Universitári - unisalesiano

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CONHECIMENTO DOS ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM SOBRE O CÂNCER
DO COLO UTERINO E DO EXAME PAPANICOLAOU
NURSING STUDENTS’ KNOWLEDGE ABOUT UTERINE CANCER AND PAP
TEST.
Jéssica Balduino – [email protected]
Livia Aparecida Rebolo Costa – [email protected]
Tamires Alves de Souza – [email protected]
Graduandas em Enfermagem – UNISALESIANO Lins
Prof. Dr. Silvio Fernando Guidetti Marques – UNISALESIANO Lins –
[email protected]
RESUMO
A cada ano mais mulheres adoecem por falta de conhecimento sobre como
prevenir o câncer de colo uterino, além do fato dos profissionais de saúde não estarem
preparados para lidar com situações que coloquem a mulher em constrangimento. Os
objetivos deste estudo foram analisar o conhecimento dos acadêmicos do curso de
enfermagem sobre o câncer do colo uterino e o exame Papanicolaou e avaliar o
progresso do conhecimento desde a entrada ao ensino superior até o término do curso
de Enfermagem quanto à importância do exame Papanicolau e o câncer uterino.
Trata-se de uma pesquisa exploratória-descritiva de abordagem quantitativa,
mediante aplicação de questionário aos acadêmicos do curso de Enfermagem do
Unisalesiano- Lins SP. Participaram da pesquisa 123 estudantes regularmente
matriculados no curso de Enfermagem. Verificou-se que a média de idade dos
entrevistados foi de 25,52 anos, sendo que 42,3% fazem o uso ocasionalmente do
preservativo. Foi observado que 95,1% entrevistados já ouviram falar sobre o Exame
Papanicolaou e 89% sabem qual a finalidade do mesmo. Identificou-se que 95,1% dos
entrevistados tem conhecimento sobre os cuidados prévios necessários para
realização do Exame Papanicolaou. Conclui-se que apesar do exame Papanicolaou
ser ofertado gratuitamente, ainda existem estudantes que não possuem conhecimento
adequado acerca deste tema. Cabendo a Instituição realizar trabalhos dinâmicos que
envolvam a participação da família do estudante e da comunidade em geral, buscando
a sensibilização sobre a importância da prática regular do exame Papanicolaou e a
longo prazo a conscientização dos futuros profissionais da saúde sobre esse tema tão
significativo atualmente.
Palavras-chave: Câncer de Colo Uterino. Papanicolaou. Enfermagem. Conhecimento.
ABSTRACT
Each year more women get sick because of knowledge lack about how to
prevent the uterine cancer, beyond the fact of health professionals not being prepared
to deal with situations where women can face embarrassment. The goals of this study
were to analyze the nursing students’ knowledge about uterine cancer and the Pap
test and to evaluate the knowledge progress from the beginning to the end of nursing
school when it is about the importance of the Pap test and uterine cancer test. It is
Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 7, n.15, jul-dez de 2016
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about an exploratory-descriptive research of quantitative approach, through an quiz
application for the nursing students from Unisalesiano-Lins. 123 students, regularly
enrolled in Nursing school, participated in this research. It was checked that the
average age of the interviewed people was 25,52 years and from this average 42,3%
usually use condom.It was analyzed that 95,1% of the interviewed people have ever
heard about the Pap test and 89% know what it is about. It was identified that 95,1%
of the interviewed people have knowledge about the previous care needed to take the
Pap test. Although the Pap test is offered for free, there still are students who do not
have appropriate knowledge about this theme. It is an institution duty to perform
dynamic tasks which involve the student’s family’s participation and the community in
general, trying to achieve the future health professionals’ sensitization about this topic
so significant currently.
Keywords: Keywords: Uterine cancer. Papanicolaou. Nursing. Knowledge.
INTRODUÇÃO
O câncer de colo uterino é a quarta causa de morte por câncer no Brasil,
respondendo por cerca de 530 mil casos novos por ano no mundo, e em 2016, para o
nosso país foram estimados cerca de 16.340 casos. Sendo mais frequente nas
regiões Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul. Na região Norte é o segundo mais
incidente (INCA, 2006). É o que ocorre com maior frequência no aparelho genital
feminino, destacando-se como um dos mais incidentes entre os tumores ginecológicos
malignos (FOCCHI, RIBALTA e SILVA apud HALBE, 2000).
Os custos para o tratamento do câncer são elevados e a reabilitação das
pacientes na maioria das vezes é cara, levando precocemente ao óbito.
