A influência dos jogos didáticos no processo de ensino

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56º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 56º Congresso Brasileiro de Genética • 14 a 17 de setembro de 2010
Casa Grande Hotel Resort • Guarujá • SP • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
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A influência dos jogos didáticos no processo de
ensino-aprendizagem de Genética
Sant`anna, IC1 ; Branco , ALC 1 ; Calegari, LP 1 ; Pereira, KF 1 ; Mangujo, KMJ 1 , Rezende, F 1; Tavares, MG 1
Departamento de Biologia Geral ,Universidade Federal de Viçosa
[email protected]
1
Palavras-chave: ensino-aprendizagem, genética, lúdico
A utilização de jogos didáticos tem se mostrado uma eficiente estratégia no processo de ensino-aprendizagem. Em
especial, no ensino de genética, essa forma dinâmica de apresentar o conteúdo é muito importante já que permite
a contextualização, o raciocínio,e a memorização do conteúdo, que na maioria das vezes é pouco compreendido
pelos alunos.Assim, o objetivo deste trabalho foi apresentar um jogo didático que possa instigar os alunos a
testar seus conhecimentos e, através de uma experiência de apreciação, aumentar a motivação dos mesmos para
enfrentar as dificuldades apresentadas. O jogo “O perfil da Genética” é composto de 60 cartas, 12 fichas vermelhas,
6 fichas azuis, 2 dados, 5 “peões” e um tabuleiro. Este jogo foi aplicado para 120 alunos da terceira série do ensino
Médio de uma escola pública de Viçosa-MG. Ele exigiu dos alunos um conhecimento prévio sobre os diversos
conceitos de genética como, tipos de herança existentes, relação entre os alelos, interação gênica, principais
geneticistas, doenças genéticas e processos que envolvam as mais recentes ferramentas de biotecnologia. A
dinâmica do mesmo permitiu uma interação entre todos os alunos (distribuídos em 5 duplas) já que, em uma
mesma rodada, todos os jogadores em sentido anti-horário escolhiam aleatoriamente uma dica e, podiam opinar
tentando acertar o conceito genético envolvido. Caso acertasse, o jogador andava, sobre a trilha do tabuleiro, o
número de casas correspondente a 12 menos o número de dicas lidas e o narrador andava o número de dicas
lidas. Quando o jogador parava em partes da trilha que continha uma interrogação, a dupla participava sozinha de
um “quiz”. Ganhou o jogo quem chegou primeiro ao fim da trilha. Para avaliar a eficácia do jogo, um questionário
foi aplicado antes e após a aplicação do mesmo e apontou não só quais eram as principais dificuldades desses
alunos, mas principalmente, a eficácia do jogo no sentido de ensinar novos conteúdos, pois a estratégia utilizada
despertou a atenção dos mesmos para escutar “as dicas”, o que facilitou o processo de ensino-aprendizagem.
Apoio financeiro: MEC/CAPES-PIBID
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Genética básica: apresentação de temas em cd-rom
como metodologia de ensino
Carbonaro, TM¹, Crispim, BA¹, Vaini, JO¹, Fengler, G¹, Castilho, CB¹, Holzbach, I², Pego, AG², Magalhães,
C², Rossi, LR³, Dolacio, T.A¹, Alves, AV¹, Zampiva, N¹, Abe, ACT¹, Araújo, RP¹, Jesus, GJ¹, Bonacina, AKB¹,
Alves Junior, VV¹, Grisolia, AB¹
¹ Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais - Universidade Federal da Grande Dourados – UFGD – Dourados – MS
² Faculdade de Ciências Agrárias - Universidade Federal da Grande Dourados – UFGD – Dourados - MS
³ Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – UEMS - Dourados - MS
[email protected]
Palavras-chave: genética básica, recurso audiovisual, ensino de genética
Introdução: A utilização de recursos de informática na aprendizagem e sua ação no meio social têm sido
intensificados em todas as atividades humanas. Trata-se de um instrumento que permite de maneira dinâmica
levar o conhecimento científico de forma interativa como metodologia adicional de aprendizagem para qualquer
área de ensino. Objetivos: Desenvolver e implantar uma estratégia de ensino adicional visando o público que busca
em métodos diferentes dos convencionais, conhecimentos na área de genética básica. Métodos: Foi proposto por
um grupo de 12 alunos dos cursos de graduação em Ciências Biológicas, Biotecnologia e Zootecnia da UFGD a
realização de revisões bibliográficas temas básicos de genética em livros, periódicos e sites da internet especializados
no assunto. Posteriormente, houve a redação e elaboração de material proveniente da revisão, sendo que cada
aluno foi responsável por um ou dois temas. Após a sua elaboração, o material foi encaminhado aos docentes da
área de genética, para que realizassem as avaliações e correções pertinentes. Na seqüência, o material organizado
sobre os temas foi editado em computador utilizando-se do software NVU, editado em HTML, e gravado em
CD. Resultados: O programa “Genética Virtual” que foi criado abordou temas que também são ensinados para o
Ensino Médio: Análise Mendeliana, Interação Gênica, Ligação Gênica, Determinação e Herança do Sexo, Herança
Poligênica, Mutações, Genética de Populações, Herança Extranuclear, Estrutura e Replicação do DNA, Transcrição
e Tradução, Genética de Conservação, Marcador Molecular, Terapia Gênica, Organismos Geneticamente
Modificados, Clonagem e Células-tronco. O material preparado, CD “Genética Virtual”, foi distribuído para os
alunos de graduação do curso de Ciências Biológicas para que fosse utilizado em aulas da disciplina Prática de
Ensino do Curso de Licenciatura, da Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais. Conclusões: A proposta de
uma nova estratégia para o ensino da Genética, usando recursos de estímulos, desafio e auto-avaliação por meio
de multimídia, foi bem aceita no corpo estudantil.
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Mapeando genética: uma estratégia educacional para
integração e fixação de conteúdos
Smiderle - Schade, B; Frechiani, LB; Ramos, ACS
Faculdades integradas São Pedro – FAESA, Associação Educacional de Vitória – AEV
[email protected]
Palavras-chave: Ensino, Lúdico, Mapa conceitual, Modelo didático, Genética.
