Material da Profa. Durvalina Maria Mathias dos Santos. Fisiologia Vegetal. DBAA, FCAV. Unesp.Jaboticabal, SP. 2008 _______________________________________________________________________________________________ 1 EPINASTIA INDUZIDA PELO ETILENO A EPINASTIA RESULTA DO CRESCIMENTO ASSIMÉTRICO INDUZIDA PELO ETILENO ORIENTAÇÃO DAS FOLHAS EM RELAÇÃO AO CAULE PODE SER INFLUÊNCIADA POR VÁRIOS FATORES. O ÂNGULO ENTRE O PECÍOLO OU RAMO E O CAULE AO QUAL ELE ESTÁ LIGADO É GERALMENTE 90°. A GRAVIDADE, A DIREÇÃO E A INTENSIDADE DA LUZ SÃO FATORES QUE MODIFICAM ESTE ÂNGULO. A LUZ E A GRAVIDADE INFLUÊNCIAM A DISTRIBUIÇÃO RELATIVA DE AUXINA NA PARTE SUPERIOR E INFERIOR DO PECÍOLO OU RAMO. HIPONASTIA A PARTE INFERIOR DO PECÍOLO CRESCE MAIS RAPIDAMENTE QUE A SUPERIOR, A CURVATURA PARA CIMA (O LADO INFERIOR –ABAXIALCRESCE MAIS). EPINASTIA A PARTE SUPERIOR DO PECÍOLO CRESCE MAIS RAPIDAMENTE QUE A INFERIOR, O PECÍOLO CRESCE PARA BAIXO (O LADO SUPERIOR – ADAXIAL-CRESCE MAIS). O ETILENO E ALTAS CONCENTRAÇÕES DE AIA INDUZEM A EPINASTIA, E SABE-SE AGORA QUE A AUXINA AGE INDIRETAMENTE INDUZINDO A PRODUÇÃO DE ETILENO. CONDIÇÕES DE ENCHARCAMENTO (ALAGAMENTO; INUNDAÇÃO) OU CONDIÇÕES ANAERÓBICAS AO REDOR DE RAÍZES DE TOMATE INDUZEM AUMENTO DA SÍNTESE DE ETILENO NA PARTE AÉREA DA PLANTA, CONDUZINDO À RESPOSTA EPINÁSTICA. PECÍOLO PARTE ESTREITA QUE LIGA O LIMBO DE UMA FOLHA AO CAULE OU HASTE, PERTO DA QUAL SE ALARGA MUITAS VEZES EM UMA BAINHA – PEDÚNCULO FA FOLHA. Material da Profa. Durvalina Maria Mathias dos Santos. Fisiologia Vegetal. DBAA, FCAV. Unesp.Jaboticabal, SP. 2008 _______________________________________________________________________________________________ 2 ETILENO, HORMÔNIO GASOSO DAS PLANTAS, NORMALMENTE CAUSA EPINASTIA EM MUITAS ESPÉCIES, ATRAVÉS DA APLICAÇÃO EXÓGENA DO ETHREL (ÁCIDO 2-CLOROETILFOSFÔNICO) QUE É UM REGULADOR DE CRESCIMENTO SINTÉTICO QUE DECOMPÕE-SE ESPONTANEAMENTE EM SOLUÇÃO AQUOSA OU EM TECIDOS VEGETAIS DANDO ORIGEM AO ETILENO E ÁCIDO FOSFÓRICO. ¾ NA AGRICULTURA UTILIZA-SE O PRODUTO CHAMADO DE ETREL OU ETEFON (1960), UTILIZADO NA PULVERIZAÇÃO DE MACIEIRAS, TOMATEIROS E CÍTRICOS. ¾ ESTES PRODUTOS LIBERAM GRANDES QUANTIDADES DE ETILENO QUANDO ABSORVIDOS PELAS FOLHAS, PROMOVENDO NESTAS PLANTAS O AMADURECIMENTO DOS FRUTOS MAIS RAPIDAMENTE ¾ EM BROMÉLIAS (ABACAXI, PRINCIPALMENTE) É COMUM O USO PARA PROMOVER A FLORAÇÃO. LER A BIBLIOGRAFIA ABAIXO: MEDRI, MOACYR E., BIANCHINI, EDMILSON, PIMENTA, JOSÉ A. et al. Aspectos morfo-anatômicos e fisiológicos de Peltophorum dubium (Spr.) Taub. submetida ao alagamento e à aplicação de etrel. Rev. bras. Bot. [online]. 1998, vol. 21, no. 3 [cited 2007-10-23]. Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-84041998000300004&lng=en&nrm=iso>. ISSN 0100-8404. (RESUMO - Visando elucidar aspectos de tolerância das plantas à hipoxia, estudaram-se os efeitos do alagamento e da aplicação de etrel em P. dubium (canafístula), num período de 70 dias. Durante o experimento foram avaliados a espessura da base do caule e a alocação de matéria seca para as raízes, caules e folhas. A inundação provocou aumento da espessura da base do caule e grande hipertrofia de lenticelas. A aplicação de etrel não induziu a formação de raízes adventícias, porém estimulou a hipertrofia de lenticelas. O alagamento e/ou aplicação de etrel afetaram significativamente o crescimento e o desenvolvimento das plantas. Este efeito foi maior nas plantas alagadas que tiveram suas lenticelas vedadas. Os resultados indicam que P. dubium pode tolerar certos períodos de inundação, possivelmente em razão das modificações morfo-anatômicas induzidas por variações nos níveis hormonais, lideradas pelo etileno). HADDAD, C.M.; PLATZECK, C.O.; TAMASSIA, L.F.M.; CASTRO, F.G.F. Estabelecimento do capim setária cv. kazungula em condições de inundação. Scientia Agricola, v.57, n.2, p.205-212, abr./jun. 2000. SANTIAGO, E.F., PAOLI, A.A.S. Respostas morfológicas em Guibourtia hymenifolia (Moric.) J. Leonard (Fabaceae) e Genipa americana L. (Rubiaceae), submetidas ao estresse por deficiência nutricional e alagamento do substrato. Rev. bras. Bot., Mar 2007, vol.30, no.1, p.131-140. ISSN 0100-8404. (RESUMO -Foram estudadas as respostas plásticas em duas espécies nativas. Em G. hymenifolia, não foram verificadas modificações morfológicas significativas, exceto quanto ao conteúdo de amido de reserva, que foram menores nos lotes capacidade de campo desnutrido (CCD) e alagamento desnutrido (ALD). Em Genipa americana os indivíduos do lote (CCN - capacidade de campo nutrido) exibiram raízes adventícias com aerênquima distinto, mais freqüentes nas plantas do lote controle submetidas ao alagamento (ALN - alagado nutrido). Nessa última espécie, nos lotes ALN, verificou-se o surgimento de aerênquima lisógeno no caule, além da hipertrofia lenticelar. A diversidade de respostas às condições de alagamento, aliada à uma larga ocorrência de populações de Genipa americana em áreas sazonalmente inundadas, como por exemplo no Pantanal de Miranda-MS, sugere um complexo de interações entre caracteres adaptativos morfológicos e fisiológicos, sendo o potencial gênico fundamental neste tipo de resposta).