Cultura: a trajetória de um conceito antropológico Renato Fernandes Neto - 13/0132047 Há quase uma unanimidade entre os que se propõem a estudar o conceito de cultura de que não se trata de empreitada fácil. O termo, longe de ser unívoco, comporta diferentes significados que se acumularam ao longo de sua trajetória, de seus primórdios nas diferentes línguas até os usos que hoje lhe emprestamos, sejam eles comuns ou científicos. Ferramenta essencial da antropologia e dela indissociável, a palavra cultura, porém, não é sua contemporânea: nasceu bem antes de sua consolidação como ramo das ciências humanas e, ao ser por ela incorporada, imprimiu-lhe as mudanças que ela própria sofreu em seu conteúdo. Uma satisfatória compreensão da cultura enquanto conceito antropológico exigenos, portanto, uma consciência mais aguda dos meandros do termo, uma consciência que, como observa Raymond Williams, deve ser histórica (Williams, 1977). Se aqui não me proponho a uma investigação extremamente pormenorizada, busco trazer à baila diferentes perspectivas que, combinadas, são capazes de jogar luzes na confusa trajetória das diferentes ideias às quais convencionamos chamar de cultura. A palavra cultura surge no inglês (culture) aproximadamente no século XV, derivada do francês culture ou diretamente do latim cultura ou culturae, que significa “cultivo” (cultivation), “crescimento, desenvolvimento” (growing). Em seus usos iniciais, o termo transmitia sempre uma ideia de processo, de cultivo ou do tratamento do solo e de plantas, o que serviu de base para seu próximo uso, desta vez predominantemente metafórico: o cultivo da mente, de faculdades ou de maneiras (Williams, 1985). De acordo com Williams, “From eC16 [early sixteenth century] the tending of natural growth was extended to a process of human development, and this, alongside the original meaning in husbandry, was the main sense until 1C18 and eC19 [late eighteenth and early nineteenth century]” (1985: 87). É a partir deste último sentido que o conceito de cultura inicia sua trajetória moderna e sua relação com outra ideia central da modernidade, a civilização. Civilisation, como substantivo independente, desponta no francês em meados do século XVIII. O conceito surge como um reflexo das ideias reformistas predominantes à época em que o ancién régime vivia momentos agônicos. De acordo com Norbert Elias, o termo emerge como “uma expressão de oposição, de crítica social” (1994: 63), que parte de grupos que pretendiam reformar os sistemas administrativo e tributário, com destaque para os fisiocratas. Ao alegarem que os governantes não podiam regular a sociedade a seu bel prazer sem esbarrar nas leis que regem os processos sociais, levaram a sociedade, pela primeira vez, a pensar-se como um processo, como um todo inter-relacionado que possui suas próprias regras de desenvolvimento. Os governantes ilustrados - auxiliados pela intelligentsia reformista poderiam conduzir a sociedade em seu curso necessário, progressivo, da barbárie à civilização (Elias, 1994). Esta, entretanto, não seria apenas um ideal de aprimoramento das instituições sociais, mas também um estado realizado, posto que os artesãos do termo não se compreendiam bárbaros. Como aponta Terry Eagleton, a ideia de civilisation paira entre fato e valor, descreve um estado e um ideal (2005). E em meados do século XVIII, cultura e civilização eram termos próximos: Como sinônimo de ‘civilização’, ‘cultura’ pertencia ao espírito geral do iluminismo, com o seu culto do autodesenvolvimento secular e progressivo. Civilização era em grande parte uma noção francesa – então, como agora, supunha-se que os franceses tivessem o monopólio de ser civilizados – e nomeava tanto o processo gradual de refinamento social como o télos utópico rumo ao qual se estava desenvolvendo (Eagleton, 2005:20). Uma mudança definitiva ocorre a partir do momento em que a palavra cultura é importada do francês para o alemão, primeiramente como Cultur e em sua forma definitiva como Kultur (Williams, 1985). Cultura e civilização, na Alemanha, possuem sentidos diversos e formam uma