Jogos lúdicos podem ser utilizados como estratégias pedagógicas, para desenvolvimento de conteúdos nas aulas
de Genética, aplicadas ao ensino médio e superior. É uma boa alternativa para despertar o interesse e provocar
a curiosidade dos alunos. O mapa conceitual é uma estrutura esquemática para representação de diversos
conceitos e a integração dos mesmos, os estudantes aprendem de maneira sólida quando entram em conflitos
com conhecimentos novos e conhecimentos prévios. O mapa tem como objetivo resolver e facilitar a visualização
de tais conflitos. A importância de modelos como esse é esclarecer dúvidas do cotidiano de assuntos difusos e
mal definidos. O objetivo deste trabalho foi construir um mapa conceitual como modelo lúdico com função de
abordar conceitos básicos de Genética, integrando os mesmos a fim de efetivar o aprendizado de estudantes nas
aulas de Biologia do Ensino Fundamental. O modelo contém 24 palavras e 35 conceitos - como genes, fenótipo,
genótipo, gametas - esses podendo se interligar por inúmeras vezes; todas as palavras deverão ser obrigatoriamente
utilizadas e ligadas ao maior número possível de conceitos e/ou entre elas mesmas na construção do mapa. Foi
possível verificar através da aplicação de questionários antes e após a realização do jogo que o mesmo contribuiu
para a fixação e integração de conteúdos, facilitando o aprendizado de estudantes e esclarecendo algumas dúvidas
comuns aos alunos de ensino médio e até mesmo de graduação. Modelos como este tornam mais agradável o
processo de ensino–aprendizagem, pois aborda conteúdos de maneira lúdica e dinâmica de forma que atrai o
aluno. Este jogo é de baixo custo e rápida confecção, isso facilita a aplicabilidade do mesmo nas escolas públicas.
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A concepção do conceito de gene e estrutura do DNA por
alunos ingressantes na Universidade Federal de Alfenas
Silva, MI1; Orlando, TC2; Gouvêa, CMCP1
Laboratório de Cultura de Células; 2Laboratório de Biologia Molecular Aplicada à Biodiversidade, Instituto de Ciências da Natureza,
Universidade Federal de Alfenas
[email protected]
1
Palavras chave: educação, ensino de biologia, biologia molecular, genética, educação continuada.
Desde os trabalhos de Mendel em 1900 até os dias de hoje, o conceito de gene tem sido continuamente modificado.
No início eram pares de fatores mendelianos, começando a ganhar materialidade com a teoria cromossômica de
herança, como “contas em um colar”, até a elucidação da estrutura do DNA, agora com uma abordagem molecular.
Essa visão parecia bastante estável (Fraga & da Silva, 2004). Contudo, a existência de inúmeras descobertas
moleculares (mudanças de fase de leitura, íntrons e éxons, trans-splicing, edição de RNA, pseudogenes e RNA
de interferência, entre outras) trouxe vários questionamentos sobre essa visão mais estática, contribuindo com
idéias inovadoras para o conceito de gene. Essas inovações não podem ficar restritas ao âmbito científico, devem
ser repassadas à sociedade, permitindo uma maior interação e compreensão dos fenômenos que nos governam.
O objetivo do trabalho foi analisar qual o conceito de gene e da estrutura e composição do DNA que os alunos
ingressantes na Universidade Federal de Alfenas possuem. No segundo semestre de 2008, no início da disciplina
de Biologia Molecular dos cursos de Biomedicina, Biotecnologia, Ciências Biológicas e Farmácia, os alunos foram
questionados a respeito do conceito de gene, estrutura e composição do DNA. Foram atribuídos conceitos de
0 a 4 para as respostas obtidas (nota 4 a melhor resposta e nota 0 a resposta totalmente errada). Os resultados
demonstraram que os alunos vindos de escolas privadas (67,81% do total dos cursos) obtiveram, significativamente
(p<0,01), maiores notas para os conceitos analisados. A maior porcentagem dos alunos (57,50%) recebeu nota 2,
o que significa que esses alunos possuem um conceito mais antigo de gene, como “um segmento de DNA que
origina uma proteína”. Já para a estrutura e composição do DNA, 32,50% do total de alunos recebeu nota 1, o que
mostra que possuem concepções bastante errôneas sobre essa molécula. Os alunos do curso de Biotecnologia
obtiveram a maior porcentagem de respostas com nota 4 (59,08%) para o conceito de gene, enquanto os alunos
do curso de Farmácia foram os que obtiveram a maior porcentagem de nota 4 (30,00%) para o DNA. Pode-se
concluir que os alunos vindos de escolas privadas têm melhor formação quanto ao conceito de gene e DNA que os
alunos das escolas públicas. Os alunos dos cursos de Biotecnologia e Farmácia apresentaram a melhor formação,
o que poderia estar relacionado aos cursos onde houve maior proporção de alunos vindos de escola privada. Os
resultados deste trabalho servirão de base para projetos que visem o auxílio a professores de biologia em escolas
do ensino médio de Alfenas- MG e região, com o objetivo de dar uma formação atualizada sobre gene e DNA.
