O ENSINO DO TEATRO NA ESCOLA DIÁCONO JOÃO LUIZ POZZOBONN: O TEATRO COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA NO RESGATE DA LUDICIDADE E CIDADANIA. TEACHING AT SCHOOL THEATRE DIÁCONO JOÃO LUIZ POZZOBONN: THEATRE AS A PEDAGOGICAL TOOL IN RESCUE OF CITIZENSHIP AND LUDICITY. Elise Schenkel Bacharel em Artes Cênicas pela Universidade Federal de Santa Maria, monitora da oficina de teatro do programa “Mais Educação” da Escola Municipal de Ensino Fundamental Diácono João Luiz Pozzobonn. E-mail: [email protected] RESUMO Neste artigo apresenta-se o que é o jogo teatral e a sua grande importância no resgate da ludicidade e cidadania na educação infantil, e como este faz parte da educação de crianças de 7 aos 14 anos, que frequentam o programa “Mais Educação”, na Escola Municipal Diácono João Luiz Pozzobonn. O programa constitui-se como uma estratégia do Ministério da Educação para induzir a ampliação da jornada escolar e a organização curricular na perspectiva da Educação Integral. A escolha do tema se deu pela vontade de demonstrar que o teatro ligado á outras práticas educacionais possui grande influencia transformadora na aprendizagem na formação do indivíduo e na inclusão social. O artigo relata a experiência vivenciada pela autora na referida escola durante os anos que vem sendo desenvolvida a oficina de teatro. O embasamento teórico encontra-se em autores reconhecidos mundialmente que apresentam estudos sobre a infância e o jogo teatral, e pesquisadores nacionais, que utilizam o jogo como suporte para suas experiências. Palavra-chave: Jogo teatral. Arte. Programa Mais Educação. Inclusão. ABSTRACT This paper presents what is the theatrical play and its importance in the rescue of playfulness in early childhood education and citizenship, and how this is part of children 7 to 14 years, who attend the program "More Education", at the Municipal School Diácono João Luiz Pozzobonn. The program was established as a strategy of the Ministry of Education to induce the expansion of the school day and the curriculum organization from the perspective of Integral Education. The theme was given by the will to demonstrate that theater connected to the other educational practices has great transformative influences on learning in individual development and social inclusion. The article reports on the experience lived by the author at the school during the years that has been developed theater workshop. The theoretical basis is recognized authors in the world who have studies about childhood and the theatrical play, and national researchers, using the game as support for their experiences. Key-words: Theatrical game. Art. Program More Education. Inclusion. 1 INTRODUÇÃO: Neste artigo relata-se a experiência das oficinas de jogos teatrais, que se iniciaram na Escola Municipal Diácono João Luiz Pozzobonn, com a implantação do programa do ministério da Educação : “Mais Educação”, buscando através do ensino integral um melhor desenvolvimento intelectual, cultural, acrescentando conhecimentos variados através da oficinas para os alunos de 7 á 14 anos que frequentavam estas atividades em horários inversos ao seu turno de aula. As oficinas tiveram duração de 4h e 30 minutos semanais divida em 2 turnos (manha e tarde).As oficinas foram realizadas numa sala de aula, respeitando a disponibilidade da escola e demais turmas. Esta experiência baseou-se em diversos autores e pesquisadores do âmbito teatral como Viola Spolin, Jogos Teatrais na sala de aula (2008), que apresenta o jogo teatral na escola com sua devida importância e não como “mero passa tempo do currículo” Jogos para atores e não atores (2008), de Augusto Boal, que relata experiências e jogos diversificados; Jogos teatrais na escola (1996) de Olga Reverbel; e Jogar, representar: práticas dramáticas e formação” (2008) de Jean-Pierre Ryngaert. Pretende-se mostrar neste artigo como uma experiência artística pode transformar e ampliar o conhecimento de seus envolvidos como cidadãos criativos e como a partir dos jogos descobre-se um mundo infinito de possibilidades educacionais, intelectuais e emocionais. Pretende-se