55º Congresso Brasileiro de Genética Resumos do 55º Congresso Brasileiro de Genética • 30 de agosto a 02 de setembro de 2009 Centro de Convenções do Hotel Monte Real Resort • Águas de Lindóia • SP • Brasil www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2 157 Variabilidade genética em germoplasma exótico de arroz baseada em variáveis quantitativas e qualitativas Mata, TL1; Bosetti, F1’; Aguillar, CAJ1; Pavan, GC1; Pinheiro, JB1 Laboratório de Diversidade Genética e Melhoramento - Depto. de Genética, ESALQ/USP [email protected] 1 Palavras-chave: diversidade genética, germoplasma, arroz, agromorfológicos e análise multivariada. O arroz aparece no cenário mundial como uma das culturas base da alimentação para cerca de 2,4 bilhões de pessoas, principalmente de países em desenvolvimento. A utilização intensiva de germoplasma melhorado de arroz, com genitores aparentados em programas de melhoramento, reduziu a variabilidade genética necessária no processo de seleção causando a estagnação da produtividade. Visando aumentar a base genética das variedades comerciais ocorre uma busca por genes nos bancos de germoplasma. Para este fim, a avaliação de 150 acessos de arroz filipino provenientes do banco de germoplasma da ESALQ/USP foi realizada através de dezenove caracteres agromorfológicos. Esses caracteres foram submetidos a análises univariadas e multivariadas para a estimação da diversidade genética. A dissimilaridade genética entre os acessos foi calculada pela distancia generalizada de Mahalanobis, utilizando-se, a seguir, o algoritmo de otimização de Tocher para o agrupamento dos acessos. Com base no teste F, diferenças significativas a 1% foram observadas em 12 das 14 variáveis quantitativas usadas no estudo. As variáveis que não apresentaram diferenças estatisticamente significativas foram: comprimento de folha bandeira (CFB) e produtividade de grãos (PG). A análise de agrupamento discriminou um total de 10 grupos. Os 2 primeiros grupos foram atribuídos como os principais por abranger 82% dos acessos, sendo que somente o grupo 1 representou 60,6%; grupo 2, (21,3%); grupo 3, (8%); grupo 4, (3,3%); grupo 5, (2%); grupos 6 e 7, (1,3%) e os grupos 8, 9 e 10, (0,7%) com apenas um representante. Em relação a distância de Mahalanobis, a característica que mais contribuiu para a divergência dos acessos (98%) foi o comprimento do colmo (CC). Em termos de distancia intergrupos, pode-se constatar maiores divergências entre os grupos 1 e 2, 1 e 3, 1 e 4, 2 e 3 e 1 e 7 e menores divergências entre os grupos 9 e 10, 8 e 10, 8 e 9, 5 e 8 e 6 e 8. As duas primeiras variáveis canônicas explicaram cerca de 99,71% da variação total. Para a primeira variável canônica as características mais importantes e que mais contribuíram para a divergência foram altura de planta na maturidade (APM), comprimento de colmo (CC) e para a segunda foram comprimento de espigueta (CE) e numero de dias para o florescimento (NDF). Apoio Financeiro: FAPESP.