP possuía um compromisso atuarial líquido de R$ 266.074 mil que representa a diferença entre o valor presente das obrigações da Companhia relativamente aos participantes empregados, aposentados e pensionistas e dos ativos garantidores, conforme demonstrado a seguir: Em milhares de R$ Valor presente das obrigações atuariais descobertas Valor justo dos ativos Valor do custo passado não reconhecido no balanço B - 52 591.998 (325.924) 266.074 Para o ano de 2002, estimamos as despesas a serem incorridas nos seguintes montantes: Custo do serviço corrente 10.711 Custo dos juros 61.438 Rendimentos esperados do ativo do plano (34.639) Amortização do custo do serviço passado 53.214 Contribuição do empregado (11.336) Total 79.388 A obrigação e despesa apuradas pelo cálculo atuarial foram obtidas utilizando os seguintes critérios: Hipóteses Econômicas Taxa nominal de desconto – 10,5% a.a.; Taxa nominal de retorno esperado dos ativos – 10,5% a.a.; Crescimentos salariais futuros – 4,75% a.a.; Crescimento dos benefícios da previdência social e dos limites – 2,5% a.a.; Observação – As hipóteses econômicas consideram uma inflação de longo prazo de 2,5% ao ano. - Número de participantes ativos em 31 de dezembro de 2001 Número de participantes inativos em 31 de dezembro de 2001 16.859 4.442 Emenda Constitucional nº 20 A avaliação do plano de custeio da SABESPREV é procedida por atuário independente, cujas premissas diferem daquelas aplicadas para fins de apuração dos benefícios a empregados dispostas na Deliberação CVM nº 371, substancialmente quanto ao método atuarial de cálculo (CVM nº 371 – capitalização e SPC – Secretaria de Previdência Complementar – misto) e taxa de desconto (CVM nº 371 – 10,5% nominal e SPC – 6,0% real). Desta forma, o eventual déficit apurado em 31 de dezembro de 2001, de acordo com o método da unidade de crédito projetada demonstrado acima, que vier a se refletir em déficit técnico no método adotado no Plano da Sabesprev, resultará em aportes financeiros adicionais. 14 Transações com partes relacionadas Em milhares de R$ Pela legislação societária 2001 No ativo circulante Bancos e Aplicações Financeiras– Nossa Caixa S/A Clientes Estadual (nota 5) Contas a receber de acionistas (nota 6) 319.734 35.782 19.740 No realizável a longo prazo Acordo Governo do Estado de São Paulo (nota 14 (a)) 649.057 B - 53 2000 138.424 116.649 (i) 253.549 - Em milhares de R$ Pela legislação societária 2001 No ativo circulante Bancos e Aplicações Financeiras– Nossa Caixa S/A Clientes Estadual (nota 5) Contas a receber de acionistas (nota 6) Operação - no resultado Vendas e prestação de serviços Receitas Financeiras Aplicações Financeiras – Nossa Caixa S/A 2000 319.734 35.782 19.740 138.424 116.649 (i) 253.549 242.074 229.770 60.309 57.976 (i) exclusive R$ 129.571 mil, apresentado como dedução dos juros sobre o capital próprio Referem-se a operações de vendas para entidades do Governo Estadual, realizadas em condições consideradas pela Administração como normais de mercado, excetuando-se quanto à forma de liquidação dos créditos, que poderá ser realizada nas a seguir mencionadas: (a) Termo de Reconhecimento e Consolidação de Obrigações, compromisso de Pagamento e Outras Avenças (Acordo GESP). Celebrado em 11 de dezembro de 2001, entre a companhia, o Governo do Estado de São Paulo por intermédio da Secretaria de Estado dos Negócios da Fazenda e o Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE, com a interveniência da Secretaria de Recursos Hídricos, Saneamento e Obras, onde o Estado reconhece que por força da Lei nº 200/74, é responsável pelos encargos decorrentes dos benefícios de complementação de aposentadorias e pensões e reconhece a existência de débitos originários de faturas correspondentes à prestação de serviços de fornecimento de água e coleta de esgoto. O valor total do acordo é de R$ 678.830 mil a valor histórico, sendo R$ 320.623 mil referentes aos benefícios de complementação de aposentadoria e pensões no período de março de 1986 a novembro de 2001, e R$ 358.207 mil provenientes da prestação de serviços de fornecimento de água e coleta de esgotos, faturados e vencidos de 1985 até 1º de dezembro de 2001. O total mencionado será pago em 114 parcelas mensais e sucessivas, atualizadas pela variação mensal do Índice Geral e Preços de Mercado IGP-M e juros de 6% ao ano, vencendo-se a primeira em 210 dias da data da assinatura desse Instrumento. Tendo em vista a importância estratégica dos reservatórios Taiaçupeba, Jundiaí, Biritiba, Paraitinga e Ponte Nova, para a garantia da manutenção do volume de água produzido pelo sistema Alto Tietê, o Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE transferirá esses bens à companhia a título de amortização parcial do ressarcimento devido pelo Estado, mediante cessão de créditos no mesmo valor dos reservatórios, a ser apurado por empresa de avaliação independente. A companhia já possui a autorização de utilização desses mananciais desde 1992, por conta de investimentos efetuados de acordo com convênio celebrado com o DAEE. O Estado e a companhia procurarão manter o equacionamento do saldo de créditos com a utilização, quando aplicável, de dividendos distribuídos nos termos do Protocolo de Entendimentos descrito abaixo. B - 54 Protocolo de Entendimentos com o Governo do Estado de São Paulo A companhia e o Governo do Estado de São Paulo , por intermédio da Secretaria da Fazenda, celebraram Protocolo de Entendimentos em 30 de setembro de 1997, visando o equacionamento do saldo de créditos a receber relativos às vendas e aos serviços prestados pela companhia, ao complemento de aposentadoria e licença prêmio dos funcionários beneficiados pela Lei nº 200/74 além de outros débitos, com a utilização, quando aplicável, de dividendos e/ou juros sobre o capital próprio. Em dezembro de 2001, a companhia efetuou o pagamento do saldo dos juros sobre o capital próprio devidos à Fazenda do Estado relativos ao exercício de 2000, no valor de R$ 120.000 mil. 15 Provisões e Contingências Em milhares de R$ Pela legislação societária (a) No passivo circulante (i) Provisões Férias Encargos Sociais Informação Suplementar Em moeda de poder aquisitivo constante 2001 2000 2001 2000 71.890 2.470 67.791 2.489 71.890 2.470 74.821 2.747 74.360 70.280 74.360 77.568 111.035 63.420 111.035 69.996 51.753 - 51.753 - - 27.000 - 29.800 3.452 - 3.452 - 166.240 90.420 166.240 99.796 (ii) Provisões para Contingências Cofins e Pasep Lei 9.718 (nota 15 (a) (iii)) Finsocial (nota 15 (a) (iv)) Com Fornecedores (nota 15 (a)(v)) Com Clientes (iii) Mediante Ação Ordinária, com pedido de tutela antecipada, a companhia está questionando judicialmente a sistemática introduzida pela Lei nº. 9.718/98, que ampliou a base de cálculo da contribuição para o Financiamento de Seguridade Social – COFINS e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público – PASEP e majorou a alíquota da COFINS. O pedido de tutela antecipada foi deferido em 11 de junho de 1999, sem depósito judicial. A diferença apurada nos cálculos, segundo os critérios da lei atual e os valores efetivamente recolhidos, calculados conforme a lei anterior, de 1999 a 2001, perfaz R$ 111.035 mil, e foi provisionada e registrada no passivo circulante. B - 55 (iv) Em julho de 1991 foi ajuizada Ação Ordinária Anulatória e Declaratória, através do processo nº 91.0663460-5, pedindo que fossem declarados nulos os déditos de Finsocial e que fosse extinta a obrigatoriedade da SABESP em contribuir com o Finsocial. Foram efetuados depósitos judiciais aplicando-se alíquota de 2%, referentes aos períodos de abril de 1991, a abril de 1992, sendo em 30 de agosto de 1994 autorizado o levantamento de 75% desses depósitos. Os restantes 25% da importância, correspondente à alíquota de 0,5% foram mantidos como depósito judicial e também provisionados no exigível a longo prazo. Com o reconhecimento pelo STF – Supremo Tribunal Federal, da constitucionalidade do Finsocial sobre a receita bruta das empresas exclusivamente prestadoras de serviços, a Superintendência Jurídica da companhia recomendou efetuar a complementação da provisão em 1,5% em setembro de 2001. (v) Com fornecedores O valor de R$ 27.000 mil, provisionado em 2000, originário de Ação Ordinária promovida por fornecedor, foi convertido em acordo no valor de R$ 22.884 mil, e pago em dezembro de 2001, colocando fim à demanda. (b) No exigível a longo prazo A administração, com base em análise conjunta com seus consultores jurídicos, constitui provisão para as contingências considerada suficiente para fazer face a prováveis perdas em processos judiciais, no valor de R$ 76.625 mil (2000 –R$ 27.616 mil), assim distribuídos: Em milhares de R$ Pela legislação societária Trabalhistas Encargos Previdenciários – INSS Com Fornecedores (i) Outros Informação Suplementar Em moeda de poder aquisitivo constante 2001 2000 2001 2000 15.267 4.874 53.418 3.066 76.625 26.783 833 27.616 15.267 4.874 53.418 3.066 76.625 29.560 919 30.479 (i) Refere-se à Ação Ordinária proposta por prestador de serviço, decorrente de contratos de obras. (d) Processos judiciais Os processos judiciais em andamento nos quais a companhia é parte passiva, considerados pelos nossos consultores jurídicos como sendo possível de êxito/perda e que não estão B - 56 registrados contabilmente, representam na esfera trabalhista R$ 7.327 mil (R$ 17.000 mil em 2000) e R$ 53.514 mil ( R$ 42.000 em 2000) correspondentes a questões cíveis. 16 Participação nos resultados Com base nas negociações realizadas entre a companhia e as Entidades Representativas de classe funcional, houve a antecipação do pagamento da 1º. parcela efetuada no dia 20 de dezembro de 2001 referente ao Programa de Participação nos Resultados, no valor de R$ 15.886 mil, cujo período de referencia é julho a dezembro de 2001. A parcela relativa ao período de janeiro a junho de 2002, será paga ao final desse período, caso as respectivas metas sejam atendidas. 17 Patrimônio líquido (a) Capital social autorizado A companhia está autorizada a aumentar o seu capital social até o limite de R$ 4.100.000 mil, correspondentes a 40.000.000.000 de ações, dividido em ações ordinárias todas escriturais e sem valor nominal. (b) Capital social subscrito e integralizado O capital social subscrito e integralizado é composto de 28.479.577.827 (2000 28.479.577.827) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, assim distribuídas: 2001 Acionistas Fazenda do Estado de São Paulo Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo Ações em Custódia em Bolsa de Valores Outras 2000 Quantidade % Quantidade % 24.293.934.171 85,30 24.293.934.175 85,30 862.999.886 3.280.070.786 42.572.984 3,03 11,52 0,15 862.999.886 3.281.390.752 41.253.014 3,03 11,52 0,15 28.479.577.827 100,00 28.479.577.827 100,00 c) Remuneração aos acionistas Aos acionistas é assegurado dividendo mínimo obrigatório de 25% do lucro líquido, ajustado de acordo com a legislação societária. A companhia atribuiu no exercício de 2001, a título de juros sobre capital próprio, em substituição aos dividendos, R$ 489.848 mil; desse montante foram retidos R$ 6.648 mil de imposto de renda na fonte, que correspondem a R$ 273.621 mil acima do lucro líquido apurado no exercício. Os juros sobre o capital foram calculados em conformidade com o artigo 9o. da Lei no. 9.249/95, observando-se a Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP; para fins de dedutibilidade na apuração do imposto de renda e da contribuição social, foram B - 57 registrados na conta “Despesas financeiras” e, em seguida, para fins de demonstração, em atendimento à Deliberação CVM no. 207/96, apresentados no patrimônio líquido. Caso não houvesse a opção dos juros sobre o capital próprio, o cálculo dos dividendos mínimos obrigatórios seria como segue: Em milhares de R$ Lucro líquido do exercício (-) Reserva Legal Base de cálculo dos dividendos Dividendos mínimos obrigatórios 25% Dividendos por lote de mil ações em R$ 216.227 10.811 205.416 51.354 1,80 (d) Reservas de lucros (i) Reserva Legal Constituída com base em 5% do lucro líquido do exercício, antes de qualquer distribuição, como previsto na legislação societária. (ii) Reserva para investimentos Os lucros remanescentes ajustados relativos ao período até 31 de dezembro de 2000, não distribuídos aos acionistas, foram utilizados para a constituição de reserva para investimentos, especificamente da parcela com recursos próprios, relacionados à ampliação dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário, estimados para se realizarem até 2003, como previsto em orçamento de capital (Investimentos totais previstos com recursos próprios, no período de 2001 a 2003, no montante de R$ 1.811 milhões, conforme Lei Estadual nº 10.694, de 8 de dezembro de 2000). Em 2001, os investimentos com recursos próprios foram de R$ 590 milhões, sendo o orçamento de investimentos para o ano de 2002, aprovado pela Lei nº. 11.010 de 28 de Dezembro de 2001, de R$ 605 milhões. Não obstante, a reserva foi mantida a seu valor original, podendo, como verificado no exercício de 2001, ser distribuídas aos acionistas. (e) Reserva de reavaliação Como previsto na Instrução CVM nº. 97/93, a companhia optou por não registrar o imposto de renda e a contribuição social sobre a reserva de reavaliação de bens do ativo imobilizado constituída até 1991. Caso fossem contabilizadas gerariam um passivo tributário (não desembolsável) de R$ 605.115 mil (2000 - R$ 653.573 mil). A reserva vem sendo realizada em contrapartida da conta “Lucros Acumulados”, na mesma proporção da depreciação e baixa dos respectivos bens a que está relacionada. B - 58 18 Informações Suplementares em moeda de poder aquisitivo constante Em atendimento à resolução CFC nº 900/01 – Aplicação do Princípio da Atualização Monetária, apresentamos a seguir as informações suplementares referentes às demonstrações financeiras e correspondentes notas explicativas elaboradas em moeda de poder aquisitivo constante, considerando a variação do índice de correção verificado em todo exercício de 2001. Essas informações foram elaboradas de acordo com as seguintes principais práticas contábeis: (a) Índice de atualização A atualização monetária das operações relativas ao ativo permanente, patrimônio líquido, das contas de resultado e apuração de ganhos e perdas nos itens monetários foi mensurada com base na variação da Unidade Monetária Contábil - UMC, considerando como base a variação do Índice Geral de Preços - Mercado - IGP-M (10,37% em 2001 e 9,95% em 2000). (b) Contas patrimoniais Os montantes relativos aos ativos e passivos monetários apresentados em moeda de poder aquisitivo constante são idênticos àqueles apresentados "pela legislação societária", exceto pelos valores a receber de clientes, a pagar a fornecedores e empreiteiros, imposto de renda e contribuição social diferidos no exigível a longo prazo que estão ajustados para refletir o poder aquisitivo ou a realização em moeda de 31 de dezembro de 2001, tomando-se por base a taxa divulgada pela Associação Nacional de Bancos de Investimento - ANBID. O ativo permanente e o patrimônio líquido foram corrigidos com base na variação mensal da UMC, atualizada pelo IGP-M até 31 de dezembro de 2001. (c) Contas do resultado Todas as contas foram atualizadas monetariamente com base na variação da UMC, a partir do mês de sua contabilização, ajustadas pelos ganhos e perdas inflacionários apurados sobre os saldos iniciais e finais de cada mês dos ativos e passivos monetários, e que geraram despesas e receitas financeiras ou inflacionárias nominais, os quais foram considerados como redutores das respectivas contas de resultado a que se vinculam. (d) Impostos e contribuições diferidos O imposto de renda e a contribuição social diferidos foram calculados com base nas alíquotas de 15% mais adicional de 10% e 9%, respectivamente, sobre o montante da mais-valia dos bens e direitos do ativo permanente gerada pelo resultado da sua atualização monetária, em conformidade com as instruções da CVM, consubstanciada no Pronunciamento do IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil no. 99/006. B - 59 (e) Demonstrações das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos Os montantes apresentados estão em moeda de poder aquisitivo de 31 de dezembro de 2001. (f) Conciliação entre o lucro líquido do exercício e o patrimônio líquido, apurados de acordo com a legislação societária e em moeda de poder aquisitivo constante Em milhares de R$ Pela legislação societária Correção monetária Do permanente Do patrimônio líquido Ajuste a valor presente – líquido Reversão (provisão) de impostos Imposto de renda Contribuição social Em moeda de poder aquisitivo constante Lucro líquido do exercício 2001 2000 216.227 521.435 Patrimônio líquido 2001 2000 7.996.690 8.268.473 1.700.271 (1.548.389) (57) 1.704.418 (1.389.902) 1.064 8.370.841 (1.438) 8.219.762 (1.381) (16.438) (5.918) (38.233) (13.764) (1.838.822) (661.976) (1.626.580) (585.569) 345.696 785.018 13.865.295 14.274.705 Ganhos e perdas nos itens monetários Ativo Circulante Disponibilidades Clientes Contas a receber de acionista Estoques Demais contas a receber Realizável a longo prazo Clientes Acordo GESP Imposto e contribuições diferidos Outros Total das perdas 2001 2000 Conta de destino (44.177) (81.097) (29.688) (2.974) (6.479) (164.415) (37.518) (72.144) (23.738) (1.232) (3.100) (137.732) (15.884) (675) (6.542) (4.128) (16.999) (1.976) (2.410) (27.229) (21.385) (191.644) (159.117) B - 60 Receitas financeiras Receitas financeiras Despesas com pessoal Despesas com materiais Receitas financeiras Receitas financeiras Receitas financeiras Despesas financeiras Despesas financeiras Passivo Circulante Fornecedores e empreiteiros Empréstimos e financiamentos Salários e encargos sociais Provisões Juros sobre o capital próprio a pagar Impostos e contribuições Demais contas a pagar Exigível a longo prazo Empréstimos e financiamentos Impostos e contribuições diferidos Impostos e contribuições Provisões para contingências Demais contas a pagar Total dos ganhos Ganhos monetários, líquidos 19 3.464 12.619 952 22.361 4.590 8.016 608 52.610 4.021 32.228 6.192 16.440 8.329 13.731 2.642 83.583 Despesas financeiras Despesas financeiras Despesas com pessoal Despesas com pessoal Despesas gerais Despesas financeiras Despesas com serviços 158.567 28.790 14.985 2.769 1.615 206.726 259.336 67.692 363.989 36.360 19.161 2.939 1.952 424.401 507.984 348.867 Despesas financeiras