CURSO DE MEDICINA Trabalho de Conclusão de Curso Resumos Turma 4ª A – 2010.1 / 2010.2 COORDENADORA DO CURSO: Profª. Marta Silva Menezes SALVADOR Nome aluno(a): JAMILLE DOURADO ARARIPE Tema: Perfil epidemiológico das crianças e adolescentes vítimas de trauma atendidas em um centro de referência na Cidade do Salvador – BA Orientador: Profª. Dra. Isabel Carmen Fonseca Freitas RESUMO Introdução: O trauma continua sendo a principal causa de morte e invalidez na infância, tornando-se o problema mais sério de saúde pública mundial. De acordo com a OMS, as injúrias e a violência são responsáveis por 950.000 mortes em crianças e jovens abaixo de 18 anos, a cada ano. Mais de 95% dessas mortes ocorrem nos países em desenvolvimento, e esse dado estatístico só tende a aumentar, devido à crescente urbanização e ao crescente montante automobilístico. No Brasil, cerca de 6 mil crianças morrem, a cada ano, vítimas de injúrias, e outras 140 mil são hospitalizadas por acidentes não fatais, constituindo um custo elevado para o governo. Para cada criança morta, quatro ficam com seqüelas permanentes, trazendo conseqüências socioeconômicas e emocionais para a sociedade. A escassez de estudos sobre o tema no Estado da Bahia motivou a elaboração deste projeto. Objetivos: Definir o perfil epidemiológico das crianças e adolescentes vítimas de injúrias, os tipos e as complicações do trauma pediátrico na região metropolitana de Salvador-Bahia. Materiais e Métodos: Estudo descritivo, realizado por meio de pesquisa em prontuário e entrevista com os familiares das vítimas de trauma com idade entre 0 a 18 anos, admitidas com vida em um centro de referência para trauma no Estado da Bahia no período de abril a julho de 2010. Os dados foram analisados através do pacote estatístico SPSS versão 17.0, com o objetivo de proferir uma análise descritiva das características das crianças e adolescentes vítimas de trauma na cidade do Salvador. Resultados: Amostra constituída de 210 pacientes, dentre os quais 127 (60,5%) eram do sexo masculino. A média de idade encontrada foi de 6,3 anos (± 3,8), variando entre 2 meses e 17 anos. A principal causa de hospitalização foi queda de altura (36,2%), seguida de queimaduras (21.9%), e colisão por veiculo motorizado (13,3%). Apenas 7 pacientes (3,3%) foram vítimas de injúrias intencionais. O tipo de lesão mais comum foi o trauma craniencefálico (22,9%), seguido de queimaduras (21,9%), e trauma músculo-esquelético (18,5%). O tratamento cirúrgico foi necessário em 49% dos casos. Dezessete crianças evoluíram com seqüelas permanentes e apenas uma foi a óbito (grande queimado). Apenas sete crianças necessitaram de cuidados em UTI. Somente 15,2% dos informantes haviam recebido, anteriormente, orientação sobre prevenção de acidentes com crianças. Do total, 84 (40%) pacientes eram pardos. Os pais estudaram até o ensino fundamental em 48,1% dos casos e possuíam renda familiar mensal de até 1 salário mínimo (49,5%). Os acidentes ocorreram predominantemente à tarde (45,7%). Conclusão: As variáveis sócio-demográficas constituem fatores de risco para o trauma, mas não são fatores determinantes. Qualquer criança é passível de acidentes. Porém, a falta de infra-estrutura adequada, de informação, e principalmente, de políticas públicas voltadas à prevenção, contribui significativamente para a ocorrência de acidentes. Como 90% desses acidentes poderiam ter sido evitados somente com ações preventivas, programas efetivos de prevenção não podem ser desenvolvidos sem um entendimento dos fatores que contribuem para o trauma em crianças. PALAVRAS-CHAVE: Prevenção. Trauma pediátrico. Adolescentes. Nome aluno(a): LARISSA ARAÚJO PINHEIRO NOGUEIRA Tema: Comparação entre as recomendações atuais de alimentação infantil e os hábitos alimentares de lactantes de 0 A 2 anos Orientador: Profa. Dra. Junaura Rocha Barretto RESUMO A nutrição infantil adequada é importante no período crítico da lactância para promover a saúde da criança. A atenção voltada para as práticas alimentares durante os dois primeiros anos de vida é essencial, pois é nessa fase que as crianças se encontram mais vulneráveis tendo em vista seu crescimento e desenvolvimento. A recomendação atual da Organização Mundial de Saúde e do Ministério da saúde é para que o aleitamento materno seja exclusivo até os seis meses de idade e depois complementado até dois anos ou mais. A partir dos seis meses, o lactente deve receber alimentos complementares para suprir sua necessidade nutricional. A adequação desses alimentos é fundamental para redução da morbimortalidade na infância e prevenção de doenças no futuro, afinal, estudos recentes têm comprovado a associação entre os hábitos alimentares presentes nas fases iniciais de desenvolvimento e o surgimento de doenças crônicas no adulto. Diante da importância deste tema, o presente estudo objetiva realizar uma revisão não-sistemática da literatura a fim comparar as recomendações atuais de nutrição infantil com os hábitos alimentares dos lactentes de até dois anos de idade descritos em estudos brasileiros. A pesquisa foi realizada através das bases de dados SCIELO e LILACS, utilizando os descritores: ´´nutrição infantil´´, ´´alimentação complementar´´, ´´práticas alimentares´´ e ´´lactentes´´. Uma busca adicional foi feita através das referências dos artigos localizados. De forma geral, os trabalhos selecionados apontaram para uma tendência ao aumento da duração do aleitamento materno, embora o aleitamento materno exclusivo não tenha apresentado um aumento tão significativo, permanecendo muito aquém do recomendado pelo Ministério da Saúde. Com relação à alimentação complementar, os estudos mostraram um padrão indesejável. Os alimentos foram introduzidos precocemente, com muitos lactentes consumindo água, chá e leite integral já no primeiro mês de vida. Alguns trabalhos demonstram a pequena variedade da dieta, o consumo de preparações inadequadas quanto à consistência, e oferta da refeição da família antes dos oito meses de vida. Apesar de a introdução precoce de alimentos complementares ser mais comumente observada, o consumo tardio de alguns alimentos, como por exemplo, carnes e ovos, também esteve presente. Além de apresentarem medianas tardias de introdução, eles não foram consumidos na freqüência adequada. O elevado consumo de leite integral entre crianças menores de um ano e a reduzida ingesta de proteína animal estão associados à alta prevalência de anemia ferropriva observada em alguns trabalhos. É importante conhecer os principais erros alimentares presentes nas fases inicias do desenvolvimento a fim de elaborar programas que objetivem prover as mães e cuidadores do suporte necessário para condução de práticas alimentares que atendam as recomendações para uma nutrição infantil adequada e oportuna. Palavras-chave: Nutrição infantil; Alimentação complementar; Práticas alimentares; Lactentes Nome aluno(a): VITOR HUGO ABREU AZEVEDO DE MORAES Tema: Distribuição espacial da mortalidade relacionada a ferimentos por arma de fogo em Salvador- BA Orientador: Prof. Dr. Raul Barreto Filho RESUMO Introdução:As mortes violentas, principalmente por arma de fogo, vem se destacando como grande problema de saúde pública no Brasil. Em Salvador , observa-se situação parecida, tendo apresentação desigual, com maior acometimento em locais mais pobres. Objetivo: Descrever a distribuição espacial das mortes por arma de fogo no espaço urbano de Salvador no ano de 2009 . Metodologia:Foi realizado um estudo descritivo de mortalidade mediante levantamento das declarações de óbito (DO) do IMLNR ( Instiututo Medico-Legal Nina Rodrigues) no ano de 2009 , de vítimas de homicídio por arma de fogo. As informações obtidas foram analisados pelo excel 2007 através de gráficos. Resultados: Em relação à faixa etária, 51% dos casos eram dos 20 aos 29 anos; 95% dos óbitos eram do gênero masculino; 97% eram preta/parda; o distrito Cabula/Beiru com 12% apresentou como local de maior mortalidade por PAF. Discussão: Houve uma manutenção da mortalidade com relação ao sexo e à faixa etária, tendo o sexo masculino e a faixa de idade dos 20-29 anos onde apresentam as maiores taxas de óbitos por PAF.Porém está havendo uma mudança na distribuição das mortalidades por PAF, ocupando locais onde antes não se pensava, como o distrito Barra/Rio Vermelho com 8% do total de mortes.A aplicação de programas de preventivos e emergenciais, para áreas onde houve maiores taxas de mortalidade por PAF, inibiria o crescimento da violência em Salvador.Porém, necessitamos de estudos mais prolongados para podermos afirmar os principais locais de acometimento dos óbitos por PAF em Salvador-Ba. Palavras-Chave: Mortalidade; Arma de fogo; Distrito Sanitário Nome aluno(a): MAURÍCIO LADEIA LIBERATO DE MATOS Tema: A Eletroconvulsoterapia na prática Psiquiátrica Orientador: Prof. Dra.Manuela Garcia Lima RESUMO INTRODUÇÃO: A eletroconvulsoterapia é uma terapia somática originada a mais de 50 anos a partir de estudos comparativos sobre a eficácia da convulsão no tratamento de distúrbios psiquiátricos. Historicamente sempre foi objeto de estigmas devido a sua associação com procedimentos de tortura e execução e por ser um procedimento doloroso. Contudo é um procedimento confiável e eficaz para o tratamento, principalmente de transtornos psiquiátricos relacionados ao humor. OBJETIVO: Apresentar a ECT na prática psiquiátrica destacando aspectos atuais referentes à mesma e comparando com outras terapias somáticas. METODOLOGIA: Revisão bibliográfica de trabalhos científicos sobre a eletroconvulsoterapia. A estratégia de busca utilizada foi: “Eletroconvulsoterapia”, “Estimulação magnética transcraniana”, “ECT”, referente aos anos de 1970 a 2010 disponíveis nas línguas: inglês, português. Sendo excluídos os estudos que abordaram outros temas não pertinentes ou não disponíveis na integra. DISCUSSÃO: A ETC é indicada em casos de depressão maior, principalmente quando há ideação suicida, além de comprovadamente eficaz em casos de mania e esquizofrenia, contudo na esquizofrenia é menos recomendada, pois existem tratamentos medicamentosos fortemente eficazes. A ECT tem respostas diferentes conforme a posição escolhida dos eletrodos, a carga, freqüência e quantidade de sessões em um tratamento. As convulsões ocorrem por estímulo elétrico direto, diferente da EMTr que utiliza estimulo elétrico induzido por campo magnético. Existem vários pontos em comum e divergente entre as duas técnicas. CONCLUSÃO: A eletroconvulsoterapia é considerada o método mais eficaz no tratamento da depressão maior e como demonstra a literatura é um método seguro para tratamento dessas e outras doenças. Contudo o estigma prevalece e isso deverá ser desmistificado através de trabalhos científicos demonstrando essa segurança. A EMTr ainda é uma técnica nova e apesar de mais “confortável” que a ECT ainda necessita de estudos mais aprofundados para ter sua evidência comprovada. PALAVRAS – CHAVE: Eletroconvulsoterapia, ECT, estimulação magnética transcraniana. Nome aluno(a): CAIO GOES PINHEIRO Tema: Levantamento epidemiológico de pacientes internados no Hospital Juliano Moreira Orientador: Prof.ª Manuela Garcia. RESUMO O presente estudo objetiva obter a proporção das doenças psiquiátricas na enfermaria masculina no ano de 2009 no Hospital Juliano Moreira, sob o ponto de vista qualitativo (frequência das doenças e procedência dos pacientes) e quantitativo (tempo de permanência). Constitui-se de um estudo descritivo observacional, tendo, para isso, acesso aos prontuários dos pacientes internados na ala masculina da enfermaria do Hospital Juliano Moreira, para obtenção dos objetivos citados acima. Na análise feita, constatamos uma deficiência expressiva do Hospital Juliano Moreira em confirmar diagnósticos de muitos dos seus pacientes. Os números finais mostraram que, no ano de 2009, na enfermaria masculina, os transtornos afetivos bipolares e a esquizofrenia foram mais frequentes, independente da procedência, e que também causaram um maior tempo de permanência. Palavras-chave: Transtorno afetivo bipolar. Esquizofrenia. Diagnóstico psiquiátrico. Nome aluno(a): NAYANA FONSECA VAZ Tema: Laser endovenosos no tratamento da doença Variscosa Primária. Orientador: Prof. Me. Marcelo Gomes da Silva RESUMO Objetivo Descrever os resultados obtidos no tratamento da doença varicosa utilizando-se o laser endovenoso. Métodos Estudo retrospectivo, descritivo realizado em pacientes tratados por laser endovenoso em hospital filantrópico, Salvador-BA no período de outubro de 2008 a julho de 2010. Os pacientes foram convidados a comparecer em ambulatórios de cirurgia vascular para aplicação de questionário, avaliação clínica do pós-operatório tardio e realização de exame de imagem (Eco Color Doppler) nos membros tratados para a correção de varizes. O atendimento procurou identificar possíveis complicações do tratamento pelo laser endovenoso e avaliar se há presença de recanalização e refluxo na veia safena magna. O projeto foi aprovado pelo comitê de ética e pesquisa do hospital referido e os pacientes foram incluídos somente após assinarem o termo de consentimento livre e esclarecido. Os dados foram tabulados e processados no programa SPSS 15.0 para Windows. Resultados Do estudo de 29 membros, foi obtida taxa de oclusão de 75,9% (22), com persistência do refluxo em 20,7% (06) na veia safena magna e 27,6% (08) na junção safeno femoral. Nenhuma complicação tardia foi detectada. Após o tratamento 48,3% dos pacientes (14) relataram ausência de sintomas e 37,9% (11) assinalaram ausência de dor no pós-operatório imediato. Conclusão Concluiu-se que o tratamento com laser endovenoso é uma técnica segura, pelos baixos índices de complicações e sendo essas autolimitadas, e eficaz, pela melhora clínica evidente, alta taxa de satisfação dos pacientes e sucesso na oclusão da VSM na maioria dos casos. Mas que apresenta taxas de recanalização e refluxo no pós-operatório tardio maiores que no pós-operatório imediato. Palavras-chave: Varizes. Laser Endovenoso. Tratamento. Nome aluno(a): THOMAS VIEIRA LOBÃO Tema: Parâmetros Clínicos e estatura final em meninas com puberdade precoce central idiopática acompanhadas em um Centro de Referência em Salvador, Bahia Orientador: Profa. Dra. Ana Cláudia Couto Santos da Silva RESUMO INTRODUÇÃO: A puberdade precoce central (PPC) ocorre devido à ativação precoce do eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal e envolve não apenas mudanças físicas precoces da puberdade, como também acelera a maturação óssea e o crescimento linear, comprometendo a estatura final. No sexo feminino, ocorre quando há surgimento da telarca antes dos 8 anos ou o aparecimento da menarca antes dos 10 anos, sendo a causa idiopática (PPCI) responsável por 95% dos casos. O diagnóstico é clínico, seguindo-se os critérios de Marshall & Tanner, e, para tratamento, utilizam-se agonistas de liberação lenta do hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRHa). OBJETIVOS: Descrever as características clínicas das meninas com PPCI e identificar a estatura final no subgrupo de meninas que a alcançaram. METODOLOGIA: Estudo descritivo, com coleta de dados retrospectiva, envolvendo 369 meninas com diagnóstico de PPCI acompanhadas e tratadas com GnRHa no Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia no período de dezembro de 1998 a junho de 2010, correspondendo a 62,75% do total de meninas com PPCI registradas no centro. Estas meninas serão avaliadas com relação a características epidemiológicas, clínicas, radiológicas e laboratoriais no início e término do tratamento. As observações serão armazenadas em um banco de dados, e serão analisadas por meio de cálculos de médias, proporções e escore z de altura, gerando tabelas e gráficos. RESULTADOS: O início do desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários (telarca) ocorreu aos 6,37 + 1,47 anos, tendo sido associado à pubarca em 282 meninas (77,3%) e à menarca em 38 meninas (10,41%), com idade média de 6,86 +1,35 e 7,96 + 2,11 anos, respectivamente. Trezentas e quarenta e nove meninas (96,43%) iniciaram o tratamento com o GnRHa com idade cronológica média aos 8,44 + 1,28 anos, o qual foi seguido por 2,03 + 0,80 anos. Apenas 208 meninas (59,6%) o terminaram, com idade média de 10,79 + 0,61 anos. A diferença entre os avanços da idade óssea ao início e ao fim do tratamento para essas meninas foi de 1,08 + 1,14 anos (p< 0,001) e entre a predição da estatura final ao fim e ao início do tratamento foi de 4,62 + 6,33 cm (p< 0,001). Quinze meninas (7,85%) apresentaram registros de menarca após o tratamento, num intervalo de tempo médio de 0,96 + 0,89 anos pós-terapia com GnRHa e idade cronológica média de 11,63 + 0,94 anos. Não foi possível calcular a estatura final nas meninas que terminaram o tratamento, pois não houve seguimento regular anualmente destas ao centro pós-terapia. CONCLUSÃO: A terapia com GnRHa trouxe benefícios no condizente à diminuição do avanço ósseo, prevenindo/recuperando a perda estatural; e à redução da progressão puberal ou até mesmo reversão dos caracteres sexuais secundários já estabelecidos; proporcionando, assim, um crescimento saudável às meninas. PALAVRAS-CHAVE; Puberdade Precoce Central. Estatura Final. Crescimento. Nome aluno(a): CAMYLLE REIS FIGUEIREDO Tema:Evolução da mielopatia associada ao HTLV-I/PARAPARESIA ESPÁSTICA TROPICAL:Uma Revisão Sistemática Orientador: Prof. Dr. Bernardo Galvão de Castro-Filho. RESUMO Introdução: Atualmente, o vírus linfotrópico de células T humanas (HTLV) apresenta quatro subtipos, HLTV-1, HTLV-2, HTLV-3 e HTLV-4 que se diferenciam por sua distribuição pelo mundo e pelas diversas manifestações clínicas apresentadas por eles. O HTLV-I é o principal subtipo do vírus, por ser o mais difundido e por ser o responsável pelas principais síndromes causadas pela infecção. Cerca de 15 a 20 milhões de pessoas infectadas por este subtipo do vírus. A MAH/PET é uma das principais manifestações dessa infecção e afeta 0,25% - 3,8% dos pacientes infectados, sendo caracterizada como uma doença inflamatória crônica do Sistema Nervoso Central caracterizada por paraparesia espástica, disfunções urinárias/vesicais e sensoriais. Objetivo: Realizar uma revisão sistemática sobre a evolução da MAH/PET em pacientes com HTLV-1, tentando identificar fatores determinantes para o desenvolvimento e progressão da MAH/PET. Métodos: No intervalo de tempo de março a agosto de 2010, foram feitas buscas sistemáticas nos bancos de dados da Pubmed, Scielo e Lilacs. As palavras-chaves utilizadas foram Mielopatia associada ao HTLV, Paraparesia espástica tropical, curso, prognóstico, qualidade de vida, follow-up estudos, incapacidade e suas variantes para o inglês. Após esta seleção, os artigos passaram por avaliação criteriosa de dois pesquisadores e por fim, foram utilizados critérios metodológicos de qualidade para classificá-los em grupos A, B e C. Apenas resultados de artigos A e B foram avaliados. Resultados: Dezessete artigos foram selecionados. Os resultados desses artigos foram confrontados de acordo com cada variável estudada (carga proviral, sexo, idade de início da doença, IgG, neoptirina, duração da doença, transfusão sanguínea, achados na ressonância magnética, disfunção erétil, sintomas urinários, entre outros) tentando elucidar aspectos importantes dessa associação com a mielopatia. Dos fatores estudados, os que tiveram mais estudos indicando relação com a paraparesia foram carga proviral, sexo, idade de início da doença. Dez artigos relacionaram carga viral com a doença. Onze artigos a relacionaram com o sexo. Oito artigos associaram com idade de início da doença. Discussão: O fato de uma porcentagem grande de pacientes infectados pelo HTLVI permanecerem assintomáticos desperta o interesse em determinar quais os fatores que levam pacientes a desenvolver a MAH/PET. Concordando com a literatura, este estudo demonstrou que a carga proviral alta e fatores genéticos estão fortemente associados ao desenvolvimento da doença. Uma vez com a mielopatia, acreditavase que a progressão seria lenta, entretanto, a compilação dos estudos selecionados para esta revisão indica cursos clínicos variáveis resultantes da ação de vários possíveis fatores prognósticos. Conclusão: A evolução da Mielopatia associada ao HTLV-I pode ser influenciada por diversas variáveis, sendo as principais: carga proviral alta, fatores genéticos, idade de início da doença e sexo. Entretanto, ainda é necessário que estudos demonstrem como mais clareza como esses fatores possam interferir no curso clínico da infecção pelo HTLV-I e, por conseguinte na Mielopatia. Palavras-chaves: Mielopatia associada ao HTLV, Paraparesia espástica tropical, evolução, curso, prognóstico, revisão sistemática. Nome aluno(a): DANILO GONÇALVES DE SOUZA COSTA Tema: Prevalência e fatores e risco para transtornos mentais comuns entre estudantes de Medicina: Uma Revisão Bibliográfica Orientador: Profª. Drª. Dolores Araújo RESUMO Introdução: Transtornos Mentais Comuns (TMC) representam os quadros menos graves e mais freqüentes de transtorno mental. Os sintomas incluem esquecimento, falta de concentração, insônia, irritabilidade e fadiga, assim como queixas somáticas (cefaléia, falta de apetite, tremores, má digestão, entre outros). Ser portador de TMC é uma condição que não implica diagnóstico psiquiátrico formal, porém representa custos enormes em termos de sofrimento psíquico e impacto nos relacionamentos e na qualidade de vida. Estudantes de medicina vêm sendo apresentados como população de risco para o desenvolvimento de TMC. Objetivo: Analisar os recentes achados sobre a prevalência de TMC em estudantes de medicina brasileiros e os fatores da vida social, econômica e acadêmica a eles associados. Materiais e métodos: A revisão bibliográfica considerou o período de 1990 a 2010 (Medline, Lilacs e Scielo), usando os descritores: “common mental disorders” E “medical students” E “prevalence” E “risk factors”. Discussão: Pesquisas brasileiras sobre prevalência de TMC em estudantes do curso de medicina são escassas. Apenas sete trabalhos foram desenvolvidos desde 1990 até 2010. As taxas de prevalência de TMC identificadas entre os estudantes de medicina brasileiros permaneceram dentro de um intervalo que vai de 19,0% a 44,7%. As características socioeconômicas (como sexo, idade, renda, estado civil, procedência, cor, religião) não se mostraram significativas no desenvolvimento de TMC, enquanto que os aspectos acadêmicos e psicossociais dos estudantes tiveram destaque no processo. Considerações finais: A respeito do estresse na formação médica, estudos longitudinais ou pesquisas qualitativas seriam mais indicados para avaliá-lo profundamente. O curso de medicina tem sido associado a inúmeros fatores de estresse. Universidade e alunos possuem diferentes atribuições para melhorar esse contexto. Palavras-chaves: Transtornos Mentais Comuns. Prevalência. Fatores de risco. Saúde mental. Estudantes de medicina. Nome aluno(a): ISABELLA DE OLIVEIRA MAGALHÃES Tema: Uso das Estatinas na prevenção da Fibrilação Atrial Orientador: Profª. Drª. Eloína Nunes de Oliveira RESUMO INTRODUÇÃO: A Fibrilação Atrial é a arritmia mais comum na prática clínica e está associada a 33% das internações causadas por essa doença cardíaca. Sua prevalência e incidência aumentam conforme a idade, tendo, como complicação, a doença cerebrovascular (DCbV), uma das maiores causas de mortalidade por doença cardiovascular (DCV) no Brasil. A fisiopatologia da FA está associada à fibrose atrial, atuação do sistema nervoso autônomo e, recentemente, estudos mostraram que o processo inflamatório pode estar relacionado à gênese dessa arritmia e que as estatinas têm efeito pleiotrópico cardiovascular. OBJETIVO: Determinar o papel das estatinas na prevenção da FA. MÉTODOS: Consiste em uma revisão sistemática da literatura que usou artigos encontrados no banco de dados do MEDLINE e as palavras-chave “statins and atrial fibrillation and primary prevention”, “statins and atrial fibrillation and recurrence” e “non-antiarrhythmic drugs and atrial fibrillation”. RESULTADOS: De acordo com os critérios de inclusão e exclusão, oito artigos foram selecionados para a realização do trabalho, sendo três ensaios clínicos, três casos-controle e duas coortes. Os trabalhos apresentam diversos propósitos em verificar a ação não-antiarrítmica das estatinas na FA, analisando o papel do medicamento em diferentes grupos com essa arritmia em situações distintas. Há pesquisas que objetivam avaliar o poder preventivo das estatinas na recorrência da FA após cardioversão elétrica (CE) ou química, bem como verificar se as estatinas podem evitar essa arritmia em pacientes com DAC ou sem doença de base. Os tipos de estatinas e as doses diferiram em cada estudo, variando entre atorvastatina, sinvastatina, lovastatina e fluvastatina CONCLUSÃO: As estatinas podem prevenir FA quando usadas por um longo período, sendo este resultado independente do seu efeito hipolipemiante, e quanto mais potente for a droga, maior a sua ação sobre a FA. PALAVRAS-CHAVE: Fibrilação Atrial. Estatinas. Drogas não-antiarrítmicas. Efeitos pleiotrópicos cardiovasculares. Nome aluno(a): MARIA EUGÊNIA FERNANDES Tema: Análise comparativa da qualidade de vida de pacientes com Dermatite Atópica, , Psorias e Vitiligo: Uma revisão de Literatura Orientador: Profa Dra Jussamara Brito RESUMO Introdução: Qualidade de vida é um tema que vem adquirindo cada vez mais importância na sociedade em geral, na literatura científica e, especialmente, no campo da saúde. Atualmente estima-se que pelo menos um terço dos pacientes com doença dermatológica possua algum aspecto emocional alterado. Estudar o comprometimento da qualidade de vida dos pacientes portadores de dermatoses como a dermatite atópica, psoríase e vitiligo é de grande relevância, tendo em vista a alta prevalência, a cronicidade, o caráter recidivante e o impacto psicossoacial. Objetivo: Fazer uma análise comparativa da qualidade de vida dos portadores de dermatite atópica, psoríase e vitiligo a partir de uma revisão bibliográfica. Além disso, identificar e discutir os possíveis preditores da qualidade de vida de pacientes com dermatite atópica, psoríase e vitiligo. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura utilizando o banco de dados da biblioteca virtual do MEDLINE, acessada através do site do Pubmed. Foram utilizados apenas os artigos em inglês, publicados nos últimos dez anos. Além disso, foram incluídos apenas os estudos que avaliaram a qualidade de vida através do Dermatology Life Quality Index (DLQI). As variáveis analisadas nos artigos sobre dermatite atópica foram: gênero, idade média da população estudada, duração, idade média de início, gravidade e visibilidade da doença. As variáveis analisadas nos artigos sobre psoríase foram: gênero, idade média da população estudada, duração, idade média de início e gravidade da doença, tipo clínico predominante, estado civil e absenteísmo. As variáveis analisadas nos artigos sobre vitiligo foram: gênero, idade média da população estudada, duração, idade média de início, gravidade e visibilidade da doença, forma clínica, fototipo de pele e estado civil Resultados: Seguindo-se os critérios pré-estabelecidos, foram selecionados 5 artigos sobre dermatite atópica, 3 artigos sobre psoríase e 5 artigos sobre vitiligo. Evidencia-se uma dificuldade em comparar a qualidade de vida dos pacientes nos diferentes artigos, mesmo que todos estes tenham utilizado o DLQI, pois não há uma uniformidade das populações estudadas e dos possíveis preditores da qualidade de vida avaliados. Percebe-se que as médias dos escores do DLQI obtidas a partir dos artigos sobre DA, psoríase e vitiligo são bastante semelhantes; mas os portadores de psoríase apresentaram a menor média de pontuação no DLQI. Conclusões: Percebe-se o grande impacto na qualidade de vida causado pelas dermatoses crônicas analisadas neste estudo. Além disso, nota-se a necessidade dos artigos avaliarem não somente a qualidade de vida isoladamente, como também as variáveis que possivelmente podem influenciá-la de alguma forma, não havendo uniformidade nos artigos encontrados atualmente na literatura. Palavras-chave: DLQI. Dermatite atópica. Psoríase. Vitiligo. Nome aluno(a): ADRIANA ALMEIDA GOMES MOURA Tema: Intervalo de tempo decorrido para confecção e utilização de fístula arteriovenosa em pacientes em programa de hemodiálise Orientador: Prof. Dr. José Andrade Moura Júnior RESUMO Introdução: A disponibilidade de acesso vascular definitivo, fístula arteriovenosa (FAV), para pacientes iniciando Hemodiálise (HD), diminui o risco de morbidade relacionada ao uso de cateteres venosos centrais (CVC). A FAV requer aproximadamente 6 semanas de maturação e segundo recomendações do KDOQI, idealmente deveria ser confeccionada precocemente. Em nosso meio a maioria dos pacientes renais crônicos não é referendada para acompanhamento pelo nefrologista e iniciam HD em caráter de urgência, via CDL, submetidos a maior morbidade. São raros os estudos que avaliam e quantificam a demora para a confecção e uso da FAV em pacientes com indicação de HD. Objetivo: Avaliar o intervalo de tempo despendido para confecção e utilização de FAV em pacientes em programa de HD em três clínicas do Estado da Bahia e analisar a influência de variáveis neste tempo. Metodologia: A amostra foi constituída por pacientes admitidos em três unidades de HD, uma em Salvador, outra em Feira de Santana e outra em Serrinha no período de out/2008 a set/2009. Calculado o tempo entre a admissão e a confecção, e o tempo decorrido entre esta confecção e a utilização do acesso. Resultados: A amostra constou de 270 pacientes: 70 de Salvador, 137 de Feira e 63 de Serrinha. No global, 39,63% realizaram a FAV em 30 dias, 23,33% entre 31 e 60 dias, 14,07% entre 61 e 90 e 22,96% acima de 90 dias. Analisados separadamente, 54,74% dos de Feira realizaram em 30 dias enquanto 20% em Salvador e 28,57% em Serrinha. Após 90 dias, 14,6% em Feira, 37,14% em Salvador e 25,4% em Serrinha (p=0,000). As variáveis, idade, gênero, plano de saúde privado e presença de diabetes foram analisadas, comparadas e mostraramse homogêneas. 245 pacientes dos 270 iniciais usaram a FAV. Quando consideradas globalmente, 23,27% foram puncionadas até 30 dias. 68,16 entre 31 e 60 dias. 4,9% entre 61 e 90 e 3,67% após 90 dias. As unidades tiveram a maioria dos seus pacientes puncionados pela primeira vez entre 31 a 60 dias. 72,58% em Salvador, 67,67% em Feira e 64,00% em Serrinha. 29,62% dos pacientes em Feira, 24% em Serrinha e 9,68% em Salvador, utilizaram a FAV em menos de 30 dias. Com relação ao uso da FAV, as mesmas variáveis foram analisadas e comparadas. Todas se mostraram homogêneas, exceto a variável gênero. Em Feira, 40% das mulheres foram puncionadas em até 30 dias, contra 21,79% dos homens p= 0.05. Conclusões: 1 – As FAV foram confeccionadas nas unidades na sua maioria em até 60 dias. 2 – Salvador foi a unidade com maior demora na confecção das FAV, enquanto Feira realizou a maioria dos procedimentos em menos de 30 dias 3 – A maioria das FAV foram puncionadas entre 31 e 60 dias. 4 - As mulheres em Feira foram puncionadas mais precocemente. 