antítese que se estende - com o advento do romantismo - de seu contexto nacional a toda a Europa. Se a ideia que antes lhes servia de substrato comum, enquanto ainda sinônimos, integrava o “espírito geral do iluminismo”, como observa Eagleton, o novo significado de cultura, forjado em solo alemão e encarnado na expressão Kultur, passa a expressar um conteúdo exatamente oposto à ideia comum que antes informava ambas as expressões. A Kultur, por meio da oposição entre natural e artificial, interno e externo, orgânico e mecânico, passa a atacar a civilisation, relegando a esta as atividades propriamente políticas e econômicas, e reservando-se a si as características mais íntimas de um grupo: a religião, a arte, o aprimoramento pessoal e os valores. A antítese tem fortes raízes políticas. Desenvolvido pela intelligentsia de classe média alemã, Kultur representa exatamente as atividades por meio das quais essa classe busca sua legitimação - seus feitos intelectuais, artísticos, religiosos - e se contrapõe às características da classe que “nada faz”, que se justifica por meio de exterioridades, de modelagem do comportamento, de etiqueta, numa palavra, de Zivilization: a aristocracia de corte. Se na França existiam laços entre as classes médias e a sociedade de corte, se esta assimilava os grandes talentos oriundos daquelas, dentre eles Voltaire e Diderot, aos filhos da burguesia alemã, em sua maioria, era negado o acesso à vida cortesã (Elias, 1994). A linha que separava as duas classes era rígida, demarcava suas respectivas atividades e a língua que falavam: No topo, por quase toda a Alemanha, situavam-se indivíduos ou grupos que falavam francês e decidiam a política. No outro lado, havia uma intelligentsia de fala alemã que de modo geral nenhuma influência exercia sobre os fatos políticos. De suas fileiras saíram basicamente os homens por conta dos quais a Alemanha foi chamada de terra dos poetas e pensadores. E deles, conceitos como Bildung e Kultur receberam seu cunho e substância especificamente alemães (Elias, 1994: 38). De seu isolamento político, a intelligentsia de classe média alemã operou uma unificação da língua e produziu ideais estéticos opostos aos aristocráticos - que se constituíam basicamente de uma cópia do modelo de corte francês. A partir do momento em que a burguesia alemã se tornou mais próspera, um público leitor vigoroso emergiu na Alemanha, assim como acontecera anteriormente na França e na Inglaterra, o que permitiu em toda a Europa a ascensão dos escritores, que desde então podiam viver de seu próprio sustento. Com o Sturm und Drang, a literatura alemã passa a ser produzida inteiramente pela e para a classe média (Hauser, 2005). Este movimento, que não possui pretensões propriamente políticas, segue a linha de todo o pré-romantismo europeu: “uma revolta do sentimento contra a razão e do sentimentalismo contra o racionalismo” (Carpeaux, 2013). Suas características mais destacadas – o sentimentalismo exacerbado, o apego à natureza, a exaltação do indivíduo e sua personalidade – são expressões das ideias que dominaram uma geração de jovens intelectuais de classe média que se contrapunham à estética aristocrática e assim firmavam sua independência. Isso fica patente na Alemanha, em que a oposição entre as classes encontrava vazão na antítese entre Kultur e Zivilization. A ligação entre classe social e as ideias a ela correspondentes fica mais nítida, por exemplo, em Os sofrimentos do jovem Werther, clássico do Sturm und Drang e obra da juventude de Goethe. Ao observar uma cena de afeto fraterno entre duas crianças e desenhála exatamente como a viu, sem nada lhe “acrescentar”, Werther escreve o seguinte: Isso só fez fortalecer meu propósito de doravante me prender apenas à natureza. Só ela é infinitamente rica e só ela é que forma os grandes artistas. Pode-se dizer muito a favor das regras, mais ou menos tanto quanto se pode dizer para louvar as etiquetas da sociedade burguesa. Um homem que se forme seguindo-as, jamais produzirá algo falto de gosto e ruim. Da mesma forma que alguém que se molda segundo as leis e as