Despesas financeiras Despesas financeiras Despesas com pessoal Despesas com pessoal Cobertura de seguros As apólices de seguros mantidas pela companhia propiciam as seguintes coberturas, segundo os riscos e a natureza dos bens: Em milhares de R$ Modalidade de seguro Importância segurada Incêndio Riscos diversos Responsabilidade civil – obras Risco de engenharia Responsabilidade civil - operacional 238.331 3.991 7.212 416.516 1.500 B - 61 20 Instrumentos financeiros (a) Valor de mercado dos instrumentos financeiros Os valores de mercado dos principais instrumentos financeiros da companhia aproximam-se dos valores contábeis, destacando-se: Em milhares de R$ Pela legislação societária Aplicações em títulos e valores mobiliários Empréstimos e financiamentos Informação Suplementar Em moeda de poder aquisitivo constante 2001 2000 2001 2000 281.746 6.469.951 118.014 5.997.709 281.746 6.469.951 130.252 6.619.676 Os valores de mercado foram calculados conforme o valor presente desses instrumentos financeiros, considerando a taxa de juros praticada pelo mercado para operações de riscos e prazos similares. (b) Concentração de risco de crédito Parte substancial das vendas é bastante pulverizada a um grande número de clientes. No caso desses clientes, o risco de crédito é mínimo devido à grande carteira e aos procedimentos de controle, os quais monitoram esse risco. A provisão para devedores duvidosos está adequadamente coberta por provisão para fazer face a eventuais perdas na realização dos créditos. (c) Moeda estrangeira As operações em moeda estrangeira consistem em financiamentos destinados a obras específicas de melhoria e ampliação dos sistemas de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto. A administração realiza operações financeiras de proteção cambial conforme circular nº 2.926/99 do Banco Central do Brasil (nota 9 (i)). B - 62 21 Receita operacional bruta por região Em milhares de R$ Pela legislação societária Metropolitana de São Paulo Interior Litoral Ajuste a valor presente, contas a receber e fornecimento a faturar Total 22 Informação Suplementar Em moeda de poder aquisitivo constante 2001 2000 2001 2000 2.682.017 565.686 295.805 2.633.898 542.747 281.308 2.825.123 595.315 311.864 3.058.595 629.796 326.843 3.543.508 3.457.953 (24.493) 3.707.809 (25.003) 3.990.231 Custos e despesas operacionais Em milhares de R$ Pela legislação societária Informação Suplementar Em moeda de poder aquisitivo constante 2001 2000 2001 2000 578.179 59.047 58.750 198.938 196.869 33.997 464.655 1.590.435 551.274 51.471 45.532 172.333 180.194 29.612 443.652 1.474.068 620.615 62.664 62.038 206.761 206.760 35.232 812.471 2.006.541 640.694 59.012 53.001 195.950 208.506 30.955 785.748 1.973.866 80.751 3.785 68.165 365 24.137 1.614 68.437 2.985 49.593 467 19.842 1.100 86.562 4.010 70.962 387 24.939 2.816 79.447 3.418 56.344 537 20.794 1.958 153.780 332.597 190.314 332.738 165.682 355.358 221.484 383.982 Custos das vendas e dos serviços prestados Salários e encargos Materiais gerais Materiais de tratamento Serviços de terceiros Energia elétrica Despesas gerais Depreciação Despesas com vendas Salários e encargos Materiais gerais Serviços de terceiros Energia elétrica Despesas gerais Depreciação Baixa de créditos/provisão para créditos de liquidação duvidosa B - 63 Despesas administrativas 81.812 4.540 58.432 490 26.052 11.060 20.749 203.135 31.271 3.459 59.698 610 9.487 12.284 20.540 137.349 87.791 4.802 61.192 517 27.037 17.261 21.760 220.360 38.978 3.979 67.619 703 9.774 20.080 23.817 164.950 740.742 67.372 58.750 325.535 197.724 84.186 477.329 20.749 650.982 57.915 45.532 281.624 181.271 58.941 457.036 20.540 794.968 71.476 62.038 338.915 207.664 87.208 832.548 21.760 759.119 66.409 53.001 319.913 209.746 61.523 807.786 23.817 153.780 190.314 165.682 221.484 2.126.167 1.944.155 2.582.259 2.522.798 375.662 328.746 394.959 381.540 239.486 489.848 (489.848) 59.032 205.340 539.614 (539.614) 53.243 252.562 490.754 (490.754) 62.409 237.971 623.336 (623.336) 62.073 68.192 387.009 2.901 60.948 158.509 5.458 - - 72.808 1.205.090 27.000 839.244 5.078 (225.833) 72.884 562.059 4.271 (468.390) 29.892 247.357 Salários e encargos Materiais gerais Serviços de terceiros Energia elétrica Despesas gerais Depreciação e amortização Despesas fiscais Custos, Despesas com vendas e administrativas Salários e encargos Materiais gerais Materiais de tratamento Serviços de terceiros Energia elétrica Despesas gerais Depreciação e amortização Despesas fiscais Baixa de créditos/provisão para créditos de liquidação duvidosa Despesas financeiras Juros, multas e moras sobre empréstimos e financiamentos – moeda nacional Juros, multas e moras sobre empréstimos e financiamentos – moeda estrangeira Juros sobre o capital próprio (nota 17 – c) Juros sobre o capital próprio (reversão) Outras despesas financeiras Variação monetária sobre empréstimos e financiamentos Variação cambial sobre empréstimos e financiamentos Outras variações monetárias Reversão do ajuste a valor presente de fornecedores e empreiteiros Ganhos e perdas Provisões B - 64 Receitas financeiras Variações monetárias Rendimento de aplicações financeiras Reversão do ajuste a valor presente de contas a receber e fornecimentos a faturar Ganhos e perdas Juros Outras Sub – total COFINS e PASEP Despesas financeiras, líquidas das receitas 23 23.795 60.309 46.321 57.976 62.785 66.651 19.574 55 103.733 (3.795) 99.938 837 237 105.371 (3.838) 101.533 24.135 (140.637) 20.424 56 (33.237) (3.944) (37.181) 25.928 (125.844) 953 283 (32.029) (4.431) (36.460) 1.005.152 737.711 599.240 283.817 Resultado Operacional por segmento Em milhares de R$ 2001 Sistema de Água Sistema de Esgoto Total Receita bruta das vendas Receita bruta das vendas - Atacado Receita bruta de serviços 1.814.483 204.148 88.290 2.106.921 1.397.421 39.166 1.436.587 3.211.904 204.148 127.456 3.543.508 Contribuições sobre vendas e serviços Receita líquida das vendas e serviços (64.656) 2.042.265 (44.085) 1.392.502 (108.741) 3.434.767 Custos das vendas e serviços prestados e despesas operacionais (1.436.322) (689.845) (2.126.167) 605.943 702.657 1.308.600 Lucro operacional antes das despesas financeiras, líquidas das receitas 22000 Sistema de Água Receita bruta das vendas Receita bruta das vendas – Atacado 1.783.659 184.180 B - 65 Sistema de Esgoto 1.364.803 - Total 3.148.462 184.180 22000 Sistema de Água Sistema de Esgoto Total Receita bruta de serviços 87.910 2.055.749 37.401 1.402.204 125.311 3.457.953 Contribuições sobre vendas e serviços Receita líquida das vendas e serviços (60.759) 1.994.990 (41.443) 1.360.761 (102.202) 3.355.751 Custos das vendas e serviços prestados e despesas operacionais (1.306.214) (637.941) (1.944.155) 688.776 722.820 1.411.596 Lucro operacional antes das despesas financeiras, líquidas das receitas 24 Concessões Os Municípios de Diadema e Mauá encerraram as concessões dos serviços de abastecimento de água e coleta de esgotos no início de 1995. Em dezembro de 1996, a companhia propôs demanda indenizatória pleiteando o pagamento pelos investimentos realizados durante a vigência dos contratos de concessão. Apesar de ainda não ter sido ressarcida pelos respectivos montantes, a companhia continua fornecendo água tratada, por atacado, a esses municípios, que atualmente operam os sistemas de água e esgoto. O valor residual dos bens do imobilizado relacionado ao Município de Diadema, baixado contabilmente em dezembro de 1996, foi de R$ 75.231 mil, e o saldo da indenização e de outros créditos a receber do município é de R$ 62.876 mil, encontrando-se registrado contabilmente no realizável a longo prazo na conta "Indenizações a receber". O valor residual dos bens do imobilizado relacionado ao Município de Mauá, baixado no exercício de 1999, foi de R$ 103.763 mil, e o saldo da indenização, no montante de R$ 85.918 mil, encontra-se registrado no realizável a longo prazo na conta "Indenizações a receber". Ambos os casos encontram-se em discussão judicial, sendo, entretanto, considerado pelo consultor jurídico responsável pela condução dos processos, provável o desfecho favorável à companhia. 25 Eventos subseqüentes (i) Emissão de Debêntures Em fevereiro de 2002 a administração da companhia deliberou pela relização da 5ª emissão de debêntures, simples, não conversíveis em ações, sem garantias, para distribuição pública, que foi apresentada para aprovação em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 25 de fevereiro de 2002. A emissão será de até R$ 500.000 mil, com emissão de 50.000 debêntures, com valor nominal unitário de R$ 10 mil. O vencimento final será em março de 2007. B - 66 A distribuição será feita por um consórcio de bancos liderado pelo Banco Itaú S/A, e constituído ainda pelo Bradesco, Unibanco e ABN – Amro Real. As debêntures poderão ser emitidas em CDI mais “spread” ou indexadas ao IGP-M adicionados de juros remuneratórios. A distribuição dos títulos entre as séries e remuneração serão definidas no processo “bookbuilding”, que deve ocorrer em abril de 2002. (ii) Financiamento do Japan Bank of International Cooperation – JBIC Estão previstos investimentos em obras de esgoto no litoral Santista, entre Peruíbe e Bertioga, no valor de US$ 250,000 mil, sendo US$ 150,000 mil originados do JBIC e US$ 100,000 mil como contra partida da companhia. A companhia está aguardando a manifestação do Governo japonês para que os recursos destinados ao empréstimo do JBIC sejam assegurados no orçamento nacional daquele país. A assinatura do contrato deverá se dar no 2º semestre de 2002. (iii) BNDES A Diretoria do BNDES aprovou em dezembro de 2001, um total de R$ 400.000 mil a serem financiados a companhia. Esse montante destina-se a financiar parte da contra partida da companhia nos financiamentos do BID – Tietê II ( R$ 240.000 mil) e JBIC ( R$ 160.000 mil). O financiamento terá prazo de 7 anos de amortização com 3 anos de carência, sendo R$ 100.000 mil contratados diretamente pelo BNDES e R$ 300.000 mil repassados por bancos privados. A taxa de juros será de 3% ao ano acima da Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP. A assinatura dos contratos deve acontecer no primeiro semestre de 2002. Informação suplementar Visando ao aprimoramento das informações prestadas ao mercado, a companhia está apresentando a seguir, também como informação suplementar, as demonstrações do fluxo de caixa elaboradas de acordo com a NPC-20 do IBRACON considerando as principais operações que tiveram influência nas disponibilidades e aplicações financeiras da companhia, e do valor adicionado elaborado de acordo com o Ofício Circular CVM nº. 01/00. B - 67 (a) Demonstração do fluxo de caixa Em milhares de R$ Pela legislação societária 2001 2000 Fluxo de caixa das atividades operacionais Lucro líquido (prejuízo) do exercício Informação Suplementar Em moeda de poder aquisitivo constante 2001 2000 216.227 521.435 345.696 785.018 (111.176) (57.989) (95.263) (14.278) (3.705) 84.948 (836) 459.987 17.342 635.022 (6.319) 118.722 (10.123) (1.096) 440.479 16.557 532.300 (3.875) 148.177 (504) 809.357 23.191 668.682 (8.215) 183.160 (11.757) (693) 784.982 22.804 617.333 455.201 219.456 - - 1.753.010 1.773.422 (171.186) (22.248) 1.702.027 (396.217) (34.384) 1.927.753 184.643 233.809 10.889 (22.746) (25.646) (3.349) (649.057) 2.212 2.461 (266.784) 81.819 (69.310) 29.016 271 (3.260) 1.094 (1.384) 710 38.956 288.328 260.102 14.288 (22.262) (25.185) (2.554) (649.057) 15.430 4.110 3.147 (113.653) 207.791 (56.263) 38.811 842 (3.469) 2.170 16.341 332 1.589 208.144 Caixa líquido proveniente de atividades operacionais 24.581 (22.215) 4.080 75.820 129.571 3.986 (17.568) (40.899) 49.009 8.036 214.401 1.700.627 14.053 (35.030) (31.703) 68.772 (67.958) (81.092) 29.968 1.591 (399) 9.807 (91.991) 1.720.387 18.425 (24.618) (3.208) 66.444 125.116 (3.917) (23.344) (58.009) 46.146 6.334 149.369 1.737.743 10.716 (45.054) (46.193) 73.525 (106.767) (106.775) 30.250 (16.189) (3.517) 10.000 (200.004) 1.935.893 Fluxo de caixa das atividades de investimentos Aquisição de bens do ativo imobilizado Venda de investimentos Venda de imobilizado Aumento do ativo diferido (694.599) 1.401 (16.336) (572.542) 10.774 1.964 (14.884) (724.804) 1.490 (16.884) (654.933) 12.892 2.209 (16.988) Caixa líquido aplicado nas atividades de investimentos (709.534) (574.688) (740.198) (656.820) Ajuste para reconciliação do lucro líquido Imposto de renda e contribuição social diferidos Bens do ativo imobilizado recebidos em doações (Setor Privado) Perda na baixa de bens do imobilizado Ganho na venda de investimentos Ganho na venda de imobilizado Depreciação Amortização Juros calculados sobre empréstimos e financiamentos a pagar Variações monetárias e cambiais de empréstimos e financiamentos Ganhos (perdas) Empréstimos e financiamentos Imposto de renda e contribuição social diferidos (Aumento) diminuição de ativos Clientes Contas a receber de acionistas Estoques Tributos a compensar Demais contas a receber Clientes longo prazo Acordo Governo do Estado de São Paulo Indenizações a receber Depósitos judiciais e outros Incentivos fiscais Aumento (diminuição) de passivos Fornecedores e empreiteiros Salários e encargos sociais Provisões Provisões para contingências Juros sobre o capital próprio a pagar Impostos e contribuições Demais contas a pagar Impostos e contribuições longo prazo Provisões para contingências longo prazo Demais contas a pagar a longo prazo B - 68 Em milhares de R$ Pela legislação societária 2001 2000 Informação Suplementar Em moeda de poder aquisitivo constante 2001 2000 Fluxo de caixa das atividades de financiamentos Financiamentos – curto prazo Captações Pagamentos (638.061) 327.657 (1.422.252) (672.235) 389.246 (1.662.587) Financiamentos – longo prazo Captações Pagamentos Juros sobre o capital próprio pagos 327.907 (326.711) (126.716) 685.149 (233.543) (455.263) 348.085 (343.154) (126.861) 797.274 (270.397) (500.588) Caixa líquido aplicado nas atividades de financiamentos (763.581) (1.098.252) (794.165) (1.247.052) Aumento líquido no caixa e equivalentes 227.512 47.447 203.380 32.021 Caixa e equivalentes no início do exercício Caixa e equivalentes no fim do exercício 232.708 460.220 185.261 232.708 256.840 460.220 224.819 256.840 Variação no caixa 227.512 47.447 203.380 32.021 Informações suplementares de fluxo de caixa Juros e taxas pagos de empréstimos e financiamentos Capitalização de juros e encargos financeiros Imposto de renda e contribuição social pagos Ativo imobilizado recebido em doações e/ou pago em ações 638.061 18.885 33.239 5.543 558.051 23.743 127.589 21.428 672.236 20.083 36.466 5.816 649.486 27.461 150.352 25.229 B - 69 (b) Demonstração do valor adicionado 2001 Receitas Vendas de mercadorias, produtos e serviços Baixa de créditos/Provisão para devedores duvidosos Não operacionais Insumos adquiridos de terceiros Matérias-primas consumidas Custo das mercadorias e serviços vendidos Materiais, energia, serviços de terceiros e outros Valor adicionado bruto Retenções (depreciação/amortização) Valor adicionado líquido produzido pela entidade Valores Remunerados por Terceiros Receitas financeiras Valor adicionado total a distribuir Distribuição do valor adicionado Remuneração do Trabalho Remuneração do Governo Remuneração do Capital de Terceiros (Juros e Aluguéis, etc.) Remuneração do Capital Próprio Pela legislação societária % 2000 % 2001 Em milhares de R$ Informação Suplementar Em moeda de poder aquisitivo constante % 2000 % 3.543.508 3.457.953 3.707.809 3.990.231 (153.780) (76.645) 3.313.083 (190.314) (81.568) 3.186.071 (165.682) (139.556) 3.402.571 (221.484) (140.827) 3.627.920 58.750 45.532 62.038 53.001 480.626 426.243 502.751 485.907 174.547 713.923 128.232 600.007 181.800 746.589 142.618 681.526 2.599.160 2.586.064 2.655.982 2.946.394 477.329 457.036 832.548 807.786 2.121.831 2.129.028 1.823.434 2.138.608 103.733 105.371 (33.237) (32.029) 2.225.564 100,0 2.234.399 100,0 1.790.197 100,0 2.106.579 100,0 655.943 131.123 29,5 5,9 569.732 280.716 25,5 12,6 705.573 158.751 39,4 8,9 664.841 382.616 31,5 18,2 1.222.271 54,9 862.516 38,6 580.177 32,4 274.104 13,0 216.227 9,7 521.435 23,3 345.696 19,3 785.018 37,3 B - 70 12.01 - DESCRIÇÃO DAS INFORMAÇÕES ALTERADAS RESUMO DAS ALTERAÇÕES Nº QUADRO DESCRIÇÃO 1 2 3 4 Protocolo 01.02 01.03 02.01 02.02 09.01 10.01 10.01 11.01 10.01 Telefone Campos: 7, 8 e 9 Campos: 8, 9 e 10 Período 3 e 4: grau 1.01 Período 4: grau 2.02 Data Itens: 5, 8.2.2(b), Balanço Social – Quadro Valor Adicionado Notas: 4(a), 12, 18(b), 23, 25(a) Alterado devido a problemas de configuração de sistema. 5 6 7 8 9 B - 71 (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) • Demonstrações Financeiras da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – Sabesp relativas ao exercício social encerrado em 31.12.2002 e respectivo parecer do auditor independente. B - 73 (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL CVM - COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS DFP - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PADRONIZADAS EMPRESA COMERCIAL, INDUSTRIAL E OUTRAS DFP Legislação Societária Data-Base: 31/12/2002 O REGISTRO NA CVM NÃO IMPLICA QUALQUER APRECIAÇÃO SOBRE A COMPANHIA, SENDO OS SEUS ADMINISTRADORES, RESPONSÁVEIS PELA VERACIDADE DAS INFORMAÇÕES PRESTADAS. 