Para Zugaib (2012) existem certos fatores que acrescem para a ocorrência
deste tipo de câncer, como o início precoce da vida sexual, imunossupressão –
gestação, diabetes, infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV),
colagenoses, transplante de órgãos, utilização de drogas imunossupressoras ou
corticoterapia, história prévia de doenças sexualmente transmissíveis (Chlamydia
trachomatis, Neisseria gnorrhoiae e herpes) e tabagismo.
INCA (2011) recomenda que tais circunstâncias devem ser prioritárias para o
rastreamento do câncer de colo de útero no Brasil através do exame Papanicalaou:
mulheres entre 25 e 60 anos ou que já tenham vida sexual ativa antes dessa faixa
etária; e mulheres portadoras do vírus HIV ou imunodeprimidas;
Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 7, n.15, jul-dez de 2016
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Embora o aumento de acesso ao exame preventivo tenha aumentado no país,
isto não foi suficiente para reduzir a tendência de mortalidade por câncer do colo do
útero e, em muitas regiões, o diagnóstico ainda é feito em estádios mais avançados
da doença. O diagnóstico tardio pode estar relacionado com: (1) a dificuldade de
acesso da população feminina aos serviços e programas de saúde; (2) a baixa
capacitação dos recursos humanos envolvidos na atenção oncológica (principalmente
em municípios de pequeno e médio porte); (3) a capacidade do Sistema Público de
Saúde para absorver a demanda que chega às unidades de saúde e (4) as
dificuldades dos gestores municipais e estaduais em definir e estabelecer um fluxo
assistencial, orientado por critérios de hierarquização dos diferentes níveis de
atenção, que permita o manejo e o encaminhamento adequado de casos suspeitos
para investigação em outros níveis do sistema (BRASIL, 2013).
Guimarães (2012) declara que ainda permanece uma grande dificuldade na
aceitação das mulheres para a realização do exame de Papanicolaou. A literatura
afirma que, independente do diagnóstico, mais de 80% delas relatam desmotivação
ou vergonha, 60% referem que os médicos não a examinam e, cerca de 50% apontam
que o tempo de espera para ser atendida e a lentidão no agendamento dificultam a
realização do exame citopatológico. Contudo, a prática do exame depende da
iniciativa do médico e da constância da coleta que é demarcada pela procura de
consulta, de mulheres que apresentem os sintomas.
Para que se tenha uma mudança nessa realidade, é preciso que os
profissionais de saúde, dentre eles o enfermeiro, consigam planejar, sistematizar,
organizar e orientar os serviços de prevenção com vistas à promoção da saúde
(SANTOS et al., 2014). Cabe ainda ressaltar a importância do impacto psíquico que o
diagnóstico de uma doença sexualmente transmissível e precursora do câncer terá
em adolescentes e adultas jovens na construção da autoimagem e da sexualidade.
Mulheres jovens sexualmente ativas devem ser orientadas sobre anticoncepção,
exames preventivos, doenças sexualmente transmissíveis e práticas de sexo seguro.
Essas medidas podem ser implementadas sem a necessidade da inclusão no
programa de rastreamento (USA/CDC, 2006).
Diante do exposto, propôs-se o presente estudo com objetivos de analisar o
conhecimento dos acadêmicos do curso de enfermagem sobre o câncer do colo
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uterino e o exame Papanicolaou e avaliar o progresso do conhecimento desde a
entrada ao ensino superior até o término do curso de Enfermagem quanto à
importância do exame Papanicolau e o câncer uterino.
1
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa exploratória-descritiva com abordagem quantitativa,
seguido pela elaboração do questionário e da submissão à apreciação do Comitê de
Ética em Pesquisa da Instituição de Ensino, merecendo aprovação. A pesquisa foi
realizada no período de outubro a novembro de 2016, conduzido no Unisalesiano –
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium de Lins, no curso de Enfermagem.
Para alcançar as metas delineadas, utilizou-se de um instrumento elaborado pelas
autoras. Este instrumento contém 4 questões discursivas referente ao sexo, idade,
curso, semestre e 24 questões objetivas e múltipla escolha, contendo perguntas
informativas e opinativas acerca do tema abordado.
Para atender os critérios de inclusão desta pesquisa, os acadêmicos deveriam
estar regularmente matriculados no curso de Enfermagem da Instituição pesquisada,
pois acredita-se que os profissionais de saúde não estão preparados para lidar e
orientar as mulheres nesta situação de possível constrangimento.
