Apropriação das tecnologias de informação e - CAp

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APROPRIAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO NO ENSINO DE GEOGRAFIA
Ana Carolina Brasil de OLIVEIRA
[email protected]
LABORATÓRIO ESPAÇO IPPUR/ UFRJ
Tamara Tania Cohen EGLER
[email protected]
LABORATÓRIO ESPAÇO IPPUR/ UFRJ
RESUMO
O presente trabalho é um sub-projeto da pesquisa “Redes de políticas públicas da educação, desenvolvida no
Laboratório Estado, Sociedade, Tecnologia e Espaço, coordenado pela professora Drª Tamara Tania Cohen
Egler. A evolução científica vivida nas últimas décadas promoveu um uso maior das tecnologias de informação e
comunicação (TICs) e ainda possibilitou o surgimento de outras novas (NTICs), garantindo-lhes um relevante
papel na produção e propagação da informação, em meios cada vez mais eficazes e, muitas vezes, em altíssimas
velocidades (tempo real). Estas novas formas de comunicação ainda fazem uso da escrita e da linguagem oral
em todo processo de informação e comunicação. No entanto, a utilização destas linguagens em novos
contextos, interligadas e organizadas a partir de hipertextos e links, cria uma nova definição de expressão, que
é a linguagem digital. Em razão disso, a escola necessita incorporar novos recursos e metodologias que utilizem
procedimentos e instrumentais didáticos mais interessantes e mais adequados ao nível em que se encontram
os jovens, hoje tão familiarizados com os recursos tecnológicos disponíveis, como a Internet, celulares e demais
sistemas de comunicação amplamente divulgados, como o Orkut, SMS, Twitter, Facebook, entre outros. Nesse
sentido, a presente pesquisa tem por objetivo investigar os efeitos do uso das novas tecnologias de informação
e comunicação no ensino básico. Para a realização do referido trabalho, foram observadas turmas do ensino
fundamental II do colégio João Lyra Filho. Como resultado, foi possível notar que os professores reconhecem as
potencialidades das novas tecnologias, entretanto problemas como a falta de tempo para preparar aulas, e a
baixa remuneração, impede que os professores utilizem tais tecnologias.
PALAVRAS-CHAVE:
Ensino de geografia - Tecnologias de informação e comunicação - Ensino
fundamental II.
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INTRODUÇÃO
O presente trabalho é um subprojeto da pesquisa “Redes de políticas públicas da
educação, desenvolvida no Laboratório Estado, Sociedade, Tecnologia e Espaço, coordenado
pela professora Drª Tamara Tania Cohen Egler.
A evolução científica vivida nas últimas décadas promoveu um uso maior das
tecnologias de informação e comunicação (TICs) e ainda possibilitou o surgimento de outras
novas (NTICs), garantindo-lhes um relevante papel na produção e propagação da informação,
em meios cada vez mais eficazes e, muitas vezes, em altíssimas velocidades (tempo real). Estas
novas formas de comunicação ainda fazem uso da escrita e da linguagem oral em todo
processo de informação e comunicação. No entanto, a utilização destas linguagens em novos
contextos, interligadas e organizadas a partir de hipertextos e links, cria uma nova definição de
expressão, que é a linguagem digital.
Em razão disso, a escola necessita incorporar novos recursos e metodologias que
utilizem procedimentos e instrumentais didáticos mais interessantes e mais adequados ao
nível em que se encontram os jovens, hoje tão familiarizados com os recursos tecnológicos
disponíveis, como a Internet, celulares e demais sistemas de comunicação amplamente
divulgados, como o Orkut, SMS, Twitter, Facebook, entre outros.
No entanto, o uso das tecnologias nas escolas de ensino básico, que já há algum tempo
vem sendo aplicado, ainda não alcançou os resultados esperados, principalmente pela grande
dificuldade de integrá-las ao dia a dia da sala de aula. Muito embora alguns avanços tenham
sido constatados, ainda é necessário adotar métodos que permitam utilizá-las não só para
tornar as aulas mais empolgantes, mas também para contribuir no desenvolvimento cognitivo
dos alunos (CARVALHO, 2006).