01.01 - IDENTIFICAÇÃO 1 - CÓDIGO CVM 2 - DENOMINAÇÃO SOCIAL 3 - CNPJ 6 - NIRE 01444-3 CIA SANEAMENTO BÁSICO ESTADO SÃO PAULO 43.776.517/0001-80 - 01.02 - SEDE 1 - ENDEREÇO COMPLETO (LOGRADOURO, Nº E COMPLEMENTO) 2 - BAIRRO OU DISTRITO Rua Costa Carvalho, 300 Pinheiros 3 - CEP 4 - MUNICÍPIO 05429-900 São Paulo 5 - UF 6 - DDD 7 - TELEFONE 8 - TELEFONE 9 - TELEFONE 10 - TELEX 11 - DDD 12 - FAX 13 - FAX 14 - FAX 011 3388-8000 3388-8200 3388-8201 - 011 3813-0254 - - SP 15 - E-MAIL [email protected] 01.03 - DIRETOR DE RELAÇÕES COM INVESTIDORES (Endereço para correspondência com a Companhia) 1 - NOME 2 - ENDEREÇO COMPLETO (LOGRADOURO, Nº E COMPLEMENTO) Reinaldo José Rodriguez de Campos Rua Costa Carvalho, 300 3 - BAIRRO OU DISTRITO 4 - CEP 5 - MUNICÍPIO Pinheiros 05429-900 São Paulo 6 - UF SP 7 - DDD 8 - TELEFONE 9 - TELEFONE 10 - TELEFONE 11 - TELEX 12 - DDD 13 - FAX 011 3388-8247 - - - 011 3815-4465 14 - FAX 15 - FAX 16 - E-MAIL - - [email protected] 01.04 - REFERÊNCIA / AUDITOR EXERCÍCIO 1 - DATA DE INÍCIO DO EXERCÍCIO SOCIAL 2 - DATA DE TÉRMINO DO EXERCÍCIO SOCIAL 1 - ÚLTIMO 01/01/2002 31/12/2002 2 - PENÚLTIMO 01/01/2001 31/12/2001 3 - ANTEPENÚLTIMO 01/01/2000 4 - NOME/RAZÃO SOCIAL DO AUDITOR 5 - CÓDIGO CVM 6 - NOME DO RESPONSÁVEL TÉCNICO 7 - CPF DO RESP. TÉCNICO PRICEWATERHOUSECOOPERS AUDITORES INDEPENDENTES 00287-9 Júlio César dos Santos 591.515.108-63 31/12/2000 01.05 - COMPOSIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL NÚMERO DE AÇÕES (MIL) 1 31/12/2002 2 31/12/2001 3 31/12/2000 28.479.577 28.479.577 28.479.577 - - - 28.479.577 28.479.577 28.479.577 DO CAPITAL INTEGRALIZADO 1 - ORDINÁRIAS 2 - PREFERENCIAIS 3 - TOTAL EM TESOURARIA 4 - ORDINÁRIAS - - - 5 - PREFERENCIAIS - - - 6 - TOTAL - - - 01.06 - CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA 2 - TIPO DE SITUAÇÃO 1 - TIPO DE EMPRESA Empresa Comercial, Industrial e Outras Operacional 3 - NATUREZA DO CONTROLE ACIONÁRIO 4 - CÓDIGO ATIVIDADE Estatal 1990300 - Serv. de Água, Saneamento e Gás 5 - ATIVIDADE PRINCIPAL 6 - TIPO DE CONSOLIDADO Captação, Tratam. Distr. de Água, Coleta, Tratam. de Esgoto Não Apresentado 01.07 - SOCIEDADES NÃO INCLUÍDAS NAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 1 - ITEM 3 - DENOMINAÇÃO SOCIAL 2 - CNPJ 01.08 - PROVENTOS EM DINHEIRO 1 - ITEM 2 - EVENTO 3 - APROVAÇÃO 01 RCA 29/04/2002 4 - PROVENTO Juros Sobre Capital Próprio 5 - INÍCIO PGTO. 6 - TIPO AÇÃO 7 - VALOR DO PROVENTO POR AÇÃO 25/06/2003 ON 0,0038000000 01.09 - DIRETOR DE RELAÇÕES COM INVESTIDORES 1 - DATA 2 - ASSINATURA 19/03/2003 - B - 75 02.01 - BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO (Reais Mil) 1 - CÓDIGO 2 - DESCRIÇÃO 1 Ativo Total 1.01 3 - 31/12/2002 4 - 31/12/2001 5 - 31/12/2000 16.331.937 15.917.884 15.192.145 Ativo Circulante 1.592.186 1.371.081 1.524.518 1.01.01 Disponibilidades 462.138 460.220 232.708 1.01.01.01 Caixa, Bancos e Aplicações Financeiras 412.650 328.744 232.708 1.01.01.02 Debêntures em Tesouraria 1.01.01.03 Compra de Moeda Estrangeira 47.467 47.432 0 0 82.181 0 1.01.01.04 Outras Disponibilidades 2.021 1.863 0 1.01.02 Créditos 911.235 811.736 996.379 996.379 1.01.02.01 Clientes 911.235 811.736 1.01.03 Estoques 22.642 21.887 32.776 1.01.03.01 Almoxarifados de Operação 22.642 21.887 32.776 1.01.04 Outros 196.171 77.238 262.655 1.01.04.01 Contas a Receber de Acionistas 116.990 19.740 253.549 4.669 1.01.04.02 Impostos e Contribuições a Compensar 0 27.415 1.01.04.03 Impostos e Contribuições Diferidos 58.502 0 0 1.01.04.04 Demais Contas a Receber 20.679 30.083 4.437 1.02 Ativo Realizável a Longo Prazo 1.018.550 920.462 213.807 1.02.01 Créditos Diversos 1.018.550 920.462 213.807 1.02.01.01 Clientes 1.02.01.02 Indenizações a Receber 12.409 11.017 7.668 148.794 148.794 148.794 18.309 1.02.01.03 Depósitos Judiciais 23.507 16.092 1.02.01.04 Acordo GESP 607.374 649.057 0 1.02.01.05 Impostos e Contribuições Diferidos 206.033 91.340 32.418 6.618 1.02.01.06 Demais Contas a Receber 20.433 4.162 1.02.02 Créditos com Pessoas Ligadas 0 0 0 1.02.02.01 Com Coligadas 0 0 0 1.02.02.02 Com Controladas 0 0 0 1.02.02.03 Com Outras Pessoas Ligadas 0 0 0 1.02.03 Outros 1.03 Ativo Permanente 0 0 0 13.721.201 13.626.341 13.453.820 740 1.03.01 Investimentos 740 740 1.03.01.01 Participações em Coligadas 0 0 0 1.03.01.02 Participações em Controladas 0 0 0 1.03.01.03 Outros Investimentos 740 740 740 1.03.01.03.01 Ações em Outras Companhias 669 669 669 1.03.01.03.02 Ações em Outras Cias. c/ Incent.Fiscal 49 49 49 1.03.01.03.03 Depósitos Compulsórios - Eletrobrás 22 22 22 1.03.02 Imobilizado 13.608.369 13.509.950 13.346.363 1.03.02.01 Imobilizações Técnicas 11.115.230 11.106.128 11.276.425 1.03.02.02 Obras em Andamento 2.493.139 2.403.822 2.069.938 1.03.03 Diferido 112.092 115.651 106.717 1.03.03.01 Despesas de Organ. e Reorganiz. 112.092 115.651 106.717 B - 76 02.02 - BALANÇO PATRIMONIAL PASSIVO (Reais Mil) 1 - CÓDIGO 2 - DESCRIÇÃO 2 Passivo Total 2.01 2.01.01 3 - 31/12/2002 4 - 31/12/2001 5 - 31/12/2000 16.331.937 15.917.884 Passivo Circulante 2.021.285 1.518.559 789.502 Empréstimos e Financiamentos 1.300.661 546.076 380.907 15.192.145 2.01.02 Debêntures 31.808 3.246 746 2.01.02.01 Juros sobre Debêntures 31.808 3.246 746 2.01.03 Fornecedores 36.611 81.023 56.442 2.01.04 Impostos, Taxas e Contribuições 98.006 80.189 76.203 52.103 2.01.04.01 Programa Refis 63.193 57.274 2.01.04.02 Cofins e Pasep 20.019 5.898 6.200 2.01.04.03 Imposto de Renda Pessoa Jurídica 0 0 3.677 2.01.04.04 I.N.S.S. 12.910 10.121 9.810 2.01.04.05 Outros 1.884 6.896 4.413 2.01.05 Dividendos a Pagar 2.01.06 Provisões 2.01.06.01 Férias 2.01.06.02 Cofins/Pasep - Lei 9718/98 0 0 4 264.378 240.600 160.700 81.881 71.890 67.791 170.494 111.035 63.420 2.01.06.03 Para Contingência com Fornecedores 0 0 27.000 2.01.06.04 Encargos Sociais 2.562 2.470 2.489 2.01.06.05 Finsocial 7.872 51.753 0 2.01.06.06 Para Contingências com Clientes 1.569 3.452 0 2.01.07 Dívidas com Pessoas Ligadas 2.01.08 Outros 2.01.08.01 Salários e Encargos 2.01.08.02 Serviços 0 0 0 289.821 567.425 114.500 1.308 953 23.168 39.987 35.499 48.273 35.637 2.01.08.03 Juros Sobre Capital Próprio a Pagar 235.255 528.341 2.01.08.04 Impostos e Contibuições Diferidos 9.903 0 0 2.01.08.05 Outras Obrigações 3.368 2.632 7.422 2.02 Passivo Exigível a Longo Prazo 7.064.176 6.402.635 6.134.170 2.02.01 Empréstimos e Financiamentos 5.458.407 5.207.535 5.202.962 2.02.02 Debêntures 1.134.247 713.094 413.094 2.02.02.01 Debêntures 3ª emissão 413.094 413.094 413.094 2.02.02.02 Debêntures 4ª emissão 300.000 300.000 0 2.02.02.03 Debêntures 5ª emissão 421.153 0 0 2.02.03 Provisões 237.370 76.625 27.616 2.02.03.01 Prov. para Indenização Trabalhista 19.131 15.267 26.783 2.02.03.02 Cíveis 11.329 2.566 0 2.02.03.03 Encargos Previdenciários 6.000 4.874 0 2.02.03.04 Com Fornecedores 107.380 53.418 0 2.02.03.05 Com Clientes 2.02.03.06 Outras 2.02.04 Dívidas com Pessoas Ligadas 2.02.05 Outros 89.066 0 0 4.464 500 833 0 0 0 234.152 405.381 490.498 2.02.05.01 Impostos e Contribuições Diferidos 75.880 256.839 309.093 2.02.05.02 Programa Refis 73.725 124.093 164.992 2.02.05.03 Obrigações Previdenciárias 68.336 8.238 8.531 B - 77 02.02 - BALANÇO PATRIMONIAL PASSIVO (Reais Mil) 1 - CÓDIGO 2 - DESCRIÇÃO 2.02.05.04 Demais Contas a Pagar 2.03 Resultados de Exercícios Futuros 2.05 3 -31/12/2002 4 -31/12/2001 5 -31/12/2000 16.211 16.211 0 0 0 Patrimônio Líquido 7.246.476 7.996.690 8.268.473 3.403.688 7.882 2.05.01 Capital Social Realizado 3.403.688 3.403.688 2.05.02 Reservas de Capital 49.503 40.979 39.141 2.05.02.01 Auxílio para Obras 33.723 25.199 23.361 2.05.02.02 Reserva de Incentivos 15.780 15.780 15.780 2.05.03 Reservas de Reavaliação 2.857.965 2.953.806 3.083.658 2.857.965 2.953.806 3.083.658 0 0 0 2.05.03.01 Ativos Próprios 2.05.03.02 Controladas/Coligadas 2.05.04 Reservas de Lucro 935.320 1.598.217 1.741.986 93.863 2.05.04.01 Legal 104.674 104.674 2.05.04.02 Estatutária 0 0 0 2.05.04.03 Para Contingências 0 0 0 2.05.04.04 De Lucros a Realizar 0 0 0 2.05.04.05 Retenção de Lucros 0 0 0 2.05.04.06 Especial p/ Dividendos Não Distribuídos 0 0 0 2.05.04.07 Outras Reservas de Lucro 830.646 1.493.543 1.648.123 2.05.04.07.01 Reserva para Investimentos 830.646 1.493.543 1.648.123 2.05.05 Lucros/Prejuízos Acumulados 0 0 0 B - 78 03.01 - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO (Reais Mil) 3 - 01/01/2002 a 31/12/2002 4 - 01/01/2001 a 31/12/2001 5 - 01/01/2000 a 31/12/2000 1 - CÓDIGO 2 - DESCRIÇÃO 3.01 Receita Bruta de Vendas e/ou Serviços 3.962.436 3.543.508 3.02 Deduções da Receita Bruta (195.289) (108.741) (102.202) 3.03 Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços 3.767.147 3.434.767 3.355.751 (1.814.976) (1.590.435) (1.474.068) 1.952.171 1.844.332 1.881.683 (2.887.456) (1.640.884) (1.207.798) 3.04 Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos 3.05 Resultado Bruto 3.06 Despesas/Receitas Operacionais 3.457.953 3.06.01 Com Vendas (385.139) (332.597) (332.738) 3.06.02 Gerais e Administrativas (226.024) (203.135) (137.349) (2.276.293) (1.105.152) (737.711) 142.753 99.938 101.533 (2.419.046) (1.205.090) (839.244) 3.06.03 Financeiras 3.06.03.01 Receitas Financeiras 3.06.03.02 Despesas Financeiras 3.06.04 Outras Receitas Operacionais 0 0 0 3.06.05 Outras Despesas Operacionais 0 0 0 3.06.06 Resultado da Equivalência Patrimonial 3.07 Resultado Operacional 0 0 0 (935.285) 203.448 673.885 (82.300) 3.08 Resultado Não Operacional (3.424) (76.920) 3.08.01 Receitas 16.646 11.590 23.822 3.08.02 Despesas (20.070) (88.510) (106.122) (16.479) (84.948) (118.722) (3.591) (3.562) 12.600 (938.709) 126.528 591.585 3.08.02.01 Perdas na baixa de bens do imobilizado 3.08.02.02 Outras 3.09 Resultado Antes Tributação/Participações 3.10 Provisão para IR e Contribuição Social (2.842) (21.477) (128.139) 3.10.01 Provisão para Imposto de Renda (2.842) (21.477) (110.025) (18.114) 3.10.02 Provisão para Contribuição Social 3.11 IR Diferido 3.11.01 Imposto de Renda Diferido 0 0 326.157 111.176 57.989 60.531 36.090 14.850 3.11.02 Contribuição Social Diferida 86.358 27.805 (4.152) 3.11.03 Reversão do IR Diferido 179.268 47.281 47.291 3.12 Participações/Contribuições Estatutárias (35.122) 0 0 3.12.01 Participações 0 0 0 3.12.02 Contribuições (35.122) 0 0 3.12.02.01 Item Extraordinário (35.122) 0 0 3.13 Reversão dos Juros sobre Capital Próprio 3.15 Lucro/Prejuízo do Exercício NÚMERO AÇÕES, EX-TESOURARIA (Mil) 0 0 0 (650.516) 216.227 521.435 28.479.577 28.479.577 28.479.577 0,00759 0,01831 LUCRO POR AÇÃO PREJUÍZO POR AÇÃO (0,02284) B - 79 04.01 - DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS (Reais Mil) 1 - CÓDIGO 2 - DESCRIÇÃO 4.01 Origens 4.01.01 Das Operações 3 - 01/01/2002 a 31/12/2002 4 - 01/01/2001 a 31/12/2001 5 - 01/01/2000 a 31/12/2000 1.515.746 1.492.034 1.972.686 974.481 1.153.950 1.249.158 4.01.01.01 Lucro/Prejuízo do Exercício (650.516) 216.227 521.435 4.01.01.02 Vls. que não repr. mov. Cap. Circulante 1.624.997 937.723 727.723 519.075 477.329 457.036 0 0 651 16.479 85.513 119.590 4.01.01.02.01 Depreciações e Amortizações 4.01.01.02.02 Baixa de Investimentos 4.01.01.02.03 Vr Residual de Bens do Imobiliz.Baixados 4.01.01.02.04 Variação Monetária no Realiz.Longo Prazo 4.01.01.02.05 Prov.p/Contingências (263) (398) (304) 160.744 49.009 (8.095) 4.01.01.02.06 Obrigações Previdenciárias 60.098 (293) (675) 4.01.01.02.07 Juros e Var.Mon.L.P.:Imp.e Contr. 10.092 13.922 19.211 4.01.01.02.08 Juros e Var.Mon.de L.P.:Empr.e Financ. 1.203.022 423.817 198.298 4.01.01.02.09 Imp.Rda e Contr.Soc.Difer.no Real.a L.P. (173.195) (58.922) (11.450) 4.01.01.02.10 Imp.Rda e Contr.Soc.Difer.no Exig.a L.P. (171.055) (52.254) (46.539) 4.01.02 Dos Acionistas 0 0 6.787 4.01.02.01 Adto p/Fut.Aum.de Cap.-Demais Ctas a Pgr 0 0 0 4.01.02.02 Integralização de Capital 0 0 6.787 541.265 338.084 716.741 75.370 0 724 457.371 327.907 685.149 4.01.03 De Terceiros 4.01.03.01 Redução no Realizável a Longo Prazo 4.01.03.02 Emprést. e Financ. contratados a L.Prazo 4.01.03.03 Variação no Exigível a Longo Prazo 4.01.03.04 Doações 4.01.03.05 Incentivos Fiscais 4.02 Aplicações 4.02.01 Variação no Realizável a Longo Prazo 4.02.02 Variação no Exigível a Longo Prazo 4.02.03 No Ativo Permanente: Imobilizado 4.02.04 No Ativo Permanente: Diferido 4.02.05 Transf.de Emprést.e Financiam.p/o Circul 4.02.06 Transf.de Imp.e Contrib.p/o Circulante 4.02.07 Juros sobre o Capital Próprio 0 8.339 22.546 8.524 1.838 8.322 0 0 0 1.797.367 2.374.528 1.485.238 0 647.335 0 9.903 0 0 619.191 719.027 617.713 11.223 16.336 14.884 988.367 447.161 291.039 60.461 54.821 21.988 108.222 489.848 539.614 (281.621) (882.494) 487.448 221.105 (153.437) 8.911 4.03 Acréscimo/Decréscimo no Cap. Circulante 4.04 Variação do Ativo Circulante 4.04.01 Ativo Circulante no Início do Exercício 1.371.081 1.524.518 1.515.607 1.592.186 1.371.081 1.524.518 502.726 729.057 (478.537) 4.04.02 Ativo Circulante no Final do Exercício 4.05 Variação do Passivo Circulante 4.05.01 Passivo Circulante no Início Exercício 1.518.559 789.502 1.268.039 4.05.02 Passivo Circulante no Final do Exercício 2.021.285 1.518.559 789.502 B - 80 05.01 - DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO DE 01/01/2002 A 31/12/2002 (Reais Mil) 1 - CÓDIGO 2 - DESCRIÇÃO 3 - CAPITAL SOCIAL 4 - RESERVAS DE 5 - RESERVAS DE 6 - RESERVAS DE REAVALIAÇÃO CAPITAL 7 - LUCROS/PREJUÍZOS LUCRO 8 - TOTAL PATRIMÔNIO LÍQUIDO ACUMULADOS 3.403.688 40.979 2.953.806 1.598.217 0 Ajustes de Exercícios Anteriores 0 0 0 0 0 0 5.03 Aumento/Redução do Capital Social 0 0 0 0 0 0 5.04 Realização de Reservas 0 0 (95.841) 0 95.841 0 5.04.01 Realização de Reserva de Reavaliação 0 0 (95.841) 0 95.841 0 5.05 Ações em Tesouraria 0 0 0 0 0 0 5.06 Lucro/Prejuízo do Exercício 0 0 0 0 (650.516) (650.516) 5.07 Destinações 0 0 0 (662.897) 554.675 (108.222) 5.07.01 Reserva Legal 0 0 0 0 0 0 5.07.02 Juros sobre o Capital Próprio 0 0 0 0 (108.222) (108.222) 5.07.03 Reserva para Investimentos 0 0 0 (662.897) 662.897 0 5.08 Outros 0 8.524 0 0 0 8.524 5.01 Saldo Inicial 5.02 5.08.01 Auxílio para Obras 5.09 Saldo Final 7.996.690 0 8.524 0 0 0 8.524 3.403.688 49.503 2.857.965 935.320 0 7.246.476 05.02 - DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO DE 01/01/2001 A 31/12/2001 (Reais Mil) 1 - CÓDIGO 2 - DESCRIÇÃO 3 - CAPITAL SOCIAL 4 - RESERVAS DE 5 - RESERVAS DE CAPITAL 6 - RESERVAS DE 7 - LUCROS/PREJUÍZOS LUCRO REAVALIAÇÃO 8 - TOTAL PATRIMÔNIO LÍQUIDO ACUMULADOS 3.403.688 39.141 3.083.658 1.741.986 0 Ajustes de Exercícios Anteriores 0 0 0 0 0 0 5.03 Aumento/Redução do Capital Social 0 0 0 0 0 0 5.04 Realização de Reservas 0 0 (129.852) 0 129.852 0 5.04.01 Realização de Reserva de Reavaliação 0 0 (129.852) 0 129.852 0 5.05 Ações em Tesouraria 0 0 0 0 0 0 5.06 Lucro/Prejuízo do Exercício 0 0 0 0 216.227 216.227 5.07 Destinações 0 0 0 (143.769) (346.079) (489.848) 5.07.01 Reserva Legal 0 0 0 10.811 (10.811) 0 5.07.02 Juros sobre o Capital Próprio 0 0 0 0 (489.848) (489.848) 5.07.03 Reserva para Investimentos 0 0 0 (154.580) 154.580 0 5.08 Outros 0 1.838 0 0 0 1.838 5.01 Saldo Inicial 5.02 5.08.01 Auxílio para Obras 5.09 Saldo Final 8.268.473 0 1.838 0 0 0 1.838 3.403.688 40.979 2.953.806 1.598.217 0 7.996.690 05.03 - DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO DE 01/01/2000 A 31/12/2000 (Reais Mil) 1 - CÓDIGO 2 - DESCRIÇÃO 3 - CAPITAL SOCIAL 4 - RESERVAS DE 5 - RESERVAS DE CAPITAL 6 - RESERVAS DE 7 - LUCROS/PREJUÍZOS LUCRO REAVALIAÇÃO 8 - TOTAL PATRIMÔNIO LÍQUIDO ACUMULADOS 8.271.543 3.396.901 30.819 3.243.214 67.791 1.532.818 0 0 0 0 0 0 6.787 0 0 0 0 6.787 Realização de Reservas 0 0 (159.556) 0 159.556 0 Realização de Reserva de Reavaliação 0 0 (159.556) 0 159.556 0 5.05 Ações em Tesouraria 0 0 0 0 0 0 5.06 Lucro/Prejuízo do Exercício 0 0 0 0 521.435 521.435 5.07 Destinações 0 0 0 1.674.195 (2.213.809) (539.614) 5.07.01 Reserva Legal 0 0 0 26.072 (26.072) 0 5.07.02 Juros sobre o Capital Próprio 0 0 0 0 (539.614) (539.614) 5.07.03 Reserva para Investimentos 0 0 0 1.648.123 (1.648.123) 0 5.08 Outros 0 8.322 0 0 0 8.322 5.01 Saldo Inicial 5.02 Ajustes de Exercícios Anteriores 5.03 Aumento/Redução do Capital Social 5.04 5.04.01 5.08.01 Auxílio para Obras 5.09 Saldo Final 0 8.322 0 0 0 8.322 3.403.688 39.141 3.083.658 1.741.986 0 8.268.473 B - 81 09.01 - PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES - SEM RESSALVA PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES 12 de março de 2003 Aos Administradores e Acionistas Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Examinamos as demonstrações financeiras da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo SABESP em 31 de dezembro de 2002 e de 2001, denominadas "pela legislação societária". Essas demonstrações foram elaboradas sob a responsabilidade da administração da companhia. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, que requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da companhia, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da companhia, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Somos de parecer que as demonstrações financeiras denominadas "pela legislação societária" apresentamadequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP em 31 de dezembro de 2002 e de 2001 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Nossos exames foram conduzidos com o objetivo de emitirmos parecer sobre as demonstrações financeiras referidas no primeiro parágrafo, tomadas em conjunto. As demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2002 e 2001, denominadas “em moeda de poder aquisitivo constante”, elaboradas de acordo com os critérios descritos na Nota explicativa 18 e demonstradas nas colunas denominadas “Informações suplementares” e as demonstrações do fluxo de caixa e do valor adicionado, que estão sendo apresentadas para propiciar informações suplementares sobre a companhia, não são requeridas como parte integrante das demonstrações financeiras, tampouco são requeridas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil. Essas demonstrações, em 31 de dezembro de 2002 e de 2001, foram submetidas aos procedimentos de auditoria descritos no segundo parágrafo e, em nossa opinião, estão adequadamente apresentadas em todos os seus aspectos relevantes em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto. PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5 Júlio César dos Santos Sócio Contador CRC 1SP137878/O-6 B - 82 10.01 - RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO A Administração da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP - submete à apreciação dos acionistas o Relatório da Administração e suas demonstrações financeiras relativos ao exercício de 2002, juntamente com os pareceres dos Auditores Independentes e do Conselho Fiscal. 