2
RESULTADOS
Ao longo da pesquisa observou-se a predominância do gênero feminino (81%)
correspondendo à conservação da força de trabalho feminina segundo o contexto
histórico da profissão.
Figura 01: Sexo dos participantes da pesquisa.
23
19%
Femino
Masculino
100
81%
Fonte: Balduino, Costa, Souza, 2016.
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4
Tabela 01: Idade dos participantes da pesquisa.
Idade
< 18
18 - 21
22 – 25
26 – 29
30 - 33
> 34
TOTAL
Fonte: Balduino, Costa, Souza, 2016.
N
2
50
26
8
19
18
123
%
1,6
40,7
21,1
6,5
15,4
14,7
100,0
Participaram da pesquisa 123 acadêmicos do curso de Enfermagem, com idade
de 17 a 57 anos de idade. Com idade média de 25,52. Esse dado revela um perfil
bastante jovem dos estudantes e também o quão precocemente estes profissionais
poderão se inserir no mercado de trabalho.
Tabela 02: Número de alunos participantes da pesquisa segundo os semestres do
curso.
Semestre
2º
4º
6º
8º
10º
TOTAL
Fonte: Balduino, Costa, Souza, 2016.
N
24
31
24
16
28
123
%
19,5
25,2
19,5
13,0
22,8
100,0
É interessante a distribuição dos participantes em relação aos semestres. Isto
mostra o quanto o curso de Enfermagem é valorizado na região de Lins. E ressalta a
importância que os jovens e pessoas que independentemente da idade, buscam o
reconhecimento e aprimoramento pessoal diante dos novos aprendizados adquiridos
e da realização da formação em uma graduação de ensino superior.
Tabela 03: Quantidade de participantes que realizaram curso prévio na área da
saúde.
Cursos
Auxiliar de Enfermagem
Técnico em Enfermagem
Técnico em Farmácia
Técnico em Radiologia
TOTAL
Fonte: Balduino, Costa, Souza, 2016.
N
2
44
1
1
48
%
4,2
91,6
2,1
2,1
100,0
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As mulheres que realizaram curso prévio na área da saúde (n= 25), 20 se
submeteram ao exame preventivo Papanicolaou. Porém, 5 entrevistadas que já deram
início a sua atividade sexual, ainda não realizaram o exame Papanicolaou e relatam
a vergonha e/ou medo como motivo.
Tabela 04: Ano de ingresso dos participantes na faculdade.
Ano
2011
2012
2013
2014
2015
2016
TOTAL
Fonte: Balduino, Costa, Souza, 2016.
N
2
30
18
24
28
21
123
%
1,6
24,4
14,6
19,5
22,8
17,1
100,0
A maioria dos participantes da pesquisa estão de acordo com a grade do curso
de Enfermagem (5 anos). Apenas dois estão em atraso na grade curricular, ou
trancaram a matrícula e retornaram anos depois, ou até mesmo uma dependência de
disciplina, fazendo com que o estudante conclua o curso com outra turma.
Tabela 05: Qual foi a idade da primeira relação dos participantes (em anos).
Idade
12 – 14
15 – 17
18 – 20
21 ou mais
Não teve
TOTAL
Fonte: Balduino, Costa, Souza, 2016.
N
13
66
27
8
9
123
%
10,6
53,7
22,0
6,5
7,2
100,0
Segundo Brasil (2008) relacionamento amoroso geralmente se inicia nesta
etapa. Há uma aceitação das mudanças físicas, procedendo em um corpo adulto com
capacidade de reprodução. Inicia a fase com que as meninas começam a utilizar
roupas mais curtas que expõem seu corpo.
No namoro as brincadeiras vão tomando uma proporção maior, resultado numa
relação sexual genital.
A sexualidade colabora com a formação da identidade do adolescente e
aumento da autoestima, afinal esta fase é rodeada de mudanças físicas e
psicológicas.
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Tabela 06: Métodos contraceptivos mais utilizados pelos participantes.
Método contraceptivo
DIU
Injeção anticoncepcional
Pílula anticoncepcional
Pílula do dia seguinte
Preservativo
TOTAL
Fonte: Balduino, Costa, Souza, 2016.
N
3
9
49
0
43
104
%
2,8
8,7
47,1
0
41,4
100,0
Tabela 07: Frequência do uso de preservativos pelos participantes.
Frequência
Sempre
As vezes
Nunca
Quando dá tempo
TOTAL
Fonte: Balduino, Costa, Souza, 2016.
