Análise morfométrica da bacia do rio Suaçui Grande: uso da ferramenta SIG no apoio à gestão territorial e de recursos hídricos Simone Freire de Lima - Aluna do 5º período do Curso de Tecnologia em Gestão Ambiental do IFMG, campus Governador Valadares. [email protected] Fabio Monteiro Cruz – Professor Mestre do Curso de Tecnologia em Gestão Ambiental do IFMG, campus Governador Valadares. [email protected] RESUMO A bacia do rio Doce (MG) sofre historicamente com eventos hidrológicos danosos, gerando com frequência perdas materiais e humanas, constituindo um grave problema. A bacia do rio Suaçui Grande merece destaque por estar localizada no médio rio Doce, região considerada crítica sob o prisma da problemática das enchentes. Desta forma, realizou-se análise das características morfométricas da bacia do rio Suaçuí Grande, sub-bacia do rio Doce, a fim de compreender seu comportamento hidrológico e estimar sua fragilidade a tais eventos, buscando orientar e subsidiar a gestão territorial e de recursos hídricos da região. Os resultados evidenciaram, dentre outras coisas que as características relativas, sobretudo, ao relevo tornam a bacia propensa a tais eventos e mudanças no uso da terra podem acentuar esta problemática podendo potencializar a fragilidade natural da bacia, merecendo assim ações de monitoramento, recuperação e conservação ambiental na bacia, a fim de atenuar esta problemática. PALAVRAS-CHAVE: bacia do rio Suaçui Grande, enchentes, fragilidade ambiental, análise morfométrica, processos hidrológicos, gerenciamento de recursos hídricos. ABSTRACT The Doce river watershed (MG) suffer historically damaging to hydrological events, often generating material and human losses, a serious problem. The Suaçuí Grand River watershed noteworthy for being located in the middle Rio Doce region considered critical from the perspective of the problem of flooding. Therefore, we carried out analysis of morphometric characteristics of the Suaçuí Grande river watershed, sub-basin of the Rio Doce, in order to understand its hydrology and estimate its fragility to such events, seeking to guide and support the management of water resources and territorial the region. The results showed, among other things characteristics relating mainly to relief make the basin prone to such events and changes in land use may exacerbate this problem may exacerbate the fragility of the natural watershed, they warrant monitoring actions, recovery and conservation environment in the watershed in order to mitigate this problem. KEYWORDS: Suaçuí Grande River watershed, flooding, environmental fragility, morphometric analysis, hydrological processes, water resources management. 1 INTRODUÇÃO O relevo, que constitui a paisagem física do globo, é resultado principalmente de uma atuação em conjunto das ações intempéricas e dos processos tectônicos. Para estudar as variadas características dos relevos, a bacia hidrográfica se apresenta como unidade física ideal de estudo (ALVES; CASTRO, 2003). Para tal, a geomorfologia – ciência que se dedica ao estudo das formas de relevo, tendo em vista a origem, estrutura, natureza das rochas e o clima da região – apresenta importância fundamental (Guerra, 1966). Neste contexto, as bacias hidrográficas constituem unidades físicas da paisagem que, portanto, podem ser estudadas no âmbito da geomorfologia, à luz dos processos hidrológicos que ocorrem no seu interior. Desta forma, a análise morfométrica de uma bacia hidrográfica consiste em estimar quantitativamente a forma física e o relevo desta, com objetivos variados, dentre os quais a determinação de seu comportamento hidrológico. Na literatura especializada as definições de bacias hidrográficas variam de acordo com os diversos objetivos com que estas podem ser estudadas, conforme pode ser observado em Barrela et al. (2001), Faustino (1996), Coelho Netto (1995) e Lima e Zakia (2000). Contudo, uma definição mais usual remete a bacia hidrográfica como uma área de captação da água de precipitação, demarcada por divisores topográficos, onde toda água captada converge para um único ponto de saída, o exutório (KARMANN, 2009). Para efeitos de estudo, ou gerenciamento de recursos hídricos, quando uma bacia hidrográfica apresenta dimensões significativas, esta pode ser dividida em partes considerando os maiores rios correspondentes a um de seus afluentes ou tributários. A estas partes nomeia-se de sub-bacias (IGAM, 2007) Para Villaça e Nascimento (2008) numa bacia todos os rios são hierarquicamente interligados através de uma rede hidrográfica, configurando os canais fluviais. Os mesmos autores afirmam que considerando o arranjo hierárquico dos canais fluviais dentro de uma bacia hidrográfica é possível classificá-la em diversas ordens. Dentre os inúmeros autores que oferecem contribuições aos procedimentos de hierarquização hidrográfica, pode-se destacar Horton (1945), Shumm (1956) e Strahler (1956). Entretanto, se sobressai em relação aos demais o último autor. A hierarquia fluvial segundo Strahler considera que os canais de primeira ordem são aqueles que não 2 apresentam tributários, isto é, são canais de cabeceiras de drenagem [...]