0 FACULDADE LA SALLE TANIA JANDREY HIV/AIDS E EDUCAÇÃO ESCOLAR: Um desafio a mais para professores de Educação Física Lucas do Rio Verde-MT 2015 1 TANIA JANDREY HIV/AIDS E EDUCAÇÃO ESCOLAR: Um desafio a mais para professores de Educação Física Projeto de Trabalho de Curso apresentado como exigência parcial para obtenção do título de Licenciatura em Educação Física à Faculdade La Salle, sob a orientação da Professora Me. Simone Gobi Marcolan. Lucas do Rio Verde-MT 2015 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 03 1.1 Problemática do Estudo................................................................................... 04 1.2 Objetivo Geral.................................................................................................. 04 1.2.1 Objetivos específicos.................................................................................... 04 1.3 Justificativa....................................................................................................... 04 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................................................... 05 2.1 Os desafios do Curso de Educação Física na formação dos professores....... 05 2.1.1 Procedimentos com estudantes soropositivos............................................... 06 2.1.1.1 Informações sobre HIV e Aids.................................................................... 08 3 METODOLOGIA................................................................................................. 10 3.1 Sujeito e/ou Objeto de Pesquisa...................................................................... 11 3.2 Instrumento de Coleta de Dados..................................................................... 11 3.3 Coleta de Dados.............................................................................................. 12 3.4 Tratamento dos Dados..................................................................................... 12 3.5 Análise dos Dados........................................................................................... 12 CRONOGRAMA...................................................................................................... 13 REFERÊNCIAS....................................................................................................... 14 ANEXO A – Roteiro da Entrevista com Professores ............................................. 15 3 1INTRODUÇÃO A Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é uma doença causada pelo HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), que compromete as células responsáveis pela imunidade das pessoas (linfócitos T) e, portanto, pode causar a morte por conta de doenças que para pessoas não portadoras não seria a causa. A Aids afeta crianças, jovens e adultos, independente da idade, do estado civil ou da opção sexual. Uma diferença em relação aos tempos passados é que hoje ela é encarada não mais como uma sentença de morte devido ao avanço da medicina, ao maior esclarecimento sobre suas formas de contágio e à expectativa de vida maior e com qualidade que as pessoas com a doença podem levar. Considerando a escola um local de socialização do saber e que recebe crianças e adolescentes de todas as classes, gêneros, etnias e com os mais variados laudos médicos ou portadoras de síndromes em que a Aids pode ser uma delas, é importante que nesse espaço os estudantes encontrem apoio, informações e a garantia de que podem frequentar a escola como qualquer outro não portador da doença, sem preconceito nem discriminação. Dessa forma, as escolas necessitam de profissionais preparados para enfrentar esse desafio coletivamente. E, referindose especificamente aos professores, estes precisam saber receber e trabalhar com crianças soropositivas em suas aulas, crianças essas que devem sem inseridas sem nenhuma distinção e realizar todas as tarefas e atividades conforme as demais, sem comprometer ou prejudicar o seu aprendizado e desenvolvimento na escola. Porém, quando se fala em preparação e formação de professores, vale ressaltar que, principalmente os professores recém-formados, encontram inúmeras dificuldades ao chegar à escola para começar sua profissão. Além da insegurança que é algo natural sempre que o ser humano se depara com o novo, os professores precisam saber lidar com todas as diferentes questões que envolvem uma escola e uma sala de aula. Estão trabalhando com seres humanos, com uma heterogeneidade de crianças e adolescentes que muitas vezes vão para a escola apenas em busca de alimentação ou de um apoio e atenção que não encontram na família. O professor tem grande responsabilidade sobre a educação dos seus alunos que vêem nele um grande exemplo e atribuem grande valor àquilo que ele ensina. 