5 – As variáveis analisadas não apresentaram diferenças estatisticamente significantes. Palavras-chaves: Hemodiálise; Fístula Arteriovenosa; Insuficiência Renal Crônica. Nome aluno(a): ADRIANO MEIRA OLIVEIRA Tema: Doença renal crônica: conceito e estimativa de prevalência a partir de bases de estudo populacional Orientador: Prof. Dr. Edson Paschoalin RESUMO Introdução: Os aumentos na incidência de doenças crônico degenerativas alteraram os perfis de morbimortalidade da população mundial nas últimas décadas. Assim, a doença renal crônica (DRC) foi projetada no cenário mundial como um grande desafio à saúde pública. O reconhecimento da DRC nos estágios iniciais e o encaminhamento precoce ao nefrologista são fundamentais para o retardo na evolução da doença e para a diminuição do aporte de indivíduos às terapias renais de substituição. Portanto, a análise epidemiológica se torna como um marcador da problemática levantada em torno da eficiência dos sistemas de saúde, tomando como intervenção do estudo os programas de atenção dirigidos a pacientes com insuficiência renal crônica, para que esses, em mãos de estimativas feitas por estudos de base populacional, possam direcionar seus gastos para populações expostas a maiores fatores de risco, prevenindo a progressão da doença renal crônica. Objetivo: O objetivo do estudo é analisar, com base na revisão bibliográfica, a prevalência da doença renal crônica no Brasil. Metodologia: Foi realizado um levantamento bibliográfico de publicações referentes a estudos de prevalência de insuficiência renal crônica em adultos de base populacional. A partir dos critérios estabelecidos, foram selecionados os 3 estudos de prevalência de doença renal crônica que conseguiram preenchê-los. Resultados: No município de Bambuí, Passos et al, encontrou uma a prevalência em homens com mais de 60 anos de 8,19% (47/586) e de 5,29% (29/908) em mulheres com mesma faixa etária. No município de Salvador, Lessa et al, encontrou uma prevalência global de hipercreatininemia de 3,1%, sendo 31 homens (5,2%) e 14 mulheres (1,6%). No município de Juiz de Fora, Bastos et al, encontrou uma prevalência global de DRC no estudo de 2.183 (9,0%), 90 (0,4%) e 60 (0,2%) nos estágios 3, 4 e 5, respectivamente. Na distribuição por sexo, a prevalência ficou 12,2% para as mulheres e 5,8% para os homens. Discussão: Percebe-se, nos 3 estudos, que houve a preocupação metodológica e a estimativa precisa da prevalência da Doença Renal Crônica nas populações estudadas através de amostras probabilísticas. O interesse do presente estudo foi o de mostrar, com base em estudos de basepopulacional, a prevalência da DRC para que dessa forma, medidas assistenciais públicas de saúde possam ser tomadas de forma mais direta contra as suas principais causas, pois, sabendo as características da população afetada, medidas de prevenção à hipertensão, diabetes e gromerulopatias possam ser enfatizadas, evitando que tais doentes evoluam até um quadro de DRC. Nome aluno(a): ALANA DE OLIVEIRA SILVA Tema: Lobectomia pulmonar por cirurgia vídeo-assistida: série de casos Orientador: Profª. Drª. Paula Ugalde RESUMO Introdução: A cirurgia minimamente invasiva tem aprimorado o tratamento de pacientes cirúrgicos. Esta técnica cirúrgica minimiza o trauma e otimiza a recuperação do paciente sem comprometer o desempenho da cirurgia. A cirurgia torácica vídeo-assistida, por muitas razões, é uma alternativa atraente para toracotomia. Com o auxílio da tecnologia por vídeo, esse procedimento permite a ressecção de nódulos e biópsia pulmonar para exame anátomo-patológico com fins diagnósticos, e procedimentos terapêuticos. A Lobectomia é considerada oncologicamente o tratamento “standard” para pacientes com estágio inicial de câncer de pulmão de não-pequenas células (CPNPC), e tem demonstrado que é um procedimento seguro, reprodutível e eficiente para o tratamento do câncer de pulmão de não pequenas células em estágio inicial. Nos últimos anos, o impulso para executar ressecções pulmonares minimamente invasivas tem crescido na área de cirurgia torácica geral. A lobectomia por toracoscopia tem sido executada com sucesso em todo o mundo por mais de uma década. Contudo, apesar da crescente disseminação da técnica, esta cirurgia ainda é escassa no nosso meio, seja pela falta de preparo profissional, pelo custo ou pela sua aceitação. Objetivos: Descrever o tempo de internação, tempo de cirurgia, tempo de uso do dreno torácico e resultados cirúrgicos dos pacientes que foram submetidos à lobectomia pulmonar por cirurgia torácica vídeo- assistida, em um hospital de referência em Salvador BA. Materiais e métodos: Este é um estudo retrospectivo de uma série de casos de pacientes que foram operados no Hospital Aliança, tendo sido coletados os dados dos pacientes a partir da revisão dos prontuários dos mesmos, bem como de uma base de dados. Resultados: Observou-se que 66,7% dos pacientes pertenciam ao sexo masculino, e 33,3% ao sexo feminino; 100% eram brancos; a média de idade encontrada foi 64 anos; todos os pacientes trabalhavam. Dos diagnósticos préoperatórios, 33,3% correspondiam a câncer de pulmão. A anatomia patológica mostrou predomínio do adenocarcinoma. Quanto à cirurgia, houve correlação positiva entre o tempo de anestesia e o tempo de dreno torácico, bem como entre o tempo de anestesia e o tempo de internação hospitalar. A complicação intraoperatória registrada foi lesão de artéria pulmonar, em apenas um paciente, e a complicação pós-operatória foi arritmia cardíaca, na forma de fibrilação atrial, igualmente em apenas um indivíduo. Não houve óbito no intra ou no pós-operatório. Conclusão: na população operada pelo método de cirurgia torácica vídeo assistida, observou-se poucas complicações e reduzidos tempo de internação e de duração da anestesia, o que permite inferir ser este um método relativamente seguro e eficaz. Palavras-chaves: Lobectomia por vídeo, lobectomia vídeo-assistida, lobectomia por toracoscopia Nome aluno(a): ANANDA MENEZES SANTOS PEREIRA Tema: A importância do escore de cálcio nos pacientes portadores de Doença Arterial Coronariana. Orientador: Profº André Maurício Souza Fernandes RESUMO A aterosclerose é um processo patológico que merece profunda atenção no meio médico, já que seus possíveis desfechos clínicos, tais quais Infarto Agudo do Miocárdio e Acidente Vascular Cerebral fazem parte do rol de doenças que mais matam no mundo. Por conta disso, deve-se questionar como é possível aperfeiçoar os recursos presentes até o momento no âmbito da prevenção, acompanhamento e diagnóstico da aterosclerose. Assim, surge a necessidade de estudar novos métodos, a exemplo do escore de cálcio coronariano, para melhorar os meios preventivos e diagnósticos clássicos da aterosclerose em pacientes com Doença Arterial Coronariana (DAC). O presente trabalho tem o objetivo de discutir a importância do escore de cálcio em aprimorar a estratificação de risco não invasiva em pacientes assintomáticos, bem como de abordar novas perspectivas para o uso desse exame. Este estudo trata de uma revisão bibliográfica não sistemática realizada com a utilização das bases de dados Bireme, Scielo, Lilacs e Pubmed. A busca compreendeu o período entre 1992 e 2010. Após seleção, foram analisados 22 artigos, nos quais foi visto que o papel do escore de cálcio em pacientes portadores de DAC é considerado um bom método de prevenção e avaliação prognóstica de pacientes assintomáticos para DAC. Entretanto, novos estudos devem ser feitos, a fim de melhor definir o seu papel no acompanhamento da progressão da DAC associado à terapia medicamentosa e, principalmente, a sua importância em pacientes sintomáticos. Palavras-chave: Contagem do Cálcio. Artéria coronária. Aterosclerose - fatores de risco. Tomografia computadorizada. Diagnóstico e prognóstico. Nome aluno(a): ANA LOUISE ALMEIDA E BENEVIDES Tema: Disfunções Sexuais em Usuárias e Não-Usuárias de Orais: Uma Revisão da Lliteratura. Orientador: Prof. Dra. Márcia Neves de Carvalho Anticoncepcionais RESUMO A sexualidade feminina sofreu muitas mudanças ao longo da história, e hoje é cada vez mais valorizada pelas mulheres. A saúde sexual já é reconhecida, nos dias atuais, como parte da saúde global e bem-estar do indivíduo, e as queixas sexuais são cada vez mais freqüentes nos consultórios ginecológicos. Em vista disto, é importante que os médicos entendam quais podem ser as possíveis causas das disfunções sexuais nas mulheres. Diversos fatores podem interferir na função sexual, entre eles substâncias como neurotransmissores e hormônios. O contraceptivo oral hormonal é um método contraceptivo freqüentemente utilizado pela população feminina. Sabendo que os hormônios contidos nos anticoncepcionais orais (ACO) podem alterar os níveis de hormônios endógenos, é importante investigar a sua possível participação no surgimento de disfunções sexuais femininas. Este trabalho tem como objetivo fazer uma revisão não-sistemática da literatura sobre a associação entre o uso de ACO e a presença de disfunções sexuais. Para isto, foram utilizados como fonte artigos publicados em periódicos nas bases de dados Scielo e Pubmed. Dentre os trabalhos analisados neste estudo, quatro observaram piora da função sexual com o uso do ACO, dois notaram melhora e um não observou alteração da função sexual. Embora a maioria dos trabalhos mostre efeitos negativos na sexualidade, os estudos não utilizaram amostras grandes e, também, não realizaram uma investigação profunda – individualizando tipos e dosagens de drogas a fim de saber se a piora da função era causada especificamente por um desses motivos. Desta forma, só é possível estabelecer uma associação do uso de ACO e as disfunções sexuais femininas – e não uma relação causa-efeito porque diversos fatores podem influenciar na sexualidade. Por isso, fazem-se necessários estudos mais aprofundados e com uma maior amostra, na tentativa de investigar de forma mais específica a associação entre o uso de ACO e as disfunções sexuais femininas. Palavras-chave: disfunção sexual feminina, anticoncepcionais orais, sexualidade feminina Nome aluno(a): MYLENA CAROSO MELHEM Tema: Relação entre saneamento básico e diarréia em povoado Baiano Orientador: Profª Drª Alcina Andrade RESUMO Introdução: O Saneamento Básico é uma variável consagrada enquanto determinante do processo saúde-doença. Sua relação com as doenças gastrointestinais infecciosas, manifestadas por diarréia, vem sendo denunciada por diversos autores, desde o século XIX, especialmente por seu impacto na mortalidade infantil. Em vista das desigualdades sócio-econômicas brasileiras, também manifestadas pelas desigualdades em saúde, é importante retratar o comportamento dessa doença tão presente nos territórios negligenciados, para que ocorram intervenções adequadas a essa realidade. Objetivo: Descrever a associação entre incidência de diarréia na população infantil e variáveis socioambientais em um povoado no estado da Bahia. Instrumentalizar a comunidade com os resultados da pesquisa, que esta possa exigir serviços públicos básicos dos órgãos competentes, de modo coerente com as necessidades. Materiais e Métodos: O estudo foi realizado, no povoado Embratel, pertence ao distrito de Itatiaia do Alto Bonito - que por sua vez, pertence ao município de São José do Jacuípe localizado no semi-árido da Bahia. Participaram do inquérito populacional todas as crianças de 0 a 5 anos residentes no povoado Embratel. O presente estudo obteve dados primários através de entrevistas em domicílio realizadas em 2010, com os responsáveis pela criança, versando sobre variáveis socioambientais e casos de diarréia que tenham acometido a criança nos últimos 6 meses. Resultado: Dos cuidadores, apenas 7,3% referiram ter completado 11 anos de estudo. O valor médio da renda familiar foi R$ 196,82. A incidência de diarréia em 6 meses foi de 56,1%. Em relação à conduta tomada frente à diarréia, 73,9% fizeram uso do soro caseiro ou soro de re-hidratação oral. Também 73,9% procuraram atendimento médico. Todos os entrevistados referiram usar água da cisterna para consumo geral sendo que 29,3% também referiram ter acesso à água encanada. 90,2% dos entrevistados negaram qualquer tipo de tratamento de água antes de ingeri-la. 61% dos entrevistados relataram que a família usa o terreno do povoado como local para evacuação e despejo dos detritos. Cruzando-se dados observou-se que as crianças que usam água apenas da cisterna, apresentaram maior incidência de diarréia e maior número de dejeções, que as crianças que também têm acesso à água da rede pública de abastecimento de água. Discussão: A escolaridade e a renda da população entrevistada mostraram-se muito abaixo da média para o Nordeste. A incidência de diarréia, o número de episódios, a incidência de febres e vômitos associados à diarréia, o uso de terapia reidratação oral e a procura por atendimento médico foram mais altos que os números referidos na literatura revisada. A comparação dos resultados encontrados nesse território com os da literatura revisada e as relações estabelecidas entre as variáveis do próprio estudo ratificam o papel das variáveis sócio-econômicas enquanto fator relevante no processo saúdedoença. Além disso, o trabalho mostra que as doenças infecto-contagiosas, especialmente diarréias, permanecem ocupando importante papel na morbidade da maioria pobre das crianças brasileiras, o que destaca a necessidade de abordar os conceitos de desigualdades em saúde e equidade para a implementação de assistência pública adequada, visando à promoção de condições dignas, compatíveis com o exercício das potencialidades humanas. UNITERMOS Fatores socioambientais; Desigualdades em saúde; Diarréia; Epidemiologia; Morbimortalidade Infantil. Nome aluno(a): JÉSSICA DE PAIVA MEDINA Tema: Correlação entre o índice APRI e a Biopsia Hepática em pacientes com Hepatite B e C Orientador: Prof. Dr. Raymundo Paraná RESUMO Introdução: a biopsia hepática é o padrão ouro no diagnóstico de doenças hepáticas, sendo recomendada antes de qualquer tratamento antiviral. Entretanto, trata-se de um procedimento invasivo, podendo haver complicações, além de ser dispendioso e limitado por erros de amostragem. Desta forma, marcadores séricos não-invasivos foram propostos para determinar o grau de fibrose como uma alternativa à biopsia. O índice APRI é um marcador prático, de fácil aplicação e de baixo custo, que utiliza a relação aspartato aminotransferase (AST) e plaquetas na predição de fibrose. O presente estudo tem como objetivo revisar de forma sistemática a acurácia diagnóstica do índice APRI em predizer fibrose significante e cirrose em pacientes com hepatite B e C. Métodos: foram pesquisados artigos científicos publicados entre 2003 e 2010, nas línguas inglesa, portuguesa e espanhola. Os artigos deveriam utilizar os valores de APRI originalmente descritos: ≤0,5 e >1,5 para predizer fibrose significante, ≤1,0 e >2,0 para predizer cirrose. Resultados: aplicado aos pacientes com hepatite C, APRI revela maior precisão diagnóstica quando utilizado para excluir ou confirmar fibrose avançada ou cirrose, demonstrando moderada acurácia no diagnóstico de fibrose significante. A atuação do índice nos estudos analisados pode ter sido limitada pela prevalência de fibrose nas populações estudadas, variabilidade na interpretação histopatológica do fragmento de biópsia hepática, indefinição quanto ao limite superior de AST e sobreposição entre os diferentes estágios de fibrose. Além disso, existe uma zona indeterminada entre os valores de APRI, não permitindo a classificação de todos os pacientes. O valor diagnóstico de APRI é muito menor nos pacientes com hepatite B do que naqueles com hepatite C. Essa discrepância pode ser decorrente da diferente patogênese da fibrose hepática entre as duas hepatopatias. A cirrose na hepatite B pode ocorrer na ausência de inflamação, enquanto na hepatite C estão geralmente associadas. Em adição, nos pacientes com hepatite B, os valores de AST não se relacionam significativamente com a evolução da fibrose hepática, havendo um padrão de flutuação das enzimas hepáticas. Conclusão: APRI pode reduzir o número de biópsias hepáticas em uma minoria de pacientes com hepatite C. O índice APRI não é um marcador sorológico preciso na predição de fibrose hepática e cirrose nos pacientes com hepatite B. Palavras-chave: APRI index, AST-to-platelet ratio index, liver biopsy, viral hepatitis. Nome aluno(a): MARCELA FRANCO BOMFIM Tema: Tratamento da Retinopatia na Prematuridade Orientador: Profa. Dra. Lívia Nossa. RESUMO Introdução: A retinopatia da prematuridade é uma doença ocular vasoproliferativa de origem multifatorial, secundária à vascularização inadequada da retina. A importância da ROP reside na sua freqüência e no caráter de prevenção da cegueira, visto que uma vez diagnosticada e tratada, ela dificilmente evolui para a perda total da visão. Objetivo: abordar os tipos de tratamentos adequados de acordo com estágios da doença a fim de prevenir a cegueira oferecendo um melhor desenvolvimento da criança. Metodologia: Este estudo trata de uma revisão bibliográfica não sistemática realizada com a utilização das bases de dados Bireme, Scielo, Lilacs, Pubmed como também de livros textos. Resultados: Após a seleção, foram analisados sete artigos. Destes observou-se que vários autores defenderam o uso da fotocoagulação com laser de diodo, apresentando resultados superiores em relação à crioterapia no estágio III da Rop, favorecendo a regressão da doença. Assim como o uso da droga antiangiogênica, Bevacizumab nos casos de ROP severa no qual se observou uma diminuição da tortuosidade vascular e regressão da proliferação neovascular além de resultados favoráveis quando utilizada associadas com a Vitrectomia e introflexão escleral. Conclusão: diante dos diversos tipos de tratamentos, a fotocoagulação com laser de diodo mostrou-se eficaz na regressão da doença no estágio pré-limiar e limiar, apresentando resultados superiores à crioterapia e também menos efeitos adversos. O uso da droga antiangiogênica, Bevacizumab, ainda vêm sendo bastante discutido quando utilizada no tratamento da retinopatia da prematuridade nos estágios severo da ROP. Palavras chave: Retinopathy of prematurity. Treatment of Retinopathy of prematurity. Fatores de risco para ROP. Nome aluno(a): BRUNO FERNANDO BORGES DA COSTA E SILVA Tema: Troponinas T e I e prognóstico em pacientes assintomáticos em estágio terminal de doença renal e hemodiálise: Uma revisão sistemática Orientador: Prof. Dr. Luis Cláudio Lemos Correia RESUMO Introdução e Objetivo: Identificar os pacientes com insuficiência renal crônica em maior risco para o desenvolvimento de doenças e eventual evolução para óbito pode facilitar a implementação de terapias mais eficazes. Sendo assim, esta revisão sistemática se propõe a avaliar se as dosagens de troponina T e I cardio-específicas têm algum papel como ferramenta prognóstica em relação a morte de toda a causa e cardiovascular em pacientes hemodialíticos assintomáticos com doença renal em estágio terminal (DRET). Métodos: Uma busca sistemática na literatura publicada até Setembro de 2010 foi executada em cinco diferentes bancos de dados (Lilacs, SciELO, DARE, EMBASE e MEDLINE) utilizando estratégias otimizadas para cada um deles. As principais palavras-chave e descritores empregados nessas estratégias de busca foram: hemodiálise, troponina, prognóstico, troponin, hemodialysis, prognosis, kidney failure e survival. As referências bibliográficas dos estudos selecionados primariamente também foram rastreadas, com o intuito de se complementar a busca sistemática. Resultados: Sete estudos foram selecionados primariamente e três secundariamente, totalizando dez trabalhos, que tiveram sua qualidade metodológica atestada, sendo, dessa forma, incluídos no pool desta revisão. A compilação desses estudos demonstrou que os valores plasmáticos de troponina T estão associados, de maneira independente e estatisticamente significante, à morte de toda a causa, no grupo de pacientes contemplados. Os níveis séricos de troponina I, por sua vez, parecem se relacionar, de forma independente e estatisticamente significante, à morte cardiovascular em longo prazo. Conclusão: A dosagem de troponina T no sangue de pacientes hemodialíticos assintomáticos com DRET pode ser considerada uma ferramenta prognóstica promissora para essa população de indivíduos. A dosagem de troponina I, por sua vez, parece ter alguma utilidade na predição do risco de morte cardiovascular desses pacientes. Palavras-Chave: hemodiálise, troponina, mortalidade, prognóstico, revisão sistemática Nome aluno(a): ROBERTO DE OLIVEIRA SENNA Tema: Estudo da Morbi-mortalidade do tratamento Endovascular do Aneurisma da Aorta Abdominal Infra-renal em pacientes eletivos, em serviços particulares da Cidade de Salvador Orientador: Dr. Aquiles Tadashi Ywata de Carvalho RESUMO Objetivos: o objetivo deste estudo foi avaliar os resultados precoces do tratamento endovascular do aneurisma da aorta abdominal infra-renal em pacientes eletivos, levando em consideração os índices de mortalidade, as complicações pósoperatórias e a relação dos fatores de risco com a morbi-mortalidade. Método: foram analisados 38 pacientes submetidos à correção cirúrgica endovascular com indicação eletiva, no período de janeiro de 2007 a setembro de 2010, em serviços particulares da cidade de Salvador. Resultados: o índice de mortalidade foi de 5,2%, sendo este secundário à isquemia mesentérica e ao infarto agudo do miocárdio. A complicação isolada mais freqüente foi a insuficiência renal aguda, seguida da pneumonia e do hematoma no sítio de procedimento. Pacientes com história de insuficiência renal crônica ou que apresentaram diurese menor que 0,2 mL/kg/h no intra-operatório foram associados com maiores taxas de disfunção renal pós-operatória. Doentes que apresentaram insuficiência cardíaca congestiva foram associados com taxas elevadas de edema agudo de pulmão no pós-operatório. Pacientes que apresentaram história de doença pulmonar obstrutiva crônica foram associados com altos índices de pneumonia. O índice de mortalidade esteve associado ao tempo cirúrgico prolongado. Conclusão: o índice de morbimortalidade operatória desta casuística foi equivalente aos encontrados na literatura nacional e internacional. Os fatores de risco foram relacionados com as principais complicações, sendo estas renais, cardíacas e pulmonares. Palavras-chave: Aneurisma, aorta abdominal infra-renal, tratamento eletivo, morbimortalidade, fatores de risco. Nome aluno(a): DARCYA CRISS LEITE ROCHA Tema: Complicações relacionadas ao uso de lentes de contato: Uma Revisão da Literatura. Orientador: Prof. Dra. Lívia Maria Nossa Moitinho RESUMO As lentes de contato são uma verdadeira revolução na vida das pacientes que possuem defeitos de refração, especialmente defeitos muito expressivos. O uso das lentes de contato, no entanto,deve ser acompanhado de cuidados individuais que podem fazer a diferença entre o sucesso ou fracasso do tratamento, para a continuidade do uso e, principalmente, para diminuir os riscos de complicações. Existem diversas complicações associadas ao uso das lentes de contato e diante desse uso e manutenção inadequada, faz-se necessário um trabalho que vise relatar as principais complicações associadas ao uso de lentes de contato descritas na literatura. O objetivo deste trabalho, portanto, é abordar as principais complicações oculares causadas pelo uso de lentes de contato presentes na literatura. Trata-se de um estudo bibliográfico, através de livro-texto e levantamento de artigos científicos na base de dados: BIREME, SCIELO E PUBMED, com artigos que vão desde o ano de 2005 até o ano de 2010. Os resultados dos artigos foram divididos de acordo com as complicações encontradas. Entender a importância das complicações oculares, decorrentes do uso inadequado das lentes de contato, nos usuários das mesmas é imprescindível para se tentar minimizar seus efeitos. Foram encontradas como principais complicações oculares decorrente do uso de lentes de contato, blefaroptose, ceratite bacteriana e fúngica, olho seco, olho vermelho, sensação de embaçamento, prurido e dor. Esses achados revelam a importância dos cuidados que devem ser tomados ao se indicar esse tipo de tratamento. É necessário compreender que esse método de correção possui riscos e que estes podem ser evitados com medidas educativas simples. Palavras-chave: Lentes de contato. Efeitos adversos. Complicações oculares. Blefaroptose. Ceratite. Olho seco. Nome aluno(a): GABRIELA MARQUES BASTOS Tema: Fatores prognósticos dos Melanomas UVEAIS: Uma Revisão de Literatura Orientador: Prof. Dr. Eduardo Marback RESUMO Os melanomas uveais são tumores intra-oculares malignos, originários dos melanócitos, de ocorrência mais freqüente entre os adultos. Apresenta uma incidência de, aproximadamente sete casos por milhão de pessoas por ano, é três vezes mais freqüente nos pacientes com íris claras do que naqueles com íris escuras, e ocorre usualmente após a quinta década de vida. Acomete preferencialmente a coróide, seguido pelo corpo ciliar e, então a íris. Podem ser sintomáticos, principalmente com diminuição da acuidade visual, ou assintomático. O exame oftalmoscópico é geralmente suficiente para o diagnóstico de melanoma da úvea, porém a abordagem diagnóstica complementar na suspeita de Melanoma Malignos da Úvea inclui, inicialmente e principalmente, a ecografia ocular que permite avaliar as dimensões e definir a extensão intra e extra-ocular do tumor. Ainda podem ser utilizados a angiografia com fluoresceína (AGF), a angiografia com indocianina verde, a Biópsia Aspirativa por Agulha Fina (BAAF), a Tomografia computadorizada (TC) e a Ressonância magnética (RM) de órbitas. O melanoma maligno de úvea apresenta altas taxas de metástase, principalmente por via hematogênica, e normalmente, elas ocorrem muitos anos após o diagnóstico e seu sítio mais comum é o fígado. Dentre os fatores que têm sido correlacionados com um pior prognóstico para metástase e sobrevida nos melanomas uveais, os mais abordados têm sido a localização em corpo ciliar, o maior diâmetro basal e maior altura do tumor, alta taxa de regressão inicial do tumor após radioterapia e a extensão extra-escleral. Também características genotípicas como a monossomia do cromossomo 3 e ganhos no cromossomo 8 e histológicas como a predominância de células do tipo epitelióides e o padrão vascular, como alças vasculares fechadas dentro do tumor. Este estudo objetiva, então, conhecer os fatores prognósticos mais importantes permitindo estimar o risco de propagação metastática e o tempo de sobrevida, de acordo com as características tumorais. Trata-se de uma revisão bibliográfica não-sistemática, realizada através de consulta a bases de dados como Scielo e Pubmed e seleção dos artigos que preenchiam os critérios definidos. Foi possível concluir que todos os fatores prognósticos avaliados neste estudo podem, de alguma forma, auxiliar na decisão clínica individualizada de cada paciente, com ênfase para as alterações cromossômicas, representadas principalmente pela presença de monossomia 3 e de ganhos no cromossomo 8, por suas relações com os demais fatores e que a utilização desses fatores para garantir um melhor prognóstico depende, fundamentalmente, do diagnóstico precoce. Palavras-chaves: Melanoma Uveal, prognóstico, metástase, sobrevida. Nome aluno(a): ITANA NAIARA COSTA RIBEIRO Tema: Avaliação padrão de consumo de bebidas alcoólicas em discentes de Medicina Orientador: Profa M. Iêda Maria Barbosa Aleluia. RESUMO A bebida alcoólica é a droga psicoativa mais consumida em níveis global e nacional. O problema consiste nas conseqüências deletérias que o etilismo excessivo ocasiona, quais sejam porcentagens de morbi-mortalidade importantes e repercussões socioeconômicas gritantes. Nesse cenário, tem-se observado uma tendência mundial do aumento do padrão de consumo nocivo e da dependência do álcool entre os jovens universitários, destacando-se o discente de medicina incluído numa área de interseção entre vários subgrupos de risco para padrões de consumo nocivo e dependência alcoólica. Avaliar o padrão de consumo de bebidas alcoólicas entre discentes de medicina da EBMSP. O estudo foi transversal descritivo e analítico. O instrumento de coleta foi um questionário de auto-aplicação anônima. O mesmo é uma versão brasileira do questionário padrão da OMS, o AUDIT (Alcohol Use Disorders Identification Test). A amostra foi composta de 239 acadêmicos de medicina radomizados do 1º ao 6º anos. O banco de dados e as análises estatísticas foram feitos pelo software SPSS v 17. Considerando-se p<0,005, foi encontrada relação entre variável preditora e dependente somente entre sexo masculino e pertencer à zona de risco, p<0,001. Os estudos concordam que ser do sexo masculino e não ter religião são fatores de risco para padrão binge de consumo.As medidas de quantidade e freqüência sozinhas não são suficientes para avaliar um beber problemático. O ideal é associar mais dois métodos de avaliação: as dimensões das conseqüências negativas associados ao estilismo e as expectativas em relação ao uso do álcool. Palavras-chave: Dependência alcoólica; abuso de álcool; e etilismo entre discentes de medicina Nome aluno(a): VANESSA MALTA DE MOURA Tema: Determinantes do Diagnóstico tardio de AIDS Orientador: Prof. Dr. Nanci Ferreira Silva RESUMO INTRODUÇÃO: A infecção pelo HIV é considerada um problema de saúde pública, pela alta incidência mundial e por suas conseqüências, como o alto índice de mortalidade e de gastos anuais para o combate a esta epidemia. Apesar da existência de políticas públicas direcionadas para a assistência em HIV/AIDS, o diagnóstico tardio de HIV ocorre em cerca de 40% dos casos no Brasil. Além de obterem menor eficácia com a TARV, estes indivíduos apresentam uma maior incidência de AIDS e contribuem para a disseminação viral. Além disso, a diminuição da incidência da AIDS relaciona-se com a adesão a TARV, desde que esta foi prescrita pelo médico. OBJETIVOS: Identificar os fatores associados ao diagnóstico tardio de AIDS, as características sócio-econômicas e comportamentais dos pacientes com diagnóstico de tardio de HIV/AIDS, verificar as manifestações clínicas no momento da internação e identificar possíveis falhas na atenção primária. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, realizado no Hospital Geral Roberto Santos que utilizou uma amostra consecutiva dos pacientes internados com diagnóstico de AIDS, entre Agosto e Outubro de 2010. Os dados colhidos dos prontuários foram: sexo, idade, cor da pele, estado civil, escolaridade, trabalho, uso de drogas lícitas e/ou ilícitas, uso de preservativo, histórico de transfusão sanguínea, motivo para a realização do teste HIV, tempo entre a internação e o diagnóstico de HIV, número de consultas antes do diagnóstico de AIDS, manifestações clínicas, uso de TARV regular ou irregular, motivo da não adesão e número de óbitos. RESULTADOS: Foram coletados dados de 83 pacientes. Notou-se que maioria era do sexo masculino (65,0%), com faixa etária entre 31 a 46 anos (48,1%) de cor negra (44,6%), solteiro (80,7%), que não trabalhava (57,8%), que tinha o ensino fundamental incompleto (54,3%), que fazia uso do preservativo na minoria das vezes (78,6%), que tinha histórico de tabagismo (52,4%) e ingestão de bebida alcoólica (74,3%). Foi encontrado um menor percentual entre os UDI (12,8%). Dos 83 pacientes do estudo, 46 (55,4%) obtiveram o diagnóstico de AIDS no mesmo ano do diagnóstico de HIV. A maioria realizou o teste do HIV por solicitação médica (74,7%), uma vez que apresentavam manifestações clínicas relacionadas à infecção e passou por 1 consulta/internação antes do diagnóstico de AIDS (44,5%). As manifestações clínicas mais freqüentes foram; caquexia (91,5%), febre superior a 38º C (61,4%) e candidíase oral (54,2%). Dos 83 pacientes, 39 (46,9%) já fizeram uso da TARV. Destes, 34 (87,1%) faziam uso desta de forma irregular e o motivo mais prevalente deve-se à presença de efeitos colaterais (58,8%). No estudo, 13 (15,6%) pacientes morreram e destes, 9 (69,2%) faleceram no mesmo ano do diagnóstico de HIV. Esforços devem ser feitos para a realização do diagnóstico precoce de HIV, através de estratégias direcionadas para melhorar a percepção dos indivíduos, quanto aos riscos da infecção, e do médico, quanto aos sinais e sintomas do paciente, de modo a solicitar rotineiramente o teste anti-HIV. Além disso, as unidades dispensadoras da TARV devem identificar os pacientes com retirada irregular desses medicamentos e as possíveis barreiras psicossociais apresentadas por estes. PALAVRAS-CHAVE: Diagnóstico tardio; TARV; AIDS; teste anti-HIV. Nome aluno(a): PEDRO SERGIO BRITO PANIZZA Tema: Perfil epidemiológico da doença Meningocócica em Salvador – BA Orientador: Prof. Dr. Juarez Dias RESUMO Introdução: A doença meningocócica é uma enfermidade aguda causada pela bactéria Neisseria meningitidis, que pode apresentar-se com diversas manifestações clínicas, a depender da forma clínica expressada. Atualmente é considerada devido a sua gravidade, mas principalmente pelo grande potencial de disseminação, um problema de saúde pública mundial. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo de agregado espaço-temporal dos casos notificados de doença meningocócica, a fim de descrever o perfil epidemiológico da moléstia em Salvador no período de 2005 a 2009. Resultados: Durante o estudo foram notificados um total de 250 casos de DM em Salvador sendo 52% homens e 48% mulheres. A incidência média foi 1,72 casos/100.000 habitantes, e o risco de adoecer seguiu uma trajetória irregularmente ascendente nos anos, bem como a letalidade. No que diz respeito a faixa etária, o estudo apontou predileção da doença para indivíduos mais jovens. Os meses de agosto, maio e março, são aqueles que apresentam os maiores números de casos. Nos distritos sanitários encontrou-se heterogeneidade em termos de incidência e letalidade, sendo o distrito do Cabula/Beirú o de maior risco de adoecer e o do Centro histórico apresentou a maior taxa de letalidade. A forma clínica mais abundantemente presente em todas as faixas etárias foi a meningite sem exantemas, e a cultura foi o principal método laboratorial de confirmação do diagnóstico. A DM no período se comportou de forma endêmica com o acometimento das faixas etárias mais baixas. Porém com a divisão através dos distritos sanitários observou-se uma diferença geográfica em termos de número e principalmente de risco de adoecer, evidenciando o caráter da doença de afinidade por áreas com grande densidade populacional e menores faixas sociais. Conclusão: As altas taxas de morbidade e mortalidade da DM verificadas em Salvador/BA nos últimos anos, reforça a necessidade de implantação e implementação de políticas publicas mais consistentes, que favoreçam a educação em saúde, e medidas de prevenção, como: a vacinação, diagnóstico precoce da doença e a quimioprofilaxia oportuna nos comunicantes. Palavras-chave: Doença meningocócica, epidemiologia. Nome aluno(a): BERNARDO FERREIRA LESSA LIMA Tema: Fatores preditivos de mortalidade em pacientes vítimas de queimaduras Orientador: Prof. Jiuseppe Benitivoglio Greco Junior RESUMO Introdução: As queimaduras são lesões com altos índices de mortalidade. Estimase que no Brasil, 2 milhões de pacientes sejam acometidos por ano. Porém, apesar desse número elevado, o número de leitos especializados não corresponde a este dado, deixando a desejar em comparação com países desenvolvidos, como os Estados Unidos. A tentativa de determinar fatores preditivos de mortalidades no pacientes vítimas de queimaduras sempre foi uma constante no mundo, mas não é o que se vê no Brasil. Objetivo: O objetivo do presente estudo é englobar os dados em comum nos artigos encontrados no levantamento bibliográfico e deixar explicitas aquelas informações que ainda são divergentes nas diferentes frentes de estudo. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica utilizando artigos de qualquer desenho que estudaram os fatores preditivos de mortalidade em pacientes vítimas de queimaduras. A identificação dos artigos foi feita através de busca na Base de Dados Pubmed, Scielo e LILACS. As palavras chaves utilizadas foram: “mortalidade e queimadura” e seu correspondente na língua inglesa. Conclusão: Os dados que foram concordantes em todos os artigos analisados foram: superfície corpórea queimada acima de 40%, a presença de lesão por inalação de fumaça e de complicações infecciosas e respiratórias. Os outros fatores que apresentaram divergências foram: o agente etiológico, a idade e a profundidade da queimadura. Outros dados que poderiam ser analisados em estudos futuros: trombocitopenia, hipernatremia, relação com a tentativa de suicídio e a realização de cirurgias precoces. Palavras-chaves: Queimaduras, fatores preditivos e mortalidade Nome aluno(a): BERNARDO PATRICIO DULTRA Tema: Incidência de complicações da Facoemulsificação Orientador: Prof. Dr. Guilherme Castro Lima RESUMO Introdução: A catarata é a principal causa de cegueira previnível em todo o mundo, tendo só no Brasil cerca de meio milhão de novos casos de catarata por ano. O tratamento de escolha é cirúrgico sendo atualmente a facoemulsificação a técnica de escolha. Apesar de ser um processo seguro, não está isenta à riscos e as complicações podem ocorrer. Objetivo: Avaliar a incidência de complicações da facoemulsificação. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica não sitematizada de trabalhos científicos que analisaram a incidência de complicações da facoemulsificação. A pesquisa foi feita através de consulta aos sites PUBMED, Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, e na Biblioteca Virtual em Saúde-Bireme utilizando as bases de dasos LILACS, SCIELO e MEDLINE. As palavras-chave utilizadas foram facoemulsificação, complicações da facoemulsificação e Endoftalmite, tanto em Inglês quanto em Português. Os critérios inclusão foram artigos publicados em Inglês ou Português entre 1990 e 2010. O critério de exclusão foi artigos publicados em outras línguas. Resultados: Foram analisados 9 artigos tendo as complicações da facoemulsificação como tema, sendo que destes 4 artigos apresentaram a incidência de complicações em cirurgias por residentes que variou entre tendo a incidência variado entre 5% e 13%, um artigo apresentou a incidência em cirurgia realizada em idosos, que foi de 6,38, um artigo foi sobre a cirurgia bilateral que teve dos estudos que teve 7,1% de complicações, outro artigo que buscava possível associação de fatores de risco as complicações teve incidência de 7,1% de complicação e 2 artigos que tiveram como tema a endoftalmite, complicação mais temida da cirurgia apresentaram 0,14% e 0,2% de incidência de tal complicação. Conclusão: O estudo demonstra que é a cirurgia de facoemulsficação, técnica de escolha atualmente, apresenta resultados bons, mesmo em casos de cirurgias em idosos ou feitas por médicos residentes, porém, como qualquer procedimento ainda há espaço para evolução, as cirurgias por residentes ainda podem alcançar resultados melhores, e principalmente em relação a endoftalmite que não mostrou ter diminuído a sua incidência com o uso da facoemulsificação. Palavras-chave: Facoemulsificação – Complicações – Endoftalmite Nome aluno(a): CARLA LIZ VIENA Tema: Alterações da sexualidade durante a gestação. Orientador: Profª.Dra. Nilma de Castro Meira RESUMO A gestação é uma fase permeada de expectativas, dúvidas, medos e inseguranças, assim como, de transformações fisiológicas e psicológicas. Alterações na sexualidade relacionam-se com a presença de efeitos prejudiciais sobre a autoestima das gestantes, o que pode levá-las a um intenso desgaste emocional e psicológico. Este estudo tem como finalidade delinear as principais alterações da sexualidade da mulher durante a gestação, descrevendo: freqüência sexual, medo, interesse sexual, satisfação sexual, lubrificação, orgasmo, envolvimento emocional e desconfortos durante a relação sexual. Trata-se de um estudo descritivo dentro de abordagem qualitativa mediante entrevista semi-estruturada. Os sujeitos foram 10 gestantes do Ambulatório Docente- Assistencial da Bahiana (ADAB) com idades entre 18 e 36 anos, em amostra de conveniência. Utilizou-se como instrumento de avaliação dos dados obtidos nas entrevistas a Análise de Discurso (AD). Nos resultados, notou-se que durante o período gestacional ocorreram mudanças significativas na sexualidade, fato este observado em praticamente todos os aspectos estudados. As principais alterações relacionavam-se a: lubrificação, desejo sexual, orgasmo e freqüência sexual. É notória a repercussão da gestação na sexualidade feminina, tornando-se necessário o diálogo entre médico e paciente no que tange este tema, para que a gestante sinta-se à vontade para relatar seus medos, anseios e dúvidas, durante as consultas de pré-natal. Descritores: Gestação; Sexualidade; Função Sexual Nome aluno(a): FILIPE ALEXANDRE RODRIGUES DE SEIXAS Tema: Dislipemia em Gestantes. Orientador: Profa Dra Alina Coutinho Rodrigues Feitosa RESUMO Introdução: Dislipidemia é qualquer alteração nas concentrações de lipídios ou lipoproteínas plasmáticas, sendo determinada por concentrações lipídicas acima do percentil 95, para sexo e idade. Podem ser classificadas de acordo com o genótipo, etiologia e fenótipo laboratorial (através das análises laboratoriais bioquímicas) ou pelo padrão de lipoproteínas (classificação de Fredrickson). O metabolismo dos lipídios e lipoproteínas pode ser dividido, didaticamente, em ciclo exógeno, no qual há a formação de lipoproteínas a partir de lipídios da dieta e apoproteínas de secreção intestinal e em ciclo endógeno, no qual são sintetizadas as lipoproteínas no fígado, a partir do metabolismo de outras lipoproteínas circulantes sob a ação de enzimas e proteínas de transferência. Durante a gestação, alterações fisiológicas promovem mudanças quantitativas e qualitativas nas lipoproteínas circulantes, podendo ocorrer elevações nas concentrações de colesterol e triglicérides em cerca de 25 a 50% e em 200 a 400%, respectivamente. Objetivo: Realizar uma revisão não-sistemática da literatura sobre dislipidemia em gestantes, descrevendo o metabolismo lipídico na gestação, as principais complicações da dislipidemia e comorbidades que são associadas a esta patologia. Métodos: Foram consultados quatro bancos de dados para buscar artigos relevantes para a revisão. Somente artigos científicos nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola que eram congruentes com o tema foram incluídos no estudo. Foram excluídos artigos repetidos e revisões de literatura para a produção deste trabalho. Desta forma, o maior número de artigos encontrados foi incluído, desde que atendessem os critérios de inclusão e exclusão, resultando em aproximadamente 45 artigos científicos. Resultados: Na gestação, as alterações lipídicas devem-se a modificações hormonais e metabólicas. A hiperlipidemia é um fenômeno fisiológico e as concentrações mais elevadas dos lipídios e lipoproteínas ocorrem no segundo e terceiro trimestres. Nesta fase, o rápido crescimento fetal é sustentado pela mobilização das reservas adiposas da mãe e desvio de glicose da mãe para o feto mediado pela crescente resistência insulínica e por hormônios maternos. A dislipidemia na gestação pode ser deletéria para a mãe e para o feto, visto que aumento o risco de desenvolvimento de patologias graves como pancreatite aguda, esteatose hepática aguda não-alcoólica, macrossomia, aterosclerose e reprogramação genética fetais. Comorbidades metabólicas, como obesidade e diabetes, uso de medicações que predisponham a alterações lipídicas e histórias de dislipidemia familiar aumentam a chance de elevações significativas de lipídios séricos e conseqüentes complicações. O rastreamento da dislipidemia na gestação não é consenso na literatura, entretanto grupos de risco para hiperlipidemia severa podem se beneficiar do diagnóstico precoce e medidas dietéticas. Tabelas de distribuição de lipídios na gestação por trimestre devem ser usadas para estabelecer o diagnóstico. Conclusão: As concentrações de lipídios, lipoproteínas e apoproteínas no plasma aumentam durante a gravidez e são influenciadas por alterações nos hormônios maternos e outros fatores como índice de massa corpórea, ganho de peso na gestação, nutrição materna, concentrações de lipídios pré-gestacional, medicações e comorbidades. Severas complicações maternas e fetais podem ocorrer e embora não haja consenso sobre o rastreamento, a pesquisa em grupos de risco é recomendada. Palavras-chave: dislipidemia, gestação, metabolismo lipídico, complicações, comorbidades. Nome aluno(a): ROBERTA DANTAS AZEVEDO Tema: Fatores de risco para infecção do Trato Urinário em crianças com disfunção do Trato Urinário Inferior. Orientador: Prof. Dr. Ubirajara de Oliveira Barroso Junior. RESUMO A disfunção do trato urinário inferior (DTUI) é um problema freqüente na infância sendo importante por sua associação com infecções do trato urinário (ITU). É a principal causa de ITU em crianças que já largaram a fralda. Apesar de estar bem estabelecido a associação entre DTUI e ITU, não se sabe quais crianças com DTUI estariam mais propensas a desenvolver ITU. O objetivo do estudo foi analisar variáveis clínicas em pacientes com DTUI que possam representar fatores de risco para infecção urinária. 217 pacientes foram avaliados clinicamente quanto à presença de sintomas de disfunção do trato urinário inferior, de acordo com a definição da ICCS. O protocolo consistia em perguntas sobre gênero, idade, raça, urgência miccional, incontinência diurna, enurese noturna e sua freqüência, polaciúria, micção infreqüente, Giggle incontinence, incontinência aos esforços, dificuldade miccional, noctúria, manobra de Vincent, dança do xixi, característica do jato urinário, constipação, encoprese, presença de corrimento vaginal e dor hipogástrica. A prevalência de ITU geral, ITU febril e ITU recorrente (>3 episódios) no nosso trabalho foi respectivamente 63,6%, 41,8%, 37,3%. 70% dos pacientes com ITU geral eram meninas. 50,8% dos pacientes com corrimento vaginal apresentaram queixas de ITU febril e 60,6% dos pacientes com enurese noturna não apresentaram ITU febril. Raça também se mostrou fator de risco para ITU febril. 72% dos pacientes com dor hipogástrica, 50,8% dos pacientes que apresentaram corrimento vaginal. 73,5% dos pacientes com jato miccional contínuo e 74% dos pacientes sem dificuldade miccional não relatam história de ITU recorrente. Gênero também se mostrou fator de risco para ITU recorrente. Enurese noturna novamente se mostrou fator de proteção para recorrência de ITU. Os resultados sugerem que dificuldade miccional, jato miccional intermitente, dor hipogástrica são importantes fatores de risco modificáveis para ITU recorrente. Corrimento vaginal sugere ser fator de risco modificável para ITU febril e recorrente, enquanto que enurese noturna mostrou ser fator protetor para desenvolvimento de ambos os tipos de ITU. Palavras- chave: infecção trato urinário, disfunção do trato urinário inferior, fatores de risco. Nome aluno(a): MARIANA LIMA PORTOCARRERO Tema: Prevalência de Enurese noturna e disfunção do trato urinário inferior em crianças e adolescentes com Anemia Falciforme. Orientador: Prof. Dr. Ubirajara de Oliveira Barroso Junior. RESUMO Objetivo: Avaliar a freqüência de enurese noturna, urgência miccional, incontinência urinária e aumento da freqüência miccional nos portadores de anemia falciforme (forma homozigota) e compará-los a um grupo de crianças e adolescentes não portadoras. Materiais e Métodos: Foi realizado um estudo observacional, individuado, tipo corte transversal através do preenchimento de questionário por meio de entrevista a um dos responsáveis legais de crianças e adolescentes portadores da anemia falciforme e a um dos responsáveis legais de crianças não portadoras desta patologia, no período de abril de 2009 a Maio de 2010, totalizando 155 indivíduos com anemia falciforme e 100 indivíduos saudáveis, com idade de 5 a 18 anos, de ambos os sexos. Os questionários continham informações como sexo, idade, presença da enurese noturna, classificação da mesma em primária ou secundária, realização de tratamento para tal condição, idade de término da enurese noturna, presença da incontinência urinária diurna, urgência miccional e aumento da freqüência urinária. Os dados foram analisados com o auxílio do programa SPSS® e um valor de p < 0,05 foi considerado estatisticamente significativo. Resultados: Houve diferença significativa entre a presença da enurese noturna nos portadores da anemia falciforme quando comparados aos não-portadores, 50 (32,3%) X 5 (5,0%) (p = 0,000), respectivamente. Também foram significativas as diferenças entre os grupos com relação à incontinência urinária diurna: 36 (23,2%) X 11 (11,0%) (p= 0,014), à urgência miccional: 52 (33,5%) X 10 (10,0%) (p= 0,000) e ao aumento da freqüência urinária: 49 (31,6%) X 6(6,0%) (p = 0,000), respectivamente. A prevalência da enurese noturna entre os portadores da anemia falciforme decresceu com o aumento da idade, estando presente em 50% dos indivíduos de 5 a 7 anos, 31,9% dos indivíduos 8 aos 10 anos, 29,3% dos indivíduos de 11 a 14 anos e 21,6% dos indivíduos de 15 a 18 anos. O mesmo padrão não foi visto com relação à incontinência urinária diurna, que evidenciou maior prevalência (39,0%) entre 11 e 14 anos. Conclusão: Foi evidenciada associação estatisticamente significante entre a anemia falciforme e a enurese noturna, a incontinência urinária diurna, a urgência miccional e o aumento da freqüência urinária. Palavras-chave: anemia falciforme, disfunção do trato urinário inferior, enurese noturna. Nome aluno(a): CARLA REALE BATISTA Tema: Conhecimento de estudantes de Medicina sobre doação e transplante de órgãos. Orientador: Profa. Dra. Liliane Elze Falcão Lins Kusterer RESUMO Objetivo: Avaliar o conhecimento de estudantes de medicina sobre doação e transplantes de órgãos e o conceito de morte encefálica (ME), além de identificar os possíveis fatores contrários à doação de órgãos e tecidos. Métodos: Trata-se de um estudo de corte transversal realizado com 266 estudantes de medicina do primeiro ao quarto ano de graduação. A coleta de dados foi realizada entre agosto e outubro de 2010 através da aplicação de um questionário, contendo dados demográficos e 13 perguntas de múltipla escolha sobre o tema. Resultados: Dentre os entrevistados, 61,3% tiveram atividades didáticas sobre transplantes de órgãos durante o curso. Sessenta por cento dos estudantes avaliaram o seu conhecimento, sobre o tema, como regular. Oitenta e oito por cento dos estudantes acertaram o conceito de morte encefálica e 72% tinham noções de como realizar o diagnóstico. Em relação a quais transplantes poderiam ser realizados intervivos, 78,9% responderam corretamente. Já com relação aos transplantes realizados sem batimentos cardíacos, 45,4% acertaram a questão e 53,4% não souberam responder. Quando perguntados sobre a intenção de doar órgãos e tecidos, 78,6% eram doadores, sendo que a análise por semestre mostrou aumento progressivo na intenção de doar. Com relação aos cuidados que devem ser tomados para a manutenção do potencial doador de órgãos, 75,5% dos estudantes desconheciam as medidas de suporte necessárias. No que se refere à comunicação familiar da morte de um parente, 50,4% sabiam como era feita essa abordagem. Conclusão: Foi possível concluir que a maioria dos estudantes de medicina da amostra estudada apresentou conhecimento sobre morte encefálica e que durante o curso médico, os estudantes adquirem maior conhecimento sobre transplante e doação de órgãos e tecidos. Este conhecimento adquirido aumenta a intenção de doar, sugerindo que a educação seja imprescindível para melhorar as taxas de doação de órgãos. Dessa forma, é necessária a inserção de matérias ou cursos específicos de doação de órgãos e tecidos para transplantes no currículo das faculdades de medicina. Descritores: Transplantes, Morte Encefálica, Estudantes de Medicina, Doação de Órgão, Doação de Tecido. Nome aluno(a): EMANUELA MIRANDA LIMA SANCHO Tema: Perfil das adolescentes grávidas acompanhadas em uma Instituição Pública em Salvador. Orientador: Dr. David da Costa Nunes Júnior RESUMO Sabe-se que a gravidez na adolescência pode trazer riscos importantes tanto para a mãe quanto para o feto. Além disto, muitas jovens, ao engravidar, interrompem seus estudos, limitando suas oportunidades de inserção no mercado de trabalho. Faz-se necessário o planejamento de ações voltadas para a saúde sexual e reprodutiva, fornecendo a estas mulheres informações sobre a iniciação sexual, métodos contraceptivos e assistência pré-natal adequada, visando à saúde da jovem e da criança. Conhecer os fatores envolvidos com a ocorrência de gravidez na adolescência surge, então, como condição primeira para que estas ações sejam efetivas em sua proposta. Objetivo: Este estudo se propôs a conhecer o perfil das adolescentes grávidas atendidas em uma instituição pública em Salvador, Bahia. Métodos: Tratase de estudo descritivo de corte transversal com coleta de dados realizada em uma maternidade pública da Rede Hospitalar Própria do Estado, localizada em Salvador, Bahia. Foram abordadas as adolescentes (10-20 anos incompletos) grávidas atendidas pelo Ambulatório de Pré-natal no período de 30.07.2010 a 10.09.2010. A coleta dos dados deu-se através da aplicação de um questionário. A análise estatística foi realizada utilizando-se o programa Statistical Package for the Social Sciences – SPSS versão 14.0. A significância da associação entre as variáveis foi avaliada através do teste do Qui-quadrado. Resultados: A idade média das participantes foi de 16,68 anos, variando de 12 a 19 anos. As idades médias da menarca e do início da vida sexual foram de 12,44 anos e 14,29 anos, respectivamente. Quanto ao estado civil, 44,7% das adolescentes eram solteiras, 40,4% tinham um relacionamento estável (companheiro). A maior parte delas (72,3%) referiu-se parda e 46,8% disseram não possuir religião. No momento da entrevista, 57,4% não estudavam. A maioria (95,7%) não exerce atividade remunerada, tendo como responsáveis pelo seu sustento o companheiro (57,4%), seguido pelos pais (38,3%). A renda familiar mais prevalente foi entre 1-3 salários mínimos (34%) e 25,5% moravam com mais 2 pessoas. Dentre as adolescentes, 80,9% utilizavam algum método anticoncepcional, destas, 48,9 % usavam pílula, enquanto apenas 14,9% faziam uso regular de preservativo. 91,5% delas estão em sua primeira gestação e entre as que já estiveram grávidas antes, a maioria (6,4%) estão em sua segunda gestação. Discussão: Este estudo confirmou a tendência apontada pela literatura de início cada vez mais precoce da vida sexual. Percebe-se associação de gravidez na adolescência com baixa escolaridade, evasão escolar precoce e baixa renda familiar. Verificou-se que um número significativo de adolescentes nunca tinham recebido orientação sobre planejamento reprodutivo, o que identifica falha no papel da família, escola e sistema de saúde em gerar nos jovens um comportamento sexual preventivo. A identificação de uma alta porcentagem de jovens que afirmou utilizar métodos anticoncepcionais denota uso inadequado destes métodos (já que, ainda assim, engravidaram), confirmando a defasagem de conhecimento sobre planejamento reprodutivo. Conclusão: Percebese que a questão da gravidez na adolescência é um fenômeno multifatorial, devendo ser abordado nos seus diversos aspectos, destacando-se a participação da família, escola e setores de saúde neste processo. Palavras-chave: Gravidez na adolescência; Anticoncepção; Saúde reprodutiva; Sexualidade. Nome aluno(a): HEIDER CERQUEIRA DO NASCIMENTO Tema: Prevalência de depressão em pacientes submetidos á Hemodiálise na Região de Alagoinhas Orientador: Profa Elise Schaer Resumo Introdução: A Doença Renal Crônica Terminal (DRCT), quando diagnosticada, é uma doença que resulta em inúmeros processos adaptativos que em sua maioria afetam diretamente a qualidade de vida do paciente. Segundo a literatura, a depressão parece ser a morbidade psiquiátrica mais comum ou das mais freqüentes entre os pacientes portadores de DRCT submetidos à hemodiálise. Porém, a depressão continua amplamente subdiagnosticada nessa população, privando os pacientes dos benefícios de um tratamento. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo calcular a prevalência de depressão nos pacientes portadores de DRCT em tratamento hemodialítico em um centro de diálise conveniado com o Sistema Único de Saúde na cidade de Alagoinhas, Bahia e estimar essa prevalência em relação ao sexo, idade, estado civil, escolaridade, ocupação, doença de base e tempo de hemodiálise dos pacientes. Material e Método: Este é um estudo observacional transversal prospectivo. O centro de diálise disponibiliza 32 máquinas de hemodiálise e possui dois turnos de realização da hemodiálise operando de segunda-feira a sábado. O número total de pacientes nesse serviço atualmente é de 128 indivíduos. Os pacientes que preencheram os critérios de inclusão foram aqueles acima de dezoito anos de idade e que por livre e espontânea vontade assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido para participação da pesquisa. A coleta de dados ocorreu após prévio consentimento da instituição e aprovação do projeto de pesquisa pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Fundação Bahiana para Desenvolvimento das Ciências. Aos pacientes selecionados foi aplicado o Inventário de Depressão de Beck. Este é um questionário padronizado, bastante reconhecido e utilizado em pesquisas para avaliação diagnóstica de depressão. Resultados: Participaram do estudo 65 pacientes. A maioria desses pacientes é do sexo masculino, casado, possui idade entre 40-59 anos, escolaridade até o ensino fundamental, não trabalha, possui hipertensão arterial ou diabetes mellitus como doença de base e tempo de hemodiálise entre 0-5 anos. Quando aplicado o Inventário de Depressão de Beck 25 (38,5%) pacientes obtivetam escore sugestivo de depressão. Conclusão: Há uma tendência maior em existir depressão nos pacientes submetidos à hemodiálise. Sendo assim, fica claro que deve haver um cuidado maior por parte dos médicos e profissionais de saúde com esse grupo de pacientes, visando um compromisso maior em investigar, diagnosticar e tratar a depressão, contribuindo para um bom prognóstico e melhorias na qualidade de vida. Palavras chaves: Doença Renal Crônica Terminal, hemodiálise, depressão, Alagoinhas. Nome aluno(a): FERNANDO MORBECK ALMEIDA COELHO Tema: O custo da retinopatia diabética na Saúde pública da Bahia Orientador: .Dr. Rafael Ernane RESUMO Introdução: A prevalência do Diabetes Mellitus (DM) está aumentando em todas as faixas etárias no decorrer dos anos. Isso está causando um grande impacto econômico à sociedade, pois o DM provoca complicações macroangiopáticas e microangiopáticas devido ao estado de hiperglicemia crônico, causando elevados índices de morbi-mortalidade. A retinopatia diabética (RD) é uma das complicações mais comuns, estando presente tanto no DM tipo 1 como no DM tipo 2, sendo que após 10 anos de evolução, 58% dos casos desenvolvem a doença retiniana. De acordo com o Sistema Único de Saúde (SUS), a RD é a principal causa de cegueira adquirida do Brasil, causando um considerável impacto econômico e social. O estudo sobre os gastos públicos com a RD no Brasil e Bahia ainda são escassos. Então, faz - se necessário quantificar o custo dessa enfermidade microangiopática na Saúde Pública do estado. Objetivo: Estimar o custo econômico da RD para o Sistema Público de Saúde da Bahia. Secundariamente, realizar o desenho demográfico dos gastos públicos com a RD no estado baiano. Metodologia: Foi realizado um estudo descritivo de morbidade (prevalência) sobre o custo da retinopatia diabética na Saúde Pública da Bahia. Para tanto, foram usadas informações do banco de dados do SUS (DATASUS) entre 2004 e julho de 2010 para o SIA/SUS (movimentação ambulatorial) e entre 2000 e julho de 2010 para o SIH/SUS (movimentação hospitalar) sob o código do CID-10 H36.0 (Retinopatia Diabética). Resultados: Em relação à movimentação ambulatorial da RD, houve um gasto de R$ 3.249.558,00 no período estudado, sendo realizados 71.983 procedimentos. Parte majoritária dos serviços foi feito em indivíduos com idade entre 51 e 60 anos (26%). A região Leste do estado foi a que realizou o maior número de produção ambulatorial (64.366), utilizando R$ 2.202.869,00. Quanto à internação hospitalar, houve um gasto de R$ 26.623,53, sendo que 75% oriunda de procedimentos do tipo eletivo. A cirurgia mais realizada no período foi a Crio – Retinopexia. Discussão e Conclusão: Houve um grande crescimento da carga de movimentação ambulatorial, principalmente em indivíduos com idade superior a 65 anos. Sendo relevante saber o real motivo desse crescimento: aumento da prevalência do DM e, conseqüentemente, da RD ou maior acesso da população ao Sistema Público de Saúde. A região Leste apresentou o mais elevado custo com a RD, enquanto outras áreas tiveram pouca movimentação, evidenciando uma provável falta de distribuição dos recursos públicos. Outro fator relevante a ser analisado são os gastos na previdência social, pois, de acordo com o SUS, a RD é a principal causa de cegueira adquirida no Brasil. Logo, deve haver uma forte Política Pública de Saúde para que previna e oriente a população sobre os riscos da doença retiniana. Descritores: Retinopatia diabética; Retinopatia diabética/custo; Diabete mellitus; Cegueira; Fotocoagulação a laser; Triagem; Prevalência; Saúde Pública Nome aluno(a): FILIPE BACELLAR DE FARIA Tema: O valor da punção aspirativa com agulha fina (PAAF) da Tireóide em nódulos menores que um centímetro. Orientador: Prof. Marcelo Esteve RESUMO Introdução: A presença de nódulos da tireóide é uma condição clínica cada vez mais comum, sendo detectados pela palpação em cerca de 4% das pessoas em áreas de bócio não endêmico. Se esta avaliação for feita com base na ultrasonografia (USG), o percentual fica entre 30 e 50%. A USG, no entanto, não define a malignidade ou não do nódulo. A punção aspirativa por agulha fina (PAAF) está indicada pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia para nódulos > 1 cm ou para nódulos suspeitos < 1 cm. Sua utilização na avaliação inicial, no entanto, ainda é discutida. Objetivo: Avaliar a proporção de positividade de câncer de tireoide em nódulos menores que um centímetro. Metodologia: Foi realizado um estudo descritivo de levantamento retrospectivo de prontuários de pacientes do Instituto Diagnóstico da Mulher (IDM), uma entidade particular, localizado na cidade de Feira de Santana, Bahia. Trata-se de uma amostra de conveniência em que foram selecionadas 432 pacientes. As informações obtidas foram inseridas em banco de dados do Microsoft Office Excel 2007 e analisadas no software R (versão 2.11.1). A análise descritiva (freqüência absoluta / relativa, média aritmética e desvio padrão) foi realizada com a finalidade de identificar as características gerais e específicas da população estudada. Resultados: A distribuição, segundo os resultados da análise citopatológica, mostrou que a maioria das pacientes (67,9%) apresentava lesões benignas, que 11,3% eram portadoras de neoplasias malignas, que 2,3% apresentavam neoplasia de células de Hürthle, que 3,5% foram consideradas indeterminadas e que em 15% as amostras foram consideradas insatisfatórias. Discussão: A proporção de positividade de câncer de tireóide em nódulos menores que um centímetro foi de 11,3%, dado que sugere que o tamanho do nódulo tireoidiano não deve ser um fator decisivo na conduta do paciente. A aplicação de um programa baseado na realização complementar de ultrassom e PAAF permite o diagnóstico precoce de câncer da tireóide, no entanto, esta realidade parece um pouco distante para grande parte da população. Nome aluno(a): LEONARDO LUQUINE MOREIRA DE SOUZA Tema: Novas drogas utilizadas no controle da forma Neovascular da Degeneração Macular relacionada á idade. Orientador: Prof. Dr. Guilherme Castro Lima de Carvalho RESUMO A Degeneração Macular Relacionada a Idade (DMRI) é uma doença degenerativa que acomete a área central da retina ocasionando perda gradual da visão central sendo a principal causa de cegueira sob o ponto de vista legal nos pacientes com mais de 50 anos de idade e a terceira causa de cegueira no mundo. A DMRI é classifica em dois tipos: atrófica ou exudativa (neovascular), sendo que esta última é a forma mais grave. Existem vários tratamento disponíveis, mas nenhum com resultados satisfatórios. O que mudou nos últimos anos com uma melhor compreensão da fisiopatologia da DMRI neovascular de que o fator de crescimento do endotélio vascular (VEGF) é um dos mais importantes mediadores das fases iniciais da angiogênese o que possibilitou a utilização de um novo recurso terapêutico como as drogas antiangiogênicas como por exemplo: o bevazizumab e o ranibizumab. O presente trabalho analisou os dados clínicos dos trabalhos que utilizaram a injeção intra-vítrea das drogas no tratamento da DMRI. Foi realizado uma revisão de literatura com as palavras chave: ranibizumab, bevacizumab, intravitreal, age-related macular degeneration e neovascular nas seguintes bases de dados: LILACS, MEDLINE e SciELO, nos sites: PUBMED e Arquivos Brasileiros de Oftalmologia e na Biblioteca Virtual em Saúde e também foram aceitos artigos cedidos. Foram selecionados, segundo os critérios de inclusão, 8 artigos sobre os efeitos do uso da droga bevacizumab; 5 artigos sobre os efeitos do uso da droga