A Lei de deus E a Lei Alterada

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A Lei de deus E a Lei Alterada
1. A Lei de Deus ou Lei dos 10 Mandamentos
Podemos ler a Lei de Deus ou Lei dos 10 Mandamentos na Bíblia Sagrada, no livro de Êxodo, capítulo
20, versículos 3 a 17, conforme passamos a transcrever
:
1.1. A única Lei que o próprio Deus escreveu
A Lei de Deus é a única lei que foi escrita pelo próprio dedo de Deus, sem intervenção da mão
humana: “E deu a Moisés (quando acabou de falar com ele, no monte de Sinai) as duas tábuas de
testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus” (Êxodo, 31:18). Deus escreveu a Sua Lei em 2
tábuas de pedra, que entregou a Moisés, no Monte Sinai. As Escrituras Sagradas foram escritas por homens,
inspirados pelo Espírito Santo, que foram meros instrumentos de Deus, não as escrevendo por sua vontade,
mas sim pela vontade de Deus: “Toda a escritura, divinamente inspirada, é proveitosa para ensinar, para
redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente
instruído para toda a boa obra” (II Timóteo, 3:16-17); “Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de
homem algum, mas os homens santos de Deus falaram, inspirados pelo Espírito Santo” (II Pedro, 1:21).
“Inspiração” vem de “in spiro”, que significa “soprar para dentro, insuflar”. O “sopro de Deus” deu às
Escrituras o seu carácter divino. Mas Deus, para nos mostrar a importância da Sua Lei, fez questão de ser Ele
próprio a escrevê-la, para que não houvesse qualquer dúvida do seu carácter divino, porque sabia que o
mundo a iria alterar e ignorar. Ela destinava-se a toda a humanidade, mas, naquela altura, o Povo de Israel
era o único que obedecia a Deus. Os outros povos eram povos pagãos ou idólatras e a Lei de Deus era
desconhecida, por influência do maligno. Quem quisesse ser salvo, tinha de se ligar ao Povo de Israel: “Assim
diz o Senhor: Mantende o juízo, e farei justiça, porque a minha salvação está prestes a vir, e a minha justiça a
manifestar-se. Bem-aventurado o homem que fizer isto, e o filho do homem que lançar mão disto; que se
guarda de profanar o sábado, e guarda a sua mão de perpetrar algum mal. E não fale o filho do estrangeiro,
que se houver chegado ao Senhor, dizendo: De todo me apartará o Senhor do seu povo”; “Aos filhos dos
estrangeiros, que se chegarem ao Senhor, para o servirem, e para amarem o nome do Senhor, sendo deste
modo servos seus, todos os que guardarem o sábado, não o profanando, e os que abraçarem o meu
concerto. Também os levarei ao meu santo monte, e os festejarei na minha casa de oração” (Isaías, 56:1-3,67).
1.2. A Lei perfeita de Deus
A Lei de Deus é uma lei perfeita, porque expressa a natureza de Deus: “A lei do Senhor é perfeita e
refrigera a alma” (Salmos, 19:7). Disse Jesus: “Sede, vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está
nos céus” (Mateus, 5:48). A Sua perfeição vê-se em tudo o que criou e na Lei que deu ao homem, para que,
ao guardá-la, se sentisse feliz. A partir do 1º. dia da criação, Deus manifestou a Sua perfeição não só quando
criou todos os seres viventes mas também quando estabeleceu as condições necessárias para que esses
seres vivessem e fossem felizes. Assim, foram surgindo a luz e as trevas, os céus, a terra e os mares, os
vegetais, os astros no céu, os peixes e as aves. Quando os vegetais, plantas e árvores, brotaram da terra;
quando os astros inundaram o céu; quando os peixes nadaram nas águas e as aves voaram no céu; Deus viu
que era bom. Tudo surgia, obedecendo a um plano perfeito e a um propósito determinado: Existirem as
condições necessárias para, no 6º. dia, criar os animais que iriam habitar a terra e, culminando a criação,
criar o homem e a mulher à imagem e semelhança de Deus. Os animais da terra foram criados por Deus no
6º. dia, a partir do pó da terra, conforme a sua espécie. E Deus viu que era bom. O lobo morava com o
