As células T

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IMUNOGENÉTICA
Prof. Dr. Rafael Guimarães
Departamento de Genética - UFPE
[email protected]
Sistema de Defesa dos Animais
•  Os Animais se defendem
dos patógenos através do
sistema inespecífico
(inato) e específico
•  Defesa Inata: pele, uma
barreira muito eficiente
contra patógenos
•  Defesa Específica:
proteínas (anticorpos)
capazes de reconhecer,
ligar-se e destruir o
patógeno
Inespecífico
(Inato)
Sistema
de
Defesa
Específico
(Adaptativo)
Defesa Inata e Defesa Adaptativa - não ocorrem
independentemente - um sistema de
comunicação entre as células envolvidas nas
duas respostas que torna a RESPOSTA
EFICIENTE
Nos linfonodos, os fluidos
são filtrados e as cél.
Brancas maturadas
Ductos linfáticos conduz a
linfa
As cél. T maturam-se no
Timo
Linfócitos acumulam-se e
maturam-se no baço
Cél. B maturam-se na
Medula óssea
•  Muitas das
nossas defesas
são
implementadas
por células e
proteínas
transportadas
na corrente
sanguínea e no
sistema
linfático.
Resposta Imune Inespecífica (Inata)
•  DEFESA INATA: PELE
contra patógenos!!!!!
uma barreira muito eficiente
Alguns componentes do sistema imune são dirigidos contra
agentes infecciosos, como INFLAMAÇÃO DE TECIDOS
INFECTADOS e recrutamento de um tipo especial de célula
sanguínea chamada FAGÓCITO
FAGOCITOSE
FAGÓCITOS - células grandes que são responsáveis por
capturar, ingerir e destruir agentes invasores como vírus,
bactérias e fungos
Pseudópodes
Bactéria
Fagossomo
Lisossomos
Digestão
Clasmocitose
• 
As células brancas do sangue, incluindo os linfócitos (células B e T) e
fagócitos (tais como neutrófilos e macrófagos), desempenham muitos
papéis de defesa
As cél. B diferenciam-se para formar os
plasmócitos que secretam anticorpos; e cél.
de memória promovem imunidade a futuras
Infecções por patógenos familiares.
Cél. B perfazem 10-20% dos linfócitos.
Linfócitos perfazem 15-50% das cél. brancas.
As cél. T auxiliares (também chamadas de
Th ou CD4+) atuam nos sistemas imunes
humoral e celular pela secreção de citocinas.
Cél T citotóxicas (também chamadas de Tc
Ou CD8+) reconhecem e matam cél.
Infectadas por vírus e outras cél próprias
alteradas.
Cél. T perfazem 68-75% dos linfócitos
Cél. Natural killers atacam e lisam as cél.
Infectadas por vírus e cancerosas do corpo.
Cél. Natural killers perfazem 5-10% dos
linfócitos no sangue.
RESPOSTA INFLAMATÓRIA
1. Dano recruta
mastócitos que
liberam
histamina
2. Histamina
entra nos
capilares
3. Histamina dilata os
capilares e recrutam as
proteínas do
complemento que
atraem os fagócitos
4. Fagócitos
movem-se até
tecido infectado por
capilaridade
5. Fagócitos
engolfam
bactérias e
células mortas
6. Histamina e o
complemento param a
sinalização; fagócitos não
são mais atraídos e o capilar
retorna a forma normal
Como ocorre o processo de
produção/indução de uma
proteína ?
... Mecanismos Genéticos ? ...
Célula sinalizando
uma via envolvida
na estimulação do
receptor toll,
estimulando uma
resposta de defesa.
A Resposta Imune
Quatro peculiaridades
Adaptativa
caracterizam a resposta imune:
1.  Especificidade,
2.  Habilidade em responder a uma grande
variedade de antígenos,
3.  Habilidade de distinguir próprio de nãopróprio, e
4.  Memória.
•  A resposta imune é direcionada contra
antígenos que escapam das defesas
inespecíficas.
•  C a d a a n t i c o r p o o u c é l u l a s T é
direcionado contra um determinante
antigênico.
