relato de vivências do ver-sus santo ângelo, 2016/1 por bruna vargas

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RELATO DE VIVÊNCIAS DO VER-SUS SANTO ÂNGELO, 2016/1
POR BRUNA VARGAS
O VER-SUS
entrou em minha vida através de amigos que fizeram
também a vivência, onde posso dizer que foi uma das melhores experiências
que eu pude ter, tudo começa com a apresentação de todos as pessoas
participantes, sua opinião sobre o que é o SUS e ainda sua expectativa de
aprendizado, podendo notar então que no começo muito dos estudantes
possuíam um conhecimento precário sobre o sistema único de saúde o qual é
tão importante para nós, então é passado nosso cronograma da nossa vivência
para que possamos ficar mais por dentro do que vai acontecer durante a
semana, logo arrumamos nossas coisas para dormir e descansar no local de
acolhimento dos estudantes onde foi a URI Santo Ângelo, foi disponibilizado 2
salas uma para reuniões e recebimento dos convidados e outra para o
descanso dos estudantes. Depois disso foi feita uma dinâmica incrível o qual foi
de extrema importância para o passar dos dias, como seriam dias cansativos
nós recebemos um papelzinho com um nome de um dos viventes para que nos
fossemos o anjo daquela pessoa durante os 7 dias de VER-SUS, que
mandássemos um bom dia pela manhã para que essa pessoa se acordasse
bem e que déssemos bastante carinho a essa pessoa.
Nossa primeira visita foi na secretaria municipal de saúde,(figura 1) onde
tivemos primeiramente uma conversa com o Rodrigo Trevisian o qual é
responsável pela vigilância sanitária que nós pode passar um pouco de como é
a rotina da secretaria de saúde e o quanto é importante o papel desta no
município, onde pode mostrar-nos que nem sempre é culpa do SUS que os
exames e consultas com especialistas demorem para ocorrer mas muitas
vezes do cidadão que faz pouco caso de não valorizar um sistema que atende
o cidadão de graça, um exemplo muito importante são pessoas que ficam na
fila esperando um tempão para conseguir um exame e quando conseguem
marcar para a realização desse exame não comparecem no consultório ou
hospital ai eu me pergunto será que é só o SUS que tem mudar será que ele
realmente está ruim ou os cidadãos que por uma simples tosse ou dor de
cabeça a primeira reação é ir na emergência do hospital, podendo ir em um
posto o qual vai ser tratado da mesma maneira, logo depois de nossa conversa
foi nos demonstrado a estrutura em si da secretaria de saúde e o
funcionamento de cada setor. Então depois dessa visita fomos encaminhados
para o jantar que seria em um restaurante especifico o qual faríamos todas
nossas refeições.
Ao voltar a nosso acampamento na URI descansamos um pouco e então
na sala de reuniões foi passado um filme chamado “História da Saúde Pública
no Brasil – Um século de luta pelo direito de saúde” o qual mostrava como
surgiu o sistema único de saúde, todas as revoltas que teve na época para que
então conseguíssemos o direito de saúde para todos pois antigamente só
quem tinha direito de saúde eram médicos e filhos de pessoas de alta classe.
Nosso segundo dia começa com a visita a UBS do bairro Castellari
(figura 2), onde foi feito várias perguntas de como funcionava, quais eram suas
grandes dificuldades, quais as promoções de saúde que era feitas e de
quantos funcionários eram composto sua equipe que então foi respondido que
eram composto de um técnico de enfermagem, duas agentes de saúde, um
médico que é muito importante para o povo pois encontra-se trabalhando
nesse posto a mais de 10 anos passando confiança para aquele bairro que é
difícil de convivência, uma das agentes de saúde que faz as visitas mora no
bairro o que facilita essas visitas para melhor cuidado desses pacientes, foi
passado para nós uma má impressão sobre as agentes de saúde onde foi
demonstrado um certo preconceito onde foi relatado que elas muitas vezes
recebiam mulheres com edemas e machucados de agressão e não davam
queixa e de acordo com o que elas disseram “ as mulheres gostam de apanhar
” e por isso foi feito uma discussão se não seria bom que os agentes de saúde
tivessem cursos relacionados a saúde e educação para que fosse melhor
tratado os pacientes que procuram esses serviços e também para que possam
influenciar essas pessoas a procurar ajuda e lutar por elas, foi relatado também
pelos funcionários que muitas vezes falta material para atendimento e que eles
tem que se virar com o que tem tentando diminuir a quantidade das coisas
simples como esparadrapo e algodão.
