Cartilha Gripe Suina.indd

Propaganda
Informativo Empresarial
Especial
Gripe Suína
Plano de Contingência
Empresarial
A Gripe Influenza A H1N1
e o Transporte Rodoviário
A gripe que ficou conhecida como gripe suína é causada
por vírus que se transmite de pessoa para pessoa, através
de gotículas e secreções presentes em espirros e tosse, por
exemplo.
Este novo subtipo viral surgiu a partir de uma mutação
e espalhou-se pelo mundo. Ainda não existe um consenso
sobre a gravidade da ameaça, especialmente quanto a sua
taxa de letalidade.
Acredita-se que a mortalidade associada ao novo vírus
seja semelhante à dos demais vírus Influenza, causadores
da chamada gripe sazonal.
Tradicionalmente, as pandemias de gripe começam com
um número pequeno de acometidos e, posteriormente,
surge uma nova e grande onda de casos, em geral alguns
meses depois da primeira, coincidindo com o inverno.
É fato que o vírus se espalhou pelo mundo. No Brasil,
aumentou o número de casos, com algumas mortes e
evidências de transmissão entre pessoas que não viajaram
ao exterior, nem tiveram contato direto com doentes ou
viajantes.
A circulação do vírus é recente e toda a população está
suscetível, pois não há imunidade adquirida previamente.
Ainda não há vacina disponível no mercado para a Influenza
A H1N1.
Frente a esta realidade, a Fetranspor traz à cena
esta discussão e propõe a construção de um Plano de
Contingência para a Influenza A H1N1 em cada sindicato e
empresa do nosso sistema.
O transporte rodoviário e a sua relação
com a saúde da população
O transporte rodoviário de passageiros por ônibus
tem íntima relação com a população e pode sofrer com a
ocorrência de pandemias por diversas razões:
• O surgimento de uma pandemia dificulta o
desenvolvimento econômico e influencia no resultado
da operação do transporte. Tivemos um exemplo
recente durante a última epidemia de dengue no Rio
de Janeiro, que esgotou os recursos disponíveis nas
redes de saúde, matou centenas de pessoas e causou
dificuldades em diversos setores da economia.
• A operação do sistema de transporte em geral pode ser
afetada em caso de pandemia, já que os trabalhadores
do setor também são possíveis vítimas da doença.
Para minimizar os efeitos adversos da Influenza A H1N1
sobre o nosso segmento, evitando que seja prejudicado o
cumprimento da missão de garantir a mobilidade urbana à
população do Estado, a Fetranspor apresenta os diferentes
campos que devem ser contemplados na estruturação de
plano de contingências.
•••
COMO ATACA A CÉLULA HUMANA:
1. PROTEÍNA HEMAGLUTININA (H), EM FORMA
DE ESPINHO, NA SUPERFÍCIE DO VÍRUS, GRUDA
NUMA CÉLULA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
1
2.VÍRUS É LEVADO PARA DENTRO
DE UMA CÉLULA HOSPEDEIRA
3. LIBERAÇÃO DO RNA DO VÍRUS,
QUE ENTRA O NÚCLEO DA CÉLULA
2
4. RNA CONTROLA MECANISMO DA CÉLULA
HOSPEDEIRA PARA PRODUZIR NOVOS RNAs
E ESPINHOS DA PROTEÍNA DO VÍRUS
3
CONTÁGIO:
TRANSMITIDO COMO UMA GRIPE
COMUM, POR MEIO DE GOTÍCULAS
DA SALIVA OU SECREÇÃO NASAL
4
GOTÍCULAS
DE SALIVA
VÍRUS
INCUBAÇÃO:
SINTOMAS COMEÇAM A APARECER
4 OU 5 DIAS APÓS A INFECÇÃO
SINTOMAS:
FEBRE ALTA
E REPENTINA
TOSSE
IRRITAÇÃO OLHOS
CORIZA
DOR DE CABEÇA
DOR NOS MÚSCULOS
E ARTICULAÇÕES
1º CAMPO:
Informação sobre saúde
Para o conhecimento da Influenza A H1N1, e para a
adoção de medidas preventivas e de controle, é indispensável
um rol de informações estratégicas.
Agente etiológico
Vírus Influenza A H1N1
Transmissão
A transmissão se dá através de gotículas expelidas
principalmente por meio de tosse ou espirros. O contato
com superfícies contaminadas, seguido do contato
com mucosas, é fonte de transmissão. Em situações
especiais, o vírus também pode ser transmitido através
de aerossóis.
