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ANÁLISE DO AMBIENTE FÍSICO
2008/2009
Dinâmica do Ambiente Glaciário
Condições Naturais
vs
Condições Antrópicas
Discentes:
Cristiana Aleixo Nº 37138
Ilda Carvalho Nº 36483
Luís Baêna Nº 36821
ÍNDICE
1. ENQUADRAMENTO…………………………………………………………………............3
2. OS GLACIARES…………………………………...………………………………………...4
3. DINÂMICA DO AMBIENTE GLACIÁRIO…………….………………………..…...…………10
4. O FUTURO DOS GLACIARES………………………..………….…………….…………….15
5. ANÁLISE
SWOT
APLICADA
AO
AMBIENTE
GLACIÁRIO…………………………………………………………………………..20
6. CONCLUSÃO…………………………………………..…………………………………..21
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS………………………………………...…………………22
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1. Enquadramento:
O interesse pelo tema deste trabalho “Dinâmica do Ambiente Glaciário: condições
naturais vs condições antrópicas” surgiu pelo facto de ter um papel preponderante na actualidade,
uma vez que diz respeito ao futuro do planeta. Devido há grande visibilidade que os media
atribuem a este tema nas últimas duas décadas, demonstrámos o interesse em aprofundar o nosso
conhecimento sobre o assunto, através da procura e confrontação de novos estudos sobre a
Dinâmica do Ambiente Glaciário.
Este trabalho procura responder a algumas das nossas dúvidas, pretendendo-se que
responda às seguintes questões:

Seremos nós Humanos ou será a natureza que está a destruir os glaciares?

Quais as condições que mais influenciam o degelo glaciário?

Quais as regiões com maior perda de gelo?
O trabalho será organizado em cinco partes. No ponto 1 fazer-se-á um enquadramento do
trabalho, apresentando as razões da escolha do tema, as questões de partida e a estrutura do
trabalho. Na parte 2 será apresentada uma síntese sobre os glaciares, isto é, a localização destes
no Planeta, como se formam, qual a sua constituições (plural) e quais os tipos de glaciares
existentes. No ponto 3 irá ser abordada a dinâmica dos glaciares onde se incluirá (singular)os
ciclos de Milankovitch e as flutuações climáticas nos últimos 120 mil anos. No ponto 4
descrever-se-á o futuro dos glaciares, ou seja, quais as condições possíveis que os podem alterar e
quais as consequências destes em diversos campos. No ponto 5 iremos fazer uma análise SWOT
ao Ambiente Glaciário no global analisando quais os seus pontos fortes e fracos e que
oportunidades ou ameaças pode trazer ao nosso Planeta.
Atenção ao português
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2. Os Glaciares:
Os glaciares são grandes e espessas massas de gelo com origem na acumulação de neve,
que depois de compacta se transforma em gelo. A massa de gelo movimenta-se lentamente, desde
a área onde a acumulação de neve é superior até uma área onde predomina a ablação, provocando
erosão e sedimentação glaciária. Estas massas de gelo podem alargar ou contrair dependendo de
condições climáticas, nomeadamentea temperatura ou a queda de neve.
Os glaciares não estão restritos às zonas polares da Antárctida e do Árctico, mas também
podem ser vistos longe dos pólos, nomeadamente, em áreas montanhosas onde a altitude é
suficiente para a sua formação.
2.1 Localização dos Glaciares no Planeta:
2.1.1 Em latitude
Em latitudes elevadas encontramos glaciares na Antárctida, Gronelândia, Canadá, na
Europa do Norte e na Islândia.
2.1.2 Em altitude
Os glaciares alpinos encontram-se nos Andes, nas Montanhas Rochosas, no Alasca, Nova
Zelândia, nos Himalaias e noutras cadeias montanhosas da Ásia Central, nos Alpes, no
Kilimanjaro e em outros locais.
2.2 Formação, constituição e tipos de Glaciares:
Para que um glaciar se forme são necessárias condições climáticas extremas e constantes
que se prolongam por longos períodos de tempo. É essencial que estes glaciares se localizem ou
em altas latitudes, como a Gronelândia ou Antárctida, ou em altas altitudes e que sejam capazes
de manter a temperatura abaixo do limite de congelação. É possível encontrarem-se glaciares
perto do equador ou em zonas temperadas, desde que haja altitude. suficiente para a temperatura
descer abaixo do limite de congelação, dando origem a glaciares de montanha.
Outra condição de grande importância é a sua manutenção. Durante o Inverno, tem de
nevar mais do que no período de Verão onde se dá a fusão do gelo, assim a reposição do gelo
manterá o glaciar vivo e activo.
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Um glaciar não é um bloco de gelo inerte, este possui movimentos, impulsionados pela
existência de água entre a superfície da rocha nua e o próprio glaciar.
Há dois métodos ????mais comuns e cientificamente aceites para a formação de água sob
os glaciares. O primeiro refere-se à fricção? causada pela imensa pressão do glaciar em contacto
com a rocha nua dando origem à fricção? que, por sua vez, dá origem a minúsculas partículas de
água, este pequeno lençol que se cria é como se fosse um tapete rolante que se dirige ao mar, no
caso de Inlandsis, ou dirige-se vertente abaixo, no caso dos Glaciares Alpinos.