Pela parte da tarde então fizemos a visita a 12º coordenaria estadual de
saúde (figura 3), onde é composta por 64 funcionários concursados de diversas
áreas como farmacêuticos, enfermeiros, psicólogos que tem como principal
função fornecer suporte técnico e gerencial aos municípios fazendo parte da
macrorregião missioneira e é composta por vários setores que são vigilância
em geral (epidemiológica, sanitária, ambiental, drogarias, estabelecimento em
gênero alimentício e vigilância em saúde do trabalhador), vigilância em saúde
que controla as zoonoses possíveis do município fazendo promoção a saúde e
fazendo o controle de casos encontrados na região como dengue, animais
peçonhentos, raiva humana, leptospirose, malária, toxoplasmose entre outras,
assessoria jurídica onde responde as intimações judiciais, processos contra os
estados exemplo acionar o governo querendo uma medicação especifica isso
ocorre por processo judicial, setor administrativo que é responsável pelo RH e
questões de ordem administrativa e agendamentos de viagens, protocolo que
faz o recebimento e encaminhamento de correspondência, ações de saúde que
através de recursos faz 15 tipos de ações diferentes entre elas (saúde do
idoso, da mulher, do trabalhador, do adolescente, da criança) fazendo
promoção a saúde dessas pessoas, Nuresc que propõe novas formas de fazer
e entender a educação em saúde e planejamento que está sempre fazendo
planejamento dos 24 municípios e suas necessidades em relação aos exames
que estão mais sendo pedidos e os no que deve ser investido um aumento de
exames, consultas algo especifico.
Posteriormente fomos encaminhado para uma reunião do conselho
municipal de saúde (figura 4), onde foi muito gratificante e importante participar
para que possamos juntos ter uma visão de como é resolvido as questões
relacionadas a saúde onde tivemos em pauta vários assuntos importantes
como a UPA que foi gasto um valor em torne de 4.000.000 milhões de reais
com equipamentos de alta tecnologia e que não pode ser aberto pois sua
estrutura e funcionamento necessita de um gasto de 1.400.000 milhões
mensais sendo que de acordo com o secretário de saúde André Kissel o
município recebe 1.000.000 mensal para o custo da saúde mensal do
município porem ele comentou sobre um portal chamado portal da
transparência onde qualquer um pode ter acesso para verificação de quanto o
município recebeu em geral dos gastos e esse valor se encontrava em
22.898.826,35 e de acordo com o Rodrigo Trevisian e o próprio secretário 15%
desse valor é estabelecido para a saúde o que desse valor encontrado daria
3.400.000 então fica a dúvida de o que deveríamos mudar para verificar se
realmente está sendo repassado os 15% da saúde tudo isso discutido em
nossa reunião após termos voltado da reunião do conselho onde todos
expressão sua opinião sobre o que foi visto e pensado trazendo uma grande
multidisciplinariedades de opiniões por parte de todos os estudantes
participantes.
