Probabilidade Bruno Jürgensen Marina Massocco Sérgio Daltoso Jr Instrumentação para o Ensino Prof Dr Tomaz Catunda Novembro de 2011 Introdução ● ● ● ● As propostas curriculares: necessidade de aprendizagem significativa Ensino da Matemática: não só o domínio dos números, mas também a organização de dados, leitura de gráficos e análises estatísticas Prática pedagógica: experimentação concreta, coleta e organização de dados Probabilidade e estatística: só complementarão a formação dos alunos se forem significativas ○ situações familiares aos alunos: contextualizadas, investigadas e analisadas Ensino de Probabilidade ● ● ● PCN’s: Probabilidade como desenvolvimento de pensamento e raciocínio para posicionamento crítico, fazer previsões e tomar decisões. Necessidade de compreender informações veiculadas, fazer previsões que influenciam suas vidas pessoais e em comunidade. ○ "A Probabilidade acena com resultados possíveis, mas não exatos". Proposta de SP: Cálculo de probabilidades como tratamento da informação. Ensino de Probabilidade ● ● ● Público-Alvo: 2ª série do Ensino Médio Pré-requisitos: ○ Dados e suas representações ○ Análise de dados e contagem Tempo de duração: 5 horas/aulas Ensino de Probabilidade Proposta Curricular do Estado de São Paulo Objetivos ● ● ● ● ● ● Compreender as noções de acontecimento certo, provável e impossível Compreender a noção de probabilidade de um acontecimento através da realização de experiências repetidas. Compreender a probabilidade através da noção de percentagem Avaliar a “honestidade” de jogos. Mobilizar o raciocínio proporcional para calcular a probabilidade de acontecimentos simples equiprováveis. Tomar decisões a partir da análise de dados Conteúdos ● ● ● ● Raciocínio combinatório Probabilidade simples Probabilidade da reunião/interseção de eventos Probabilidade condicional Metodologia ● ● ● Principalmente heurística ○ "achar/inventar", descobrir, atividades suscetíveis de serem investigadas formalmente Matematização e aplicação em situações do cotidiano Proposição de problemas concretos e realização de experimentos reais ou simulados Jornal ● ● ● Fácil elaboração Temas interessantes e atuais Motivação para o estudo ○ Problematização ○ Contextualização ○ Interdisciplinaridade ○ Incentivar discussão ○ Pensamento crítico Jogos ● ● ● ● PCN: resolução de problemas como peça central para o ensino de Matemática Pensar e fazer como processos ativos no enfrentamento de desafios Jogos como participantes ativos do processo de construção do conhecimento Ponto de partida e meio para se ensinar probabilidade Jornal ● ● ● ● ● ● Estudo revela que maioria dos brasileiros ignoram proteção solar Segundo o texto, qual a porcentagem da população que utiliza proteção solar? Entre a turma, qual a porcentagem dos alunos que utilizam protetor solar? Pode-se garantir, com certeza, que num grupo de 10 pessoas, 7 não utilizam protetor solar? Por quê? Qual a probabilidade de, num grupo de 20 pessoas, sortear uma ao acaso e esta usar protetor solar? Podemos ligar a incidência de câncer de pele ao sexo? E à etnia? Justifique sua resposta. Qual a importância de se utilizar protetor solar? Jogo dos Dados ● ● ● Objetivo: trabalhar conceitos e situações envolvendo diversos tipos de probabilidade Materiais: um par de dados para cada grupo de alunos, materiais para anotações Organização: em grupos de 4 alunos, dupla contra dupla Jogo dos Dados ● Regras: ○ A dupla que inicia a primeira rodada deve lançar os dois dados pelo menos uma vez, podendo realizar até dois lançamentos, de acordo com o que julgar necessário a partir da tabela de pontos*: (4;1) ou (1;4) - 1 ponto (4;4) - 4 pontos (4;2) ou (2;4) - 2 pontos (4;5) ou (5;4) - 5 pontos (4;3) ou (3;4) - 3 pontos (4;6) ou (6;4) - 6 pontos * Resultados diferentes não são pontuados Jogo