demonstrar como os jogos são importantes na sala de aula e como há uma necessidade de se expressar que deve ser respeitada e utilizada para a formação da cidadania e da inclusão social. Este artigo destina-se á professores de todas as áreas de conhecimento, diretores, pesquisadores teatrais, alunos, atores e todos aqueles que se interessem pela arte e acreditem que através dela haja uma fruição das sujeições sociais e uma ampliação da visão humana em diversos sentidos (físico,mental,intelectual,sensitivo). A seguir apresenta-se o referencial teórico do jogo teatral, abordando a evolução do jogo, a distinção entre o jogo dramático e o jogo teatral; a descrição das oficinas na Escola Diácono João Luiz Pozzobonn e por fim será analisado a vivencia do jogo teatral no âmbito educacional. 2 O JOGO TEATRAL: Neste capitulo buscar-se-á desenvolver considerações a cerca dos referenciais bibliográficos utilizados pela autora no decorrer e na elaboração das aulas de teatro, assim como traz a definição de jogo, jogo teatral e jogo dramático, assim como sua importância para a educação infantil e reflexões a cerca da arte e do teatro para a educação. A arte possui inúmeros significados e sentidos, porém, como coloca Reverbel (1997, p. 20-21), ela é diferente para adultos e crianças. Para a autora, a arte é a verdadeira fonte de expressão. É extremamente vital para a educação, pois é através da arte que a criança demonstra como sente, como pensa e como vê o mundo. O jogo é um interessante campo de experimentação, pois possibilita a utilização do corpo e mente, exacerba a sensibilidade, a imaginação, a concentração. Segundo Augusto Boal (2008), o corpo humano é o elemento mais importante do teatro, sem ele é impossível fazer teatro. Trabalhar a sensibilidade e os valores de maneiras diferenciadas, dinâmicas, através da arte do jogo, faz o indivíduo ver o mundo de outra forma e, por consequência, rever o que é grandioso e o que se pode modificar para melhor dentro dele. Em muitos estudos, Vygotsky chama a atenção para a importância do ambiente e da forma de se educar para o desenvolvimento do individuo. “As características individuais (modo de agir, de pensar, de sentir, valores, conhecimentos, visão de mundo, etc.) dependem da interação do ser humano com o meio físico e social” (VYGOTSKY apud REGO, 1995, p. 58). A arte une, é um instrumento de encontro, do eu físico/mental e do eu individual com o todo e com a realidade. O teatro e a ludicidade, possibilitam uma intensa motivação, focalizando a diversidade de gênero, de classe e de grupos sociais envolvidos no processo educacional, concebendo experiências emocionais e intelectuais intensas. Nos últimos anos, pensando em como a arte é vista na educação, chega-se ao percalço de que inúmeras vezes falta um conhecimento mais apronfundado na sua real intenção, porque o teatro na escola não serve somente de entretenimento, ele é muito mais que diversão, é um lazer educativo, que desenvolve aspectos cognitivos do individuo, assim como ajuda no descobrimento do seu lugar na sociedade, e quais habilidades pessoais se sobressaem ou lhes faltam em determinadas resoluções de problemas cotidianos. Koudela (1998) afirma que o teatro-educação “vê a criança como um organismo em desenvolvimento, [...] O objetivo é a livre expressão da imaginação criativa.” Para Reverbel (1996), a criança necessita da brincadeira, do lúdico, da diversão, do jogo em sua infância, pois aquela é Que o teatro tem a função de divertir instruindo é uma verdade que ninguém pode contestar, pois seria negar-lhe a própria história (REVERBEL, 1989) Platão também considera os jogos fundamentais para a educação, afirma que toda criança deve participar de jogos, pois sem a prática destes jamais se tornará um adulto educado e um bom cidadão - “sobretudo para que as crianças pudessem desenvolver a tendência natural de seu caráter” (PLATÃO apud REVERBEL, 1997, p. 12). Nesse contexto, torna-se importante apresentar um conceito de jogo. definir jogo como uma ação livre, sentida como fictícia e situada fora da vida comum, capaz, não obstante, de absorver