boas maneiras jamais será um vizinho insuportável, ou um malvado digno de nota. Mas, em compensação, as regras, por mais que se diga algo em favor delas, destroem o verdadeiro sentimento da natureza e sua genuína expressão! [...] Meu bom amigo, queres que eu faça uma comparação? Com esse tipo de coisa ocorre a mesma coisa que com o amor. Um coração juvenil pende inteira e unicamente de uma moça, passa a seu lado todas as horas do dia, oferece-lhe todas as suas forças, tudo o que possui para lhe deixar claro a todo instante que se entregou a ela por inteiro. E eis que vem um filisteu, um homem de boa posição, com cargo público, e lhe diz: “Meu bom rapaz! Isso de amar é próprio do homem; porém tendes de amar como homem! Dividi bem o vosso tempo, dedicando parte dele ao trabalho, e as horas de folga à vossa namorada. Calculai vossa fortuna e, com o que sobrar depois de atendidas vossas necessidades, não vos proíbo de dar a ela de vez em quando, mas não com muita freqüência – talvez no aniversário e no dia do seu santo –, um presentinho...” Se o nosso rapaz seguir esses conselhos, se tornará uma pessoa bastante útil, e eu até mesmo o recomendaria a qualquer príncipe, a fim de lhe dar um emprego em sua chancelaria; mas quanto ao amor, adeus... E se for artista, adeus talento (Goethe, 2001: 13; grifos meus). Por etiquetas da sociedade burguesa podemos entender a etiqueta da classe alta e não propriamente uma característica das classes médias. As oposições feitas por Werther entre o sentimento e a razão, o impulso e a regra, o natural e o artificial, assim como entre o “gênio” e o “gosto”, além de expressar o antagonismo entre as formas de pensar da classe média e da corte, fornecem uma boa ideia da oposição entre o sentido de cultura que se desenvolve com a tradição pré-romântica e romântica, primeiramente na Alemanha e depois por toda Europa, e o conceito de civilização. Kultur representa um desenvolvimento íntimo, pessoal, voltado para o passado, para as formas populares e orgânicas de vida, para a natureza e tudo o que era “natural” – em oposição a toda artificialidade da etiqueta, da moral utilitária, do bom senso, da civilização. Isso se manifesta no interesse dos pré-românticos pela poesia popular, em seu profundo entusiasmo por Shakespeare, considerado pelos jovens alemães um “gênio selvagem da natureza” (Carpeaux, 2013: 49) e na penetração das ideias de Herder – às quais Raymond Williams (1977) e Terry Eagleton (2005) atribuem papel decisivo na virada de sentido que ocorre com o conceito de cultura – que se baseavam numa espécie de “fé mística na força criadora do anônimo espírito coletivo do povo” (Carpeaux, 2013: 51). A noção de cultura se amplia e passa a abarcar os meios pelos quais esse desenvolvimento se realiza: cultura designa então as artes, a religião, as tradições e as instituições locais (Williams, 1985). De um sentido de desenvolvimento individual transcende para o coletivo, representando, em um primeiro momento, a autoimagem de uma classe - a burguesia alemã - e, posteriormente, de uma nação inteira. O sentido coletivo de cultura se torna predominante, embora não suplante por completo sua dimensão individual, que segue um curso paralelo e persiste até hoje, denominando os meios pelos quais se dá o cultivo individual. A ideia de cultura não se restringe, entretanto, ao contexto alemão. Se analisarmos em conjunto as características que compõem o temperamento romântico, percebemos um certo paradoxo: ao mesmo tempo em que reflete as ideias de uma burguesia que busca sua emancipação dos padrões estéticos aristocráticos, o que só foi possível com a entrada da literatura no jogo do livre mercado, o movimento romântico constituiu-se como uma forte crítica à mecanização da vida, à massificação do indivíduo, às condições deploráveis de trabalho e à transformação do ser humano em mera ferramenta na produção de bens, efeitos que decorrem da mesma revolução industrial que tornou possível a independência das classes médias. Como observa Terry Eagleton, a partir do momento em que a ideia de civilização, que representava o