No terceiro dia de vivencia tivemos o privilégio de conhecer a UBS de
buriti (figura 5) que se localiza no interior de Santo Ângelo e é composto por 7
funcionários atendendo uma demanda em torno de 2.000 pessoas, possui uma
medica cubana, um técnico em enfermagem e 4 agentes de saúde que
realizam os atendimentos nos horários das 08:00\12:00 e 13:00\17:00 e possui
promoção a saúde de hipertensos e diabéticos entre outros tipos, porém
encontram dificuldade em montar grupos de gestantes já que a maioria do
pessoal do interior são idosos, os agentes fazem atendimento numa distância
de até 30km saindo em busca de melhorar a qualidade de vida dessas pessoas
fazendo consultas domiciliar aos acamados o que me deixou com esperança
que ainda existe pessoas boas nesse mundo pois todas as consultas feitas a
domicilio são feitas com os próprios carros do médico e dos agentes pois para
eles são uma grande família, eles verificam os sinais e sintomas, se eles
verificarem que o paciente precisa de um cuidado mais especifico pois seu
estado é muito grave eles mesmo levam esses pacientes até o hospital de
Santo Ângelo para atendimento pois não tem uma ambulância que possa fazer
esse deslocamento, e em relação aos exames para que faça a autorização
destes como fica ruim para que a população de buriti vá até a cidade, os
próprios agentes juntam uma quantidade de exames e com sua própria
locomoção vão carimbar os exames para seus pacientes, então podemos ver o
carinho que a UBS de buriti tem com seus pacientes e por ser uma população
de idade avançada os pacientes acreditam que só devem procurar atendimento
quando estão muito mal e por isso é de grande importância as visitas nas
casas. O posto não possui internet mas mesmo assim seus prontuários estão
todos digitados o que mostra a eficiência dos funcionários em não esperar que
as coisas chegassem e sim em deixar tudo pronto para que quando tivessem a
possibilidade de terem internet tivesse tudo pronto para que o sistema
ocorresse perfeitamente. Foi relatado pelos funcionários da UBS de buriti que
antes de existir o programa mais médicos, se tinha bem menos frequência de
médicos no posto aparecia a cada 14 dias enquanto o médico presente se
encontrava presente 3 vezes por semana atendendo uma demanda de 40
pessoas por dia, possui na unidade medicamentos para ser dado aos pacientes
que possuem doenças crônicas como hipertensão, diabetes o qual através da
receita consegue seu medicamento necessário para manutenção de sua saúde
e foi muito interessante saber que nessa unidade possui bastantes casos de
pessoas intoxicadas por agrotóxico por lidarem bastante com plantações e
agricultura. Cada funcionário do posto é responsável por uma região de buriti
conforme o mapa (figura 6). Nessa unidade eles fazem o primeiro atendimento
e muitas vezes atendem as emergências também, apesar de serem uma
unidade com precariedade de materiais, não possuem muitos casos de AVC e
infarto pois o pessoal que tem problema de coração realmente se cuidam e
tomam sua medicação corretamente, enquanto nossa visita foi feita outro relato
muito interessante foi dito que os médicos brasileiros antigamente tinham maior
comunicação com os médicos do hospital, já os cubanos já tem uma certa
inimizade preferindo mandar uma carta com encaminhamento que a pessoa
precisa internar ou ser avaliado com urgência do que ligar e pedir. Trazendo a
todos nós estudantes o carinho e dedicação em querer fazer a diferença dos
funcionários da UBS do buriti.
Logo após almoçarmos começamos as visitas aos CAPS ( centro de
atenção psicossocial figura 7), onde tivemos o conhecimento de como seria a
rotina de um usuário do CAPS, no meu caso o meu grupo foi no CAPS AD
(álcool e drogas) onde é feito uma análise do caso do paciente, tempo de
bebida para que então possa criar um plano terapêutico para ver a
necessidade de frequência desse paciente sendo dividido em plano terapêutico
intensivo(todos os dias), semi intensivo ( três vezes na semana) e não intensivo
(2 vezes na semana). O paciente encontra-se lá desde o período da manhã
onde eles tomam seu café da manhã e fazem sua oração, após isso eles são
encaminhados para as oficinas onde realizam diversas atividades diferentes de
socialização, musica, tendo também o período que a psicóloga conversa com
eles para saber o que eles estão sentindo e sempre tendo uma enfermeira por
perto. Possuem assistência social para que possa informá-los de seus direitos
e benefícios, o paciente é acolhido primeiramente sem que haja necessidade
de um encaminhamento medico ou jurídico, esse paciente AD tem bastante
sensibilidade precisando de muito apoio para que não vá embora. Foi relatada
pela enfermeira que os pacientes alcoólatras são de bem mais idade dos que
viciados em drogas que geralmente são jovens. A equipe é formada por um
auxiliar administrativo, auxiliar psiquiatra, dois psicólogos, três técnicos em
enfermagem, enfermeira, duas artesãs e duas cozinheiras todos concursados.
Eles só administram medicamentos para pacientes do plano terapêutico
intensivo e esse paciente apresenta sua abstinência geralmente há tardinha
tornando o período mais complicado do dia. O CAPS tem função de habilitação
social do paciente sendo a maioria dos casos por ordem judicial onde deve ser
feito um relatório do estado e evolução do paciente, estes possuem uma
dificuldade de acompanhamento sem que haja medicação o que acaba tendo
bastante casos que necessitam da medicação para continuar o tratamento.
Pessoas viciadas em crack, maconha, cocaína, solventes e dependência
medicamentosa não são inseridos inicialmente nos grupos e sim em
atendimento individual mas isso dura pouco tempo e não são muitos casos.