1. MENSAGEM AOS ACIONISTAS O cenário econômico-financeiro de 2002 foi caracterizado por forte turbulência no mercado financeiro, especialmente pela elevada desvalorização do real frente ao dólar norte-americano que chegou a 34%. Como conseqüência dos efeitos cambiais sobre os índices de preços, a inflação medida pelo IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas encerrou o ano acumulando 26,4%. Não bastassem os elevados índices de inflação e a forte desvalorização cambial, o resultado econômicofinanceiro da Sabesp foi influenciado pela elevação das taxas de juros básica da economia (Selic). Apesar do ambiente econômico adverso, a Sabesp obteve crescimento de 9,7% na Receita Operacional Líquida (R$ 3.767 milhões em 2002 e R$ 3.435 milhões em 2001), que contribuiu para que o LAJIDA (Lucro antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) alcançasse R$ 1.860 milhões, superando em 4,2% o valor obtido em 2001(R$ 1.786 milhões). Face a esses Resultados Operacionais foi possível a Sabesp realizar um programa de investimentos da ordem de R$ 619 milhões, assegurando a continuidade da prestação de serviços de água e esgotos com qualidade a 25 milhões de habitantes no Estado de São Paulo. No ano de 2002 a Sabesp aderiu ao Novo Mercado da Bovespa, dando indicações positivas de sua responsabilidade social e respeito aos acionistas e adotando compromissos para o contínuo aprimoramento das práticas de governança corporativa. Outro importante avanço neste ano foi o lançamento de ações, na forma de “American Depositary Receipt” ADR Nível III, na Bolsa de Valores de Nova Iorque, inserindo definitivamente a Companhia no mercado acionário internacional. A Sabesp inicia o ano de 2003 sob o comando de nova diretoria dando ênfase a maximização dos resultados empresariais, a partir de três programas: x redução de gastos através da implementação de uma série de medidas, incluindo a renegociação de contratos de fornecimento de energia elétrica e maior racionalidade na aquisição de materiais de tratamento, entre inúmeras outras; x aumento de receita, combate à fraude e ampliação da base operada; x otimização do patrimônio e implementação de uma política institucional patrimonial. 2. A COMPANHIA Atualmente, o âmbito de atuação da Companhia é o fornecimento direto de serviços de saneamento à população de 366 dos 645 municípios paulistas, além da venda de água tratada e tratamento dos esgotos coletados a mais 7 municípios da Região Metropolitana de São Paulo, que operam seus próprios sistemas. No ano de 2002, a Sabesp distribuiu água, direta e indiretamente, para aproximadamente 25 milhões de habitantes através de uma rede de distribuição e adutoras com mais de 54 mil quilômetros, e atendeu com serviços de esgotos cerca de 16,8 milhões de habitantes através de um sistema de coleta com mais de 34 mil quilômetros de dutos. Em 2002, a Região Metropolitana de São Paulo respondeu pela maior parcela das vendas e serviços prestados, 76%, enquanto o Interior e o Litoral do Estado foram responsáveis por, respectivamente, 16% e 8%. Através das Comissões Regionais de Gestão, tem aumentado sensivelmente a interação da Sabesp com os municípios aproximando ainda mais a Companhia de seus consumidores na busca do melhor equilíbrio B - 83 operacional e financeiro, aumentando a atratividade para os municípios que ainda não são atendidos pela Companhia. 3. RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA O crescimento da receita operacional líquida da Sabesp em 2002 reflete a retomada gradual do consumo de água após o término do Programa Emergencial de Redução de Consumo de Energia Elétrica e o reajuste tarifário de 8,22% aplicado em agosto de 2002. 4. RESULTADO OPERACIONAL O resultado medido pelo LAJIDA (Lucro antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) manteve crescimento em linha com a receita. LAJIDA* (R$ bilhões) 1,0 1995 1,2 1,4 1996 1997 1,9 1,9 1,9 1999 2000 1,8 1,6 1998 2001 2002 5. RESULTADO LÍQUIDO No ano de 2002 o resultado da Sabesp foi um prejuízo de R$ 651 milhões, impactado fortemente pela desvalorização do real frente ao dólar norte-americano sobre a dívida em moeda estrangeira. Receita operacional líquida (R$ milhões) Lucro (prejuízo) líquido (R$ milhões) LAJIDA (R$ milhões) Margem LAJIDA - % Dívida Total/LAJIDA Dívida CP/Dívida Total - % Endividamento (Exigível/Ativo Total) - % 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 1.910 26 974 51,0 3,1 5,5 34,1 2.411 58 1.156 47,9 3,1 15,5 37,0 2.902 280 1.376 47,4 3,1 17,6 39,6 3.101 542 1.638 52,8 3,0 17,5 42,3 3.236 (235) 1.873 57,9 3,1 14,3 45,3 3.356 521 1.868 55,7 3,2 6,4 45,6 3.435 216 1.786 52,0 3,6 8,5 49,8 3.767 (651) 1.860 49,4 4,3 16,8 55,6 6. INDICADORES OPERACIONAIS Os volumes de água e esgotos faturados no varejo durante o ano de 2002 apresentaram crescimentos de 4,0% e 4,9%, respectivamente, em relação a 2001. Este crescimento foi consequência da normalização do consumo de serviços de água e esgotos, tendo em vista a racionalização do consumo de energia elétrica em 2001/2002. Além disso, o maior crescimento no volume faturado de esgotos demonstra o empenho da Companhia em ampliar o atendimento em esgotamento sanitário buscando a universalização dos serviços de saneamento. Os volumes de água e esgotos estão demonstrados a seguir: B - 84 Volume de Água e Esgotos Faturados no Varejo por Categoria de Uso (milhões de m³) Categoria de Uso Água Esgotos 2001 2002 Var. % 2001 2002 Residencial 1.152,0 1.204,8 4,6 865,0 913,6 Comercial 145,9 146,7 0,5 124,8 127,4 Industrial 31,0 31,2 0,6 27,5 27,8 Pública 47,3 47,9 1,3 36,5 36,7 Total Varejo 1.376,2 1.430,6 4,0 1.053,8 1.105,5 Var. % 5,6 2,1 1,1 0,5 4,9 Volume de Água e Esgotos Faturados no Varejo por Região (milhões de m³) Região Metropolitana Interior Litoral Total Varejo Água 2002 936,3 326,4 167,9 1.430,6 2001 903,4 309,8 163,0 1.376,2 Indicadores de Desempenho 1995 1996 Var. % 3,6 5,4 3,0 4,0 1997 2001 704,3 266,0 83,5 1.053,8 1998 1999 Esgotos 2002 734,5 281,7 89,3 1.105,5 2000 Var. % 4,3 5,9 6,9 4,9 2001 2002 Ligações de água (1) 4.111 4.324 4.601 4.946 5.242 5.535 5.717 5.898 Ligações de esgotos (1) 2.870 3.019 3.277 3.559 3.763 3.976 4.128 4.304 População atendida com rede de água (2) 17,4 17,6 18,5 19,1 19,4 20,6 20,9 21,2 População atendida com rede de esgotos (2) 12,9 13,1 14,0 14,8 15,1 15,9 16,2 16,8 Volume faturado de água no atacado (3) 315 357 368 388 393 318 322 339 1.323 1.348 1.409 1.429 1.396 1.413 1.376 1.431 975 993 1.036 1.066 1.058 1.070 1.054 1.105 18.861 18.467 19.129 19.340 18.324 18.048 18.159 18.505 370 398 412 440 491 527 542 551 Volume faturado de água no varejo (3) Volume faturado de esgotos (3) N.º de empregados Produtividade operacional (4) (1) Em 1000 unidades Em milhões de habitantes (não inclui fornecimento no atacado) (3) Em milhões de m3 (4) N.º de ligações de água e esgotos por empregado (2) B - 85 7. CAPTAÇÕES DE RECURSOS 7.1 Captações 2002 Durante o exercício de 2002, a Sabesp realizou a 5ª Emissão de Debêntures Simples, no montante de R$ 400 milhões, com o objetivo de rolagem de dívidas vincendas durante o ano. Os títulos emitidos não contam com qualquer garantia, seja do Estado de São Paulo ou da própria Sabesp, evidenciando a qualidade de crédito da Companhia junto ao mercado financeiro. Para viabilização de seu Plano Plurianual de Investimentos, a Sabesp manteve, durante o ano de 2002, negociações com diversos agentes financeiros, dentre os quais podemos destacar: a) BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social A Sabesp assinou, em 8 de agosto de 2002, contrato de financiamento com o BNDES e seus agentes repassadores privados, no valor de R$ 240 milhões, destinados a financiar parte da contrapartida nacional ao financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID (contrato de financiamento assinado em julho/2000), destinado ao Projeto Tietê – Fase II, empreendimento da ordem de US$ 400 milhões. O primeiro desembolso ocorreu em novembro de 2002. b) JBIC – “Japan Bank for Internacional Cooperation” O empréstimo do JBIC destina-se ao Programa de Recuperação Ambiental da Região Metropolitana da Baixada Santista compreendendo um empreendimento no valor de R$ 833 milhões (¥ 28,407 milhões), com recursos assegurados junto ao JBIC no montante de R$ 635 milhões (¥ 21,637 milhões), sendo a contrapartida da Sabesp de R$ 199 milhões (¥ 6,770 milhões). A negociação da minuta do contrato de financiamento e os procedimentos de aprovação de garantias estão em andamento, encontrando-se em fase adiantada as tratativas quanto a troca de Notas Diplomáticas. Espera-se que os contratos sejam assinados no início do segundo semestre de 2003. c) FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço: 1 – Programa Pró-Saneamento – Recursos Contratados Em 2002, o total investido pela Sabesp em empreendimentos enquadrados no programa PróSaneamento, nas modalidades de esgotamento sanitário, abastecimento de água, desenvolvimento institucional e no saneamento integrado (Prosanear) foi de R$ 24,1 milhões, sendo R$ 13,4 milhões com recursos financiados e R$ 10,7 milhões com recursos próprios. 2 – Programa Pró-Saneamento – Novos Recursos A Sabesp está negociando contratos de financiamento de obras de água e esgotos, com recursos do orçamento para 2002 do FGTS, cuja operadora é a Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 324 milhões, com desembolsos previstos para 2003. Dezesseis empreendimentos foram enquadrados, hierarquizados e selecionados pela SEDU (Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano), atualmente pertencente ao Ministério das Cidades. d) FEHIDRO - Fundo Estadual de Recursos Hídricos No exercício de 2002, foram contratados 17 empreendimentos, totalizando um investimento de R$ 7 milhões, sendo R$ 2,6 milhões referentes a recursos sem custo financeiro e sem obrigação de reembolso, e recursos próprios no valor de R$ 4,4 milhões. B - 86 7.2 Receita Futura de Tratamento de Esgotos PRODES - Programa Nacional de Despoluição de Bacias Hidrográficas da ANA - Agência Nacional de Águas Com base na Resolução nº 6 de 20 de março de 2001, na Lei nº 9984 de 17 de julho de 2000 e na Lei nº 9433 de 8 de janeiro de 1997, a União, através da Agência Nacional de Águas e com a interveniência dos Comitês de Bacia Hidrográfica, assinará, no início de 2003, nove contratos objetivando o estímulo financeiro por intermédio do pagamento pelos esgotos tratados, no âmbito do PRODES - Programa Nacional de Despoluição de Bacias Hidrográficas. Esses nove empreendimentos em estações de tratamento e afastamento de esgotos totalizam investimentos da ordem de R$ 159,1 milhões, dos quais serão ressarcidos à Sabesp cerca de R$ 22 milhões a partir de 2006, a título de pagamento pelos esgotos tratados. 8. INVESTIMENTOS Investimentos (R$ milhões) 1.074 1.180 723 457* 310 1995 1996 1997 1998 719 618 1999 619 2000 2001 2002 *Não inclui a assunção do Município de Osasco (R$ 231 milhões) Durante o ano de 2002 foram investidos cerca de R$ 619 milhões, dos quais R$ 597 milhões nos 366 municípios de sua área de atuação e R$ 22 milhões em bens de uso geral. As principais realizações são apresentadas a seguir: Ligações Executadas e População Beneficiada – 2002 RMSP Interior Litoral Total Água - N.º de novas ligações (mil unidades) - População beneficiada (mil habitantes) 117 520 60 180 17 54 194 754 Esgotos - Nº de novas ligações (mil unidades) - População servida (mil habitantes) 100 450 57 170 25 120 182 740 B - 87 Região Metropolitana de São Paulo - RMSP Em 2002 os investimentos na RMSP totalizaram R$ 293 milhões, distribuídos em seus vários programas voltados à produção e distribuição de água, coleta e tratamento dos esgotos. Água Para o atendimento das demandas da Região Metropolitana, foram realizadas 117 mil novas ligações de água. Além disso, para garantir o abastecimento de água da região, foram reformados e ampliados vários sistemas produtores como a Estação de Tratamento de Água - ETA Rio Grande e o Sistema Produtor Ribeirão da Estiva. Foram também concluídos os projetos necessários ao Programa Metropolitano de Água - 2ª Etapa (PMA II), além de várias obras emergenciais. Para as áreas ambientalmente críticas, conforme definidas pela legislação de proteção dos mananciais, foi desenvolvido um Plano Emergencial com instalação de redes e ligações de água em 20 bairros da região sul da RMSP. Com recursos do Prosanear foram realizadas obras de Saneamento Ambiental e Regularização Urbana em várias localidades carentes do extremo norte da RMSP. Esgotos Para a expansão dos sistemas de coleta de esgotos foram realizadas 100 mil novas ligações na Região Metropolitana de São Paulo. Em agosto de 2002, atendendo à reivindicação de mais de 1 milhão de habitantes, foram entregues as obras do interceptor Tamanduateí, que permitem que os esgotos de bairros da Capital e das cidades de Santo André, São Caetano do Sul e Mauá, na região do ABC, sejam encaminhados para tratamento. Para conclusão desse empreendimento, foram investidos pela Sabesp R$ 4,6 milhões. Dentro do Projeto Tietê foram concluídas as obras restantes da 1ª Fase num total de aproximadamente 23 km de coletores-tronco, a maioria em método não destrutivo. Em maio de 2002, foram iniciadas as obras da segunda etapa do Projeto Tietê, que compreende 1.200 km de redes coletoras de esgotos, 290 mil ligações domiciliares, 107 km de coletores-tronco e mais 33 km de interceptores com diâmetros variando de 0,9 m a 3,5 m. A execução do Projeto demandará investimentos de US$ 400 milhões, sendo 50% financiado junto ao BID Banco Interamericano de Desenvolvimento, e 50% de contrapartida da Sabesp em parte financiada pelo BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Desenvolvimento Operacional Dando prosseguimento ao Programa de Redução de Perdas de Água, foram inspecionados 10.000 km de rede para detecção de vazamentos não visíveis, instaladas 520 válvulas redutoras de pressão - VRPs, que proporcionaram uma economia estimada em 3 m³/s e realizadas as trocas para manutenção preventiva de mais de 250 mil hidrômetros de pequena capacidade, possibilitando que a idade média dos hidrômetros seja de 5 anos. Os hidrômetros de grande capacidade, aproximadamente 25 mil unidades, foram redimensionados e trocados por hidrômetros de maior precisão, através de contrato de risco, o que possibilitou o incremento de mais 1,8 milhões de metros cúbicos no volume medido de água, ampliando o faturamento em mais R$ 71 milhões. B - 88 INTERIOR No Interior, a Sabesp está presente em 298 municípios e durante o ano de 2002 foram investidos cerca de R$ 159 milhões na construção e ampliação de sistemas de abastecimento de água, sistemas de esgotamento sanitário e desenvolvimento operacional. Água Foram executadas cerca de 60 mil novas ligações de água beneficiando 180 mil habitantes, com ampliação e melhorias em diversos sistemas de abastecimento de água em 26 municípios do Interior Paulista. Esgotos Foram também realizadas 57 mil novas ligações de esgotos, estendendo os serviços a mais 170 mil habitantes, além da ampliação e melhorias nos sistemas de esgotamento sanitário em diversos municípios. Desenvolvimento Operacional Dando prosseguimento ao Programa de Desenvolvimento Operacional - PDO, implantado em 1999, foram implementadas diversas ações nos municípios do Interior, dando ênfase no controle de perdas, micromedição, recuperação de créditos e automação/gerenciamento de programa através de indicadores operacionais, comerciais e de custo, o que propiciou um aumento de arrecadação, no ano de 2002. Como órgão de apoio à Secretaria de Recursos Hídricos Saneamento e Obras - SRHSO, a Sabesp presta assistência técnica aos municípios cujos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário não são concessionados para a Sabesp. Constam dessa assistência o auxílio em projetos e operação dos sistemas e no repasse de recursos da Secretaria para obras. Em 2002, foram assinados 2 convênios e autorizados mais 7, totalizando R$ 1 milhão. Desenvolvimento Tecnológico Em 2002, foi implantado o credenciamento pelo INMETRO (ISO 17025) de dois laboratórios de Controle Sanitário nos municípios de Itapetininga e Franca. Também passou-se a efetuar a medição dos níveis de radioatividade natural presentes em mananciais utilizados para abastecimento público nos 298 municípios operados no Interior, além de prestar estes serviços para outros municípios dentro do Estado, através de convênio com o IPEN - Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares. LITORAL A Sabesp está presente em todos os 31 municípios do Litoral Paulista e, durante o ano de 2002, realizou investimentos da ordem de R$ 145 milhões. Podemos destacar as seguintes realizações: Água Realização de 17 mil ligações de água, beneficiando cerca de 54 mil habitantes e ampliação e melhorias em diversos sistemas de abastecimento de água em 8 municípios da Baixada Santista, dentre eles Cubatão, Guarujá, Praia Grande, Santos e São Vicente. Da mesma forma foram beneficiados vários municípios do Litoral Norte e do Vale do Ribeira. Esgotos Realização de cerca de 25 mil novas ligações de esgotos, beneficiando cerca de 120 mil habitantes e implantação, ampliação e melhorias nos sistemas de esgotamento sanitário em diversos municípios da Baixada Santista, Litoral Norte e Vale do Ribeira. B - 89 9. GESTÃO EMPRESARIAL Novo Plano de Remuneração por Competências e Programa de Participação nos Resultados O Acordo Coletivo 2002/2003 contemplou importantes instrumentos para o desenvolvimento dos empregados e da Companhia, tais como: o Plano de Remuneração por Competências, implantado em junho de 2002, e o Programa de Participação nos Resultados para o período de julho de 2002 a junho de 2003. Esses programas caracterizam-se por permitir a valorização do empregado, reconhecendo sua participação na melhoria efetiva da competitividade da Companhia, bem como buscar seu real envolvimento e comprometimento. Universidade Empresarial Em 2002 a Universidade Empresarial Sabesp propiciou inúmeras oportunidades de desenvolvimento das competências do quadro de colaboradores, buscando assegurar a obtenção de resultados expressivos alinhados às diretrizes organizacionais. No período, ocorreram 47.040 participações de profissionais de todas as categorias em atividades de treinamento e desenvolvimento. Destas 95,5% destinaram-se às Unidades de Negócio e 4,5% às áreas da Alta Administração. Ações de Qualidade Até o momento a Sabesp possui nove certificações ISO 9001, uma certificação ISO 14001 e dois credenciamentos ISO 17025. Certificações que trazem inovações como melhoria contínua e foco no cliente. Neste ano, dentre as Unidades de Negócio que se inscreveram no Prêmio Nacional de Qualidade em Saneamento - PNQS - 6 Unidades saíram vencedoras. Este prêmio tem como referência o Prêmio Nacional de Qualidade - PNQ e se baseia em um conjunto de sete critérios para a excelência do desempenho, criados a partir do compartilhamento de experiências entre organizações dos setores público e privado. O Prêmio Paulista de Qualidade da Gestão (PPQG), administrado pelo IPEG - Instituto Paulista de Excelência da Gestão, é um reconhecimento anual às organizações paulistas que possuem os melhores sistemas de gestão, avaliados por uma Banca Examinadora voluntária e independente, utilizando critérios inspirados no modelo do PNQ - Prêmio Nacional da Qualidade. Foram premiadas em 2002, na Categoria Economia Mista, as Unidades de Negócio: Centro; Oeste; Norte e Sul, da Vice-Presidência Metropolitana de Distribuição; e a Unidade de Negócio de Tratamento de Esgotos, com a Medalha de Prata; e a Unidade de Negócio Baixada Santista com a Medalha de Bronze. Respeito ao Cliente A Ouvidoria dentro da Companhia, voltada a um total respeito ao cliente, desenvolveu ações junto ao Procon visando gerenciar melhor suas reclamações através de um correio eletrônico de Cartas de Informação Preliminar - CIP Eletrônico, onde, através dos resultados já observados, possibilitou fazer gestões no sentido de aprimorar o atendimento ao cliente. Esse é um projeto pioneiro em todo o Estado de São Paulo e que poderá vir a ser estendido a todas as empresas para as quais o Procon mantém um relacionamento. Como resultado, a Companhia melhorou significativamente seu posicionamento no “ranking” divulgado em abril/2002, referente às reclamações fundamentadas no Código de Defesa do Consumidor em 2001, ficando no oitavo lugar. Nova Política de Relacionamento com Grandes Consumidores A partir de maio de 2002 a Sabesp passou a praticar uma nova política de relacionamento com os grandes consumidores com base em um contrato de fidelização. Os resultados, até dezembro de 2002, são de aumento do volume de vendas em mais de 90.000 m³/mês através de contratos firmados com grandes clientes que abandonaram fontes alternativas de abastecimento, o que significa, nesse universo, um acréscimo de 28%. Otimização do Sistema de Suprimentos Várias iniciativas foram implantadas para a otimização do Sistema de Suprimentos, entre elas podemos destacar: Desenvolvimento/Implantação do Sistema de Gerenciamento de Licitações - SGL; Certificação ISO 9002; divulgação dos avisos e resultados de licitações; Sistema de Registro de preços com contratação eletrônica; Compras Eletrônicas; Disponibilização de Editais; Cadastro de Fornecedores; Convite Eletrônico, todos via Internet. Também se encontra em funcionamento o Projeto Global Sourcing; o Leilão, como nova gestão e implantação da sistemática do rateio entre as unidades; otimização dos estoques; a implantação do “Selo de Autenticidade” nos Atestados Técnicos de empresas e B - 90 profissionais contratados com reconhecimento do CREA/SP; Digitalizações para emissão de Atestados Técnicos; e elaboração de Orientador para Pedidos de Qualificação e Inspeção. Tecnologia de Informações Neste ano foi feita pré-qualificação de empresas e início do julgamento das propostas com objetivo da contratação e implementação do Sistema de Informações Georeferenciadas - GIS, ferramenta computacional que relaciona dados com informações geográficas, para a gestão e apoio aos processos relativos ao Atendimento a Clientes e Operação de Redes, provendo aplicações para a melhoria da performance das atividades básicas dos referidos processos. Também foram implementadas medidas para o atendimento de novas demandas melhorando a estabilidade e segurança da infra-estrutura de tecnologia de informação, consolidando servidores, implementando redes de comunicação em tecnologia “frame-relay” em consonância com as estratégias do Intragov e implementando um conjunto de melhorias nos sistemas comerciais-operacionais e econômico-financeiros. Estas implementações levarão gradativamente a Sabesp para um patamar tecnológico mais próximo e adequado ao nosso Modelo de Gestão. Auditoria Externa A política de atuação da Companhia na contratação de serviços não relacionados à auditoria externa junto aos nossos auditores independentes se fundamenta nos princípios que preservam a independência do auditor independente. Estes princípios consistem, de acordo com princípios internacionalmente aceitos, em: (a) o auditor não deve auditar o seu próprio trabalho, (b) o auditor não deve exercer funções gerenciais no seu cliente e (c) o auditor não deve promover os interesses de seu cliente. 10. MEIO AMBIENTE Em 2002, a Companhia deu continuidade aos procedimentos técnicos e administrativos regulares para a elaboração de estudos e relatórios de impacto ambiental, objetivando promover uma avaliação prévia de seus empreendimentos com foco nos princípios vitais da prevenção, proteção ambiental e melhoria contínua. Atividades foram desenvolvidas para ampliar e diversificar as ações de proteção da saúde pública com visão ambiental, aprimorando os projetos de saneamento básico com as melhores práticas de planejamento e gestão ambiental, considerando as questões de meio ambiente em todas as etapas dos empreendimentos empresariais. Ações Ambientais Estudos, projetos e implantação de iniciativas importantes e de grande alcance ambiental, como: Prosseguimento das ações do Programa de Uso Racional da Água - PURA, objetivando racionalização do seu uso na RMSP por meio de tecnologias, equipamentos e metodologias adequadas; Início do Programa de Acompanhamento da Qualidade das Águas do Rio Tietê e de seus principais afluentes, objetivando avaliar os resultados das obras da 2ª etapa do Projeto Tietê na qualidade de rios e córregos situados nas áreas de abrangência das intervenções; Estabelecimento de diretrizes técnicas, econômicas e institucionais, acompanhadas de plano de ação para implementação de práticas de reuso de água na RMSP; Desenvolvimento do programa de reuso de efluentes da Estação de Tratamento de Esgoto - ETE ABC, no município de São Bernardo, para fins não potáveis, aumentando a disponibilidade hídrica da RMSP; Plano de manejo da Várzea do Parelheiros; Programa de Participação Comunitária; Conclusão do Programa de Monitoramento Ambiental dos Emissários Submarinos de Ilha Bela e Guarujá, visando monitorar as condições de balneabilidade das praias, os impactos nos ecossistemas e a qualidade das águas, para avaliação da eficiência da disposição oceânica. Neste ano também foi efetuada a contratação de Planos Diretores de Saneamento; Continuação do Processo de Auditoria Ambiental no empreendimento de transposição das águas da Represa Billings para a represa Guarapiranga; Vários projetos pilotos para o tratamento e disposição final dos lodos gerados nas Estações de Tratamento de Água (ETAs) e Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs). B - 91 11. PESQUISA E DESENVOLVIMENTO Novos Negócios e Novos Produtos No âmbito de registros de propriedade intelectual/industrial, estão depositados e mantidos em nome da Sabesp no Instituto Nacional de Propriedade Industrial - INPI: 13 marcas, 4 patentes e 3 softwares (AQUALOG software nacional para controle total de estações de tratamento de água com inteligência artificial, SGL sistema de cotação eletrônica de preços, e SISDOC - sistema de controle de documentos disponibilizado na Intranet). Firmou-se protocolo de intenções com a Prefeitura de Barueri, para comercialização de água de reuso no Pólo Industrial a ser implantado no município de Barueri, e fornecimento de água de reuso para a Prefeitura Municipal de Santo André, a partir da ETE ABC, via caminhão, para fins urbanos. Na Baixada Santista, como solução para o destino final do lodo produzido pelas estações de tratamento de esgotos, a Sabesp vem testando, em conjunto com o Instituto Agrícola de Campinas - IAC, a sua utilização em plantações de palmito pupunha no campo experimental de Ubatuba e de banana no município de Pariquera-açu. No Interior foram divulgados, no início de novembro de 2002, os primeiros resultados da pesquisa elaborada pela Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz - ESALQ/Universidade de São Paulo USP/Universidade Estadual de São Paulo - UNESP, de reuso de esgotos tratados por lagoas de estabilização, que está sendo desenvolvida no município de Lins, com o objetivo de testar vários processos de desinfecção e a utilização destes em ferti-irrigação, seja como fonte de água, seja como fonte de nutrientes. Desenvolvimento Tecnológico O desenvolvimento tecnológico tem-se voltado para o foco das demandas operacionais, aderentes às estratégias empresariais, de forma a buscar soluções tecnológicas visando à redução de custos e a solução de problemas técnicos e ambientais. Exemplo disso é a contribuição para a redução das perdas físicas, com acompanhamento das ações para seu controle e redução na Região Metropolitana de São Paulo, avaliação da produção das maiores ETAs, desenvolvimento e adoção de novas especificações de materiais para utilização em redes de distribuição a fim de reduzir custos de manutenção e perdas, estudo e revisão de procedimentos para dimensionamento de hidrômetros de grandes consumidores a fim de reduzir perdas por sub-medição entre outros. Em perfeita consonância com a evolução proposta pela IWA – “International Water Association” – de sistematizar e padronizar os indicadores de medição de performance da operação dos sistemas de abastecimento de água, a Vice-Presidência Metropolitana de Distribuição desenvolveu estudos para revisões conceituais e reavaliação das formas de contabilizações das perdas reais permitindo melhor direcionamento das ações de combate às perdas físicas. Foi desenvolvido sistema de tele-medição de hidrômetros para clientes especiais com software que fornece análises de perfis de consumo e integrável com o sistema comercial de faturamento. O projeto-piloto de telemedição está implementado em 75 grandes consumidores na RMSP que monitoram os consumos e eventuais perdas de água nas instalações internas e a medição dos efluentes não domésticos das fontes alternativas de abastecimento de água. Juntamente com a Universidade de São Paulo - USP, a Sabesp desenvolveu a 1ª etapa do projeto do Sistema de Suporte a Decisões para Operação dos Grandes Sistemas Produtores da Sabesp, um conjunto de ferramentas operacionais que permite o gerenciamento quantitativo dos mananciais que abastecem a RMSP. Outro exemplo foi melhorar a disposição aos resíduos de tratamento de água e esgotos com ações para a viabilização técnica e econômica do uso do lodo gerado na ETA Cubatão para fabricação de tijolos cerâmicos e aplicação de biossólido gerados nas ETEs do Litoral, Barueri e Franca para fins agrícolas. Também foram desenvolvidos estudos visando o uso de biossólidos produzidos nas Estações de Tratamento de Esgotos da Região Metropolitana de São Paulo, em plantações florestais, através de contrato de prestação de serviços com a FEALQ - Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz. B - 92 A Sabesp e a Universidade de São Paulo - USP, em 2002, desenvolveram projeto para aproveitamento da biomassa na geração de energia para a estação de tratamento de esgotos de Barueri, a maior da América Latina. Paralelamente, foram realizados estudos para uso do biogás em cidades de pequeno porte, que utilizam micro-turbinas. Os dois projetos contaram com investimentos de R$ 2,2 milhões. Várias iniciativas na área de automação na RMSP foram desenvolvidas, como: a modernização do Sistema de Controle Operacional do Abastecimento - SCOA; telemetria do ponto de medição de vazão no Rio Tietê (Elevatória de Biritiba); bem como sistemas de supervisão e controle de processos. Também contribuiu para uma maior transferência de tecnologia, com disponibilização de cursos no Brasil e no exterior. Formou-se um acervo de informações técnicas com cerca de 65.000 documentos (livros, periódicos, etc.) na biblioteca central e 430.000 volumes (relatórios técnicos e desenhos) nos arquivos técnicos. Está sendo realizada a virtualização deste arquivo técnico através de rasterização de plantas para arquivo eletrônico, disponibilização do acervo da biblioteca e arquivo técnico na Intranet e disponibilização “on-line” de normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e Internas Sabesp NTS. Racionalização e Redução de Custo com Energia Elétrica A Sabesp está desenvolvendo estudos com o intuito de obter melhor eficiência energética em suas instalações. 12. PREMIAÇÕES A Sabesp recebeu neste ano de 2002, como reconhecimento pela eficiência e qualidade dos serviços prestados, diversos prêmios, dentre os quais podem ser destacados: Troféu Transparência - concedido pela ANEFAC-FIPECAFI-SERASA, pelo sexto ano consecutivo, agraciando a Sabesp em 2002, pelo fato de seu Balanço (exercício 2001) ter sido selecionado entre os 10 finalistas. Prêmio Top de RH 2002 da ADVB - Associação Brasileira dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil, com o caso “A Nova Ponte Pequena”. Prêmio Nacional da Qualidade em Saneamento - PNQS - conquistaram a qualificação Nível I, as seguintes áreas da Sabesp: Unidade de Negócio Alto Paranapanema (Gerência Divisional de Itapetininga); Unidade de Negócio Centro; Unidade de Negócio Oeste; Unidade de Negócio de Produção de Água; Unidade de Negócio de Tratamento de Esgotos da Região Metropolitana de São Paulo. Prêmio Paulista de Qualidade da Gestão - PPQG - obtenção de medalha de prata, conferido pelo Instituto Paulista de Excelência da Gestão para a Unidade de Negócio de Tratamento de Esgotos, Unidade de Negócio Centro, Unidade de Negócio Norte, Unidade de Negócio Oeste e Unidade de Negócio Sul e medalha de bronze para a Unidade de Negócio Baixada Santista. Empresas mais inovadoras no uso da Tecnologia da Informação no Brasil - Revista “Information Week”, obtendo o 1º lugar - Categoria Serviços Públicos; e 9º lugar entre as empresas nacionais, multinacionais ou estatais do Brasil. Prêmio Excelência em Governo Eletrônico - E-gov - a Sabesp recebeu o prêmio pela Agência Virtual (responsável pelos serviços operacionais e comerciais via Internet) e Licitações Eletrônicas (para atender fornecedores de materiais, serviços e obras para a Sabesp), com o objetivo de reconhecer as iniciativas da esfera pública no relacionamento com o cidadão, com o mercado, e outros órgãos governamentais. Sob esse enfoque, a Sabesp foi a 1ª colocada, sendo considerada a melhor empresa pública nacional. 13. MERCADO DE CAPITAIS Relações com Investidores A Sabesp manteve no ano de 2002 seu compromisso com o fornecimento de informações de forma clara e ampla. A Companhia manteve a prática de atendimento personalizado a investidores nacionais e internacionais através de reuniões e “Conference Calls” após suas divulgações de resultados. B - 93 Sabesp faz parte do “Novo Mercado” da BOVESPA Em 24 de abril de 2002 a Sabesp aderiu às regras do Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo BOVESPA. Esta adesão significa o comprometimento pela Sabesp a um conjunto de regras societárias, genericamente chamadas “boas práticas de governança corporativa”. Sabesp obtém registro na SEC – “Securities and Exchange Commission” Em maio de 2002, após intensas atividades em conjunto com a Procuradoria Geral do Estado, Secretarias da Fazenda, de Energia e de Recursos Hídricos a Sabesp obteve o registro na SEC (“Securities and Exchange Commission”), correspondente à brasileira Comissão de Valores Mobiliários - CVM. Ações Sabesp são listadas na Bolsa de Valores de Nova Iorque O Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria de Negócios da Fazenda, procedeu a venda pulverizada de 4,78 bilhões de ações Sabesp, de sua propriedade, no mercado nacional e internacional. No dia 10 de maio de 2002 as ações Sabesp passaram a ser listadas na Bolsa de Nova Iorque, na forma de ADRs “American Depositary Receipts” Nível III, possibilitando sua negociação no mercado internacional. O “ticker” (símbolo) da Sabesp na Bolsa de Valores de Nova Iorque foi designado como SBS. 14. BALANÇO SOCIAL As mudanças aceleradas que caracterizam o mundo atual corporativo impõem às empresas novos desafios e demandas. Produtividade, competitividade e compromisso social são exigências que estão na ordem do dia, como requisitos para o sucesso e a sustentabilidade dos negócios. A Sabesp que tem por missão atender as necessidades de saneamento ambiental, que contribuam para a melhoria da qualidade de vida da população, reconhecida pela sua excelência na prestação de serviços de captação, tratamento, adução e distribuição de água, coleta, tratamento e disposição final dos esgotos, considera a responsabilidade social e o desenvolvimento sustentável princípios básicos de sua atuação. Para tanto, além da constante necessidade por inovação tecnológica e busca por índices de crescimento econômico, a Sabesp vem procurando adotar, ao seu modelo de gestão empresarial, ações de responsabilidade social voltadas tanto ao público interno, quanto à comunidade, além de prever o resultado do impacto de suas atividades sobre o meio ambiente, objetivando com isso a busca de um equilíbrio econômico-financeiro e o sócio-ambiental que garanta a sustentabilidade dos negócios e o cumprimento de sua função social e econômica. A Sabesp, assim como suas lideranças, está comprometida com o desenvolvimento e apoio a projetos sociais e ambientais relacionados ao seu negócio, atuando fortemente junto à comunidade, desenvolvendo projetos na área de educação, saúde, meio ambiente, cultura e apoio à criança e adolescente. Com foco na população interna, a empresa vem direcionando uma estratégia integrando a gestão de pessoas à política global da empresa, potencializando os seus recursos humanos e investindo de forma significativa na saúde, segurança, educação e no desenvolvimento de seus profissionais. Por meio da Universidade Empresarial Sabesp vem ocorrendo um expressivo investimento nas pessoas componentes da sua força de trabalho. O investimento realizado pela Companhia em educação e treinamento passou de R$ 1 milhão em 2000 para R$ 7 milhões no ano de 2002 (0,2% da receita líquida da Sabesp). Na busca de uma maior transparência e interação, a empresa tem ampliado permanentemente os canais de comunicação com os diversos públicos de interesse, como empregados, clientes, fornecedores, governo e acionistas, entidades e a comunidade de uma forma geral. Nesse contexto, ressalta-se que nos últimos anos observa-se uma crescente consciência e sensibilização dos empregados em sua participação junto às comunidades, seja no desenvolvimento de ações de voluntariado ou de ações institucionais. A Sabesp também entende que, paralelamente à prestação de serviços, tem importante papel de agente de educação ambiental junto às comunidades contribuindo assim para a formação de cidadãos conscientes e B - 94 responsáveis. Os principais temas abordados são: o meio ambiente, ciclo hidrológico, áreas de proteção ambiental, serviços e instalações de saneamento básico, cidadania participativa, políticas públicas, qualidade de vida, uso racional da água, regularização de ligações, controle de perdas por