dos Dados ● Regras: ○ ○ ○ Se no primeiro lançamento dos dois dados a dupla não marcar 4 em nenhum dos dados, pode efetuar um segundo lançamento com ambos os dados. Se a dupla conseguir pelo menos uma face 4 em um dos dados após o primeiro lançamento, pode lançar o outro dado para alterar sua pontuação. Os pontos devem ser marcados numa tabela como a seguinte: Dupla R1 R2 R3 R4 R5 Total 1 2 Vence o jogo quem obtiver maior pontuação em 5 rodadas. Jogo dos Dados ● Análise do jogo ○ O 2º lançamento: tomada de decisões; professor como incentivo ao diálogo; problematização: ■ No primeiro lançamento, (4;1) ou (1;4). Quantos pontos? Deve jogar o outro dado ou não? ■ E para (4;6) ou (6;4)? E no caso de (3;4) ou (4;3)? ○ Ordem de jogada: altera a pontuação? ○ Discussão: opinião x matemática; atitudes justas em jogos Jogo dos Dados ● O Background Matemático ○ Inserir conceitos a partir de situações do jogo: Considerando apenas o 1º lançamento dos dados, há mais chance de marcar 1 ou 6 pontos? ○ Alunos: apresentar soluções com sua própria linguagem ○ Professor: explorar o fato de que não podemos prever o resultado (experimento aleatório), mas podemos descrever os 36 resultados possíveis (espaço amostral). Marcamos 1 ponto com (4;1) ou (1;4) (evento) e 6 ptos com (4;6) ou (6;1) (evento). Logo, há a mesma chance de marcar 1 ou 6 no 1º lançamento dos 2 dados. Jogo dos Dados ● Outras situações: ○ Qual a chance de marcar 4 ou 5 pontos no 1º lançamento? ○ Marcando 3 pontos no 1º lançamento, deve-se efetuar o segundo lançamento? Quais as chances de aumentar e de diminuir a pontuação? (definição de Laplace) ○ Qual a probabilidade de marcar 1 ponto em uma rodada? (soma e produto de probabilidades) ○ Considerando o 1º lançamento, qual a probabilidade de marcarmos 3 pontos se obtivermos em pelo menos um dos 2 dados a face 4? (probabilidade condicional) Sistematização ● ● ● ● ● Experimento Aleatório: experimento em que o resultado é imprevisível Espaço Amostral: conjunto de resultados possíveis Evento: subconjunto do espaço amostral Probabilidade: chance de um evento acontecer; razão entre o número de eventos favoráveis (alvo da análise) pelo número de eventos totais (possíveis de acontecer) Ficha (anverso) Ficha (verso) Considerações Finais ● ● ● Participação ativa dos alunos na construção do conhecimento ○ desenvolvimento do raciocínio dedutivo do aluno Situações-problema significativas para o aluno Aulas baseadas em questionamentos Mudar a forma de se ensinar matemática é tarefa árdua e lenta; sobretudo em relação ao estudo de probabilidades; mas só depende de nós, professores. Referências ● ● ● ● ● ● ● BRASIL. MEC. Secretaria da Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília: MEC/Secretaria da Educação Média e Tecnológica, 1999. BRASIL. MEC. Secretaria do Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática Terceiro e Quarto Ciclos do Ensino Fundamental. Brasília: MEC/Secretaria do Ensino Fundamental, 1997. LOPES, C.A.E. A probabilidade e a estatística no ensino fundamental: uma análise curricular. Campinas, Unicamp, 1998. Dissertação (Mestrado em Educação). Faculdade de Educação, Unicamp, 1998. ______, C A E. A probabilidade e a Estatística no currículo de matemática do ensino fundamental brasileiro. Conferência Internacional "Experiências e Expectativas do Ensino de Estatística: Desafios para o Século XXI. Florianópolis, SC, 1999. Disponível em <www.inf.ufsc. br/cee/pasta5/art1p5.html>. Acessado em 15/06/2010. LOPES, José M. O ensino de probabilidade através de um jogo de dados e da metodologia de resolução de problemas. Apostila de minicurso. IX ENEM, Belo Horizonte, MG, 2007. Disponível em <http://www.mat.feis.unesp.br/docentes2008/jose_marcos/Minicurso.pdf>. Acessado em 15/06/2010. 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