. Os canais de segunda ordem são os canais subsequentes à confluência de dois canais de primeira ordem e assim sucessivamente, sendo que a confluência com canais de ordem hierárquica menor não altera a hierarquização da rede. (Strahler, 1952 apud Cherem, 2008. p. 27) Guerra (1966) corrobora com a importância do processo de hierarquização hidrográfica ao afirmar que ela determina os padrões de drenagem, podendo ocorrer uma grande diversidade de padrões; sendo eles dendríticos, retangular, paralelo, treliça, radial ou anelar. Estes podem variar, dentre outros aspectos, de acordo com o tipo de rocha e das estruturas geológicas presentes em seu substrato (KARMANN, 2009). Alves e Castro (2003) ressaltam que, no estudo dos padrões de drenagem e demais atributos dos sistemas hidrológicos, as bacias hidrográficas constituem unidades físicas ideais de estudo, uma vez que relacionam a gestão territorial e de recursos hídricos, sendo moldada pelas diferentes formas de relevo da superfície terrestre. Porém, há relativa escassez de estudos a respeito de bacias hidrográficas que evidenciem quantitativamente a fisionomia, para que através destes seja possível identificar a homogeneidade dos fatores que influenciam as formas de relevo (ALVES; CASTRO, 2003). Tais estudos são de extrema importância e seus resultados podem ser aplicados nas mais diversas áreas como: determinação das fontes de abastecimento de água, controle de poluição e erosão, projetos de irrigação e drenagem, ocupação do solo, lazer, desenvolvimento e preservação dos ecossistemas (aquáticos ou terrestres), controle de enchentes e inundações, bem como no processo de gestão de recursos hídricos (CURTARELLI, 2009). Ao estudar aspectos físicos através da análise morfométrica é possível determinar quais pontos da bacia hidrográfica tem maior predisposição a receber maior e menor carga de água. Os principais aspectos físicos que atuam no comportamento hidrológico das bacias hidrográficas são dentre outros: relevo, área, altitude, forma, permeabilidade do solo, cobertura vegetal e porosidade (KARMANN, 2009; PISSARRA et al, 2004). A fim de fazer um levantamento e monitoramento dos recursos naturais, entre eles a análise da morfometria do relevo ou de bacias hidrográficas, variadas técnicas de aquisição de informações foram desenvolvidas, historicamente. Contudo, os métodos tradicionais trabalhavam através de sistemas analógicos, muitas vezes com mapas e documentos em papel, o que não garantia elevada 3 precisão às informações e tornava o processo moroso, além de limitar a análise dos dados, tornando quase impossível o agrupamento de informações proveniente de fontes diferentes. Com o progresso tecnológico os meios de obtenção da informação ganharam dinamismo e precisão, além de tornar possível o armazenamento de dados em ambiente computacional (CÂMARA; DAVIS, 2012). A evolução dos procedimentos e a inserção de novas técnicas no sensoriamento remoto, na cartografia digital, nos sistemas de informações geográficas (SIG´s) e, mais recentemente, na internet concede carater mais dinâmico aos mapas, oferecendo maior agilidade e rapidez na obtenção das informações e resultados (CASTRO, 2000). Novo (2010) define sensoriamento remoto como a utilização conjunta de sensores, equipamentos de transmissão de dados com objetivo de estudar eventos, fenômenos e processos que ocorrem na superfície do planeta terra. Já o termo geoprocessamento, segundo Câmara e Davis (2012), remete ao conjunto de tecnologias para coleta, tratamento, manipulação e apresentação de informações espaciais voltado para um objetivo específico. Os SIG’s são as ferramentas computacionais para geoprocessamentos e permitem realizar análises complexas, ao integrar dados de diversas fontes e ao criar bancos de dados georreferenciados (CÂMARA; DAVIS, 2012). Para Brubacher et al. (2011) a introdução de técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento viabilizam e aceleram a análise morfométrica contribuindo para o diagnóstico e o entendimento dos processos decorrentes da dinâmica