A queda do império? - Parte 2

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quarta-feira, 29 de Maio de 2013
A queda do império? – Parte 2
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Publicada a: 28-05-2013
Fonte: Reuters
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Tags: ITV , Mercados , Comércio Internacional ,
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Os baixos salários no Bangladesh tornam a ITV numa das mais competitivas do mundo, com
retalhistas e marcas ocidentais a procurar o país para as suas produções, contribuindo para
perpetuar os preços baixos e aumentar o peso do sector na economia desta nação asiática.
[21 Out 2013 - 24 Out 2013]
INTERTEXTILE SHANGHAI APPAREL FABRICS
Xangai – China
[08 Out 2013 - 10 Out 2013]
JITAC EUROPEAN TEXTILE FAIR
Tóquio – Japão
A procura dos preços baixos por parte dos retalhistas ocidentais tornou a
indústria têxtil e vestuário, e os seus empresários, em figuras de proa no
Bangladesh, não apenas em termos económicos mas também políticos, já
que muitos têm assento no parlamento do país (ver A queda do império? –
Parte 1).
A indústria de vestuário é, efetivamente, emblemática no crescimento do
Bangladesh enquanto economia emergente nos últimos anos. Anteriormente
um território do leste do Paquistão, o Bangladesh ganhou a independência
depois de uma guerra sangrenta em 1971, que deixou a sua economia
fragmentada. O país tornou-se sinónimo de uma pobreza desesperada nos
anos seguintes, dependente de ajuda externa, com instabilidade política,
corrupção e sobrepopulação.
[25 Set 2013 - 26 Set 2013]
MODTISSIMO
Porto – Portugal
[17 Set 2013 - 19 Set 2013]
MODAMONT
Paris – França
[17 Set 2013 - 19 Set 2013]
PREMIÈRE VISION
Paris – França
[16 Set 2013 - 19 Set 2013]
TEXWORLD
Paris – França
[16 Set 2013 - 19 Set 2013]
Hoje, graças em grande parte ao crescimento explosivo da sua indústria de
vestuário, o Bangladesh está incluído nas chamadas “Próximas 11” economias, um termo que a Goldman Sachs usa
para descrever países como a Indonésia, o Irão, o México e a Coreia do Sul, que têm o potencial para se tornar
algumas das maiores economias emergentes do mundo neste século.
Até 2004, o Acordo Multifibras impôs quotas sobre as exportações de têxteis e vestuário de países em
desenvolvimento para as nações ricas. Deu a Daca e aos seus rivais quotas de mercado fixas; quando expirou no final
de 2004, o Bangladesh preparou-se para uma concorrência ruinosa, sobretudo da China.
Mas em vez disso, as suas exportações de vestuário deram um pulo, triplicando após o acordo expirar, para 19 mil
milhões de dólares (14,68 mil milhões de euros) no ano fiscal de 2011/2012. Isso diminuiu a diferença das
exportações para a China. A escassez de mão de obra, a inflação dos salários e a mudança para produtos com maior
valor acrescentado tornaram a China menos atrativa como fonte de aprovisionamento para vestuário.
O desmantelamento das quotas levou a uma «cultura de dinheiro rápido» que se espalhou entre uma nova classe de
magnatas do vestuário que subiram no mundo da política e dos media, afirma um representante de um grande
retalhista americano em Daca.
As cadeias ocidentais podem vender vestuário feito no Bangladesh a um preço até 10 vezes mais elevado do que os
da porta de fábrica. Começaram a pilhar o país na sua busca incessante por custos o mais baixos possíveis. Direta ou
indiretamente, fizeram por vezes negócio com Sohel Rana e os magnatas do vestuário.
Salários começam a subir
As grandes cadeias de retalho, que oferecem encomendas de grandes volumes, estão estragadas pela oferta. O
Bangladesh tem mais de 3.500 confeções de vestuário. Os pactos comerciais que oferecem acesso preferencial aos
bens produzidos no Bangladesh também ajudam: a Europa recebe 60% das exportações do país, os EUA 23%.
APPAREL SOURCING
Paris – França
[11 Set 2013 - 13 Set 2013]
GDS
Düsseldorf – Alemanha
[06 Set 2013 - 08 Set 2013]
NOMAD METRÓPOLIS
Madrid – Espanha
[27 Ago 2013 - 29 Ago 2013]
INTERTEXTILE SHANGHAI HOME TEXTILES
Xangai – China
[24 Ago 2013 - 27 Ago 2013]
TENDENCE
Frankfurt – Alemanha
[22 Jul 2013 - 23 Jul 2013]
PREMIÈRE VISION PREVIEW NEW YORK
Nova Iorque – EUA
[16 Jul 2013 - 17 Jul 2013]
TEXWORLD USA
Nova Iorque – EUA
[11 Jul 2013 - 14 Jul 2013]
OUTDOOR
Friedrichshafen – Alemanha
[06 Jul 2013 - 08 Jul 2013]
Em oposição a essas vantagens estão as ruas congestionadas, a falta de portos de águas profundas e constantes
faltas de energia. A iminente agitação política leva regularmente a greves generalizadas que paralisam a economia e
acrescentam pressão aos empresários. Semanas antes do colapso do Rana Plaza, a Associação de Produtores e
Exportadores de Vestuário do Bangladesh (APEVB) afirmou que as greves e agitação social podem ter custado ao
país 3 mil milhões de dólares em potenciais novos negócios.
