Cálculos Renais - APM Piracicaba

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Cálculos Renais
Quais os cuidados necessários para evitar a formação dos cálculos?
Por Michele Telise
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do cálculo e se há obstrução ao trato urinário.
Em alguns casos é solicitada a realização de
uma tomografia, mas o especialista faz a cautela que esse procedimento não deve ser utilizado com frequência devido ao grau elevado
de irradiação.
“Os cálculos são mais comuns em homens, 12% na população masculina contra
5% dos casos em mulheres, porém eles eliminam uma concentração maior de cristais
quando comparado a elas. Já as crianças, 1%
apresentam formação de cálculo, felizmente,
elas têm uma facilidade maior de eliminação
espontânea, quando necessário os procedimentos utilizados são os mesmos que os de
adultos”, declara Dr. Lavoura.
Após o diagnóstico, o especialista analisará o tamanho do cálculo, sua localização, a
idade do paciente e se sente dores. Dada essa
análise, ele recomendará um desses procedimentos, dependendo do caso será solicitado, Terapia expulsiva (uso de medicamentos
analgésicos associados a medicamentos que
promovem relaxamento ureteral e auxiliam
na eliminação espontânea do cálculo); Litotripsia Extracorpórea; Ureterorrenolitotripsia semirrígida e Flexível; Nefrolitotripsia
Percutânea; ou as Cirurgias Convencionais
(atualmente mais raras). Em alguns casos o
paciente consegue eliminar a pedra pelo canal
da urina, mas o especialista alerta que, é uma
condição individual determinada por vários
fatores como limiar de tolerância a dor, condições funcionais como complacência maior
da musculatura ureteral e tamanho do cálculo.
“A chance de se formar um novo cálculo
em cinco anos é de cerca de 50%.Isso ocorre
na maioria das vezes, por retornar aos antigos
hábitos alimentares, principalmente, a não ingesta de líquidos em quantidade adequada”.
A dica que o urologista sugere serve tanto para os pacientes que fizeram a remoção
de cálculo, quanto para os querem diminuir a
chance do aparecimento. Ele indica a ingestão
de líquido em quantidade adequada, pelo menos 2 litros, sendo a metade em água. Devem
evitar ingestão excessiva de sal ou alimentos
muito salgados (Ex. embutidos), diminuir ingesta de proteínas e cafeína (café, chocolate e
refrigerantes colados).
APM - Regional Piracicaba - Julho 2014
Procedimentos Realizados
Cálculos Renais
• Tamanho inferiores a 7 mm: Seguimento clínico e em casos específicos Litotripsia Extra-Corpórea.
• Tamanho de 7mm a 2 cm: Litotripsia Extra-Corpórea ou Ureterorrenolitotripsia flexível à Laser
• Tamanho > 2 cm: Nefrolitotripsia
Percutânea, Cirurgia Aberta ou Vídeolaparoscópicas
Cálculos Ureterais:
• Menores que 5 mm: Tratamento
expulsivo, em casos específicos Litotripsia Extra-Corpórea e/ou Ureterorrenolitotripsia.
• Tamanho entre 5 a 10 mm: Litotripsia Extra-Corpórea e/ou Ureterorrenolitripsia.
• Acima de 1 cm Litotripsia ExtraCorpórea, Ureterorrenolitotripsia, Cirurgia laparoscópica
*Atenção: deve ser avaliada a situação de cada paciente por um especialista.
Foto Arquivo Pessoal
Popularmente conhecida como pedra no
rim, a formação de cálculo renal ocorre por
um conjunto de atributos, como o alto consumo de sódio, por exemplo. “Formações de
cálculos que não tem uma causa conhecida,
muitas vezes, relacionadas a alterações de
hábitos alimentares, o mais importante é a
reduzida ingesta de líquidos, que leva a um
estado de desidratação crônica e com isso
uma hiperconcentração urinária, ou uma dieta
muito rica em sal, proteínas e cafeína (café,
chocolate e refrigerantes colados). Há situações familiares, em que existe um distúrbio
endócrino-metabólico e outros provocados
por infecções urinárias de repetição. Pacientes portadores de colite ou diarreia crônica
absorvem muito um elemento chamado oxalato e com isso favorece uma maior excreção
urinária de oxalato e formação de cálculos. A
investigação metabólica urinária deve ser realizada nos pacientes com formação de cálculos de repetição e consiste na coleta da urina
de 24 horas onde são dosados as concentrações de cálcio, oxalato, ácido úrico, fosfato,
citrato, sódio e seus correspondentes no sangue”, afirma o urologista Dr. Nivaldo da Silva
Lavoura Júnior.
Um dos principais sintomas da presença
dos cálculos são as fortes dores na região
lombar, em alguns casos os pacientes têm dores tão fortes que mal conseguem andar. “A
dor irradia-se para a região de flancos e nos
homens podem acometer o testículo do mesmo lado da dor lombar e em mulheres pode
irradiar para a vagina. Outros sintomas como
polaciúria (vontade frequente de urinar e com
pouco volume de urina), urgência miccional e
dor uretral. Entretanto, há cálculos, em particular, que não causam dor, e sim infecção urinária de repetição, são chamados de cálculos
coraliformes, recebem esse nome por serem
parecidos com coral”, ressalta o urologista.
Para diagnosticar a presença do cálculo é
solicitado pelo urologista, alguns exames de
imagem, segundo o Dr. Nivaldo, inicia-se por
ultrassom das vias urinárias, juntamente com
RX simples do abdômen, a partir desses procedimentos é possível detectar o cálculo em
80% dos casos e ainda identificar a sua localização e tamanho. Outro exame solicitado
é a Urografia Excretora, exame radiológico,
realizado através da inserção de contraste na
veia, causando ardência e vômitos em casos
isolados, este é eliminado pelo rim, o exame
identifica a via excretora e acusa a presença
Colaborador
Dr. Nivaldo da Silva Lavoura Júnior
CRM 71233
Urologista
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