cordeiro; o leopardo deitava-se com o cabrito; o bezerro, o filho do leão e a ovelhinha viviam juntos e os
meninos, quando nascessem, guiá-los-iam (Isaías, 11:6-9). Os animais alimentavam-se de vegetais e
conviviam pacificamente com o homem e a mulher, quando estes foram criados. Depois de criar os animais
da terra, Deus formou o homem também do pó da terra e deu-lhe vida. Chamou-lhe alma vivente ou ser
vivente, como tinha chamado almas viventes ou seres viventes aos animais. Concedeu ao homem o domínio
sobre todos os animais e dotou-o com o poder de pensar e com o poder do livre arbítrio. O homem era
constituído pelo corpo, formado do pó da terra, e pelo espírito, que era o conjunto de pensamentos e
sentimentos que o Espírito de Deus lhe transmitira e que iria também adquirir na sua vivência, no Mundo
em que foi colocado. Quando Deus o acabou de criar, era a imagem e semelhança de Deus, pois só conhecia
e só praticava o bem. O poder do livre arbítrio deu-lhe a possibilidade de escolher a comunhão permanente
com Deus e o convívio, em paz e felicidade, com todos os outros seres. E, quando Deus terminou toda a Sua
obra, viu que tudo o que fizera era muito bom, tudo era perfeito: “E viu Deus tudo o que tinha feito, e eis que
era muito bom: e foi a tarde e a manhã o dia sexto” (Génesis, 1:31). A única condição que Deus colocou ao
homem e à mulher foi a da obediência a Deus. Depois de tudo o que Ele criou, com o fim último de o homem
e a mulher se sentirem felizes, obedecer a um Deus santo, justo e bom seria a coisa mais certa, lógica e
intuitiva. O mistério do nosso relacionamento com Deus e com tudo o que nos rodeia torna-se fácil de
entender, quando, de forma sincera, procuramos fazer a Sua Vontade, sem ser por interesse ou
conveniência. Quando assim acontece, Ele nos abençoa e nos enche cada vez mais do Seu Espírito e nós cada
vez mais procuramos obedecer-Lhe em tudo. Foi o que aconteceu inicialmente com Adão e Eva, quando,
depois de os pôr no Jardim do Éden, lhes disse: “De toda a árvore do jardim comerás livremente. Mas da
árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente
morrerás” (Génesis, 2:16-17). O que Deus fez por nós não se limitou à criação, mas a todo um plano de
salvação, através da entrega da Sua Lei, dos Profetas e, por último, do Seu próprio Filho, Senhor Jesus Cristo.
Mesmo depois da desobediência e da maldição, Ele pôs todo o Seu Amor em tudo o que nos deu, para que
sejamos salvos e possamos ser felizes. É esse Amor que aprendemos na Sua Lei e é esse Amor que nos leva à
perfeição: “sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição” (Colossenses, 3:14).
1.3. A Lei do Amor
A Lei de Deus ensina-nos a amar, porque Deus é amor. Aquele que ama, guarda a Lei, porque o
cumprimento da Lei é o amor: “Aquele que não ama não conhece Deus, porque Deus é amor” (I João, 4:8);
“O amor não faz mal ao próximo. De sorte que, o cumprimento da lei é o amor” (Romanos, 13:10). Podemos
dizer que a Lei de Deus se pode resumir a dois grandes mandamentos: o amor a Deus e o amor ao próximo:
os primeiros quatro mandamentos da Lei referem-se ao amor a Deus e os restantes seis ao amor ao
próximo. Disse Jesus: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o
teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu
próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos depende toda a lei e os profetas” (Mateus, 22:36-40).
Este amor, que emana de Deus, é o vínculo da perfeição, é o amor que nos torna dignos e felizes, que
devemos aplicar em todas as nossas relações. Não se confunde com o amor do mundo. Constitui a ligação
eterna e indestrutível com o Criador. Através da Lei, aprendemos a amar não só o Senhor, nosso Deus, mas
também tudo o que Ele criou, os nossos semelhantes, os animais, os vegetais e os meios da Natureza que
nos envolvem. O amor de Deus, expresso na Sua Lei, é o que Deus nos pode dar de mais maravilhoso, é um
amor inesgotável.