Linfócitos B e T
2. Células B amadurecem no
baço e linfonodos e entram
na circulação
3. Células B quando
encontram o antígeno,
amadurecem em
Os linfócitos B são células que se diferenciam na medula óssea de mamíferos,
plasmócitos quee
anticorpos
participam da neutralização de venenos de animais peçonhentos e toxinassecretam
bacterianas,
(imunidade humoral )
1. Linfócitos B e T
originam-se de células
tronco na medula óssea
facilitação da fagocitose, na lise de certos microorganismos e produção de fatores que
degranulam mastócitos, liberação de histamina para o local da reação.
Os linfócitos T são células que sofrem eventos importantes de diferenciação no timo,
4. Células
T amadurecem a microorganismos, 5.rejeição
Elas atacam
se
participando da resposta imune
de hospedeiros
de
no timo e entram na
l i g a n d o ànas
s células
enxertos, hipersensibilidade do tipo
tardia, regulação do sistema imune, intervindo
circulação
hospedeiras e lisando-as
atividades dos linfócitos B, macrófagos e próprios linfócitos T.
(imunidade celular)
DOIS TIPOS DE RESPOSTA IMUNE ADAPTATIVA
Resposta Imune
Humoral
Resposta Imune
Celular
v
Anticorpos secretados pelas
células B (plasmócitos)
combatem os antígenos nos
fluídos corporais
Células T atacam células
corporais alteradas por
infecções virais ou
mutações, ou combatem
antígenos que invadem as
células
Seleção Clonal
Seleções clonais apresentam
rapidez, especificidade e
diversidade tanto para a
resposta imune, quanto para
a memória imunológica e
tolerância.
Seleção Clonal
•  A memória imunológica desempenha um
papel tanto na imunidade natural, quanto
na artificial, baseada na vacinação.
Resposta Imune
Humoral
•  Células B ativadas
sintetizam e secretam
ANTICORPOS específicos para os antígenos.
•  ANTICORPO = IMUNOGLOBULINA
é um tetrâmero:
duas cadeias leves e duas cadeias pesadas, cada uma
consistindo em uma região conservada e outra
variável.
Sítios de ligação ao
antígeno
Região variável
da cadeia pesada
CADEIA LEVE
Região variável
da cadeia leve
CADEIA PESADA
Região constante da
cadeia leve
Ligação disulfito
Região constante da
cadeia pesada
•  As regiões variáveis determinam a ESPECIFICIDADE de cada
anticorpo por um determinante antigênico
•  As regiões constantes determinam o DESTINO E FUNÇÃO DO
ANTICORPO
Diversidade de anticorpos
• 
Estrutura do anticorpo (imunoglobulina)
Ligação de um anticorpo a dois antígenos (epitopos) idênticos. A flexibilidade da
dobradiça é essencial ao processo
Determinantes na superfície
celular distantes entre si
Determinantes na superfície
celular próximos entre si
Dobradiça
Formação do Complexo Antígeno-Anticorpo
Anticorpo liga-se ao antígeno com uma especificidade excepcional
chamada CHAVE-FECHADURA, facilitando a remoção do invasor do
sistema circulatório
1. Ingestão e
degradação por
macrófagos
2. Atividade proteolítica das
proteínas do complemento
5 Classes de Imunoglobulinas
Ø  IgG - mais abundante e desempenham muitas funções de defesa.
Ø  IgM, primeira a ser formada, é um receptor de membranas células B
- receptores de antígenos de superfície - ativam o complemento
Ø IgD junto com IgM estimulam as células B a produzir ainda outras
classes de anticorpos.
Ø IgE encontradas
nos mastócitos e participam na inflamação e
reações alérgicas - ativam a secreção de histaminas e outras aminas
durante a resposta inflamatória inespecífica a uma infecção
Ø IgA está presente em várias secreções corporais (leite, saliva e
lágrimas)
Loci dos anticorpos, receptores de células T
e MHC"
•  Linha germinativa
•  Somática
• 
• 
De acordo com a teoria da linha germinativa, cada anticorpo é codificado por um
gene herdado, não sendo modificado durante o desenvolvimento somático e por
isso, precisa haver um grande número de genes codificadores de anticorpos."