geomorfológica e hidrológica. O comportamento hidrológico das bacias hidrográficas é fator determinante quanto à suscetibilidade de uma dada região à ocorrência de enchente e inundações. Estudos morfométricos tem sido realizados, utilizando as novas tecnologias de análise espacial disponíveis, com o objetivo de orientar e subsidiar a gestão territorial e o gerenciamento de recursos hídricos. Desta forma é conveniente comentar alguns desses trabalhos. Através de um estudo realizado na bacia hidrográfica do rio dos Sinos – RS foi possível determinar através de análises morfométricas quais regiões da bacia possuíam maior propensão à ocorrência de enchentes. O estudo concluiu que A partir da extração de variáveis morfométricas e, com base na analise das sub-bacias e regiões, foi possível compreender a dinâmica de escoamento no interior da bacia e destacar as áreas mais suscetíveis a enchentes e as que mais influenciam na ocorrência desses eventos na porção mais a jusante da bacia do rio dos Sinos. Também foi possível distinguir áreas com ocorrência de enchentes de curta duração e alta velocidade de escoamento (nas regiões do rio Rolante, da Ilha e Paranhana) das áreas com 4 enchentes de longa duração, como na várzea do rio dos Sinos. Alem disso, com base nos resultados obtidos, foram identificadas as áreas prioritárias para o monitoramento das chuvas (nas bacias dos rios Rolante e Paranhana), de cotas e de vazões dos rios (prioritariamente na varzea do rio dos Sinos) (BRUBACHER et al, 2011. p. 1285). Curtarelli (2009) realizou a análise morfométrica na bacia hidrográfica do rio Cubatão do Sul – Santa Catarina/Brasil através da ferramenta SIG (Sistemas de Informações Geográficas). Os resultados obtidos indicaram grande suscetibilidade a enchentes na região da bacia hidrográfica do rio Cubatão do Sul, devido à grande parte do terreno ser ondulado, bem como 50% da área possuir terras acima dos 490 metros de altitude. Tonello (2006) utilizando analise morfométrica como ferramenta concluiu que o formato da bacia hidrográfica da Cachoeira das Pombas, Guanhães – MG apresentava-se alongado, possuindo menor concentração do escoamento superficial. Dessa forma, pôde o autor inferir que a bacia da Cachoeira das Pombas apresenta risco inferior de enchentes nas condições normais de precipitação. Outros estudos morfométricos em bacias hidrográficas com diferentes contextos ambientais e hidrológicos foram desenvolvidos por diversos autores e podem ser estudados por consulta a Oliveira (2008), Borges et al (2007), Ferreira e Moreti (1998), Rosim et al (2003), Machado et al (2008). Com relação à susceptibilidade das bacias hidrográficas a eventos hidrológicos danosos, pode-se inferir que as cheias e as enchentes, principalmente do leito maior dos rios, é um processo natural que decorre do ciclo hidrológico (TUCCI, 2005). O autor descreve os rios como possuidores de dois leitos – menor e maior – sendo que o primeiro é a área do rio onde a água escoa na maior parte do tempo e o segundo é caracterizado quando o nível da água supera os níveis do leito menor, gerando a inundação. A partir daí No entanto, quando tais áreas são ocupadas pela população, por plantações ou criação de animais os impactos são frequentes. Para Tucci (2005) os principais impactos sobre a população são: Prejuízos de perdas materiais e humanos; Interrupção da atividade econômica das áreas inundadas; Contaminação por doenças de veiculação hídrica como leptospirose, cólera, entre outras; Contaminação da água pela inundação de depósitos de material tóxico, estações de tratamentos entre outros. As enchentes, inundações e os escorregamentos são os principais desastres naturais que acontecem no Brasil (SILVA L. A., 2009). O estado de Minas Gerais é frequentemente castigado, em menor ou em maior grau, pelos fenômenos de enchentes e inundações. Em 2012 as enchentes e inundações fizeram várias vítimas 5 no estado, além de comprometer a infraestrutura de vários municípios. Neste sentido, a bacia hidrográfica do Rio Doce, a qual 86,4% está no estado de Minas Gerais (IGAM, 2007), é uma das mais problemáticas, sendo repetidamente atingida por estes fenômenos. Segundo a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM (2005) apud SILVA (2009) somente no período de dezembro de 2004 a março de 2005, foram registradas, pela defesa civil do Estado de Minas Gerais, 88 ocorrências de inundações na bacia, correspondendo a 43% de um total de 203 registradas em todo Estado. Coelho (2006) e IGAM (2007, 2010) corroboram tais informações quando afirma que as inundações e enchentes ocorridas, no período mais