vazamentos, doenças de veiculação hídrica, qualidade da água em poços domiciliares, limpeza de caixa d’água, destinação do lixo domiciliar, coleta seletiva e reciclagem, equipamentos economizadores de água, rearborização, legislação e políticas ambientais, sistemas de gestão ambiental e certificação ISO 14000, biodiversidade, ecopedagogia, Carta da Terra, Agenda 21, conservação do patrimônio histórico, dentre outros. Política Tarifária Diferenciada A universalização dos serviços de água e esgotos é indispensável para o desenvolvimento sustentável de qualquer sociedade. Por isso, visando o acesso de seus serviços a toda população do Estado de São Paulo, a Sabesp dispõe de três tarifas diferenciadas: Tarifa Residencial Social, Tarifa Residencial Favela e Tarifa Comercial Entidades Assistenciais Sem Fins Lucrativos. Em 2002 foram beneficiadas 1,9 milhão de pessoas na Região Metropolitana de São Paulo com Tarifa Favelas e cerca de meio milhão de pessoas com a Tarifa Social no Estado de São Paulo. A Tarifa Residencial Favelas é de R$ 2,28 para o consumo mínimo de 10 m³ por mês, até no máximo de R$ 6,60 fixos a partir de 22 m³ por mês. Os benefícios concedidos para a Tarifa Residencial Social representam descontos que podem chegar de 55% a até 78%, em relação à Tarifa Residencial Normal. Os beneficiários são famílias com renda familiar de até três salários mínimos, cujo imóvel possua até 60 m² de construção. Para a Tarifa Para Entidades Assistenciais Sem Fins Lucrativos o desconto é de 50% em relação à Tarifa Comercial Normal, atendendo a 1.254 instituições. Valor Adicionado Em 2002, a Sabesp registrou R$ 2.570 bilhões de valor adicionado, como demonstrado a seguir: R$ milhões Distribuição do Valor Adicionado Item Remuneração do trabalho Remuneração do Governo Remuneração do capital de terceiros Remuneração do capital próprio TOTAL 2001 656 131 1.222 216 2.225 % 29,5 5,9 54,9 9,7 100,0 2002 805 (21) 2.437 (651) 2.570 % 31,3 (0,8) 94,8 (25,3) 100,0 Observa-se que a remuneração do capital de terceiros absorveu 94,8% do Valor Adicionado no ano de 2002, devido ao impacto da desvalorização do real frente ao dólar. B - 95 11.01 - NOTAS EXPLICATIVAS 1 Contexto operacional A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP tem por objeto social a operação dos sistemas públicos de água e esgoto no Estado de São Paulo, mediante a concessão desses serviços à uma vasta rede de clientes residenciais, comerciais, industriais e governamentais. A companhia também fornece água por atacado a municípios da Região Metropolitana de São Paulo que não possuem sistemas de produção de água. A companhia fornece serviços de água e esgoto a 322 municípios do Estado de São Paulo, mediante a concessão destes. Substancialmente, todas as concessões têm prazo de duração de 30 anos, sendo que uma delas expira em 2004 e as restantes, entre 2005 e 2029. As concessões podem ser automaticamente renovadas por períodos iguais ao do contrato inicial, a menos que o município ou a SABESP se utilizem do direito de rescindir a concessão, mediante a comunicação de qualquer uma das partes pelo menos seis meses antes da data de expiração da concessão. A companhia não detém uma concessão formal para o fornecimento dos serviços de água e esgoto na cidade de São Paulo, que responde por importante parcela da receita das vendas e serviços prestados, e em outros 43 municípios do Estado de São Paulo, opera amparada em escritura pública de autorização. Com exceção das cidades de Santos e São Paulo, nenhum desses municípios possui população expressiva. A companhia entende que é possuidora do direito de fornecer tais serviços com base, dentre outros aspectos, no fato de deter a posse dos sistemas de água e esgoto que atendem esses municípios e em certos direitos sucessórios adquiridos a partir da fusão que constituiu a SABESP. Em abril de 2002, as ações Sabesp passaram a ser negociadas no “Novo Mercado – BOVESPA”, aderindo, desta forma, às rigorosas exigências de Governança Corporativa deste segmento de mercado. No mês de maio de 2002, foi realizada a operação de oferta de ações Sabesp, de propriedade do Governo do Estado de São Paulo, com a venda de 4,78 bilhões de ações (incluindo Green Shoe de 165 milhões de ações), representativas de 16,8% do capital social, elevando para 28,5% o total de ações em circulação no mercado de capitais. A oferta foi realizada nos mercados nacional e internacional, com a listagem das ações na forma de American Depositary Receipts (ADR) na bolsa de valores de Nova York em 10 de maio de 2002, com o símbolo “SBS”. 2 Apresentação das demonstrações financeiras As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e nas normas da Comissão de Valores Mobiliários - CVM. Essas demonstrações são identificadas pela expressão "pela legislação societária". Estão sendo apresentadas, também, informações suplementares "em moeda de poder aquisitivo constante", elaboradas de acordo com os critérios descritos na nota 18. 3 Principais práticas contábeis (a) Apuração do resultado (i) Receitas com vendas e prestação de serviços A receita é reconhecida à medida em que os serviços são prestados. O fornecimento de água e os serviços de coleta e tratamento de esgotos sanitários, não faturados até a data do encerramento do exercício, são mensurados e registrados contabilmente, em contrapartida do contas a receber de clientes, de forma a possibilitar a contraposição dos custos e das receitas no respectivo exercício. B - 96 (ii) Despesas e receitas financeiras Representadas substancialmente por juros, variações monetárias e cambiais, decorrentes de empréstimos e financiamentos, e aplicações financeiras, calculados e registrados contabilmente pelo regime de competência. (iii) Imposto de renda e contribuição social O imposto de renda e a contribuição social são contabilizados pelo regime de competência. As provisões para o imposto de renda e imposto de renda diferido sobre prejuízos fiscais e diferenças temporais são constituídas à alíquota-base de 15% mais adicional de 10%. As provisões para contribuição social sobre o lucro e a contribuição social diferida sobre bases negativas e diferenças temporais são constituídas à alíquota de 9%. (iv) Demais receitas e despesas As demais receitas e despesas são reconhecidas pelo regime de competência. (b) Aplicações financeiras Representadas substancialmente por Certificados de Depósitos Bancários – CDB’s, são registradas pelos valores das aplicações, acrescidos dos rendimentos auferidos ("pro - rata temporis") até a data do encerramento do exercício. (c) Provisão para devedores duvidosos Constituída por montante considerado suficiente para cobrir prováveis perdas na realização de contas a receber de clientes, registrada em contrapartida do resultado do exercício, na rubrica “despesas com vendas”. (d) Estoques Os estoques de materiais destinados ao consumo e à manutenção dos sistemas de água e esgoto são avaliados ao custo médio de aquisição e estão classificados no ativo circulante. Os estoques destinados a investimentos estão classificados no ativo imobilizado e avaliados ao custo médio de aquisição. (e) Demais ativos circulante e realizável a longo prazo Os demais ativos circulante e realizável a longo prazo são demonstrados aos valores de custo ou realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos auferidos. (f) Permanente Demonstrado ao custo corrigido até 31 de dezembro de 1995, combinado com os seguintes aspectos: Depreciações de bens do imobilizado, pelo método linear, às taxas anuais mencionadas na nota 8. Reavaliação de bens do imobilizado, efetuada em duas etapas, em 1990 e 1991, com base em laudo de avaliação emitido por peritos independentes, realizada mediante depreciação, alienação e baixas dos respectivos bens, em contrapartida da conta "Lucros acumulados". Amortizações do ativo diferido calculadas pelo método linear e pelo período de cinco anos a partir da data em que os benefícios começam a ser gerados. Os encargos financeiros relacionados a financiamentos, obtidos junto a terceiros, destinados a obras em andamento, são apropriados ao custo das mesmas. B - 97 (g) Empréstimos e financiamentos Atualizados com base nas variações monetárias e cambiais, acrescidos dos respectivos encargos incorridos até a data do encerramento do exercício. (h) Provisão para férias As provisões para férias e os respectivos encargos são constituídas com base nos períodos incorridos. (i) Provisão para contingências Constituída para cobertura de eventuais perdas, avaliadas como prováveis por consultores jurídicos e de valor estimável em 31 de dezembro, relacionadas a processos trabalhistas, tributários, cíveis e comerciais, nas instâncias administrativas e judiciais. (j) Gastos ambientais Gastos relacionados a programas ambientais contínuos são registrados a despesa à medida de sua ocorrência. Os programas contínuos são elaborados para minimizar o impacto ambiental causado pelas operações e para a gestão dos riscos ambientais relacionados às atividades da companhia. As provisões assim classificadas são registradas quando julgadas prováveis e razoavelmente estimáveis. (k) Passivo atuarial A companhia patrocina plano de previdência privada de benefício definido. A Deliberação CVM nº 371, de 13 de dezembro de 2000, determina o reconhecimento das obrigações atuariais excedentes aos ativos dos planos. Essas obrigações estão sendo reconhecidas, como facultado pela referida norma, no período de 5 anos, a partir do exercício de 2002. (l) Demais passivos circulante e exigível a longo prazo Os demais passivos circulante e exigível a longo prazo são demonstrados pelos valores conhecidos ou exigíveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos, variações monetárias e cambiais. (m) Juros sobre o capital próprio Foram contabilizados de acordo com as disposições contidas na Lei nº 9.249/95, para efeito de dedutibilidade, limitados à variação, pró-rata dia, da taxa de juros de longo prazo - TJLP e demonstradas contabilmente de acordo com a deliberação CVM nº 207/96. (n) Lucro ou prejuízo por lote de mil ações O prejuízo por lote de mil ações, está calculado com base na quantidade de ações emitidas até a data do encerramento do exercício. (o) Uso de estimativas Na preparação das demonstrações financeiras, são necessárias estimativas e premissas que afetam os valores de ativos e passivos registrados, bem como os valores de receitas e despesas informados para os períodos em questão. Os resultados reais poderão, no futuro, diferir dos valores estimados. B - 98 4 Disponibilidades Pela legislação societária Caixa e bancos Aplicações financeiras Debêntures em tesouraria Moeda estrangeira Informação suplementar Em moeda de poder aquisitivo constante 2002 2001 2002 2001 70.306 344.365 47.467 - 48.861 281.746 47.432 82.181 70.306 344.365 47.467 - 61.221 353.020 59.431 102.971 462.138 460.220 462.138 576.643 As aplicações financeiras referem-se substancialmente, a CDB’s, acrescidos dos respectivos rendimentos auferidos até a data de encerramento do exercício. O montante demonstrado na rubrica “moeda estrangeira”, referia-se à compra de US$ 26,576 mil e CHF 14,790 mil, utilizados para o pagamento de empréstimos e financiamentos, como descritos na nota 9. 5 Clientes Os valores a receber de clientes (exceto acordos) não consideram multa, juros ou qualquer forma de atualização monetária por atraso em seus pagamentos e podem ser assim demonstrados: (a) Saldos patrimoniais Pela legislação societária 2002 No circulante De particulares Rol comum (i) Rol especial (ii) Acordos (iii) De entidades públicas Municipal - capital Municipal - outros Estadual Estadual – Acordo GESP (nota 14) Federal Por atacado – Prefeituras Guarulhos Mauá Mogi das Cruzes Santo André São Bernardo do Campo São Caetano do Sul 2001 256.323 97.005 43.474 Informação suplementar Em moeda de poder aquisitivo constante 2002 2001 393.850 61.028 46.579 256.323 97.005 43.474 493.483 76.467 58.363 396.802 501.457 396.802 628.313 163.688 155.776 65.458 37.706 10.619 149.651 77.110 20.071 15.711 9.582 163.688 155.776 65.458 37.706 10.619 187.509 96.617 25.148 19.685 12.006 433.247 272.125 433.247 340.965 178.379 45.077 3.163 153.242 144.489 2.154 143.956 36.453 2.612 126.325 118.931 1.890 178.379 45.077 3.163 153.242 144.489 2.154 180.373 45.675 3.273 158.282 149.017 2.368 B - 99 . Pela legislação societária Informação suplementar Em moeda de poder aquisitivo constante 2002 38.511 2001 30.416 2002 38.511 2001 38.110 565.015 460.583 565.015 577.098 200.601 200.922 200.601 251.750 Sub-total 1.595.665 1.435.087 1.595.665 1.798.126 Provisão para devedores duvidosos Particulares e públicas Fornecimento por atacado (270.187) (414.243) (255.569) (367.782) (270.187) (414.243) (320.221) (460.821) (684.430) (623.351) (684.430) (781.042) - - (2.979) (2.947) 911.235 811.736 908.256 1.014.137 Diadema Fornecimentos a faturar Ajuste a valor presente Total Os valores a receber de clientes particulares referem-se a (i) rol comum - residenciais e pequenas e médias empresas, (ii) rol especial - grandes consumidores, comércio, indústrias, condomínios e consumidores com características especiais de faturamento (efluentes industriais, poços etc.), (iii) acordos - parcelamento de débitos. (b) Demonstração por vencimento Valores a vencer Vencidos até 30 dias Vencidos de 31 a 60 dias Vencidos de 61 a 90 dias Vencidos de 91 a 120 dias Vencidos de 121 a 180 dias Vencidos de 181 a 360 dias Vencidos acima de 360 dias Sub-total Pela legislação societária 2002 2001 480.728 374.885 127.977 94.174 57.820 34.868 28.733 24.142 27.061 13.964 45.228 57.297 131.440 149.331 696.678 686.426 1.595.665 1.435.087 Informação suplementar Em moeda de poder aquisitivo constante 2002 2001 480.728 469.721 127.977 117.997 57.820 43.689 28.733 30.249 27.061 17.497 45.228 71.792 131.440 187.108 696.678 860.073 1.595.665 1.798.126 Provisão para devedores duvidosos Ajuste a valor presente (684.430) - (623.351) - (684.430) (2.979) (781.042) (2.947) 911.235 811.736 908.256 1.014.137 Total B - 100 (c) Provisão para devedores duvidosos (i) O montante do complemento da provisão no exercício, pode ser assim apresentado: Pela legislação societária 2001 2002 Saldo anterior De particulares/entidades públicas Fornecimento por Atacado – Prefeituras Total do ano Saldo atual 623.351 472.653 14.618 46.461 61.079 51.157 99.541 150.698 684.430 623.351 Informação suplementar Em moeda de poder aquisitivo constante 2002 2001 781.042 653.635 Saldo anterior De particulares/entidades públicas Fornecimento por Atacado – Prefeituras 16.591 53.778 69.247 131.221 Total do ano 70.369 200.468 (166.981) 684.430 (73.061) 781.042 Ganhos e perdas Saldo atual A Companhia contabilizou prováveis perdas de créditos no contas a receber apuradas no ano de 2002, no montante de R$ 162.915 (líquido de créditos recuperados, sendo R$ 101.836 até R$ 5 e R$ 61.079 acima de R$ 5), diretamente ao resultado do período, obedecendo as diretrizes da Lei 9430/96, registrada na rubrica “despesas com vendas”. No ano de 2001 essas perdas foram de R$ 153.780. (ii) No resultado Provisões (acima de cinco mil reais) Recuperações (acima de cinco mil reais) Baixa direta (inferior a cinco mil reais) Valores recuperados (inferior a cinco mil reais) Despesas (nota 22) Legislação societária 2002 2001 (76.534) (178.320) 15.455 27.622 (156.352) (107.335) 54.516 104.253 (162.915) (153.780) Informação suplementar Em moeda de poder aquisitivo contante 2002 2001 (89.107) (236.682) 18.738 36.223 (188.484) (142.812) 64.497 135.675 (194.356) (207.596) A política contábil adotada pela companhia, para estabelecer a provisão para devedores duvidosos é resumida como segue: (*) saldos de contas a receber (exceto do Governo do Estado) acima de cinco mil reais e abaixo de trinta mil reais, vencidos há mais de 360 dias; (**) saldos de contas a receber (exceto do Governo do Estado) acima de trinta mil reais vencidos há mais de 360 dias, para os quais tenha sido iniciada ação judicial de cobrança; (***) saldos de contas a receber (exceto do Governo do Estado) abaixo de cinco mil reais vencidos há mais de 180 dias são baixados diretamente para o resultado na rubrica de “despesas com vendas”. B - 101 (d) Fornecimento por atacado ( Prefeituras) Os valores a receber de fornecimento por atacado referem-se a vendas de "água tratada" para algumas prefeituras, cabendo a elas efetuar a distribuição, o faturamento e a cobrança. Pela legislação societária 2002 2001 Movimentação do ano Saldo anterior Faturamento Recebimento referente ao ano Recebimento referente ao ano anterior Ganhos e Perdas Saldo Atual Informação suplementar Em moeda de poder aquisitivo constante 2002 2001 460.583 384.589 577.098 584.773 230.477 (119.736) 201.043 (123.514) 230.477 (119.736) 251.901 (154.760) (6.309) (1.535) (6.309) (1.923) - - (116.515) (102.893) 565.015 460.583 565.015 577.098 (e) Governo do Estado Governo do Estado Governo do Estado 6 2001 20.071 2001 25.148 Legislação societária Ganhos e Perdas 2002 65.458 Faturado 247.705 Recebido 202.318 Faturado 291.435 Informação suplementar em moeda de poder aquisitivo constante Ganhos e Recebido Perdas 2002 234.706 (16.419) 65.458 Contas a receber de acionista Referem-se a valores de complemento de aposentadoria e licença-prêmio, pagos pela companhia a exfuncionários oriundos das empresas estatais que se fundiram para constituição da SABESP. Os montantes envolvidos são ressarcidos pelo Governo Estadual, responsável pelo cumprimento dessas obrigações, conforme a Lei Estadual nº 200/74. Esses créditos, em 31 de dezembro de 2002 representam R$ 83.240 (2001 - R$ 5.678). Em 31 de dezembro de 2002, a companhia possuía 286 funcionários que farão jus a esses benefícios e 2.882 (2001 - 2.873) que já estão recebendo complementos de aposentadoria. O montante representativo dos benefícios futuros calculados por meio de técnicas atuariais e premissas descritas na nota 13, é de R$ 908.861, não sendo registrado contabilmente pela companhia por se tratar de obrigação de responsabilidade do Governo do Estado de São Paulo. Em 11 de dezembro de 2001, foi assinado o “Termo de Reconhecimento e Consolidação de Obrigações, Compromisso de Pagamento e Outras Avenças”, descrito na nota 14, onde o Governo do Estado de São Paulo reconhece ser devedor de R$ 320.623, importância esta que será reconciliada entre as partes e que corresponde ao saldo dessas obrigações em 30 de novembro de 2001. Desse acordo, R$ 33.750 (2001- R$ 5.678) estão registrados no circulante, na rubrica “Contas a Receber de Acionista”, e o saldo restante no realizável a longo prazo na rubrica “Acordo GESP”. B - 102 7 Realizável a longo prazo - Depósitos judiciais Apresentados a valores originais referem-se, substancialmente, a depósitos efetuados em atendimento a deliberações judiciais relacionados a processos trabalhistas, tributários e cíveis de que a companhia é parte integrante. 