De acordo com a teoria somática existe apenas um pequeno número de genes
codificadores de anticorpos, mas apresentando bastante diversidade nas células
somáticas devido a mutações e/ou recombinações."
Teoria Somática
Número limitado de genes
Diferentes arranjos
Milhares de Anticorpos
DIVERSIDADE DE ANTICORPOS
ü A diversidade de anticorpos é produzida por recombinação
somática
ü Os genes de anticorpos são compostos por segmentos, que
diferem ligeiramente uns dos outros.
ü O arranjo de cada segmento em particular é aleatório,
existindo várias combinações possíveis de segmentos,
formando um número ilimitado de segmentos e irão codificar
uma enorme diversidade de anticorpos.
•  Atualmente, é conhecido o número de
segmentos de genes codificadores de
anticorpos em humanos. Sabe-se
detalhadamente como estes segmentos
são somaticamente modificados por
recombinação e mutação e qual é a
contribuição desses genes e processos
somáticos para a especificidade e afinidade
das respostas dos anticorpos."
•  Sabe-se também que certas estratégias
utilizam tanto os genes codificadores de
anticorpos, quanto os que codificam os
receptores de células T (recombinação
gênica), outras utilizam os genes
codificadores de anticorpos mas não os de
receptores de células T (hipermodulação
gênica) e que a estratégia fundamentada
na habilidade das proteínas do MHC de
interagirem com diferentes antígenos é
o polimorfismo gênico. Desse modo, a
genética do sistema imune tem sido
revelada nesses últimos anos. "
"
Base Genética da Diversidade dos
Anticorpos
•  Os supergenes da cadeia pesada das Imunoglobulinas são
construídos a partir de cada um dos inúmeros segmentos V, D,J e
C. Os segmentos V,D e J combinam-se por rearranjos do DNA, e a
transcrição produz uma molécula de RNA que é processada para
formar um mRNA traduzível. Outra família de genes dão origem às
cadeias leves.
Como resultado desses rearranjos do DNA, existem
milhões de possíveis anticorpos. Rearranjos imprecisos
de DNA, mutações e adições aleatórias de bases no fim
do DNA contribuem para uma maior diversidade.
30 a 35 segmentos
gênicos V
5 segmentos
gênicos J
1 segmento
gênico C
4. V2 se liga a J3 por recombinação
somática, produzindo o DNA
encontrado na célula B madura
Cadeia Leve
5. Pré-RNA V-J-C é processado e o
mRNA final contém apenas aqueles
segmentos V-D-J selecionados
6. RNA é traduzido em uma cadeia
leve funcional
1. Múltiplos segmentos V, D, J e C
Cadeia Pesada
2. Recombinação somatica entre
o s s e g m e n t o s V- D - J - C e
produzem o DNA encontrado na
célula B
3. Pré-RNA V-J-C é processado e o
RNA final contém apenas aqueles
segmentos V-D-J-C selecionados
4. RNA é traduzido em uma cadeia pesada
funcional
Diversidade de anticorpos
• 
Os genes para as imunoglobulinas e a geração da diversidade de anticorpos continuação
deleção
inversão
•  Mudança de
classe após
produção inicial
de imunoglobulina
resulta em
anticorpos com a
mesma
especificidade ao
antígeno, mas
com uma função
diferente. Isso é
realizado por
cortes e rearranjos
dos genes que
codificam a região
constante.