totalmente o jogador; uma ação despida de qualquer interesse material e de qualquer utilidade; que se realiza num tempo e num espaço expressamente circunscritos, desenrola-se ordenadamente de acordo com determinadas regras e provoca, na vida, relações de grupos que se cercam voluntariamente de mistério ou que acentuam pelo disfarce sua estranheza diante do mundo habitual (HUIZINGA apud PAVIS, 1999, p. 220). Vê se que muitas são as contribuições e definições a cerca da importância do jogo para o desenvolvimento do individuo e para a educação, mas deve-se lembrar que esses resultados dão se de forma gradativa, e diferente para cada tipo de grupo trabalhado, mas neste artigo trataremos, contudo, do jogo teatral, do desenvolvimento lúdico, que tem como objetivo libertar a espontaneidade. Os jogos teatrais (theater games) foram originalmente desenvolvidos por Viola Spolin (Spolin, 1979), com o fito de ensinar a linguagem artística do teatro a crianças, jovens, atores e diretores. Através do processo de jogos e da solução de problemas de atuação, as habilidades, a disciplina e as convenções do teatro são aprendidas organicamente. Os jogos teatrais são ao mesmo tempo atividades lúdicas e exercícios teatrais que formam a base para uma abordagem alternativa de ensino e aprendizagem. (KOUDELA, 2008, p. 15) Pode-se dizer que os jogos teatrais, como os conhecemos hoje, foi uma descoberta de Viola Spolin, o qual surgiu através de um processo de experimentação coletiva. Conforme Koudela (1998, p. 43), Spolin visa o jogo como base para o processo de atuação no teatro. A autora propõe que a criança é completamente capaz de usufruir da arte teatral e de expressar-se através dela. Mas o conceito jogo teatral tornou-se muito amplo, sendo assim dividido em dois tipos: Jogo teatral e Jogos dramáticos, os quais dissertaremos a cerca de suas diferenças. Para melhor esclarecer tal diferença, no artigo Jogos teatrais na escola pública, Ricardo Ottoni Vaz Japiassu (1998) explica: No jogo dramático entre sujeitos (Faz-de-conta) todos são “fazedores” da situação imaginária, todos são “atores”. Nos jogos teatrais o grupo de sujeitos que joga pode se divertir em “times” que se alternam nas funções de “atores” e de “público”, isto é, os sujeitos “jogam” para outros que os “observam” e “observam” outros que “jogam”. Percebe-se que o jogo teatral busca transformar o teatro de faz-de-conta (jogo simbólico - dramático) em um jogo de regras (socializado). Segundo Spolin (2000, p. 342): atuar e/ ou viver através de velhas situações de vida (ou de outra pessoa) para descobrir como se adequar a elas; jogo comum entre as crianças de maternal quando procuram tornarse aquilo que temem, ou admiram, ou não entendem; o jogo dramático, se continuado na vida adulta, resulta de devaneios, identificação com personagens de filmes, teatro e literatura; elaborar material velho em oposição a uma experiência nova; viver a personagem; pode ser usado como uma forma simplificada de psicodrama; não é útil para o palco. Ainda segundo Spolin (2000, p. 342): uma atividade aceita pelo grupo, limitada por regras e acordo grupal; divertimento; espontaneidade; entusiasmo e alegria acompanham os jogos; seguem pari passu com a experiência teatral; um conjunto de regras que mantém os jogadores jogando. Dada à diferenciação, ambos não podem ser confundidos, pois “o jogo teatral pressupõe um conjunto de princípios pedagógicos que constituem um sistema de trabalho.” (KOUDELA, 1991, p. 127). O jogo teatral segue regras, baseia-se em problemas a serem solucionados, requer instruções, foco, objetivo, elementos que reunidos desenvolvem a criatividade do jogador. Para Spolin (1999), o envolvimento do grupo com um conjunto de regras estabelecidas faz com que os jogadores desenvolvam habilidades pessoais para jogar e, depois, internalizem-nas. O mesmo ocorre com a liberdade e a espontaneidade. “durante o jogo o jogador é livre para alcançar seu objetivo da maneira que escolher. Desde que obedeça as regras do jogo, ele pode balançar, ficar de ponta-cabeça, ou até voar” (SPOLIN, 2000, p. 4). Para que ocorra o jogo