Soluço Soluço Estímulo espasmódico reflexo e involuntário do diafragma, um músculo que separa o tórax do abdômen e está diretamente relacionado com a respiração, levando a uma inspiração rápida e curta, não sincronizada com o ciclo respiratório. Esse espasmo é acompanhado simultaneamente pelo fechamento da glote, prejudicando a passagem de ar para os pulmões e produzindo o som típico e característico do soluço. Na maioria das vezes são inofensivos e passam em poucos minutos, mas quando se tornam recorrentes devem ser investigados, pois pode haver alguma alteração importante a nível nervoso central, metabólico, gastrointestinal, respiratório, irritação do nervo vago ou frênico, pós-operatórios e fatores emocionais. A ingestão de grande quantidade de alimentos, bebidas carbonatadas, deglutição de ar, mudanças bruscas de temperatura, tabagismo, álcool, ansiedade e estresse estão entre as outras causas possíveis. Cerca de 80% dos bebês apresentam episódios frequentes de soluços, mas na verdade, eles começam a soluçar ainda dentro do útero. Acredita-se que os soluços são importantes para o desenvolvimento do sistema respiratório dos fetos, servindo como exercícios para o diafragma e outros músculos respiratórios. O diagnóstico é realizado pelo médico através do histórico do paciente, sendo necessária uma investigação minuciosa com a realização de exames de raios-X de tórax, exame de sangue, neurológico, tomografia computadorizada, endoscopia digestiva entre outros. SAIBA MAIS: A maioria dos ataques de soluço dura alguns minutos e é grande o número de tratamentos caseiros indicados. Muitas dessas soluções realmente funcionam, mas é muito difícil avaliar a eficácia de medidas tão empíricas, como são inócuas vale a pena tentá-las no início da crise. Chupar gelo ou fazer gargarejo com água gelada estimula o nervo vago, que age sobre o diagrama, mas que também inerva desde a garganta até o estômago. Beber água quente. Respirar dentro de um saco de papel. Chupar limão ou comer gengibre. Tracionar a língua ou tocar na úvula com um objeto, tipo um canudo. Comer uma colher cheia de açúcar ou mel. Dobrar os joelhos e abraçar as pernas, comprimindo o peito. Beber líquidos enquanto pressiona o nariz. Experimentar um pouco de vinagre. Ao tomar um susto, aumentamos subitamente à liberação de adrenalina, que entre outras ações, age diretamente na contração do diafragma. Prendendo o ar e ficando alguns segundos sem respirar, o nível de gás carbônico (CO2) no sangue se eleva, sendo este um forte estímulo para que o cérebro ative os nervos do diafragma, obrigando-o a se contrair. Os soluços que duram mais de 48 horas devem ser investigados, pois fatalmente são causados por algum problema médico. Nestes casos, o tratamento dos soluços passa pelo tratamento da causa de base. Se o paciente tem uma infecção do ouvido, o tratamento é com antibióticos; se tem níveis de sódio no sangue muito baixo, a reposição de sódio faz o soluço parar; se a causa for um medicamento, suspende-se o remédio, etc. Procure o médico se as crises durarem mais de 24 horas, principalmente se interferirem com o sono.