1.4. A Lei santa e universal
A Lei de Deus é santa e santifica todo aquele que a guarda no seu coração: “A lei é santa, e o
mandamento santo, justo e bom” (Romanos, 7:12). Dois aspectos queremos abordar: “O que é ser santo” e
“se basta guardar a Lei Santa para Deus nos salvar”. Quanto à primeira questão, ser santo é praticarmos
apenas o bem. Deus é santo porque pratica apenas o bem e quer que sejamos santos como Ele. Era o que
acontecia com Adão e Eva, antes de desobedecerem. O espírito deles estava identificado com o Espírito de
Deus e nada nem ninguém os podia desviar, porque havia paz na Terra. Isso assim era, apesar do livre
arbítrio de que o homem foi dotado. Ele não conhecia o mal e só podia escolher o que de bom Deus lhe
concedera. Era livre de escolher, mas estava em comunhão com o Deus Criador e sentia-se feliz. A
intervenção do anjo rebelde, contrariando os propósitos de Deus, é que fez com que tudo se modificasse,
que o homem desobedecesse a Deus e passasse a conhecer o mal e que, o que é mais grave, preferisse o
mal e não o bem. Mas o que é o bem? O bem depende de fazermos a Vontade de Deus, de lhe
obedecermos, e é-nos revelado por Deus através dos Seus juízos, mandamentos e estatutos, através da Sua
Lei, porque Deus não nos abandonou nem podia abandonar, pois todo o Poder é dele. Antes, pelo contrário,
Ele deu-nos a Sua Lei, para, apesar do sofrimento por que passamos, até à vinda de Jesus Cristo, podermos
fazer parte do Seu Reino. Sobre o segundo aspecto, Deus entende que somos salvos pela Fé, e não pela Lei,
para que ninguém se glorie de ser melhor do que o outro, pelo que possa fazer, no seu amor a Deus ou ao
próximo. Mas também entende que essa mesma Fé é morta em si mesma, se não praticarmos as obras da
Lei, ou seja, os que são salvos são os que guardam os Mandamentos de Deus e a Fé de Jesus: “Assim,
também, a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma”; “Aqui está a paciência dos santos, aqui estão os
que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus” (Tiago, 2:17; Apocalipse, 14:12).
Quando o Povo de Israel foi liberto da escravidão do Egipto e chegou junto do Monte Sinai, foi
estabelecido um pacto entre Deus e o povo, a fim de ser um povo santo. Esse pacto consistia em guardar a
Lei Santa de Deus, atendendo à Fé que possuíam, para que Deus os abençoasse e conduzisse à Terra
Prometida: “vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo” (Êxodo, 19:6); “Eu sou o Senhor, que vos faço
subir da terra do Egipto, para que eu seja vosso Deus, e para que sejais santos; porque eu sou santo”
(Levítico, 11:45). Argumentam, falsamente, que Deus deu a Lei apenas ao Povo Judeu e que Cristo a veio
alterar ou abolir. Sendo uma Lei Santa, que santifica qualquer povo, porque havia de santificar apenas um
povo? Ou porque havia Jesus de a alterar ou abolir? Confundem a Lei de Deus ou Lei dos 10 Mandamentos,
escrita por Deus, com a Lei de Moisés ou Lei Cerimonial, escrita por Moisés. Esta, sim, foi a lei que Jesus
aboliu, porque, com Ele, já não fazia sentido todo o cerimonial, todos os rituais que apontavam para Jesus.
Com a vinda de Jesus Cristo e o estabelecimento do Pacto também com o Povo Cristão, este, como
estrangeiro, como zambujeiro enxertado no tronco da boa oliveira, passou a produzir igualmente os frutos
da Lei Santa: “Nós [cristãos] fomos cortados do natural zambujeiro, e, contra a natureza, enxertados na boa
oliveira, quanto mais esses [judeus], que são naturais, serão enxertados na sua própria oliveira! (Romanos,
11:24). Só falsos condutores religiosos, influenciados pelo maligno, podiam aceitar um Deus capaz de dar a
“Lei Santa” apenas a um povo e não a toda a Humanidade. O Povo Cristão, tal como o Povo Judeu, através
da “Lei Santa”, devia também ser santo como Deus é santo: “[Vós, cristãos,] sois o sacerdócio real, a nação
santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua
maravilhosa luz” (I Pedro, 2:9). Em I Pedro, 1:15-16, podemos ler: “como é santo aquele que vos chamou,
sede vós [cristãos], também, santos, em toda a vossa maneira de viver; porquanto está escrito: Sede santos,
porque eu sou santo”. Se o homem temesse a Deus, adorando-O, como Deus Santo, Justo e Bom, e se a Lei
Santa de Deus fosse observada por toda Humanidade, este Mundo seria um paraíso.