É necessário, portanto, a definição de novas estratégias que possibilitem trazer, para a
sala de aula, ferramentas capazes de levar o aluno a construir seu conhecimento, a ser agente
ativo no processo de ensino-aprendizagem, e que ao mesmo tempo orientem o professor para
que possa exercer um papel diferenciado, o de orientador do processo de desenvolvimento do
educando, levando-o a descobrir novas possibilidades de observação, de análise, de
compreensão do espaço vivido, nas suas várias escalas Estes fatos, observados para o ensino
de uma forma geral, quando particularizamos a Geografia, se tornam ainda mais evidentes,
por ser nesta disciplina especificamente que as mudanças se tornaram mais nítidas. O ritmo da
sociedade atual é marcado pela modernização que dinamiza ainda mais as questões
ambientais bem como os fluxos de pessoas, capitais, mercadorias e, sobretudo, de
informações (CARVALHO, 2006).
Nessa perspectiva, o maior esforço da presente pesquisa consiste em verificar como o
uso das novas tecnologias pode ser utilizada enquanto ferramenta pedagógica no ensino de
geografia, possibilitando a utilização estratégias contextualizadas, que permitam ao professor
estimular a prática investigativa dos alunos através da mediação do ensino pelas novas
tecnologias.
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OBJETIVO
O objetivo principal da pesquisa em identificar e analisar os efeitos do uso de novas
tecnologias de informação e comunicação no ensino de geografia, analisando quais os usos
podem ser feitos das mesmas a fim de potencializar o processo de ensinoaprendizagem e o
desenvolvimento cognitivo dos alunos do ensino fundamental.
METODOLOGIA
Para a realização do referido trabalho será realizada uma interlocução entre os
diferentes autores relacionados a partir do levantamento bibliográfico. Os conceitos e
procedimentos encontrados nas obras consultadas nortearão a pesquisa, sendo de
fundamental importância na decisão dos meios pelo qual serão feitos os levantamentos dos
dados necessários. Sendo assim, serão utilizadas obras de autores que de alguma forma
contribuem para pensarmos sobre a problemática em questão. Dentre esses autores
destacam-se as obras de Egler (2009), Kenski (2009), Severiano e Estramiana (2006) e Freire.
Procedimentos
- Revisão da literatura
- Preparo e aplicação de entrevistas com alunos e professores da escola estuda
- Síntese das entrevistas
- Análise
A segunda etapa consistiu no preparo e aplicação de entrevistas, com alunos e
professores da educação básica buscando identificar os limites e potencialidades das TICs no
ensino. As entrevistas foram elaboradas durante as reuniões do grupo de pesquisa RPPE,
grupo formado por professores do ensino básico de diversas áreas do conhecimento como
Língua portuguesa, Matemática, Filosofia, História, Pedagogos, além de profissionais da
Engenharia da informação. Como resultado, obtivemos um questionário capaz de atender a
todas às questões que permeiam o objeto de investigação proposto. Para que pudéssemos
tabular e analisar os dados de maneira mais ágil, um dos professores da rede - Cleber Neto,
matemático professor do colégio de aplicação da UFRJ - criou um docs no gmail, onde cada
entrevistando enviava diretamente suas respostas para um banco de dados da pesquisa. Após
o recebimento de todos os questionários, o referido professor de matemática sintetizou os
dados, gerou os gráficos e enviou para que cada membro pudesse fazer sua análise.
As entrevistas foram desenvolvidas da mesma forma que os questionários, ou seja, de
maneira coletiva, e sua aplicação foi realizada individualmente, onde cada pesquisador gravava
e transcrevia os relatos colhidos.
Foram realizadas também atividades em sala de aula para que pudéssemos
compreender o pensamento dos alunos sobre as novas tecnologias. Para isso, foram
elaboradas redações pelos alunos do ensino fundamental II, sobre tecnologias e o cotidiano
escolar.
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REVISÃO DA LITERATURA
Tecnologias e o processo de ensino aprendizagem
No momento atual observamos o crescimento acelerado das novas tecnologias de
informação e comunicação, e as transformações ocorridas na vida cotidiana dos jovens pelo
surgimento desse novo aparato tecnológico.
A Internet invadiu o cotidiano dos jovens apresentando-lhes infinitas possibilidades no
espaço virtual. Baixar músicas, filmes, viajar pelo Google Earth, conhecer pessoas pelo mundo,
fazer pesquisas escolares, são apenas algumas das ações que fazem parte da realidade de
muitos jovens. Para (MARINHO, 2002 apud MEDEIROS & VENTURA, 2008) a sociedade
contemporânea traz para o educador uma série de desafios. O professor não é mais a única
fonte de informação para seus alunos, afinal grande parte dos alunos dispões de uma
infinidade de recursos capazes de lhe oferecer informações das mais variadas naturezas.