8 Imobilizado Pela legislação societária 2002 Custo Em operação Sistemas de Água Terrenos Estruturas Ligações Hidrômetros Redes Equipamentos Outros Sistemas de esgoto Terrenos Estruturas Ligações Redes Equipamentos Outros Uso geral Terrenos Estruturas Equipamentos de transporte Móveis, utensílios e equipamentos Terrenos cedidos em comodato Bens cedidos em comodato Em andamento Sistemas de água Sistemas de esgoto Outros Bens intangíveis (e) Total geral Depreciação e amortização acumuladas 2001 Líquido Líquido Taxas Anuais de depreciação - % 916.689 2.504.076 725.573 242.305 2.919.737 156.633 333.502 7.798.515 (990.345) (234.973) (101.182) (709.495) (96.409) (127.006) (2.259.410) 916.689 1.513.731 490.600 141.123 2.210.242 60.224 206.496 5.539.105 916.088 1.568.367 492.921 128.983 2.182.339 48.627 202.237 5.539.562 4 5 10 2 10 2 a 20 339.953 1.193.550 738.801 3.839.052 363.267 21.785 6.496.408 (335.388) (229.926) (766.197) (196.471) (8.472) (1.536.454) 339.953 858.162 508.875 3.072.855 166.796 13.313 4.959.954 339.494 879.341 513.423 3.022.494 201.197 12.522 4.968.471 4 5 2 10 2 a 20 102.527 112.318 (50.146) 102.527 62.172 102.527 65.054 4 133.184 (101.704) 31.480 27.206 20 229.401 (115.999) 113.402 93.845 10 25.312 - 25.312 25.312 - 8.023 610.765 14.905.688 (2.471) (270.320) (4.066.184) 5.552 340.445 10.839.504 5.552 319.496 10.827.529 795.459 1.673.402 24.278 2.493.139 307.803 (32.077) 795.459 1.673.402 24.278 2.493.139 275.726 861.173 1.521.035 21.614 2.403.822 278.599 17.706.630 (4.098.261) 13.608.369 13.509.950 B - 103 2 a 20 Informação suplementar Em moeda de poder aquisitivo constante 2002 Custo Em operação Sistemas de água Terrenos Estruturas Ligações Hidrômetros Redes Equipamentos Outros Sistemas de esgoto Terrenos Estruturas Ligações Redes Equipamentos Outros Uso geral Terrenos Estruturas Equipamentos de transporte Móveis, utensílios e equipamentos Terrenos cedidos em comodato Bens cedidos em comodato Em andamento Sistemas de água Sistemas de esgoto Outros Bens intangíveis (e) Total geral (a) Depreciação e amortização acumuladas 2001 Líquido Líquido Taxas Anuais de depreciação-% 2.001.626 5.464.029 1.571.781 410.297 6.319.789 323.816 745.289 16.836.627 (2.161.169) (509.535) (196.561) (1.544.542) (206.462) (335.085) (4.953.354) 2.001.626 3.302.860 1.062.246 213.736 4.775.247 117.354 410.204 11.883.273 1.999.591 3.393.122 1.046.711 212.882 4.656.630 91.511 411.707 11.812.154 4 5 10 2 10 2 a 20 728.096 2.616.873 1.576.861 8.395.758 792.533 123.290 14.233.411 (736.621) (496.458) (1.670.662) (404.518) (59.366) (3.367.625) 728.096 1.880.252 1.080.403 6.725.096 388.015 63.924 10.865.786 726.715 1.890.352 1.078.246 6.460.959 427.822 41.138 10.625.232 4 5 2 10 2 a 20 224.188 246.279 (109.728) 224.188 136.551 224.188 141.242 4 246.518 (205.521) 40.997 38.452 20 385.984 (240.694) 145.290 125.045 10 55.355 - 55.355 55.355 - 17.547 1.175.871 32.245.909 (5.439) (561.382) (8.882.361) 12.108 614.489 23.363.548 12.108 596.390 23.033.776 927.053 2.218.007 34.243 3.179.303 480.924 35.906.136 (48.023) (8.930.384) 927.053 2.218.007 34.243 3.179.303 432.901 26.975.752 1.381.384 2.465.569 35.528 3.882.481 439.001 27.355.258 2 a 20 Depreciação A totalidade dos bens do imobilizado foi objeto de reavaliação ocorrida em 1990 e 1991 e estão sendo depreciados por taxas anuais que correspondem ao tempo de vida útil remanescente, definido nos respectivos laudos que, via de regra, se situam nos intervalos das taxas retro-apresentadas. B - 104 (b) Baixas dos bens do imobilizado A companhia baixou, no exercício de 2002, bens do ativo imobilizado que resultaram na apuração de perda total no montante de R$ 16.479 (2001 - R$ 84.948), sendo R$ 13.962 (2001 - R$ 74.453) relacionadas ao grupo de bens em operação, motivadas por obsolescência, furtos e alienação, e R$ 2.517 (2001 - R$ 10.495) relacionadas a obras em andamento, motivadas por obras e projetos econômicamente inviáveis. (c) Capitalização de juros e encargos financeiros Em atendimento à Deliberação CVM nº. 193, de 11 de junho de 1996, a companhia capitalizou no exercício de 2002 o montante de R$ 17.902 (2001 - R$ 18.885), proveniente de encargos financeiros relacionados a financiamentos de bens do imobilizado em andamento. (d) Obras em andamento A previsão para desembolso a partir de 2003, referente a investimento em obras já contratadas, é de aproximadamente R$ 890.000 (2002 – R$ 731.000 ). Em 31 de dezembro de 2002 e 2001 as obras em andamento se referem principalmente a melhoramentos e benfeitorias operacionais em: Pela legislação societária 2002 2001 Sistemas de água Rede e ligação Adução Tratamento de água Sub-Adução Produção e reservação Outros Total dos sistemas de água Sistemas de esgoto Coleta Tratamento de Esgoto Outros Total dos sistemas de esgoto Outros Total Informação suplementar Em moeda de poder aquisitivo constante 2002 2001 229.206 146.397 125.474 140.411 125.591 28.380 795.459 243.488 142.931 138.669 144.945 152.620 38.520 861.173 267.124 170.616 146.231 163.639 146.368 33.075 927.053 390.572 229.272 222.435 232.502 244.814 61.789 1.381.384 1.255.363 338.657 79.382 1.673.402 1.139.705 286.546 94.784 1.521.035 1.663.918 448.872 105.217 2.218.007 1.847.440 464.486 153.643 2.465.569 24.278 21.614 34.243 35.528 2.493.139 2.403.822 3.179.303 3.882.481 (e) Bens intangíveis A partir do exercício de 1999, as negociações relacionadas a novas concessões passaram a ser realizadas considerando o resultado econômico-financeiro do negócio, definido em laudo de avaliação, emitido por peritos independentes. O montante definido no respectivo instrumento de contratação, após a concretização do negócio junto ao município, com realização mediante subscrição de ações da companhia ou em dinheiro, é registrado nessa rubrica e amortizado pelo período da respectiva concessão, pelo prazo de 30 anos. O montante líquido demonstrado, incluindo adições e amortizações, refere-se à assunção dos seguintes municípios: B - 105 Informação suplementar Em moeda de poder Pela legislação societária aquisitivo constante Municípios 2002 2001 2002 2001 Agudos 6.375 5.193 10.651 9.249 59 59 74 76 Bom Sucesso do Itararé Campo Limpo Paulista 9.593 9.915 14.765 15.190 Conchas 1.938 1.994 2.902 2.969 Duartina 891 877 1.290 1.288 Estância de Serra Negra 3.486 3.517 4.821 4.869 Itararé 4.435 4.523 7.829 8.019 Marabá Paulista 297 308 436 452 3.384 3.460 6.026 6.150 222.212 225.056 345.136 350.828 12.017 12.425 22.054 22.671 Paulistânia 118 106 148 136 Sandovalina 167 171 253 259 Miguelópolis Osasco Paraguaçu Paulista Santa Maria da Serra Várzea Paulista 729 758 1.124 1.163 10.025 10.237 15.392 15.682 275.726 278.599 432.901 439.001 (f) Desapropriações Em decorrência da execução de obras prioritárias relacionadas aos sistemas de água e esgoto, houve necessidade de desapropriações ou instituição de servidão de passagem em propriedades de terceiros, procedidas de acordo com a legislação pertinente. Seus proprietários serão ressarcidos por meio amigáveis ou judiciais. A previsão para desembolsos a serem realizados a partir do exercício de 2003 é de aproximadamente R$189.000 (em 2002 foram desembolsados R$ 3.465), os quais deverão ser cobertos com recursos próprios. Os bens objeto desses processos deverão ser registrados no ativo imobilizado quando concretizada a operação. (g) Efeitos fiscais sobre reavaliação de ativos Conforme permitido pela instrução CVM 197/93, a companhia deixou de provisionar o efeito fiscal (diferido) sobre a mais valia decorrente de reavaliação do ativo imobilizado ocorrido em 1990 e 1991. Caso fosse contabilizado, o montante não realizado até 31 de dezembro de 2002 seria de R$ 572.582 (2001 – R$ 605.115). No período de janeiro a dezembro de 2002 a realização da reserva de reavaliação foi de R$ 95.841. B - 106 9 Empréstimos e financiamentos Pela legislação societária 2002 Curto prazo Longo prazo 137.478 Debêntures 3ª Emissão 2001 Total Curto prazo Longo prazo Total 2.341.027 2.478.505 122.864 2.410.937 2.533.801 - 413.094 413.094 - 413.094 413.094 Debêntures 4ª Emissão - 300.000 300.000 - 300.000 300.000 Debêntures 5ª Emissão - 421.153 421.153 - - - 28.380 493.130 521.510 24.948 495.256 520.204 - 4.060 4.060 - - - 2.236 24.149 26.385 525 25.630 26.155 52.401 - 52.401 23.267 - 23.267 220.495 3.996.613 4.217.108 171.604 3.644.917 3.816.521 104.132 94.934 199.066 62.706 119.872 182.578 2.675 10.165 12.840 1.320 7.159 8.479 125.969 1.377.952 1.503.921 76.677 907.267 983.944 706.660 971.658 1.678.318 - 1.102.190 1.102.190 - - - 116.020 - 116.020 70.666 141.332 211.998 46.408 139.224 185.632 101.872 - 101.872 74.587 - 74.587 1.111.974 2.596.041 3.708.015 377.718 2.275.712 2.653.430 1.332.469 6.592.654 7.925.123 549.322 5.920.629 6.469.951 Instituição financeira Em moeda nacional União Federal/Banco do Brasil Caixa Econômica Federal Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES Outros Juros e encargos Em moeda estrangeira International Bank for Reconstruction and Development (BIRD): US$ 56,340 mil (2001 - US$ 78,684 mil) Société Générale: EUR 3,469 mil (2001 - EUR 4,109 mil) Interamerican Development Bank (BID): US$ 425,642 mil (2001 - US$ 424,041 mil) Eurobônus: US$ 475,000 mil (2001 - US$ 475,000 mil) Westdeutsche Landesbank Girozentrale ( 2001 - US$ 50,000 mil) Deutsche Bank Luxembourg: US$ 60,000 mil (2001 - US$ 80,000 mil) Juros e encargos Total Cotação de 31 de dezembro de 2002: US$ 3,5333; EUR 3,7012. B - 107 Informação suplementar Em moeda de poder aquisitivo constante 2002 Curto prazo Longo prazo 137.478 Debêntures 3ª Emissão 2001 Total Curto prazo Longo prazo Total 2.341.027 2.478.505 153.945 3.020.839 3.174.784 - 413.094 413.094 - 517.596 517.596 Debêntures 4ª Emissão - 300.000 300.000 - 375.892 375.892 Debêntures 5ª Emissão - 421.153 421.153 - - - 28.380 493.130 521.510 31.259 620.543 651.802 - 4.060 4.060 - - - 2.236 24.149 26.385 657 32.113 32.770 52.401 - 52.401 29.153 - 29.153 220.495 3.996.613 4.217.108 215.014 4.566.983 4.781.997 104.132 94.934 199.066 78.568 150.196 228.764 2.675 10.165 12.840 1.654 8.970 10.624 125.969 1.377.952 1.503.921 96.075 1.136.781 1.232.856 706.660 971.658 1.678.318 - 1.381.014 1.381.014 - - - 145.370 - 145.370 70.666 141.332 211.998 58.148 174.444 232.592 101.872 - 101.872 93.456 - 93.456 1.111.974 2.596.041 3.708.015 473.271 2.851.405 3.324.676 1.332.469 6.592.654 7.925.123 688.285 7.418.388 8.106.673 Instituição financeira Em moeda nacional União Federal/Banco do Brasil Caixa Econômica Federal Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES Outros Juros e encargos Em moeda estrangeira International Bank for Reconstruction and Development (BIRD): US$ 56,340 mil (2001 - US$ 78,684 mil) Société Générale: EUR 3,469 mil (2001 - EUR 4,109 mil) Interamerican Development Bank (BID): US$ 425,642 mil (2001 - US$ 424,041 mil) Eurobônus: US$ 475,000 mil (2001 - US$ 475,000 mil) Westdeutsche Landesbank Girozentrale ( 2001 - US$ 50,000 mil) Deutsche Bank Luxembourg: US$ 60,000 mil (2001 - US$ 80,000 mil) Juros e encargos Total Cotação de 31 de dezembro de 2002: US$ 3,5333; EUR 3,7012. (a) União Federal/Banco do Brasil Em março de 1994, foi realizado o refinanciamento dos contratos existentes com a Caixa Econômica Federal, a qual cedeu os direitos creditórios à União onde o Banco do Brasil atuou como agente. Nos termos do B - 108 contrato firmado com a União, os encargos e pagamentos são realizados pelo sistema Price (mensal) atualizados pela variação da UPR- Unidade Padrão de Referência (igual à TR- Taxa de Referência), acrescidos de juros à taxa de 8,5% ao ano, com vencimento final em 2014. A garantia para esse financiamento é dada pelo Governo do Estado de São Paulo por meio de suas receitas e por receitas próprias da SABESP. (b) Debêntures 3ª Emissão Em março de 1999, a companhia realizou colocação pública de debêntures simples, não conversíveis em ações, conforme anúncio de "Início de Distribuição", publicado na Gazeta Mercantil em 19 e 22 de março de 1999 e respectivo Prospecto de Oferta Pública, elaborado de acordo com o Código de Auto-Regulação da ANBID – Associação Nacional dos Bancos de Investimento. Foram colocadas 413.094 debêntures ao valor nominal unitário de R$ 1, perfazendo o valor total de R$ 413.094, assim distribuídas: . . . 1ª., 2ª. e 3ª. séries - R$ 115.000 cada série 4ª. série - R$ 51.666 5ª. série - R$ 16.428 A emissão foi efetuada com base na Resolução do Conselho Monetário Nacional - CMN no. 2.559/98. Em setembro de 2001 houve prorrogação do prazo de vencimento final, alterado de novembro de 2002 para setembro de 2004 e repactuação das condições de remuneração das 5 séries, pagas trimestralmente, conforme abaixo: Taxa anterior Taxa de Repactuação 1ª série 2ª série 3ª série 4ª série 5ª série 104% CDI 103% CDI 102,75% CDI 104% CDI 103% CDI CDI + 1,5% a.a. CDI + 1,5% a.a. CDI + 1,5% a.a. CDI + 1,5% a.a. CDI + 1,5% a.a. Em vista dessas alterações foram recompradas e mantidas em tesouraria o total de 47.290 debêntures, no montante de R$ 47.467, as quais encontram-se registradas no ativo circulante (nota 4). No exercício de 2002, foram provisionados juros no valor de R$ 80.204 (2001 – R$ 70.253), pagos em parcelas trimestrais. O saldo remanescente, no valor de R$ 1.549, encontra-se registrado sob a rubrica “Empréstimos e Financiamentos”, no passivo circulante. 4ª Emissão Em 1º de abril de 2001, foram emitidas 30.000 debêntures nominativas, do tipo escritural e não conversíveis em ações, em série única, ao valor nominal unitário de R$ 10, perfazendo o total de R$ 300.000. A colocação total das debêntures no mercado ocorreu através de leilão realizado em 8 de junho de 2001. A amortização das debêntures será em 12 parcelas trimestrais a partir de 15 de março de 2004, com prazo final para resgate estipulado para 15 de dezembro de 2006. As debêntures fazem jus a uma remuneração com base na taxa média dos Depósitos Interfinanceiros-DI de um dia, calculada e divulgada pela CETIP – Central de Custódias e de Liquidação Financeira de Títulos, acrescida de “spread” de 1,20% ao ano. A remuneração é paga trimestralmente, sendo que o primeiro pagamento ocorreu em 15 de junho de 2001. Os recursos captados foram destinados à liquidação de dívidas vincendas no ano da captação. B - 109 No exercício de 2002, foram provisionados juros no valor de R$ 57.295 (2001 – R$ 40.121). O saldo remanescente, no valor de R$ 2.700, encontra-se registrado sob a rubrica “Empréstimos e Financiamentos” no passivo circulante. 5ª Emissão Em 1º de abril de 2002 foi realizada a 5ª emissão de debêntures simples, escriturais, nominativas, não conversíveis em ações, sem preferência, sem garantia, ao valor nominal de R$ 10. A segunda série tem o valor alterado mensalmente, em função de sua característica, de acordo com a escritura de emissão. Foram emitidas 40.000 debêntures, distribuídas em 2 séries, conforme abaixo: 1ª série 16/05/2002 31.372 R$ 313.720 CDI + 1,85% a.a. Trimestral com exceção da última parcela em 1º/03/2007 3 parcelas em 1º/04/2005, 1º/04/2006 e 1º/03/2007 Data da colocação Quantidade Valor nominal Emissão Remuneração Forma Pagamento de Remuneração Amortização 2ª série 16/05/2002 8.628 R$ 86.280 IGP-M + 13,25% a.a. Anual com exceção da última parcela em 1º/03/2007 3 parcelas em 1º/04/2005, 1º/04/2006 e 1º/03/2007 Os recursos obtidos foram destinados à liquidação de dívidas durante o exercício de 2002. No exercício de 2002 foram provisionados juros no valor de R$ 47.182 referente a 1ª série, pagos trimestralmente e R$ 10.683 referente à - 2ª série, com vencimento anual. O saldo remanescente, no valor de R$ 16.876 – 1ª série e R$ 10.683 2ª série, encontram-se registrados sob a rubrica “Empréstimos e Financiamentos”, no passivo circulante. (c) Caixa Econômica Federal Programa Pró-Saneamento (i) Modalidade água e esgoto Foram firmados diversos contratos em 1996, 1997 e 1998, pelo programa Pró-Saneamento, com a finalidade de ampliação e melhorias no sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário envolvendo diversos municípios do Estado de São Paulo e a Capital. A garantia para esse contrato é a arrecadação proveniente do pagamento das tarifas diárias de água e esgoto, até o valor total da dívida. Os prazos de amortização previstos nos contratos são de 120 a 180 meses, a partir do início da fase de retorno. O saldo em 31 de dezembro de 2002 é de R$ 507.181 (2001 - R$ 510.669), sendo o valor a utilizar desses contratos em fase de carência de R$ 8.324 (2001 - R$ 5.079). Os encargos contratuais são os seguintes: Taxas de juros Na fase de carência: Taxa de risco Taxa de administração 1996 1997 1998 9,5% a.a. 6,5% a 8,0% a.a. 6,5% a 8,0% a.a. 1,0% sobre o valor desembolsado 0,12% a.m. sobre o valor do contrato 1,0% sobre o valor desembolsado 2,0% a.a. sobre o valor desembolsado 0,6% a.a. sobre o saldo devedor 2,0% a.a. sobre o valor desembolsado Na fase de retorno: B - 110 Taxa de administração (ii) Diferença entre o cálculo da prestação à taxa de 10,5% a.a. menos à taxa de 9,5% a.a. 1,0% a.a. sobre o saldo devedor 1,0% a.a. sobre o saldo devedor Modalidade Pró-Sanear Em 1997 e 1998 foram firmados contratos pelo programa Pró-Sanear para a execução de melhorias dos serviços de água e esgoto, com participação comunitária, em diversos municípios da Região Metropolitana de São Paulo. A garantia para esses contratos é a arrecadação proveniente do pagamento das tarifas de água e esgoto, até o valor total da dívida. O prazo de amortização previsto é de 180 meses a partir do início da fase de retorno. O saldo em 31 de dezembro de 2002 é de R$ 14.329 (2001 – R$ 9.535), sendo o montante a utilizar desses contratos, relativo a obras que já estão em andamento, de R$ 20.367 (2001 – R$ 14.779). Encargos financeiros previstos: Taxa de juros – 5,0% a.a. Taxa de administração (fase de carência) - 2,0% a.a. sobre o saldo devedor Taxa de administração (fase de amortização) - 1,0% a.a. sobre o saldo devedor Taxa de risco (fase de carência) - 1,0% sobre o desembolso (d) BNDES Contrato 01.2.619.3.1 – Firmado em agosto de 2002, no valor total de até R$ 60.000, com a finalidade