teatral, é necessário que o grupo siga determinadas regras, criando assim um ambiente de cooperação e respeito [...] O consentimento mútuo, o acordo de grupo determina as possibilidades de variação da regra.” (KOUDELA, 1998, p. 48). Alcançar seus objetivos, descobrir potencialidades físicas e criativas, entregar-se ao jogo e as propostas do outro, ouvir-se, adaptar-se as regras e transforma-las, e recomeçar de maneira diferente, essas descobertas fazem parte do maravilhoso aprendizado através dos jogos teatrais, que tornam-se uma experiência única e particular a cada grupo e cada dia. 3 PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO NA EMEF. DIÁCONO JOÃO LUIZ POZZOBONN: Esse capitulo apresenta breves informações a cerca do funcionamento do programa do ministério da educação “Mais Educação”, na Escola Municipal Diácono João Luiz Pozzobonn, que é o local no qual se deram as experiências práticas dessa pesquisa. 3.1 PROGRAMA “MAIS EDUCAÇÃO”: O programa constitui-se como estratégia do Ministério da Educação para indução da construção da agenda de educação integral nas redes estaduais e municipais de ensino que amplia a jornada escolar nas escolas públicas, para no mínimo 7 horas diárias, por meio de atividades optativas, como oficinas de arte, acompanhamento pedagógico, esporte e lazer, educação ambiental, etc. Os territórios do Programa foram definidos inicialmente para atender, em caráter prioritário, as escolas que apresentam baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), situadas em capitais e regiões metropolitanas. O programa teve inicio na EMEF. Diácono João Luiz Pozzobonn no ano de 2010, e contava com 5 monitores nas oficinas de: teatro, percussão, capoeira, desenho e yoga. Atualmente o programa conta com as oficinas: teatro, fotografia, acompanhamento pedagógico, dança, atletismo. O numero de alunos participantes varia de 100 á 200 alunos por ano, de idades diversas, a partir dos 7 anos aos 15. 3.2 O JOGO TEATRAL NA ESCOLA: As oficinas teatrais, realizadas dentro da escola, buscam desenvolver a criatividade, a socialização, a inclusão social e ampliar a consciência estética e cultural de seus participantes, servindo também de escape as sujeições sociais que essas crianças enfrentam em seu cotidiano. Nas oficinas a preocupação não é com a criação cênica, mas sim com o livre desenvolvimento da imaginação das crianças que usufruem desse momento para descobrir suas habilidades e novas formas de enfrentar sua realidade. A liberdade de criação proporcionada pelo teatro, pelo jogo em si, contribui para formação de opinião e da personalidade dos alunos, pois “jogo é um conjunto de regras que o jogador aceita compartilhar. As regras não restringem o jogador, elas fazem com que o jogador permaneça no jogo” (SPOLIN, 2008, p. 29). Apreender a conviver com regras é essencial para a experiência do jogo teatral. O sistema de jogos teatrais de Spolin, que é dado relacionar com uma forma de aprendizagem cognitiva afetiva e psicomotora embasada no momento piagetiano para o desenvolvimento intelectual, propicia a alfabetização na linguagem artística do teatro, mediante a exploração e descoberta de unidades mínimas. (REVERBEL. 1991, p. 166) O teatro, ao mesmo tempo com muitas funções, levanta questões que podem ser trabalhadas, tais como: preconceito, medo de se expor, medo do ridículo, de falar, de não ser aceito, irresponsabilidade, indisciplina, autocrítica durante o processo de criação, ansiedade, impaciência, entre outros. O teatro provoca no indivíduo essa liberdade de procura, tocando-o no mais profundo músculo que é o coração. A arte dramática coloca o indivíduo como conhecedor de si, e mais além, situa-o no mundo em que vive, pois essa é uma das funções da arte. As oficinas de teatro na escola, proporcionaram um crescente interesse a partir dos alunos a cerca do conhecimento da arte e de diferentes culturas, eles partiram do desconhecimento, á curiosidade que torna o ser humano um infinito aprendiz. Vê –se que o jogo teatral, tem mais importância, além de descontração, pois com o decorrer das aulas os alunos começam a perceber a