1.5. A Lei espiritual
A Lei de Deus é uma lei espiritual, porque Deus é Espírito e quer que O adoremos em espírito e em
verdade: “bem sabemos que a lei é espiritual”; “Deus é espírito, e importa que os que o adoram o adorem em
espírito e em verdade” (Romanos, 7:14; João, 4:24). Não deve ser observada à letra mas em espírito: “Deus
nos fez, também, capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque a
letra mata, e o espírito vivifica” (II Coríntios, 3:6). Ela traduz-se num conjunto de Normas, Princípios e
Valores, que devem ser observados. Assim como se pode resumir em 2 grandes Mandamentos (“Amor a
Deus” e “Amor ao Próximo”), assim cada um dos seus Mandamentos, de acordo com os Princípios que lhe
estão subjacentes, pode desdobrar-se noutros, sendo, portanto, uma Lei inesgotável, como é inesgotável o
Amor de Deus.
Quando Jesus Cristo veio a este mundo como homem, ensinou a guardar a Lei de Deus de forma
espiritual. No seu fanatismo doentio e interpretando a Lei à letra, os escribas e fariseus entendiam, por
exemplo, que Jesus não podia fazer milagres no sábado e, por Jesus não lhes fazer a vontade, viam-no como
transgressor da lei, desejando-lhe a morte: “E outra vez entrou na sinagoga, e estava ali um homem que
tinha uma das mãos mirrada. E estavam observando-o, se curaria no sábado, para terem de que o acusar. E
disse ao homem que tinha a mão mirrada: Levanta-te, e vem para o meio. E perguntou-lhes: É lícito no
sábado fazer bem, ou fazer mal? Salvar a vida, ou matar? E eles calaram-se. E, olhando para eles em redor,
com indignação, condoendo-se da dureza do seu coração, disse ao homem: Estende a tua mão. E ele a
estendeu, e foi-lhe restituída a sua mão, sã, como a outra. E, tendo saído os fariseus, tomaram logo conselho
com os herodianos contra ele, procurando ver como o matariam” (Marcos, 3:1-6).
1.6. A Lei da Liberdade
A lei de Deus liberta-nos do mal, ensina-nos a andar no caminho do bem, para que Deus nos
abençoe e nos dê a vida eterna. Se um dos seus Mandamentos não é observado, é como se fossem
transgredidos todos os restantes: “qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se
culpado de todos. Porque, aquele que disse: Não cometerás adultério, também disse: Não matarás. Se tu,
pois, não cometeres adultério, mas matares, serás feito transgressor da lei. Assim falai, e assim procedei,
como devendo ser julgados pela lei da liberdade” (Tiago, 2:10-12). É, através dela, que Deus nos ensina a dar
um bom testemunho e é, através dela, que seremos julgados: “Porque, todos os que sem lei pecaram, sem
lei, também, perecerão; e todos os que sob a lei pecaram, pela lei serão julgados” (Romanos, 2:12). Ela
encerra os princípios e valores do amor que devemos cultivar. O mundo, apesar de haver religiões que se
dizem cristãs, designadamente a de Roma, por não guardar nem a Fé de Jesus nem a Lei de Deus, está
subjugado pelo mal. Mas a luz do evangelho ainda vai brilhando para os que, mesmo sendo poucos, querem
sair do vale da sombra da morte e aceitar Jesus no seu coração: “Aquele, porém, que atenta bem para a lei
perfeita da liberdade, e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecediço, mas fazedor da obra, este tal será
bem-aventurado no seu feito” (Tiago, 1:25).
2. A lei alterada
A Lei de Deus foi alterada pela Igreja de Roma e passou a ser a seguinte:
Lei alterada
I - Adorar a Deus e amá-lo sobre todas as coisas.
II - Não invocar o Santo Nome de Deus em vão.
III - Santificar os domingos e festas de guarda.
IV - Honrar pai e mãe e os outros legítimos superiores.
V - Não matar nem causar outro dano no corpo ou na alma a si mesmo e ao próximo.
VI - Guardar castidade nas palavras e nas obras.
VII - Não furtar nem injustamente reter ou danificar os bens do próximo.
VIII - Não levantar falsos testemunhos nem de qualquer outro modo faltar à verdade ou
difamar o próximo.
IX - Guardar castidade nos pensamentos e nos desejos.
X - Não cobiçar as coisas alheias.