Cadeia leve κ
Cadeia pesada µ
Quadro final de geração da
diversidade de anticorpos
Recombinação somática
(rearranjo do DNA); ligação D-J
• 
Diversidade de anticorpos
Linhagem
germinativa
DNA
recombinado
Transcrito
primário de
RNA
mRNA
Polipeptídeo
nascente
Polipeptídeo
maduro
Molécula de
Ig montada
Recombinação somática
(rearranjo do DNA); ligação VJ
Recombinação somática
(rearranjo do DNA); ligação V-DJ
transcrição
transcrição
Processamento
de RNA (splicing)
Processamento
de RNA (splicing)
tradução
tradução
processamento,
glicosilação da
proteína
processamento,
glicosilação da
proteína
Quadro final de geração da diversidade do TcR
• 
Diversidade de receptores de linfócitos T
Linhagem
germinativa
DNA
recombinado
ou
rearranjado
Transcrito
primário de
RNA
mRNA
Polipeptídeo
nascente
Polipeptídeo
maduro
Molécula de
TcR montada
ü Sistema imune é capaz de produzir anticorpos contra
praticamente qualquer antígeno
ü  1015 moléculas diferentes de anticorpos que estão
codificadas no genoma humano, entretanto, existem 3 x
109 bases no genoma humano.
A Resposta Imune Celular
•  Receptor de célula T
•  A resposta imune celular é
direcionada contra células
alteradas ou infectadas.
•  As células TC atacam células
infectadas por vírus ou tumorais,
promovendo a lise dessas
células.
•  As células TH ativam as células B
e influenciam no desenvolvimento
de outras células T e macrófagos.
Os receptores de células T, na
resposta imune celular, são
análogos das imunoglobulinas na
resposta imune humoral.
A localização cromossômica dos genes dos
anticorpos, de receptores de células T e do
MHC em humanos"
O locus MHC
• 
O locus humano MHC mede aproximadamente 4 Mb no braço curto do
cromossomo 6 (6p21). Este locus compreende três regiões: um grupo com
aproximadamente 20 genes classe I (telomérico), um grupo com
aproximadamente 15 genes classe II (centromérico), e um grupo
heterogêneo com aproximadamente 30 genes classe III localizados entre
os cluster classes I e II."
• 
MHC desempenha um papel essencial na resposta imune: permite
os Linfócitos T reconhecerem o antígeno. "
• 
MHC trabalha junto com TCR e influencia o repertório dos
antígenos T capazes de reconhecer o antígeno. "
• 
Essa é a razão porque o complexo MHC desempenha um papel
fundamental na susceptibilidade a muitas doenças complexas e
autoimunidade.
Estrutura MHC I
• 
• 
• 
• 
• 
• 
Expressa na superfície celular"
Reconhecida por TCR de
linfócitos T CD8 (citotóxicos)"
CD8 liga o complexo peptídeoMHC I"
MHC I são requisitados para
reconhecimento de antígenos
endógenos (via citosólica)"
Constituído por duas cadeias: a
alfa codificada por genes MHC e
a microglobulina beta, codificada
por um gene externo ao cluster
MHC"
A cadeia alfa possui 3 domínios
externos, 1 transmembrânico,
juntos com o alfa 3 ligam as
moléculas à membrana e a uma
cauda citoplasmática"
Estrutura MHC II
•  MHC II são heterodímeros
constituídos de duas cadeias alfa e
duas beta, ambas codificadas por
genes do cluster MHC. "
•  Ambas as cadeias apresentam dois
domínios extracelulares e uma
cauda citoplasmática.
Estrutura MHC III
• 
• 
• 
As proteínas codificadas pelo MHC III não são receptores de
membrana e não estão envolvidos na apresentação de antígenos "
Foi proposto que as alterações das proteínas do MHC III estão
envolvidas em doenças auto-imunes."
As proteínas do MHC III têm funções e seqüências diferentes:
algumas delas são proteínas do complemento, outras são
enzimas (i.e. 21- hidrolase), citocinas inflamatórias, fator de
necrose tumoral e proteínas “heat hock”.!
As moléculas do MHC classe II nos macrófagos, células B, ou células
corporais, ligam-se aos antígenos e apresenta-os às células T.
1. Macrófago captura o
antígeno por fagocitose
2. Macrófago destrói o
antígeno quebrando-o em
fragmentos
3. Proteínas de classe
II do MHC processam o
antígeno
4. MHC apresenta o
antígeno para célula T
helper
• 
• 
• 
Na resposta imune celular,
as moléculas do MHC classe
I, células TC,CD8, e citocinas
colaboram na ativação das
células TC com a
especificidade apropriada.