intenso de chuvas, que vai de dezembro a fevereiro, configuram um problema recorrente para a bacia do rio Doce. Tais acontecimentos se devem a fatores climáticos que provocam precipitações que alimentam os rios por vários dias, tanto em pequenas como em grandes bacias, associados a problemas erosivos (COELHO, 2006). Considerando por sua vez a bacia do rio Doce, três sub-bacias merecem destaque: sub-bacia do rio Suaçuí Grande, sub-bacia do rios Casca e sub-bacia do rio Matipó (IGAM, 2007) Sendo assim, a fim de facilitar o gerenciamento de recursos hídricos a bacia hidrográfica do rio Doce foi dividida em sete unidades ou regiões hidrográficas. Dentre estas desta-se, em termos de área, a Unidade de Planejamento de Gestão de Recursos Hídricos - UPGRH DO4: Bacia Hidrográfica do Rio Suaçuí (IGAM, 2007; IGAM, 2010). A bacia hidrográfica do rio Suaçuí Grande está completamente inserida na UPGRH DO4 que, segundo o IGAM (2007), possui grande suscetibilidade a enchentes. De acordo com o mesmo autor na cheia que ocorreu em fevereiro de 1979 a região do rio Suaçuí Grande foi uma das mais atingidas, em especial a cidade de Frei Inocêncio. Face ao exposto este trabalho tem a finalidade de analisar as características morfométricas da bacia hidrográfica do rio Suaçuí Grande, sub-bacia do rio Doce, a fim de compreender seu comportamento hidrológico e estimar sua fragilidade a eventos hidrológicos, buscando orientar e subsidiar a gestão territorial e de recursos hídricos da região. MATERIAL E MÉTODOS A área de estudo compreende a sub-bacia do rio Suaçui Grande (MG), que se localiza a margem esquerda do rio Doce (figura 01). Ela está situada na região leste do estado de Minas Gerais e está integralmente incorporada à região hidrográfica de 6 planejamento DO4, região esta que ocupa uma área total de 21.555 km², segundo os critérios do IGAM (2010). Figura 01: Bacia do rio Suaçui Grande Seu rio principal, que dá nome à bacia, nasce no município de Serra Azul de Minas, no Parque Estadual do pico do Itambé, como rio Vermelho, que se encontrando com os rios Turvo Grande e Cocais, no município de Paulistas, recebe o nome de rio Suaçui Grande (IGAM, 2012) O rio Suaçuí Grande mantém regime perene, sendo que no inverno (menos chuvoso) se observa o menor volume de água e no verão (mais chuvoso) maior, sendo essa variação em função ao clima da região. As maiores vazões ocorrem a partir do mês de novembro, atingindo o pico no mês de janeiro (201,2 m³/s) (IGAM, 2010). A bacia do rio Suaçuí Grande desenvolve-se predominantemente sobre o bioma da Mata Atlântica, sendo que se destaca o ecossistema da Floresta Estacional Semi-Decidual. No entanto, devido aos efeitos antrópicos, a maior parte da área total da UPGRH DO4 é hoje ocupada pela pecuária. Verifica-se que cerca de 67% da cobertura do solo é pastagem. O trabalho foi estruturado em duas etapas: consolidação de bases de dados geográficos e realização de operações de geoprocessamento para determinação de 7 parâmetros e índices morfométricos. Foram obtidas bases de dados em formato vetorial e matricial nos portais do SNIR (Sistema Nacional de Informações de Recursos Hídricos) (ANA, 2012) e Embrapa Monitoramento por Satélite (EMBRAPA, 2012). Bases vetoriais são aquelas em que as entidades físicas dispostas na superfície da terra são representadas por elementos de geometria simples, como pontos linhas e polígonos. Enquanto as matriciais, ou raster, compreendem representações destas mesmas feições formadas por pequenas unidades digitais (pixels) que em conjunto formam as entidades em questão (BARROS, 2003) As bases vetoriais utilizadas foram: rede hidrográfica nacional (feição vetorial linear) e Ottobacias (feições poligonais representativas de bacias hidrográficas). Para a base matricial (raster) foram utilizadas cenas do modelo digital de elevação SRTM do estado de Minas Gerais, a saber: SE-23-X-D, SE-23-Z-B, SE-23-VC e SE-23-Y-A. O modelo digital de elevação (MDE) SRTM (Shuttle Radar Topographic Mission) foi produzido originalmente através de imageamento por radar SAR (Radar de Abertura Sintética) de cerca de 80% da superfície da terra no ano de 2000, pelo ônibus espacial Endevour (SANTOS, 2006). Todas as bases em formato vetorial ou raster foram geoprocessadas utilizando as projeções esférica GCS (Sistema de Coordenadas Geográficas) e plana UTM (Universal Transversal Mercator), ambas em DATUM SAD-69 por convenção. A manipulação das bases de dados e a determinação dos índices e parâmetros morfométricos foram realizadas utilizando o sistema de informações geográficas (SIG) ArcGIS 10 (ESRI, 2012). O ArcGIS 10 é um