2.1. As principais alterações feitas à Lei de Deus e suas consequências
Para lá do sacrilégio em alterar a lei que o próprio Deus escreveu, podemos verificar que foram feitas
duas grandes alterações em relação à Lei de Deus:


Retirarem o 2º Mandamento da Lei de Deus, que proíbe as imagens como objecto de
culto, facto agravado por passarem a fazer precisamente o contrário, introduzindo a
idolatria, pois Deus deve ser adorado em espírito e em verdade (João, 4:24);
Alterarem o 4º. Mandamento da Lei de Deus, passando a guardar o domingo, que o
paganismo romano dedicava ao “Venerável Deus Sol”, não crendo assim no poder de
Deus, que criou o mundo em 6 dias e abençoou o sétimo dia, o Sábado do Senhor,
como dia santo e de descanso,
O profeta Daniel, 7:25, referiu-se ao que iria acontecer: “cuidará de mudar os tempos e a lei”. Na
verdade, o calendário e a lei foram alterados por Roma. As imagens passaram a ser objecto de culto e o
domingo, que na antiga Roma era dedicado ao deus Sol, passou a ser o dia santo. Como podemos adorar
Deus em espírito, servindo imagens e contrariando o mandamento de Deus? Ou ignorando o dia de sábado,
santificado por Deus logo após a criação, trocando-o pelo domingo? Nenhuma passagem da Bíblia Sagrada
atesta tais alterações, nem podia atestar, pois a Lei de Deus é a lei perfeita, escrita pelo próprio Deus, a lei
do amor, a lei santa e universal, a lei espiritual e todos os seus mandamentos são santos, justos e bons e
libertam o homem de praticar o mal.
Ao retirar o 2º. Mandamento da Lei de Deus, é retirado o amor permanente e em espírito que o
homem deve ter com o Seu Criador. Mas, não satisfeitos com tal facto, contrariaram o que Deus ordena,
introduzindo o culto das imagens. O paganismo puro é substituído pelo paganismo disfarçado de
cristianismo. As estátuas dos deuses pagãos são substituídas pelas estátuas dos santos canonizados. E os
responsáveis de todas estas abominações substituem-se a Deus, que, através de Jesus Cristo, é que julgará
quem é ou não santo. E o culto prestado a todos esses santos, decretados por Roma, sustenta a maior
mentira que trai a Fé de Jesus: a que se refere à definição do que é a alma e à sua pretensa imortalidade.
Passam a prestar culto àqueles que morreram, estão no pó da terra e nada sabem nem nada podem fazer,
até ao dia da vinda do Senhor Jesus Cristo, altura em que todos serão ressuscitados, os que fizeram o bem,
para viverem eternamente, e os que fizeram o mal, para serem condenados à segunda morte. Será, então,
Jesus, o único Mediador entre Deus e o homem, quem julgará os vivos e os mortos.
Quanto à mudança operada na troca do Sábado pelo domingo, trata-se de uma abominação que põe
em causa a Lei e a Palavra de Deus; o Senhor Jesus Cristo, que confirmou o que estava escrito; e o próprio
Deus, como Criador, em seis dias, dos céus, da terra, do mar e de tudo o que neles há. O 4º. Mandamento da
Lei de Deus constitui a assinatura do Legislador, a assinatura daquele, que nos diz, nesse Mandamento, que
criou o mundo em seis dias e que abençoou e santificou o sétimo dia, o Sábado do Senhor. Não satisfeitos
igualmente com tal troca, escolheram, como dia santo da semana, o dia de domingo, que o paganismo
romano dedicava ao deus Sol, e passaram a aceitar não o que Deus diz na Sua Lei e na Sua Palavra, mas a
falsa teoria da evolução, concebida pelo homem. O que o Senhor nos ensina é que, logo após a criação,
estabeleceu o dia de Sábado, como dia santo e de descanso, para que tenhamos sempre presente que Ele é
o Criador e é nele que devemos confiar e depositar a nossa fé.
2.2. A situação da humanidade
Quem conhece a Lei de Deus e a guarda? O mundo ou a ignora, pura e simplesmente, ou segue uma
lei alterada, que passou a ser uma lei dos homens e não de Deus. Qualquer religião, qualquer crença, pode
assumir a lei alterada como sua. Mas a Lei autêntica de Deus tem a Sua assinatura, no 4º. Mandamento, diz
claramente quem é o seu autor. Não se confunde com qualquer lei dos homens. E esta situação, em que se
ignora a Lei de Deus, tal como Ele a escreveu, ou se considera uma lei alterada, deve-se indubitavelmente à
Igreja de Roma e ao maligno que a influencia, embora outras religiões ou crenças tenham bebido do mesmo
cálice. O mundo está, portanto, cada vez mais, afastado de Deus, porque esta igreja, ao paganizar-se, acaba
por ser responsável pela mentira e pelo obscurantismo em que o mundo vive, permitindo o fortalecimento,
igualmente, das religiões que se intitulam ou não cristãs. Daí, o descrédito das religiões, a indiferença, a
ignorância, o fanatismo, a posição daqueles que se dizem não praticantes e, sobretudo, os maus exemplos
que são dados pelos responsáveis e as ignomínias que praticam em nome de Deus.