O segundo método refere-se à criação de lagos glaciários, no Verão, que se infiltram no
glaciar por fendas, aí acumula-se num lago sub-glaciário exercendo pressões o que obriga o
levantamento do glaciar e consequente alargamento desse mesmo lago sub-glaciário, uma vez
que o lago esteja em contacto com a rocha nua este desloca-se vertente a baixo ou desloca-se pela
pressão causada pelo glaciar, só parando no Oceano.
Grande parte da população mundial tem um pensamento errado sobre como os glaciares
são constituídos. Podem pensar que são feitos de gelo sólido, cristalino e quebradiço, mas nada
mais podia estar afastado da realidade. Actualmente sabe-se que os glaciares são constituídos por
gelo, água, bolhas de oxigénio, poeiras e blocos de rocha angulosos que se encontram no seu
interior e dióxido de carbono, actualmente usado para fazer datações da idade dos glaciares e
estudos sobre o clima de outras eras.
Estas poeiras e blocos angulosos que se podem encontrar dentro dos glaciares vêm do
efeito abrasivo, ou seja, o movimento de um glaciar, que exerce uma força incalculável, que ao
arrastar-se pela rocha sã vai erodindo-a, acabando por arrancar e arrastar blocos e poeiras da
rocha sã. Por fim estas rochas e poeiras seguem o movimento até a zona de deposição do glaciar.
Atenção ao uso das maiúsculas
Tipos de Glaciares (segundo a forma)
 Glaciação Regional: Inlandsis
Os inlandsis mais conhecidos e sobreviventes das últimas glaciações são a Antárctida e a
Gronelândia.
Os Inlandsis são vastos territórios continentais cobertos por uma camada de neve e gelo
com mais de 50 000km2, que se podem encontrar nas altas latitudes onde há menos radiação solar
directa e menor temperatura e queda de neve.
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No último máximo mlaciar, o Canadá, o norte dos Estados Unidos da América e da
Europa, tal como a extremidade meridional da América do Sul estiveram cobertos por vastas
extensões de gelo e neve, verdadeiros inlandsis.
Os mantos de gelo inferiores a 50 000km2 são considerados calotes de gelo.
Os Inlandsis fazem fronteira com o oceano. Essas fronteiras podem ser paredes maciças
de gelo, ou são locais de deposição glaciária. Essas paredes maciças são erodidas na base e estão
cheias de fendas, causadas pela fusão estival. Com a pressão exercida as fendas expandem-se e
acabam por fazer com que uma parte do inlandsis colapse, e fique à deriva no Oceano, onde pode
manter-se “vivo” por vários meses até atingir correntes que os desloquem até partes do Oceano
mais quentes.
 Glaciares de Montanha, ou Alpinos
Estes glaciares são formados em altitude e não precisam de estar em latitudes altas como
os Inlandsis.
Os glaciares de montanha ou alpinos por norma são confinados pelo relevo local, ou seja,
estão confinados aos vales das montanhas.
Os glaciares com capacidade de cobrir uma cordilheira já não são considerados Alpino,
mas sim calotes.
Este tipo de glaciares é fonte de água potável para milhões de habitantes que os rodeiam,
especialmente na Ásia. O degelo dos glaciares alpinos fornece água aos rios durante os meses
mais quentes da estação quente ou na Primavera, por exemplo, o glaciar Gangotri, na Índia, é a
principal fonte de água do rio Ganges que abastece mais de 1.500 milhões de pessoas.
O(singular) degelo dos glaciares de montanha são(plural) importantes para o apoio à agricultura e
indústria, para a produção hidroeléctrica, para o abastecimento da água doméstica, etc. Se estes
glaciares desaparecerem, os indivíduos afectados pelo degelo destes, sofrerão com a falta de água
nas estações mais quentes. Estes glaciares são reguladores de caudais de inúmeros rios, pois é no
Verão, com a fusão do gelo, que o caudal aumenta, mas no Inverno com a redução da
temperatura estes caudais voltam a reduzir pois o gelo tende a recongelar. Mas esta alteração no
caudal dos rios não é o único impacto no meio que o rodeia.
Como glaciar???, este também tem movimentos que exercem forças tremendas
provocando erosão não só na rocha de base, como também das suas vertentes, pode-se observar
este facto nos sedimentos transportados pelas moreias e depositados na zona de ablação do
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glaciar, ou em antigas moreias que simplesmente derreteram antes de chegar à zona de deposição,
largando assim os sedimentos que transportava (blocos erráticos).
As rochas que não se soltam??? e seguem??? o movimento dos glaciares acabam por
sofrer também erosão e deixam marcas da passagem do glaciar, temos o exemplo de vestígios de
pequena e média dimensão como as estrias, “farturas”, vestígios de forma em “P”, rochas
aborregadas, dorsos de baleia, drumlins e canais; e de grande dimensão temos os fiordes e circos
glaciários. Há circos e fjords pequenos.
 Glaciares Marinhos
Os glaciares marinhos são uma secção terminal de um glaciar no Oceano que dá origem a
um corpo de gelo flutuante que se chama plataforma de gelo. Estas plataformas podem chegar a
ter 30 metros acima do nível médio das águas do mar e constituir 7% de todo o inlandsis como na
Antártida.