Os trabalhadores do vestuário tiveram uma pequena vitória em 2010 depois de meses de protestos violentos por
causa dos salários e condições. O governo subiu o salário mínimo mensal em 80% para 3.000 takas (cerca de 38
dólares ou 30 euros). Contudo, apenas uma pequena parte dos trabalhadores recebe o salário mínimo: vários donos
de fábricas afirmam que o salário médio nas suas fábricas ronda as 5.000 takas.
Esse valor é ainda muito mais baixo do que na China, onde o salário mínimo para os trabalhadores varia entre 154 e
os 230 dólares por mês, e no Camboja, cujo salário médio base é de 80 dólares, segundo a OIT.
MODE CITY PARIS
Paris – França
[06 Jul 2013 - 08 Jul 2013]
INTERFILIÈRE
Paris – França
[06 Jul 2013 - 09 Jul 2013]
WHO’S NEXT
Paris – França
[02 Jul 2013 - 04 Jul 2013]
BREAD & BUTTER BERLIN
Berlim – Alemanha
[21 Jun 2013 - 23 Jun 2013]
FIMI
Atraídos pelos custos mais baixos, até os negócios chineses de vestuário estão a transferir-se para o Bangladesh.
Valencia – Espanha
A Cherry Body Fashions, uma fábrica de lingerie e swimwear numa zona de processamento de exportações nos
arredores de Daca, é uma prova clara da deslocalização. O diretor-geral Wallace Chu afirma que há 10 anos atrás, a
proprietária da empresa, de Hong Kong, tinha 3.500 funcionários na China. Agora emprega apenas 200 – e 2.500 no
Bangladesh.
[18 Jun 2013 - 21 Jun 2013]
PITTI IMMAGINE UOMO
Florença – Itália
[16 Jun 2013 - 17 Jun 2013]
BUBBLE LONDON
«O meu patrão vai transferir cada vez mais negócio para aqui para sobreviver», indica Chu.
Londres – Reino Unido
As marcas ocidentais pressionam regularmente o governo do Bangladesh e a associação de produtores de vestuário
para assegurar que as fábricas são seguras e os trabalhadores recebem salários decentes. Mas, afirma Mikail Shipar,
um burocrata de topo no Ministério do Trabalho e Emprego: «eles afirmam que nós devemos aumentar o salário
mínimo, mas não parecem muito ansiosos por aumentar os preços das suas compras».
[11 Jun 2013 - 13 Jun 2013]
Vários donos de empresas, diretores e representantes de retalhistas em Daca, todos sob a forma de anonimato,
confirmam que as marcas estão a pagar cada vez menos. Um revelou que um comprador lhe pagou 5 dólares por
peça por fazer uma camisa específica em 2011 e depois ofereceu pelo mesmo trabalho 4,50 dólares um ano depois.
Outro estimava que os preços caíram 40% nos últimos dois anos.
Frankfurt – Alemanha
TECHTEXTIL
Frankfurt – Alemanha
[10 Jun 2013 - 13 Jun 2013]
TEXPROCESS
[05 Jun 2013 - 06 Jun 2013]
FAST FASHION LILLE
Lille – França
http://www.portugaltextil.com/tabid/63/xmmid/407/xmid/42469/xmview/2/NoticiaID... 29-05-2013
Portugal Têxtil
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[05 Jun 2013 - 07 Jun 2013]
«Eles pagam-nos como se fossem pedintes e pedem qualidade como se fossem um rei», resume Abdul Mannan, que
ajudou a abrir a indústria quando era Ministro dos Têxteis no início dos anos 90 e agora detém mais de 12 fábricas no
país e no estrangeiro.
INTERIOR LIFESTYLE TOKYO
Tóquio – Japão
» ver todos os eventos
Por vezes, os compradores recusam negociar porque sabem que a concorrência entre os donos das fábricas por
encomendas de grandes volumes é intensa.
«É tanto a culpa das marcas como dos donos das empresas, que cobram menos que os concorrentes», considera um
representante de uma grande marca americana no Bangladesh. «Se as pessoas estão a baixar os preços sempre,
claro que nos aproveitamos disso – por isso os preços vão sempre para baixo».
Para além dos preços baixos, a repressão dos sindicatos e a impunidade dos empresários está a gerar revolta e a pôr
em causa a continuação do status quo, como se observa na terceira e última parte desta análise ao Bangladesh.
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