Agradecimentos: FAPEMIG, PET-Biologia-UNIFAL-MG
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Citogenotoxidade do Rio Paraibuna-Juiz de Fora-MG
em modelos vegetais – Uma experiência didática
Paiva, RM1; Rezende, IM1; Zanette, RSS1; Oliveira, CE1; Gomes, SSL1; Campos, JMS1
Estudantes da Turma de Laboratório de Genética (Ciências Biológicas), Universidade Federal de Juiz de Fora, 1º semestre de 2010
1
Laboratório de Genética e Biotecnologia, Departamento de Biologia, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Juiz de
Fora-MG
[email protected]
Palavras-chave: Citogenotoxidade, Allium cepa, ciclo celular, Rio Paraibuna- Juiz de Fora-MG, alterações cromossômicas, morte celular
Introdução: A análise de citogenotoxidade em modelos vegetais tem sido comumente empregada com aplicações
em ecotoxicologia. Entre essas aplicações, a análise de águas poluídas tem sido frequentemente realizada em
modelos vegetais, tais como células meristemáticas de Allium cepa. O Rio Paraibuna que corta o município de
Juiz de Fora-MG recentemente tem sido avaliado por inúmeras abordagens químico-físicas. Os resultados têm
demonstrado um elevado nível de poluição e a presença de vários agentes mutagênicos. Neste trabalho é descrito
o uso de células meristemáticas de Allium cepa para avaliação de citogenotoxidade da água do Rio Paraibuna. O
projeto foi desenvolvido por estudantes da disciplina Laboratório de Genética da Universidade Federal de Juiz de
Fora, representando uma oportunidade de contato por parte dos mesmos com a elaboração e planejamento de
um mini projeto de pesquisa, além da coleta e análise dos resultados. Sendo assim, o presente trabalho teve como
objetivos além de despertar o interesse nos estudantes pelas atividades de pesquisa, a adoção de uma estratégia
didática de ensino na referida disciplina. Conceitos referentes à organização celular e cromossômica, divisão
celular, ciclo celular, mutações, alterações cromossômicas, análise citogenética e por citometria de fluxo, além
de outros foram abordados. Métodos: Quatro pontos de coleta de água do Rio Paraibuna foram utilizados para o
desenvolvimento do projeto, distribuídos entre a entrada, meio e saída do Rio Paraibuna no município de Juiz de
Fora. Como controle foi utilizado água destilada. Os tratamentos foram dispostos em delineamento inteiramente
ao acaso, composto de 3 repetições. Em cada repetição, 3 raízes de Allium cepa submetidas aos tratamentos foram
analisadas. As raízes foram coletadas e fixadas em etanol:ácido acético 3:1, sendo posteriormente hidrolisadas
em HCl 5N por 15 minutos. As lâminas foram preparadas pela técnica de esmagamento, seguida da coloração
com Giemsa. Parâmetros de ciclo celular e alterações cromossômicas foram obtidos. Resultados: Avaliando-se
o percentual de células em divisão (índice mitótico), todos os 4 pontos de coleta interferiram nos resultados
observados em relação ao controle. Para os pontos de coleta 1, 2 e 3, aumento significativo nos percentuais de
células em início de prófase foi observado (Tukey, p>0,05). Tal resultado evidencia um provável efeito de inibição no
ponto de checagem do ciclo celular de G2 para M. Já a água coletada no ponto 4 induz um aumento no percentual
de núcleos condensados (indicativo de morte celular) acompanhado por uma diminuição do índice mitótico
em relação ao controle (Tukey, p>0,05). Tal efeito está relacionado a um forte efeito tóxico da água encontrada
neste ponto do Rio. Alterações celulares/cromossômicas tais como pontes em anáfase, cromossomos pegajosos,
extravasamento de cromatina nuclear e micronúcleos foram relatados para os tratamentos com a água do Rio
Paraibuna, evidenciando um efeito clastogênico. Conclusões: A água do Rio Paraibuna apresenta um pronunciado
efeito tóxico sobre a organização celular e cromossômica em células meristemáticas de Allium cepa. Este trabalho
representou uma excelente abordagem didática para os estudantes do Laboratório de Genética da Universidade
Federal de Juiz de Fora.
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Jogando e aprendendo genética
Gomes ACS1*, Moreira HT1*, Balduino VP1*, Justus RAP1, Vidotto A2, Rodrigues-Lisoni FC1
Departamento de Biologia e Zootecnia, FEIS/UNESP, Ilha Solteira, SP, Brasil,
Departamento de Biologia Molecular, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto – FAMERP, São Paulo, Brasil.
*As três autoras contribuíram igualmente
[email protected]
1
2
Palavras-chave: ensino, jogos didáticos, projetos pedagógicos, fundamentos de genética, ensino médio.
Vários são os conteúdos programáticos de genética para o ensino médio, iniciando em Mendel e terminando em
Darwin, mas qual seria a fixação desse conteúdo pelos alunos de ensino médio? Uma forma prática e interessante
de aprendizado desses tópicos seria por atividades lúdicas, como por exemplo, jogos educativos. Esses jogos se
caracterizam como uma importante e viável alternativa para auxiliar o aprendizado por favorecer a construção
do conhecimento do aluno. A prática demonstrada é uma opção didática que fornece aos estudantes uma
associação mais ampla dos vários tópicos de Genética. O objetivo desse estudo foi auxiliar os alunos do ensino
médio a fixar melhor o conteúdo programático de genética. Para isso, o jogo foi aplicado aos estudantes do Ensino
Médio do Colégio NEP - Objetivo de Ilha Solteira, SP, com dez participantes e um mediador. O mediador retirou a
primeira carta e um dos jogadores escolheu o número da dica. O jogador que não soube o tópico do qual a dica se
referiu, passou para o próximo tentar descobrir, e assim sucessivamente. Cada carta possui seis dicas. O jogador
que acertou a primeira dica se deslocou seis casas. O que acertou a partir da segunda dica, se deslocou cinco
casas no tabuleiro, e assim por diante. Ganhou o jogo aquele que chegou primeiro ao final do tabuleiro. Os alunos
apresentaram certas dificuldades em alguns conceitos básicos de citologia, como por exemplo, procariontes,
fagocitose e espermatogênese, necessitando de quatro dicas para responder; ou mesmo não conseguiram acertar
dicas referentes ao reticulo endoplasmático, lisossomos, centríolos, ovogênese, entre outros. Entendemos que o
jogo é uma importante estratégia para o ensino e a aprendizagem de conceitos abstratos e complexos, favorecendo
a motivação interna, o raciocínio, a argumentação, a interação entre os alunos e entre professores e alunos. Essa
atividade lúdica divertida tornou mais fácil a compreensão e a fixação, pelos alunos, dos diferentes tópicos de
genética ensinados naquele ano e conseqüentemente poderão apresentar melhor desempenho no ano seguinte e
até mesmo no vestibular.
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A arte como instrumento para a aprendizagem da
Genética
Xavier, C; Oliveira, NL; Barretto, JW; Cavalcanti, MCBT; Rocha, MF; Moura, RC
Laboratório de Biodiversidade e Genética de Insetos - Instituto de Ciências Biológicas/ICB, Universidade de Pernambuco/UPE, Recife,
Pernambuco, Brasil.
[email protected]
Palavras-chave: Ensino, Genética, Arte, Lúdico, DNA.