sistema de informações geográficas desenvolvido pela empresa ESRI, que permite manipular, produzir mapas e realizar inúmeras operações de geoprocessamento com aplicações em variadas áreas do conhecimento (ESRI, 2012). A determinação dos índices e parâmetros seguiu aos procedimentos operacionais descritos em CRUZ (2010), cujas ferramentas de geoprocessamento utilizadas encomtram-se compiladas na tabela 01. Tabela 01: ferramentas de geoprocessamento do ArcGIS 10 FERRAMENTA DISSOLVE CLIP EXTRACT BY MASK MOSAIC TO NEW RASTER RECLASS SLOPE TOOLBOX GEOPROCESSING GEOPROCESSING SPATIAL ANALYST TOOLS SPATIAL ANALYST TOOLS SPATIAL ANALYST TOOLS SPATIAL ANALYST TOOLS 8 Os parâmetros e índices empregados na análise morfométrica da bacia do rio Suaçuí Grande foram selecionados com base em vários autores consagrados como Strhaler (1956), Muller (1953), Schumm (1956) e Horton (1945), Villela e Mattos (1975) e gerados em ambiente SIG. Coeficiente de Compacidade Segundo Villela e Mattos (1975) o coeficiente de compacidade compreende a relação entre a área da bacia e área de um círculo igual a da bacia. Este coeficiente não possui dimensão ou unidade de medida e varia de acordo com a forma da bacia, independente do tamanho desta. Um coeficiente mínimo indica que a bacia se aproxima de um formato circular. Um índice superior a 1 indica uma bacia de formato mais alongado. O coeficiente de compacidade pode ser determinado através da equação: (Eq. 1) Kc = coeficiente de compacidade P = perímetro (km) A = área da bacia (km²) Índice de circularidade O índice de circularidade tende para a unidade à medida que a bacia se aproxima do formato circular e declina à medida que a forma se torna mais alongada. Tal índice, proposto por Müller (1953) é obtido pela seguinte equação: (Eq. 2) = índice de circularidade A = área de drenagem (km²) = perímetro (km) Densidade de drenagem A densidade de drenagem, definida por Horton (1945) faz a relação entre o 9 comprimento total da drenagem e a área da bacia. Seu estudo indica a eficácia da drenagem da bacia. Para determinação de tal índice utiliza-se a equação abaixo: (Eq. 3) Dd = densidade de drenagem (km/km²) = comprimento total da drenagem (km) A = área da bacia (km²) Densidade hidrográfica A densidade hidrográfica consiste na relação entre o número de canais e área total da bacia. Segundo Freitas (1952) apud Alves e Castro (2003) esse parâmetro indica o potencial hídrico de uma dada região, pois expressa o número de canais existente por cada quilômetro quadrado da bacia hidrográfica. A equação que expressa tal resultado é: (Eq. 4) = Densidade hidrográfica = número de canais A = área da bacia (km²) Índice de rugosidade O índice de rugosidade, de acordo com Castro e Carvalho (2009), combina o comprimento das vertentes com a densidade de drenagem, expressando-se como número adimensional que resulta do produto entre a amplitude altimétrica e a densidade de drenagem. Expressa pela equação: (Eq. 5) = Índice de rugosidade ∆a = amplitude altimétrica (m) Dd = densidade de drenagem (m²) 10 Coeficiente de manutenção O Coeficiente de Manutenção representa o oposto da densidade de drenagem. Ele indica a área mínima necessária para a manutenção de um metro de canal de escoamento permanente (SCHUMM, 1956). Expresso pela equação: (Eq. 6) = Coeficiente de manutenção (m/m²) Dd = densidade de drenagem (m²) Hierarquização hidrográfica Conforme dito anteriormente existem diversas formas de ordenamento dos canais fluviais. Utilizou-se neste trabalho o método de hierarquização apresentado por Strahler (1952) apud Cherem (2008). Declividade e mapa clinográfico As classes de declividade da bacia foram agrupadas em seis intervalos distintos, sugeridos pela Embrapa (1979), conforme mostrados na tabela 02 e sua distribuição espacial evidenciada pela reclassificação do modelo digital de terreno (MDT) da bacia. Tabela 02: Classificação da declividade segundo a Embrapa (1979) CLASSES DE RELEVO Plano INTERVALO (%) 0 -3 Suavemente ondulado Ondulado Fortemente ondulado 3-8 8 - 20 20 - 45 Montanhoso Fortemente montanhoso 45 - 75 > 75 Amplitude Altimétrica e mapa hipsométrico Este método proposto por Strhaler (1956) corresponde à diferença altimétrica entre a altitude máxima e a altitude mínima. Tal parâmetro indica o desnível médio do 11 terreno da bacia hidrográfica. A amplitude altimétrica foi determinado pela equação 2: (Eq. 2) ∆a = amplitude altimétrica. (m) = altitude máxima. = altitude mínima. Para elaboração do mapa hipsométrico (mapa da distribuição das altitudes) a área da bacia foi dividida em 5 classes, de intervalos iguais, conforme tabela 03 