Através do relato da enfermeira foi passado que existe juntamente com o
tratamento do paciente um grupo familiar para trazer o familiar a uma educação
permanente já que muitas vezes a própria família ou amigos influencia o
paciente a voltar ao seu vício e por isso a importância dos grupos familiares
para que esse serviço há população tenha maior eficácia. Quando o paciente
não está respondendo bem ao tratamento ele pode ser encaminhado a centros
de recuperação como SOS vida, Fazenda Paraiso e ainda se o paciente
encontra-se em abstinência extrema onde começa-se a ficar agressivo temos a
ala psiquiátrica do hospital para que então ocorra a desintoxicação aqui em
Santo Ângelo possui muitos casos de pessoas viciadas em crack o que faz
com que essa pessoa não morra pela droga e sim de consequências sociais
como se prostituir, contrair aids em troca das drogas mais ainda sim pode-se
dizer conforme relato que o paciente alcoólatra terá mais perdas em vários
sentidos pois terás perdas financeira, familiar, social, caráter.
Depois de vários dias de vivência chegou o momento em que fizemos a
visita a fazenda paraíso (figura 8), onde nos foi explicado que ocorre 30
encaminhamentos pelo SUS coordenados pela 12º coordenadoria residindo
pacientes de outras cidades também, a fazendo possui um médico psiquiátrico
e quando não é tão grave a desintoxicação é feita ali mesmo, pois é uma ala
psiquiátrica conhecida como autossustentável que recebe somente por o
atendimento dos pacientes são 80 pacientes divididos em 30 vagas pelo
SENADE e o resto dividido pelo paciente dos SUS dos diversos municípios que
abrangem a 12º coordenadoria recebendo também demanda espontânea
sendo que as involuntárias são custeadas pelo SUS. A faixa etária é de 13 a 72
anos onde as crianças possuem um programa chamado SEDEDICA para
incentivar as crianças que é importante eles estarem na escola mais
infelizmente muitos não vão. A fazenda Paraiso conta com um acordo de que o
paciente entre em processo curativo no período de 9 meses residindo no local
esse período, podendo receber a visita dos familiares somente se eles fizerem
a comprovação que estão tendo acompanhamento psicológico e indo em
grupos familiares para melhor qualidade de vida do paciente após sua estadia
na fazenda. A partir do 5º mês ocorre a fase de ressocialização onde os
pacientes podem visitar a família em suas casas e isso ocorre uma semana por
mês onde obrigatoriamente tem que fazer um relatório do que fez e de como foi
se essa visita não mostrar resultados positivos e o paciente não evoluir até
esse 5 mês ele vai receber alta. Os pacientes recebidos pela fazenda Paraiso
têm o enfoque de álcool e drogas podendo e geralmente tendo outras comorbidades juntas. A fazenda paraíso funciona por setores e cada um grupo é
responsável por um setor onde de acordo com seu tempo de estadia ficam
mais responsáveis por outros setores o qual o fazem se sentirem mais felizes e
valorizados por terem o privilégio de ajudar na fazenda, esta possui 30
funcionários o qual trabalham 7 dias e folgam 7 dias entre eles técnico de
enfermagem, medico, psicólogos e monitores. As reuniões feitas com os
pacientes são feitas tanto em grupo como individual toda segunda feira e com
grande felicidade 68% dos pacientes conseguem se recuperar com o
tratamento terapêutico e em média 60% dos casos dos pacientes que são
internados por notificação compulsória permanecem pois reconhecem como é
complicado retirar uma ordem que lhe foi dada de permanecer por tanto tempo.
Ao passar os 9 meses os pacientes são graduados como certificados de terem
conseguido o qual mesmo após graduados é feito um acompanhamento destes
fora da fazenda para verificar se algum teve recaída pois se isso ocorreu é
retirado a graduação.
Tivemos também o importante papel de nos juntar aos agentes de
controles de endemias (figura 9), para buscar nas residências os focos das
larvas dos mosquitos da espécie Aedes aegypti mosquito transmissor da
dengue onde foi separado por grupos de 5 pessoas para fazermos a visita do
bairro santa fé onde acompanhando os agentes cada grupo visitou 30 casas
onde foram encontrados alguns focos de larvas que foram levados para o
laboratório para verificar se a larva realmente é do mosquito, foi verificado
maior aceitação das pessoas em deixar que nós entrássemos em suas casas
já que a promoção a saúde da dengue está cada vez maior, fazendo com que
as pessoas estejam mais conscientizadas em fazer os cuidados básicos para
que não haja maior proliferação do mosquito mesmo assim encontramos
algumas aguas paradas nas visitas mas com a informação transmitida aparenta
que estas pessoas cuidaram melhor de suas casas e por isso é muito
importante esse cuidado e essas visitas proporcionadas pelos agentes de
controles de endemias.
