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Instituto de Educação Infantil e Juvenil
Verão, 2016. Londrina,
Nome:
de
Ano:
Tempo Início:
Edição 1 MMXVI
Término:
Fase 1
Total:
Grupo D
COMPANHEIRO DE TODOS OS DIAS
Adeus, ano velho. Feliz ano novo! Com a chegada de 2016, é hora de
substituir o calendário. Pela frente, mais uma vez, teremos 366 dias. 366 dias?
Mas antes que você comece a pensar em tudo o que pode fazer no ano que se
inicia, que tal voltar seus olhos para o passado e conhecer a história do calendário,
esse instrumento fundamental para registrar a
passagem dos dias?
As origens do calendário atual estão na
Roma Antiga. Há 2743 anos, o imperador Rômulo
propôs o primeiro calendário romano, que usava
as fases da Lua como referência para a contagem
do tempo. Ele batizou o primeiro mês de
“martius”, o segundo de “aprilis”, o terceiro de
“maius” e o quarto de “junius” – daí porque hoje,
em nosso calendário, há os meses de março, abril,
maio e junho. Os outros meses foram simplesmente contados em latim, recebendo o
nome de “quintilis”, “sextilis”, “septembre”, “octobre”, “novembre” e “decembre”.
“O calendário proposto por Rômulo, porém, era bastante estranho:
apresentava apenas dez meses – o correspondente a 304 dias – e não incluía os 61
dias correspondentes ao período de inverno. O calendário acabava sem que o ano
houvesse terminado de fato”, conta o astrônomo Alexandre Cherman, da Fundação
Planetário da Cidade do Rio de Janeiro.
Os últimos serão os primeiros
Se os meses de março, abril, maio e junho nasceram com Rômulo, foi com
outro imperador romano, Numa, que surgiram os meses de janeiro e fevereiro. Há
cerca de 2712 anos, ele criou “februarius” e “januarius”. Mas esses meses não eram
os primeiros e, sim, os últimos. Ao criá-los, o imperador fez com que o seu
calendário – o primeiro a apresentar 365 dias – usasse o Sol – e não as fases da Lua –
como referência para registrar a passagem dos dias.
Após o reinado de Numa, passaram-se aproximadamente 700 anos. Roma
deixou de ser uma monarquia e se transformou em uma república. Seus senadores,
porém, costumavam alterar o calendário para obter vantagens. Criavam meses, por
exemplo, para ficar mais tempo no poder. Se isso não fosse suficiente para criar uma
bagunça e tanto com relação à contagem do tempo, havia ainda o fato de que,
conforme havia sido descoberto, o ano não tinha somente 365 dias, mas 365 dias e
seis horas. Algo que não foi contabilizado ao longo de quase sete séculos!
Por essas duas razões, quando o imperador Júlio César assumiu o trono, há
2055 anos, o calendário estava totalmente errado e desligado dos eventos da
natureza. Para você ter uma ideia do que isso significa, era como se as pessoas
olhassem para ele e soubessem que estavam em um mês de inverno, mas, lá fora, o
calor fosse de verão. “Por isso, quando Júlio César tomou o poder, criou três meses
extras, fazendo com que o ano 43 antes de Cristo tivesse mais de 400 dias”, conta
Alexandre Cherman. “O tirano também adiantou o mês de janeiro, que passou a ser
o primeiro, e criou a regra do ano bissexto. Segundo ela, de quatro em quatro anos,
haveria um dia extra no ano.”
Pequenas grandes mudanças
Depois da morte de Júlio César, as
mudanças no calendário prosseguiram. O
senado, por exemplo, fez uma homenagem
ao imperador: rebatizou o mês “quintilis”
de “julius”. Além disso, tirou um dia de
fevereiro, que ficou com 29, para deixar
julho com 31. Tempos depois, o imperador
César Augusto também trocou o nome do
mês “sextilis” para “augustus” em sua
própria homenagem. Decidiu-se, porém,
que esse mês não poderia ter menos dias
do que o dedicado a Júlio César. Um dia de
“februarius” foi, então, transferido para “augustus” — por isso, aliás, é que fevereiro,
hoje, tem 28 dias (ou 29 em anos bissextos). Para evitar que houvesse três meses
seguidos com 31 dias, o total de dias dos meses de “septembre” e “decembre” foi
trocado: setembro e novembro ficaram com 30 dias, outubro e dezembro com 31.
Mas não é que, séculos depois, descobriu-se que o ano não tinha 365 dias e
seis horas, mas 365 dias, cinco horas, 48 minutos e alguns segundos? Pois é! A
diferença, aparentemente pequena, ao longo de 1.600 anos passou a ter um peso
enorme! E, desta vez, quem ficou com a tarefa de mudar o calendário foi o papa
Gregório 13. Por que justamente um religioso? “A celebração da páscoa, uma data
importante para os cristãos, depende do calendário e, como ele estava errado, o
cálculo da páscoa também estava incorreto”, explica Alexandre Cherman. Para
resolver esse problema, no século 16, além de suprimir dez dias do calendário em
vigor na época, Gregório 13 reformulou a regra do ano bissexto. Segundo ela, os
anos seculares – os terminados em zero zero – não devem ter um dia a mais, a não
ser que sejam múltiplos de 400, como o ano 2000 (afinal, 400 X 5 = 2000).
Com a reforma feita por Gregório 13, o calendário tomou a forma que
conhecemos atualmente. Agora que você sabe um pouco da sua história, conte aí: o
que pretende fazer com cada um dos dias que ele reserva a você nesse ano que
agora começa?
Mara Figueira, Instituto Ciência Hoje/ RJ
PROPOSTA:
1. Leia o texto com atenção!
2. Enumere os parágrafos.
3. Leia-o novamente, grifando as ideias principais.
4. Escreva, em sua folha de respostas, o número do parágrafo e, em seguida, o que você
entendeu sobre cada um dos parágrafos.
5. Após terminar o resumo, releia os itens e observe se eles apresentam a ideia total do texto.
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