ranibizumab e 3 estudos que comparam as drogas ranibizumab e bevacizumab. Foi observado melhora da acuidade visual e manutenção desta na maioria dos artigos com superioridade em relação ao tratamento padrão e incidência relativamente baixa de efeitos adversos. Isso indica que as drogas antiangiogênicas parecem ser a melhor e mais segura opção, mesmo quando associadas, para o tratamento da DMRI do tipo neovascular. Palavras-chave: bevacizumab, ranibizumab, degeneração macular relacionada à idade neovascular, terapias antiangiogênicas Nome aluno(a): FELIPPE VIEIRA MOTA Tema: Avanço na cirurgia plástica do abdomem Orientador: Prof. Dr. José Humberto de Oliveira Campos Resumo Introdução: O abdome é uma das regiões que mais preocupam os pacientes que procuram a cirurgia plástica. A abdominoplastia consiste de lipectomia abdominal baixa, associada à reparação músculo-fascial, o que se consegue com a plicatura das aponeuroses dos músculos retos abdominais. Foram escolhidas quatro técnicas de abdominoplastia para serem comparadas nesse trabalho: Abdominoplastia Clássica, Abdominoplastia com descolamento seletivo, Abdominoplastia em Âncora, Abdominoplastia com retirada da camada lamelar supra-umbilical. O objetivo desse trabalho é comparar as taxas de complicações pós-operatórias entre as diferentes técnicas de abdominoplastia. Métodos: No site do Pubmed, foi feita a pesquisa com a palavra-chave abdominoplasty. Foram escolhidos artigos publicados entre 1990 e abril de 2009. No site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – SBCP foram acessadas as publicações da Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (RBCP). Foi feita uma busca avançada utilizando as palavras-chave: abdome; abdome/cirurgia; abdominoplastia; abdominoplastia associada à cirurgia ginecológica; abdominoplastia associada à cirurgia cavitária; abdominoplastia em avental e abdominoplastia pós-grandes perdas ponderais. Foram escolhidos artigos entre 1997 e 2009. Resultados e Discussão: O seroma é a complicação mais freqüente das abdominoplastias e corresponde a 37% de todas as complicações. Abdominoplastia em Âncora possui o maior índice de seroma. O tempo cirúrgico é uma variável que contribui consideravelmente para a infecção Por ser um procedimento muito associado a outras cirurgias, aumentando o tempo do ato operatório a Abdominoplastia Clássica apresenta maiores índices de infecção. Nas Abdominoplastias com retirada da camada lamelar supra-umbilical e Clássica, o risco de haver sangramentos é maior, aumentando também o risco de hematoma. Abdominoplastia com descolamento seletivo tem a maior taxa de hipertrofia cicatricial porque talvez a mesma sofra ação das forças de retração da pele. Nenhuma explicação ou hipótese foi elucidada sobre a casuística necrose de retalho abdominal. Na Abdominoplastia clássica a relação com o índice de infecção foi proposta para explicar a taxa de deiscência. Por ser um procedimento muito associado a outras cirurgias, aumentando o tempo do ato operatório, a Abdominoplastia clássica apresenta índices de TVP e embolia pulmonar. Conclusão: Nenhuma das técnicas comparadas se mostrou superior. Palavras chaves: abdominoplastia, avanços em abdominoplastia, complicações das abdominoplastias, comparação entre abdominoplastias. Nome aluno(a): THAIANA CARNEIRO DE CASTRO Tema: Características clínicas e patológicas dos pacientes com Neoplasia maligna de glândula salivar maior em Hospital de Referência no Estado da Bahia. Orientador: Prof. Dr. Leonardo de Souza Kruschewsky RESUMO INTRODUÇÃO: As neoplasias de glândulas salivares constituem um grupo raro de tumores e acometem mais freqüentemente a glândula parótida, seguida pelas glândulas submandibular e sublingual. OBJETIVO: Descrever as características clínicas e patológicas dos pacientes com diagnóstico de câncer de glândula salivar maior. MÉTODOS: Realizou-se um estudo descritivo dos pacientes com diagnóstico de neoplasia maligna de glândula salivar maior no Hospital Aristides Maltez (HAM), no período entre janeiro de 2002 a dezembro de 2006. A coleta dos dados foi feita retrospectivamente, pela análise de 30 prontuários médicos, constantes no Serviço de Arquivo Médico e Estatístico (SAME) do HAM. Coletou-se informações referentes à idade, sexo, profissão, procedência, cor da pele, tabagismo, etilismo, localização anatômica da lesão, diagnóstico, estadiamento, tratamento e recorrência. A análise estastística foi realizada por meio de técnicas de estastística descritiva. RESULTADOS: Foram selecionados 30 casos, com proporção equivalente entre homens e mulheres de 1:1. A idade média geral foi de 46,17 anos, com pico de incidência na quinta década de vida. A parótida foi a glândula salivar mais atingida (76,7%). A glândula submandibular foi atingida em 20% dos casos, seguida pela glândula sublingual (3,3%). Os três tipos histológicos mais freqüêntes foram: carcinoma mucoepidermóide (30%), carcinoma adenóide cístico (16,7%) e carcinoma de células escamosas (16,7%). CONCLUSÃO: De maneira geral, os dados encontrados neste estudo são compatíveis com os de diversos relatos na literatura nacional e internacional, apresentando discretas variações entre as populações. PALAVRAS-CHAVE: Neoplasia. Glândulas salivares. Epidemiologia. Nome aluno(a): FERNANDA LOMANTO SAMPAIO TAVARES Tema: Impacto do advento da quimioterapia neoadjuvante na curabilidade e pacientes com carcinoma colorretal e metástase hepática exclusiva. Orientador: Prof. Dr. Cláudio de Almeida Quadros RESUMO INTRODUÇÃO: As metástases hepáticas se desenvolvem em 20-70% dos pacientes com carcinoma colorretal e representam a principal causa de morte nesta doença. Atualmente, a ressecção cirúrgica é o único tratamento que pode garantir sobrevida a longo prazo e oferecer cura quando as metástases hepáticas podem ser totalmente ressecadas com margens livres, quando o câncer primário está controlado e quando não há doença extra-hepática irressecável. Em geral, a taxa de sobrevida em 5 anos após a ressecção hepática varia entre 25% a 40%. Infelizmente, cerca de 85% dos pacientes com estádio IV da doença tem metástase hepática considerada, a princípio, irressecável. Entretanto, o advento da quimioterapia neoadjuvante tem aumentado a porcentagem de pacientes elegíveis para a cirurgia potencialmente curativa, tornando metástases potencialmente irressecáveis em ressecáveis e melhorando a sobrevida e o prognóstico desses pacientes. MÉTODOS: Esta é uma revisão bibliográfica não sistemática, sendo o levantamento de dados realizado através de consulta ao PubMed, Medline-Bireme e Lilacs-Bireme, utilizando-se, a partir de várias combinações, os seguintes descritores: 1) colorectal cancer; 2) liver metastases; 3) neoadjuvant chemotherapy; 4) adjuvant chemotherapy; 5) surgical resection. CONCLUSÃO: A quimioterapia neoadjuvante deve ser considerada o tratamento padrão para a maioria dos pacientes com carcinoma colorretal e metástases hepáticas ressecáveis e para aqueles com metástases potencialmente ressecáveis e também para metástases irressecáveis. PALAVRAS-CHAVE: carcinoma colorretal; metástase hepática; quimioterapia neoadjuvante; ressecção cirúrgica. Nome aluno(a): NATHÁLIA ALMEIDA PINTO Tema: Análise do KI67 como marcador prognóstico em pacientes com Câncer de Mama Orientador: Dr. Carlos Sampaio RESUMO Introdução: O Ki67 é um marcador de proliferação celular em câncer de mama invasivo. Nas últimas décadas, estes marcadores têm sido avaliados como potenciais fatores prognósticos em câncer de mama, definidos como fatores associados com desfechos clínicos como sobrevida e tempo livre de doença. Objetivos: Avaliar a correlação entre expressão de Ki67 e a indicação ou não de tratamento quimioterápico no tratamento de pacientes com câncer de mama, bem como sua correlação com outros marcadores prognósticos como grau histológico, tamanho do tumor, positividade para receptores hormonais, expressão de Her-2, invasão angiolinfática, recidiva da doença e desenvolvimento de metástases linfonodais e/ou distância. Materiais e Métodos: Foi realizado um estudo descritivo com coleta de dados retrospectiva. A população foi composta por 332 pacientes com câncer de mama invasivo atendidas entre 2000 e 2009 em clínica privada de Salvador, Bahia. Os dados foram coletados em fichas de coleta padronizada e analisados através do teste do Qui-Quadrado (X²). Resultados: Observou-se correlação positiva e estatisticamente significante entre maior expressão de Ki67 alta e menor expressão dos receptores de estrógeno, progesterona, maior tamanho do tumor, maior grau de diferenciação, maior percentagem de invasão angiolinfática, maior taxa de metástase linfonodal e à distância e maior indicação de quimioterapia adjuvante. Foram encontradas correlações numéricas não estatisticamente significantes entre expressão de Ki67 e expressão de Her-2, recidiva da doença e quimioterapia para tratamento de recidiva local da doença e metástase. Discussão: Como previsto, foi encontrada correlação entre maior expressão de Ki67 e fatores que indicam pior prognóstico para o câncer de mama. A correlação entre expressão de Ki67 e Her-2 provavelmente obteria significância estatística numa amostra maior. Os tumores que expressam receptores de estrógeno estão associados a um maior número de metástases ósseas, se beneficiando mais do tratamento com hormonioterapia do que quimioterapia. Isso explica a falta de significância estatística entre Ki67 alto e maior índice de quimioterapia para recidiva local da doença e metástases. Observou-se que o grupo de pacientes com Ki67 alto utiliza mais quimioterapia. A falta de correlação entre expressão de Ki67 e maior índice de recidiva da doença revela os resultados benéficos da maior utilização de quimioterapia nessas pacientes. Palavras-chave: Ki67, câncer de mama, quimioterapia. Nome aluno(a): PEDRO ALVES DE SOUZA NETO Tema: Atividade física na Terceira Idade: Benefícios pessoais e sociais. Orientador: Prof. Dr. Almério de Souza Machado Júnior RESUMO A atividade física (AF) para a terceira idade é tema importante, mesmo estratégico, tanto do ponto de vista individual (com benefícios para saúde) quanto de uma visão ampla da sociedade, a qual está cada vez mais envelhecida no Brasil. Os benefícios da atividade física para a saúde e longevidade são intuitivamente conhecidos desde o princípio dos tempos. Individualmente, esta atividade física fortalece uma relação do idoso com outros idosos e com seus monitores, geralmente mais jovens, proporcionando uma série de benefícios significativos, como conhecer pessoas da mesma idade, partilhar objetivos, esforços, desilusões, alegrias, idéias. O crescente aumento da população idosa no mundo chama a atenção para diversos aspectos, como saúde, educação e exercícios. Vários documentos já enfatizaram a importância da ação dos profissionais de saúde e entidades governamentais no estímulo a atividade física, assim como seu impacto sobre a saúde pública. O objetivo deste trabalho é, através de uma revisão de literatura, demonstrar a grande possibilidade que a prática de atividade física dá ao idoso de manter seu aspecto biopsicofisiológico íntegro, para um envelhecimento saudável pelo maior tempo possível. Foi realizado uma revisão não exaustiva da literatura. Foram usados como palavras chave: “atividade física”, “terceira idade”, “idoso” e “saúde”, nos bancos de pesquisa do Google e Scielo. Os benefícios do exercício podem ter grande impacto sobre a saúde pública. Foi observado que: 1 - em alguns casos, o fracasso da reabilitação nas atividades físicas pode ser devido à falta de envolvimento da família no processo reabilitador; 2 - as atividades físicas para os indivíduos na terceira idade devem visar à manutenção de um estado saudável, e às suas capacidades necessárias para as atividades de vida diárias; 3- a atividade física regular pode contribuir muito para evitar as incapacidades associadas ao envelhecimento; e 4 - o envelhecimento é um processo muito heterogêneo e a recomendação de atividade física para os idosos deve ser individualizada. Assim, o compromisso de realizar atividades físicas que auxiliem os idosos em suas atividades da vida diária deve ser pautado em resultados concretos como os que apresentam este estudo. Foi possível concluir também que o programa de hidroginástica está auxiliando a manutenção da autonomia do idoso. Ao se verificar todas as variáveis necessárias para uma prática eficiente do exercício físico, esta funcionará como veículo facilitador para o autoconhecimento, paz interior, responsabilidade, prazer, integração, harmonia, solidariedade, independência, equilíbrio, motivação, autonomia, ou seja, qualidade de vida! Palavras-chave: Atividade Física. Terceira Idade. Idoso. Saúde. Nome aluno(a): LEONARDO FREITAS LOPES Tema: Prevalência de Fribomialgia em um Serviço Particular de Referência para o tratamento da DOR em Salvador- Ba Orientador: Profº Dr. Túlio César Azevedo Alves RESUMO Introdução: A fibromialgia (FM) é definida como uma síndrome dolorosa músculo-esquelética não-inflamatória de caráter crônico. As principais manifestações clínicas são 7queixas álgicas distribuídas difusamente pelo corpo, sensação de fadiga e distúrbios do sono. Os critérios de classificação de acordo com o American College of Rheumatology (ACR) são: dor difusa persistente por mais de três meses e presença de dor em 11 dos 18 pontos dolorosos (tender points); podendo ocorrer cefaléia e rigidez associados, parestesias, dificuldades de memória, palpitações, tonturas, sensações de inchaço e dor torácica. No Brasil, estima-se que cerca de 50 milhões de pessoas padeçam de algum tipo de dor. Este é o principal motivo de procura por assistência de saúde, sendo considerada hoje um grave problema de saúde pública. Esta síndrome afeta de 6 a 20% dos pacientes das clínicas reumatológicas, quase 10% dos casos em consultas de dor crônica e entre 0,5% e 5% da população geral. No Brasil, um estudo epidemiológico sobre doenças reumáticas, realizado na cidade de Montes Claros, mostrou que a síndrome da fibromialgia foi a segunda desordem reumatológica mais freqüente, com prevalência de 2,5% na população geral. Objetivo: Calcular a Prevalência da fibromialgia em uma Unidade de Referência em Salvador, além de relatar o perfil dos pacientes portadores desta síndrome dolorosa e os seus possíveis impactos na sociedade. Metodologia: Este trabalho foi elaborado a partir de um estudo descritivo retrospectivo de prevalência referente ao período de Junho de 2008 a setembro de 2010. Foi realizado em uma Unidade Particular de Referência para o Estudo e Tratamento da Dor na cidade de Salvador. A coleta de dados ocorreu após prévio consentimento da Instituição e aprovação do projeto de pesquisa pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), sendo garantida a confidencialidade, o anonimato e a não utilização das informações em prejuízos de outrem. Foi realizada uma uma busca em Prontuários, visando calcular a prevalência de Fibromialgia, dentre os pacientes atendidos no período referido, destacando fatores como: sexo, idade, e estado civil. Resultados: A prevalência de pacientes com fibromialgia correspondeu a 7,8% (129/1657) da amostra total (N=1657). Dentre os pacientes com fibromialgia (n=157), houve uma predominância de pacientes do sexo feminino (124/129) representando 96,1% dos pacientes com fibromialgia Conclusão: A prevalência de fibromialgia na população em estudo, no serviço de referência em dor em Salvador, foi de 7,8% e mais prevalente no gênero feminino (96,1%) do que no masculino, acometendo especialmente a faixa etária de 40 a 59 anos de idade. Mais estudos de prevalência de dor, principalmente sobre fibromialgia devem ser estimulados com a finalidade de auxiliar na estimativa do número de pessoas que podem estar sofrendo com esta síndrome, além de servir como banco de dados para o planejamento e orçamento da saúde pública. Palavras-chave: fibromialgia; dor; saúde pública Nome aluno(a): MARINA MORAES SOBRAL Tema: Sintomas depressivo em crianças e adolescentes com diabetes Melito tipo 1. Orientador: Prof. Dr. Crésio de Aragão D. Alves RESUMO Objetivo: Estimar a prevalência de sintomatologia depressiva em diabéticos de 7 a 17 anos e identificar fatores de riscos associados a este distúrbio psicológico. Materiais e métodos: Estudo de corte tansversal, descritivo, realizado entre março e setembro de 2010, numa amostra de 63 crianças e adolescentes com diabetes melito tipo 1 (DM1), acompanhados em um serviço público de referência, utilizando o “Children’s Depression Inventory – CDI”, adaptado e validado transculturalmente para pacientes brasileiros. Escores superiores ou iguais a 17 foram considerados como indicadores de sintomatologia depressiva. Resultados: Foram estudados 63 pacientes (31 masculinos, 32 femininos), com idade média de 12,9±2,9 anos (7-17 anos). A prevalência de sintomas depressivos foi 11,1%, com preponderância no gênero feminino (71%) e em pacientes púberes (71%). Demonstrou-se ainda, associação entre sintomas depressivos e fatores de risco como: episódios hipoglicêmicos, maior número de visitas ao pronto-atendimento (PA) por descompensação do DM1, má adesão à dieta e pouca atividade física. Também foi observado que 38% dos diabéticos nunca tinham ido ao psicólogo e que apenas 16% daqueles com sintomas depressivos já tinham ido ao psicólogo. Conclusões: Observa-se uma precariedade no acompanhamento psicológico dos pacientes com DM1 e demonstra-se associação dos sintomas depressivos com: sexo feminino, puberdade, aumento de visitas ao PA por descompensação glicêmica, ocorrência de episódios hipoglicêmicos, má adesão à dieta e menor prática de exercícios físicos. Palavras-chave: diabetes melito tipo 1, depressão, crianças e adolescentes. Nome aluno(a): RICARDO DE ALBUQUERQUE FREITAS Tema: Cirurgia Bariátrica em pacientes com IMC entre trinta e trinta e cinco(kg/m2): Eficácia x Risco Orientador: Prof. Dr. João Eduardo Marques Tavares de Menezes Ettinger RESUMO Introdução: A obesidade é uma doença crônica multifatorial, definida como um excesso de tecido adiposo associado ao aumento de peso, ou um percentual de gordura corporal que aumenta o risco de doença. O diagnóstico e sua classificação, é feito principalmente através da clínica, pelo cálculo do IMC (índice de massa corpórea), que é verificado pela divisão do peso (em quilogramas) pela altura elevada ao quadrado (em metros). Um indivíduo com IMC acima de 25kg/m2 é classificado como portador de sobrepeso, e acima de 30kg/m2, de obesidade. Para indivíduos obesos, as opções de tratamento são limitadas. Mudanças no estilo de vida (redução da quantidade calórica ingerida/dia, exercício físico), suplementadas por um fármaco, geralmente alcançam efeito apenas modesto, e muitas vezes, transitórios. De acordo com o NIH (National Institutes of Health), a cirurgia bariátrica é o único tratamento efetivo da obesidade mórbida. Objetivo: Avaliar eficácia x risco da cirurgia bariátrica em pacientes com IMC entre 30 e 35kg/m2. Metodologia: Foi realizado um resumo sistemático da literatura aos bancos de dados MEDLINE, PUBMED e SCIELO, incluindo artigos de língua portuguesa e inglesa, usando os seguintes termos: bariatric surgery, BMI≤35kg/m2, low obesity, e suas traduções correspondentes em combinações variadas. Os critérios de inclusão foram: estudos de revisão bibliográfica ou ensaios clínicos (randomizados ou não), abrangendo qualquer técnica de cirurgia bariátrica, em pacientes com comorbidades ou não, porém todos com IMC entre 30 e 35kg/m2. Só foram usados artigos não pagos e publicados até 31 de dezembro de 2008. Resultados: Parikh et al. e O’Brien et al. descreveram resultados semelhantes utilizando a banda gástrica ajustável por videolaparoscopia, isto porque, como se trata de uma técnica puramente restritiva, o paciente se sente saciado com uma menor quantidade alimentar se comparado com antes do procedimento. Com isso, a ingesta calórica do indivíduo diminui, justificando a perda de peso. Em adição, trata-se de uma técnica que pode ser revertida caso ocorra alguma complicação por exemplo. Ricardo Cohen et al. e Lee WJ et al. estudaram outro tipo de técnica (bypass gástrico com Y-de-Roux), porém, também apresentaram resultados eficazes inclusive com relação a controle dos níveis glicêmicos considerados normais 1 ano após a cirurgia. Embora pacientes com IMC entre 30kg/m2 e 35 kg/m2 percam menos peso em relação a pacientes com IMC maiores, a cirurgia mostrou eficácia semelhante em relação à resolução de comorbidades (DM tipo II principalmente). Scopinaro et al. utilizou a técnica de derivação biliopancreática em pacientes com DM tipo II, porém, após 5 anos de níveis glicêmicos considerados normais, os níveis voltaram a subir em 5 dos 7 pacientes estudados. Discussão e conclusão: O tratamento cirúrgico é eficiente na redução de peso em pacientes com IMC entre 30-35kg/m2, e também no controle de comorbidades. O risco é relativamente baixo, porém depende de cada caso e técnica cirúrgica empregada. Descritores: cirurgia bariátrica; IMC≤35kg/m2; obesidade leve. Nome aluno(a): THAISE PEDREIRA DA SILVA Tema: Reconstrução mamária com materiais aloplásticos pós-mastectomia: Análise de resultado e complicações. Orientador: : Prof. Dr. Marcelo Sacramento Cunha RESUMO INTRODUÇÃO: O câncer de mama é o câncer mais comum entre as mulheres, com exceção dos tumores de pele não melanocíticos. Seu tratamento cirúrgico compreende dois tipos de cirurgias: o tratamento conservador e a mastectomia. A escolha da cirurgia depende da localização e do tamanho do tumor, se há ou não infiltração de outros tecidos e do tipo histológico do tumor. O procedimento cirúrgico surte em alterações corporais, que são causas de grandes problemas psicológicos. Assim, a reconstrução mamária é indicada como parte do tratamento do câncer de mama. A reconstrução mamária consiste em um conjunto de técnicas da cirurgia plástica que têm como objetivo devolver a simetria das mamas. A restauração do volume mamário pode ser realizada com tecidos autógenos ou substâncias aloplásticas. A complicação mais freqüente ao uso de materiais aloplásticos é a contratura capsular, que pode ser minimizada através da utilização de próteses com superfície texturizada e da colocação da prótese na loja submuscular. Em casos de pacientes submetidas a radioterapia, as complicações apresentam maior incidência. OBJETIVO: Estimar a incidência das complicações envolvidas com a reconstrução mamária pós-mastectomia com materiais aloplásticos e tentar estabelecer seus fatores de risco. METODOLOGIA: Foi realizado um estudo de série de casos de fevereiro a novembro de 2010 em um consultório particular de cirurgia plástica da cidade de Salvador/BA. O levantamento de dados foi feito através de prontuários de pacientes submetidas a reconstrução mamária com materiais aloplásticos de março/2003 a maio/2010. Pacientes foram incluídas no estudo quando os prontuários continham dados de suas evoluções por pelo menos seis meses. Prontuários com dados incompletos ou período de evolução inferior a seis meses foram excluídos do estudo. Os dados foram tabulados através do programa SPSS versão 17.0. Todas as associações foram realizadas através do Fisher’s Exact Test, considerando p<0,05 como estatisticamente significante. RESULTADOS: Foram utilizados dados de 51 prontuários. A média de idade das pacientes foi de 49 anos. Foram realizadas 71 reconstruções, sendo 74,51% imediatas e 25,49% tardias. 7% das próteses foram de gel coesivo e 93% foram expansores definitivos. O volume médio utilizado foi de 395cc. 37,25% das pacientes foram expostas a radioterapia. 23,94% das mamas reconstruídas apresentaram algum tipo de complicação. Das complicações recentes, hematomas corresponderam a 1,41% e necroses da ferida cirúrgica a 5,63%. Entre as complicações tardias, as cicatrizes hipertróficas corresponderam a 2,82% e a contratura capsular a 14,08%. Foram realizadas reintervenções em 12,68% das mamas. Das mamas expostas a RxT, 57,9% apresentaram alguma complicação. O índice de contratura capsular nas mamas expostas a RxT foi de 36,84%. CONCLUSÃO: A incidência de complicações neste estudo foi de 23,94%. As complicações recentes corresponderam a 7,04% e as tardias a 16,9%. As complicações encontradas foram hematoma (1,41%), necrose da ferida operatória (5,63%), cicatriz hipertrófica (2,82%) e contratura capsular (14,08%). A exposição à radioterapia está relacionada com o aumento dos índices de complicações, sendo um fator de risco para o desenvolvimento da contratura capsular. PALAVRAS-CHAVE: mastectomia; reconstrução mamária; materiais aloplásticos; prótese; complicações; contratura capsular. Nome aluno(a): PATRÍCIA LOPES DE BRITO Tema: Melhora de prognóstico baseado em diagnóstico precoce e tratamento multimodal de Sarcomas de partes moles : Revisão dos achados atuais Orientador: Prof. Dr. Robson Moura Freitas RESUMO Introdução: Sarcomas de Partes Moles é um grupo de tumores heterogêneos, que tem origem extraesquelética. São tumores raros, 1 a 2% dos cânceres. Não existem sinais e sintomas específicos da doença. Assim, o diagnóstico e encaminhamento da doença são freqüentemente adiados. O tratamento dos SPM sofreu uma série de modificações nos últimos anos. Antes, o tratamento de escolha era a amputação. Atualmente, dispõe-se de cirurgias de preservação do membro, seguido de terapia adjuvante, radioterapia e quimioterapia, (Tratamento Multimodal). Objetivo: Descrever a importância do diagnóstico precoce associado ao tratamento multimodal na melhoria do prognóstico de pacientes com sarcomas de partes moles. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática realizada de abril a outubro de 2010, através de uma busca ativa na biblioteca virtual do MEDLINE. Foram selecionados artigos que abordavam o atraso no diagnóstico e tratamento multimodal. Resultados: Grande parte dos pacientes encontraram significativos atrasos no encaminhamento para uma unidade especializada, variando de 26 semanas a 21 meses, sendo atribuídos, em sua maioria, a falta de informação da classe médica. As amputações de extremidades por conta dos Sarcomas de Partes Moles estão cada vez mais reservadas a um grupo restrito de pacientes, distanciando dos resultados encontrados há três décadas. Alguns estudos apresentaram uma taxa de amputação de 3,7%, e de mais de 80% de preservação do membro. Em relação à qualidade de vida, quando comparada, há perdas nos dois grupos, porém é mais significativa naqueles pacientes que se submetem a amputação. Discussão: O pequeno número de casos de SPM, associado ao prognóstico sombrio, particularmente quando em fase avançada, torna a manipulação clínica e cirúrgica difíceis, bem como os estudos. O atraso no encaminhamento contribui de forma negativa para a inclusão dos pacientes ao tratamento multimodal. É de fundamental importância o tratamento destes pacientes em uma unidade especializada para evitar condutas insatisfatórias. O tratamento multimodal, com cirurgia de preservação do membro ainda é um desafio, todavia tem alcançado índices favoráveis, contribuindo inclusive para melhora na qualidade de vida desses pacientes. Conclusões: Os dados obtidos neste trabalho enfatizam a importância de melhorar a abordagem de pacientes com SPM, pois se trata de uma doença subestimada, de alta malignidade e alta morbidade. Palavras-chave: SPM. Atraso no diagnóstico e encaminhamento. Amputações. Tratamento multimodal Nome aluno(a): DÉBORA CARNEIRO DE LIMA E SILVA Tema: Estudo de série de casos: Pacientes Pediátricos com diagnóstico de anemia aplástica adquirida internados em um Hospital Pediátrico de Salvador no período de 2008-2010 Orientador: Dra. Ivana Paula Ribeiro Leite RESUMO A anemia aplástica (AA) é uma doença hematológica rara e de elevada letalidade caracterizada por pancitopenia periférica associada à medula óssea hipocelular e sem evidência de fibrose, infiltração neoplásica ou mieloproliferativa¹. É uma doença normalmente de causa desconhecida e encontrada em diversas regiões do mundo. Objetivo: Uma vez que na literatura poucos são os trabalhos sobre anemia aplástica focalizando especificamente a faixa etária pediátrica, o presente estudo tem como finalidade principal descrever o perfil dos pacientes pediátricos com diagnóstico de anemia aplástica adquirida internados em um hospital pediátrico de Salvador no período de Janeiro de 2008 a Junho de 2010. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo descritivo tipo série de casos com análise de 13 pacientes de idade inferior a 17 anos com diagnóstico de anemia aplástica adquirida, internados no período de Janeiro de 2008 a Junho de 2010 em um hospital pediátrico de Salvador. Foram analisadas através de revisão retrospectiva de prontuários médicos as variáveis como: distribuição de idade, sexo, procedência, etiologia, principais complicações, duração e número de internamentos, tratamento e letalidade. Resultados: Entre os pacientes com diagnóstico de anemia aplástica adquirida, houve leve predominância do sexo masculino e a média de idade foi de 8,77 anos. A maioria das crianças era procedente da zona rural. 76,9% dos casos não tiveram um agente causal identificado, sendo considerada idiopática. Pesticida agrícola e infecção viral foram identificados como fatores causais relacionados. As principais complicações relatadas foram petéquias e febre, seguida de palidez, gengivorragia, infecções, sangramentos volumosos e epistaxe. As menos citadas foram dispnéia, fraqueza e tontura. A média do tempo de internamento foi de 31,92 dias e quanto ao número de internações predominou apenas uma. O tratamento instituído durante o internamento, na maioria dos casos, foi o de suporte sendo que 2 pacientes beneficiaram-se do Transplante de Medula Óssea( TMO) após alta hospitalar. A taxa de letalidade da doença foi de 30,8%. Conclusão: O perfil dos pacientes com anemia aplástica adquirida atendida num hospital pediátrico de Salvador é formado predominantemente por crianças de 9 anos, do sexo masculino, provenientes da zona rural, com anemia aplástica idiopática, que relataram como principais complicações petéquias e febre, que tiveram um tempo médio de internamento de 32 dias com predomínio de apenas 1 internação e que receberam na maioria dos casos o tratamento de suporte durante o período de internação . A taxa de letalidade da doença nesses pacientes foi de 30,8%. Palavras – Chave: Anemia Aplástica- Pediatria- Aplasia Medular- Pancitopenia Nome aluno(a): MARCO ANTONIO COSTA CARLOS Tema: Comparação da CHILDHOOD AUTISM RATING SCALE(CARS) com a AUTISM DIAGNOSTIC OBSERVATION SCHEDULE(ADOS) no diagnóstico do transtorno Autista Orientador: : Prof. Drª. Milena Pereira Pondé RESUMO INTRODUÇÃO: O Transtorno Autista (TA) é um Transtorno Invasivo do Desenvolvimento no qual encontramos alterações relacionadas, principalmente, a prejuízos no desenvolvimento das relações sociais, da comunicação, da linguagem, e a um comportamento inadequado com interesses restritos e estereotipados. O diagnóstico do TA é essencialmente clínico, porém, para auxiliar esse diagnóstico, o uso de escalas validadas, como a ADOS e a CARS, tem sido muito útil na prática clínica. O TA é um distúrbio que se mostra muito presente na população pediátrica, sendo assim, a detecção precoce da doença possibilita uma intervenção mais eficaz, podendo melhorar substancialmente o prognóstico. OBJETIVOS: Analisar a eficácia CARS e da ADOS no diagnóstico do Transtorno Autista. MÉTODOS: Comparamos a CARS com a ADOS e observamos a concordância de cada uma com o julgamento clínico baseado no diagnóstico pelos parâmetros do DSM-IV. RESULTADOS: A amostra do estudo foi composta por 51 pacientes - 36 indivíduos (70,6%) do sexo masculino e 15(29,4%) do sexo feminino - com idade média de 5,88 anos (SD=3,45). A comparação da CARS com o DSM-IV revelou sensibilidade de 40% e especificidade de 100%. O valor preditivo positivo da CARS foi de 100% enquanto o valor preditivo negativo foi de 16% (p>0,05). As comparações da CARS com a ADOS revelaram os mesmo valores da comparação CARS/DSM-IV. A ADOS e o DSM-IV concordaram entre si em 100% dos diagnósticos (p<0,05). Os resultados obtidos pela comparação da CARS com o GAF revelaram uma sensibilidade por parte da CARS de 73% e especificidade de 96%. O valor preditivo positivo foi de 94% e o valor preditivo negativo 80%(p<0,05).DISCUSSÃO: A comparação da ADOS com o DSM-IV mostrou uma concordância completa entre estes dois métodos diagnósticos. Esse resultado comprova a alta eficiência da ADOS para diagnosticar pacientes portadores do Transtorno Autista. Em relação à CARS , quando comparada com o diagnóstico clínico pelo DSM-IV, não apresentou significância consistente para ser usada rotineiramente como método de auxilio no diagnóstico. A comparação CARS/GAF mostrou-se significante, o que revela que a CARS é mais eficiente em diagnosticar casos mais graves da doença. Palavras-Chave: Transtorno Autista, TID, Diagnóstico, CARS, ADOS Nome aluno(a): MIRELLA FIGUERÊDO LÓLA Tema: Cefaléia em estudantes de Medicina Orientador: Prof. Dr. Luiz Alberto Cravo Pinto de Queiroz RESUMO A cefaléia é um importante problema de saúde devido a sua elevada freqüência e morbidade associada. Vários estudos tem evidenciado que estudantes de medicina são uma população alvo com alta prevalência de cefaléia, embora haja uma variação considerável entre os resultados. Apesar da importância do tema, há poucos estudos epidemiológicos sobre cefaléia no estado da Bahia e nenhum no grupo populacional de estudantes de medicina. Os objetivos foram calcular a prevalência e descrever características clínicas, fatores desencadeantes e as opções de tratamento das cefaléias em estudantes de medicina da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), Salvador, Bahia. Este foi um estudo descritivo, observacional, baseado em questionário. Foram incluídos no trabalho 286 estudantes do 1° ao 8° semestre do curso de medicina da EBMSP no período de setembro a outubro de 2010. 