Muitos autores acreditam que a Internet é capaz de prejudicar o ensino uma vez que
segundo estes, os alunos se deparam com uma série de informações sem nenhum rigor
científico, ou ainda que tornam-se mais preguiçosos, ou ainda que só utilizam as redes para
conversar nas redes sociais “matando” a língua portuguesa com o excessivo uso de “vc”, “blz”,
“obg”, dentre outros. Seriam necessárias inúmeras páginas somente para listar tudo de ruim
que se publica sobre as tecnologias na educação. Porém deve-se reconhecer que as mesmas
estão cada vez mais presentes no cotidiano escolar, e tornaram-se objetos de políticas
públicas, que investem vultosas quantias para levar a tecnologia para as escolas. De acordo
com o jornal o Globo, publicado em novembro de 2011, o governo federal já investiu 485
bilhões em tecnologia para as escolas da rede pública.
A inserção das novas tecnologias de informação e comunicação - NTICs - provocou
inúmeras transformações na forma de se pesquisar, aprender e ensinar. Hoje, num mundo
onde os alunos tem acesso à diversas informações em tão pouco tempo, desenvolvem
atividades de maneira muito mais dinâmica e veloz, fica difícil fazer com que esses estudantes
se prendam e se interessem por uma aula expositiva, que não lhe promova nenhuma
interação, ou ainda afete seus sentidos por meio de músicas, imagens, etc.
RESULTADOS
A partir da minha vivência na escola pesquisada, fica nítido a que a presença de uma
nova cultura instala-se no Colégio João Lyra Filho. Para os professores de modo geral, as
tecnologias estão cada vez mais presentes em seus cotidianos. Tal fato verifica-se pelo intenso
uso da sala interativa, assim como a interação dos professores através do blog que cada um
possui, além dos resultados das entrevistas e questionários.
Para obtermos os resultados, foram entrevistados professores de diversas áreas do
conhecimento numa faixa etária que varia entre 20 e 50 anos.
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Gráfico 1: Faixa etária dos professores do Colégio João Lyra Filho.
Todos os entrevistados revelaram possuir Internet em casa e acessar com frequência.
Dentre os usos feitos pelos professores, destacam-se: Formação partidária, movimentações
bancárias, cursos à distância, pesquisas, contatos pessoais com amigos, redes sociais, lazer e
informação por meio de jornais online. Dos cinco entrevistados, somente um afirmou viver
sem a Internet, enquanto que os outros enfatizaram muito a importância da Internet no seu
cotidiano, tanto na sua vida profissional, quanto na vida pessoal.
E-mail
28 97%
Redes sociais
24 83%
Pesquisas
28 97%
Preparação das aulas 26 90%
Para ensino
19 66%
Outros
15 52%
Tabela: Usos da Internet pelos professores do Colégio João Lyra Filho.
Sobre a prática docente, todos os professores afirmaram que consideram a Internet de
extrema importância, uma vez que o mundo atual está cada vez mais “acelerado”. Nesse
sentido, a Internet desempenha um papel muito relevante para a atualização profissional, uma
vez que a grande maioria dos professores trabalha muito não tendo tempo para fazer cursos
presenciais, frequentar bibliotecas, etc. Além disso, segundo os entrevistados, fica muito mais
fácil elaborar provas, usar figuras, textos e músicas que estão disponíveis na Internet,
conforme ilustra a fala a seguir:
A Internet é muito importante para me atualizar, pois as informações
circulam rapidamente. Hoje não precisamos mais esperar um livro ser
publicado por exemplo. (A. A - 44 anos).
A partir das entrevistas foi possível identificar também os limites e potencialidades das
novas tecnologias de informação e comunicação na prática docente. Dentre os limites
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identificados, os professores afirmaram que a falta de tempo e a baixa remuneração, é hoje o
principal empecilho no uso de tais ferramentas. Com baixa remuneração, a maior parte dos
profissionais da educação é obrigada a trabalhar em diversos lugares, numa jornada diária, que
não possibilita o planejamento e preparo das suas aulas. O pensamento do professor de
história ilustra bem tal fato ao afirmar que:
Os limites são o tempo e o dinheiro. O professor precisa de tempo, e acaba
não tendo, pois as atividades de planejamento não são remuneradas. Então
eu acho que os professores deveriam ganhar para fazer isso. (L.H – professor
de história, 48 anos).