4 1.1Problemática do Estudo Diante da diversidade e dos desafios encontrados em uma sala de aula, os professores de Educação Física estão preparados para receber e trabalhar com estudantes portadores do HIV e AIDS? 1.2 Objetivo Geral Descobrir se os professores de Educação Física estão preparados para receber e trabalhar com estudantes portadores do HIV e AIDS. 1.2.1 Objetivos específicos Descobrir como os professores de Educação Física trabalham em suas aulas com alunos soropositivos. Descobrir se durante a sua graduação o professor recebeu alguma orientação ou cursou disciplina específica para poder trabalhar com esses estudantes. Verificar se em algum momento da profissão o professor busca se atualizar e se aperfeiçoar sobre o tema. 1.3 Justificativa A escolha pelo tema do estudo que será realizado deve-se ao fato de perceber a grande dificuldade e resistência que ainda existe na sociedade em geral, em entender e conviver sem preconceito nem discriminação com pessoas portadores do HIV e AIDS. Além disso, a escolha se fortalece na condição de ser futura professora de Educação Física e estar ciente de que poderei encontrar alunos soropositivos. Preocupa-me em saber como seria trabalhar com essas crianças, se teriam cuidados especiais, como seria o seu desenvolvimento motor, como procederem possíveis acidentes que possam vir a ocorrer em nossas aulas de Educação Física nas escolas. 5 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Os desafios dos Cursos de Educação Física na formação dos professores A formação inicial e os cursos de licenciatura têm sido objeto de muitos debates acadêmicos devido às críticas dirigidas à escola e ao professor. Isso acontece, principalmente, quando entra em análise assuntos que ainda nos dias de hoje são alvo de falta de conhecimento e preconceito tão grande em relação ao convívio com portadores do HIV/AIDS,por exemplo, de como nós professores ainda temos um árduo processo de ensino-aprendizagem nas escolas, junto à preparação desses alunos para a vida e para o trabalho. O professor não deveria ser um técnico que desenvolve ou implementa inovações prescritas, mas deveria converter-se em um profissional que deve participar ativa e criticamente no verdadeiro processo de inovação e mudança, a partir de e em seu próprio contexto, em um processo dinâmico e flexível (IMBERNÓN, 2000, p. 20). O processo de ensino-aprendizagem, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais da Educação Física (2007, p. 24) “devem considerar as características dos alunos em todas as suas dimensões. E a Educação Física escolar deve dar oportunidades a todos os alunos para que desenvolvam suas potencialidades, de forma democrática e não seletiva, visando seu aprimoramento como seres humanos”. Para Neira (2009, p. 189), A qualidade de ensino ministrado na escola e o seu sucesso na tarefa de formar cidadãos capazes de participar da vida em todas as suas dimensões relacionam-se estreitamente à formação docente (inicial e continuada), condições de trabalho (recursos didáticos, recursos físicos e materiais, dedicação integral à escola, remuneração, número de alunos por sala, etc), elementos indispensáveis à profissionalização do magistério. A formação dos professores é apontada como o principal elemento para uma educação de qualidade. A formação teórica inicial que os professores de Educação Física têm em sua graduação, muitas vezes deixa-os em situação desfavorável, insatisfatória, caracterizando-se até inadequada e insuficiente frente ao que se estabelece, à constante renovação do conhecimento e ao acelerado 6 desenvolvimento científico e tecnológico. Os cursos de formação inicial nem sempre conseguem dar condições suficientes e adequadas para o exercício profissional. Ou seja, ao final de seus cursos de licenciatura, muitos professores veem-se desprovidos de conhecimentos suficientes que lhes ajudem a dar conta da complexidade do trabalho pedagógico. De acordo com Darido (2011, p. 31), “os professores se ressentem de uma integração entre os conhecimentos produzidos pela teoria e os problemas enfrentados na prática pedagógica”. Darido (2011, p. 28) defende que “os conhecimentos científicos úteis para as tomadas de decisão devem ser derivados das subdisciplinas da área, como a aprendizagem e o desenvolvimento motor, a biomecânica, a fisiologia do exercício, a Sociologia da Educação Física e Esportes”. Por isso, ao iniciar o seu trabalho na escola e atuar em sala de aula, todo professor necessita organizar-se para dar conta de questões sociais e de um conjunto de atribuições do próprio espaço escolar. Estar adequadamente preparado para enfrentar essas situações e exigências não é nada fácil e, geralmente, sua formação inicial não o prepara para assumir tais desafios. A formação do profissional da Educação Física ainda se dá “de maneira acrítica, com ênfase à formação esportiva ligada ao rendimento máximo e seleção dos mais habilidosos, e que os profissionais são formados na perspectiva do saber fazer para ensinar” (DARIDO, 2011, p. 31). Para Imbernón (2000, p. 65) “a formação inicial necessita preparar o aluno para uma profissão que exige que se continue a estudar durante toda a vida profissional, até mesmo em âmbitos que, nesta etapa de sua formação, nem sequer suspeitam”. Nesse sentido, admite-se que o professor esteja sempre em processo de permanente formação, atualização, aperfeiçoamento e qualificação, embora muitos professores de Educação Física admitem que “apesar de reconhecer a importância ou a necessidade de acompanhar os estudos científicos, a maioria não os faz” (DARIDO, 2011, p. 44). 