N
36
52
34
1
123
%
29,3
42,3
27,6
0,8
100,0
É de extrema importância elucidar que a maioria dos entrevistados fazem o uso
de algum método contraceptivo. Isso mostra que eles possuem uma noção básica
sobre os métodos disponíveis no mercado e na saúde pública. O uso prolongado de
anticoncepcionais orais, induz um aumento do risco de câncer de colo uterino.
Ressaltando que em mulheres que fazem o uso desses medicamentos por mais de
10 anos, o risco é duas vezes maior.
A frequência também foi questionada e 27,6% afirmam que nunca usaram o
preservativo. Dado alarmante, visto que o questionário foi aplicado em um curso da
área de saúde, e sabe-se que o preservativo é um método contraceptivo
disponibilizado de forma gratuita que ajuda na prevenção de muitas doenças
sexualmente transmissíveis.
Tabela 08: Número de parceiros sexuais dos participantes nos últimos 3 meses.
Quantidade
Nenhum parceiro
1 parceiro
2 parceiros
3 ou mais parceiros
TOTAL
Fonte: Balduino, Costa, Souza, 2016.
N
20
98
3
2
123
%
16,3
79,7
2,4
1,6
100,0
Segundo Albuquerque et al. (2011) e Eduardo et al. (2012), há um aumento na
incidência de lesões cervicais por HPV em mulheres cujo número de parceiros sexuais
for maior que dois. Gerando assim uma situação de alarde para as mulheres que não
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possuem um parceiro fixo. Estão vulneráveis a qualquer tipo de infecção e doença
sexualmente transmissíveis.
Tabela 09: Quantidade de participantes que já realizaram algum tratamento para DST.
Alternativas
Sim, com ajuda de profissionais
Sim, por conta própria
Não
Não me lembro
TOTAL
Fonte: Balduino, Costa, Souza, 2016.
N
5
1
117
0
123
%
4,1
0,8
95,1
0
100,0
É de extrema importância que os acadêmicos de enfermagem, tenham o
conhecimento sobre as principais Doenças Sexualmente Transmissíveis, e os
métodos contraceptivos e de proteção da própria saúde e da saúde do parceiro.
Tabela 10: Quantidade de participantes que já ouviram falar sobre o exame
Papanicolaou.
Alternativas
Sim e sei para que serve
Sim, porém não sei para que serve
Não
TOTAL
Fonte: Balduino, Costa, Souza, 2016.
N
117
6
0
123
%
95,1
4,9
0
100,0
De acordo com a tabela acima, 95,1%, ou seja, 117 dos entrevistados
responderam que já ouviram falar sobre o exame Papanicolaou e sabem para que
serve. Portanto, o resultado foi satisfatório em relação a este conhecimento, segundo
Ferreira (2009) a maioria das mulheres demonstram conhecer a finalidade do exame
e a procedência da importância do mesmo para sua saúde.
Figura 02: Quantidade de participantes que sabem para que serve o Exame de
Papanicolaou.
14
11%
Não
Sim
109
89%
Fonte: Balduino, Costa, Souza, 2016.
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O exame de Papanicolaou foi impregado como forma preventiva, de
diagnóstico e de tratamento das possíveis alterações cervicais. A principal finalidade
do exame é o tratamento da infecção pelo HPV, a remoção das lesões
condilomatosas, que leva a cura das mulheres na maioria dos casos (BRASIL, 2006
apud MOURA et al., 2010).
Tabela 11: Frequência dos participantes na realização do Exame Papanicolaou.
Frequência
Semestralmente
Anualmente
A cada 2 anos
Nunca fiz
TOTAL
Fonte: Balduino, Costa, Souza, 2016.
N
7
67
6
43
123
%
5,7
54,5
4,8
35,0
100,0
Tabela 12: Participantes que nunca realizaram o Exame Papanicolau.
Sexo
Feminino
Masculino
TOTAL
Fonte: Balduino, Costa, Souza, 2016.
N
20
23
43
%
46,5
53,5
100,0
Segundo Pinho et al. (2003) mulheres que não realizaram com periodicidade
recomendada ou nunca realizaram o exame Papanicolaou tem maior probabilidade
de desenvolverem o câncer de colo uterino.
Tabela 13: Quais são os motivos das mulheres para não realizarem o Exame
Papanicolau.
Motivos
Vergonha
Medo
Não acha necessário
Não teve relação sexual
Não sabe para que serve
TOTAL
Fonte: Balduino, Costa, Souza, 2016.