O resultado é o não uso das ferramentas que a escola disponibiliza, fazendo com que o
professor reproduza aulas velhas, ou muitas vezes improvisadas.
Por outro lado, é possível através das novas TICs potencializar o processo de
ensinoaprendizagem, uma vez que as mesmas são capazes de tornar as aulas mais atrativas e
dinâmicas para os alunos, aproximando o contexto escolar com a nova realidade dos jovens
para além da sala de aula, afetando também as famílias como podemos ver no gráfico e nas
falas abaixo:
Gráfico 2 : Benefícios das Novas tecnologias no processo de ensinoaprendizagem na escala de
0 a 5.
Percebo que as mudanças são positivas. Os alunos se sentem mais
motivados, pois a Internet faz parte da vida deles. Inclusive está sendo muito
bom, pois afeta até as famílias. Muitos pais me encontram pela escola e
dizem que vão entrar no portal junto com os filhos, para ajuda-los e acabam
sabendo o que os filhos estão fazendo e lendo os conteúdos. (A.A - 44 anos)
Uma vez dei uma aula sobre a ditadura militar e levei imagens, músicas e
vídeos sobre os festivais da época, o movimento tropicalha. Foi interessante,
pois parecia que eles estavam vivenciando aquele momento, e eles gostaram
tanto que o tempo da aula acabou e eles continuaram em sala querendo ver
mais. (L.H - 48 anos).
Além das potencialidades citadas anteriormente, as novas tecnologias de informação e
comunicação têm sido muito benéficas na interação entre alunos e professores mesmo fora do
espaço escolar, seja por meio dos blogs dos professores, ou ainda das redes sociais. O gráfico
abaixo mostra o resultado desse aspecto.
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Gráfico 3: Classificação da mediação entre professores e alunos pela Internet na escala de 0 a
5.
Segundo relatos dos professores, a Internet potencializa também a participação dos
mesmos na escola. O gráfico abaixo permite verificarmos tal fato, uma vez que 97% dos
docentes responderam positivamente em relação ao papel das novas tecnologias na interação
professor-escola.
Gráfico 4: Participação na escola mediada pelas novas tecnologias.
Para os alunos as novas tecnologias são vistas como parte do seu cotidiano, e sua
importância consiste não apenas nas atividades de lazer, mas também nas atividades
escolares. Além disso, os jovens se mostraram bastantes atentos nas potencialidades e
também nos riscos da Internet com forme nos mostra os relatos abaixo:
A tecnologia é importante na minha vida, pois através dela nos
comunicamos com nossos amigos, familiares de qualquer lugar do país e do
mundo. A tecnologia serve para fazer trabalhos e auxiliar em pesquisas.
(aluno do 9° ano)
A tecnologia na minha vida tem sido muito útil com trabalhos para escola,
conhecimentos, e entre outras diversas coisas. Em minha casa, o uso da
tecnologia é constante, usamos computadores, tablets, netbookks,
televisões. Na escola o seu uso também está presente com o uso de
notebooks, lousa interativa. O uso da tecnologia na escola facilita o
aprendizado de alguns alunos com certas dificuldades. (aluno do 9° ano)
A tecnologia na escola torna o aprendizado mais interessante e dinâmico. Já
no trabalho agiliza os processos pela Internet que antigamente demoravam
dias ou horas. (aluno do 9° ano)
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O uso da tecnologia em nossas vidas é extremamente importante. A
tecnologia se encontra em quase tudo. Em escolas a tecnologia vem
avançando cada vez mais e com sua evolução vem permitindo aos
professores transmitir os ensinamentos de maneira mais divertida e
diversificada. (Aluno do 9° ano)
A fala abaixo mostra a consciência que os alunos possuem sobre os riscos da internet.
Temos que lembrar também que a tecnologia pode ser usada tanto para o
bem quanto para o mal; temos sempre que tomar cuidado. (aluno do 9° ano)
É importante que se use a tecnologia para o futuro, para estudar e até
mesmo para a diversão, mas usar com responsabilidade e entender que é
apenas um grande avanço da humanidade. (aluno, do 9° ano)
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Novas Estratégias. Tese de Doutorado, UFRJ, RJ. Orientadora: Carla Bernadete Madureira Cruz.
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MACEDO, J. C- Política de inclusão digital: uma nova forma de democratização. Monografia de
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Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Faculdade de Formação de Professores.
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