2.1.1Procedimentos com estudantes soropositivos De todos os direitos sociais afirmados às crianças e adolescentes, o direito à educação escolar é, sem dúvida, um dos mais importantes. Porém, além de ter o acesso garantido por lei à escola, é importante que também haja permanência na 7 mesma. Segundo o Estatuo da Criança e Adolescente (ECA) em seu Capítulo IV Do direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer: Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-lhes: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II- direito de ser respeitado por seus educadores; V - acesso a escola pública gratuita próxima de sua residência; Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: I- ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria; É direito das crianças e adolescentes frequentar a escola e ser respeitada por condição sendo ela qual for. Portadores do HIV/AIDS têm por direito o sigilo do seu estado de saúde podendo assim omitir o fato de que é portador do HIV/AIDS, e com isso tentar ter uma vida mais normal. E para que este direito seja garantido, temos o Art.325 do Código Penal: Capítulo I - Dos crimes praticados por funcionário público contra a administração em geral - Violação do sigilo funcional - art. 325:“é crime revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação”. Pena: detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa" O segredo do paciente sob o ponto de vista ético e sob o ponto de vista moral deve ser mantido, por que ele pertence ao paciente, a lei exige que o médico guarde segredo e que este segredo seja revelado apenas e tão somente em determinadas situações que são configuradas tanto no Código de Ética Médica quanto no Código Penal. Muitas vezes, até mesmo as crianças não sabem o que verdadeiramente está acontecendo com eles, os médios e os pais fazem isso para que estas crianças possam ter uma vida mais normal que o possível, por que qualquer tipo de depressão pode alterar o desenvolvimento ou agravamento da doença. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente Capítulo II - Do direito à liberdade, ao respeito e à dignidade: Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e criações, dos espaços e objetos pessoais. 8 Diante do fato de que entre seus alunos, a escola e os professores podem ter soropositivos, esse desafio tem que ser enfrentado com base na legislação, mas também com muita informação e conhecimento, com garantia à matrícula e ainda ao sigilo, caso o aluno e a família assim queiram. Em tempos de crianças com HIV e Aids nas escolas, sabe-se que muitas instituições e professores ainda não estão preparados. Em especial nas aulas de educação Física, o professor se depara com muitas situações aos quais deve saber lidar. Além de situações de troca de objetos, toalhinhas e materiais, beijos, abraços e afagos, há também que se pensar que existem ferimentos originados por tombos ou até mesmo mordidas e arranhões. O professor deve saber que além de ter cuidado especial com essas situações, além de garantir o sigilo deve saber lidar também com a questão de que o portador precisa tomar medicamentos às vezes em horário de aula, precisa se ausentar para tratamentos médicos e ainda assim, lhe seja assegurado o não comprometimento do seu rendimento escolar. 2.1.1.1Informações sobre HIV e Aids HIV é o nome do Vírus da Imunodeficiência Humana. O HIV, ao entrar no corpo do indivíduo, ataca-o enfraquecendo o seu sistema de defesa, facilitando a instalação de enfermidades. O indivíduo, aparentemente saudável, pode ter o vírus no seu organismo e ser um portador do HIV. AIDS significa: Síndrome de Imunodeficiência Adquirida. Só os indivíduos infectados pelo vírus HIV podem ter AIDS. É uma doença onde o sistema imunitário sofre enfraquecimentos do sistema de defesa, tornando-o vulnerável a enfermidades. A maioria das crianças adquire o HIV de suas mães durante a gestação, o parto, ou a amamentação. Essa forma de contágio é denominada de transmissão materno-infantil. Como o vírus HIV, está presente no sangue, sêmen, secreção vaginal e leite materno, a doença pode ser transmitida de várias formas: Sexo sem camisinha - pode ser