N
9
5
4
1
1
20
%
45
25
20
5
5
100,0
Para o andamento do exame preventivo Papanicolaou, a mulher precisa expor
o seu órgão genital com a posição ginecológica, que muitas vezes geram uma
sensação de desconforto, desproteção, vergonha, medo e constrangimento, embora
a mesma reconheça a necessidade e importância da realização deste exame para
sua saúde (FONSECA, 2010).
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Figura 03: Quantidade de participantes que sabiam que o Exame Papanicolaou
detecta o câncer do colo do útero, assim como, doenças transmissíveis e
infecções em gerais.
14
11%
109
89%
Não
Sim
Fonte: Balduino, Costa, Souza, 2016.
Em relação aos dados obtidos nesta tabela, é preocupante 14 entrevistados do
curso da saúde não terem o conhecimento da finalidade do Exame Preventivo
Papanicolaou. Pois sabe-se que esses conhecimentos básicos deveriam ser
disponíveis para toda a população, independente do acesso ao curso de graduação e
cursos profissionalizantes. Responsabilidade das instituições de ensino e públicas de
saúde em abordar este tema tão atual em forma de campanhas, promoção à saúde e
palestras à comunidade, focando no conhecimento do câncer do colo uterino e da
importância do exame preventivo Papanicolaou.
Tabela 14: Quantidade de participantes que sabem como é realizada a coleta do
Exame Papanicolaou.
Alternativas
Coleta de sangue
Coleta de material citológico
do colo do útero
Exame de urina
Não responderam
TOTAL
Fonte: Balduino, Costa, Souza, 2016.
N
0
120
%
0
97,6
0
3
123
0
2,4
100,0
Tabela 15: Opinião dos participantes em relação as mulheres que devem fazer o
Exame de Papanicolaou.
Alternativas
Toda mulher a partir da primeira relação
sexual
Toda mulher a partir do primeiro ciclo
menstrual
Mulheres que apresentam fatores de
risco para câncer do colo do útero
Não responderam
TOTAL
Fonte: Balduino, Costa, Souza, 2016.
N
92
%
74,8
24
19,5
4
3,3
3
123
2,4
100,0
Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 7, n.15, jul-dez de 2016
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Figura 04: Opinião dos participantes sobre de quanto em quanto tempo as mulheres
devem realizar o Exame Papanicolaou.
17
5 14%
4%
Uma vez por ano
Uma vez a cada dois anos
Depende de cada mulher
101
82%
Fonte: Balduino, Costa, Souza, 2016.
O exame Papanicolaou consiste da exposição do colo do útero com introdução
do espéculo, e com uma espátula de Ayre é realizado a coleta das células na junção
escamocolunar (HALBE, 2000)
Segundo Brasil (2013) é preconizado que toda mulher, entre 25 a 64 anos de
idade, que já iniciou sua vida sexual, deve realizar o exame preventivo, de início,
anualmente. Após dois exames consecutivos com resultados negativos para displasia
ou neoplasia do colo uterino, este é preconizado a realização a cada 3 anos.
Tabela 16: Opinião dos participantes sobre onde o Exame Papanicolaou pode ser
realizado.
Alternativas
Postos de Saúde
Hospitais
Clínicas Particulares
Não responderam
TOTAL
Fonte: Balduino, Costa, Souza, 2016.
N
115
9
62
3
189
%
60,8
4,8
32,8
1,6
100,0
Segundo a Resolução COFEN Nº 381/2011 a coleta de material para
colpocitologia oncótica pelo método Papanicolaou é privativa do enfermeiro, ou seja,
todas as unidade e equipes de atenção primária que tenham um enfermeiro
capacitado e dotado de conhecimento técnico, científico e prático, poderá realizar o
exame preventivo Papanicolaou.
Nas clínicas particulares o próprio médico ginecologista e/ou obstetra realiza o
procedimento. Sendo em casos específicos realizado em hospitais, já que o mesmo
refere um local de atenção secundária.
Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 7, n.15, jul-dez de 2016
11
Tabela 17: Opinião dos participantes em relação aos cuidados prévios necessários
para realização do Exame Papanicolaou.
Alternativas
Não estar menstruada, não ter tido
relação nas últimas 48h e não ter
realizado ducha vaginal
Apenas não estar menstruada
Nenhum fator interfere na coleta do
Papanicolaou
TOTAL
Fonte: Balduino, Costa, Souza, 2016.