A plataforma de gelo marinho é criada a partir da perda de densidade da superfície gelada,
da perda de capacidade de acumulação de neve e da congelação da superfície do Oceano.
Qualquer movimento ou deformação que esta possua deve-se estritamente ao peso do gelo e da
sua pressão exercida sob o fundo da plataforma. Estas formas só podem existir em zonas onde a
haja temperaturas negativas extremas ao ponto de poder congelar a superfície do Oceano.
Após a deriva e perda de massa das plataformas de gelo, estas podem ir ter à costa de uma
ilha, ao “encalhar” nessas costas dando origem ao Ice rise.
Tipos de glaciares consoante o tamanho
Os mantos de gelo são massas de gelo de grande dimensão que não são afectadas pela
paisagem e estendem-se pela superfície. Localizam-se em altas latitudes e actualmente
corresponde à Antárctica e à Groenlândia.
A calote de gelo consiste em enormes coberturas de gelo localizadas numa cordilheira ou
num vulcão, portanto em altas altitudes.
Os glaciares de planalto são semelhantes às calotes de gelo, mas de menor tamanho.
Localizam-se em elevadas altitudes e em planaltos e não são restringidos pelo relevo.
Os glaciares de descarga são glaciares de vale, logo de baixa altitude, que se formam pelo
movimento do gelo de uma calote desde as regiões montanhosas até ao mar. estes glaciares são
de curta dimensão.onde ocorrem??
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Os glaciares alpinos caracterizam-se por ter uma elevada acumulação de neve e
velocidade. Estes incluem os glaciares menores que estam confinados nos vales das montanhas.
Os glaciares de sopé centram-se em terras de baixa altitude e amplas na base das
montanhas escarpadas. Estes glaciares formam-se quando um ou mais glaciares alpinos surgem
das paredes de confinamento dos vales de montanhas que coalescem numa língua gigante.
Não há bibliografia?????
Tipo de glaciares segundo a morfologia
Restringidos pela topografia
Os campos de gelo diferem das calotes por não possuírem uma forma em doma e o seu
movimento ser influenciado pela topografia..
Quando o gelo desliza de um campo de gelo ou de um circo glaciar e preenche um vale de
rocha sã cria um vale glaciário. Estes vales têm um só ramo ou tem forma dendítrica (em rede)
como o sistema fluvial e é fortemente influenciado pela litologia e estrutura da rocha (bedrock).
A característica mais distinta destes vales é a presença de gelo nos declives acentuados das
vertentes, sendo de grande importância para a acumulação de neve e gelo através de avalanches.
Os glaciares transection(em português) situam-se nas montanhas com relevo demasiado
dissecado. Para suportar um campo de gelo tende a evacua-lo de modo muito eficiente dando
origem a formas em forma de doma. O gelo movimenta-se montanha a baixo em várias direcções
dando origem a uma rede, e no fim todos os ramos acabam por confluir num só. Não
necessariamente
O glaciar de circo. Não. Tem uma forma em anfiteatro, que serve de acumulador de neve
e gelo. O gelo está confinado pelas vertentes do circo que o rodeiam, com excepção de uma
dessas vertentes que entrou em colapso.
O glaciar de sopé forma-se quando o glaciar do vale glaciário atinge terras mais baixas,
após ter percorrido vastas áreas de rocha sã.
O glaciar de nicho corresponde ao corpo do glaciar que é controlado por um nicho ou por
uma bancada de rocha dura numa montanha ou vale. Este difere do ice apron não só pelo nicho
possuir mais gelo e neve como também pelos movimentos internos e movimentos de basal.
O Glaciaret corresponde a finas camadas de gelo que ocupam depressões ou áreas menos
declivosas, estas tem origem nas avalanches e deriva da neve.O que é isto??
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O Ice apron são massas de gelo mais pequenas, isto é, finas camadas de gelo onde a
acumulação de neve adere às montanhas.
A fímbria de gelo são semelhantes ao Ice apron, mas diferenciam-se por ocupar pequenas
depressões ao longo da vertente das montanhas.
Não restringido pela topografia
O doma de gelo é um vasto campo de gelo, largo e simétrico em altura e comprimento, o
relevo sob este doma pode ser de elevada altitude (Antárctida) ou de baixa altitude
(Escandinávia). A espessura do gelo pode facilmente ultrapassar os três mil metros, no entanto
sob a doma a espessura do gelo não passa de algumas centenas de metros.
Os Ice stream e glaciares outlet são glaciares que se movem muito rapidamente
canalizando todo o gelo que vem do interior das calotes de gelo e dos campos de gelo. São ambos
muito semelhantes, sendo apenas diferenciados por o glaciar outlet estar limitado ao contacto
directo com a rocha sã nas margens das calotes ou dos campos de gelo, enquanto o ice stream é
rodeado por gelo que se movimenta a uma velocidade reduzida. Por vezes é comum um glaciar
possuir ambas as características como é sucede na Antárctida (Rutford ice stream). O ice stream
pode ser diferenciado do resto do gelo através das crevasses que se criam ao longo da margem de
gelo polido. Ambos costumam localizar-se nas depressões da “cama” glaciária, e é esta “cama”
glaciária que vai gerar as morfologias únicas destas formas ao condicionar os seus mecanismos
de fluidez, devido à água pressurizada que se encontra no fundo da calote ou do campo de gelo.