Período de incubação
Após o contato com o vírus e antes de desenvolver
sintomas: de um a sete dias (em média 4 dias)
Período de transmissibilidade
Adultos – de um dia antes a sete dias após o início dos
sintomas.
Crianças – de um dia antes a 14 dias após o início dos
sintomas.
Pacientes imunocomprometidos – podem ficar semanas
ou meses eliminando o vírus.
Quadro clínico
Apresenta-se como uma gripe leve a moderada na
grande maioria dos casos, muito similar à gripe comum
(sazonal). Os sintomas incluem febre, anorexia e tosse.
Alguns pacientes apresentam dor de garganta, coriza,
náuseas, dispnéia, vômitos e diarréia.
Um percentual muito pequeno dos casos evolui com
complicações graves, necessitando internação hospitalar.
Tratamento
É necessária atenção médica. Em geral são indicados
sintomáticos, repouso, alimentação balanceada e boa
hidratação, com ingestão de água e sucos. Casos graves
devem receber antivirais específicos, com prescrição médica.
Deve ser evitada a utilização de remédios com ácido acetilsalicílico (AAS).
Medidas gerais de prevenção e controle
de doença respiratória aguda
Orientações do Ministério da Saúde presentes no
Protocolo de Manejo Clínico e Vigilância Epidemiológica da
Influenza – Versão 2
a) Informações gerais
Medidas de prevenção e controle que devem ser
adotadas:
• Higienizar as mãos com água e sabonete antes das
refeições, antes de tocar os olhos, boca e nariz e após
tossir, espirrar ou usar o banheiro;
• Evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com
superfícies;
• Proteger com lenços (preferencialmente descartáveis) a
boca e nariz ao tossir ou espirrar;
• Indivíduos com gripe devem evitar entrar em contato
com outras pessoas suscetíveis;
• Indivíduos com gripe devem evitar aglomerações e
ambientes fechados;
• Manter os ambientes ventilados;
• Indivíduos que sejam casos suspeitos ou confirmados
devem ficar em repouso, utilizar alimentação
balanceada e aumentar a ingestão de líquidos.
b) Cuidados em casa
• Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos
de uso pessoal.
• Evitar tocar olhos, nariz ou boca.
• Lavar as mãos frequentemente com sabonete e água,
especialmente depois de tossir ou espirrar.
• Manter o ambiente ventilado
• Evitar contato próximo com pessoas.
Na perspectiva de atuação interna no segmento de
transporte coletivo rodoviário de passageiros é fortemente
recomendável:
1. Reforçar as recomendações sobre higiene dos veículos
de transporte coletivo e dos ambientes de trabalho,
com substâncias que tenham potencial para destruir o
vírus Influenza A H1N1.
2. Informar os colaboradores sobre o cenário e suas
eventuais mudanças.
3. Incentivar a boa higiene no local de trabalho, esclarecer
sobre a necessidade de lavar adequadamente as mãos
com água e sabão.
Cartaz disponível para impressão em: http://portal.
saude.gov.br/saude/campanha/cartazh1n1_130709.jpg
•••
2º CAMPO:
Inteligência organizacional
A estruturação de um plano de contingências para
enfrentar ameaça que possa comprometer a saúde dos
colaboradores da empresa e de seus fornecedores é
imprescindível para garantir condições adequadas de
operação em cenários de crise.
Veja algumas ações para evitar o agravamento da
situação:
• Estude e identifique o quadro de colaboradores
e os recursos críticos para a continuidade da
operação, considerando fornecedores, serviços
terceirizados, insumos e logística. Identifique
formas alternativas de continuar com o negócio em
caso de dificuldades.
• Faça exercícios utilizando diferentes impactos, por
exemplo: considerando afastamento do trabalho para
5%, 10%, 20% e 40% dos colaboradores.
• Estude e identifique as adaptações necessárias na rotina
operacional de sua organização, frente à ameaça.
Exemplos: reforçar, junto a prestadores de serviço, as
medidas de higiene dos veículos e ambientes de trabalho
com substâncias capazes de destruir o vírus Influenza.
• Escolha e treine os colaboradores que atuarão
nas medidas de controle, no relacionamento
com autoridades e na orientação, identificação e
atendimento de casos.
• Repense a organização do trabalho, identificando
colaboradores que possam atuar através de
videoconferência ou de recursos de internet ou, ainda,
que possam trabalhar em casa, se for necessário.
• Escolha uma pessoa da empresa para ser responsável
pelo contato com meios de comunicação e
autoridades.
• Treine funcionários para desempenhar todas as tarefas
críticas na ausência de colaboradores doentes.