vaginal, anal ou oral. De mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação também chamado de transmissão vertical. Uso da mesma seringa ou agulha contaminada por mais de uma pessoa. Transfusão de sangue contaminado com o HIV. 9 Instrumentos que furam ou cortam, não esterilizados. Os primeiros sintomas da AIDS, que caracterizam a fase aguda da doença e podem aparecer nos primeiros 21 dias após a contaminação com o vírus HIV, podem ser: Febre alta; Mal estar; Dor de garganta; Tosse seca. Estes sintomas duram, em média, 14 dias e podem ser confundidos com outras doenças, como a gripe, por exemplo. Nesta fase, mesmo que se faça o teste do HIV, o resultado será falso-negativo. Ou seja, o indivíduo está contaminado com o HIV, já pode infectar outros, mas a doença ainda não consegue ser detectada pelo exame. Os principais sintomas da AIDS aparecem, em média, após 10 anos da contaminação com o vírus. São eles: Febre persistente; Tosse seca prolongada; Suor noturno; Inchaço dos gânglios linfáticos por mais de 3 meses; Dor de cabeça; Dor nos músculos e nas articulações; Cansaço ou perda de energia; Rápido emagrecimento, como perder 10% do peso corporal em um mês, sem dieta; Candidíase oral ou genital persistente; Diarreia por mais de 1 mês; Manchas avermelhadas ou pequenas erupções na pele. Estes sintomas surgem quando o organismo apresenta poucas células de defesa e elevada carga viral. Nestes, a contagem do Linfócito T CD4 deve ser de aproximadamente 200, quando, num indivíduo adulto saudável, esse número deveria estar entre 800 a 1200 por mm³ de sangue. Durante esta fase surgem 10 doenças oportunistas, como a hepatite viral, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose ou outras. E são estas que levam o individuo a morte e não o HIV por si só. No Brasil, estima-se que existam 530 mil pessoas vivendo com o HIV. De 1980 (o início da epidemia) até junho de 2009, foram registrados 217.091 óbitos em decorrência da doença. Cerca de 30 mil a 35 mil novos casos da doença são registrados todos os anos no país. A região Sudeste tem o maior percentual (59%) do total de notificações por ser a mais populosa do país, com 323.069 registros da doença. O Sul concentra 19% dos casos; o Nordeste, 12%; o Centro-Oeste, 6%; e a região Norte, 3,9%. Dos 5.564 municípios brasileiros, 87,5% (4.867) registram pelo menos um caso da doença. Mato Grosso é o 6º estado brasileiro com a maior número de pessoas com Aids. Segundo dados do Ministério da Saúde, são 21,5 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, e 7,7 são crianças menores de cinco anos de idade. Em 2011, pelo menos 168 pessoas no Estado morreram em decorrência da Aids. Levantamento do Ministério da Saúde revelam que o ano passado foram notificados 660 novos casos da doença. Este ano (2015), até o mês de junho já foram 284 notificações. Cuiabá ocupa a 10º posição entre as capitais brasileiras, com média de 34,3 casos para cada 100 mil pessoas. Entre as cidades de Mato Grosso que tiveram o maior número de notificações da doença o ano passado, além de Cuiabá, estão Primavera do Leste, com 47,2 notificações para cada 100 mil habitantes; Rondonópolis, que teve 37,7 casos; Cáceres com 28,3; e Várzea Grande: 25,4 casos. 3 METODOLOGIA Diante do tema apresentado para a pesquisa, a mesma caracteriza-se como pesquisa qualitativa, uma vez que não emprega um “instrumental estatístico como base do processo de análise de um problema, não pretende enumerar nem medir unidades ou categorias homogêneas, (...) sendo uma forma adequada para entender a natureza de um fenômeno social” (RICHARDSON, 2012, p. 79). O método de abordagem é o dedutivo e a classificação da pesquisa com base nos objetivos é exploratória, pois ainda “não se tem informação sobre determinado 11 tema e se deseja conhecer o fenômeno” (RICHARDSON, 2012, p. 66). Com base nos procedimentos técnicos, classifica-se como pesquisa de campo. 3.1 Sujeito e/ou Objeto de Pesquisa Segundo Richardson (2012, p. 157), “é impossível obter informações de todos os indivíduos ou elementos que formam parte do grupo que se deseja estudar; seja porque o número de elementos é demasiadamente grande, os custos são elevados ou ainda, o tempo pode atuar como agente de distorção”. Dessa forma, é mais adequado trabalhar com apenas uma parte dos elementos que compõe um grupo. Diante disso, os sujeitos escolhidos para a realização da pesquisa são três professores de Educação Física que atuam no Ensino Fundamental I, sendo um da rede privada, um da rede pública municipal e um terceiro da rede pública estadual do município de Lucas do Rio Verde – MT. A escolha dos três professores e escolas aconteceu aleatoriamente, sem critérios definidos pela pesquisadora. 