Células T em
desenvolvimento são
submetidas a dois testes:
Elas tem que ser capazes de
reconhecer suas moléculas
MHC, e não devem se ligar
ao mesmo tempo às
moléculas do MHC e aos
antígenos do próprio corpo
As células T que falharem a
esses testes, morrem.
A rejeição a transplantes de
órgãos resultam de
diversidades genéticas das
moléculas do MHC.
Locus MHC 6p21 (4Mb)
§ 
- 
- 
CLASSE I
Genes clássicos de
histocompatibilidade: HLA-A, -B
e -C e não clássicos: HLA-E, -F,
-G e –H
proteínas expressas na
superfície de todas as células
nucleadas - apresentação dos
antígenos aos linfócitos T
killer
§  CLASSE II
-  Genes clássicos: HLA-DR, -DQ e –DP e não clássicos: HLA-Dm e TAP1 e TAP2
-  proteínas expressas em células específicas (macrófagos, células dendríticas e
linfócitos B) – apresentação dos peptídios aos linfócitos T helper
§  CLASSE III
-  não codificam moléculas de histocompatibilidade – C4 e C2, fator B, TNF-α e TNF-β,
HSP-70 e 21 hidroxilase
-  proteínas com função imune – componentes do sistema complemento e moléculas
envolvidas na inflamação
RESPOSTA
HUMORAL
RESPOSTA
CELULAR
R
E
S
P
O
S
T
A
I
M
U
N
E
Locus MHC
•  421 loci, 252 deles são classificados como genes expressos
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
DO LOCUS DO MHC
•  MULTIGÊNICO: muitos genes codificadores de diferentes
moléculas classes I e II, cada uma com diferentes
especificidades por vários peptídeos. "
•  POLIMORFISMOS ALÉLICOS: um grande número de
alelos estão presentes em cada gene. "
•  CODOMINANTE: produtos de ambos os alelos de cada
gene são produzidos.
HEREDITARIEDADE
Herança de Haplótipos de HLA
A1
B8
CW1
DW6
DR2
A9
B5
CW5
DW1
DR7
A1
B8
CW1
DW6
DR2
A2
B7
CW2
DW5
DR3
A1
B8
CW1
DW6
DR2
A3
B12
CW4
DW2
DR4
A9
B5
CW5
DW1
DR7
A2
B7
CW2
DW5
DR3
A9
B5
CW5
DW1
DR7
A2
B7
CW2
DW5
DR3
A3
B12
CW4
DW2
DR4
A3
B12
CW4
DW2
DR4
A1
B8
CW1
DW6
DR2
A3
B12
CW4
DW2
DR4
Os 6 genes mais importantes no contexto
de um transplante
A compatibilidade entre doador e receptor
Situação mundial no transplante de
medula óssea
Doador não
aparentado: a chance
de encontrar um
doador é de 1/20.000 a
1/300.000
70%
Doador encontrado na família
30%
Quais as consequências da não
compatibilidade?
Complicações pós-transplante:
•  Rejeição do enxerto
•  Doença do enxerto vs o hospedeiro
•  Duração e intensidade das terapias
imunossupressoras
•  Mortalidade
A rejeição em mão dupla
Desordens do Sistema Imune
•  Alergias resultam de
uma reação exagerada
do sistema imune a um
antígeno.
•  Doenças autoimunes
resultam de uma falha
no reconhecimento das
próprias células do
indivíduo, com o
aparecimento de células
T e B que vão atacar as
células do próprio corpo.