50% dos indivíduos do sexo masculino referiram sofrer de cefaléia ou tiveram algum episódio no último ano, enquanto no sexo feminino, a prevalência foi de 74,7%. A história familiar foi positiva em 69,7% dos estudantes com cefaléia. 165 estudantes referiram algum episódio de cefaléia no último ano, sendo que 78,2% apresentaram cefaléia infreqüente e 21,2% freqüente. Os fatores desencadeantes mais freqüentes foram: jejum, privação de sono, estresse e ciclo menstrual. 79,4% dos estudantes optaram por usar medicamentos analgésicos na vigência de cefaléia, sendo que 57, 3% são auto-medicados e 29,7% tinham indicação médica. Cefaléia é prevalente na população de estudantes de medicina da EBMSP, sendo maior em indivíduos do sexo feminino. Foi encontrado um alto nível de auto-medicação e, apesar da importância do sintoma, muitos participantes não recebem atenção médica. Mais estudos são necessários para determinar a prevalência dos tipos específicos de cefaléia. Nome aluno(a): GEOVANI DE BRITO BRAGA JUNIOR Tema: Cardiomiopatia Hipertrófica: Uma Revisão Bibliográfica. Orientador: Profa. Dra. Simone Garcia Macambira RESUMO INTRODUÇÃO: A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é uma doença cardíaca primária de origem genética, autossômica dominante, caracterizada pela hipertrofia ventricular esquerda concêntrica. Ela é a doença hereditária cardíaca mais comum e a miocardiopatia mais frequentemente encontrada no Brasil e no mundo. Macroscopicamente, pode-se observar as mais diversas formas de apresentação da CMH, e a evolução clínica dessa patologia é bastante variável. A CMH constitui a principal causa de morte súbita entre jovens e atletas, vitimando, entre outros, pacientes assintomáticos, sem diagnóstico prévio ou sinais de hipertrofia do ventrículo esquerdo. OBJETIVO: Abordar a importância da compreensão dos principais aspectos clínicos e fisiopatológicos da CMH através de uma revisão literária que permita uma visão da progressão da doença, critério de diagnóstico, tratamento e as perspectivas futuras. MÉTODOS: O presente trabalho é uma revisão bibliográfica do tipo não sistemática, baseada em estudos primários. O levantamento dos dados foi realizado através de consulta ao PubMed, ao MedWorm e ao site BIREME. Nesta busca, as palavras chaves utilizadas em associação, na língua portuguesa e na língua inglesa, foram CMH, fatores genéticos, diagnóstico, tratamento e alterações fisiológicas. Livros específicos sobre Fisiologia e Fisiopatologia Cardiovascular também foram utilizados para elaboração deste trabalho. DISCUSSÃO: A CMH é frequentemente relatada como uma doença rara. Entretanto todos os estudos realizados apresentam aspectos metodológicos variáveis e criticáveis, o que dificulta a avaliação da real prevalência dessa patologia. Já foram identificadas alterações em 14 genes diferentes que codificam proteínas do sarcômero cardíaco. Uma das principais características observadas na CMH é a presença do gradiente pressórico dinâmico na via de saída do ventrículo esquerdo, que ocorre em decorrência do movimento sistólico anterior da valva mitral contra o septo interventricular. Além disso, as anormalidades do relaxamento ventricular estão presentes em até 80% dos pacientes com CMH. A maioria dos pacientes com CMH são assintomáticos ou apenas suavemente sintomáticos, porém, infelizmente, a primeira manifestação clínica em alguns pacientes pode ser a morte súbita. O diagnóstico da CMH é marcado pelo achado de uma inexplicável hipertrofia do ventrículo esquerdo por meio do ecocardiograma Doppler bidimensional ou da ressonância magnética cardíaca. Os objetivos primordiais do tratamento da CMH são o alívio dos sintomas e a prevenção das complicações e da morte súbita cardíaca. CONCLUSÃO: Um melhor conhecimento dessa patologia é essencial para começar a desenvolver novas estratégias de tratamento para prevenir e/ou atenuar a expressão fenotípica das mutações do sarcômero, alterando os mecanismos da doença subjacente. O diagnóstico precoce da CMH, ou seja, antes mesmo de qualquer alteração fenotípica, trará benefícios na prevenção das complicações e da morte súbita cardíaca. PALAVRAS-CHAVE: cardiomiopatia hipertrófica; fatores genéticos; diagnóstico; tratamento; alterações fisiológicas. Nome aluno(a): RAFAELLA ALCÂNTARA ALVES MELO Tema:. Insuficiência Cardíaca induzida por Antineoplásicos Orientador: Dra. Aknar Calabrich RESUMO O câncer é uma importante causa de morbidade e mortalidade no Brasil. Nas últimas décadas, o advento de novas estratégias de tratamento para diversos tipos de tumores permitiu aos pacientes oncológicos um aumento da sobrevida bem como o desenvolvimento de complicações cardiovasculares. Diversas são as medicações oncológicas relacionadas à cardiotoxicidade, desde quimioterápicos clássicos como doxorrubicina, quanto novas drogas alvo e anticorpos monoclonais como o bevacizumabe e trastuzumabe. Entretanto, apesar destas novas medicações estarem cada vez mais sendo utilizadas na prática clínica, a literatura é particularmente escassa sobre a cardiotoxicidade desta classe de drogas. O trastuzumabe é um anticorpo monoclonal humanizado do tipo IgG1, que inibe seletivamente o crescimento e proliferação de células de câncer de mama, atua de modo direcionado à porção extracelular do receptor do fator de crescimento epidérmico humano tipo 2 (HER-2). A disfunção cardíaca induzida por trastuzumabe surge em proporção relativamente pequena dos pacientes, mas pode ser significativa. Assim, é importante analisar os riscos e benefícios para cada doente, ponderando seus riscos pré-existentes, o prognóstico e sua preferência pessoal. Quando associado a antraciclinas, há uma maior incidência da cardiotoxicidade. Logo, a principal estratégia é reduzir a cardiotoxicidade induzida por antraciclinas. Isto pode ser realizado através da monitoração e manutenção da dose acumulativa dentro da dose segura, ou a partir do uso de complexos lipossomais contendo doxorrubicina ou de cardioprotetores, como o dexrazoxane. Já o bevacizumabe é um anticorpo monoclonal humanizado IgG1 que se liga especificamente ao fator de crescimento endotelial vascular, impedindo o crescimento de células vasculares oncológicas, porém também pode levar ao desenvolvimento da insuficiência cardíaca NYHA III e IV, apesar de muito infreqüente. Acredita-se que esse efeito esteja relacionado ao surgimento de hipertensão arterial descontrolada e à inibição da sinalização intracelular do receptor do fator de crescimento endotelial vascular. O entendimento da fisiopatologia da lesão cardíaca por estes medicamentos é fundamental para a prevenção e terapêutica. O atual tratamento para insuficiência cardíaca induzida por antineoplásicos é baseada nas diretrizes vigentes de insuficiência cardíaca. Palavras-chave: insuficiência cardíaca; trastuzumabe; bevacizumabe, anticorpos monoclonais. Nome aluno(a): BRUNO FRANÇA GUEDES Tema:. Fatores prognósticos da Timectomia em pacientes com miastenia gravis. Orientador: Jesangêli Dias Souza RESUMO Introdução: A Miastenia Gravis é uma doença de etiologia auto-imune caracterizada pela fraqueza muscular e fatigabilidade. A doença é causada pela produção de autoanticorpos direcionados contra proteínas da junção neuromuscular e alterações do timo estão relacionadas ao desenvolvimento da doença. Existem tratamentos clínicos, que envolvem o uso de sintomáticas ou imunossupressoras (crônicas ou de ação rápida). O tratamento cirúrgico também esta disponível, realizado através da remoção do timo, timectomia. Objetivo desse trabalho foi determinar os fatores prognósticos em pacientes submetidos à timectomia. Metodologia: Foi realizada uma revisão de literatura utilizando os descritores Miastenia Gravis e Fatores Prognósticos. Resultados: Foram encontrados 584 artigos, os quais foram avaliados através de análise do título, resumo e conforme estes, do texto na íntegra. 23 artigos foram selecionados para a confecção da revisão de literatura sobre fatores prognósticos em pacientes com Miastenia Gravis. Discussão: A falta de estudos prospectivos e randomizados Discussão e Conclusão: A timectomia é um procedimento seguro, que apresenta resultados melhores que as modalidades clínicas de terapêutica. A melhora do quadro dos pacientes não ocorre imediatamente, ocorrendo em geral, após anos da intervenção. Gênero e a presença ou não de anticorpos não estão relacionados com a resposta. Técnica cirúrgica, histologia tímica, idade da operação, gravidade pré-operatória e tempo entre o diagnóstico e a timectomia ainda apresentam muitas controvérsias. Um estudo prospectivo, controlado e cego, já em curso, quando publicado ajudará a resolver estas polêmicas. Palavras-chave: Miastenia Gravis, Timectomia, Pro Nome aluno(a): FABIENNE MARQUES PALOMARES Tema: Avaliação da qualidade de vida em pacientes com Hanseníase. Orientador: Dr. Paulo Roberto Lima Machado RESUMO Introdução: A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa, incapacitante e ainda associada a estigmas. Representa um grave problema de Saúde Pública e o Brasil é um dos países endêmicos para a doença. É caracterizada principalmente por acometimento dermatológico e neurológico, de modo que o dano neural pode levar à incapacidade física. A doença gera sofrimento para o paciente que vai além do prejuízo físico, causando impactos sociais e psicológicos. Por tudo isso, é notável que a doença pode comprometer a qualidade de vida dos pacientes, que geralmente enfrentam a vergonha, o preconceito, a discriminação e o isolamento. A avaliação da qualidade de vida nos portadores de hanseníase é de alta relevância para verificarmos o real impacto da doença na vida desses indivíduos. Metodologia: Estudo observacional, clínico-epidemiológico, tranversal, através de aplicação de questionário com os pacientes de um ambulatório de hanseníase, com amostra de conveniência. Essa avaliação compreendeu a realização de anamnese pesquisando a presença de episódios reacionais hansênicos durante a evolução clínica do doente, exame clínico para classificação em paucibacilar ou multibacilar, teste de sensibilidade, avaliação neurológica e do grau de incapacidade física. Adicionalmente, foi aplicado o “Dermatology Life Quality Índex” (DLQI), questionário validado de avaliação da qualidade de vida específico para doenças dermatológicas que resulta em escores interpretados como: sem comprometimento da qualidade de vida, comprometimento leve, moderado, grave ou muito grave. O escore obtido com o DLQI foi correlacionado às variáveis investigadas: forma clínica da doença, presença de episódio reacional (tipo 1 ou 2) e grau de incapacidade física. Resultados: Dos 37 pacientes avaliados, 59,5% eram do sexo feminino, e a média de idade foi de 44 anos. A pontuação obtida com o questionário variou de 0 a 27 pontos com uma média de 9,46 pontos (comprometimento moderado). A maioria dos pacientes (32,4%) se enquadrou na classificação de comprometimento grave, e 8,1% apresentaram comprometimento muito grave. Apenas 16,2% da amostra não assumiram comprometimento da qualidade de vida. No grupo multibacilar, 50% dos pacientes foram classificados na condição grave ou muito grave (p=0,538). Todos os pacientes com graus de incapacidade física 1 ou 2 apresentaram comprometimento, sendo 66,6% na forma grave ou muito grave (p=0,270). Adicionalmente, 53,8% dos pacientes que apresentaram pelo menos um episódio reacional tiveram escore na condição grave ou muito grave, enquanto no grupo de pacientes sem reação somente 9% se enquadrou nesses escores (p=0,007). A doença levou ao desemprego em 48,6% dos casos, e todos estes tinham algum grau de comprometimento da qualidade de vida, com 61,1% apresentando escore grave ou muito grave. Discussão e conclusão: Os resultados evidenciam o alto grau de comprometimento da qualidade de vida em pacientes com hanseníase, principalmente naqueles com forma multibacilar, com grau de incapacidade física 1 ou 2 e em portadores de reação hansênica. O impacto da doença gerando perda de emprego foi outro fator importante identificado. Nossos dados reforçam a necessidade de investimento numa abordagem multidisciplinar para a hanseníase, que contemple as complexas questões associadas às repercussões da doença sobre o trabalho e qualidade de vida destes pacientes. Palavras-chave: Hanseníase; Qualidade de vida; Comprometimento; Questionário. Nome aluno(a): ALLINE DO NASCIMENTO GOMES Tema:. Descrição do perfil clínico e imunológico dos pacientes com Imunodeficiência Comum Variável atendidos em um serviço de referência em Salvador. Orientador: Prof. Drª. Maria Ilma Araújo RESUMO A Imunodeficiência Comum Variável (IDCV) constitui uma imunodeficiência primária bastante complexa, devido à grande variedade de disfunções imunológicas e manifestações clínicas associadas A IDCV é a imunodeficiência clinicamente relevante mais comum, pois requer constante atenção médica. O objetivo deste estudo é descrever as manifestações clínicas e o perfil imunológico dos pacientes com diagnóstico de Imunodeficiência Comum Variável, atendidos em um ambulatório de referência em Salvador. Foi realizada uma série de casos entre março e julho de 2010, baseada na revisão de prontuários de 8 pacientes acompanhados em um ambulatório de referência em imunodeficiências primárias de Salvador. A IDCV foi a segunda doença mais prevalente no ambulatório. Foi mais prevalente no sexo masculino (6M:4F); média de idade = 33,8 anos (mediana = 35); média de idade ao início dos sintomas = 16 anos (mediana = 15); média de idade ao diagnóstico = 24 anos (mediana = 23); média de atraso do diagnóstico = 9,4 anos (mediana = 7). As manifestações clínicas mais encontradas foram pneumonia, bronquite e sinusite (todos os pacientes), seguidas de infecções do trato gastrintestinal (4 pacientes) e otite média (3 pacientes). Dois dos 8 pacientes apresentaram neoplasia: carcinoma escamocelular em conjuntiva e carcinoma epidermóide em pele. Todos os 8 pacientes apresentaram bronquiectasia como principal complicação pulmonar. Quatro dos 8 pacientes apresentaram diarréia crônica como principal complicação gastrintestinal. A média dos valores de IgG = 174,4mg/dL (mediana = 130); média de IgA = 9,5mg/dL (mediana = 8,5); média de IgM = 8,6 (mediana = 10). . Os resultados obtidos no presente estudo são compatíveis com a literatura quanto às principais manifestações clínicas, complicações e valores séricos das imunoglobulinas no momento do diagnóstico. Por ser uma doença ainda pouco conhecida, a IDCV é frequentemente subdiagnosticada. Logo, há a necessidade de mais estudos sobre o tema, de modo a se obter maior conhecimento sobre a doença. Palavras- chave: imunodeficiências primárias; imunodeficiência comum variável; infecções de repetição. Nome aluno(a): LINA PINHEIRO MARQUES GONÇALVES RIBEIRO Tema: A Municipalização como estratégia de organização do Sistema único de Saúde: O Caso de Teixeira de Freitas Orientador: Prof. Dra. Alcina Andrade RESUMO A disponibilidade dos serviços públicos de saúde no Brasil foi historicamente marcada pela centralização e discrepância regional dos serviços prestados, deixando os usuários à mercê de um sistema centralizador e incapaz de atender às demandas da população. Esse perfil foi mudando a partir da adequação do conjunto orgânico normativo da Saúde no país, a fim de instituir os princípios determinantes do Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente a integralidade. Esse estudo tem como objetivo principal descrever a organização do SUS, utilizando para tanto um estudo de caso do município de Teixeira de Freitas. Secundariamente, buscou-se avaliar o impacto da organização da assistência nos indicadores de saúde desse município, e demonstrou-se a melhoria dos indicadores e cobertura dos programas de Atenção Básica e regionalização dos serviços, conjuntamente com a instituição das normas jurídicas estruturantes do SUS. Percebeu-se uma melhoria significativa na disponibilização dos serviços de saúde no município, maior acesso da população aos serviços da Atenção Básica, maior disponibilidade dos serviços de Média e Alta Complexidade no município. Observou-se, porém, uma discrepância entre diversos dados disponibilizados nos sistemas de informação do Ministério da Saúde e dos dados da Secretaria Municipal de Teixeira de Freitas, retratando uma grave condição de repasse das informações do município para os sistemas Nacionais, que podem dificultar consideravelmente o planejamento epidemiológico e financeiro do município. Palavras Chave: Municipalização. Sistema Único de Saúde, Descentralização da Saúde, Nome aluno(a): IURI USÊDA SANTANA Tema:. Lúpus eritematoso sistêmico, infecção pelo HPV, alterações cervicais e câncer cervical : Uma Revisão Sistemática Orientador: Prof. Drª. Maria Fernanda Rios Grassi RESUMO Esta revisão teve por objetivo revisar e avaliar sistematicamente as evidências científicas acerca da relação entre lúpus eritematoso sistêmico (LES), infecção por papilomavírus humano (HPV), lesões cervicais pré-malignas e câncer cervical. A partir da elaboração de rigorosos critérios de seleção dos artigos, realizou-se uma extensa busca por trabalhos indexados aos bancos de dados MEDLINE/Pubmed e BIREME, visando à obtenção de estudos que abordassem a freqüência de infecção por HPV, alterações cervicais pré-malignas e câncer cervical em mulheres com LES. Referências secundárias foram obtidas a partir dos estudos incluídos. Trinta e três estudos atingiram os critérios previamente estabelecidos e foram tabelados. Quinze de dezoito artigos que avaliaram resultados citológicos encontraram uma maior freqüência de lesão intra-epitelial escamosa em relação às mulheres sem LES. Três autores observaram uma maior freqüência de lesão intra-epitelial escamosa de alto grau. Adicionalmente, observou-se maior freqüência de infecção por HPV confirmada por técnicas de biologia molecular. Cinco artigos evidenciaram uma relação entre alterações cervicais citológicas e uso prévio de imunossupressores. Curiosamente, apesar dos achados citados, os autores não observaram maior freqüência de câncer cervical nestes pacientes. Esta revisão sugere que pacientes com LES parecem não apresentar risco aumentado para câncer cervical do que as mulheres em geral; no entanto, devem ser considerados membros de um grupo de risco para infecção por HPV e alterações cervicais. Desta forma, diminuir o intervalo entre as consultas ginecológicas parece ser uma abordagem razoável para estes pacientes. Nome aluno(a): ALINNE SANTOS TEIXEIRA Tema:. Custo das Internações por AVC para o Sistema Único de Saúde Orientador: Prof. Dr. Alcina Marta de Souza Andrade RESUMO O ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL é a principal causa de morte no Brasil. Manifesta-se mais frequentemente na forma isquêmica do que na hemorrágica e sofre influência de diversos fatores de risco, principalmente, da hipertensão arterial sistêmica. Trata-se de uma doença de grande impacto econômico na saúde pública abrangendo desde os custos diretos com as internações até a perda de força de trabalho e aposentadorias precoces.O objetivo desse trabalho foi avaliar o custo das internações por acidente vascular cerebral para o Sistema Único de Saúde. Trata-se de um estudo descritivo com medidas calculadas para o agregado a partir de dados secundários, utilizando as informações sobre internações hospitalares do SIH\SUS disponíveis na base de dados do Datasus no período de 1998 a 2007. As causas de internação selecionadas foram: hipertensão essencial (primária), hemorragia intracraniana, acidente vascular cerebral não especificado, infarto cerebral e acidente vascular cerebral isquêmico transitório. As variáveis analisadas foram: quantidade e valor médio das AIH pagas e taxa de mortalidade de acordo com idade e sexo. Entre 1998 e 2007 no estado da Bahia, o maior número de AIH pagas foi para as internações por hipertensão essencial. Entre os tipos de AVC, pagou-se menos para as AIH com diagnóstico de infarto cerebral. A maior taxa de mortalidade foi por hemorragia intracraniana. Para todos os diagnósticos relacionados às internações por AVC houve aumento no valor médio pago das AIH, com destaque para as internações por hemorragia intracraniana. Ficou evidente com esse estudo que apesar do maior custo médio das internações por AVC hemorrágico, a alta incidência de AVC isquêmico impacta positivamente no custo final das internações. Observou-se heterogeneidade nas estruturas de saúde em nível terciário para as Diretorias Regionais de Saúde do estado da Bahia ao comparar os resultados da taxa de mortalidade, quantidade e valor médio das AIH pagas para os diagnósticos relacionados ao acidente vascular cerebral. Isso decorre da variabilidade na distribuição de tecnologias e recursos humanos especializados. Apesar do AVC ser o principal problema de saúde pública, pouco investimento é direcionado ao controle dos fatores de risco que poderiam levar à diminuição considerável na alta incidência dessa patologia. Palavras - chave: acidente vascular cerebral; custo; internações. Nome aluno(a): ANTONIO RODOLFO MEIRA DE ARAÚJO GALDAME Tema: Avaliação imunológica da doença de Chagas em diferentes fases da Infecção. Orientador: Prof. Dra. Maria Fernanda Rios Grassi RESUMO A fase aguda da infecção pelo T. cruzi varia da forma assintomática a quadros graves, ocorrendo principalmente em crianças menores de 10 anos. Após esta fase, alguns indivíduos evoluem para a forma indeterminada caracterizada pela ausência de sintomas enquanto 25% dos indivíduos podem evoluir para a forma cardíaca, duas décadas após a infecção aguda. Os mecanismos relacionados à evolução para a forma cardíaca não estão completamente esclarecidos. Acredita-se que a resposta imune tenha um papel importante na evolução da doença. O objetivo principal deste estudo é quantificar os níveis plasmáticos de citocinas Th1 (IFN-, TNF-, IL-1, IL-2, IL-8), Th2 (IL-4) e regulatória (IL-10) de pacientes na fase aguda e com a forma crônica cardíaca da doença de Chagas. Secundariamente, correlacionar a produção das citocinas inflamatórias e anti-inflamatórias nas distintas fases da infecção, e a fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) à produção de TNF-. As citocinas foram quantificadas por citometria de fluxo. Foram avaliados 10 pacientes na fase aguda da infecção e seis com a forma crônica cardíaca da doença de Chagas. As medianas da produção das citocinas nas distintas fases da doença foram similares. Foi observada em pacientes na fase aguda da doença uma correlação positiva entre produção de TNF- e de IL-10 (r=0,72, p=0,0234), entre a produção de INF- e IL-4 (r=0,76,p=0,0126) e entre IL-1 e IL-10 (r=0,65, p= 0,0438). Em pacientes na fase crônica, observou-se igualmente uma correlação positiva entre a produção de TNF e IL-10 (r=0,88, p=0,03) e entre IL-12 e IL-10 (r=0,89, p=0,03). Em relação a função cardíaca, um paciente na fase aguda da doença com FEVE<50%, apresentou altos níveis de TNF-e nquantono grupo de pacientes com a forma crônica cardíaca leve da doença de Chagas os valores de TNF- foram similares para todos os indivíduos, independente da FEVE.Em conclusão, nossos resultados indicam que os níveis de citocinas plasmáticas dos pacientes na fase aguda da doença de Chagas avaliados foram semelhantes aos níveis de citocinas dos pacientes na fase crônica cardíaca. Entretanto, estudos futuros com um maior número de indivíduos precisam ser realizados. Palavras-chave: doença Chagas; citocinas; miocardiopatia Nome aluno(a): DIEGO BRANDÃO OLIVEIRA Tema: Associação entre infecção por Helicobacter Pylori e apneia obstrutiva do sono em obesos graves. Orientador: Profa. Dra. Carla Daltro RESUMO Introdução: A obesidade é definida como um acúmulo excessivo de tecido adiposo em um nível que compromete a saúde do indivíduo e está associada a uma série de comorbidades, dentre elas a Apneia Obstrutiva do Sono (AOS). Essa doença é caracterizada por episódios repetitivos de obstrução das vias aéreas superiores durante o sono. O Helicobacter pylori (H. pylori) é uma bactéria gram negativa que coloniza a mucosa gástrica, levando a um processo inflamatório local e sistêmico. Existem evidências de que a infecção por esse bacilo estaria associada a doenças respiratórias como DPOC e bronquiectasia. Recentemente, surgiram na literatura evidências da associação entre a infecção pelo H. pylori e a AOS. Objetivos: Investigar a possível existência de associação entre a infecção pelo H. pylori e a AOS em obesos graves, assim como observar se existe associação entre a infecção e a gravidade da síndrome. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo observacional tipo corte transversal. Foram coletados dados dos prontuários referentes aos pacientes obesos (IMC ≥ 30 kg/m²) atendidos entre janeiro de 2008 a outubro de 2010 no Núcleo de Tratamento e Cirurgia da Obesidade. Polissonografia foi utilizada para o diagnóstico da AOS sendo considerados portadores de apneia aqueles com Índice de Apnéia e Hipopnéia (IAH) ≥ 5 eventos/hora de sono e a presença de H. pylori foi investigada através do método Giemsa modificado em material proveniente de biópsia gástrica. Resultados: Foram avaliados 221 pacientes, sendo que 79,1% pertenciam ao gênero feminino; média de idade 38,9 ± 10,7 anos, IMC 40,7 ± 5,0 kg/m2. AOS foi observada em 145 pacientes (65,6%) e presença de H. pylori em 76 (34,4%). A prevalência de AOS foi maior nos portadores de H. pylori quando comparada àqueles que não eram infectados pela bactéria (83,1% vs 55,9%; p<0,001). Ao estudar a associação entre a presença de H. pylori e a gravidade da AOS, observou-se maior prevalência de apnéia leve nos portadores do H. pylori e predomínio de ausência de apnéia nos não infectados (p < 0,001). Conclusão: O estudo mostrou uma prevalência considerável das duas condições na amostra estudada, além da associação entre a infecção pelo H. pylori e a AOS. Palavras-chave: Helicobacter pylori, Apneia Obstrutiva do Sono, obesidade, endoscopia digestiva. Nome aluno(a): GUILHERME ORPINELLI RAMOS DO REGO Tema: Prevalência da depressão em pacientes com doença de Parkinson em uma Unidade de Saúde da Rede Pública de Salvador – BA Orientador: Profa Josecy Maria de Souza Peixoto RESUMO Introdução: A Doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa, de caráter progressivo, que determina incapacidade funcional, caracterizada pela presença de tremor de repouso, rigidez, bradicinesia e instabilidade de postura. A DP pode ser considerada a segunda doença neurodegenerativa mais comum em idosos, com incidência na população acima de 65 anos de 1 a 2% em todo o mundo e prevalência de 3% no Brasil. Diversos autores enfatizam o impacto negativo da DP na qualidade de vida. Os sintomas depressivos são as manifestações de origem não motoras mais comuns entre os pacientes com DP. O grande problema é que diagnosticar esse transtorno de humor em pacientes com a doença de Parkinson é muito difícil, uma vez que os sintomas depressivos podem sobrepor-se a alguns acontecimentos decorrentes das disfunções motoras. Objetivo: Estabelecer a prevalência de depressão na Doença de Parkinson nos pacientes atendidos em um Ambulatório de Parkinson, em uma unidade de saúde da rede pública de SalvadorBA e estimar essa prevalência em relação ao sexo, a idade, ao estado civil e ao tempo de doença. Metodologia: A pesquisa se desenvolveu no segundo semestre de 2010, a partir de entrevistas com um questionário: GDS-15. Realizou-se um estudo de corte transversal. Foram entrevistados pacientes com doença de Parkinson, a fim de se perceber a prevalência da depressão, e assim avaliar nestes a relação dessa comorbidade com fatores como idade, sexo, estado civil e tempo de doença. Foram incluídos no estudo os pacientes que concordaram em participar e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Fundação Bahiana para Desenvolvimento das Ciências. Resultados: Foi entrevistado um total de 68 pacientes. Os pacientes foram distribuidos em grupos em relação ao sexo (masculino e feminino), idade (6170, 71-80 e >80 anos), estado civil (com parceiro fixo e sem parceiro) e tempo de doença (até 5 anos, 6-10, >10 anos). A partir dessa divisão, foi feita uma analise que estimava a prevalencia e gravidade da depressao em cada um desses subgrupos. Conclusão: Há uma tendência maior em existir depressão nos pacientes com DP, principalmente quando se trata de pacientes mais idosos, e com mais tempo de doença. Sendo assim, fica claro que deve haver um cuidado maior por parte dos médicos e profissionais de saúde com esse grupo de pacientes, visando um compromisso maior em investigar e diagnosticar a depressão nesse grupo de pacientes, contribuindo para um bom prognóstico e melhorias na qualidade de vida. Palavras-chave: Doença de Parkinson; depressão; qualidade de vida. Nome aluno(a): LUIZA CABÚS OITAVEN MAZZAFERA Tema:. Tendência temporal de mortalidade por Câncer de pulmão na Bahia entre 1989 a 2009: Magnitute, diferenças entre sexo e faixa etária. Orientador: Profa. Dra. Eliana Dias Matos RESUMO Introdução: O câncer de pulmão é a neoplasia que mais causa mortes no mundo. Tende a ser mais comum nos países desenvolvidos e ocorre entre a 7º e 8º décadas de vida. A mortalidade por esse câncer está declinando em alguns países como Inglaterra, Escócia, Finlândia e Estados Unidos. Na maior parte da América do Sul pode ser verificada uma tendência de declínio da mortalidade em homens e de aumento em mulheres. No sul e sudeste do Brasil, foram encontradas as maiores taxas de mortalidade por neoplasia pulmonar, mas nas regiões nordeste, centrooeste e norte foram registradas as menores taxas e uma maior tendência de aumento. As diferenças geográficas no país justificam a necessidade de uma análise mais detalhada abordando mortalidade por câncer de pulmão na Bahia. Objetivo: Descrever a tendência temporal de mortalidade por câncer de pulmão na Bahia durante o período de 1989 a 2009 e avaliar a distribuição das taxas de mortalidade por sexo e faixa etária. Material e Métodos: Para essa análise, utilizou-se o banco de dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, ambos de 1989 a 2009. Foram calculados os coeficientes de mortalidade, as estatísticas descritivas de tendência central e de dispersão. Obtevese a estimativa do coeficiente de incremento médio anual através de ajuste linear simples pelo método dos mínimos quadrados. Utilizou-se o pacote estatístico R versão 2.11. Resultados: Houve um incremento nos coeficientes de mortalidade geral por câncer de pulmão em todos os quatro locais de ocorrência analisados, já que o coeficiente de variação anual foi positivo. No Brasil de 6,86 óbitos/100.000 em 1989 para 