Por tudo isto que iria acontecer, disse Jesus: “Acautelai-vos dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos
como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Pelos seus frutos os conhecereis. Porventura
colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a
árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons.
Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.
Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade do meu Pai
que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizámos nós em teu nome? E em
teu nome não expulsámos demónios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi,
abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mateus, 7:15-23).
Aproxima-se o dia em que Deus enviará o Seu Filho, o Senhor Jesus Cristo; o maligno recrudesce a
sua acção, no seu desespero; e a iniquidade dos últimos dias, referida por Jesus Cristo, é cada vez maior. Ele
alertou-nos para os sinais dos tempos que correm e avisou-nos de tudo o que está acontecer. Para aqueles
que conhecem o Poder de Deus e o temem e procuram ser sinceros perante o Senhor, trilhar os caminhos da
rectidão e afastar-se do mal, nada constitui novidade. A profecia bíblica ensina-nos a entender a situação em
que a Humanidade se encontra: “Sabe isto; que, nos últimos dias, sobrevirão tempos trabalhosos; porque
haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e
mães, ingratos, profanos, sem afecto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor
para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo
aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te” (II Timóteo, 3:1-5).
Quanto à profecia bíblica sobre a Igreja de Roma, esta é tratada como a grande Babilónia, palavra
que deriva do hebraico Babel, com o significado de “confusão”, “devassidão”. Não confundimos, porém, a
instituição, em si, com muitos dos seus membros que praticam boas obras, aos quais o Senhor se dirige,
convidando-os a sair da mesma: ”E, depois destas coisas, vi descer do céu outro anjo, que tinha grande
poder, e a terra foi iluminada com a sua glória. E clamou fortemente, com grande voz, dizendo: Caiu, caiu a
grande Babilónia, e se tornou morada de demónios, e coito de todo o espírito imundo, e coito de toda a ave
imunda e aborrecível; porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição, e os reis da terra
se prostituíram com ela; e os mercadores da terra se enriqueceram com a abundância das suas delícias. E
ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejais participante dos seus pecados, e
para que não incorras nas suas pragas” (Apocalipse, 18:1-4).
Disse Jesus, referindo-se aos últimos dias: “por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.
Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo. E o evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em
testemunho a todas as gentes, e então virá o fim” (Mateus, 24:12-14).
3. A escolha da bênção de Deus e da Vida Eterna
O Senhor Deus é bem claro sobre a escolha que devemos fazer: “Os céus e a terra tomo, hoje, por
testemunhas contra vós, que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição: escolhe, pois, a
vida, para que vivas, tu e a tua semente” (Deuteronómio, 30:19). E Jesus Cristo, antes de subir ao céu, disse:
“Quem crer e for baptizado será salvo: mas quem não crer será condenado” (Marcos, 16:16). Os que crêem
são os que guardam os mandamentos da Lei de Deus e a fé de Jesus: “Aqui está a paciência dos santos, aqui
estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus” (Apocalipse, 14:12).
Diz ainda a Palavra do Senhor: “De tudo o que se tem ouvido, o fim é:Teme a Deus, e guarda os seus
mandamentos; porque este é o dever de todo o homem”; “Guarda os meus mandamentos, e vive; e a minha
lei, como a menina dos teus olhos”; “nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus
mandamentos. Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não
está a verdade” (Eclesiastes, 12:13; Provérbios, 7:2; I João, 2:3-4).
Muitos guardam a Lei, para serem abençoados só nesta vida, mas tal bênção não tem comparação
com a Vida Eterna que Deus nos oferece gratuitamente, junto de Jesus: “Se esperamos em Cristo só nesta
vida, somos os mais miseráveis de todos os homens. Mas agora, Cristo ressuscitou dos mortos, e foi feito as
primícias dos que dormem. Porque, assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos
mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim, também, todos serão
vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua
vinda”; “E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu Filho” (I Coríntios,
15:19-23; I João, 5:11). E quando estivermos junto de Jesus, “não haverá mais morte, nem pranto, nem
clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas” (Apocalipse, 21:4).
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