FENÔMENOS DE TRANSPORTES AULA 6 – CINEMÁTICA DOS FLUIDOS PROF.: KAIO DUTRA Conservação da Massa ◦O primeiro princípio físico para o qual nós aplicamos a relação entre as formulações de sistema e de volume de controle é o princípio de conservação da massa: a massa do sistema permanece constante. ◦Formulação de volume de controle da conservação de massa: Prof.: Kaio Dutra Conservação da Massa ◦ O primeiro termo representa a taxa de variação da massa dentro do volume de controle; o segundo termo representa a taxa líquida de fluxo de massa para fora através da superfície de controle. A Equação indica que a soma da taxa de variação da massa dentro do volume de controle com a taxa líquida de fluxo de massa através da superfície de controle é zero. A equação da conservação da massa é também chamada de equação da continuidade. Prof.: Kaio Dutra Conservação da Massa ◦Ao usar a Equação da Continuidade, um cuidado deve ser tomado na avaliação do produto escalar · : ele pode ser positivo (escoamentos para fora (b), α = 0) ou negativo (escoamento para dentro, α = 180°). Prof.: Kaio Dutra Conservação da Massa – Casos especiais ◦ Considere primeiramente, o caso de um fluido incompressível, no qual a massa específica permanece constante. Quando ρ é constante, ele não é uma função do espaço e nem do tempo. Consequentemente, para fluidos incompressíveis: ◦ A integral de sobre todo o volume de controle é simplesmente o volume total do volume de controle. Assim, dividindo por ρ, escrevemos: ◦ Para um volume de controle não deformável, de forma e tamanho fixos, o volume é constante. A conservação de massa torna-se: Prof.: Kaio Dutra Conservação da Massa – Casos especiais ◦ As dimensões do integrando na Equação da continuidade é L³/t. A integral sobre uma seção da superfície de controle é comumente chamada taxa de fluxo de volume ou vazão em volume, ou ainda vazão volumétrica. Desse modo, para um escoamento incompressível, a vazão volumétrica para dentro de um volume de controle deve ser igual à vazão volumétrica para fora do volume de controle. ◦ A vazão volumétrica Q, através de uma seção de uma superfície de controle de área A, é dada por: Velocidade Média: Prof.: Kaio Dutra Exemplo 1 ◦ Considere o escoamento permanente de água em uma junção de tubos conforme mostrado no diagrama. As áreas das seções são: A1 = 0,2 m², A2 = 0,2 m² e A3 = 0,15 m². O fluido também vaza para fora do tubo através de um orifício em com uma vazão volumétrica estimada em 0,1 m³/s. As velocidades médias nas seções 1 e 3 são V1 = 5 m/s e V3 = 12 m/s, respectivamente. Determine a velocidade do escoamento na seção 2. Prof.: Kaio Dutra Equação da Quantidade de movimento para um Volume de Controle ◦ A segunda lei de Newton, para um sistema movendo-se em relação a um sistema de coordenadas inerciais pode ser escrita pela equação abaixo: ◦ Onde define-se que a taxa de variação da quantidade de movimento com o tempo é igual a força que a modifica. ◦ Onde a quantidade de movimento linear do sistema é dada por: 𝑑𝑃 = 𝑉𝑑𝑚 Prof.: Kaio Dutra Equação da Quantidade de movimento para um Volume de Controle ◦ Desta forma a taxa de variação da quantidade de movimento linear com o tempo pode ser escrita da seguinte forma: 𝑑𝑃 𝑑𝑚 =𝑉 𝑑𝑡 𝑑𝑡 ◦ Substituindo a taxa de variação da massa com o tempo na equação do momento, temos: Prof.: Kaio Dutra Equação da Quantidade de movimento para um Volume de Controle ◦ As foças geradoras de perturbação na quantidade de movimento são de duas formas (superfície (S) e campo (B)): ◦ Então teremos: Prof.: Kaio Dutra Equação da Quantidade de movimento para um Volume de Controle ◦ A Equação abaixo estabelece que a força total atuando sobre o volume de controle é igual à taxa de variação da quantidade de movimento dentro do volume de controle (a integral de volume) e/ou à taxa líquida na qual a quantidade de movimento está entrando ou saindo do volume de controle através da superfície de controle. Prof.: Kaio Dutra Equação da Quantidade de movimento para um Volume de Controle ◦ A equação da quantidade de movimento é uma equação vetorial. Geralmente escreveremos as três componentes escalares, como medidas nas coordenadas xyz do volume de controle. ◦ Obs.: O sinal do produto escalar da velocidade com a área deve ser conforme a equação da continuidade, onde escoamentos para fora são positivos, escoamentos para dentro são negativos. Prof.: Kaio Dutra Equação da Quantidade de movimento – Análise Diferencial ◦ Já vimos que a segunda lei de Newton para