3.2 Instrumento de Coleta de Dados O instrumento para coleta de dados será entrevista seguindo um roteiro básico constituído por questões elaboradas pela pesquisadora destinada a cada um dos professores, conforme anexo A. Para Richardson (2012, p. 207), “a entrevista é uma técnica importante que permite o desenvolvimento de uma estreita relação entre as pessoas”. Além disso, justifica-se a escolha desse instrumento, pois através dele o pesquisador consegue esclarecer melhor as respostas superficiais ou com pouca clareza do entrevistado, caso seja necessário, uma vez que as questões são flexíveis, possíveis de serem modificadas ou reelaboradas dependendo da interpretação ou compreensão do entrevistado. 12 3.3 Coleta de Dados Os dados serão coletados mediante a entrevista com os professores feita pela pesquisadora a partir do mês de julho/2015 até o mês de agosto/2015, conforme cronograma. Vale ressaltar que os professores serão entrevistados mediante apresentação dos objetivos da pesquisa com posterior autorização para gravação em áudio e assinatura dos mesmos de um termo de aceite. Aos professores também será assegurado o anonimato e o sigilo das respostas. 3.4 Tratamento dos Dados Após a entrevista, os dados serão transcritos na íntegra, de modo a preservar a veracidade das informações. Em seguida, serão agrupados por semelhanças de respostas definindo categorias para análise e discussão. 3.5 Análise dos Dados A análise dos resultados com os dados previamente agrupados por semelhança, será feita juntamente à literatura pertinente e aos conhecimentos da pesquisadora mediante construção de categorias de análise, uma “classificação dos elementos da pesquisa que facilita a análise da informação” (RICHARDSON, 2012, p. 239). 13 CRONOGRAMA Descrição Fev Mar Escolha do X do X Abr Mai Jun Jul Ago Set X X X X X X X Out Nov X X X X X Dez tema Definição X problema Introdução X Fundamentação teórica/Revisão da literatura Metodologia Entrega X do X Qualificação do X projeto projeto Coleta de dados Tratamento dos X dados Análise dos dados Redação final X X do TC/TCC Entrega do X do X TC/TCC Defesa TC/TCC Entrega da versão final OBS: o cronograma é do TC/TCC e não somente do projeto. X 14 REFERÊNCIAS Aids no Brasil. Disponível em: <www.aids.gov.br/pagina/aids-no-brasil>.Acesso em: Mai/2015. BRASIL. Código Penal. Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940. _______. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Ensino Médio e Tecnológico. Parâmetros Curriculares Nacionais da Educação Física. Brasília, 2007. ________. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei Federal nº 8069, de 13 de julho de 1990. Índice elaborado por Edson Seda. Curitiba: Governo do Estado do Paraná, 1994. Crianças HIV Positivas. Disponível em: <http://drtavares.com/orientacoes/criancashiv.php> Acesso em: Abr/2015. DARIDO, Suraya Cristina. Educação Física na escola: questões e reflexões. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. IMBERNÓN, F. Formação docente e profissional: formar-se para a mudança e a incerteza. São Paulo: Cortez, 2000. NASCIMENTO,G. Aids em Mato Grosso cresce 77% e atinge crianças e gestantes. Disponível em: <http://www.24horasnews.com.br/noticias/ver/aids-emmato-grosso-cresce-77-e-atinge-criancas-e-gestantes.html>. Acesso em: Abr/2015. NEIRA, Marcos Garcia. Educação Física: desenvolvendo competências. São Paulo: Phorte, 2009. 3ª Ed. SEDICIAS, S. Aids e HIV. Disponível em: <http://www.tuasaude.com/aids-hiv/>. Acesso em: Abr/2015. RICHARDSON, R. J. Pesquisa Social: métodos e técnicas. 3. Ed. São Paulo: Atlas, 2012. 15 ANEXO A –Roteiro da entrevista com os professores Público alvo: Professores da disciplina de Educação Física. Registro: Gravação em áudio. Objetivo da entrevista: Descobrir se os professores de Educação Física estão preparados para receber e trabalhar com estudantes portadores do HIV e AIDS. Termo de Consentimento: Deseja participar da pesquisa, de forma livre e esclarecida, respondendo as questões que serão gravadas? Informações: Nome (se quiser): Sexo: Formação (falar sobre a licenciatura, forma e local de realização, duração do Curso, ano da obtenção do título): Número de turmas em que atua: 1) Professor, você tem conhecimento de ter em suas aulas alunos soropositivos? 2) Em sua formação inicial você teve alguma disciplina que te preparou para enfrentar esta questão? 3) Como você professor se mantém informado e atualizado com estas questões tão atuais? 4) Você está preparado para receber alunos com HIV ou Aids? Se não está, quais as suas dificuldades? 5) A escola onde você trabalha já foi notificada de algum caso de aluno soropositivo? 6) Professor você saberia atender uma criança soro positivo com um ferimento com sangramento? 7) Sabendo que não é obrigado a família revelar a escola que a criança é portadora do HIV. Você professor, o que pensa sobre isso? 8) Portadores do HIV ou Aids tem direitos estabelecidos por lei, você tem conhecimento sobre isso?