ideal – estrutura interna da terra 18.06.15

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GEOGRAFIA FÍSICA / PROF. VIANA
Estrutura da Terra
*ESTRUTURA INTERNA DA TERRA
*AGENTES FORMADORES E MODELADORES
DO RELEVO
*ROCHAS
*SOLOS
Objetivo: Compreender a origem e a dinâmica
evolutiva da terra na Escala do Tempo, observando
sua estrutura física e geomorfológica, assim como a
formação dos solos.
1. Compreendendo a Origem da Terra.
A maioria dos cientistas concorda que a terra
é resultado do processo de contínua expansão do
universo, que teve início com o Big Bang, entre 10 e
20 bilhões de anos atrás. Há cerca de 4,6 bilhões de
anos, num “canto” da Via Láctea, formou-se
primeiramente o sol, a partir de uma densa nuvem
de poeira e gás que se contraiu, formando também,
no seu entorno, os planetas, que se estabeleceram
em suas respectivas órbitas.
vulcões, cujas erupções emitiram gases que
contribuíram para a formação da atmosfera,
originando também vapor d’agua. Esta estrutura,
atingida por sucessivas descargas elétricas e raios
ultravioleta deu origem aos primeiros coacervados,
aglomerados orgânicas que constituíram a base da
evolução da vida no planeta.
Há aproximadamente 3,5 bilhões de anos,
grande parte da crosta terrestre já estava formada,
mas bem diferentes da que conhecemos hoje, com
diversos continentes e ilhas. Naquele momento, a
Terra (terras emersas) estava estruturada em um só
continente.
A Terra vista do espaço.
O Sistema Solar, na ordem, Sol, Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter,
Saturno, Urano e Netuno.
Com a radioatividade dos minerais e as
altíssimas temperaturas, o material original do que
hoje é e Terra se manteve inicialmente derretido.
De acordo com a diferença de densidade dos
minerais, foram se formando camadas concêntricas.
O níquel e o ferro (NIFE), por exemplo, se
concentraram no núcleo; na camada intermediária
(manto) se concentraram o silício e o magnésio
(SIMA), enquanto que na superfície do planeta ficou
um oceano de “rochas incandescentes”, com grande
concentração de elementos mais leves como silício
e alumínio (SIAL).
Após um lento processo de resfriamento, a
Terra primitiva acabou solidificando a camada mais
externa, formando uma casca (crosta) rochosa que,
devido a instabilidades sofreu fraturas, formando os
A terra realiza dois principais movimentos,
Rotação e Translação. O movimento de ROTAÇÃO
tem origem interna, e é gerado pelo dinamismo
geomagmático, fazendo com que o planeta gire em
torno do seu próprio eixo, processo que dura, em
média, 24 horas, e que origina a sucessão dos dias e
das noites. Já no movimento de TRANSLAÇÃO, a
terra descreve uma órbita elíptica em torno do Sol, em
aproximadamente 365 dias e seis horas (um ano),
tendo como consequência o surgimento das estações
do ano e do ano bissexto.
Nosso planeta tem uma forma Geoide, uma
esfera imperfeita, achatada nos polos, com uma
superfície de 510 milhões de Km2, sendo 149 milhões
de terras emersas (continentes e ilhas) e 360 milhões
de relevo submarino. A terra possui um satélite
natural, a Lua, que ajuda na sua proteção contra
meteoros e influi diretamente no fenômeno das marés.
2 -ALGUMAS PARTICULARIDADES QUE
VIABILIZARAM A EXISTÊNCIA DO NOSSO
PLANETA E A EVOLUÇÃO DA VIDA
(BIOSFERA).
• A Posição no Sistema Solar: a distancia em
relação ao sol é perfeita, evitando excessos de calor
e frio, permitindo o desenvolvimento da vida.
• Sua colisão com Théia, seu planeta irmão:
contribuiu para aumentar a sua massa e seu “puxão”
gravitacional, facilitando a agregação de sua
atmosfera. Esta colisão originou a lua.