10,8 em 2008, na Bahia de 2,4/100.000 em 1989 para 5,6 em 2009, em Salvador de 6,3/100.000 em 1989 para 12,7 em 2009, nos municípios do interior de 1,6/100.000 em 1989 para 3,5 em 2009. Em ambos os sexos observou-se uma tendência de incremento (sexo masculino: de 3,7/100.000 em 1989 para 6,9 em 2009 e sexo feminino: de 1,1/100.000 em 1989 para 4,3 em 2009). As mulheres tendem ao aumento, com um coeficiente de variação anual de quase o dobro do masculino. Nas faixas etárias, proporcionalmente ao aumento da idade, houve aumento médio nos coeficientes de mortalidade. A faixa etária de 30 a 49 anos pouco variou. Na faixa etária de 50 a 59 ocorreu aumento, mas com relativa uniformidade. Nas faixas etárias de 60 a 69 anos e acima de 70 anos foram registrados os maiores coeficientes. Nos homens há uma tendência a estabilidade nas faixas etárias de 30-49 anos e 50-59 anos, e um aumento progressivo acima de 60 anos. Nas mulheres, houve aumento progressivo em todas as faixas etárias estudadas, menos entre 30 e 49 anos, onde ocorreu certa estabilidade. Conclusão: Na Bahia, observou-se um padrão de mortalidade por câncer de pulmão de incremento, principalmente nas faixas etárias acima de 50 anos e nas mulheres. Com aperfeiçoamento nos programas de controle, prevenção e assistência para a população, pode-se reduzir o impacto da mortalidade por essa doença no estado. Palavras-chaves: Câncer de pulmão, Mortalidade, Tendência, Bahia. Nome aluno(a): LORENA XAVIER MORAIS PEREIRA Tema:. Neurotoxoplasmose em pacientes com AIDS internados em Hospital de Referência no Estado da Bahia Orientador: : Profª Drª. Nanci Ferreira Silva RESUMO O Toxoplasma gondii, um dos protozoários intracelulares obrigatórios mais bem sucedidos, é responsável por grave infecção neurológica em pacientes imunocomprometidos. A Neurotoxoplasmose é considerada a terceira mais frequente condição definidora da AIDS e resulta, na maioria dos casos, da reativação da infecção latente. O objetivo deste trabalho é calcular a incidência da Neurotoxoplasmose em pacientes com AIDS internados em hospital de referência no estado da Bahia, caracterizá-los quanto ao sexo e idade, observar o tempo de internação, existência e regularidade do uso da TARV, frequência do diagnóstico de HIV feito durante a internação, número de óbitos durante internamento, sinais e sintomas responsáveis pela internação e caracterizar os exames de imagem dos pacientes com Neurotoxoplasmose. Realizou-se uma série de casos no Hospital Geral Roberto Santos, em Salvador, Bahia, utilizando-se uma amostra consecutiva com todos pacientes com diagnóstico de AIDS internados entre Agosto à Outubro de 2010, segundo os critérios Rio de Janeiro/Caracas e Centers for Disease Control and Prevention. Foram considerados pacientes com Neurotoxoplasmose aqueles com conduta para uso do esquema clássico contra a doença, baseada em diagnóstico presuntivo através de evidência clínica e exame de imagem. Os dados foram colhidos através de questionário estruturado utilizando informações presentes nos prontuários. Nos resultados, 83 pacientes foram diagnosticados com AIDS, e encontrou-se incidência da Neurotoxoplasmose em 15,7% dos pacientes com AIDS internados, sendo que a maioria foi do sexo masculino e tinha idade entre 31 e 45 anos. A maioria dos pacientes com toxoplasmose cerebral teve tempo de internação maior que quatro semanas e já fez uso da TARV em algum momento, no entanto, a grande maioria fez uso irregular dessa terapia desde sua indicação. Todos pacientes com Neurotoxoplasmose que nunca fizeram uso da TARV tiveram diagnóstico de HIV durante a internação. Dos 83 pacientes com AIDS, 13 foram a óbito e apenas 1 paciente com Neurotoxoplasmose obteve essa evolução. Os sinais e sintomas mais comumente responsáveis pela internação foram hemiparesia, alteração do nível da consciência, cefaléia, alteração em par craniano, paresia, convulsões e dislalia. Tanto na TC constrastada de crânio, como na RM, houve predomínio de achados focais múltiplos, com realce anelar, edema perifocal e presença de densidade e intensidade típicos. Os locais mais acometidos foram lobos frontal, parietal e occipital, gânglios de base e tálamo. Conclui-se que a Neurotoxoplasmose possui relevante incidência na cidade de Salvador, Bahia. Palavras-chave: Neurotoxoplasmose; AIDS; toxoplasmose cerebral. Nome aluno(a): TÁSSIO ANDRADE REIS Tema:. Doenças do aparelho circulatório: Morbidade e Mortalidade em uma Cidade da Bahia. Orientador: Prof. Dr. Juarez Dias Resumo Introdução: As doenças do aparelho circulatório (DAC) têm grande importância no contesto da saúde mundial devido a sua grande incidência e mortalidade. No século XX as DAC se tornaram a maior causa de morte e internamentos no mundo devido a profundas mudanças no panorama de prevenção e tratamento de doenças e devido também ao aumento de expectativa de vida e a mudança dos hábitos de vida relacionados a modernidade. No Brasil as mudanças também ocorreram e a porcentagem de morte por doenças infecciosas que era de 50% caiu para 5,2% em 70 anos, enquanto o numero de mortes por DAC aumentou de 12% para 29,4%. Na Bahia as mortes por DAC representaram 26,25% em 2007 sendo também a principal causa de morbidade, e esse numero vêm aumentando. Objetivos: Descrever os indicadores de morbimortalidade das Doenças do Aparelho Circulatório em Santo Antonio de Jesus, identificando possíveis fatores que contribuintes. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo descritivo de agregado espaço temporal, tendo como população os residentes do município de Santo Antônio de Jesus/ Bahia e utilizando os dados do Sistema de Informação de Internação Hospitalar (SIH-SUS) e Sistema de Informação de Mortalidade (SIM). Resultados: Os resultados revelaram altas taxas de morbidade e mortalidade por DAC em Santo Antonio de Jesus. Sendo que a porcentagem alcançou números muito maiores do que o do estado da Bahia e até mesmo da microrregião de Santo Antonio de Jesus. Discussão: Diversos fatores parecem contribuir para a elevada incidência das DAC em Santo Antonio de Jesus. O envelhecimento da população, associado a fatores como elevados índices de hipertensão arterial sistêmica mostrase uma combinação perigosa, influenciando diretamente no perfil epidemiológico da população. Palavras-chave: Doenças do aparelho circulatório; epidemiologia; morbimortalidade Nome aluno(a): PATRÍCIA CARVALHO BALTHAZAR DA SILVEIRA Tema:. Modelos de avaliação da qualidade do controle Glicêmico em pacientes diabéticos hospitalizados. Orientador: Prof. Dr. Edson Duarte Moreira Junior RESUMO A avaliação da qualidade do controle glicêmico em paciente diabéticos não hospitalizados pode ser realizada através do acompanhamento da hemoglobina glicada e do desenvolvimento das possíveis complicações. Estas complicações aumentam o risco de hospitalização dos pacientes diabéticos. A avaliação da qualidade do controle glicêmico hospitalar tem enfrentado dificuldades pela falta de um modelo padrão aceito para sua realização. O objetivo deste estudo é determinar o modelo mais adequado para avaliar as medidas de desempenho da qualidade do controle glicêmico em pacientes diabéticos hospitalizados. Através da revisão de prontuários, foram incluídos 119 pacientes diabéticos internados em enfermarias. Foram utilizados 3 modelos analíticos: paciente-dia, paciente e população. Para cada um destes modelos foram calculados o nível médio de glicemia, a mediana da glicemia, a percentagem das medidas de glicemia dentro do intervalo "ótimo", e o percentual de eventos hipoglicêmicos e hiperglicêmicos. A média, a mediana e a percentagem das medidas de glicemia dentro do intervalo "ótimo" variou muito pouco entre os modelos. No entanto, o percentual de eventos hipoglicêmicos e hiperglicêmicos variou consideravelmente. Apesar de nenhum dos modelos ter demonstrado ser ideal para todas as funções, o modelo paciente-dia apresentou-se como a melhor ferramenta para análise das medidas de desempenho da qualidade do controle glicêmico. Um método padrão de avaliação da qualidade do controle glicêmico em pacientes diabéticos hospitalizados precisa ser validado para permitir comparações objetivas entre pacientes de unidades e hospitais diversos, e também que as instituições avaliem o sucesso das suas iniciativas de melhoria da qualidade ao longo do tempo. Palavras chaves: diabetes; controle glicêmico; qualidade hospitalar Nome aluno(a): DEIVID COSTA CARDOSO DOURADO Tema:. Intoxicação por carbamatos e/ou organofosforados: Estudo de Caso do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues/BAHIA Orientador: Dra. Juliana Ribeiro de Freitas RESUMO Introdução: Nos países em desenvolvimento, como o Brasil, o uso de agrotóxicos tem causado inúmeros casos de intoxicações em humanos. As principais classes de agrotóxicos são os carbamatos e organofosforados. Estes venenos são compostos anticolinesterásicos que podem levar a morte por intoxicação aguda. A partir do final da década de 80 começou-se a verificar numerosos casos de intoxicação por esses agrotóxicos nos grandes centros urbanos do país. O fato foi causado pela utilização de um tipo de carbamato, “o chumbinho”, como raticida doméstico. O uso foi disseminando na prática de delitos contra a vida. É grande o número de intoxicações registradas em todo país por estes venenos. É cada vez mais prevalentes as mortes de intoxicação por estes venenos verificadas nos Institutos Médicos Legais de todo do Brasil. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo identificar as características anatomo-patológicas dos casos de intoxicações agudas confirmadas por carbamatos e/ou organofosforados e definir o perfil demográfico dos casos de intoxicações confirmadas por estes venenos. Metodologia: Trata-se um estudo descritivo, comparativo, que analisou todas as mortes de intoxicação por carbamato e/ou organosfosforado do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues/BA. Foram pesquisados os achados anátomo-patológico de edema, congestão e hemorragia em fragmentos de órgãos dessas vítimas. A comparação foi feita, em duplo cego, com um grupo controle formado por vítimas de traumatismo crânio encefálico e vítimas de disparo de arma de fogo. Resultados: Foram identificadas 349 vítimas de intoxicação por carbamato e/ou organofosforado no IMLNR entre janeiro de 2004 e maio de 2009, dos quais 105 formaram a amostra do estudo. Em 30 casos iniciais estudados comparados ao grupo controle, foram encontrados os achados de edema e congestão ao exame anátomo-patológico. Conclusão: Dos resultados do estudo, verificou-se que a maior parte das vítimas eram homens e apresentando também faixa etária acima de 60 anos, diferentemente de outros trabalhos. Não houve vítimas acima de 59 anos entre as mulheres. Esse estudo demonstra que há alterações significativas de edema e congestão por efeitos da intoxicação aguda por carbamatos e/ou organosforados, pela primeira vez demonstrado em humanos. Há achados demográficos importantes que podem contribuir para o planejamento de políticas públicas direcionadas ao impacto das intoxicações por estes agrotóxicos. Palavras-chave: Intoxicação – Carbamatos – Aldicarb – Organofosforados – Alterações Anátomo-Patológicas Nome aluno(a): JAMILE ARAÚJO DA SILVA Tema: Síndrome toráxica aguda em pacientes com anemia falciforme: uma revisão Orientador: Profª. Drª. Ana Paula Andrade Barreto RESUMO A anemia falciforme é uma hemoglobinopatia decorrente de mutações no cromossomo 11 e está entre as doenças genéticas mais freqüentes no mundo. As alterações nos eritrócitos desencadeiam complicações freqüentes, sendo as pulmonares as principais causas de morbidade e mortalidade nos pacientes acometidos pela doença. Dentre essas complicações destaca-se a síndrome torácica aguda (STA), responsável por parte considerável das internações hospitalares nesses pacientes. A STA se caracteriza clinicamente pelo surgimento de um novo infiltrado pulmonar evidenciado no raio X, associado a alguns sinais e sintomas, como tosse, dor torácica, dispnéia e febre, existindo peculiaridades na apresentação clínica nas diferentes faixas etárias e, embora se apresente na maioria dos casos como uma afecção auto-limitada, pode evoluir para falência respiratória com acometimento de extensa área do parênquima pulmonar. Sua etiologia é aparentemente multifatorial e dentre as possíveis causas, destacam-se infecções, embolia gordurosa e tromboembolismo pulmonar. O entendimento dos eventos fisiopatológicos indica a necessidade de vertentes variadas de tratamento voltado basicamente para o combate à infecção, tratamento da dor, controle do desconforto respiratório e hipóxia, além da prevenção de novos episódios. A identificação e intervenção precoce nos casos de STA são fundamentais para um bom prognóstico, daí a relevância de se conhecer desde a apresentação clínica até a fisiopatologia da doença para orientar o tratamento adequado, em especial no Brasil, um país com grande proporção de negros na sua população, nos quais a incidência de anemia falciforme é maior e conseqüentemente a freqüência de complicações dessa hemoglobinopatia. Palavras-chave: anemia falciforme, síndrome torácica aguda, complicações pulmonares, sickle cell disease, acute chest syndrome, respiratory complications. Nome aluno(a): LYCIA MARIA MARTINS PINHO PEDRAL SAMPAIO Tema:. Aspectos clínicos e biológicos do Câncer de Mama Triplo-Negativo Orientador: Prof. Carlos Alberto Sampaio Pereira Filho RESUMO O câncer de mama triplo negativo, subtipo no qual as células tumorais não apresentam em sua superfície a expressão de receptores de estrógeno, progesterona ou HER-2, representa 10% a 17% das neoplasias malignas de mama. Apresenta comportamento distinto dos demais carcinomas mamários, com biologia e patologia única, pior prognóstico e padrão mais agressivo e precoce de metástases, resultando em sobrevida global menor do que os outros subtipos de câncer de mama. Objetivos: descrever em uma população de pacientes com diagnóstico de câncer de mama triplo negativo, as características clínicas e epidemiológicas, e os principais desfechos clínicos, como sobrevida livre de doença, sítio específico de recidiva e sobrevida global. Materiais e Métodos: Foi realizada uma revisão de prontuário médico eletrônico de todas as pacientes do sexo feminino, com diagnóstico anatomopatológico de neoplasia maligna da mama, que foram atendidas em clínica privada de oncologia em Salvador/Bahia/Brasil, no período de janeiro de 1998 até dezembro de 2009, totalizando 591 prontuários avaliados. Deste número selecionamos 64 pacientes de subtipo triplo negativo. Resultados: O número de 64 pacientes com câncer de mama triplo negativo encontrado correspondeu a 12,43% da amostra total de pacientes com diagnóstico de câncer de mama. O tempo médio de acompanhamento das pacientes foi de 41,77 meses. A idade média ao diagnóstico foi de 52,83 anos. Vinte e nove mulheres (46,8%) eram afro americanas. Vinte e seis mulheres (41,3%) estavam na pré-menopausa no momento do diagnóstico. Vinte e três pacientes (37,1%) apresentavam história familiar de primeiro grau de câncer de mama. Cinquenta e oito mulheres (90,6%) tiveram o diagnóstico de carcinoma ductal infiltrante. Dezesseis pacientes (26,7%) apresentaram recidiva da doença. O tempo médio para recidiva encontrado foi de 21 meses. Foi constatado que doze mulheres (18,8%) diagnosticadas com o câncer de mama triplo negativo foram a óbito. Conclusão: O presente estudo demonstrou que os tumores de subtipo triplo negativo estão mais associados com mulheres jovens, na pré-menopausa, afro americanas e com história familiar de câncer de mama e ovário, subtipo carcinoma ductal infiltrante, tamanhos maiores de tumor, alto grau de diferenciação e elevada expressão da proteína Ki67, além de curto tempo para recorrência e elevado número de óbitos. Palavras-chave: câncer de mama, triplo negativo, prognóstico, neoplasia. Nome aluno(a): LUCIANA LEONY VALENTE Tema:. Pneumonia associada a ventilação mecânica: Uma análise do impacto do gerenciamento de riscos para PAV em Hospital privado em Salvador-BA Orientador: Prof. Dra. Anna Karenine Cunha RESUMO Introdução: A pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) representa a maior causa de morte dentre as infecções hospitalares e a sua presença implica em maior tempo de uso do ventilador, tempo de internação e uso de antibióticos, elevando a morbi-mortalidade dos pacientes e inclusive os custos hospitalares. Objetivos: Avaliar o impacto das medidas preventivas associadas ao gerenciamento de riscos para PAV e descrever os fatores de risco associados ao desenvolvimento da PAV e os agentes etiológicos envolvidos. Método: Trata-se de um estudo descritivo-comparativo, partindo da análise de dados secundários. A amostra foi de 205 pacientes maiores que 18 anos internados na UTI e submetidos à VM por pelo menos 48h no período de agosto de 2008 a julho de 2010, sendo este dividido em dois períodos - agosto de 2008 a julho de 2009 e agosto de 2009 a julho de 2010 antes e após a implantação do Gerenciamento de riscos para PAV, respectivamente. As variáveis do estudo foram de admissão (idade, gênero, APACHE II, risco de óbito, doença de base e co-morbidades) e de evolução (tempo de VM, tempo de permanência na UTI e tempo de permanência hospitalar). Resultados: Houve redução na taxa de densidade de incidência de PAV do primeiro período para o segundo período do estudo (9,98 vs. 7,59 casos de PAV/1000 VM-dia; p=0). A média das variáveis de evolução (tempo de VM, de permanência na UTI e de permanência hospitalar) foram de 16,7 dias, 18,6 dias e 41,1 dias, respectivamente. No segundo período a média para as mesmas variáveis foram de 13 dias, 16,5 dias e 31 dias, porém essa redução não alcançou estatística significativa (p=0,358, p=0,182 e p=0,067 respectivamente). A mortalidade geral no primeiro período e segundo período foi semelhante (64,4% e 63,6% respectivamente) e a taxa de letalidade por PAV foi maior no segundo período do estudo (76,92% vs. 41,66%). Discussão: No presente estudo observou-se uma redução significativa da TDI de PAV após a implantação do gerenciamento de riscos. Foi possível observar uma redução no tempo de VM, de permanência hospitalar e de permanência na UTI, refletindo a medida de desmame precoce da VM. Não se observou relação de PAV com os fatores de risco descritos na literatura, como APACHE elevado, IRA, DPOC e outras co-morbidades. À alta taxa de letalidade por PAV foi atribuída a uma maior taxa de procedimentos invasivos e infecções hospitalares associadas nos pacientes do segundo período em relação aos do primeiro. Conclusão: Observa-se uma tendência à redução de PAV após a adoção de medidas preventivas, porém faz-se necessária uma amostra maior de pacientes para se obter conclusões definitivas a respeito do impacto de tais medidas. Palavras-chave: Pneumonia associada à ventilação mecânica; Prevenção; Densidade de incidência. Nome aluno(a): LUANA MESQUITA VICTÓRIA Tema:. Transtorno depressivo maior em pacientes submetidos à Cirurgia Bariátrica. Orientador: Prof. Dr José Barbosa RESUMO Introdução: A obesidade tem sido relacionada com o aumento, nos últimos anos, de depressão maior, tentativa e cometimento de suicídio. Em 2025, segundo estudos prospectivos, o Brasil estará em quinto lugar do mundo com relação a problemas de obesidade. A cirurgia bariátrica surge nesse cenário como medida eficaz, com reais possibilidades de minimizar as falhas terapêuticas dos tratamentos clínicos. Objetivo: verificar a associação da cirurgia bariátrica com o aparecimento de transtorno depressivo maior. Metodologia: A revisão bibliográfica foi realizada através da consulta aos bancos de dados Scielo, PubMed e Lilacs , utilizando as palavras-chave "bariatric surgery" e "depression. Foram aceitos artigos publicados nas línguas inglesa e portuguesa a partir de 1990. Utilizaram-se artigos originais, sem restrições sobre os desenhos de estudo e tipo de técnica cirúrgica, além de artigos de revisão. Para enriquecimento do tema no trabalho, foram utilizadas informações de relatos de casos. Resultados: Observou-se que após realização da cirurgia bariátrica ocorreram melhoras nos níveis de depressão, inclusive ocorrendo redução nos uso de antidepressivo. Os menores índices de depressão foram encontrados nos primeiros momentos do pós-operatório. Conclusão: Os pacientes submetidos à cirurgia bariátrica necessitam de uma preparação psicológica no préoperatório e de um acompanhamento no pós-operatório. O assunto ainda carece de estudos que avaliem os resultados a longo prazo. Palavras-chave: bariatric surgery, depression, obesity. Nome aluno(a): MICHELLE QUEIROZ AGUIAR SILVA Tema:. Análise do impacto do tratamento adjuvante com Trastuzumabe na evolução de pacientes com Câncer de Mama HER-2 POSITIVO Orientador: Dr. Carlos Alberto Sampaio Pereira Filho RESUMO O gene do receptor do fator de crescimento epidérmico humano do tipo 2 (HER-2) codifica um receptor transmembrânico com atividade tirosina quinase que atua sobre a transcrição gênica para regular o crescimento, a sobrevivência e respostas celulares. Este receptor tem evoluído como um importante classificador do câncer de mama invasivo quando hiperexpressado ou geneticamente amplificado, o que ocorre em cerca de 20% a 30% dos carcinomas invasivos da mama. Uma das terapias-alvo para o câncer de mama HER-2 positivo é o trastuzumabe, anticorpo monoclonal aprovado para uso no tratamento adjuvante em 2006. Objetivo: comparar o tempo livre de recidiva entre pacientes com câncer de mama HER-2 positivo tratadas ou não com trastuzumabe no cenário adjuvante, acompanhadas em serviço privado de assistência em oncologia, em Salvador, BA, entre 1998 e 2009. Materiais e Métodos: Estudo retrospectivo descritivo com coleta de dados de 91 prontuários de pacientes com diagnóstico anatomopatológico de câncer de mama invasivo apresentando hiperexpressão ou amplificação gênica para o HER-2, atendidos no período estudado. Essa amostra foi subdividida em 02 grupos considerando a realização ou não de tratamento adjuvante com trastuzumabe. Resultados: Em geral, não foi observada qualquer diferença intrínseca significativa na comparação entre o grupo de pacientes submetidas a tratamento adjuvante com trastuzumabe (n=46) e o grupo de pacientes que não utilizaram o anticorpo monoclonal na adjuvância (n=45), no que se refere a dados epidemiológicos, biologia tumoral e apresentação da doença ao diagnóstico. Seis (14,0%) pacientes que utilizaram o trastuzumabe adjuvante versus 12 (27,9%) pacientes do segundo grupo apresentaram recidiva locorregional ou sistêmica (p=0,184). Foram identificados 03 (7,0%) óbitos independentes da causa no grupo que utilizou o trastuzumabe e 06 (14,0%) no grupo que não utilizou (p=0,483). Uma (2,3%) paciente que utilizou o trastuzumabe evoluiu com metástase cerebral versus 04 (9,4%) do segundo grupo (p=0,615). Numericamente, observa-se uma diferença importante nestas variáveis, sugerindo que uma amostra maior apontaria para uma diferença estatisticamente significante. Na análise comparativa entre os grupos do tempo livre de recidiva por ano de acompanhamento, observou-se um maior tempo livre de recidiva no grupo que utilizou o trastuzumabe, apesar da ausência de significância estatística. A comparação entre as curvas de sobrevida livre de doença evidenciou uma ausência de diferença importante no seguimento precoce, mas após os anos iniciais de seguimento aponta para uma diferença significativa favorecendo o grupo tratado. A amostra reduzida e a diferença entre o tempo de seguimento médio de ambos os grupos comprometeram a análise. Conclusões: Pacientes com câncer de mama HER-2 positivo, quando submetidas a tratamento adjuvante com trastuzumabe, apresentam uma tendência a maior tempo livre de recidiva e menores taxas de recorrência locorregional ou sistêmica e de óbito quando comparadas às pacientes que não utilizaram a terapia-alvo anti-HER-2, corroborando os achados em estudos randomizados internacionais. Esses achados fortalecem a impressão científica de que a utilização dos resultados obtidos nestes estudos randomizados, podem e devem ser aplicados em pacientes do nosso meio com o mesmo nível de segurança e benefício terapêutico. Palavras-chave: câncer de mama, HER-2, trastuzumabe, prognóstico. Nome aluno(a): MARÍLIA VICTÓRIA DE SOUZA MOREIRA Tema:. Comparação do escore de GLEASON da biópsia prostática com a da peça cirúrgica em pacientes com Câncer de Próstata. Orientador: Prof. Dr. Bruno Gil de Carvalho Lima RESUMO O escore de Gleason da biópsia prostática transretal representa um dos métodos prognósticos mais importantes na avaliação dos cânceres de próstata, permitindo a indicação terapêutica mais adequada. Este trabalho objetivou comparar os valores do escore de Gleason obtidos na biópsia com os valores da peça cirúrgica, após prostatectomia. Assim, foram estudados, retrospectivamente, os prontuários de 70 pacientes com diagnóstico anatomopatológico de adenocarcinoma prostático, atendidos na Clínica AMO (Associação Multidisciplinar de Oncologia) na cidade de Salvador-BA, no período de 1998 a 2009, e que foram submetidos à prostatectomia. Os dados foram compilados através do Microsoft Office Excel 2007, utilizando-se o software SPSS 19.0 para comparação e análise desses dados. Foi utilizado o teste Kappa para avaliar a concordância entre os escores de Gleason. Em 72,86% dos casos, houve concordância, 21,43% subgradação e 5,71% supergradação. Os resultados deste estudo foram semelhantes aos da literatura. Conclui-se que o escore de Gleason observado na biópsia é um valioso preditor de comportamento de doença e que em uma parcela significativa dos casos este valor é discordante ao escore de Gleason cirúrgico. Infere-se que há, portanto, a necessidade de reavaliar os métodos de realização desse exame, se com mais fragmentos (estendido) ou não, para assim, melhorar a acurácia da biópsia. Palavras-chave: escore de Gleason; adenocarcinoma prostático; prostatectomia; concordância. Nome aluno(a): MARCELLE REHEM MACHADO Tema:. Hamartoma Hipotalâmico associado à puberdade precoce central: Descrição de uma série de casos Orientador: Profa. Dra Ana Cláudia Couto-Silva RESUMO Introdução: o desenvolvimento puberal normal é um fenômeno que depende da ativação do eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal. A puberdade é dita precoce (PP) quando o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários ocorre antes dos oito anos no sexo feminino e antes dos nove anos e seis meses no sexo masculino e pode decorrer da liberação precoce do hormônio liberador da gonadotropina (GnRH) (puberdade precoce central- PPC- ou dependente de gonadotrofinas) ou de patologias primárias das gônadas ou suprarrenais (puberdade precoce periféricaPPP- ou independente de gonadotrofinas). A PPC é, na maioria das vezes, idiopática (PPCI), mas pode ser orgânica (PPCO), causada por lesões do sistema nervoso central, sendo o hamartoma hipotalâmico (HH) a principal causa. Os hamartomas hipotalâmicos são patologias raras, associadas à PPC e à epilepsia gelástica. Caracterizam-se por pequenas massas heterotrópicas não-neoplásicas congênitas de tecido nervoso normal e o diagnóstico é realizado através da ressonância nuclear magnética de crânio (RNMC). Por ser pouco frequente, o HH é condição clínica não muito estudada na literatura. Objetivo: descrever as características clínicas e radiológicas de uma série de casos de portadores de PPCO e HH. Métodos: estudados nove pacientes (seis do sexo feminino) com HH e PPC atendidos em um centro de referência da cidade de Salvador-Bahia. Resultados: houve predomínio de meninas numa proporção de 2:1, a idade média de apresentação dos sintomas foi de um ano, com alta estatura e avanço de idade óssea em oito casos. O primeiro sinal de desenvolvimento puberal foi telarca isolada em meninas, e aumento do volume testicular associado à pubarca nos meninos. Dois pacientes apresentavam crises convulsivas, sendo crises generalizadas em um caso e epilepsia gelástica em outro caso. e uma era portadora de Trissomia do Cromossomo 18 (Síndrome de Edwards). Todos os pacientes apresentaram picos de hormônio luteinizante (LH) e folículo estimulante (FSH) elevados antes do início do tratamento com análogo de GnRH (GnRHa). O tamanho médio dos hamartomas foi de 23,5 mm e em oito pacientes sua localização era para-hipotalâmicos. A única paciente com tumor intra-hipotalâmico não apresentava crises convulsivas. Conclusão: HH associa-se a PPC que surge, habitualmente, em pacientes muito jovens. Assim, o desenvolvimento de PPC em crianças abaixo dos cinco anos de idade deve conduzir à investigação de formas orgânicas de PP. Palavras chaves: hamartoma hipotalâmico, ressonância nuclear magnética, crânio. puberdade precoce,orgânica, Nome aluno(a): MARCO ANTONIO FREITAS DA SILVA JÚNIOR Tema:. Riscos no uso de BETA2-AGONISTAS Inalatórios no tratamento da Asma. Orientador: Profa Karla Gramacho RESUMO Introdução: A asma é uma patologia universal com distribuição irregular no globo. O Brasil, com 12,9% da população entre 20 e 69 anos com diagnóstico da doença, tem uma das maiores taxas de prevalência combinados a baixos índices de letalidade. Um dos fatores reconhecidos no aumento da morbimortalidade da asma foi a introdução dos beta2-agonistas inalatórios a partir da década de 90. Estes foram alvos de diversos estudos abordando suas associações com o aumento do número de exacerbações, agravamento de crises e até mesmo risco de morte. O uso freqüente e/ou altas doses de beta2-agonistas inalatórios relacionam-se ao aumento da responsividade brônquica para alérgenos, mesmo em uso de corticóides inalatórios; à modificação de receptores dos corticosteróides; à alteração da função mucociliar; à inibição do mecanismo antiinflamatório inato, embora estes achados ainda permaneçam em discussão. Objetivo: Elucidar diversas controvérsias a respeito de efeitos deletérios do uso de beta2-agonistas inalatórios no tratamento da asma. Método: Realizou-se uma revisão sistemática da literatura com identificação e seleção de artigos por um revisor (autor principal), utilizando como estratégia de busca e fonte de informação os seguintes bancos de dados computadorizados na Internet de 1990 a 2010: Medline, PUBMED, LILACS, SciELO. As palavras-chave para busca foram: “b2-agonista”, “asma”, “riscos” e suas traduções correspondentes na língua inglesa e espanhola, em combinações variadas. Resultados/Discussão: Seja por número de exacerbações clínicas, por número de óbitos ou por alterações espirométricas o uso de beta2-agonistas parece oferecer riscos extremamente relevantes no tratamento da asma. Riscos semelhantes são encontrados com salmeterol e formoterol em crianças e adultos. Corticóides inalatórios concomitantes não protegem adequadamente contra os efeitos deletérios. O uso de beta2agonistas de longa duração pode ser associado a um significativo número de internações desnecessárias clinicamente, unidade de terapia intensiva e de internações e mortes por ano. Conclusão: Seja qual for a natureza das associações observadas, o uso indiscriminado desses medicamentos deve sinalizar à classe médica que a probabilidade de um evento adverso importante é significativamente aumentado e que é necessário reavaliar sistematicamente a condição do paciente. Palavras-chave: beta2-agonistas inalatórios; tratamento da asma; riscos; efeitos adversos; controle da asma. Nome aluno(a): RODRIGO LUIZ MOURA RICCIO Tema:. Uso de sulfato de zinco e cimetidina no tratamento de verrugas não-genitais. Orientador: Prof. Dr. Ênio Ribeiro Maynard Barreto RESUMO Introdução: Verrugas são causadas pelo HPV. Os tipos mais associados às verrugas não-genitais são os 1 e 2. Resolução espontânea pode alcançar 70%, mas a despeito disso, muitas lesões não regridem espontaneamente. Há associação entra a resposta imune e a infecção pelo HPV. Existem diversos tratamentos para essa doença, mas em alguns casos eles são pouco efetivos, dolorosos ou há recorrência. Tem-se tentado drogas que atuem na imunidade. O sulfato de zinco ajuda na maturação de linfócitos T, a modular a resposta para um padrão Th1 e ativar células NK. A cimetidina é um antagonista dos receptores H2. Há alguns anos, foi observado seu poder imunomodulador e assim, tem-se tentado seu uso no