abaixo. Tabela 03: Classes hipsométricas da bacia hidrográfica do rio Suaçuí Grande ALTITUDE (m) INTERVALO 161 457,3 753,6 1049,9 1346,2 457,2 753,5 1049,8 1346,1 1642 CLASSES 1 2 3 4 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados da análise morfométrica realizada encontram-se compilados nas tabelas 04 e 05. Tabela 04: Índices morfométricos da bacia do rio Suaçuí Grande. ÍNDICES RESULTADOS Área Perímetro 10376,4 Km² 660,522 Km Comprimento total de drenagem 3269,701 Km Altitude máxima 1642 m Altitude mínima 161 m 12 Tabela 05: Parâmetros morfométricos da bacia do rio Suaçuí Grande PARÂMETROS RESULTADOS Coeficiente de compacidade 1,815607492 Índice de circularidade 0,298956092 Densidade de drenagem 0,315109 km/km² Densidade hidrográfica 0,0465 canais/km² Índice de rugosidade 47 Coeficiente de manutenção 3173,500384 m²/m Amplitude Altimétrica 1481m A área de drenagem da bacia, reportada, foi de 10.376,4 km² e seu perímetro de 660,522 km. Pode-se inferir que a bacia trata-se de uma unidade de grande porte, considerando sua dimensão relativa à área da bacia do rio Doce (86.715 Km2), em que está inserida, levando-a a apresentar significativa importância no contexto geomorfológico e hidrológico da bacia principal, podendo até mesmo contribuir com os eventos de cheias e aporte de sedimentos, desta última (IGAM, 2007). Outro fator marcante com relação à área da bacia do rio Suaçuí Grande referese à disparidade entre o valor determinado e o informado pela UPGRH-DO4. Segundo os critérios de IGAM (2007) a referida bacia apresenta área total de 12.413 km². Tal discrepância decorre do fato de que a unidade DO4, para efeitos de gerenciamento de recursos hídricos em Minas Gerais, incorpora não somente a malha hidrográfica efetivamente presente na bacia do rio Suaçui Grande, mas também corpos d’água que estão além do perímetro da bacia e que não contribuem diretamente para sua disponibilidade hídrica, como é o caso da sub-bacia do rio Suaçui pequeno cujo exutório encontra-se no próprio rio Doce, mas que apesar disto encontra-se situado na UPGRH D04. O coeficiente de compacidade apresenta valor de 1,8156; demonstrando que a bacia não possui formato circular e sim uma tendência para uma forma mais alongada. Logo, não possuindo a princípio uma significativa susceptibilidade a eventos de cheias e enchentes assumindo este fator de forma isolada. Contudo, deve-se considerar que as mudanças no uso/ocupação do solo da bacia decorrentes da ação humana podem alterar este panorama podendo gerar uma maior fragilidade a estes eventos, não evidenciada pelo parâmetro em questão, modulando-os e tornando sua ocorrência uma realidade na do rio Suaçui Grande, e no próprio rio Doce, em decorrência, notadamente de condições excepcionais de eventos extremos de precipitação. IGAM (2007) corrobora tal constatação ao afirmar que no histórico de cheias do 13 Doce que a região da bacia do rio Suaçuí Grande foi mais atingida pelas cheias que ocorreram em fevereiro de 1979, devido a grande ocorrência de precipitações acima da média no mês de janeiro e intensas chuvas no mês seguinte do mesmo ano. Tal fato é ainda reforçado pelo índice de circularidade, que resultou em um valor de 0,2989. Segundo Schumm (1956), de acordo com o valor reportado do Ic, as bacias podem ser caracterizadas da seguinte forma: 1. Ic = 0,51 possuem escoamento superficial moderado e pequena probabilidade de cheias rápidas; 2. Ic > 0,51 demonstra uma bacia circular favorecendo os processos de inundação; 3. Ic < 0,51 bacia mais alongada favorecendo o escoamento superficial. No caso da bacia do Suaçuí a ocorrência de enchentes e enxurradas podem se tornar mais frequentes, sobretudo, na estação mais quente (verão), quando os índices pluviométricos são maiores. O trabalho de Ferreira et. al (2010) ratifica a hipótese mencionada, pois segundo o autor na bacia hidrográfica do Açude Cachoeira II, no município de Serra Talhada – PE foram encontrados índice de circularidade de 0,37 e coeficiente de compacidade igual a 1,63. Constatou-se assim que, apesar da bacia apresentar ramificações significativas, devido sua forma alongada ela possui menor risco de cheias durante os eventos normais de precipitação. A densidade de drenagem estimada para a bacia do rio Suaçui Grande é de 0,3151 Km/Km². De acordo com Villela e Mattos (1975), este índice pode variar de 0,5 km/km² em bacias com drenagem pobre a 3,5 ou mais nas bacias bem drenadas. O índice encontrado indica que a bacia em estudo possui baixíssima capacidade de drenagem, o que levaria a uma concentração do escoamento superficial na bacia com aumento da