20 de novembro Dia Nacional da Consciência Negra Por que comemoramos o Dia Nacional da Consciência Negra nessa data? Zumbi, neto de Aqualtune, princesa descendente de nobre linhagem africana,nasceu em Palmares, em 1655. Em uma das expedições contra Palmares, foi raptado, levado à cidade vizinha de Porto Calvo e entregue ao Padre Melo, que o batizou com o nome de Francisco. Aos 15 anos, fugiu e voltou para Palmares. Muito jovem ainda, ele se tornou chefe de uma das povoações desse Quilombo. Por sua bravura, inteligência, pelo corpo vigoroso e vontade de ferro, em pouco tempo tornou-se chefe das forças armadas de Palmares. Durante anos, Zumbi e seu povo resistiram a várias expedições que atacaram o quilombo. Depois de sucessivas investidas, Palmares foi destruído e Zumbi foi morto dois anos depois, no dia 20 de novembro de 1695. Traído por Antônio Soares, que denunciou seu esconderijo e o esfaqueou, Zumbi lutou até o fim. Fonte:Almanaque Pedagógico Afrobrasileiro E agora, você já entendeu o motivo de 20 de novembro ser o Dia Nacional da Consciência Negra? O POVO BRASILEIRO Antes da chegada de Cabral, já existiam nesta terra aproximadamente seis milhões de habitantes, de diferentes povos indígenas.Cada povo tinha seus costumes, sua língua, suas crenças, seu modo de vida. Os portugueses colonizadores tinham como objetivo explorar as riquezas do Brasil. Chegaram aqui, portanto, pensando em ganhar dinheiro e prestígio social. Com esse propósito iniciaram, em 1502, a exploração do pau-brasil. Embora essa extração tivesse começado dois anos depois do descobrimento, a fixação dos portugueses na Colônia só ocorreu, de fato, com o cultivo da cana-de-açúcar. No século XVI, negros africanos foram trazidos à força para trabalhar nas lavouras como escravos. Desembarcaram no Brasil negros de diferentes nações africanas. Traziam conhecimentos de como trabalhar o bronze, o cobre, o ouro e a madeira. Havia também, entre eles, muitos tecelões, ferreiros e artesãos. Financiados pelos governos provinciais e imperial, imigrantes de várias nacionalidades aqui estiveram. Italianos, espanhóis, russos, ucranianos, turcos, sírios, japoneses e chineses vieram trabalhar no Brasil, fugindo das guerras ou para conseguir vida melhor do que na sua terra. Formou-se, então, no Brasil, uma grande mistura racial. O Brasil se tornou um país mestiço. Mas existem pessoas que não aceitam isso. Se você é uma delas, basta investigar os seus antepassados: de onde você veio? E seu avô? E sua avó? E seus bisavós? Nas veias da maioria dos brasileiros corre sangue índio, negro e branco. Muitas pessoas acreditam que, no Brasil, as relações raciais são totalmente harmônicas, isto é, vivemos em uma verdadeira “democracia racial”. A história não é bem assim não! No início da colonização, a elite brasileira considerava índios e negros como seres inferiores, enaltecia apenas a sua própria cultura e desqualificava os valores culturais desses dois povos. Houve, sim, miscigenação entre brancos, negros e índios, mas isso não impediu que se formasse no Brasil, uma sociedade racista. Carregamos, dentro de nós, a herança de todas as culturas e sabemos, hoje, pelas mais modernas experiências feitas no campo da biologia e da genética que as várias características externas do ser humano como a cor da pele, tipo de cabelo,são apenas formas de adaptação do ser humano ao ambiente. A estrutura genética é idêntica nos vários grupos humanos. Fica a indagação: se, geneticamente, não há como definir raça, por que existir racismo, então? Racismo? DIGA NÃO!