tratamento de verrugas. Ela bloqueia os receptores H2 das células T-supressoras, inibindo-as. Ela estimula a resposta Th1, a ativação de células NK e a produção de citocinas. Objetivo: Avaliar as indicações para o uso de cimetidina e sulfato de zinco no tratamento de verrugas não-genitais e buscar estabelecer também a eficácia desses tratamentos. Metodologia: Foi feita uma revisão da literatura utilizando os descritores zinc sulfate, warts e cimetidine. Resultados: A busca resultou em 21 artigos, sendo 13 deles selecionados para o trabalho a partir dos critérios de inclusão e exclusão. O sulfato de zinco foi abordado em 6 estudos, a cimetidina abordada em 8 estudos. Discussão: O zinco e a cimetidina são usados para o tratamento de verrugas últiplas e recalcitrantes, com evolução arrastada. O uso oral do zinco alcançou altas taxas de cura (62,5 a 86,9%) em 2 a 3 meses de tratamento. A droga por via intralesional a 2% também se mostrou efeitva (98% de cura). A droga por via tópica a 10% se mostrou efetiva apenas em verrugas planas (85,7%). A cimetidina apresentou resultados excelentes em estudos abertos (até 80% de cura), mas esses resultados não se mostraram consistentes em estudos mais rigorosos. Conclusão: Essas drogas não são usadas como 1ª linha no tratamento de verrugas. O zinco parece estar bem estabelecido na forma oral para o tratamento de verrugas. A forma tópica e a intralesional apresentam resultados promissores, mas esses dados devem ser corroborados com outros estudos. A cimetidina teve bons resultados em estudos abertos, mas esses bons resultados não foram reproduzidos em estudos mais rigorosos. Assim, seu uso é controverso, mas parece haver uma tendência, a partir dos dados atuais, para não indicar essa droga para essa finalidade. Palavras-chave: verrugas; sulfato de zinco; cimetidina Nome aluno(a): IGOR LOGETTO CAETITÉ GOMES Tema:. Papel da Tropanina T em pacientes com insuficiência cardíaca e acompanhamento ambulatorial: Uma Revisão Sistemática Orientador: Profª Dra. Josecy Maria de Souza Peixoto RESUMO Introdução e Objetivo: O envelhecimento populacional, decorrente do aumento da expectativa de vida observada no panorama demográfico mundial, determinou modificações epidemiológicas caracterizadas pela maior incidência e prevalência de doenças crônico-degenerativas como causas de morbimortalidade. Dentre elas, a insuficiência cardíaca (IC) se faz destaque. Esta é responsável por gerar maior sobrecarga econômica para o sistema de saúde e determinar mudanças em políticas públicas que atendem a essa demanda. Portanto, a construção de mecanismos que possam auxiliar a delinear o perfil prognóstico destes pacientes é importante para alocação adequada dos recursos. A troponina T surge como um potencial biomarcador. Este trabalho tem por objetivo descrever as implicações decorrentes da alteração dos níveis de troponina T nos pacientes com insuficiência cardíaca. Métodos: Este trabalho foi realizado através da construção de uma revisão sistemática. Efetuou-se uma busca, na literatura vigente, por artigos que satisfizessem a resposta clínica do trabalho. Foram utilizados como ferramentas: a construção de estratégias de busca que elevaram a sensibilidade do estudo, a determinação de critérios de inclusão e exclusão, gerando aumento da especificidade e o cumprimento de etapas de seleção dos estudos. O manuscrito foi obtido a partir do compilado informativo. Resultados: Seis estudos foram selecionados para compor a revisão. Os mesmos revelaram aumento do risco de eventos adversos em pacientes que apresentaram flutuações e elevações mantidas nos níveis de troponina T ao longo do seguimento. Até metade destes pacientes com insuficiência cardíaca e acompanhamento ambulatorial apresentam necrose miocárdica em curso, expressa por valores anormais de troponina T. Maiores níveis deste biomarcador estão relacionados a uma pior classe no New York Heart Association, menor fração de ejeção ventricular e maiores níveis de peptídeo natriurético cerebral. Conclusão: Existem implicações, como aumento da morbidade e mortalidade, relacionadas a alterações dos níveis de troponina T em pacientes com insuficiência cardíaca e acompanhamento ambulatorial. Palavras-Chave: Troponina T. Insuficiência Cardíaca. Biomarcador Nome aluno(a): MÁRCIO OLIVEIRA ISABELLA Tema:. Análise dos anestésicos utilizados na Litotripsia extracorpórea por ondas de choque em pacientes com Urolitíase: Uma revisão de Literatura. Orientador: Prof Dr Luiz Eduardo Café RESUMO Introdução: A litíase urinária é uma das doenças mais freqüentes do trato urinário, com alto custo socioeconômico. Seu tratamento vem cursando com evolução dos métodos terapêuticos, sendo a litotripsia extracorpórea por ondas de choque (LECO) um dos mais utilizados. Contudo, a tareapia é dolorosa e necessitata de analgesia e sedação para que se tenha boa resposta. Entretanto, não existe um grupo anestésico padrão-ouro para realização do procedimento. Objetivo: analisar os anestésicos utilizados na litotripsia por ondas de choque para tratamento da litíase urinária. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura de artigos que satisfizeram o objetivo do estudo. Uma busca ativa por artigos presentes na literatura vigente inseridos no banco de dados da biblioteca virtual do MEDLINE. Foram utilizados apenas os artigos em inglês, com estudos feitos somente em humanos, prospectivos e publicados nos últimos quinze anos. Os descritores utilizados foram: “analgesia” AND “lithotripsy”, sendo excluídos artigos que tratavam de procediementos anestésicos não convencionais. Resultados: Os artigos analisados utilizaram de AINES e opióides, isoladamente ou associados, para analgesia e sedação durante LECO. Foi discutido os efeitos depressores cardiorespiratórios, náuseas, vômitos e sonolência dos opióides e nefrotóxicos dos AINES em altas doses. Alguns autores preferiram uma das classes e outros sua associação. O controle da analgesia pelo paciente (PCA) foi relacionado à menor dose de droga adicional, melhores parâmetros cardiorrespiratórios e maior satisfação do paciente. Conclusões: Não há um padrão-ouro estabelecido para analgesia em LECO. O uso combinado de opióide e AINEs demonstra ser eficaz, pois promove adequada analgesia e diminui risco de efeitos das duas drogas. Associar o procedimento a uma analgesia controlada pelo paciente (PCA) demonstrou ser mais vantajoso, com maior satisfação para paciente, anestesiologista e urologista. Não foi elucidado dentro dos artigos estudados relações entre composição do cálculo e anestésico utilizado. Palavras-chave: Litotripsia. Analgesia. Nome aluno(a): CIRO COSTA SARAIVA E SANTOS Tema:Análise dos laudos Anatomo-Patologico do Osteossarcoma em um Hospital de Referência em Salvador. Orientador: Prof. Dr. Mitermayer Galvão dos Reis RESUMO A importância do estudo epidemiológico é conhecer as características da entidade analisada, trazendo novas informações para embasar abordagens e pesquisas, podendo baseado em evidencias mudar condutas, e com isso por fim, prognósticos. O câncer, é a segunda causa de morte no Brasil, seu numero vem aumentando, em determinados grupos, por isso necessitasse de uma melhor abordagem desses pacientes se melhores resultados. O Osteossarcoma (OS) é um tumor ósseo principalmente de ossos longos, da segunda década de vida, sem fatores de risco modificáveis. A presença de tumores maiores que 12 cm e de metástases quando ocorre o diagnostico, são fatores associados a uma pior sobrevida, devido a isso se dá a importância de um diagnostico precoce, e para isso um maior conhecimento a cerca do OS, para sejam feitas as suspeitas. A questão principal do tratamento do OS é poder direcionar um tratamento menos agressivos para os pacientes que se beneficiam, e os mais agressivos para os casos menos responsivos, para isso é necessário conhecer o perfil epidemiológico da população para poder distinguir esse tratamento. O presente estudo analisou os laudos do serviço de anatomia- patológica, de um centro de referencia, para determinas a prevalência do OS, e comparamos com outros trabalhos da literatura que dispunham de dados epidemiológicos dessa entidade. Foi encontrada uma prevalência de homens com idade de 24,43 anos, com tumores do tipo osteoblastico em fêmur, os dados da literatura são compatíveis, menos na variável idade, que em nosso estudo esta acima da media para essa afecção. Concluímos que são dados importantes, mas escassos e que mais conhecimento epidemiológico poderá trazer maiores benefícios. Bahia Palavras Chaves: Osteossarcoma, Epidemiologia, Prevalência, Salvador, Nome aluno(a): JOÃO ANTÔNIO DAMASCENO NASCIMENTO Tema:Toxina Botulínica no tratamento da Hiperidrose: Vantagem e Desvantagens Orientador: Prof. Ênio Ribeiro Maynard Barreto RESUMO Introdução: A hiperidrose caracteriza-se pela produção excessiva de suor, manifestando-se de forma generalizada ou localizada principalmente nas axilas, mãos e pés. Pode ser primária ou secundária. Atinge cerca de 1% da população, levando a constrangimento social e redução da qualidade de vida. O tratamento é dividido em clínico e cirúrgico, com grande variedade de opções terapêuticas. Dentre elas destaca-se o uso da toxina botulínica como opção intermediária entre os tratamentos clínicos clássicos e os cirúrgicos em determindadas formas de hiperidrose. Objetivos: Fazer uma revisão sobre a hiperidrose, sua classificação e possíveis causas; Discutir os principais tratamentos descritos na literatura e analisar a sua eficácia com ênfase no emprego da toxina botulínica. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica não-sistemática realizada nas bases de dados PUBMED, SciELO e LILACS com os descritores: “hyperhidrosis”, “treatment”, “primary hyperhidrosis”, “botulinum toxin”. Foram selecionados artigos publicados nos últimos 10 anos, escritos nas línguas portuguesa, inglesa ou espanhola.. Resultados e discussão: Foram incluídos 22 artigos através da análise dos resumos. Em dezenove o tema principal é o tratamento da hiperidrose, dentre estes 6 trabalhos são específicos sobre o uso da toxina botulínica no tratamento da hiperidrose focal. Os tratamentos tópicos possuem curta duração, com eficácia limitada, nos casos leves de hiperidrose focal. Os sais de alumínio são os antitranspirantes mais utilizados, mas também podem ser usados anticolinérgicos e adstringentes. O tratamento sistêmico pode ser feito com anticolinérgicos orais, ansiolíticos, beta bloqueadores, dentre outros, porém é limitado pelos efeitos colaterais associados. A iontoforese é usada na hiperidrose focal, em regiões facilmente submersas em água. A euidrose é atingida entre 6 a 15 sessões e o efeito dura entre 2 a 14 meses. Os efeitos colaterais são pouco frequentes e leves se o tratamento é feito corretamente. Os tratamentos cirúrgicos incluem a excisão da abóbada axilar para retirar as glândulas écrinas, curetagem ou lipoaspiração para remover o tecido glandular axilar e a simpatectomia. A simpatectomia torácica videolaparoscópica é segura e efetiva, entretanto há alta incidência de hiperidrose compensatória. O tratamento cirúrgico geralmente é reservado para pacientes que não respondem às outras modalidades terapêuticas e são definitivos. A toxina botulínica tipo A mostrou-se eficaz no tratamento da hiperidrose focal com excelentes taxas de resposta, duração do efeito em torno de 4 a 6 meses e melhora significativa da qualidade de vida. As injeções são seguras e os efeitos colaterais pouco relevantes, entretanto, o uso da toxina botulínica é limitado por seu alto custo. A toxina é contraindicada em casos de distúrbios neuromusculares, hiperidrose de causa orgânica e uso de medicamentos que atuem na transmissão neuromuscular. Conclusão: A escolha do tratamento, dentre as diversas opções, depende da classificação, da localização, da interferência na qualidade de vida e de fatores individuais. A toxina botulínica é eficaz na hiperidrose focal, entretanto seu alto custo limita a manutenção do tratamento. Palavras-chave: Hiperidrose; classificação; epidemiologia; tratamento; toxina botulínica Nome aluno(a): MARÍLIA SAMPAIO LEMOS COSTA Tema:. Prevalência de fatores de risco e doenças Cardiovasculares em portadoras de Câncer de Mama. Orientador: Profa Dra Lucíola Maria Lopes Crisostomo RESUMO Introdução: O câncer de mama é a segunda neoplasia mais frequente no mundo e a mais temida pela população feminina. Presume-se que a coexistência de outras doenças associadas ao câncer possivelmente aumentem a morbidade e mortalidade. Contudo, não está determinada em diferentes populações qual a prevalência dos fatores de risco e doenças cardiovasculares em mulheres com câncer de mama. Objetivo: Determinar a prevalência de fatores de risco cardiovascular (FR) e doenças cardiovasculares (DCV) em portadoras de câncer de mama em uma instituição de referência em Salvador-BA; comparar as prevalências de FR e DCV em relação à idade e escolaridade; e avaliar a associação entre FR e DCV com características tumorais. Métodos: Estudo descritivo. Foram analisados prontuários de 117 mulheres com diagnóstico de câncer de mama, atendidas no primeiro semestre de 2010, no Hospital Aristides Maltez, em Salvador, BA. As variáveis de interesse foram: demográficas, biológicas, fatores de risco e doenças cardiovasculares e relativas ao câncer de mama. Para a análise dos dados utilizouse a estatística descritiva e o software SPSS v.17.0. As variáveis contínuas foram comparadas utilizando o teste t de Student e Mann-Whitney, e as categóricas, com o teste Qui Quadrado. Valores de p<0,05 foram considerados estatisticamente significantes. Resultados: Foram selecionadas 117 pacientes, mulheres, com idade média de 53,3 ± 13,7 anos (25,0 -90,0). Predominou a baixa escolaridade, com 69,2% das pacientes. O tipo histológico mais frequente foi o carcinoma ductal infiltrante, correspondente a 85,7%. Fatores de risco, excluindo a idade e as doenças cardiovasculares, foram mais frequentes nos idosos do que nos não idosos, 96,4% vs. 76,4%, e essa diferença foi estatisticamente significante, p= 0,018. Em relação à hipertensão arterial e diabetes, as mulheres idosas apresentaram maior proporção que as não idosas, 85,7% vs. 30,3%, p< 0,0001 e 28,6% vs. 6,7% p=0,007. A pressão sistólica e a diastólica apresentaram níveis maiores nos idosos, 153,0 ± 23,6 mmHg (90,0 – 207,0) vs. 136,4 ± 19,9 mmHg (100,0 – 200,0), p= 0,001 e 88,9 ± 10,5 mmHg (60,0 – 115,0) vs. 81,9 ± 9,6 mmHg(60,0 – 100,0), p=0,003. A análise do estadiamento clínico não apresentou diferenças estatisticamente significativas em relação à presença de fatores de risco e ao número destes, sugerindo ausência de associação. Conclusões: A prevalência de fatores de risco cardiovascular e doenças cardiovasculares em portadoras de câncer de mama foi elevada na população estudada; a prevalência foi mais elevada nas mulheres idosas; a hipertensão arterial, obesidade, diabetes mellitus, tabagismo e etilismo foram os fatores de risco mais frequentes nas pacientes estudadas; e não houve associação entre a presença de fatores de risco, doenças cardiovasculares e características tumorais. Palavras-chave: Câncer de mama, doenças cardiovasculares, fatores de risco cardiovascular. Nome aluno(a): RENATA CARVALHO MARTINS Tema:. Desempenho do sistema de captação de Órgãos para transplante no Estado da Bahia, 2007-2010 Orientador: Profa. Dra. Maria Auxiliadora Lima RESUMO OBJETIVOS: Retratar o desempenho do sistema de captação de órgãos no estado da Bahia entre janeiro de 2007 e junho de 2010. MÉTODOS: No presente trabalho, foi realizada uma pesquisa indireta, que utiliza o método descritivo e retrospectivo da situação do transplante de órgãos sólidos na Bahia entre janeiro de 2007 e junho de 2010. Os dados secundários utilizados para desenvolver este estudo foram fornecidos pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), pelo DATASUS, pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB) e pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT). RESULTADOS: O número de potenciais doadores totalizado durante estes anos foi de 1052. Destes, 164 tornaram-se doadores efetivos, com 152 deles doando mais de um órgão. O transplante de rim foi o mais realizado (142), mesmo considerandose apenas os doadores falecidos, ficando à frente do de fígado (121) e do de coração (5). Não houve nenhum caso de transplante de outros órgãos no período avaliado. A principal causa de não efetivação da doação foi a não confirmação de morte encefálica (46,1%), seguida de não autorização familiar (33,4%). A porcentagem de consentimento familiar em relação ao número de entrevistas realizadas foi 39% em 2007, 33,3% em 2008 e 2010 e 43,1% em 2009. As filas de espera apresentam um crescimento continuado, uma vez que o número de transplantes realizados é escasso. CONCLUSÃO: O presente estudo permite concluir que o sistema de notificação, doação e captação de órgãos da Bahia apresentou, entre janeiro de 2007 e junho de 2010, um desempenho insuficiente para suprir adequadamente demanda de transplantes deste estado. Palavras-chaves: transplante de órgãos, Bahia, doação de órgãos. Nome aluno(a): RAFAEL SANTANA BATISTA SOARES Tema:. Cefaléia como fator de risco de AVC Orientador: Prof. Dr.Aroldo Bacellar RESUMO Introdução: As doenças do aparelho circulatório acarretam taxas de mortalidade proporcional de 32,3%, e constituem as principais causas de óbito no Brasil. Este grupo é liderado pela doença cerebrovascular (DCV), que é responsável por um terço das mortes. Nos Estados Unidos da América, cerca de 50,0% das internações relativas a casos neurológicos decorrem de DCV. Dentre as DCV, destaca-se o acidente vascular cerebral (AVC). Existem dois tipos de AVC: o AVC isquêmico (AVCi) e o AVC hemorrágico. A detecção e o controle de seus fatores de risco são tarefas prioritárias, pois permitem redução significativa da incidência e recidiva do AVC, principalmente do isquêmico cuja taxa de mortalidade varia de 14,0% a 26,0%. O AVC isquêmico é aquele que está mais relacionado com crises de migrânea ou enxaqueca, sendo que estudos mostram que a migrânea com aura é um possível marcador para tal afecção. Sabe-se que a relação da cefaléia com o AVC é estudada a mais de 30 anos, na tentativa de associá-los e verificar que por meio de mecanismos potenciais, a dor de cabeça pode ser um fator de risco desencadeador do derrame. Dentre os mecanismos e teorias podemos citar: a teoria da ativação do sistema trigeminovascular, eventos cerebrais intrínsecos e a depressão alastrante cortical. Alguns processos cruciais como o vasoespasmo intracerebral, a hipercoagulabilidade endotelial vascular, a disfunção endotelial e os fatores genéticos são também citados nesse artigo. Objetivos: Atestar a importância do quadro de cefaléia como sinal ou marcador antecipado de um quadro de AVC. Além disso, tem como objetivo secundário mostrar que adultos com ou sem comorbidades, que sofrem de enxaqueca crônica, estão propensos a ter um AVC. Materiais e métodos: Foi realizada uma revisão sistemática retrospectiva da literatura por artigos científicos de revisão na Base de Dados Scielo, Lilacs, PubMed, Medscape, Medline, dentre outros, referente aos anos de 1998 a 2010. Resultados: A busca bibliográfica, segundo a estratégia definida, resultou em 142 artigos e, de acordo com os objetivos do estudo e critérios de inclusão, 42 artigos foram selecionados. Desses, 13 apresentaram estudos estatísticos comparativos entre adultos jovens e idosos, mostraram a relação com os diversos fatores de risco, e a ocorrência de AVC. Evidenciaram, ainda, que os adultos jovens (entre 25 e 50 anos) foram os mais atingidos por AVC após eventos de cefaléia, quando comparados com idosos. As mulheres jovens tiveram grande notoriedade no estudo, sendo as mais acometidas; sendo que o risco de AVC se elevava ainda mais quando elas usavam anticoncepcional oral ou, fumavam. Conclusão: cefaléia é fator de risco para AVC não importando a higidez do indivíduo. As evidências mostram uma associação significativa entre elas, porém mais estudos elucidativos e esclarecedores devem ser feitos com fins comparativos, sanando qualquer tipo de dúvida. Palavras-chave: AVC, cefaléia, migrânea, migraine and stroke, stroke, fatores de risco para AVC, idosos, Acidente Vascular Cerebral isquêmico (AVCi). Nome aluno(a): MILTON LOPES DE SOUZA NETO Tema:. Correlação da Tireóide de Hashimoto com Carcinoma Papilífero da Tireóide Orientador: Profª. Drª. Ana Cristina Carneiro dos Reis RESUMO O câncer de tireóide é a neoplasia mais comum do sistema endócrino. Somente no ano de 2002 foram registrados 141.013 casos novos e 35.575 mortes por essa patologia. No Brasil, ele correspondeu a 1,3% de todos os casos de câncer de 1994 a 1998. O prognóstico de um paciente varia de acordo com o tipo de tumor, podendo ter sobrevida em 95% dos casos. Por outro lado, ela cai para 40% quando associada com invasão ganglionar. Sabe-se que as tireoidites auto-imunes são responsáveis pelo maior número de casos de hipotireoidismo, com prevalência de 4% na população mundial. Dentre elas, destaca-se a tireoidite de Hashimoto, que é a maior causa de hipotireoidismo espontâneo. O fato da tireoidite de Hashimoto e do carcinoma papilífero da tireóide compartilharem muitos aspectos morfológicos, imuno-histoquímicos e biomoleculares vem despertando interesse por parte de pesquisadores da atualidade. O objetivo deste trabalho é buscar evidências da correlação entre tireoidite de Hashimoto e carcinoma papilífero da tireóide. Foi realizada uma revisão sistemática da literatura entre 1993 e 2010, abordando a correlação da tireoidite Hashimoto com carcinoma papilífero da tireóide. A identificação dos artigos foi feita através de busca bibliográfica nas bases de dados MEDLINE, LILACS, SCIELO e PUBMED. Os artigos que atendiam os critérios de inclusão foram utilizados na revisão bibliográfica. Evidências sugestivas para a associação do carcinoma papilífero com tireoidite de Hashimoto foram detectadas, porém a natureza dessa associação permanece em discussão, necessitando de novas formas de estudo. Palavras-chaves: hipotireoidismo / “hypothyroidism”, tireoidite de Hashimoto / “Hashimoto's thyroiditis”, câncer / “cancer”, tireóide / “thyroid”, papilífero / “papillary”. Nome aluno(a): ISABELA FRANCO DACID DE SOUZA Tema:. O ESTADO ATUAL DA HERNIORRAFIA VENTRAL LAPAROSCOPIA Orientador: Profª. João Eduardo Ettinger RESUMO Introdução: As hérnias ventrais são protrusões que ocorrem próximo ou ao longo da linha de sutura, em cerca de 3 a 5 anos da intervenção cirúrgica inicial. O reparo herniário é um procedimento cirúrgico muito comum, e evoluiu significativamente, em especial com a hernioplastia ventral laparoscópica. Esta foi amplamente difundida a partir da década de 90, e surgiu como alternativa para diminuir as altas taxas de recidiva do reparo tradicional, embora ambos utilizem os mesmos princípios: uma tela sintética. Os objetivos deste trabalho são a descrição da hernioplastia laparoscópica na atualidade e sua comparação com a laparotomia, no que tange às suas vantagens e desvantagens. Métodos: Será realizada uma revisão sistemática da literatura, com busca de artigos originais, de 1993 a 2010, nas bases de dados PUBMED, MEDLINE e LILACS. Resultados: Quando comparada à laparotomia, a laparoscopia mostrou grandes vantagens, como melhor visualização do defeito herniário, redução do tempo de internação hospitalar e retorno mais rápido às atividades cotidianas. Além disso, apresentou menores taxas de complicações, sendo as mais frequentes: seroma, íleo e enterotomia. Como desvantagens, há o maior tempo operatório requerido e, consequentemente, um aumento no custo total do procedimento. Conclusão: a laparoscopia, no reparo de hérnias ventrais, apresentou menor incidência de complicações, em relação à cirurgia convencional, embora ambas tenham taxas de dor e recidiva semelhantes. No entanto, há necessidade de mais estudos, a fim de definir a melhor técnica para o reparo herniário. Palavras-chave: Hérnia ventral - Reparo herniário - Laparoscopia - Recorrência Complicações Nome aluno(a): NATÁLIA D. KOVALINSKI VIEIRA Tema:. Uso de substâncias psicoativas em estudantes de Medicina em uma Escola Privada da Bahia. Orientador: Prof. Dr. Luiz Queiroz RESUMO Introdução: A humanidade sempre recorreu ao uso de substâncias psicoativas para fins curativos e durante rituais religiosos. Os estudantes de medicina são mais suscetíveis ao uso de drogas do que os demais estudantes por apresentarem maior vulnerabilidade psicológica e situações estressantes às quais são submetidos. Objetivo: Descrever a prevalência do uso de substâncias psicoativas, além da freqüência do uso e do tipo de substância. Relevância: A proposta é contribuir com a elaboração de estratégias a fim de melhorar a saúde do estudante de medicina proporcionando um ganho mais amplo no futuro, quando este for um profissional. Material e métodos: Aplicação de questionário no qual foi analisado freqüência de uso, razões pelo uso, assim como dificuldades encontradas na rotina do estudante de medicina. Os questionários foram entregues e devolvidos através de um protocolo de segurança no qual impede a identificação dos alunos que contribuíram para a pesquisa. Foram analisados 316 questionários obtidos nos seis anos do curso. Resultado: Nota-se que as drogas mais utilizadas foram as legais, álcool e tabaco. O uso de álcool apresentou-se constante durante os seis anos do curso. O uso de tranqüilizante foi crescente ao longo dos anos de curso. Os homens foram responsáveis por maior consumo de todas as drogas psicoativas, com exceção dos tranqüilizantes. 91,5% consideraram que a rotina do estudante de medicina é deferente dos demais universitários. 51,9% acreditam que a rotina do estudante de medicina favorece o uso de drogas psicoativas. Discussão: O padrão de consumo do universitário estudado difere do padrão de consumo dos brasileiros, assim como dos universitários médicos de outros países, entretanto, se mantém semelhante quanto ao padrão de consumo de outros universitários médicos brasileiros. O uso de lança perfume foi maior do que o uso de maconha, o que não ocorre em outros países, provavelmente pela aceitação maior dessa classe social quanto a essa droga, que encontra grande disponibilidade nas festividades do carnaval e é associada à diversão e não a uma droga psicoativa, como as outras. O consumo de tranqüilizantes foi crescente durante o ano do curso. O principal motivo para o uso de álcool foi “recreacional”, seguido de “aliviar tensão”. Conclusão: O padrão de consumo do estudante analisado é similar aos demais estudantes de outros cursos, apesar do seu dedutível conhecimento sobre o efeito de substâncias psicoativas. Nome aluno(a): CÁSSIO SILVEIRA DE JESUS Tema: Sonolência diurna excessiva e sua associação com Obesidade e componentes da Síndrome Metabólica Orientador: Prof. Dr. Maria de Lourdes Lima RESUMO Introdução: A obesidade é uma verdadeira pandemia nos dias de hoje. No Brasil, 43,3% dos adultos estavam com sobrepeso e 13% obesos. A obesidade é um fator de risco maior para o a Síndrome da Apnéia-Hipopnéia Obstrutiva do Sono (SAHOS). Há ainda outros fatores de risco igualmente importantes, como a circunferência do pescoço aumentada, idade elevada, sedentarismo, tabagismo dentre outros. A SAHOS é o distúrbio do sono mais comum na população em geral, atingindo 2% das mulheres e 4% dos homens. Essa síndrome é caracterizada por repetidos episódios de obstrução ao fluxo aéreo, parcial (hipopnéia) ou total (apnéia) durante o sono. Mas a apnéia não se trata apenas de um problema respiratório. Já foi demonstrado que ela atinge o indivíduo sistemicamente, gerando hipertensão, alterando níveis de glicemia, colesterol total, HDL, LDL e triglicérides Objetivo: Avaliar em pacientes com excesso de peso, a freqüência de sonolência diurna excessiva, utilizando-se para tal a Escala de Sonolência de Epworth (ESE), e a partir daí analisar sua relação com marcadores de risco cardiovascular. Materiais e Método: Estudo transversal, com 103 mulheres com excesso de peso (IMC > 25) separados em dois grupos através do resultado da ESE, os com ESE≥ 10 e ESE <10.Neles foram avaliados: idade, altura, cintura, quadril, pressão arterial, glicemia, perfil lipídico, graus de obesidade, HbA1C, e ultra-sonografia de abdômen superior. Procurou-se variações entre os dois grupos, a partir dessas variáveis. Resultados: A idade variou de 18 a 78 anos, média 44,53 ± 12,60 anos. Separados de acordo com pontuação na ESE: ESE ≥ 10, uma idade em média de 45,89±11,41; ESE < 10, idade média de 44,56±13,02 (p=0,582). O IMC variou de 25,2 a 68,56kg/m², média 34,99 ± 6,97. O grupo ESE ≥ 10: média de 34,63±5,63, sendo, 8 pacientes (17,4%) com Sobrepeso, 19 (41,3%) Obesidade Grau 1, 12 (26,1%) Obesidade Grau 2 e 7(15,2%) Obesidade Grau 3. ESE <10, a média foi 34,13±5,69; 14 pacientes (25,5%) Sobrepeso, 19 (35,5%) Obesidade Grau 1, 14 (25,5%) Obesidade Grau 2 e 8(14,5%) Obesidade Grau 3. (p = 0,78). A circunferência do pescoço variou de 29 a 44 (média: 35,14±3,12).Pacientes com ESE ≥10: média 34,82±2,43; com ESE<10: média 35,0±3,52 (p = 0,342). Discussão: Ao avaliarmos a glicemia em jejum e a presença de acantose, percebemos uma tendência a relevância estatística (p=0,07 e 0,08, respectivamente). Isso permite inferir que se aumentássemos o número da amostra, poderíamos encontrar resultados estatisticamente significantes, resultados esses que já encontrados em outros estudos. Em relação a circunferência do pescoço, não encontramos nenhuma relação estatisticamente significante. Porém apenas dispúnhamos de um número reduzido dessas circunferências (n=63). Para o segmento desse projeto devemos avaliar a ampliação do número de pacientes com as medidas da circunferência do pescoço. A utilização da ESE e de dados clínicos para a apnéia do sono é de grande importância, de modo que novos trabalhos, utilizando essa ferramenta, devem ser realizados a fim de reforçar a sua importância como importante instrumento para sugestão de apnéia do sono. Palavras-chaves: Apnéia do sono, Escala de Epworth, Obesidade. Nome aluno(a): MÁRCIO BITTENCOURT BARBOSA MATIAS Tema:. Fatores de risco em Acidente Vascular Encefálico (AVE) Isquêmico. Orientador: Prof.° Dr. Antônio Andrade RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O acidente vascular encefálico é uma doença de grande prevalência e relevância no sistema de saúde pública. O seu acometimento é uma das principais causas de mortalidade e invalidez dos países industrializados. O presente estudo pretende demonstrar através de uma revisão de literatura de artigos científicos e livros textos sobre o tema a prevalência dos fatores de riscos no acidente vascular cerebral isquêmico. Dessa forma, verificar a importância dos fatores de risco do AVC isquêmico na morbi-mortalidade dessa doença. MÉTODOS: O presente trabalho de conclusão de curso será realizado com embasamento de artigos científicos e livro textos. Inicialmente foram préselecionados artigos que abordem os fatores de risco do AVC isquêmico na última década (2000 – 2010). Os quais são: idade, sexo, raça (cor), histórico familiar, hipertensão arterial, fibrilação arterial, diabetes, tabagismo, dislipidemia e obesidade DISCUSSÃO E RESULTADOS: Observou-se que esses fatores se mantêm prevalentes em distintas populações de estudos, corroborando com o que é afirmado na literatura científica mundial. Dentre todos os fatores de risco analisados a Hipertensão arterial Sistêmica foi o mais citado, o mais relevante e o que mais contribui para o início da história natural do AVC isquêmico. Os fatores de risco foram analisados separados para que possam ser avaliados minuciosamente sendo abordado em seus aspectos mais pertinentes na contribuição da gênese do AVC isquêmico no paciente. CONCLUSÃO: Foi observado que a melhor conduta é enfatizar a promoção de estilos de vida saudáveis, controles periódicos e tratamento adequado de hipertensão e demais fatores de risco, são essenciais para diminuir a incidência de AVE. Palavras-chaves: Acidente vascular encefálico isquêmico; Fatores de risco; hipertensão arterial Nome aluno(a): JOÃO OLIVEIRA SANTOS JUNIOR Tema:Impacto da infecção por Citomegalovírus em pacientes transplantados renais. Orientador: Prof.