• A proteção de Júpiter: protege-nos dos
constantes bombardeios de meteoros, o que é
comum em Júpiter, planeta mais de 300 vezes maior
que a terra.
• O tipo de Estrela: o sol é uma estrela anã, por
isso não possui uma grande força radioativa, nem se
apagará rapidamente, como ocorre com as estrelas
de primeira grandeza.
• Sua composição química: a disponibilidade
água, minerais, e gases, dentre outros, viabilizando
a existência da vida.
• Sua Atmosfera: funciona como uma camada
gasosa que acompanha a terra em seus
movimentos, protegendo-a de meteoros e dos raios
ultravioleta, além de armazenar calor, gerando o
efeito estufa ecologicamente necessário ao
desenvolvimento da vida.
• Sua Litosfera: resultado do resfriamento de
minerais, que originalmente se encontravam em
estado pastoso.
• Seu campo magnético: protege a Terra dos
ventos solares, influindo no movimento das marés,
e das massas de ar.
• Sua Hidrosfera: resultado do resfriamento da
terra (desprendendo vapor d’água) e do
“bombardeio” de meteoros com grande volume de
gelo.
• Sua Biosfera: contribui para o equilíbrio térmico
e “orgânico” do planeta.
• Seu satélite natural, a Lua: além de interferir
diretamente no fenômeno das marés, a lua
contribui para a estabilidade orbital da terra,
impedindo que o planeta “balance” e evitando que a
velocidade de sua rotação varie excessivamente,
aspectos que ajudam na regulação do seu clima.
• A colisão de um meteoro: há 65 milhões de
anos atrás (final da era mesozóica), no atual
território do México, a queda de um meteoro
exterminou 95% da vida na terra, inclusive a dos
dinossauros, evento que facilitou o surgimento do
homem no final da era cenozóica.
• O sequestro do carbono: é realizado pelas
florestas no seu processo de fotossíntese, com a
absorção de gás carbônico e liberação de oxigênio.
3 - A DIVISÃO DO TEMPO GEOLÓGICO:
A história geológica do nosso planeta é dividida
em Éons, Eras, Períodos, Épocas e Idades, como
veremos a seguir. Contudo, o (a) aluno (a) deverá ficar
bem atento (a) à orientação do professor, que
priorizará os pontos realmente importantes para o
Enem e demais vestibulares, o que evitará certas
memorizações desnecessárias.
A divisão do tempo geológico:
- Éons: é a maior subdivisão de tempo na escala
geológica. Há dois Éons: Arqueo-proterozóico (ou précambriano) e o Fanerozóico (que agrega o Paleozóico,
o Mesozóico e o Cenozóico).
AS ERAS GEOLÓGICAS:
I- Arqueozóico: teve início há aproximadamente 4
bilhões de anos atrás. Destaca-se pela formação da
crosta terrestre, com o surgimento dos escudos
cristalinos (rochas magmáticas), nos quais se
encontram as mais antigas formações de relevo. Teve
início a formação da atmosfera e surgiram os primeiros
organismos unicelulares.
Proterozóico: de 2,5 bilhões até 550 milhões de
anos. Esta era foi marcada por forte atividade
vulcânica, deslocando material magmático para a
superfície e originando os grandes jazimentos de
minerais metálicos, como o Manganês, Ferro, Ouro,
etc. Houve um aumento considerável de oxigênio na
atmosfera e o surgimento das primeiras formas de
vida unicelulares mais avançadas e complexas.