De acordo com o cronograma da vivencia fizemos a visita ao hospital de
caridade de Santo Ângelo (figura 10), onde fomos muito bem recebido pelo
Fermino que é responsável pelos projetos relacionados ao hospital, onde
explicou que este era uma instituição filantrópica e que tudo que recebe do
SUS é usado para investimento do hospital, sendo que os associados são a
população que se uniram para que o hospital continuasse funcionando, o
prédio possui 84 anos possuindo 176 leitos para internação, 2 UTIs e uma UTI
neonatal com 580 funcionários trabalhando. Representando os 24 municípios
os hospitais de Santo Ângelo fazem o acolhimento para atendimento dos
pacientes para que possa verificar o estado de urgência do paciente, foi
possível visualizar em nossa visita todos os setores do hospital e os planos
futuros.
Tivemos o prazer de receber em nossa sala de reuniões o presidente do
conselho municipal de saúde, seu jerônimo e o secretário de saúde de Santo
Ângelo André kissel (figura 11), onde podemos conversar sobre os principais
problemas da saúde em dias atuais e como está sendo resolvido esses
problemas, o quais os planos para resolvê-los sendo muito gratificante que nós
estudantes pudéssemos dar nossas opiniões e ficamos muito feliz em saber
que está sendo criado um projeto onde inclua os acadêmicos no atendimento à
população no UPA, onde como o município não tem como manter mensamente
por ser um valor muito alto, seria inserido os estudantes para ajudar a
população e ao mesmo tempo possa criar experiência fazendo estágio em sua
área, podendo dizer que a reunião terminou deixando muita expectativa para
melhorar a saúde da população.
Recebemos em nossa sala de reuniões também o presidente da
FUMSSAR (figura 12) onde nos relatou que o município de Santa Rosa é um
dos únicos do país que não possui uma secretaria municipal de saúde, mas
sim uma Fundação Municipal de Saúde – FUMSSAR. Esta fundação de tem
caráter de autarquia foi criada em 1995, a partir principalmente da participação
popular e do CMS de Santa Rosa. De certa forma, a sua estrutura
organizacional propicia uma maior agilidade, e o incentivo a qualificação dos
profissionais possibilitando um maior engajamento e autonomia no trabalho,
desde a gestão até a execução das ações e serviços. Podendo nos mostrar
como é o funcionamento dessa fundação.
Recebemos também os profissionais da SUSEPE (figura 13) onde pode
nos mostrar como as pessoas tem preconceito em relação aos presos e como
as pessoas pensam que no momento que largam o preso lá é como se eles
não existissem mais, porém não funciona assim a função da SUSEPE é
preparar a população presa para que possa depois que sair dali conviver com a
sociedade, porem nessa mesma roda foi discutido o quanto é precária as
informações em relação a esse assunto o qual mesmo se tratando de saúde,
não é passado em nenhum curso de ensino superior da saúde o que seria de
grande importância já que é um assunto muito importante a ser tratado pois os
presos ainda estão vivos e devem serem tratados como ser humanos, foi nos
demonstrado pelas agentes o quanto de carinho eles transmitem para essa
população para que dentro do presidio eles tenham os mesmos direitos e se
sintam igual a todos sem que haja um preconceito tratando estes com ação de
recuperação dessas pessoas.