• Estude e identifique possíveis vulnerabilidades e
desdobramentos jurídicos, identificando e preparando
medidas preventivas junto aos colaboradores,
fornecedores, clientes e, principalmente, junto ao poder
público.
•••
3º CAMPO:
Saúde ocupacional
A possibilidade de um cenário com muitos doentes exige
preparo para o atendimento médico aos colaboradores. Caso
a situação piore, as unidades de saúde do SUS podem sofrer
novo colapso no atendimento, a exemplo do que ocorreu
na última epidemia de dengue. Seguir as orientações do
Ministério da Saúde, para o controle de empregados doentes
e da disseminação do vírus é fundamental.
• Se seus colaboradores costumam se deslocar para
locais onde há maior número de casos, defina uma
política de monitoramento da saúde e atendimento
nas viagens.
• Embora a vacina contra a gripe sazonal não proporcione
proteção contra a gripe A H1N1, é importante que
se incentive e forneça os meios necessários para a
vacinação.
• Estabeleça critérios de avaliação e autorização de
licenças médicas para evitar disseminação dentro da
empresa.
• Faça contato constante com a vigilância epidemiológica
municipal e estadual.
•••
4° CAMPO:
Operacional
Treinamento de funcionários para desempenhar funções
críticas, na ausência dos colaboradores responsáveis.
Avaliação de possíveis empresas fornecedoras de mão-deobra e aposentados que possam retornar ao trabalho, se
necessário.
• Identifique uma pessoa específica para acompanhar
e monitorar as informações dos sites do Ministério
da Saúde e das Secretarias Estadual e Municipal de
Saúde.
• Identifique um coordenador de equipe para
enfrentamento da Gripe A H1N1. Ele deverá desenvolver
um plano de prontidão e divulgar informações sobre a
prevenção.
• Divulgue e estimule medidas preventivas.
• Mantenha os ambientes ventilados e limpos, bem como
os veículos.
• Avalie a tecnologia da informação de sua empresa, para
garantir a obtenção remota de dados e a segurança
das informações.
• Durante a pandemia, reduza o número de reuniões
frente a frente.
• Oriente os colaboradores a evitar contatos sociais em
ambientes de trabalho, tais como beijos, abraços e
apertos de mão.
•••
5° CAMPO:
Comunicação
É fundamental definir um plano de comunicação, para
manter os colaboradores informados sobre a evolução da
Pandemia de Gripe A H1N1, visando também à continuidade
da operação.
• Mantenha os colaboradores e suas famílias bem
informados sobre as medidas preventivas para evitar
a doença.
• Crie um mecanismo de atendimento imediato aos
colaboradores, para evitar situações de medo e
disseminação de informações imprecisas.
• Crie um sistema de comunicação entre a direção e os
responsáveis pelo monitoramento e enfrentamento da
Gripe A H1N1 na organização.
• Mantenha contato com organizações de saúde locais,
regionais, nacionais e internacionais para conhecer
os eventos que podem mostrar a necessidade de
intervenção nas operações de sua empresa.
• Reforce seu sistema de comunicação criando uma rede
que funcione em cenários mais difíceis.
•••
Ministério
da Saúde
Secretaria
de Estado
de Saúde
Secretaria Municipal
de Saúde
6° CAMPO:
Interação social
A gripe atinge e influencia todos os setores e segmentos
econômicos. As soluções para este momento de crise
necessariamente surgirão da interação com outras empresas,
associações, comunidade e poder público.
• Colabore com outras empresas e com o poder público
na prevenção e no enfrentamento da Gripe A H1N1.
• Mantenha contato com a Defesa Civil, Estadual e
Municipal, para garantir o melhor atendimento possível
da comunidade.
• Compartilhe seu plano de contingências e colabore com
o setor público na organização das ações relacionadas
à prevenção.
•••
Fontes
http://www.who.int/csr/disease/swineflu/es/
http://new.paho.org/
http://saude.gov.br
http://www.riocontragripea.rj.gov.br/conteudo/index.asp
http://www.saude.rj.gov.br/
http://www.cve.saude.sp.gov.br
Plano de Contingência Empresarial contra Influenza e para
outras Emergências Médicas – Sistema FIRJAN 2009
Protocolo de Manejo Clínico e Vigilância Epidemiológica da
Influenza – versão II – Julho 2009 – Ministério da Saúde
Autor
Fernando Moreira
Especialista em Medicina de Tráfego.
Consultor Médico do Sistema Fetranspor.
Editoração e produção gráfica
www.ArquimedesEdicoes.com.br
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