N
117
%
95,1
6
0
4,9
0
123
100,0
Os locais de maior realização do exame citológico são de caráter ambulatoriais,
destacando assim os Postos de Saúde e Clínicas Particulares.
Os cuidados prévios necessários para uma coleta adequada de Papanicolaou
abrangem: a abstinência sexual nas últimas 48h, não estar menstruada e não ter
realizado ducha vaginal. Essas condutas devem ser realizadas para que se tenha uma
boa qualidade na realização do exame e um prognóstico com clareza pelo citologista.
Tabela 18: Quantidade de participantes da pesquisa que sabem qual doença é
prevenida com a vacina contra o HPV, recém-liberada no Sistema Único
de Saúde (SUS), porém muito utilizada no sistema particular.
Alternativas
Sífilis
Gonorreia
Câncer do colo do útero
Não sei
Não responderam
TOTAL
Fonte: Balduino, Costa, Souza, 2016.
N
9
0
106
6
2
123
%
7,3
0
86,2
4,9
1,6
100,0
De acordo com a tabela, evidenciou-se que 106 entrevistados acertaram a
questão escolhendo a alternativa “Câncer do colo uterino”. Pois sabe-se que a
imunização profilática evita a infecção pelo HPV e as doenças a ela associadas e as
terapêuticas levam ao retrocesso das lesões pré-cancerosas e remissão do câncer
agressivo (FRANCO, 2005).
Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 7, n.15, jul-dez de 2016
12
Figura 05: Quantidade de participantes que receberam ou não a dosagem da vacina
contra o HPV.
14
11%
109
89%
Não
Sim
Fonte: Balduino, Costa, Souza, 2016.
Tabela 19: Quantidade de participantes que receberam a dosagem da vacina contra
o HPV tiveram ou não alguma reação após recebê-la.
Alternativas
Não
Sim
TOTAL
Fonte: Balduino, Costa, Souza, 2016.
N
14
0
14
%
100,0
0
100,0
“As vacinas vêm se mostrando mais efetivas quando administradas antes do
início da atividade sexual e as campanhas de vacinação deverão ter como alvo os
adolescentes e os pré-adolescentes” (SOPER, 2006; AULT, 2006 apud NADAL, 2006,
p. 339).
Espera-se, com o uso disseminado da vacina, que 70% dos cânceres cervicais
sejam evitáveis, bem como a mesma magnitude das outras doenças anogenitais
relacionadas à infecção pelo Papilomavírus Humano. (GONIK, 2006 apud NADAL,
2006).
“Devido à pouca idade do público-alvo para a vacinação, os médicos e os pais
deverão auxiliar na tomada de decisão” (GONIK, 2006 apud NADAL, 2006, p. 339).
De qualquer forma, a imunização contra o HPV é uma das perspectivas para o
futuro e a proposta do programa de vacinação, quando a mesma estiver disponível,
deverá ser clara, precisa e com informação educativa tanto para a população em geral
como para os profissionais de saúde. (GONIK, 2006 apud NADAL, 2006).
Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 7, n.15, jul-dez de 2016
13
Em relação aos efeitos adversos das pessoas imunizadas pela vacina do HPV,
felizmente nenhuma das nossas entrevistadas, apresentaram no local de aplicação
sintomas como astenia (perda ou diminuição da força física), dor, distúrbio
gastrointestinal, cefaleia, prurido e rash cutâneo (HARPER et al, 2004; HARPER et al,
2006 apud GIRALDO, et al, 2008).
CONCLUSÃO
Ao expor sobre câncer de colo uterino e exame preventivo Papanicolaou, a
importância da prevenção à saúde, tanto no âmbito individual quanto na comunidade,
que é primordial para se obter uma qualidade de vida. Com isso é necessário que se
tenha uma boa instrução acadêmica principalmente para os profissionais de
enfermagem que estão a frente deste processo, que aborda temas do cotidiano que
facilmente podem ser resolvidas.
Diante dos resultados, é de extrema importância que se intensifique o tema
abordado, não só na teoria, porém desenvolvendo trabalhos dinâmicos, encontros e
participação em eventos específicos com foco de demonstrar a importância da
prevenção, através de palestras, distribuição de folders, exibição de vídeos, educação
em saúde, técnicas sobre a coleta do exame preventivo, orientações, possibilitando
ao acadêmico vivências que o permitirão desenvolver um trabalho eficaz e
humanizado para que os índices dessa patologia sejam amenizados. E que as
mulheres tenham mais entendimento da importância do exame preventivo
Papanicolaou, e a gravidade desta doença para a vida da mulher.
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