DOENÇA AUTOIMUNE
UMA QUEBRA DOS MECANISMOS
RESPONSÁVEIS PELA
TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA
DOENÇAS AUTOIMUNES
•  5 - 10% população geral (Mortalidade/ Morbidade)
•  Dificuldade e impossibilidade de cura – foco da resposta
imune (autoantígenos)- não podem ser eliminados
•  Crônicas - frequentemente incapacitantes
•  Ataque imunológico aos tecidos sadios do corpo
•  Alvo - orgão ou sistêmica
•  Ampla variedade de sinais clínicos
•  + 80 doenças autoimunes
DOENÇAS AUTOIMUNES
Miastenia gravis
Tireoidite de Hashimoto
Artrite Reumatóide
Síndrome de Sjögren
Vitiligo
Psoríase
Doenças Auto-Imunes do Sistema
Nervoso
Diabetes mellitus tipo 1
Lúpus eritematoso sistêmico
Doença de Addison
Anemia hemolítica
Auto-Imune Síndrome
Antifosfolipídica
Dermatite Herpetiforme
Febre Familiar do Mediterrâneo
Glomerulonefrite por IGA
Glomerulonefrite Membranosa
Esclerose Múltipla
Síndrome de Goodpasture
Doença de Graves
Doença Celíaca
Hepatite auto-imune
Síndrome miastênica de LambertEaton
Oftalmia Simpática
Penfigóide Bolhoso
Poliendocrinopatias
Púrpura Auto-Imunes
Trombocitopênica Idiopática
Doença de Reiter Tireoidite AutoImune
Doença de Crohn
Síndrome Antifosfolipídica
Espondilite Anquilosante
Retocolite Ulcerativa
Síndrome de Churg-Strauss
Síndrome de Behçt
Sarcoidose
TECIDOS E ÓRGÃOS
Ø Doenças órgão-específicas
O dano está confinado ao órgão contra o qual a
resposta imune é dirigida
Ø Doenças não específicas a órgãos
Resposta imune contra antígenos que não estão
especificamente associados a um órgão
FATORES QUE CONTRIBUEM PARA O DESENVOLVIMENTO
DAS DOENÇAS AUTOIMUNES
AUTOANTICORPOS
COMPONENTES
PRÓPRIOS
ARTRITE REUMATÓIDE
§  Inflamação crônica das articulações sinoviais com
destruição progressiva de estruturas cartilaginosas e
ósseas
§  Afeta 3x mulheres – 35 a 55 anos
§  MHC-II: HLA-DR4 e HLA-DR1
§  Sintomas:
-  Articulações (edema, calor, rubor, dor e rigidez matinal)
-  Extra-articulares: cansaço, perda de peso, anemia,
nódulos subcutâneos, pericardite e pleurite
LUPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
§  Doença crônica e multisistêmica
§  HLA-DR2 e DR3, deficiência de C2 e
C4; outros genes (MBL, IL-6 e CR1)
§  Mulher/homem = 9:1 (20 e 45 anos)
§  Sintomas: fadiga, febre, eritema malar,
rash discóide, pericardite, pleurite,
alterações neurológicas e renais
DIABETES MELLITUS
Tipo I
§  10% da população
§  Deficiência absoluta em insulina causada por destruição
das células do pâncreas
§  HLA-DRB1 e DQA1, MBL
§  Complicações: Hipertensão, dificuldade de cicatrização,
infarto, derrame, insuficiência renal, problemas visuais
§  Pé diabético (problemas vasculares)
Doença Celíaca
•  Doença celíaca é uma intolerância
hereditária ao glúten, uma proteína
encontrada no trigo e em menor
escala, na cevada, no centeio e na
aveia. Enquanto a intolerância ao
glúten é permanente, os sintomas
podem ser aliviados evitando esta
proteína na dieta. A inflamação ocorre
devido a gliadina, um peptídeo
derivado do glúten. Esta inflamação
causa danos aos tecidos das
mucosas do intestino pequeno,
especialmente nas vilosidades que
absorvem nutrientes, resultando em
uma má absorção dos nutrientes.
• 
A Doença Celíaca afeta até uma pessoa em 300 na
Itália e no sudoeste da Irlanda, mas é
extremamente raro na África, Japão e China ( Not et
al., 1988). De acordo com um estudo nos EUA, em
2003, existe uma chance de 1 em cada 133
pessoas, sem fatores de risco ou histórico familiar,
de ter a doença celíaca. Adicionalmente, esse risco
aumenta para 1 em cada 22 se a pessoa tem um
parente de primeiro grau com doença celíaca e para
1 em cada 39 se o parente for de segundo grau
(Fasano, 2002). Em torno de 60.000 americanos
são diagnosticados com doença celíaca anualmente
e um total de 2 milhões têm a doença, tornando-a
possivelmente a doença genética mais comum nos
Estados Unidos(Westerberg, et al., 2006). A doença
celíaca pode ocorrer em qualquer idade e mulheres
são mais comumente afetadas que os homens. Das
mulheres durante os anos férteis, a relação com os
homens é de quase 3 para 1 (Feighery et al., 1998).