A necessidade de discutir e aprofundar conhecimentos de Genética com estudantes de ensino médio da rede estadual
de ensino, da Região Metropolitana do Recife-PE motivou a elaboração e execução de atividades teóricas e práticas
relacionadas à Arte e a Genética, que foram aplicadas a este grupo, com o objetivo de estimulá-los a elaborar propostas
artísticas tendo como tema principal a Genética. Foi aplicado um questionário pelos professores de Biologia nas
escolas, com o intuito de selecionar participantes, seguindo o critério de maior interesse e identificação com a
Biologia e/ou a Arte. Foram selecionados 20 estudantes distribuídos em 12 escolas. As atividades teóricas (palestras
e discussão de temas) e práticas (observação de preparações cromossômicas e elaboração e desenvolvimento de
trabalho artístico) e aplicação de questionários avaliativos foram realizadas no Instituto de Ciências Biológicas/
UPE em cinco encontros, totalizando 40h de trabalho. Nestes encontros os participantes tiveram a oportunidade
de assistir a palestras sobre artes (sua origem, técnicas e utilização no campo das Ciências Biológicas) e Genética
(Conceitos gerais sobre a Genética Mendeliana, Estrutura da molécula de DNA, Replicação e Expressão gênica,
Mutação e Células-tronco); conhecer o Laboratório de Biodiversidade e Genética de Insetos, onde observaram
células mitóticas e meióticas e a captura de imagens de insetos em estereomicroscópio; e elaborar artisticamente
um tema em Genética a partir da utilização de diferentes métodos, tais como: pintura a óleo, aquarela, pastel,
mosaico, desenho em nanquim e grafite, e quadrinhos. Os questionários aplicados no decorrer dos encontros
abordaram questões referentes ao conhecimento prévio sobre a Genética, ao processo de escolha do tema a ser
desenvolvido e à possível contribuição para o melhor entendimento de temas atuais em Genética. A maioria dos
estudantes havia tido pouco ou nenhum contato com a Genética na escola. Durante a escolha do tema, a vontade
de aprofundar os conhecimentos a respeito do assunto foi mais relevante que a importância deste, ou mesmo a
facilidade em representá-lo artisticamente. Dentre os temas escolhidos foi recorrente a estrutura e compactação
da molécula de DNA. Após a escolha do tema os estudantes se prepararam para o desenvolvimento do trabalho
artístico através de pesquisas em livros e na internet. A maior dificuldade encontrada no emprego de técnicas
artísticas foi a falta de experiência no manuseio dos materiais. Após esta vivência os estudantes consideraram que o
estudo da Genética se tornou mais fácil e quando não, se tornou mais prazeroso. Destacaram ainda que ampliaram
seus conhecimentos na Genética, principalmente nos temas escolhidos para elaboração do trabalho artístico.
Apoio financeiro: FACEPE (APQ0680-2.02/08) e UPE (Bolsa do Programa de Fortalecimento Acadêmico)
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Atualização de conteúdo e utilização de materiais
paradidáticos no ensino de genética e evolução
Castanon, FS1; Guimarães, CS1; Chaul, JCM1; Carvalho, GMA1; Tavares, MG2
Programa de Educação Tutorial do curso de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, Brasil.
Departamento de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, Brasil.
[email protected]
1
2
Palavras-chave: materiais paradidáticos; ensino de genética; ensino de evolução; atualização de professores; aulas práticas
Uma das atividades do projeto de extensão “Bioenlace: universidade e escola juntas pelo ensino de Biologia” é
a realização de oficinas de atualização do conteúdo de biologia para professores. Nessas oficinas são utilizadas
metodologias e jogos de baixo custo e fácil acesso, como alternativa simples e dinâmica para ensinar conteúdos
que, normalmente, são abordados apenas de forma teórica. Estas atividades, desenvolvidas em equipe, visam
melhorar a prática pedagógica e o nível de conhecimento dos docentes, além de sugerir materiais paradidáticos
que podem tornar as aulas mais atraentes. A oficina realizada teve como tema “Genética e Evolução”, dois assuntos
que são considerados de grande dificuldade para os alunos e, contou com a presença de doze professores de escolas
públicas de Viçosa e região. As atividades desenvolvidas foram: 1) “Jogo do DNA”, que consistiu na montagem de
uma molécula de DNA, a partir de nucleotídeos representados em folhas de EVA e barbante. O jogo facilitou a
compreensão da estrutura em dupla fita da molécula, introduzindo o conceito de complementariedade e antiparalelismo. 2) “Filogenia dos Chocolates”: utilizando-se de diversos tipos de chocolate, foi proposta a construção
de um cladograma que representasse algum tipo de relação entre os mesmos. Na sequência, cada equipe explicava
os parâmetros utilizados durante a construção do cladograma. Desta forma, o conceito de filogenia foi introduzido
de forma simples e lúdica. 3) “O Caso das Joaninhas”: através de um jogo de sorteio, demonstrou-se visualmente
os efeitos que mudanças ambientais podem causar nas frequências alélica e fenotípica de uma população de
joaninhas. Este jogo reforçou a compreensão do processo de seleção natural e de conceitos de genética como:
alelos múltiplos, dominância, homozigose e heterozigose. 4) “Como Falar Evolutivamente Correto”: utilizando-se
de um texto contendo alguns erros do ponto de vista evolutivo, pediu-se aos professores que tentassem identificálos. Em seguida, foram discutidas formas alternativas e corretas de abordar esses conceitos. Ao final da oficina,
uma avaliação foi realizada na forma de um questionário, sendo que a maioria elogiou a forma de apresentação das
práticas e sua aplicabilidade em sala de aula, além da solicitação da continuidade de atividades em torno desse tema.
Essa avaliação positiva demonstra a importância da iniciativa de proporcionar aos professores o acesso a novas
práticas de ensino e a discussão de metodologias alternativas de aprendizagem, as quais podem tornar o ensino da
genética mais lúdico e prazeroso aos estudantes do ensino médio. Além de estimular a criatividade, todo o material
utilizado foi disponibilizado aos professores para que os mesmos sintam-se motivados a reproduzir e utilizar novos
recursos didáticos, melhorando a qualidade das aulas e, consequentemente, o interesse dos alunos pela Biologia.