de financiar parte da contrapartida da companhia na execução do Projeto de Despoluição do Rio Tietê – Etapa II, objeto do contrato de empréstimo nº 1212/OC – BR, firmado com o Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID. Foi firmado na mesma data o Contrato de Repasse nº 10/669.748-6 no valor total de R$ 180.000, ainda não totalmente utilizado, distribuídos entre os agentes nas seguintes proporções: Agente Unibanco – União de Bancos Brasileiros S.A. Banco BBA Creditanstalt S.A. Banco Alfa de Investimento S.A. Banco Itaú S.A. Total Valor 60.000 51.000 39.000 30.000 180.000 Os recursos serão repassados do BNDES aos agentes e destes para a Sabesp. O contrato de repasse tem a mesma finalidade que o contrato entre o BNDES e a Sabesp, e os encargos e amortizações são iguais para ambos, sendo: Juros – compostos pela TJLP limitada a 6% a.a., acrescida de Spread de 3% a.a. a serem pagos trimestralmente durante o período de carência, e mensalmente na fase de retorno. A parcela da TJLP que exceder a 6% a.a. será incorporada ao saldo devedor. Amortização - Será em 84 prestações mensais, sendo a primeira em Setembro de 2005 e a última prestação em Agosto de 2012. A garantia para os contratos é a vinculação de parte da receita proveniente da prestação de serviços de água e esgoto. Compromissos financeiros “ Covenants”: Liquidez corrente : Maior que 1,0; EBITDA / ROL : igual ou superior a 38%; Ligações totais (água e esgoto) / funcionários próprios : igual ou superior a 520; EBITDA / Serviço da Dívida : igual ou superior a 1,5; PL / Exigível Total : igual ou superior a 0,8. B - 111 (e) BIRD Contrato 3.102 – Firmado em fevereiro de 1990, no valor de US$ 280 milhões, com a finalidade de melhoria na eficiência operacional da companhia. O período de amortização teve início em setembro de 1994, cuja taxa anual de juros do financiamento é igual a 0,5% acima do custo de saques qualificados no semestre anterior ao do período de incidência, com vencimento final em março de 2004. Foi assinado na mesma data um contrato de garantia entre a República Federativa do Brasil e o BIRD, garantindo a provisão de fundos para o cumprimento das obrigações previstas no contrato de empréstimo. O saldo deste contrato em 31 de dezembro de 2002 era de R$ 134.764 (US$ 38,141 mil). Contrato 3.504 – Objetivando a transferência de recursos do contrato “mãe” firmado entre o Estado de São Paulo e o BIRD em dezembro de 1992, destinado à execução do programa de saneamento ambiental da Bacia de Guarapiranga, foi assinado um contrato de repasse entre o Estado de São Paulo e a SABESP, em março de 1993. Foi assinado, em dezembro de 1992, contrato de garantia entre a República Federativa do Brasil e o BIRD, garantindo a provisão de fundos para o cumprimento das obrigações previstas no contrato de financiamento. O contrato está sendo amortizado, em parcelas semestrais, desde outubro de 1997, com vencimento final em abril de 2007. A taxa de juros equivale a 0,5% a.a. acima do custo de captação do BIRD. O saldo deste contrato em 31 de dezembro de 2002 era de R$ 64.302 (US$ 18,199 mil). (f) BID Contrato 229 – Firmado em junho de 1987, no valor de US$ 163 milhões, destinado à execução do programa de esgoto na Região Metropolitana de São Paulo. O período de amortização teve início em janeiro de 1994, em parcelas semestrais e taxa de juros de 7,7% a.a., com vencimento final em julho de 2007. Foi assinado, em junho de 1987, um contrato de garantia entre a República Federativa do Brasil e o BID, garantindo a provisão de fundos para o cumprimento das obrigações previstas no contrato de financiamento. O saldo deste contrato em 31 de dezembro de 2002 era de R$ 218.585 (US$ 61,864 mil). Contrato 713 – Firmado em dezembro de 1992, no valor de US$ 400 milhões, destinado à execução de Projeto de Despoluição do Rio Tietê – primeira etapa. O período de amortização teve início em junho de 1999, em parcelas semestrais, cuja taxa anual de juros é variável de acordo com os custos dos empréstimos tomados pelo banco semestralmente e com vencimento final em dezembro de 2017. Foi assinado, em dezembro de 1992, contrato de garantia entre a República Federativa do Brasil e o BID, garantindo a provisão de fundos para o cumprimento das obrigações previstas no contrato de financiamento. O saldo deste contrato em 31 de dezembro de 2002 era de R$ 1.086.565 (US$ 307,521 mil). Contrato 896 – Firmado em dezembro de 1992, no valor de US$ 50 milhões, destinado também ao Projeto de Despoluição do Rio Tietê – primeira etapa. O período de amortização teve início em junho de 1999, em parcelas semestrais, cuja taxa de juros é de 3% ao ano, com vencimento final em dezembro de 2016. Foi assinado, em dezembro de 1992, contrato de garantia entre a República Federativa do Brasil e o BID, garantindo a provisão de fundos para o cumprimento das obrigações previstas no contrato de financiamento. O saldo deste contrato em 31 de dezembro de 2002 era de R$ 137.406 (US$ 38,889 mil). Contrato 1.212 – Firmado em julho de 2000, no valor de US$ 200 milhões, destinado à execução do Projeto de Despoluição do Rio Tietê – etapa II. O contrato encontra-se em fase de execução das obras, sendo o total desembolsado no ano de 2002 – US$ 11,903 mil e o saldo a utilizar é de US$ 182,632 mil. O empréstimo será amortizado em parcelas semestrais, sendo a primeira após seis meses da data prevista para o desembolso final e a última em julho de 2025. Os juros estão sendo pagos semestralmente, sobre o saldo devedor diário, à taxa anual determinada pelos custos dos empréstimos tomados pelo banco, durante o semestre anterior, acrescidos de um “spread”, e serão variáveis para cada semestre. O saldo deste contrato em 31 de dezembro de 2002 era de R$ 61.365 (US$ 17,368 mil). Compromissos financeiros – “Covenants” Contrato 229 – A dívida de longo prazo não pode exceder a 1,5 vezes o valor do patrimônio. Contratos nºs 713, 896 e 1.212. B - 112 As tarifas devem: a) produzir uma receita suficiente para cobrir os gastos de exploração do sistema, inclusive os relacionados com administração, operação, manutenção e depreciação; b) proporcionar uma rentabilidade sobre o Ativo Imobilizado não inferior a 7%. Durante a execução do projeto os saldos dos empréstimos contratados a curto prazo não deverão ser superiores a 8,5% do seu Patrimônio Líquido. (g) Eurobônus (i) Foi concretizada no mês de julho de 1997 uma operação de crédito externo, atuando como líder o “UBS – Securities LLC” e como co-líderes o “Deutsche Morgan Grenfell” e o “BB Securities” no valor de US$ 275,000 mil, com juros de 10% a.a. pagos semestralmente e vencimento final previsto para julho de 2005. Esses recursos foram destinados à quitação antecipada de debêntures. (ii) Em junho de 2000 foi realizada uma emissão de Eurobônus no mercado externo, no valor de US$ 200,000 mil, tendo como co-líderes o “Deutsche Bank” e “Salomon Smith Barney” (City Group), com taxa anual de juros de 12% pagos semestralmente e vencimento final em julho de 2003. Estes recursos foram utilizados para o refinanciamento de obrigações financeiras próprias. Compromissos financeiros – “Covenants” (em moeda de poder aquisitivo constante) Limitar a incorrência em novas dívidas quando a relação entre a dívida e a capitalização ajustada (*) for maior do que 0,42; A cobertura de juros não pode ser menor que 2,5 (EBITDA ajustado (**)/despesas financeiras); Empréstimos ao controlador limitado ao valor do respectivo Contas a Receber. (h) Empréstimos sindicalizados (i) Westdeutsche Landesbank Girozentrale Em fevereiro de 2000, foi realizada uma operação de empréstimo tendo como principal agente pagador o Chase Trust Bank, no valor de US$ 50,000 mil, com vencimento do principal em parcela única em fevereiro de 2002 e pagamento de juros semestrais à taxa de 9,75% a.a.. O valor captado foi utilizado para o refinanciamento de obrigações contraídas nos mercados interno e externo. (ii) Deutsche Bank Luxembourg Em outubro de 2000, foi firmado contrato de empréstimo tendo como agente pagador o Deutsche Trust Bank Limited e “arranger” o Brazilian American Merchant Bank, no valor de US$ 100,000 mil, com a finalidade de refinanciamento de obrigações financeiras próprias. A amortização do contrato é em 10 parcelas semestrais, compostas de principal e juros do período, calculados à taxa de 11,13% ao ano, com vencimento final em outubro de 2005. No ano de 2002 foram pagas duas parcelas no total de US$ 20 mil acrescidas dos juros dos períodos. Compromissos financeiros “Covenants” (em moeda de poder aquisitivo constante) Limitar a incorrência em novas dívidas quando a relação entre a dívida e a capitalização ajustada (*) for maior do que 0,42; A cobertura de juros não pode ser menor que 2,5 (EBITDA ajustado (**)/despesas financeiras); Empréstimos ao controlador limitado ao valor do respectivo Contas a Receber. (*) Capitalização ajustada exclui do Patrimônio líquido as contas a receber atrasadas tanto do Governo do Estado de São Paulo como dos serviços autônomos de água por atacado da Região Metropolitana de São Paulo - RMSP. (**) EBITDA ajustado é calculado com a exclusão das vendas não recebidas de água e serviços de esgoto para o Governo do Estado de São Paulo e das vendas não recebidas de água no atacado para os serviços autônomos da Região Metropolitana de São Paulo - RMSP (informação não contábil). B - 113 (***) Os Covenants estão sendo atendidos e, conseqüentemente, os saldos dos empréstimos e financiamentos estão devidamente classificados entre o curto e o longo prazo, de conformidade com os contratos. (i) Vencimentos Os empréstimos e financiamentos vencem como segue: Em moeda nacional Em moeda estrangeira 10 2009 em diante 2003 2004 2005 2006 2007 2008 220.495 698.331 441.772 459.540 378.451 258.123 1.760.396 4.217.108 1.111.974 261.648 1.188.750 146.821 135.904 85.042 777.876 3.708.015 1.332.469 959.979 1.630.522 606.361 514.355 343.165 2.538.272 7.925.123 Imposto de renda e contribuição social (a) Saldos patrimoniais e de resultado Pela legislação societária 2002 2001 Informação suplementar Em moeda de poder aquisitivo constante 2002 2001 No ativo circulante ((b) (i)) Imposto de renda diferido Contribuição social diferida No realizável a longo prazo ((b)(ii)) Imposto de renda diferido Contribuição social diferida No passivo circulante Imposto de renda diferido No exigível a longo prazo ((b)(iii)) Imposto de renda diferido Contribuição social diferida No resultado Do exercício Imposto de renda Imposto de renda diferido Reversão Imposto de renda diferido Subtotal - Diferido Total Do exercício Contribuição social diferida 43.016 15.486 58.502 - 43.016 15.486 58.502 - 92.734 113.299 206.033 55.877 35.463 91.340 92.734 113.299 206.033 70.013 44.434 114.447 9.903 9.903 - 9.903 9.903 - 59.110 16.770 242.246 14.593 3.014.966 1.080.878 2.607.522 847.722 75.880 256.839 4.095.844 3.455.244 (2.842) 60.531 (21.477) 36.090 (3.795) (66.153) (27.004) 27.385 179.268 239.799 236.957 47.281 83.371 61.894 190.114 123.961 120.166 62.426 89.811 62.807 86.358 27.805 43.381 29.550 B - 114 Total Pela legislação societária 2002 2001 86.358 27.805 Informação suplementar Em moeda de poder aquisitivo constante 2002 2001 43.381 29.550 (b) Diferidos (i) No ativo circulante Calculados substancialmente com base em diferenças temporais no montante de R$ 172.064. (ii) No realizável a longo prazo Calculados substancialmente com base em diferenças temporais no montante de R$ 294.957 (2001-R$ 235.429) relativos a contribuição social e R$ 283.034 (2001-R$ 223.507) relativos ao imposto de renda. A companhia está pleiteando a compensação integral das bases negativas da contribuição social e dos prejuízos fiscais, sem a limitação de 30% prevista na Lei 8.981/95; no entanto, a parcela compensada no período considerou o percentual definido na referida Lei. A base negativa de contribuição social acumulada em 31 de dezembro de 2002, é de R$ 963.923 (2001-R$ 158.610) e prejuízos fiscais no montante de R$ 87.902 sobre os quais foram constituídos créditos fiscais correspondentes no montante de R$ 86.753 e R$ 21.975 respectivamente. Em atendimento à Deliberação CVM nº 273/98 e Instrução nº 371/02, a realização dos créditos relativos aos prejuízos fiscais, bases negativas da contribuição social e diferenças temporárias, baseada em projeção orçamentária ocorrerá até o final do exercício de 2006. Realização em percentual aproximado: Exercício realização 2003 15% 2004 23% 2005 29% 2006 33% Ainda em atendimento às disposições da Instrução CVM nº 371/02, a companhia elaborou, além das projeções normais, projeções orçamentárias para fundamentar essa realização descontada a valor presente, utilizando taxa de desconto 15%, aprovados em reunião do Conselho de Administração e Fiscal. (iii) No passivo circulante Constituída à alíquota de 25% sobre o saldo do Lucro Inflacionário e correção monetária complementar (diferença IPC – Índice de Preços ao Consumidor e do BTNF – Bônus do Tesouro Nacional Fiscal) com realização no ano o montante de R$ 179.268 (2001 – R$ 47.281). Como facultado pela legislação tributária vigente, a companhia antecipou a realização parcial do lucro inflacionário, com o aproveitamento do prejuízo fiscal gerado no exercício de 2002, restando o saldo de R$ 9.903 reclassificado para o passivo circulante. (iv) No exigível a longo prazo Calculados substancialmente com base em diferenças temporais no montante de R$ 236.441 relativos ao imposto de renda e R$ 186.335 relativos à contribuição social. B - 115 Ademais, como mencionado na nota 18 (d), para fins das demonstrações em moeda de poder aquisitivo constante, a administração calculou e registrou o imposto de renda e a contribuição social diferidos sobre a mais valia do ativo permanente resultante da correção monetária destes, de acordo com os seguintes parâmetros: 2002 Base para cálculo dos efeitos fiscais sobre a atualização do ativo permanente (excluindo terrenos R$ 1.624.785) Do imposto de renda – 25% Da contribuição social – 9% Efeito total no exigível a longo prazo Efeito no exercício No resultado No patrimônio líquido Efeito total no patrimônio liquido e no exigível a longo prazo 11.823.422 2.955.856 1.064.108 4.019.964 228.603 657.929 886.532 (c) Composição dos saldos de imposto de renda e contribuição social diferidos Pela legislação societária 2002 2001 No ativo circulante Provisão para contingências No realizável a longo prazo Provisão para contingências Prejuízos fiscais Base negativa da contribuição social Outras Total No passivo circulante Lucro inflacionário No exigível a longo prazo Lucro inflacionário Lucro órgãos públicos IR e CS sobre mais valia Total Informação suplementar em moeda de poder aquisitivo constante 2002 2001 58.502 58.502 - 58.502 58.502 - 96.190 21.975 86.753 1.115 206.033 75.130 14.275 1.935 91.340 96.190 21.975 86.753 1.115 206.033 94.136 17.886 2.425 114.447 9.903 9.903 - 9.903 9.903 - 75.880 75.880 189.171 67.668 256.839 75.880 4.019.964 4.095.844 237.026 84.786 3.133.432 3.455.244 (d) Reconciliação da taxa efetiva Valor registrado como despesa de imposto de renda e contribuição social nas demonstrações financeiras está conciliado às taxas nominais conforme demonstrado a seguir: 2002 Lucro (Prejuízo) antes do imposto Alíquota nominal Receita ou despesa de IR/CS prevista IR (938.709) 25% 234.677 B - 116 CS (938.709) 9% 84.484 Pela legislação societária 2001 IR CS 126.528 126.528 25% 9% (31.632) (11.388) Pela legislação societária 2001 IR CS 2002 IR Conciliação: Adições Realização da reserva de reavaliação Exclusões Juros sobre capital próprio Outros valores Imposto de renda e contribuição social no resultado 11 CS (23.960) (8.626) (32.463) (11.687) 27.056 9.740 122.462 44.086 (816) 760 3.527 6.794 236.957 86.358 61.894 27.805 Impostos e contribuições Pela legislação societária Cofins e Pasep (i) Acordos- Refis (ii) INSS Outros Total 2002 20.019 63.193 12.910 1.884 98.006 Curto prazo 2001 5.898 57.274 10.121 6.896 80.189 2002 73.725 73.725 Longo prazo 2001 124.093 124.093 Informação suplementar Em moeda de poder aquisitivo constante Cofins e Pasep Acordos- Refis INSS Outros Total 2002 20.019 63.193 12.910 1.884 98.006 Curto prazo 2001 7.390 71.763 12.681 8.641 100.475 2002 73.725 73.725 Longo prazo 2001 155.485 155.485 (i) Cofins e Pasep Estão sendo apresentados pelo valor líquido, os montantes de diferimento do pagamento do Pasep e da Cofins no montante de R$ 76 milhões, passíveis de compensação entre os mesmos, no montante de R$ 64 milhões, como facultado pela legislação vigente. B - 117 (ii) Composição da base de cálculo quando da adesão ao Refis Imposto Valor Principal 416 Multa Juros 83 1.076 Contribuição Social Imposto de Renda Total Cofins Pasep 580 Saldo em 29/02/00 1.079 Valor a compensar (47) Valor a Pagar 1.032 215 1.609 2.900 (128) 2.772 46.658 9.332 74.468 130.458 (79) 130.379 45.104 9.021 51.050 105.175 (579) 104.596 93.254 18.651 127.707 239.612 (833) 238.779 As multas e juros acima mencionados já faziam parte dos acordos firmados em períodos anteriores. A companhia aderiu ao Refis com o intuito exclusivo de reparcelar débitos anteriormente acordados com a Receita Federal. A companhia optou pela modalidade de parcelamento alternativo, em parcelas iguais pelo prazo de 60 meses, acrescidas de Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP, as quais não estão sujeitas ao limite do pagamento com base em percentual do faturamento. A opção da administração pela adesão considerou, sobretudo, a redução da taxa de juros aplicáveis aos referidos débitos, passando de Selic, que corrigia os acordos vigentes até 29 de fevereiro de 2000, para TJLP. O ganho financeiro a valor presente, se calculado tomando por base os termos acima descritos, não foi reconhecido contabilmente em atendimento às normas contábeis brasileiras. Em 31 de março de 2000, o saldo acumulado da base negativa de contribuição social era de R$ 28.506 e não foi utilizado na amortização dos juros e multas. Não existia saldo acumulado de prejuízo fiscal naquela data. Não foram efetuados ajustes em decorrência da adesão ao Refis. O valor das parcelas pagas antes da adesão ao Refis era de aproximadamente R$ 7 milhões/mês. Foram arrolados, na operação, terrenos no montante de R$ 249.034, em garantia ao processo de pagamento dos referidos débitos. A opção pelo Refis implica na obrigatoriedade do pagamento regular dos impostos e contribuições, conforme previsto na legislação. O montante pago desde a opção ao programa