desenvolvimento secular do ser humano e pairava continuamente entre fato e valor, entre o descritivo e o normativo, produz efeitos tão nefastos quanto os oriundos da revolução industrial, o termo perde a sua atratividade enquanto um ideal a ser perseguido e é a partir deste momento que a ideia de cultura toma as rédeas da crítica à civilização, àquele estado realizado que não mais representa um ideal (Eagleton, 2005). A ideia de cultura torna-se uma ferramenta de crítica ao status quo, ao estado realizado da civilização, adquirindo tendências progressistas ou reacionárias a depender do ponto do qual se parte. O próprio movimento romântico não pode ser inteiramente classificado como progressista ou reacionário, visto que toma diferentes orientações em diferentes momentos de sua existência (Hauser, 2005). Entretanto, independentemente da orientação ideológica de seu uso, o conceito de cultura, em seu novo sentido - que simboliza todo o caldo de ideias e ideais românticos -, possui sua espinha dorsal na antítese entre “artificialidade arbitrária” e “desenvolvimento orgânico”. O estudo histórico,“the refuge of all the elements of society at variance with their own age” (Hauser, 2005: 160), tornou-se o método por meio do qual cada sociedade buscou seus elementos mais íntimos, o que tornava cada uma delas um grupo coeso, orgânico; uma drástica mudança no presente lhes obrigou a um minucioso exame do passado. Como observa Raymond Williams, em Culture and Society, The idea of culture is a general reaction to a general and major change in the conditions of our common life. Its basic element is its effort at total qualitative assessment. The change in the whole form of our common life produced, as a necessary reaction, an emphasis on attention to this whole form. Particular change will modify an habitual discipline, shift an habitual action. General change, when it has worked itself clear, drives us back on our general designs, which we have to learn to look at again, and as a whole. The working-out of the idea of culture is a slow reach again for control (Williams, 1960: 314). O historicismo, tributário do pensamento romântico, foi responsável por uma nova mudança no conceito de cultura. De crítica unificada às transformações mais drásticas operadas pela civilização, cultura passa a designar o modo de vida característico de um povo - e é este sentido que é definitivamente incorporado pela antropologia moderna. A partir do momento em que os elementos que compõem o esqueleto, o corpo, o sangue e o espírito de um povo - para usar as metáforas consagradas por Malinowski - passam a ser entendidos a partir de uma perspectiva histórica, a ideia de cultura se pluraliza e adquire um aspecto mais descritivo. Cada cultura possuiria valor intrínseco e não haveria sobreposição entre elas. Chegamos, então, a três variantes da ideia de cultura que emergem de seu divórcio com a civilização: cultura como a descrição do cultivo individual e dos meios pelos quais pode alguém alcançá-lo - trata-se, aqui, do confinamento da cultura às artes; como crítica romântica ao processo civilizatório; e como modo de vida total de um povo. Se a última variante consolidou-se na antropologia do século XX, os primeiros usos do conceito de cultura na tradição antropológica, em meados do século XIX, guardam ainda proximidade com aquele sentido primevo que se equipara à civilização. Podemos percebê-lo facilmente ao analisar a definição de Tylor, talvez a primeira propriamente antropológica: Cultura ou Civilização, tomada em seu mais amplo sentido etnográfico, é aquele todo complexo que inclui conhecimento, crença, arte, moral, lei, costume e quaisquer outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem na condição de membro da sociedade (Tylor, 2005 [1871]: 49). Embora a definição de Tylor se assemelhe ao último sentido de cultura do qual tratamos, devemos observar que o termo, aqui, é empregado no singular e equiparado a civilização: A cultura é una e a civilização ocidental é o estágio mais avançado de seu desenvolvimento. O laço que liga os conceitos de civilização e cultura