Apoio financeiro: MEC/PROEXT-2009
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Ensino de genética molecular através de oficinas
práticas para alunos de ensino médio
Paiva, CL1; Bastos, PMGF2; Batitucci, MCP1
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, Departamento de Ciências Biológicas, Centro de Ciências Humanas e Naturais,
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Vitória, ES.
2
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência Colégio Estadual do Espírito Santo, Vitória, ES.
[email protected]
1
Palavras-chave: ensino, DNA, modelo, extração, morango
O momento histórico que vivemos é marcado pelos avanços biológicos, neste cenário a biologia molecular tem tido
grande destaque, causando um impacto na biologia, medicina, agricultura e indústria. Para que haja uma melhor
compreensão desse novo conjunto de informações, é de extrema importância ao cidadão um conhecimento
básico de genética molecular e da estrutura do material genético, o DNA (ácido desoxirribonucléico). Porém
existe uma enorme dificuldade no aprendizado da biologia molecular, pois os processos são invisíveis e não
fazem parte do cotidiano dos alunos. A utilização de modelos e de experiências como ferramenta pedagógica
é uma ótima opção para auxiliar na visualização dos elementos fundamentais da genética. Com isso, o objetivo
do trabalho foi despertar o interesse dos alunos do ensino médio pela Biologia e desmistificar o conceito de
DNA por meio de modelo e extração de DNA de morango ambos com a utilização de materiais de fácil acesso.
O trabalho foi desenvolvido no Colégio Estadual do Espírito Santo, no município de Vitória - ES, através do
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), com os alunos dos segundos e terceiros anos
do ensino médio. O modelo da estrutura espacial da molécula de DNA utilizou arame, jujubas de quatro cores –
representando as bases nitrogenadas - e palitos de dente, simbolizar as pontes de hidrogênio, ligando assim uma
base à outra Logo após a confecção do modelo, os alunos extraíram o DNA do morango podendo visualizar-lo.
Para a extração do DNA, foi necessário a preparação de solução de extração que continha 15 gramas de NaCl
(sal de cozinha), 900 ml de água mineral e 50 ml de detergente. O morango foi macerado em um recipiente e
em seguida foi adicionado 10 ml da solução de extração. Essa mistura foi filtrada com papel filtro e o líquido
foi transferido para um béquer. Adicionou-se a esse líquido delicadamente 5ml de álcool absoluto gelado e
imediatamente observou-se que o DNA precipitava, com auxilio de um palito de madeira os alunos “pescaram”
o DNA. Ao termino das experiências, foi aplicado um questionário como instrumento avaliativo. Fora avaliados
126 alunos do ensino médio, 44 do segundo ano e 82 do terceiro ano. Através do questionário observou-se que
todos possuíam conhecimento prévio da molécula de DNA, porém acreditavam que esta estava presente apenas
em seres humanos, pois associavam a teste de paternidade. A maioria dos alunos (mais de 90%) relatou que a
atividade contribuiu com o acréscimo do conhecimento sobre o tema abordado e também que o tipo de atividade
realizada auxilia no esclarecimento de questões científicas. Além disso, a aceitação da atividade foi de 100%.
Portanto, a realização de oficinas práticas de genética é de extrema importância no processo de aprendizagem.
Apoio financeiro: CAPES/PIBID
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Avaliação preliminar do ensino de genética em escolas
de ensino médio localizadas na Grande Vitória-ES
Reis, RS1; Santos, AL1; Batitucci, MCP1
Universidade Federal do Espírito Santo
[email protected]
1
Palavras-chave: ensino de genética, ensino médio, escolas públicas e particulares.
A Genética apesar de muito divulgada pela mídia, ainda é um dos problemas mais freqüentes no ensino de
biologia, pois exige conhecimentos prévios. Com objetivo de compreender o ensino de genética no ensino médio,
em escolas públicas e particulares da Grande Vitória, consideraram-se opiniões dos professores e alunos, tendo
como metodologia o uso de questionários semi-estruturados. Os resultados demonstram que os assuntos mais
abordados são Divisão Celular, Leis de Mendel, Herança Sexual, Doenças Genéticas, Alelos Múltiplos e Herança
Quantitativa, o que está de acordo com o currículo proposto, permitindo uma uniformização das práticas nas
diferentes localidades de ensino. Foi possível notar que temas como Linkage, Pleiotropia, Epistasia e Biotecnologia
estão entre os menos abordados. Estes mesmos assuntos estão presentes no discurso dos professores como
preteridos diante da falta de tempo disponível. A fim de verificar o desenvolvimento de habilidades e competências,
os alunos foram perguntados sobre a importância da genética. Neste contexto, poucos alunos foram capazes de
fazer sua associação com hereditariedade (em seu sentido mais abrangente), determinação de doenças genéticas
e biotecnologia, ou seja, tinham uma visão mais ampla sobre o tema e suas aplicações. Grande parcela dos alunos
considerou a falta de tempo para estudo, a complexidade do tema e a linguagem do professor como determinantes
para sua pouca compreensão. Apesar destes fatores, a maioria dos alunos percebe o tema como interessante. Para
os professores, a receptividade costuma ser boa ou regular, ainda que impactada pela dificuldade de compreensão
dada, sobretudo, pela deficiência em conteúdos prévios como biologia molecular e citologia.