Esta água pressurizada irá fazer com que os ice streams e outlets se movimentem mais
rapidamente ou mais lentamente. É esta água que acelera os movimentos dos glaciares em
direcção ao Oceano e é a grande impulsionadora para a criação de icebergues.
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3. Dinâmica do Ambiente Glaciário
3.1 Ciclos de Milankovitch
São várias as causas naturais internas e externas que podem influenciar a dinâmica do
Ambiente Glaciário. Neste trabalho iremos-nos focar nas variações na órbita terrestre, explicadas
pela teoria de Milankovitch.
Muitas foram as teorias que tentaram explicar a formação e a manutenção das épocas
glaciárias e depois o seu desaparecimento com períodos interglaciários, mas a teoria mais
verosímil são os ciclos de Milankovitch.
Estes ciclos são caracterizados por três parâmetros orbitais: a excentricidade da órbita da
Terra em torno do Sol, a obliquidade do eixo da Terra e a sua precessão.
A Terra tem um movimento de translação em volta do Sol com um período de 365 dias, e
é este movimento que define a excentricidade. No seu movimento anual aparente em torno do Sol
a Terra descreve uma elipse onde o Sol ocupa um dos focos, variando a distância da Terra ao Sol.
Devido à excentricidade da elipse, no periélio, que ocorre a 3 de Janeiro, a Terra encontra-se mais
próxima do Sol, em que a excentricidade é maior e quase regular; no afélio, que ocorre a 4 de
Julho, a Terra está numa posição mais afastada, em que a excentricidade é menor numa órbita
quase circular. A excentricidade varia cerca de 1 a 5% em ciclos de 97000 anos. “Actualmente, a
trajectória tem uma excentricidade pequena o que há muitos milhares de anos não acontecia.”
(Peixoto, 1987)
O eixo de rotação da Terra apresenta uma certa inclinação em relação à eclíptica e é esta
inclinação que caracteriza a obliquidade eclíptica. O ângulo que a eclíptica faz com o plano de
movimento de translação pode variar entre os 21º59’ e os 24º36’, num ciclo de 40 400 anos.
Devido a esta inclinação, há uma região da Terra mais exposta aos raios solares directos, mas que
varia ao longo do ano, afectando assim a distribuição de calor à superfície. As estações do ano
são determinadas pela inclinação do eixo da Terra sobre a eclíptica, porque a região do globo
exposta à radiação solar directa varia durante do ano. Logo quando um dos eixos aponta para o
Sol é Verão no hemisfério correspondente (fica uma área maior deste hemisfério exposta à
radiação solar e a incidência desta é menor). Verifica-se o Inverno no hemisfério do pólo oposto
ao Sol (a área exposta aos raios solares é menor e o ângulo de incidência maior).
O eixo da Terra está animado de um movimento de rotação, em sentido retrógrado em
torno da vertical da eclíptica. Durante a rotação a Terra oscila ligeiramente no seu eixo de rotação
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em ciclos de 21000 anos e a este movimento chama-se movimento de precessão, porque faz com
que os equinócios se vão antecipando, muito lentamente, de ano para ano. “O solstício de Verão
do hemisfério Norte ocorre na mesma data de 21000 em 21000 anos” (Miranda 2001)
Cada uma destas oscilações faz variar o ciclo anual da radiação solar. No entanto, não se
pode mudar apenas um dos parâmetros orbitais e manter os outros dois fixos. Variam todos ao
mesmo tempo mas com períodos muito diferentes.
Os três factores astronómicos designados por ciclos de Milankovitch são suficientes para
explicar a formação das idades do gelo e as suas alternâncias pela influência que tinham as suas
variações na quantidade de radiação solar que incidia no topo da atmosfera nas várias estações
em épocas passadas (Peixoto, 1987).
No entanto esta apenas pode explicar flutuações climáticas em períodos de dezenas a
centenas de milhares de anos, tendo que recorrer-se a outros factores para explicar variações
mais rápidas e mais lentas. (Miranda, 2003).
3.2 Flutuações climáticas nos últimos 120 mil anos:
O clima da Terra tem alternado entre períodos glaciários e interglaciários com intervalos
de 100 000 anos entre as glaciações e os últimos 120 mil anos não tem sido excepção.
A existência de vales glaciários em U e de moreias indicam que o clima teria sido muito mais frio
em épocas passadas. A temperatura do ar poderia ter valores inferiores aos actuais na ordem de
5ºC ou mais, com formação de gelo e o nível médio do mar seria mais baixo.
O
último
e
actual período interglaciário é o Holocénico. E para conseguirmos mostrar que os períodos
interglaciários correspondem a épocas de grande instabilidade climática iremos abordar o
penúltimo período quente do nosso planeta, o interglaciário Emiano, um pouco mais quente que o
actual e a último período glaciário, o Würm.
O período interglaciário Emiano, segundo a datação mais utilizada, começou há 130 mil
anos ou 130 ka. Estudos realizados a “antigas cabeças de coral branco e vermelho”, nas Bahamas,
comprovam um clima mais quente do que o actual, e em que o nível do mar subiu, o que significa
que muita da água que se encontra nos glaciares da Gronelândia estava nos oceanos. A
concentração de glaciares centrava-se na Antárctida e na Gronelândia.