Paleozóico: entre 550 até 250 milhões de anos
atrás. Ocorrência de rochas metamórficas e
sedimentares (começam a se formar as bacias
sedimentares),
e
surgimento
de
cadeias
montanhosas antigas como os Alpes Escandinavos
(Norte da Europa). No período Cambriano (início do
Paleozóico) houve uma verdadeira “explosão” de
vida, principalmente nos oceanos (animais de
conchas),
aumentando
espetacularmente
a
quantidade de espécies. Já no Permiano (final do
Paleozóico) houve a “grande dizimação” (95% das
espécies desapareceram). Ao longo do Paleozóico
surgiram grandes florestas , briófitas e pteridóftas,
glaciações, os primeiros peixes, insetos, répteis e
anfíbios. No período Carbonífero surgem depósitos
de carvão mineral.
Mesozóico: entre 250 milhões a 65 milhões de
anos atrás. Está dividida em três períodos: Triássico,
Jurássico e Cretáceo. O Mesozóico foi marcado por
intensa atividade vulcânica, com derrame de lavas
em grande parte do planeta, a exemplo do sul do
Brasil (no Planalto Meridional), formando grandes
depósitos de basalto, que originaram o solo de terra
rocha. Formação de bacias sedimentares, inclusive
nos fundos marinhos, dando origem a jazidas
petrolíferas (Bacia de Campos...). No início do
Mesozóico começou a divisão da Pangeia (225
milhões de anos atrás), para formar os atuais
continentes. Surgiram os animais mamíferos e as
aves, além dos répteis gigantes (dinossauros) e das
grandes
florestas
(com
Angiospermas
e
gimnospermas).
OBS: Ao final do período Cretáceo (final do
Mesozóico) houve uma segunda grande extinção em
massa de espécies, associada principalmente à
queda de grandes meteoros, como aquele que
atingiu o atual território do México, e que contribuiu
para o desaparecimento dos dinossauros.
Cenozóica: de 65 milhões atrás até hoje. Está
dividida em dois períodos - o Terciário (pouco mais
de 60 milhões de anos até pouco mais de um milhão
de anos atrás) e o Quaternário (pouco mais de um
milhão de anos atrás até hoje).
Período terciário: foi marcado por intenso
movimento da crosta terrestre (Tectonismo),
surgindo os dobramentos modernos, com as
grandes cadeias montanhosas (cordilheiras) como
os Andes (américa do Sul), Montanhas Rochosas
(América do Norte), Alpes (Europa), Himalaia
(Ásia), além da ampliação das bacias
sedimentares, e do início da formação das
planícies, nas regiões mais baixas, a partir da
deposição de sedimentos. Surgem os primeiros
primatas, baleias, focas e ancestrais do cavalo,
grande variedade de mamíferos, diversificação das
aves e das Angiospermas (Fanerógamos; vegetais
superiores).
Período Quaternário: teve início há mais de um
milhão de anos atrás (1,7) e se estende ate os dias
atuais. Destaca-se pela formação dos atuais
continentes e oceanos, além das grandes glaciações
(Era do Gelo), estabilização do clima do planeta,
formação das bacias sedimentares mais recentes e
continuação da formação das atuais planícies. O
evento mais importante do Quaternário foi o
surgimento do Homo Sapiens Sapiens.
Obs: as glaciações foram períodos da história da
terra em que a sua temperatura caiu bruscamente,
aumentando o volume de gelo das calotas polares,
sobre as montanhas (cobrindo até 32% dos
continentes) e oceanos (cobrindo até 30%). O gelo
avançou até as proximidades dos trópicos,
modificando significativamente as formas de vida e o
relevo do planeta.
A última glaciação ocorreu, aproximadamente, entre
70.000 a 12.000 anos atrás, no Período Quaternário.
Foi a “Era do Gelo”, quando o homem teria migrado
para a América através do Estreito de Bering e quando
também ocorreu a ultima “grande extinção”, com o
desaparecimento de grandes mamíferos, como o
mamute, preguiça gigante, personagens do filme A Era
do Gelo.
Hoje provavelmente estamos vivendo um
período “interglacial”, ou seja, entre dois períodos de
glaciação. com o gelo ocupando cerca de 10% da
área total do planeta e concentrado principalmente
nas regiões polares e topos de montanhas.