56º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 56º Congresso Brasileiro de Genética • 14 a 17 de setembro de 2010
Casa Grande Hotel Resort • Guarujá • SP • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
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Diferentes representações do que são GENES partindo
de livros didáticos, alunos e professores
Goldbach, T1, Campos, DM2, Casariego, F3; Bedor, P3 e Gusmão, G3
Professora e Pesquisadora – Prog de Pós-Grad Lato Sensu em Ensino de Ciências e Graduação em
Ciências Biológicas, Modalidade Biotecnologia– IFRJ – Campus Maracanã
2
Professora colaboradora – Grupo de Pesquisa NEDIC – IFRJ
3
Bolsistas de Iniciação Científica CNPq – NEDIC - IFRJ – Campus Maracanã
1
Palavras-chave: gene, representações, livros didáticos, genética escolar, ensino básico
A história da idéia de gene tem sido tratada por muitos autores, indicando que com o desenvolvimento dos
conhecimentos do campo da biologia, desde suas sub-áreas nascentes, na virada do século XIX, aos novos
paradigmas provindo das distintas fases de desenvolvimento da biologia molecular - foram se estabelecendo novas
visões e abordagens para esta unidade de herança. Desse modo, as representações do que é um gene ganham
diferentes contornos, trazendo enormes desafios para eleger seu “desenho” adequado. Perguntamo-nos, então,
como os alunos do ensino básico, ensino médio e calouros da graduação, estão aprendendo a representar o que são
genes. Este trabalho apóia-se na análise de um amplo levantamento de trabalhos acadêmicos envolvendo pesquisas
sobre o Ensino de Genética e Temáticas afins realizado pelo Núcleo de Pesquisa em Ensino e Divulgação de Ciências
(NEDIC-IFRJ), o qual tem chamado atenção para as formas fragmentadas, simplificadas e pouco contextualizadas
no tratamento didático da temática Genética, dificultando o ensino e aprendizagem. Nesta investigação toma-se
como partida que o tão reclamado “ensino fragmentado” pode ser fruto de uma inércia na acomodação, no contexto
da genética escolar, das abordagens sobre o que são genes pelos olhares mendeliano, morganiano, molecular e
interacionista. Foram investigadas as diferentes representações de genes, na forma de esquemas/figuras, em nove
livros didáticos recomendados pelo Programa Nacional do Livro Didático do Ensino Médio/2009; assim como foi
solicitado a um conjunto de alunos e professores, numa perspectiva qualitativa, para representarem com desenhos
a mão livre o que seria um gene “didático” para eles. Os resultados preliminares indicam uma convivência de
abordagens. Com exceção da abordagem interacionista, que se mostrou pouco presente nos materiais analisados,
foram identificados, respectivamente, – com detalhamento variável - representações de gene como partícula/
letras, como pedaços/contas no braço/colar cromossômico e como trecho de DNA que informa RNA codificador
de certa proteína. São imagens que nem sempre dialogam entre si. Discute-se que esta organização não-integrada
dos tópicos e representações encontradas na amostra, muitas vezes dispostos em capítulos e séries distintas, assim
como os diferentes desenhos produzidos, refletem um caráter inercial e conservador da definição e organização
dos programas e currículos – com uma introdução gradual e acumulativa, ao longo do tempo, dos novos
conhecimentos da área sem uma incorporação integrativa e inovadora. Além das categorias provindas de um
olhar histórico, pretende-se interagir com o campo da biologia teórica e da filosofia da biologia, com proposições
de importantes autores, tais como gene molecular/evolutivo, gene-P/gene-D e gene sistêmico.
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A intervenção no ensino/aprendizagem de genética
a partir do uso de dinâmicas com graduandos da
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)
Araujo, AV1; Pinheiro, TF1; Leite, TH1; Almeida, CRM1; Dumans, ATN1
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO, Unidade de Genética e Biologia Molecular – UNIGEN Rua Frei Caneca, 94.
Rio de Janeiro- RJ/ Tel: 55 21 2531 7921
[email protected]
1
Palavras– chave: Ensino, genética, dificuldades, intervenção, graduandos
Muitos estudos têm mostrado que discentes de ensino fundamental e médio consideram a genética um assunto
abstrato e de difícil aprendizagem. Conhecer as origens de tais problemáticas é de fundamental importância
para que ações com conseqüências em longo prazo possam ser tomadas, visando uma mudança qualitativa
no processo ensino/aprendizagem da genética, para que se alcance com melhor eficiência esses discentes. A
partir disto, este projeto, que surgiu da experiência da autora em diversos colégios onde atuava como monitora,
visa interferir nas origens da formação dos futuros docentes, neste caso, os graduandos do Curso de Ciências
biológicas da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Para isso foram feitas entrevistas semiestruturadas com docentes e discentes de diversas escolas públicas e particulares do Estado do Rio de Janeiro,
além dos graduandos da Universidade. Com isso, verificou-se que os motivos apontados pelos discentes e docentes
como principais causas da dificuldade no ensino/aprendizagem são a abstração do conteúdo e dificuldade de
interpretação matemática por parte dos alunos, além disso, outro problema citado pelos docentes foi a falta de
recursos didáticos em alguns colégios onde lecionam. Os graduandos, ao serem questionados sobre suas atuações
futuras como possíveis docentes, demonstraram, em sua maioria, não saber que estratégias utilizar para abordar
os variados temas relacionados à genética, em salas de aula, mostrando que a falta de estratégias que diminuam
a abstração é um problema com origem na graduação. Sendo assim, começamos a utilizar, com os graduandos
da disciplina de Genética Geral, dinâmicas que visam não só a facilitação da assimilação do conteúdo pelos
mesmos, mas também servir como ferramentas futuras para serem utilizadas em sala de aula, mostrando que é
possível tornar menos abstrato os temas da disciplina com a utilização de poucos recursos. Como por exemplo,
a análise e construção de cariótipos com corte e colagem, na impossibilidade de levar os alunos a um laboratório
de citogenética; teatro, com construção de heredogramas pelos alunos a partir de situações hipotéticas de
aconselhamento genético; demonstração do princípio de Hardy-Weinberg (que costuma ter difícil interpretação
matemática por parte dos discentes) com alfinetes no lugar dos alelos, entre outras dinâmicas. Os graduandos
vêm demonstrando grande interesse pelas atividades, bem como uma melhor assimilação dos conteúdos e dizem
sentir-se menos despreparados para ministrar esses conteúdos futuramente, já que estas dinâmicas envolvem
intensa participação deles, muitas vezes com apresentação de curtas aulas pelos mesmos ao final da dinâmica.
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Da extração de DNA a PCR: um modelo para curso de verão
Lázaro-Silva, DN1; Lopes, BA1; Teixeira, FO; Amorim, LMF1
Universidade Federal Fluminense, Departamento de Biologia Celular e Molecular; Outeiro São João Batista s/n, 24.020-150, Centro,
Niterói, RJ, Brasil.