probabilidade de ocorrência de enchentes. Resultado semelhante foi encontrado em estudo realizado na bacia do rio Pajeú – PE, onde a densidade de drenagem encontrado foi de 0,753, mostrando que aquela bacia possui baixo desenvolvimento do sistema drenagem. O que, segundo o autor, pode ser associado às características naturais do clima na região, ao regime pluviométrico caracterizado por chuvas de baixa intensidade e pouca concentração de precipitação, além do pequeno comprimento da maioria dos canais (FEITOSA et. al, 2011). Porém, é importante ressaltar que a base de dados vetorial de drenagem utilizada para obtenção do parâmetro foi a disponibilizada pela Agência Nacional de Águas (ANA), cuja escala muitas vezes não permite resultados satisfatórios para estudos de abrangência local ou mesmo regional, em virtude de não representar corpos hídricos de menor ordem. Por este fato, a malha hidrográfica da bacia do rio 14 Suaçuí Grande pode ter sido subestimada e ter tendenciado o baixo valor evidenciado para a densidade de drenagem da bacia. Note-se que o Instituto de Gestão das Águas de Minas (IGAM) disponibiliza uma base estadual vetorial de drenagem em seu portal, porém, esta possui contraditoriamente escala ainda maior que a disponibilizada pela ANA, o que justifica a escolha da última para análise morfométrica realizada. A mesma problemática da incompatibilidade da base vetorial de drenagem utilizada pode justificar o baixíssimo valor de densidade hidrográfica reportado no estudo (0,0465) e o elevado coeficiente de manutenção (3173500 m²/m), o que indicaria uma carência de cursos d’água na região (menos de 1 por km²), cuja necessidade de área para manutenção de 1 metro de canal perene seria de mais de 3000km² de área na bacia. O índice de rugosidade da bacia apresenta valor de 47, o que é bem significativo, tendo em vista que, segundo Silva (2011), quanto maior for este índice maior é a probabilidade de degradação da bacia. Este é um parâmetro norteador quanto ao uso potencial da terra com relação às suas características para agricultura, pecuária ou florestamento (ROCHA, 1997 apud DEAMO, 2008). Corrobora para o resultado IGAM (2007) e Coelho (2006) ao afirmarem que a bacia do rio Suaçuí Grande apresenta grandes problemas erosivos, levando a crer que as mudanças no uso da terra podem estar atuando, alterando significativamente os processos hidrológicos da bacia, potencializando o escoamento superficial levando a acentuando a propensão a enxurradas e enchentes, por ocasião de eventos extremos de precipitação, conforme já comentado anteriormente. Em análise realizada nas bacias hidrográficas do Córrego Teixeiras, Ribeirão das Rosas e Ribeirão Yung, afluentes do rio Paraíbuna na cidade de Juiz de Fora – MG, verificou-se resultado semelhante, o que levou ao autor concluir que as bacias estudadas possuem suscetibilidade média de degradação (SILVA, 2011). Quanto às classes hipsométricas a sua distribuição espacial na bacia encontrase ilustrada na figura 02 e as representatividades de cada classe estão dispostas na tabela 06. 15 Figura 02: Mapa hipsométrico da bacia do rio Suaçui Grande Tabela 06: Distribuição das classes hipsométricas da bacia do rio Suaçuí Grande ALTITUDE (m) INTERVALO 161 457,3 753,6 1049,9 1346,2 457,2 753,5 1049,8 1346,1 1642 CLASSES % 1 2 3 4 5 32,87 45,20 20,98 0,68 0,27 As classes de maior ocorrência na bacia são as classes 1 e 2, demonstrando que mais de 80% da bacia tem altitude entre 161 e 753 metros. É importante salientar que a relação precipitação e deflúvio é diretamente influenciada pelas altitudes e pela declividade, sobretudo devido ao aumento da velocidade do escoamento superficial, e diminuindo a possibilidade de infiltração (CARDOSO, 2006). A amplitude altimétrica reportou o valor de 1481 m, revelando uma significativa variação de altitudes na bacia, o que em última análise favorece a uma maior energia no processo de escoamento superficial em decorrência deste processo ser modulado pela diferença de potencial entre as áreas mais elevadas e baixas da bacia, o que 16 pode gerar um grande transporte de sedimentos e exportação de nutrientes dos solos de bacias com avançado degradação em função de mudanças no uso da terra. A distribuição espacial das classes de declividade assim como suas respectivas representatividades, encontra-se elucidadas na figura 03 e tabela 08. Figura 03: Mapa clinográfico da bacia do rio Suaçui Grande O resultado dessa análise apresenta elevada correspondência com os dados referentes às altitudes, pois demonstra que mais de 87% da bacia possui relevo ondulado ou fortemente