diferença entre brincar e jogar, respeitando as regras e seus colegas para que a troca entre jogadores exista. É claro que por se tratar de uma comunidade de baixa renda e uma escola pequena, surgiam no decorrer do processo, alguns imprevistos, principalmente com relação ao espaço físico, pois não havia um local apropriado para as aulas práticas, as quais adaptavam-se ao local que não estava sendo ocupado no dia, e por vezes a necessidade nos fazia ter aulas ao ar livre, ou em locais muito fechados e apertados. As aulas sempre eram iniciadas com alongamento, aquecimento corporal e vocal, jogo de atenção, jogos grupais e de confiança, e improvisações livres e orientadas, assim como trabalhamos com musica, poesia, literatura, vídeo, etc. Um momento fundamental da aula é a criação da plateia, no qual os alunos arrumam a sala deixando as cadeiras em forma de plateia, pois em diversos jogos alguns participantes tornam-se plateia dos demais, assim como professoras e funcionários que estão desocupados no momento são trazidos para formar nossa plateia. Spolin (2008) menciona a plateia como elemento fundamental para o processo educativo com jogos teatrais. Contudo, a apresentação a um público de fora do grupo de trabalho não está dentre os objetivos deste estudo, embora se reconheça a importância desta no processo Alem disso, vale salientar que o jogo teatral, e todos as particularidades trabalhadas a partir dele contribuem para um desenvolvimento intelectual, que aumenta o rendimento dessas crianças em suas salas de aula, em diversas matérias. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS: É possivel afirmar que s oficinas de teatro oferecidas pelo programa “Mais Educação”, visam para contribuir para o desenvolvimento intelectual das crianças, mas ele age culturalmente, contribuindo para o desenvolvimento do cidadão social e individual. Ressalta-se alguns resultados obtidos como: frequência nas aulas, responsabilidade com os horários, melhor relacionamento com o grupo, aumento da autoestima, autoconfiança, valorização do teatro, e maior motivação e curiosidade em relação aos estudos. Compreendemos que essas mudanças aparecem paulatinamente, e com um trabalho constante, mas para a realidade dessas crianças esses resultados são extremamente valiosos e motivo de orgulho á monitora, que busca através da arte levar cidadania e uma perspectiva melhor de vida á essas crianças. Cabe dizer que, quanto mais esta pesquisadora estuda teorias de arte teatral, mais se sente instigada a descobrir como tal arte pode contribuir para a formação do indivíduo, pois é tomada pela certeza de que o teatro é tão essencial para o ser humano quanto a arte. Ambos devem ser contemplados e vividos por todos. Salienta-se, contudo, a importância de se estabelecer relações entre teoria e prática, pois, isoladas, nenhuma destas permitirá ao pesquisador alcançar o que se deseja. É preciso conhecer a teoria, experimentar, desfrutar de momentos de criação para, então, teorizar e entender os princípios que movem a arte. Dito isso, a pesquisadora se compromete á continuar pesquisando e buscando novos resultados e transformações por que a arte enobrece, engrandece e nos traz algo que nos dias de hoje é difícil encontrar : um encontro consigo mesmo. 5 REFERÊNCIAS BOAL, Augusto. Jogos para atores e não atores. 11ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008. PREFEITURA MUNICIPAL DE BLUMENAU. Projeto Político Pedagógico: CEMATEPCA. Blumenau, PMB, 2011. BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte. MEC, Brasília, 1997. COURTNEY, Richard. Jogo, teatro & pensamento. 2ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2001. FISCHER, Ernst. A necessidade da arte. 9ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. KOUDELA, Ingrid Dormien. Jogos teatrais. 4ª ed. São Paulo: Perspectiva, 1998. ____. Texto e jogo: uma didática brechtiana. São Paulo: Perspectiva, 2008. SPOLIN, Viola. Jogos teatrais na sala de aula: um manual para o professor. São Paulo: Perspectiva, 2008. SPOLIN, Viola. Improvisação para o teatro. 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