4- A ESTRUTURA INTERNA DA TERRA
 A Terra é formada por camadas
concêntricas, cuja densidade aumenta da superfície
para o centro.
Didaticamente, a estrutura do planeta terra
pode ser comparada à de um ovo: a casca, bastante
fina, seria a crosta terrestre, com uma espessura
que oscila entre 20 e 90 km. O manto chega a
aproximadamente 2.900km de profundidade, é
formado por magma pastoso e denso, em estado
de fusão, e pode ser comparado à clara do ovo. Por
fim, o núcleo, comparável à gema, é a parte mais
densa do planeta, formado principalmente por
níquel e ferro, chega 6.370km de profundidade.
4.1
- Crosta Terrestre ou Litosfera (SIAL):
É a “casca” da Terra, a camada sólida superficial e
de espessura variável (entre 20 e 90 km), formada
principalmente por Silício e Alumínio (SIAL). Sua
superfície é bastante irregular, apresentando várias
formas, que constituem o relevo terrestre –
montanhas, planaltos, planícies e depressões. O
silício é o material mais abundante da crosta
terrestre.
4.2
Manto ou Magma (SIMA): É a Camada
intermediária, em estado de fusão, onde
predominam o Silício e o Magnésio, correspondendo
à maior parte do volume e massa da terra. No manto
são geradas as correntes de convecção de materiais
que, em contato com a crosta, produzem o lento
deslocamento das placas tectônicas. O ponto de
contato do magma pastoso com a crosta é chamado
de Astenosfera.
4.3
Núcleo (NIFE): Concentra os minerais de
maior densidade (Níquel e Ferro), encontra-se sob
elevada pressão e temperatura (6.000°C). A enorme
quantidade de ferro derretido contribui para gerar o
campo magnético da Terra.
OBS: Do contato, das relações interativas e
complementares entre a litosfera (crosta),
atmosfera (camada gasosa) e hidrosfera (oceanos,
rios, lagos...) surge a biosfera, área de domínio do
homem, sob condições de florescimento o evolução da
vida vegetal (flora) e animal (fauna).
5 - A Deriva Continental
 Em 1912, o geofísico e meteorologista alemão
Alfred Wegener (1880-1930) elaborou a Teoria da
Deriva Continental, defendida no livro A Origem dos
Continentes e dos Oceanos (1915).
 De acordo com esta teoria, no final do Período
Carbonífero (há quase 250 milhões de anos) existia
apenas uma única e gigantesca massa continental - a
Pangeia (pan = toda; gea = terra).
 Desde a desagregação do Pangeia, ainda no
período Jurássico, a superfície terrestre encontra-se
em movimento contínuo, até chegar à configuração
mais recente dos continentes, que se estabeleceu há
cerca de 60 milhões de anos (início do Cenozoico).
 Atualmente, a deriva continua: a América do
Sul, por exemplo, afasta-se da África entre 2 e 5 cm
por ano.
5.1 Evidências dos Acertos de Wegener:
I - As feições dos litorais do Brasil e da África:
as imagens dos litorais sugerem um perfeito “encaixe”,
demonstrando que estes continentes já estiveram
unidos.
II - Estruturas geológicas: Brasil e África
apresentam rochas sedimentares antigas, do
paleozóico e do mesozóico (formadas entre 350
milhões e 150 milhões de anos atrás), semelhantes;
III - Jazidas minerais: há cerca de 300 milhões
de nos atrás (período carbonífero, no Paleozóico), o
gelo foi substituído por florestas que foram
soterradas, gerando depósitos de carvão mineral.
No sul da África e do Brasil (Vale do rio Tubarão –
SC), na Austrália e Índia há depósitos de carvão
justamente desta idade.
IV - A distribuição de fósseis e plantas nos
dois continentes: é o caso do fóssil do pequeno
réptil (1 metro) mesossauro (do paleomesozóico),
encontrado no Brasil (SC) e na África.