ondulado. Disto decorre que, este fator isoladamente infere uma grande propensão à bacia de forma geral a ocorrência de um rápido escoamento superficial quando da ocorrência principalmente de eventos de precipitação mais intensos, levando a tendência à ocorrência de enxurradas e enchentes na bacia e no próprio rio Doce. Karmann (2009) ratifica o exposto uma vez que segundo o autor em terrenos onde a topografia possui declive mais acentuado a possibilidade de infiltração é menor, enquanto o escoamento superficial é favorecido. x 17 Tabela 07: Distribuição de classes de declividade da bacia hidrográfica do rio Suaçuí Grande CLASSES DE RELEVO INTERVALO % Plano Suavemente ondulado Ondulado Fortemente ondulado Montanhoso Fortemente montanhoso 0 -3 3-8 8 - 20 20 - 45 45 - 75 > 75 4,56 10,37 37,29 45,05 2,65 0,09 A bacia do rio Suaçuí Grande foi classificada como uma unidade fisiográfica de 5ª ordem, após a análise do mapa da malha hidrográfica, seguindo os critérios de Strahler. Isso mostra que o sistema de drenagem é pouco ramificado, já que possui grande área. Na tabela 08 são apresentados os números de canais para cada ordem. Contudo, tal quais os parâmetros densidade de drenagem, densidade hidrográfica e coeficiente de manutenção deve-se considerar as limitações impostas pela base hidrográfica vetorial de drenagem utilizada, o que certamente pode ter subestimado a ordem da bacia. Tabela 08: Hierarquização hidrográfica da bacia do rio Suaçui Grande HIERARQUIZAÇÃO HIDROGRÁFICA ORDEM DO CANAL Nº DE CANAIS 1º 261 2º 106 3º 55 4º 42 5º 19 TOTAL: 483 CONCLUSÃO A bacia do rio Suaçui Grande exerce uma importância relativamente elevada sob o prisma hidrológico, na bacia do rio Doce, por se tratar de uma das suas principais sub-bacias. De forma geral nem todos os índices e parâmetros morfométricos revelaram uma substancial fragilidade a eventos hidrológicos danosos, tais como enchentes e enxurradas, na bacia. Sobretudo, aqueles relativos à forma da bacia e os que estabelecem relações entre a área de drenagem e a sua respectiva malha hidrográfica. Contudo, devem-se considerar as limitações que a carência de uma base 18 vetorial de drenagem apropriada impuseram a análise. Neste sentido, é necessário e desejável que as instituições que possuem a missão de manter e operar sistemas de informações de recursos hídricos realizem exercícios de produção de bases vetoriais de drenagem, dos mananciais de Minas Gerais, em escalas mais detalhadas, e que estas bases sejam disponibilizadas em seus portais de acesso. Pois desta forma, trabalhos posteriores desta natureza poderão ser mais bem apoiados. Com relação à propensão a fragilidade analisada em função do relevo, a unidade apresentou maior tendência à ocorrência de cheias, enchentes e enxurradas; em função de sua pronunciada amplitude altimétrica e níveis de declividades elevados, que confere a bacia uma grande energia no processo de escoamento superficial. Em virtude do fato da água obedecer a leis físicas em seu ciclo natural, estando sujeita aos efeitos das condições de conservação de suas bacias de drenagem, e da bacia do rio Suaçui Grande apresentar níveis elevados de mudanças no uso da terra, que podem potencializar sua fragilidade natural a eventos hidrológicos extremos é necessário que ações de monitoramento do processo de uso/ocupação dos solos, de recuperação de áreas degradadas e conservação ambiental de áreas inalteradas sejam executadas, a fim de mitigar os efeitos destes eventos e reduzir a probabilidade de acirramento desta problemática. Neste sentido, a implementação dos programas e projetos, previstos no plano de bacia do rio Doce, possui caráter estratégico, bastando apenas serem executadas para contribuírem para a mitigação dos efeitos ambientais e sociais que este eventos inferem aos ecossistemas e a população residente nas áreas de risco. REFERÊNCIAS AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS (ANA). Sistema Nacional de Informações de Recursos Hídricos. Disponível em: <http://goo.gl/pumoC>. Acesso em 21 de Julho. 2012. ALVES, J. M. P; CASTRO, P. D. A. Influência de feições geológicas na morfologia da bacia do rio do Tanque (MG) baseada no estudo de parâmetros morfométricos e análise de padrões de lineamentos. Revista Brasileira de Geociências , Vol. 33, 117 – 124, 2003. BARRELLA, W. et al. As relações entre as matas ciliares os rios e os peixes. (2001). In: RODRIGUES, R.R.; LEITÃO FILHO; H.F. (Ed.) Matas ciliares: conservação e recuperação. 2.ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2007. p. 187 – 208. BARROS, S. 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