um sistema é dada por: ◦ Para um sistema infinitesimal de massa dm, a segunda lei de Newton pode ser escrita: ◦ Introduzindo a aceleração de um elemento de fluido de massa dm em movimento em um campo de velocidade, podemos escrever a segunda lei de Newton na seguinte forma vetorial: Prof.: Kaio Dutra Equação da Quantidade de movimento – Análise Diferencial ◦ As forças que atuam sobre um elemento fluido podem ser classificadas como forças de campo e forças de superfície; forças de superfície incluem tanto forças normais quanto forças tangenciais (de cisalhamento). ◦ Se as tensões no centro do elemento diferencial forem tomadas como σxx, τyx e τzx, então as tensões atuando na direção x em cada face do elemento (obtidas por uma expansão em séries de Taylor em torno do centro do elemento) serão conforme mostrado na figura. Prof.: Kaio Dutra Equação da Quantidade de movimento – Análise Diferencial ◦ Para obter a força de superfície resultante na direção x, dFSx, devemos somar as forças nesta direção: Prof.: Kaio Dutra Equação da Quantidade de movimento – Análise Diferencial ◦ Quando a força da gravidade é a única força de corpo atuante, a força de corpo por unidade de massa é igual: ◦ Expressões semelhantes podem ser deduzidas para as componentes da força nas direções y e z: Prof.: Kaio Dutra Equação da Quantidade de movimento – Análise Diferencial ◦ Então temos duas expressões para as componentes de dF, teremos: ◦ Igualando as duas expressões, teremos a expressão para a quantidade de movimento: Prof.: Kaio Dutra Equação de Navier-Stokes ◦ Para um fluido newtoniano, a tensão viscosa é diretamente proporcional à taxa de deformação por cisalhamento. Aplicando expressões complexas que relacionam tensão e viscosidade obtém-se as famosas Equações de NavierStokes. Prof.: Kaio Dutra Equação de Navier-Stokes ◦ As equações de Navier-Sotkes são bastante simplificadas quando aplicadas ao escoamento incompressível com viscosidade constante. Sob estas condições, as equações se reduzem a: Prof.: Kaio Dutra Equação de Navier-Stokes ◦ Esta forma das equações de Navier-Stokes é provavelmente (junto com a equação de Bernoulli) o conjunto de equações mais famoso em mecânica dos fluidos, e tem sido largamente estudado. ◦ Por exemplo, teoria de lubrificação (descrição do comportamento de rolamento de máquinas), escoamento em tubos, e até mesmo o movimento do seu café quando você o mexe, são explicadas por essas equações. Infelizmente, elas não podem ser resolvidas analiticamente. ◦ Para situações mais complexas, tais como um sistema de clima global como o El Niño ou a sustentação em uma asa, as soluções para a equação de Navier-Stokes frequentemente devem ser encontradas com a ajuda de computadores. Prof.: Kaio Dutra Francês Claude Louis Marie Henri Navier Irlandês George Gabriel Stokes Equação de Navier-Stokes ◦ Embora estas equações foram escritas no século 19, ainda não foi comprovado que, as três dimensões existem sempre soluções , ou que, se elas existem, então não contêm qualquer singularidade (ou infinito ou descontinuidade). ◦ Existe um prêmio de U$ 1.000.000 que foi oferecido em Maio de 2000 pelo o Instituto de Matemática Clay para qualquer um que fizer progressos substanciais na direção de uma matemática teórica que possa ajudar a entender este fenômeno. Prof.: Kaio Dutra Francês Claude Louis Marie Henri Navier Irlandês George Gabriel Stokes Exemplo 2 ◦A água sai de um bocal estacionário e atinge uma placa plana, conforme mostrado. A água deixa o bocal a 15 m/s; a área do bocal é 0,01 m². Considerando que a água é dirigida normal à placa e que escoa totalmente ao longo da placa, determine a força horizontal sobre o suporte. Prof.: Kaio Dutra Exemplo 3 ◦Uma placa plana com um orifício de 50 mm de diâmetro está instalada na extremidade de um tubo de 100 mm de diâmetro. Água escoa através do tubo e do orifício com uma vazão de 0,05 m³/s. O diâmetro do jato a jusante do orifício é 38 mm. Calcule a força externa necessária para manter a placa de orifício no lugar. Despreze o atrito na parede do tubo. Prof.: Kaio Dutra Exercícios Fx=-954,7N Prof.: Kaio Dutra Exercícios F=132N Prof.: Kaio Dutra Exercícios Prof.: Kaio Dutra Exercícios Prof.: Kaio Dutra Exercícios ◦ A figura mostra um redutor em uma tubulação. O volume interno do redutor é 0,2 m3e a sua massa é 25 kg. Avalie a força total de reação que deve ser feita pelos tubos adjacentes para suportar o redutor. O fluido é a gasolina (SG=0,72). ◦ Fx=4679N. Prof.: Kaio Dutra