Podemos dizer que o VER-SUS mudou a nossa visão sobre os médicos
cubanos pois podemos dizer que uma grande porcentagem da população tem
o pensamento de por que trazer médicos de cuba se temos médicos brasileiros
querendo trabalhar, porém o programa mais médicos só foi criado por que os
postos de saúde encontravam-se sem médicos e os concurso abertos nunca
preenchia suas vagas, então o momento que trouxeram os médicos cubanos e
argentinos pode se ter uma melhor qualidade de vida a nossa população, esse
contrato é feito de 3 anos onde os médicos selecionados recebem um
treinamento num período de 15 dias com um professor de gramatica para
ensina-los o português e um médico brasileiro para passar para ele como será
a rotina de atendimento e como funciona o nosso sistema único de saúde,
podendo nos demonstrar muita confiança em sua formação e na sua vontade
de querer ajudar o próximo.
em nossa vivência tivemos diversos assuntos e enfoques diferentes
chegou o momento de conversar sobre a judicialização da saúde com um
professor e advogado Marcelo Bochi (Figura 14), onde tivemos 2 assuntos
diferentes em nossa discussão, um deles era sobre uma nova droga o qual
está sendo muito solicitada de forma judicial por ser conhecida por ajudar em
quase 100% na cura do câncer porém essa droga não está à venda ainda pois
ainda é ilegal por não ter passado por várias fases de testes que tem que
passar na indústria farmacêutica e por isso de acordo com a necessidade e
gravidade do paciente o juiz libera para ser tomado porem é bem difícil
geralmente utilizados em pacientes com canceres terminais. E também foi
relatado que não é somente essa medicação e também outras que por mais
que sejam legais de tomar se encontram com um preço tão caro que não tem
como uma pessoa não ter prejuízos financeiros e familiar, precisando de ordem
judicial para demonstrar sua necessidade de utilizar tal medicamento.
Completando nosso VER-SUS tivemos a visita do querido Hector que é
representante da união estadual dos estudantes e da professora de saúde
pública Carine Zimmerman (figura 15), o qual nos trouxeram vários assuntos
interessantes relacionado ao acadêmico como movimentos estudantis, diretório
acadêmico e a importância do estudante em estar presente para defender seus
direitos como acadêmico e para que possa resolver problemas que possam de
alguma maneira estar prejudicando o acadêmico.
E para finalizar não podia deixar de falar um pouco sobre a vivência com
os participantes do VER-SUS (Figura 16), onde pode se notar o quanto se
torna forte o vínculo criado nesses 7 dias de vivencia, o simples falto de
acordarmos, almoçarmos, jantarmos, passar por todas as visitas juntos nos
uniu de uma maneira inacreditável, o que faz ser muito difícil a separação de
todos pois o VER-SUS traz estudantes de todas as cidades diferentes, estados
diferentes e com graduações diferentes fazendo com que nós tenhamos uma
diversidades de opiniões, o que é muito importante para que então saíssemos
com uma outra visão do SUS mostrando que nem tudo é como a população
imagina. Mas não podendo deixar de contar sobre a dinâmica do anjo o qual foi
citada no começo do texto foi essencial para nossos dias chegassem ao fim
com um sorriso no rosto de valeu a pena o cansaço, fazendo com que as
pessoas que ainda não tivessem se aproximado, se aproximassem e que todos
tivessem carinho um pelo outro tornando os todos nós uma grande família. Foi
muito difícil se despedir, mas essa experiência única podemos dizer que vai
deixar saudades, pois as grandes amizades conquistadas ali ficaram para
sempre em nossos corações.
Figura 1 (Visita a Secretaria Municipal de Saúde).
Figura 2 (Visita a UBS do bairro Castellari).
Figura 3 (Visita a 12º Coordenadoria Regional de Saúde).
Figura 4 (Participação do Conselho Municipal de Saúde).
Figura 5 (Visita a UBS de Buriti).
Figura 6 (Mapa dos funcionários mostrando qual região cada um é
responsável).
Figura 7 (Visita aos CAPS).
Figura 8 (Visita a Fazenda Paraiso).
Figura 9 (Ajuda no combate à dengue com a Vigilância Ambiental).
Figura 10 (Visita ao Hospital de Caridade de Santo Ângelo).
Figura 11 (Visita do Presidente do conselho Municipal da saúde e do
Secretário Municipal de Saúde em nossa sala de reuniões).
Figura 12 (Visita do Presidente da FUMSSAR em nossa sala de reuniões).
Figura 13 (visita do pessoal da SUSEPE em nossa sala de reuniões).
Figura 14 (Visita do Advogado e Professor Marcelo Bochi).
Figura 15 (Visita do Representante da união dos estudantes Hector e da
professora de Saúde Publica Carine Zimmerman).
Figura 16 (Participantes do VER-SUS 2016).
“Por mais que o tempo passe e que as dificuldades possam surgir, eu
sempre estarei firme e forte, porque sei que posso contar com vocês,
amigos que certamente foi um presente em minha vida”.
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