O aumento do aquecimento global, no Emiano, devia-se às “alterações no eixo de rotação
da Terra e no seu trajecto em redor do Sol” (Appenzeller, 2007).Não está na bibliografia
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Como as temperaturas eram muito elevadas (cerca de 8ºC mais altas), as florestas
acabaram por ocupar todas as regiões da Terra, o que originou uma diminuição de gases de efeito
de estufa. Contudo, esta diminuição na concentração de gases levou a um arrefecimento do
planeta, dando origem ao Último Período Glaciário há 18 ka. Neste período os gelos cobriam
grande parte do Norte da Europa e Continente Americano no Hemisfério Norte. As camadas de
gelo atingiam espessuras da ordem dos 1500 m e + e estendiam-se até latitudes da ordem dos 40º.
No entanto durante este período glaciário ocorreram diversas flutuações, explicadas pelos
eventos Heinrich e Dansgaard-Oeschger.
3.2.1 Heinrich Events
No Último Período Glaciário foram observados seis episódios identificados como eventos
Heinrich, não sendo possível comprovar a sua ocorrência noutras períodos glaciários. Estes
eventos são episódios mais frios, que precedem a eventos de um aquecimento mais rápido,
chamados de eventos Dansgaard-Oeschger, que abordaremos mais adiante.
Estes quais?eventos consistiram na deposição de sedimentos transportados por
icebergues, provenientes de latitudes mais altas, que ao chegarem a latitudes mais baixas e a
águas mais quentes derreteram-se e depositaram os sedimentos no fundo do oceano. Esses
sedimentos depositados no fundo do oceano Atlântico tinham sido arrancados ao substrato
rochoso do Norte da América e da Europa, então cobertos pelos mantos de gelo Laurentino e
Finoescandinavo, respectivamente; mantos que cresceram em demasia, devido a estarmos numa
época bastante fria, que se desequilibraram e fracturaram do manto principal, dando origem a
grandes quantidades de gelo marinho e de icebergues. Este colapso podia estar associado também
à fusão da base do gelo, causada pelo calor do substrato rochoso. Não se crê que estes sedimentos
tenham sido transportados pelas correntes oceânicas, devido ao tamanho dos sedimentos, como
tal a hipótese mais defendida é a do transporte por icebergues.
Os eventos Heinrich coincidem com as fases finais de um arrefecimento progressivo, bem
como com o aumento de plâncton, característico de águas polares.
A verdade é que os períodos mais frios coincidem com os eventos Heinrich. Através de
estudos feitos em sedimentos encontrados em áreas distantes da própria dinâmica ambiente
glaciário, como é o caso de Portugal, do nordeste do Brasil, do Golfo da Guiné ou da Florida.
Não há bibliografia de suporte??
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Estes eventos influenciaram o clima global, pois os icebergues ao derreterem, como são
compostos por água doce, diminuíam a salinidade das águas superficiais oceânicas, diminuindo
também a densidade da água. Com isto a corrente do Golfo enfraquecia e ao chegar a latitudes
mais altas, em vez de ter uma papel anemizador do clima, arrefeceu as áreas de influência,
originando o avanço de calotes polares até latitudes mais meridionais, chegando mesmo às costas
do sul de Portugal (Bard, 2000). Assim, o gradiente térmico latitudinal aumentava entra as zonas
tropicais e nas latitudes médias e altas, provocando trocas atmosféricas de humidade, meridional
e local, que afectavam o Atlântico e o Pacifico. Não há bibliografia?
Durante os eventos Heinrich observou-se um aumento do teor em água doce no oceano,
que levou à diminuição dos sais existentes neste, à diminuição da temperatura atmosférica global
e da temperatura superficial do mar, variações na velocidade das correntes marinhas, acumulação
de sedimentos no fundo oceânico, aumento de planctôn, deformações sedimentares causadas pela
acção de seres vivos (bioturbação), mas também alterações nos ecossistemas.
3.2.2 Dansgaard-Oeschger Events
Os eventos Dansgaard-Oeschger (DO) correspondem a episódios quentes que ocorreram
durante a Última Glaciação, mas que se também estiveram presentes em anteriores períodos
glaciários. Estes eventos sucederam-se a períodos mais frios (eventos Heinrich) e eram também
seguidos de uma arrefecimento gradual mais prolongado. Registados através de estudos dos
isótopos de oxigénio de gelo da Gronelândia (e não só) e a “sedimentos lacustres de carbonatos”
de lagos europeus, foram assinalados 25 eventos, com um ciclo de 1470 anos.
Durante estes eventos as temperaturas subiram bruscamente, entre 5 a 8ºC, mas em curtos
períodos de tempo. Houve mesmo um evento, DO19, em que a subida térmica foi de 16ºC.
Alguns investigadores relacionam a subida de temperatura com os gases de efeito de
estufa, nomeadamente, com o metano. (Kennet, 2002; Heinrich, 2003). Para Sachs (1999) a
origem destes aquecimentos estava nas regiões intertropicais, isto é, entre os trópicos. Segundo
esta última teoria, nas épocas de maior calor no Equador, a evaporação e a precipitação seriam
maiores. Como consequência, todo o Atlântico Norte aqueceria, inclusive a Gronelândia,
aumentando a circulação termohalina e o reforço da corrente do Golfo. No entanto, na Antárctida,
volume de gelo aumentava devido às fortes precipitações.