Fatores de risco genéticos
•  A doença celíaca está fortemente
associada ao leucócito antigênico
humano (HLA) haplótipos DQ2 e
DQ8. Os genes HLA fazem parte do
complexo de histocompatibilidade
principal (MHC)
•  A função das moléculas do MHC é
ligar-se a fragmentos protéicos
derivados dos patógenos e
apresentá-los na superfície celular
para reconhecimento pelas células
T. Muitas proteínas envolvidas no
processamento e apresentação do
antígeno são codificadas por genes
dentro do MHC (Janeway, 2005).
• 
• 
• 
Os sintomas da doença celíaca
são causados por um peptídeo
rico em glutamina e prolina
encontrado no glúten, iniciando a
resposta inflamatória ao ligar-se
aos haplótipos HLA.
A associação primária do HLA, na
maioria dos pacientes com
doença celíaca, é com DQ2
(DQA*05/DQB1*02) e uma
minoria com DQ8 (DQA1*03/
DQB1*0302). Aproximadamente
97% dos indivíduos com doença
celíaca possuem HLA-D2Q ou
HLA-DQ8, em comparação aos
40% da população geral (NIH,
2006).
A associação do HLA em doença
celíaca pode ser explicada por
uma maior habilidade do DQ2 de
ligar-se a um grande repertório de
peptídeos ricos em prolina do
glúten, que sobrevivem à digestão
gastrointestinal e são deaminadas
pela trasglutaminase dos tecidos.
•  Desordens imunodeficientes resultam de falhas de uma ou outra
parte do sistema imune. AIDS é uma imunodeficiência decorrente da
depleção de células TH do corpo devido à infecção pelo HIV. Essas
depleções enfraquecem e eventualmente destroem o sistema imune,
deixando o hospedeiro sem defesa contra infecções “oportunistas”.
ASSOCIAÇÃO HLA CLASSES I, II E III
DOENÇAS AUTOIMUNES
ü  HLA CLASSE I
PSORÍASE – HLA-Cw6, -B39 e –B57
ESPONDIARTROPATIA – HLA-B27
ü  HLA CLASSE II
DIABETE MELLITUS – HLA-DR3, -DR4
ESCLEROSE MÚLTIPLA – HLA-DR2
DOENÇA DE GRAVES – HLA-DR3
LUPUS – HLA-DR2, -DR3
ARTRITE REUMATÓIDE – HLA-DR4 (DRB*0401, *0404)
DOENÇA CELÍACA – HLA-DQ2 e DQ8
ü  HLA CLASSE III
LUPUS – C2 e C4
AULA PRÁTICA - SISTEMA ABO
ü  3 Alelos: A, B e O podendo qualquer um dos três ocupar o loco ABO
em cada elemento do par de cromossomos responsáveis por este
sistema.
FENÓTIPO
GENÓTIPO
A
AO
AA
O
OO
B
BO
BB
AB
AB
Indivíduo AB - um alelo A e um alelo B, um foi herdado da mãe e o outro
do pai. Ele possui nos seus glóbulos vermelhos os ANTÍGENOS A E B e
seu GENÓTIPO é AB.
Indíviduo O - as células de grupo O são reconhecidas pela ausência de
antígeno A ou B e seu GENÓTIPO é OO.
Quando o alelo O é herdado ao lado de A, apenas o gene A se manifesta;
e se é herdado ao lado do gene B apenas o gene B se manifesta.
FATOR Rh
§  5 antígenos (D,C,c,E,e)
Quando dizemos que um indivíduo é Rh Positivo, quer dizer que o antígeno D está
presente na superfície de suas hemácias (aglutinação).
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