° MSc Sócrates Bezerra de Matos RESUMO Com o envelhecimento da população as doenças crônicas têm aumentado em prevalência. Especial atenção deve ser dada a doença renal crônica, pois seu tratamento é um dos mais onerosos para o sistema único de saúde. A insuficiência renal crônica (estagio final desta doença) quase sempre requer o transplante renal, o qual tem seu sucesso atrelado à terapia imunossupressora. Esta por sua vez pode predispor a infecções com potencial para a rejeição do órgão transplantado. O CMV é reconhecidamente um dos patógenos mais temidos no que se refere às complicações no período pós-transplante renal. A infecção pelo CMV gera grande impacto no indivíduo transplantado renal pelo seu potencial em gerar grandes complicações podendo levar, até mesmo, à rejeição do órgão transplantado. Conhecer o potencial do CMV em gerar complicações no indivíduo que recebe transplante de rim é de grande importância, visto que este entendimento poderá fornecer subsídios para adoção de medidas preventivas e, com isso, a redução do impacto dessa infecção nos receptores do enxerto. Para este fim foi realizada uma revisão da literatura que aborda as complicações pós-transplante relacionadas à infecção pelo CMV. Esses trabalhos foram selecionados por um revisor em pesquisas on-line, nos seguintes bancos de dados: LILACS, IBECS, MEDLINE, Biblioteca Cochrane e SciELO. Vários estudos têm demonstrado que há comprometimento CMV-dependente de diferentes naturezas e em diferentes órgãos, não somente no órgão transplantado, que acabam por levar a complicações que não raramente provocam a rejeição do enxerto e até mesmo a morte do paciente. Palavras-chaves: imunopatogenia. Infecção pelo CMV, rejeição, transplante renal, Nome aluno(a): SAMMER VICTOR DE ALMEIDA Tema:. Possível efeito preventivo do Zinco na doença Arterosclerótica em humanos: Uma Revisão Orientador: Dr. Luiz Erlon Araújo Rodrigues RESUMO A aterosclerose apresenta-se como um problema de distribuição mundial, contribuindo seriamente para morbidade e mortalidade, principalmente no ocidente, onde é responsável por aproximadamente 50% das mortes. O desenvolvimento da aterosclerose envolve vários eventos, incluindo disfunção do endotélio vascular, oxidação de lipídios, formação de células espumosas, proliferação e migração de células musculares lisas e degeneração da parede das artérias. Acredita-se que os gastos diretos e indiretos com a aterosclerose sejam incalculáveis, entretanto, só na Europa estima-se em torno de € 169 bilhões e no Brasil um montante próximo a $ 49 bilhões. Em busca de uma cura ou da prevenção, a ciência procura um entendimento pleno dos fatores relacionados à aterosclerose. É sabido pela comunidade cientifica que aterosclerose está intimamente ligada ao processo inflamatório crônico, sendo por isso o zinco pesquisado como possível preventor da aterosclerose. O zinco é um componente essencial de biomembranas, sendo de suma importancia para a manutenção da conformação estrutural da membrana. Há evidências de que o zinco pode oferecer propriedades antiaterogênicas, evitando transtornos fisiológicos e metabólicos do endotélio vasculares. O zinco parece ser crucial para a proteção contra agentes de células de desestabilização, como lipídios poliinsaturados e citocinas inflamatórias, também pode ser importante interferindo com as vias de sinalização envolvidas na apoptose. Foram comparados dez artigos de diferentes nacionalidades. Conclui-se que o zinco possui uma importante função antiinflamatória e antioxidante, entretanto não foi possível afirmar o seu efeito preventor nas doenças aterosclerótica. Objetivo: Avaliar um possível efeito preventivo do zinco na aterosclerose humana. Delineamento: Estudo de revisão sistemática da literatura cientifica dos últimos 20 anos. Palavras chaves: zinco e aterosclerose. Nome aluno(a): FÁBIO LIBERATO MARTINI Tema: Anticoagulação em Fibrilação Atrial: Aplicação do Critério CHA2DS2-VASC Orientador: Prof. Dr. Luiz Agnaldo Souza RESUMO Introdução: Fibrilação atrial é a arritmia mais comum na prática clínica e esta intimamente relacionada com risco de desenvolvimento de AVC isquêmico. Terapia preventiva com anticoagulação oral é clinicamente eficaz na prevenção de doença cerebrovascular isquêmica, porém seu uso apresenta risco de sangramentos. Faz necessário avaliar o risco de AVC e o risco hemorrágico para obter o melhor resultado possível com o mínimo de complicações. O score CHADS2 é uma ferramenta útil que pode ajudar na indicação de terapia antitrombótica, porém viu-se que o mesmo precisava de atualização, então foi criado o novo score o CHA2DS2-VASC. Objetivos: Realizar uma revisão bibliográfica acerca desse novo score, avaliando as mudanças realizadas e suas implicações. Métodos: Foi realizada uma pesquisa nas principais bibliotecas médicas virtuais, utilizando como palavras chave: fatores de risco para AVC, anticoagulação oral, fibrilação atrial, CHADS2 e suas respectivas traduções para língua inglesa. Foram incluídos: artigos originais, nos idioma português, inglês e espanhol com data de publicação posterior a 1990, considerados relevantes para o trabalho. Resultados: Foram selecionados 15 artigos que preencheram os critérios de inclusão e foram considerados úteis para o trabalho. Conclusão: Conclui-se que as modificações implantadas para criação do novo sistema de pontuações CHA2DS2-VASC, melhoraram a sensibilidade do método para detecção de pacientes em risco. Consequentemente evitando que indivíduos, anteriormente considerados como de baixo risco, não se beneficiem com a terapia antitrombótica. Palavras chave: Fibrilação atrial, anticoagulação oral, AVC, CHADS2, CHA2DS2VASC. Nome aluno(a): FELIPE OLIVEIRA COSTA Tema:. Associação entre Transtornos Mentais e Enxaqueca Orientador: Prof. Dr. Frederico Figueirôa RESUMO Introdução: A enxaqueca é, isoladamente, uma afecção de âmbito global, com uma epidemiologia que traz consigo números importantes da doença. Trata-se de uma cefaléia que atinge predominantemente mulheres, sendo a sua etiologia e seu mecanismo ainda incertos, apesar de algumas hipóteses associarem a patologia a uma integração complexa, envolvendo o sistema nervoso central e periférico (mecanismo trigeminovascular). Os transtornos mentais apresentam-se como um grupo de patologias cuja prevalência é significantemente elevada, podendo chegar a quase um terço de determinadas populações. Os transtornos ansiosos compõem-se pela percepção da emoção – considerando-se a emoção como manifestação física autonômica e neuroendócrina de estímulos externos – e do sentimento – a percepção posterior da resposta (emoção) – de maneira patológica. A depressão, assim como a cefaléia, foi descrita em textos antigos. Da mesma forma, ainda se busca uma compreensão mais ampla de sua origem, sabendo-se que o surgimento, manutenção e recorrência de episódios depressivos são multifatoriais. Já é sabido que a dor crônica associa-se, em muitos casos, com o surgimento de transtornos psiquiátricos, principalmente ansiosos e depressivos, uma vez que diversos estudos em clínicas para a dor comprovam tal associação. Entretanto, são escassos os trabalhos que quantificam e qualificam a presença de enxaqueca em pacientes com diagnóstico prévio de transtorno mental. Objetivos: A finalidade deste trabalho foi investigar a prevalência da enxaqueca em pacientes com transtornos mentais diagnosticados em um ambulatório de psiquiatria, na cidade de Salvador, Bahia, além de, secundariamente, qualificar essa patologia. Além disso, foram observados dados acerca da cefaléia, no geral, e informações demográficas dos indivíduos. Metodologia: Foram selecionados pacientes com diagnóstico de transtorno psiquiátricos, sintomáticos, para aplicação de questionários com intuito de diagnosticar e qualificar, em segunda ordem, a cefaléia (com ou sem aura), de acordo com a International Headache Society (IHS). Os indivíduos tiveram o diagnóstico do transtorno através de uma psiquiatra, no ambulatório de psiquiatria da Fundação de Neurologia e Neurocirurgia – Instituto do Cérebro, em atendimentos da gratuidade e particulares em Salvador, Bahia. Também foi aplicado um questionário sócio-econômico, a fim de conhecer o padrão da população estudada. Posteriormente, os dados foram analisados no SPSS 17.0 para Windows, através de recursos estatísticos (freqüência e chi-quadrado). Resultados: Foram questionados 23 pacientes, sendo que, destes, 13 afirmaram ter cefaléia, enquanto os demais (10) negaram. Quanto à freqüência dos transtornos psiquiátricos, a maior parte dos pacientes sofria de um quadro de ansiedade (56,5%), enquanto apenas 26,1% recebeu o diagnóstico de depressão. Quatro pacientes tiveram outros transtornos. A média de idade no grupo “com cefaléia” foi de 42 ± 12,45, havendo predominância do gênero feminino (82,6%). Dos pacientes que relataram cefaléia, 61,5% encaixou-se no diagnóstico de enxaqueca, sendo, destes, 37,5% com aura. A associação entre enxaqueca e ansiedade não foi estatisticamente significante (p = 0,16) Conclusão: Houve uma concordância da epidemiologia dentro da população estudada e os dados encontrados na literatura, principalmente no que concerne à freqüência do sexo feminino. Quanto à análise de subgrupos, esta ficou prejudicada devido ao número limitado de indivíduos pesquisados. Palavras-chave: Enxaqueca. Transtornos mentais. Cefaléia. Prevalência. Ansiedade Nome aluno(a): ANTONIO MOREIRA SANTOS Tema:. Aspectos Clínico-Epidemiológico dos maus tratos contra Crianças e Adolescentes. Orientador: Dra. Célia Maria Stolze Silvany RESUMO Introdução: A violência contra crianças e adolescentes ainda persiste como um problema de saúde grave em nossa sociedade e pouco se sabe sobre o impacto dessa violência na vida dessas crianças. Esta violência está presente em praticamente todos os lugares e se apresenta basicamente de 5 formas: o abuso físico, abuso sexual, maus tratos psicológicos, negligência e síndrome de Münchausen por procuração. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo estudar as características epidemiológicas e os fatores associados à ocorrência de maus tratos (MT) contra crianças e adolescentes internados em um hospital pediátrico. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo de corte transversal, de morbidade hospitalar, que buscou identificar a freqüência de MT entre os pacientes internados para tratamento clínico ou cirúrgico no Hospital da Criança das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), em Salvador, Bahia, no período de março de 2006 a março de 2010. A identificação dos casos foi realizada através das fichas de notificação de MT e da análise dos respectivos prontuários, valorizando os sinais de alerta para a ocorrência de MT contidos na história clínica, história psicossocial e exame físico da criança. O grupo de estudo compreendeu crianças e adolescentes, de ambos os sexos, com idades entre 0 e 17 anos, internados nas enfermarias e unidades de tratamento intensivo ou semi-intensivo do Hospital. A coleta de dados contou com a utilização de um protocolo de pesquisa submetido à pré-teste para avaliação de sua qualidade. Além da caracterização da população do estudo, estimaram-se Indicadores Epidemiológicos para a ocorrência de MT tais como Prevalência de pacientes admitidos em conseqüência de MT, Distribuição Percentual dos diversos tipos de MT, Distribuição Percentual de MT por Idade, Prevalência de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) entre crianças e adolescentes submetidos a MT e Taxa de Letalidade associada aos MT. Resultados: Foram analisados 65 prontuários e fichas de notificação. As vítimas de maus tratos foram distribuídas por idade, conforme tipo de abuso sofrido, encaminhamento para órgão público, entre outros. A partir daí foram analisadas as características principais e os fatores associados referentes à violência contra as crianças e adolescentes. Conclusão: Esse estudo demonstra que é preocupante o problema da violência contra a criança e o adolescente no nosso meio, contribuindo significativamente para as internações hospitalares como causa primária ou por co-morbidades. Dessa forma, os maus tratos (MT) devem integrar o cotidiano do raciocínio clínico em qualquer nível de atenção à saúde. Palavras-chave: Maus tratos – Pediatria – Violência – Fatores associados Nome aluno(a): LARISSA SANTANA BITENCOURT Tema:. Perfil epidemiológico dos pacientes submetidos á cirurgia valvar em Centro de Referência Público de Salvador – Ba Orientador: André Maurício Souza Fernandes RESUMO Embora a doença cardíaca valvular seja menos comum em países industrializados do que a doença coronariana, insuficiência cardíaca, ou hipertensão arterial, orientações são de interesse neste campo por vários motivos, dentre eles, o acometimento de indivíduos em idade laboralmente produtiva. Por outro lado, a doença reumática continua a ser um problema de saúde pública nos países em desenvolvimento. No Brasil, a doença reumática é uma das doenças com maior custo para o sistema de saúde. Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico dos pacientes submetidos à cirurgia valvar em centro de referência público da cidade de Salvador, no estado da Bahia. Métodos: Estudo de corte transversal descritivo de prevalência, no qual foram analisados retrospectivamente dados como sexo, procedência, idade, duração de internamento, etiologia, presença de comorbidades, número de óbitos, dados ecocardiográficos, as principais válvulas acometidas, a respectiva valvulopatia, o tipo de cirurgia a qual o paciente foi submetido e o tipo de prótese utilizada em casos de trocas, através da revisão de 218 prontuários médicos, de todos os pacientes submetidos à cirurgia cardíaca de troca ou plastia valvar, no período de janeiro de 2007 a dezembro de 2008, em um centro de referência público. Resultados: 52,8% dos pacientes eram do sexo masculino e 47,2% do sexo feminino. A idade variou de 05 a 82 anos, com média de 40,47 ± 18,42. 40,4% dos pacientes eram procedentes da capital, enquanto que 59,6% eram de cidades do interior. A doença reumática foi a principal causa. A taxa de óbito foi de 12,4%. 74,77% dos pacientes foram submetidos à troca de válvula, 4,13% realizaram apenas plastia valvar e 17,89% realizaram tanto plastia quanto troca. 70,62% dos pacientes submetidos á troca valvar usaram bioprótese e 29,38% usaram do tipo metálica. Conclusão: Próteses biológicas são preferencialmente usadas em indivíduos jovens. A maioria dos pacientes são submetidos à cirurgia tardiamente, resultando em uma elevada taxa de óbito. Palavras chaves: Doença valvar, febre reumática, cirurgia valvar e prevalência. Nome aluno(a): BRUNO FRAGA FREITAS Tema: Avaliação da qualidade de vida em renais crônicos hemodialisados. Orientador: Prof.ª Maria de Nazaré M.Requião RESUMO Introdução: A Doença Renal Crônica (DRC) dialítica se revela como umas das doenças crônicas que mais afetam a qualidade de vida (QV) de seus pacientes, devido a sua evolução progressiva e na maioria das vezes sem uma resolução imediata, comprometendo a QV desses indivíduos através das restrições físicas e sociais impostas com o tratamento. Objetivo: Avaliar os recentes estudos sobre a qualidade de vida nos pacientes com DRC em hemodiálise, segundo a idade e o sexo. Métodos: Foram incluídos artigos publicados de 2000 a 2010, sendo o LILACS/MEDLINE/SCIELO como o banco de dados pesquisado, além das revistas da Sociedade Brasileira de Nefrologia. Resultados: Foram utilizados 6 artigos que relacionavam a idade e/ou sexo com os diversos domínios do questionário de qualidade de vida(Medical Outcomes Study Questionaire 36-Item Short Form Health Survey ,SF-36 ) buscando diferenças significativas entre essas variáveis. Conclusão: Em relação aos fatores analisados, a idade apresentou correlação negativa com a qualidade de vida, principalmente em relação aos domínios capacidade funcional e aspectos físicos. Porém, não foi possível chegar a um consenso em relação à variável sexo, devido às divergências entre os autores. Palavras-chave: Hemodiálise, Qualidade de Vida, Idade e Sexo. Nome aluno(a): FRANCIELLE GOMES VIANA Tema: Análise dos domínios dos questionários de qualidade de vida em pacientes portadores de DPOC: revisão de literatura Orientador: Profª IÊDA MARIA BARBOSA ALELUIA RESUMO Segundo a Organização Mundial de Saúde/OMS, Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social; não consistindo somente da ausência de uma doença ou enfermidade. A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma doença crônica e incapacitante que pode levar o paciente à dependência física e psicológica, com conseqüências econômicas. Inúmeros avanços têm-se alcançado através de tratamentos capazes de prolongar a vida do paciente. Entretanto, apesar de haver um aumento quantitativo da sobrevida dos doentes, nem sempre há a promoção e conseqüente garantia da recuperação de seu bem estar físico, emocional e social. Tratando especificamente do DPOC, os questionários de qualidade de vida vêm sendo apontados como os instrumentos mais indicados na sua avaliação. Para a confecção deste trabalho foi utilizado o questionário de QV específico Saint George (SGRQ). Trata-se de um questionário auto-aplicável, constando de 76 itens, ocorrendo em três domínios: sintoma, atividade e impacto. Como instrumento genérico a ser abordado no estudo, foi utilizado o questionário Short Form-36 version of the Medical Outcomes Study (SF-36). É auto-administrável, multidimensional e formado por 36 itens, que englobam itens 8 domínios. Através da análise comparativa dos domínios dos questionários de qualidade de vida aplicados aos pacientes portadores de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, pretendeu-se verificar se há mudanças na postura do médico em relação à adoção de novas práticas terapêuticas. O objetivo deste trabalho consistiu em analisar os domínios de um questionário específico de qualidade de vida de pacientes portadores de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica em comparação a um questionário geral de qualidade de vida. A presente pesquisa é uma revisão não sistemática. Envolveu a revisão de literatura em que foi possível identificar os estudos que avaliaram os domínios dos questionários de QV em pacientes com DPOC. Através do levantamento bibliográfico de periódicos indexados nos sistemas MEDLINE, LILACS, SCIELO, foram encontrados estudos publicados nos últimos 20 anos. Kawakami et al. avaliaram a existência de fatores de comorbidades na qualidade de vida dos pneumopatas. A maioria dos pacientes, com mais de três comorbidades, apresentaram pior estado geral de saúde e menor vitalidade que os pacientes sem doenças associadas à DPOC, sugerindo o impacto negativo exercido na QV. Levando-se em consideração que a descrição do tratamento do paciente com DPOC na maioria das situações ocorre promovendo a sobrevida, o que nem sempre é respaldado pela garantia de qualidade de vida, têm-se a importância do questionário geral por apresentar características adicionais ao que é verificado no questionário específico, como a avaliação do impacto da doença respiratória em relação a aspectos mais abrangentes, como a saúde mental, aspectos sociais, bem estar geral dos indivíduos, a detecção de comorbidades comuns em pneumopatas. A descoberta desse último fator contribui na adoção de práticas intervencionistas pela equipe multidisciplinar e são capazes de assegurar melhorias na qualidade de vida, valorizando mais os pacientes e menos a doença. Palavras-chaves: qualidade de vida, doença pulmonar obstrutiva crônica, instrumentos de qualidade de vida, questionários gerais e específicos de qualidade de vida Nome aluno(a): CARLA MARIA BATISTA FERREIRA Tema: Variabilidade da hemoglobina nos pacientes em hemodiálise crônica em uso de Eritropoetina Alfa: Associação com mudança Terapêutica e Intercorrências Clínicas Orientador: Profª Drª Elise Schaer Carvalho dos Santos. RESUMO INTRODUÇÃO: A anemia é uma complicação importante da doença renal crônica (DRC) e reflete principalmente a combinação de produção insuficiente de eritropoetina (EPO) e deficiência de ferro. Os medicamentos estimuladores de eritropoese utilizados atualmente no seu tratamento acabam causando flutuações nos níveis de hemoglobina (Hb), na forma de ciclagens e excursões, que podem estar associadas com diversas intercorrências clínicas. OBJETIVO: Esse estudo tem como objetivo verificar se há associação entre o fenômeno da variabilidade da Hb (VHb) em pacientes em hemodiálise em uso de eritropoetina alfa e fatores demográficos e clínicos. METODOLOGIA: Realizou-se estudo de série de casos em 219 pacientes que estavam em hemodiálise regular, no período de 01/11/2008 a 31/10/2009, em que se descreveu a Vhb através de taxas de flutuação, identificando ciclos e excursões. Teste paramétrico qui-quadrado e teste de Kruskal Wallis foram utilizados para determinar a relação entre a VHb e eventos clínicos e a mudança terapêutica. RESULTADOS: Experimentaram pelo menos uma excursão, 183 (83,56%) pacientes e 106 (48,4%) apresentaram pelo menos uma ciclagem de Hb. Mudanças nas doses da eritropoetina alfa, presença de infecções, sangramentos e hospitalizações e número de dias internados foram as variáveis que tiveram associação estatisticamente significante. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO: O fenômeno da variabilidade de Hb na forma de ciclagens e excursões é um evento comum nos pacientes em hemodiálise em uso de eritropoetina alfa. Foi visto que ele é resultado de práticas no tratamento da anemia com os MEEs e, portanto, o conceito de tratamento ideal deve ser revisto e os guias atuais de tratamento também. A associação encontrada com eventos clínicos ressalta a importância da identificação dos fatores desencadeantes e conseqüências das flutuações de Hb, o que não foi possível nesse estudo. PALAVRAS-CHAVE: Variabilidade da hemoglobina. Ciclagens e excursões de Hemoglobina. Eritropoetina alfa. Doença renal crônica. Nome aluno(a): BRUNA BITTENCOURT AGUIAR CUNHA Tema: Avaliação do Leucograma, no momento da admissão de pacientes com leptospirose, hospitalizados em Hospital de referência de Salvador-Ba Orientador: Prof. Dr. Edilson Sacramento da Silva RESUMO A leptospirose é considerada a antropozoonose mais difundida em todo o mundo e é responsável pela morte de um grande número de adultos jovens, com sérias repercussões econômicas para as famílias e para a sociedade. Ainda nos dias de hoje, o Brasil vem convivendo com surtos de leptospirose, apresentando-se, muitas vezes, como doença de Weil, responsável pela grande maioria dos casos letais da doença. Dessa forma, é importante se determinar quais são os fatores prognósticos que estão relacionados com o óbito em tal patologia, para possibilitar o manejo ativo e cuidadoso dos pacientes graves e com alto risco de morte. Assim, o presente estudo teve o objetivo de descrever a prevalência das alterações encontradas no leucograma de pacientes com leptospirose, nas primeiras 24 horas de admissão hospitalar. Teve-se também o objetivo de estimar associações entre os achados no leucograma e o evento final do internamento (alta ou óbito). Para realização do presente estudo, foram avaliados 252 pacientes que preencheram os critérios para diagnóstico de leptospirose e que foram internados, no período de março de 1998 a junho de 1999, no Hospital Couto Maia, localizado na cidade de Salvador-BA. O estudo possui um componente descritivo e outro analítico. Na amostra estudada, a letalidade hospitalar da leptospirose foi de 9,10%. A contagem de leucócitos variou de 5400 a 42900 leucócitos/mm³, sendo que 86,5% dos pacientes apresentaram leucocitose. A associação entre o número de leucócitos e a letalidade não se mostrou estatisticamente significante. Com relação à contagem diferencial das células do leucograma (metamielócitos, bastões, segmentados e linfócitos), apenas o número de bastões estava associado de forma estatisticamente significante ao evento final óbito (p=0,01). Porém, tal relação, quando ajustada para idade, através da regressão logística, não continuou estatisticamente significante (p=0,058), não se configurando, então, como um fator de risco independente para óbito na leptospirose. Também foi definido que idade superior a 32 anos (p=0,000) e plaquetopenia (p=0,025) são fatores de risco independentes para o óbito na leptospirose. Apesar dos resultados encontrados já possibilitarem ao médico a realização de uma avaliação inicial da gravidade e do prognóstico do paciente com leptospirose, apenas com a análise do leucograma e da contagem de plaquetas, é ainda necessária a condução de outros estudos, na mesma localização deste trabalho, com o objetivo de avaliar se outros fatores prognósticos para tal patologia, já citados em literatura mundial, são condizentes com o quadro evolutivo dos pacientes locais. A definição dos fatores prognósticos locais é de extrema importância pela variação da apresentação clínica da leptospirose em diferentes áreas geográficas e por tal doença ainda permanecer em nosso meio com uma alta incidência e letalidade, configurando-se como um grande problema de saúde pública. Palavras-chaves: leptospirose, leucograma, fatores prognósticos, fatores de risco, óbito. Nome aluno(a): ISABELLA FRANCO DAVID DE SOUZA Tema: O Estado atual da Herniorrafia Ventral Laparoscópica Orientador: Prof. Dr. João Eduardo Marques Tavares de Menezes Ettinger RESUMO Introdução: As hérnias ventrais são protrusões que ocorrem próximo ou ao longo da linha de sutura, em cerca de 3 a 5 anos da intervenção cirúrgica inicial. O reparo herniário é um procedimento cirúrgico muito comum, e evoluiu significativamente, em especial com a hernioplastia ventral laparoscópica. Esta foi amplamente difundida a partir da década de 90, e surgiu como alternativa para diminuir as altas taxas de recidiva do reparo tradicional, embora ambos utilizem os mesmos princípios: uma tela sintética. Os objetivos deste trabalho são a descrição da hernioplastia laparoscópica na atualidade e sua comparação com a laparotomia, no que tange às suas vantagens e desvantagens. Métodos: Será realizada uma revisão sistemática da literatura, com busca de artigos originais, de 1993 a 2010, nas bases de dados PUBMED, MEDLINE e LILACS. Resultados: Quando comparada à laparotomia, a laparoscopia mostrou grandes vantagens, como melhor visualização do defeito herniário, redução do tempo de internação hospitalar e retorno mais rápido às atividades cotidianas. Além disso, apresentou menores taxas de complicações, sendo as mais frequentes: seroma, íleo e enterotomia. Como desvantagens, há o maior tempo operatório requerido e, consequentemente, um aumento no custo total do procedimento. Conclusão: a laparoscopia, no reparo de hérnias ventrais, apresentou menor incidência de complicações, em relação à cirurgia convencional, embora ambas tenham taxas de dor e recidiva semelhantes. No entanto, há necessidade de mais estudos, a fim de definir a melhor técnica para o reparo herniário. Palavras-chave: Hérnia ventral Recorrência - Complicações Reparo herniário - Laparoscopia - Nome aluno(a): VICTOR HUGO NUNES BLOHEM Tema: Prevalência de anemia em idosos institucionalizados em uma Unidade Gerontológica em Salvador- Ba Orientador: Dra. Josecy Maria de Souza Peixoto RESUMO Introdução: A anemia é uma síndrome clínica comum em idosos, tendo sido foco de atenção cada vez maior nos últimos anos, como mostra o número crescente de publicações sobre o assunto. Consiste no distúrbio hematológico mais prevalente em idosos, tende a ter uma origem multifatorial e geralmente está associada a uma combinação de condições médicas crônicas. A apresentação clínica da anemia em idosos geralmente é complexa e seus sintomas, insidiosos e inespecíficos. A investigação clínica de anemia em idosos envolve a determinação de sua presença, a sua classificação e a identificação das causas subjacentes. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo determinar a prevalência de anemia em idosos institucionalizados no Centro Geriátrico Júlia Magalhães, pertencente às Obras Sociais Irmã Dulce, além de descrevê-la em termos de sexo, idade, morfologia das células vermelhas e doenças coexistentes. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo de morbidade (prevalência), realizado no segundo semestre de 2010, a partir de uma análise de prontuários feita com o auxílio de uma ficha protocolo previamente submetida a pré-teste para avaliação de sua qualidade. Foram incluídos no estudo todos os pacientes institucionalizados na enfermaria Nossa Senhora de Lourdes, sendo excluídos pacientes que não tinham dados suficientes no prontuário ou que se negaram a participar. Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Fundação Bahiana para Desenvolvimento das Ciências. Resultados: Foram analisados 60 prontuários. Os pacientes foram distribuídos em grupos em relação à presença ou não de anemia, ao sexo (masculino ou feminino), à faixa etária (6684 ou ≥ 85 anos), à morfologia das células vermelhas (normocítica, microcíticahipocrômica ou macrocítica) e a doenças coexistentes. A partir dessa divisão, foi realizada uma análise que a prevalência de anemia na amostra e suas relações com os demais aspectos. Conclusões: Há uma tendência maior à existência de anemia em idosos institucionalizados, principalmente nos pacientes mais idosos. A característica morfológica mais prevalente nos pacientes desse estudo foi a normocítica. As doenças que apresentaram maior associação com anemia nesse estudo foram as anormalidades do trato gastrointestinal e infecções de repetição. Dessa forma, o trabalho contribui para mostrar a importância de haver cuidado e atenção maiores por parte de médicos e outros profissionais de saúde em diagnosticar e tratar a anemia nesse grupo de pacientes, a fim de que possam ter menos desfechos adversos e uma melhor qualidade de vida. Palavras-chave: Anemia; idosos; institucionalizados. Nome aluno(a): NAYRA FUNATO MENEZES Tema: 50 anos da pílula contraceptiva: Relação do uso de anticoncepcionais orais e o risco de trombose venosa profunda. Orientador: Profa. Dra. Márcia Neves de Carvalho RESUMO Introdução: O anticoncepcional oral (ACO) é o método contraceptivo mais usado no mundo. Pode ser combinado, contendo estrogênio e progestogênio, ou constituído somente por progestogênio. Há efeitos colaterais graves associados ao uso dos ACOs, como a trombose venosa profunda (TVP). A formação do trombo pode ser decorrente de um estado de hipercoagulabilidade do sangue, causado pela influência dos tipos de contraceptivos orais utilizados, tornando o sangue mais susceptível à coagulação. As chances de ocorrência de TVP são maiores no primeiro ano de uso do ACO combinado. Esse efeito de aumento de risco é reversível, retornando ao risco basal, semelhante ao de não usuárias, por volta de 4 a 6 semanas após a descontinuação do uso do ACO. Objetivo: Analisar a relação entre o uso de anticoncepcionais orais e o risco de TVP. Metodologia: Trata-se de uma revisão não-sistemática da literatura. Foram pesquisados no banco de dados da Bireme, Scorpus e LILACS estudos que avaliavam os efeitos dos contraceptivos orais sobre a hemostasia. Resultados: Foram encontrados 381 artigos, destes cinco foram selecionados por se enquadrarem nos critérios de inclusão e por estarem diretamente relacionados ao tema. Foram selecionados mais três artigos a partir das referências bibliográficas, resultando em 8 estudos analisados. Todos os estudos evidenciaram a ação pró-coagulante dos ACOs sobre o sistema hemostático, que podem aumentar o risco de TVP, segundo os parâmetros avaliados. No entanto, alguns estudos demonstraram que os contraceptivos orais também influenciam a atividade fibrinolítica, resultando no equilíbrio hemostático. Conclusão: Os ACOs aumentam a atividade prócoagulante da hemostasia. Dosagens elevadas de estrogênio (superior ou igual a 50µg) aumentam o risco de fenômenos tromboembólicos, enquanto que dosagens menores (15-20µg) oferecem menor risco. Os progestágenos com maior potência androgênica associados ao etinilestradiol, acarretam a menor chance de TVP. Portanto, a influência dos ACOs no desenvolvimento de TVP está relacionada à dosagem do estrogênio e ao tipo de progestágeno utilizados. Palavras-chave: anticoncepcionais orais, trombose venosa profunda, hemostasia.