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Assim, no Hemisfério Setentrional as oscilações climáticas e o aquecimento foram mais
lentas, bem como houve menos eventos Dansgaard-Oeschger do que no Hemisfério Norte.
Os eventos Dansgaard-Oeschger podem ser causados pelo aumento da radiação solar, ou
pelas variações nas correntes superficiais ou, ainda, pelo aumento de calotes polares que se
tornam instáveis. Para Maslin (2001) o gelo marinho tinha a sua própria estabilidade, mas que ao
fundir-se o aumento de água doce modificou as correntes marinhas, causando o degelo de outras
camadas de gelo. Com o aumento do degelo no Atlântico Norte, a força das águas profundas do
Atlântico Norte (NADW- North Atlantic Deep Water) reduziu-se, enfraquecendo a circulação
oceânica no Hemisfério Norte, o que aumentou a temperatura no Pólo Sul. Devido ao
aquecimento da água, o inlandsis antárctico fundiu, reduzindo a densidade e a força das águas
profundas da Antárctida (AABW.....).
3.2.3 Bond Events
Não são só as eras glaciárias que tem flutuações climáticas, os períodos interglaciários
também as têm. No último e actual período interglaciário, o Holocénico, já ocorreram variações
no clima e que correspondem aos eventos Bond. Foram identificados oito eventos com um ciclo
de 1500 anos, mas a sua existência é ainda uma incógnita. A maioria dos Bond events não têm
um sinal claro na variação climática, alguns eventos correspondem a períodos frios, outros
coincidem com a aridez de certas regiões.
Através de medições feitas a sedimentos transportados por glaciares, no Atlântico Norte,
comprovou-se que os Bond events estão correlacionados com eventos menos fortes de monção na
Ásia, ao longo dos últimos 9000 anos, bem como com a aridez no Médio Oriente. Também se
provou que as oscilações climáticas de 1500 anos tem causado mudanças nas comunidades
vegetais na América do Norte.
O único evento Bond que não ocorreu no Holocénico foi o de 8,2 ka, como demonstram
estudos realizados na Gronelândia. Não há bibliografia
O ciclo de 1500 anos tem um comportamento não linear. Para alguns investigadores este
ciclo não é significativo para outros têm uma grande importância na história climatológica do
Planeta. Para se poder identificar alguma anomalia nas flutuações climáticas como um evento
14
Bond é necessário ter em conta factores como a variação da radiação solar, a circulação global da
atmosfera e as variações das marés.
4. O futuro dos Glaciares
4.1 A libertação de gases com efeito de estufa
A libertação de gases com efeito de estufa para a atmosfera tem sido desencadeada, nas
últimas décadas, sobretudo, por influência do Homem, mas também através de causas naturais.
Estes gases tem sido mais abundantes do que noutros tempos, existindo na atmosfera em estado
natural e recentemente são produtos industriais.
A concentração de gás carbónico na atmosfera tem vindo a aumentar, com a queima de
combustíveis fósseis e de áreas florestais, essencialmente provocados por causas antrópicas. Mas
por outro a actividade vulcânica, seja ela continental ou submarina, também liberta gás carbónico
para o meio atmosférico, originando o aquecimento do Planeta, que por sua vez, funde os
glaciares.
Com o degelo é libertado gás metano, que se encontra em cristais de gelo, no subsolo
marinho, no permafrost, em águas doces ou oceânicas.(deficiente). O metano também pode ser
libertado por condições antrópicas nomeadamente através de “arrozais, dejectos de gado, das
fugas de carburantes, das combustões e dos resíduos de natureza orgânica” (Demangeot, 2001).
Com a libertação do metano a temperatura da água oceânica aumenta, provocando uma
desestabilização do fundo oceânico e cria condições climáticas extremas. Contudo, com o
aquecimento da água menos o oceano absorve CO2, diminuindo a biodiversidade deste.
Uma das discussões mais acesas no meio cientifico é se o aumento do gás carbónico não é
benéfico para a Terra. Para Idso Não está na bibliografia, o aumento de dióxido de carbono é
positivo, pois aumenta a biodiversidade do nosso Planeta, sobretudo da vegetação, pois esta
consume CO2 e não necessitará de consumir água para se fortalecer.
Outro gás bastante abundante em eras mais quentes é o vapor de água, resultante de
condições naturais, como a evaporação e a actividade vulcânica. Com o aquecimento da
superfície a evaporação dos oceanos aumentará, conduzindo a um aumento do vapor de água na
atmosfera, que por sua vez aumentará o seu aquecimento.
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Os CFC, isto é, clorofluorcarbonetos, também propiciam o aumento da temperatura e são
bastante perigosos pelo cloro que libertam, que destrói o ozono(qual?), permitindo a passagem de
raios UV, prejudiciais para a saúde. Este gás, ao contrário do vapor de água, é libertado por
condições antrópicas.
