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A ARQUEOLOGIA DE ALTA MONTANHA NA
ARGENTINA, PELA DRA. CONSTANZA CERUTI
Data: 6 de Outubro de 2016
A Dra. María Constanza Ceruti inaugura o ciclo "quarta-feira de letras" do curso 2016/2017 na faculdade de
filosofia e letras da Universidade de Cádiz, com a conferência: "A arqueologia de alta montanha na Argentina"
"A montanha desempenha um papel fundamental em uma área, os Andes, onde nascem os vulcões mais altos
do mundo. O degelo da parte superior permitindo a passagem da água até o solo, tem permitido que os povos
indígenas se utilizem deste recurso hídrico essencial para a vida". Foi assim que a Dra. María Constanza Ceruti
inaugurou o "Ciclo quarta-feira de letras do curso 2016 / 2017", no Salón de Grados da faculdade de filosofia e
letras. A Professora da cadeira de história e arqueologia Inca da Universidade Católica de Salta e diretora do
Instituto de investigação de alta montanha ministrou, magistralmente, a palestra: "A arqueologia de alta
montanha na Argentina", convidando ao público a adentrar a cosmovisão Inca, através de rituais tão
extraordinários como desconhecidos no nosso acervo cultural.
Desde as suas origens, a montanha é considerada pela cultura andina como a materialização dos deuses.
Uma entidade terrena, insiste a Dra. Ceruti, com espírito e alma, ao qual são rendidas oferendas que sejam
supridas as necessidades dos habitantes. A civilização Inca levou este conceito ao seu máximo esplendor,
quebrando a barreira psicológica do medo, escalando acima dos 6.000 metros e instalando verdadeiros
santuários nas alturas.
Neste sentido, o papel da Dra. Ceruti é essencial, como um especialista neste tipo de fenômenos e sendo a
única mulher, atualmente, no mundo ao que se dedica. No exercício das suas funções, enfrenta temperaturas
extremas, ventos fortíssimos, penhascos, tempestades e fortes nevascas, tendo chegado ao ponto de ter as
extremidades dos dedos congeladas. Tudo isso para poder estudar, interpretar e documentar a operação de
civilizações já passadas que deixaram a sua marca a mais de cinco mil metros de altura. Corpos mumificados
como o do menino "Niño del Cerro El Plomo" e o do seu homônimo no Aconcágua, são alguns dos
exemplos tratados na conferência; bem como, objetos de cerâmica e estatuas de diferentes rituais ancestrais.
Estas questões serão aprofundadas no Seminário "Montanhas Sagradas do mundo: uma visão antropológica",
pela arqueóloga argentina, no dia de 6 de outubro, 10:00 a 14:00 na faculdade de Filosofia e Letras de Cádiz.
Foi um prazer ter recebido uma das maiores especialistas em santuários e paisagens sagrados nas alturas, que
arrisca a própria vida desempenhando a profissão que adora: a Arqueologia de Alta Montanha.
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