nos primórdios da antropologia é ainda mais visível em Morgan: Pode-se afirmar agora, com base em convincente evidência, que a selvageria precedeu a barbárie em todas as tribos da humanidade, assim como se sabe que a barbárie precedeu a civilização. A história da raça humana é uma só – na fonte, na experiência, no progresso (Morgan, 2005 [1877]:34). A antropologia, porém, ao adotar o conceito de cultura, não ficou imune às suas variações de sentido e aos aspectos críticos que nelas se cristalizaram. Se os primeiros antropólogos estavam em pleno acordo com o seu tempo e admiravam os feitos da civilização ocidental, a partir do momento em que a antropologia começa a se descolar do espírito da empresa colonial e rompe com o evolucionismo, uma nova perspectiva surge e a cultura como “modo de vida total de um povo” - ou seja, em seu sentido plural - finca de vez suas raízes no campo. Com Franz Boas e a escola culturalista, o conceito de cultura torna-se chave na explicação da diversidade humana e é utilizado para atacar os diversos determinismos da escola precedente e as teorias que supunham haver diferenças substanciais entre as “raças” (Boas, 2010/1938). Com Malinowski, a antropologia se volta à lógica inerente à cada cultura. Como observa Laplantine: “O que o leitor aprende ao ler Os Argonautas é que os costumes dos Trobriandeses, tão profundamente diferentes dos nossos, têm uma significação e uma coerência. Não são puerilidades que testemunham de alguns vestígios da humanidade, e sim sistemas lógicos perfeitamente elaborados” (2003: 62). Nesta breve retrospectiva, constatamos que a antropologia, ao incorporar o conceito de cultura em seu arsenal teórico, sofreu as influências da bagagem histórica contida no termo. Norbert Elias, a propósito do conceito de Kultur, pondera que termos como este, de trajeto longo e com uma multiplicidade de sentidos e experiências históricas cristalizadas em seu corpo, morrem ou são ressuscitados, inteira ou parcialmente, a depender de sua relação com o estado presente da sociedade (Elias, 1994). Uma certa nuance da ideia de cultura, ressaltada por Terry Eagleton, parece ter persistido às turbulências históricas: mesmo em seu sentido plural e predominantemente descritivo, o conceito de cultura não abandona por completo o seu pendor valorativo. Edward Sapir descreve como sendo uma cultura autêntica aquela em que “nada deixa espiritualmente de fazer sentido, em que nenhuma parte importante do funcionamento geral traz em si senso de frustração, de esforço mal dirigido ou hostil” (1949/1924:291), e observa que a cultura norte-americana do início do século XX, da qual ele próprio fazia parte, não lhe fornecia a harmonia encontrada no modo total de vida de outros povos. Isto não significa, entretanto, estabelecer uma hierarquia entre culturas mais ou menos avançadas, orgânicas ou autênticas. Se o aspecto valorativo do conceito de cultura encontra guarida em nosso tempo, isso apenas nos diz que os problemas históricos enfrentados pelos românticos ainda não se desvaneceram. O conceito antropológico de cultura, além de aparato científico, ainda se presta a uma potente crítica social. Bibliografia BOAS, Franz. “Raça, língua e cultura”;. Em A Mente do Ser Humano Primitivo. Petrópolis: Vozes, 2010 [1938], pp. 104-112. CARPEAUX, Otto Maria. História concisa da literatura alemã. São Paulo : Faro Editorial, 2013. ELIAS, Norbert. O processo civilizador: Uma história dos costumes. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1994, v I. GOETHE, Johan Wolfgang von. Os sofrimentos do jovem Werther. Porto Alegre: L&PM, 2001. HAUSER, Arnold. The social history of art: Rococo, Classicism and Romanticism, V. III. Taylor & Francis e-Library, 2005. LAPLANTINE, François. Aprender antropologia. São Paulo: Brasiliense, 2003. MORGAN, Lewis Henry. . “A Sociedade Antiga”. Em CASTRO, Celso (org.). Evolucionismo Cultural: Textos de Morgan, Tylor e Frazer. op cit. pp. 41-65. SAPIR, Edward. “Cultura ‘autêntica’ e ‘espúria’”. Em PIERSON, Donald (org.) Estudos de Organização Social. 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