Assim, concluímos que a libertação de gases com efeito de estufa contribui para uma maior
frequência de fenómenos climáticos extremos, pois são os principais causadores do aquecimento
global que provocará a fusão dos glaciares e a subida do nível do mar, que poderá submergir
grandes cidades costeiras. Com a libertação destes gases a poluição atmosférica aumenta, pondo
em perigo a vida de todos os seres vivos, diminuindo a biodiversidade do nosso Planeta.
4.2 Aumento da temperatura global
Se a temperatura global estiver realmente a aumentar é porque a concentração de gases de
efeito de estufa está também a aumentar.
Ao olharmos para a história do clima do Planeta constatamos que as flutuações climáticas
ocorreram ao longo do tempo. Desde o último período glaciario, o Würm, que a temperatura
média subiu entre 8 a 9ºC. Contudo, esta subida nem sempre foi uniforme e progressiva, como
mostra uma análise de bolhas de ar aprisionado nas calotes de gelo da Gronelândia (e não só), .
Esta mostra que em que em 8000 BP, o aquecimento global foi de 5ºC em apenas 50 anos
(Dansgaard e Eshger). Não há bibliografia
Diversas são as causas que originam variações no sistema climático. Dentro das condições
naturais devemos considerar as manchas solares, os ciclos de Milankovitch, a deriva dos
continentes e a actividade vulcânica. As (plural) condições antrópicas que mais contribuem para
as variações climáticas é (singular) a modificação da composição da atmosfera, devido ao
aumento de gases de efeito de estufa (só?). São estes últimos que mais contribuem para o
aquecimento global desde o inicio da Revolução Industrial.
A dinâmica dos glaciares não depende apenas da temperatura do Planeta. No entanto, é um
dos principais factores que esclarece o movimentos destes. A exposição também é muito
importante.
Com o aquecimento global, o inlandsis gronelandês funde mais depressa, já o inlandsis
antárctico solta mais icebergs do que funde gelo, devido ao intenso frio que se faz sentir na
Antárctida.????
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Os glaciares de montanha dependem muito mais que os anteriores da alimentação e ablação
do gelo, por isso, é possível verificar no mesmo maciço montanhoso um glaciar que avance e
outro que recue.
Os gelos marinhos, sejam eles permanentes ou estacionais, não dependem apenas da
temperatura atmosférica, mas também da temperatura oceânica, das correntes marinhas e das
pressões do vento (Kergomarg, 1993).
4.2.1 Subida do nível médio do mar
A subida do nível do mar é uma das consequências do aquecimento global, pois este
aquece o oceano originando a expansão da água do mar.
Segundo estudos efectuados pelo IPCC, a subida do nível do mar tem sido de 1.5 a
2mm/ano nos últimos
anos, mas outros estudos indicam que é de 0.5mm/ano. Esta diferença
deve-se à escassez de estações e à complexidade dos cálculos. Outra diferença na determinação
do nível do mar é o local onde é medido, pois o nível do mar será inferior se estivermos perante
um anticiclone e superior se estivermos perante um cicloneNão. Os cálculos são valorees
médios.. Também é preciso ter em conta outros aspectos como a presença de glaciares, que com o
seu peso faz com que as plataformas desçam e ao derreterem, a pressão exercida pelos glaciares
deixa de existir, elevando as plataformas o que faz com que o nível do mar aumente.
Para o IPCC, data, o nível do mar aumentará cerca de 50 cm nos próximos 100 anos, o
que perfaz uma subida anual de 5mm. Esta subida dever-se-á à expansão da água dos oceanos,
devido ao aquecimento destes e ao degelo glaciário, sobretudo, do inlandsis gronelandês, visto
que com o aquecimento global existirá uma maior acumulação de neve na Antárctida.
Existem vários factores naturais que podem explicar a subida do nível do mar, como é o
caso da diminuição da salinidade dos oceanos, devido ao aumento do escoamento de águas doces
no Oceano, provocando trocas de água. Outro factor a ter em conta é a diminuição da pressão
atmosférica, como foi explicado mais acima.
No entanto, a tendência de subida do mar a nível global não é uniforme, pois pode
aumentar ou diminuir consoante as variações das correntes marinhas, das trocas de salinidade e
da densidade da água.
Com esta subida, grandes cidades costeiras, como Nova Iorque, Calcutá, Amesterdão,
Roterdão, Nova Orleães, e obrigar milhões de pessoas a refugiarem-se em outras localidades. As
ilhas que ilhas? também podem ficar submersas.
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Falta aqui a frase da contaminação dos aquíferos
É no litoral que se encontram os maiores aglomerados urbanos assim como os grandes
centros industriais, é aqui que vive a maior parte da população. Um aumento do nível do mar
poderá desencadear grandes riscos para a população.
Com este aumento do mar poderão ocorrer: contaminação dos aquíferos litorais com água
salgada afectando o abastecimento de água à população e os sistemas de rega, bem como, a
salinização dos solos agrícolas litorais tornando-os inférteis.
4.3.2 Mudança nas correntes marinhas
A distribuição do calor entre o Equador e os Pólos faz-se através das correntes oceânicas
(circulação geral oceânica)e dos ventos (circulação geral da atmosfera).
As correntes da superfície transportam água quente e as correntes profundas são frias.