[email protected]
1
Palavras-chave:- Extração, DNA, sangue periférico, PCR, curso de verão, biologia molecular
Uma série de técnicas vem sendo desenvolvidas na área de biologia molecular, tornando necessária a criação de
ferramentas didáticas que permitam aos alunos de graduação compreender melhor as teorias básicas facilitando
a compreensão das novas tecnologias. Tendo como objetivo oferecer essa oportunidade aos alunos de Graduação,
ligados a pesquisa na área de saúde, foi elaborado um curso de verão contendo aulas teóricas e práticas que visam
a compreensão dos processos bioquímicos e a rotina básica em um laboratório de Biologia Molecular. Nosso
foco durante a montagem das aulas foi criar uma dinâmica que possibilitasse ao aluno absorver as informações
através de analogias dentre o que é visto na teoria com o observado na prática. Em um trabalho anterior foram
avaliadas algumas técnicas de extração de DNA a partir de tecido sanguíneo periférico fresco, para definir qual se
enquadrava no perfil do curso, sendo considerada a melhor técnica aquela que apresentou um bom rendimento
por volume de sangue, custo baixo e potencial de amplificação por PCR. Durante esse trabalho foram realizados
procedimentos básicos como quantificação do DNA, eletroforese em gel de agarose, PCR e análises estatísticas,
para analisarmos a possibilidade de introduzir-los no programa em questão. A análise da viabilidade resultou
na montagem do protocolo padrão para o curso. O teste para comprovar sua eficácia foi realizado durante o
treinamento de monitores de bioquímica da Universidade Federal Fluminense, que visava auxiliá-los na condução
das aulas práticas da disciplina em questão. Através da observação dessas aulas lecionadas pelos monitores
pudemos observar que o conteúdo foi absorvido com sucesso. Além disso, foram analisados questionários
respondidos pelos alunos presentes nessas aulas, para observar se eles compreenderam o conteúdo abordado,
assim como os monitores. O resultado obtido nos auxiliou a corrigir as falhas do programa, para que possa ser
posto em prática no verão de 2011. Conclusão: Foi montado um curso de verão de Biologia Molecular com enfoque
em extração de DNA e PCR no Departamento de Biologia Celular e Molecular da Universidade Federal Fluminense.
Apoio financeiro: PROPPI, FAPERJ, CNPQ
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Desvendando a meiose: o jogo da memória como
facilitador do processo ensino-aprendizagem da Genética
Siqueira, MN1; Campos, CKP1; Borges, JP1; Rodrigues, LA1; Silva, CP1; Neves, AF1
¹Universidade Federal de Goiás, Departamento de Ciências Biológicas
[email protected]
Palavras-chave: meiose, jogo da memória, genética, questionário, ensino-aprendizagem
Introdução: A Genética é considerada uma área das Ciências Biológicas de difícil compreensão, por ser abstrata e
complexa. Conceitos básicos necessários para a compreensão dos modelos de herança genética apresentam um
grande déficit de aprendizagem, dentre estes destaca-se o processo de divisão celular pela meiose. De forma geral,
a meiose é o processo pelo qual as células germinativas reduzem o número de cromossomos diplóides para um
número haplóide, encontrado nos gametas masculino e feminino. Embora extremamente importante e de caráter
intradisciplinar, a meiose acaba não sendo trabalhada de uma forma a garantir aprendizagem efetiva por parte dos
alunos, tanto da educação básica como superior. Objetivos: Diante do exposto, o trabalho aqui apresentado objetivou
a elaboração e aplicação de um jogo da memória como forma lúdica e facilitadora do processo ensino-aprendizagem
da meiose. Metodologia: Com o auxílio de livros didáticos de ensino médio e superior foi confeccionado um
questionário sobre meiose aplicado a graduandos do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade
Federal de Goiás – Campus Catalão, contendo 10 questões objetivas com três alternativas para cada questão. Este
questionário foi aplicado antes e após a execução de um jogo da memória contendo imagens dos processos de
divisão celular e de suas definições. Trinta e dois graduandos participaram do estudo, sendo quatro do 1º período; 11
do 3º período e 17 do 6º período. Os dados obtidos foram analisados utilizando-se porcentagens e o teste estatístico
não-paramétrico de Mann-Whitney. Resultados: A questão que mais apresentou dificuldade antes do jogo foi “Por
que é importante que ocorra a meiose? R: Para reduzir o número de cromossomos e permitir a troca de pares entre
cromossomos homólogos”. O resultado do questionário pré-jogo demonstrou que os alunos do 6º período com 46%
de acertos apresentaram uma maior dificuldade de compreensão da meiose, enquanto os alunos do 3º período
apresentaram 48% de acertos. Após o jogo, os alunos do 3° e 6º períodos apresentaram diferenças estatisticamente
significativas de acertos, aumentando para 77% e 87%, respectivamente. Devido à pouca quantidade de alunos do 1º
período avaliados, os dados foram considerados pouco significativos. Antes do jogo, os graduandos afirmaram não
se lembrarem do conteúdo de meiose, constatando assim uma defasagem em seus conhecimentos prévios, tendo
em vista que estes alunos tiveram o conteúdo de meiose no primeiro período em Citologia e no quarto período de
Genética. Conclusão: Como diagnostico pelo questionário pré e pós-teste, o jogo da memória elaborado foi capaz de
auxiliar a fixação de conceitos associados ao processo de divisão celular, além de ter demonstrado ser uma prática
mais prazerosa de apreensão de conhecimentos, fugindo dos tradicionais métodos de ensino-aprendizagem.
Apoio: PROEC-UFG
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Elaboração e avaliação de modelo de cariótipo humano
no ensino de biologia para inclusão de alunos com
deficiência visual
ORLANDO, T.C.1, REIS, M.X.2; BAZON, F.V.M.3
Laboratório de Biologia Molecular Aplicada à Biodiversidade - Instituto de Ciências da Natureza, UNIFAL-MG, Rua Gabriel Monteiro da
Silva, 700, CEP 37130-000, Alfenas, MG
2
Graduada em Ciências Biológicas pela UNIFAL-MG. Docente da Universidade Federal de São Carlos – São Paulo
[email protected]
1
Palavras-chave: educação inclusiva, material didático, cromossomos, genética, necessidades especiais.
