EB1/JI de Boucinha 2014/2015 A lenda da Vitória Régia Há

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EB1/JI de Boucinha
2014/2015
A lenda da Vitória Régia
Há muito, muito tempo, numa aldeia índia, acreditavam que a lua era um guerreiro que gostava das meninas bonitas e, às
vezes, levava algumas consigo para o céu, para transformá-las em estrelas. Um dia, uma índia chamada Naiá que vivia na floresta
Amazónia do Brasil, apaixonou-se pela lua e sonhava com o dia em que ela a ia transformar em estrela.
Os índios diziam a Naiá para não pensar nisso porque depois ela não seria mais uma pessoa e passava a ser uma estrela
no céu. Mas para Naiá a lua era um guerreiro e ela queria encontrar-se com ele. À noite, subia às montanhas, descia, subia às
árvores, descia para apanhar a lua. A índia Naiá não comia, não bebia, nem dormia sempre à espera que a lua a transformasse
em estrela.
Numa noite de lua cheia, em que o luar estava muito bonito, a Naiá viu o reflexo da lua na água e pensou que ela tinha
vindo ter com ela. Saltou para a água pensando que estava finalmente a ir ter com a lua, mas era um reflexo no lago e Naiá
quando queria voltar, como não sabia nadar morreu afogada.
A lua, ao ver o que se passou resolveu transformar a menina numa estrela diferente das do céu, uma estrela da água e
nasceu no lago uma flor Vitória Régia. Assim, Naiá nasceu outra vez em forma da flor, um nenúfar Vitória Régia.
Estas flores só abrem de noite quando a lua aparece no céu.
EB1/JI de Boucinha
2014/2015
Lenda do Negrinho do Pastoreio
O Negrinho do Pastoreio é uma lenda popular do sul do Brasil que tem a ver com o tempo da escravidão. É uma lenda meio cristã de origem
africana.
Nos tempos da escravidão (anteriores a 13 de maio de 1888, data em que a princesa Isabel filha de D. Pedro II assinou a Lei Áurea que punha fim
à escravatura), existiam muitos fazendeiros com escravos negros de todas as idades.
Existia um fazendeiro muito mau que um dia mandou um escravo criança à procura dos seus cavalos e dos novos potros. O menino voltou, mas
faltava um cavalo. O fazendeiro com a sua maldade chicoteou o escravo fazendo sangue e mandou o menino de volta até encontrar o seu cavalo,
mas no fim da busca o menino voltou novamente sem o cavalo.
A maldade do fazendeiro foi tão grande que ele voltou a chicotear e, desta feita a prender o menino num formigueiro, deixando-o assim toda a
noite.
Na manhã seguinte, houve um grande milagre! A Virgem Maria estava junto ao menino, assim como o cavalo desaparecido!
O fazendeiro ficou horrorizado e pediu perdão ao menino. Este não disse nada, beijou as mãos de Nossa Senhora, montou no cavalo e partiu.
Moral: Todos somos iguais, qualquer que seja a raça e temos o direito à liberdade.
Curiosidade: Dizem que quando perdemos um objeto devemos fazer uma oração ao Negrinho do Pastoreio e ele encarregar-se-á de nos mostrar
onde o objeto está.
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