A corrente do Golfo que atinge o Atlântico Norte, faz parte de uma circulação de água
oceânica denominada circulação termohalina (temperatura + salinidade). A temperatura e a
salinidade afectam a densidade da água. Com uma diminuição da temperatura e um aumento da
salinidade a água torna-se mais densa. A água com maior densidade afunda e dirige-se para Sul.
Á medida que a corrente do Golfo se dirige para Norte, a água evapora provocando um aumento
da salinidade. Com o aquecimento global a Corrente do Atlântico Norte alterará a temperatura do
oceano, diminuindo-a, o que provocará um clima mais frio no norte da Europa.
4.3.3 Mudança no regime dos rios
Com o degelo dos glaciares assiste-se a uma mudança no regime fluvial. A redução dos
glaciares alpinos secará rios e alterará paisagens, milhões de pessoas de países como a Bolívia, o
Peru, a Índia e o Bangladesh dependem actualmente da água do degelo dos glaciares de
montanha para irrigar os campos, beber e produzir energia eléctrica.
No Verão ou na Primavera, com o degelo os caudais dos rios aumentam, distribuindo a
água nos meses mais secos, chegando mais água aos oceanos. No Inverno a água é armazenada
durante a estação húmida, pois com a descida de temperatura o glaciar recongela diminuindo a
afluência da água aos cursos fluviais. Com o aquecimento global, as estações do ano estão a
alterar-se, começando a Primavera mais cedo e o Outono mais tardiamente o que leva a
alterações no ciclo dos rios.
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4.3.4 Perdas de Habitat
O aquecimento global influencia significativamente os ecossistemas. No caso do ambiente
glaciário, o aumento do aquecimento global faz com que os glaciares derretam e forçando
algumas espécies a sair dos seus habitats, com a possibilidade de levar à extinção de muitasvago.
Com o aumento da temperatura, as florestas boreais sobem em latitude o que origina a
instabilidade dos ecossistemas, levando há extinção de outras?? espécies e aumento de
biodiversidade de outros biomas.
Com o recuo do gelo marinho, o fitoplâncton, que cresce na parte de baixo do gelo na
Primavera, poderá reduzir-se, pondo em risco a vida dos anfípodes, pequenos crustáceos
semelhantes a camarões, com duas qualidades de patas com que nadam e saltam,, e das baleiasfrancas-boreais. Com o degelo, os ursos polares são obrigados a nadar “distâncias cada vez
maiores e arriscadas” (Nicklen, 2007).
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5. Análise SWOT ver plano
Pontos Fortes
Pontos Fracos
Regulador térmico
Mudanças no regime fluvial ??
Abundância e qualidade da água
Mudanças nas correntes marinhas ??
Qualidade do ar
Diminuição do nível do mar’’
Atractividade turística e cientifica
Perigosidade do gelo
Valor cénico
Isolamento??
Reserva de fitoplâncton
Dependência da temperatura e da precipitação
Fragilidade do Ambiente Glaciário
Oportunidades
Área protegida só Antárctida
Ameaças
Aquecimento Global
Existência de bases cientificas só Antárctida
Interdição de caça e captura de aves e
mamíferos só Antárctida
Interdição a espécies exógenasonde?
Produção de oxigénio na atmosfera?
Libertação de gases com efeito de estufa
Desenvolvimento sustentável no modo de vida
de populações indígenas???
Riqueza em combustíveis
Subida do nível médio do marPPP
Insustentabilidade turística
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6. Conclusão
O ambiente glaciário é cada vez mais instável, potencializado por condições naturais
externas, com as explicadas nos ciclos de Milankovitch e pelas condições antrópicas, que tem
acelerado esta instabilidade. Os pontos fortes e as oportunidades que este ambiente nos
proporciona pode não ser o mesmo daqui a alguns anos, se se continuar a verificar o degelo dos
glaciares.
Com o aumento de frequência dos fenómenos extremos, os humanos vão ocupar áreas
indevidas.
Com este trabalho conseguimos responder às questões colocadas por nós no inicio do
trabalho.
21
Muito incompleta
7. Referências Bibliográficas:
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Vídeos:
–
A verdade inconveniente de Al Gore;
–
Global Environment Outlook ;
–
Planeta Ciência: Degelo Glaciar
http://www.youtube.com/watch?v=r9n9JYhG-Tc
http://www.youtube.com/watch?v=lZ3GNo8FGVc
http://www.youtube.com/watch?v=VS_lro5omG8
http://www.youtube.com/watch?v=gra1NX2EkeE&feature=related
24
http://www.youtube.com/watch?v=w-Q5WVYGIzQ&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=6fd1Pir0q5I&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=KlmV1As_ous&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=qLlmcJfkEoI&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=Sg9kygxcl-8&feature=related
Imagens da Apresentação:
Foto anfípodes: http://www.mdfrc.org.au/bugguide/resources/AmphipodaNeoniphargidae_Lg.jpg
Foto baleia-franca-boreal: http://serfranco.files.wordpress.com/2008/01/baleia-franca-boreal.jpg
Foto urso polar: http://notasaocafe.files.wordpress.com/2009/03/polar_18032009_1.jpg
Foto degelo: http://www.umtoquedemotivacao.com/wp-content/uploads/2008/02/degelo.jpg
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