Para que a educação inclusiva garanta não só a matrícula do aluno com Necessidades Educacionais Especiais
(NEE), mas que também proporcione aos mesmos a inserção no processo de aprendizagem, requer-se atenção
às características particulares de aprendizagem destes alunos, buscando atendê-las. Quanto ao aluno com
deficiência visual, é essencial a utilização de materiais adaptados que respeitem o seu referencial perceptual. Por
isso, quando o professor de biologia trabalha o conteúdo de genética, termos como cromossomos sexuais, alelos,
gene, genoma, cariótipo e outros que envolvem conceitos de difícil compreensão para alunos videntes, tornamse mais complexos para aqueles com deficiência visual. O presente trabalho teve como proposta a elaboração
e avaliação de um modelo de representação do cariótipo humano para compreender como este pode contribuir
para a inclusão do aluno com deficiência visual no ensino regular. Além disso, como o referido material pode
auxiliar aos alunos do ensino médio na construção de conceitos básicos de genética como: cromossomos, cariótipo
humano, organismos diplóides, cromossomos homólogos, cromossomos autossomos e sexuais, etc. O modelo foi
construído representando-se os 23 pares de cromossomos humanos em material plástico flexível com as bandas
cromossômicas e regiões satélites em material de textura diferenciada, com cores contrastantes (protocolo de
patente no. 220907895945 . A avaliação teve por base a abordagem qualitativa em educação, buscando compreender
o fenômeno em sua singularidade. O material didático foi avaliado por professores especializados na área de
genética, ensino de ciências e deficiência visual. Para essa avaliação foi utilizado um questionário sobre o modelo
proposto. Os resultados evidenciaram que o material didático é favorável à inserção do aluno com deficiência visual
no processo de aprendizagem e que possui ótimo potencial para o desenvolvimento de conceitos como cariótipo,
cromossomos homólogos, alelos, cromossomos sexuais, mecanismo de determinação do sexo em humanos,
não só para deficientes visuais, como também para aplicação com alunos videntes. Assim, a representação do
modelo mostrou-se adequada ao referencial perceptual dos alunos com deficiência visual para a compreensão de
conceitos complexos de genética e que necessitam de material didático para auxiliar o professor em sala de aula,
principalmente onde os recursos tecnológicos são mais escassos. A pesquisa demonstrou também a importância
do acesso a novos conhecimentos derivados de pesquisas atuais que possam subsidiar o trabalho educacional,
principalmente no que tange à inclusão de alunos com deficiência visual, visando respeitar o propósito da inclusão
escolar que tem por objetivo a igualdade de oportunidades educacionais independentemente das NEE dos alunos.
Agradecimentos: NIPI (UNIFAL-MG) FAPEMIG
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Avaliação do conhecimento e da eficácia de diferentes
metodologias para o entendimento da determinação
genética do sexo aplicadas em alunos do ensino médio
de escolas públicas
Pires, DJ1,4; Moraes Filho, AV2,4 & Chapadense, FGG3,4
¹ Profª. Drª, Orientadora
² Bolsista do Programa de Bolsa de Iniciação Científica (PBIC – UEG) do Curso de Licenciatura Plena em Ciências Biológicas
³ Acadêmica do 4º ano do Curso de Licenciatura Plena em Ciências Biológicas – Pesquisadora Colaboradora
4
Universidade Estadual de Goiás – Unidade Universitária de Morrinhos
[email protected]
Palavras-chave: genética, ensino-aprendizagem, palestras, ensino médio e escolas públicas.
Há um grande número de pesquisas apresentando resultados insatisfatórios com relação ao conhecimento
dos alunos do Ensino Médio sobre conceitos básicos de Genética. É necessário que haja uma construção
de conhecimento com qualidade, pois os discentes estão concluindo uma etapa relevante de seus estudos
na educação básica, além de ser o momento de preparação para a continuação da sua trajetória educacional.
Portanto, o uso de metodologias diferenciadas torna-se importante. O objetivo deste trabalho foi avaliar o
conhecimento e a eficácia de diferentes metodologias para o entendimento da Determinação Genética do Sexo
aplicadas em Alunos do Ensino Médio de Escolas Públicas. Foi escolhido um tema relevante do conteúdo de
Genética (Determinação Genética do Sexo) e posteriormente, um questionário foi aplicado para um total de 62
alunos do 3º ano de duas Escolas Estaduais do município de Morrinhos – GO. Posteriormente, uma palestra foi
proferida e os alunos assistiram dois filmes: O milagre do amor e O Segredo do Sexo. Após a exibição dos filmes, o
mesmo questionário foi aplicado. Antes da palestra e dos filmes, quando indagados em relação ao cromossomo
responsável por determinar o sexo masculino, 17,74% dos participantes afirmaram ser o cromossomo X, 33,87%
responderam que era o cromossomo Y e 48,39% afirmaram não saber o cromossomo responsável. Em relação ao
hormônio responsável pela masculinização do corpo humano, 3,23% dos questionados assinalaram o estrogênio,
85,48% a testosterona e 11,29% afirmaram não saber a resposta. Quando perguntados sobre a possibilidade de
uma mulher possuir os cromossomos XY e manter as características anatômicas femininas, 12,90% dos discentes
disseram haver possibilidade da ocorrência da anomalia, 30,65% negaram essa possibilidade e 56,45% não souberam
responder a questão. Depois da palestra e dos filmes, 17,74% dos alunos falaram que o cromossomo X é responsável
por determinar o sexo masculino, 64,52% afirmaram ser o cromossomo Y e 17,74% não souberam a resposta. Já
para a segunda questão, nenhum participante assinalou o estrogênio como responsável pela masculinização do
corpo humano, 96,77% marcaram a testosterona e 3,23% não souberam responder a questão. Em se tratando da
possibilidade de uma mulher possuir os cromossomos XY e manter as características anatômicas femininas, 70,97%
afirmaram haver a possibilidade, 12,90% negaram e 16,13% não souberam a resposta. Ao comparar as respostas
obtidas antes e depois da palestra e dos filmes, percebe-se que os discentes compreenderam os assuntos abordados,
confirmando a importância de metodologias diferenciadas para auxiliar no processo de ensino-aprendizagem.
Apoio financeiro: PBIC – UEG
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