5.2 – Problemas na teoria
 A pergunta fundamental que Wegener não
conseguiu responder foi: “que tipo força conseguiria
mover tão grandes massas a tão grandes
distâncias?”. Resposta hoje comprovada: os
movimentos de convecção do magma.
Considerando que as placas tectônicas se
movimentam (um movimento vibratório) a 3 cm por
ano (em média), para se deslocar 1 km serão
necessário 33 mil anos. Reconstruindo o curso da
IIderiva dos continentes é possível compreender
certos padrões de evolução biológica no planeta,
particularmente no aspecto da migração de certas
espécies quando os continentes, que hoje se
encontram separados, ainda estavam unidos. Com a
separação dos continentes, populações se isolaram
geograficamente e geneticamente, o que viabilizou
a especialização dessas espécies.
6 A TEORIA DAS PLACAS TECTÔNICAS:
Nos anos sessenta do século XX, cientistas
desenvolveram estudos, a partir da Teoria da Deriva
Continental (de Wegener), que afirmam que a crosta
da Terra está dividida em 12 “placas” principais, que
“flutuam” sobre o magma pastoso. As regiões de
contato entre as placas tectônicas apresentam
grande
instabilidade,
gerando
terremotos,
maremotos, vulcões, montanhas, alterações no
relevo. Neste sentido, a palavra “tectônica” tem um
significado muito apropriado: vem do radical grego
“tektoniké”, que significa “a arte de construir”.
AS 12 PLACAS TECTÔNICAS
ATENÇÃO: estudando através do mapa
I - Observe no mapa a localização do “Círculo de Fogo
do Pacífico”, o maior conjunto de vulcões ativos do
planeta, que se estende pela costa ocidental da
América, leste e sudeste da Ásia, estendendo-se até a
Oceania. Coincide com as regiões de contato entre as
principais Placas Tectônicas: áreas de instabilidade.
O choque entre a Placa Eurasiana e a Placa Indiana
deu origem à Cordilheira do Himalaia.
III - Lembre que os mais catastróficos terremotos são
de origem tectônica, ou seja, resultantes do choque de
Placas Tectônicas.
IV - Os terremotos que atingem o oeste da América
do Sul (Andes) resultam do choque entre a Placa de
Nazca e a Placa Sulamericana.
V - A mais famosa falha tectônica da terra é a Falha
de San Andreas (Santo André), na Califórnia (EUA).
Encontra-se na área de contato entre a Placa
Norteamericana e a Placa do Pacífico que, quando se
chocam (em movimento tangencial) provocam
terremotos em San Francisco, Los Angeles, San
Diego...
VI - Em janeiro de 2010, o Haiti sofreu um violento
terremoto, resultante do choque (movimento
tangencial), entre as placas Norteamericana e das
Caraíbas, matando mais de 200 mil pessoas, entre as
quais a médica sanitarista brasileira Zilda Arns.
VII - Em 11 de março de 2011, o Japão foi atingido
por violento terremoto, seguido por um tsunami
(maremoto), que deixou 20.000 mortos (além do
vazamento de radiação em Fukushima). Foi provocado
pela subsidência da Placa Eurasiana sob a Placa do
Pacífico; em 1995, o terremoto de Kobe, provocado
pelo choque entre as placas Eurasiana e das Filipinas
DA PANGEIA AOS DIAS ATUAIS
Placas transformantes:
são criadas por duas placas
que deslizam uma ao lado
da outra. O atrito entre elas
guarda muita tensão, que
pode causar terremotos
catastróficos.
Placas
convergentes¹:
são placas que vão de
encontram à outra. A placa
mais densa mergulha para
baixo da menos densa. É o
caso do choque entre uma
placa oceânica e outra,
continental.
Placas
convergentes²:
quando as placas têm a
mesma densidade (duas
placas continentais, por
exemplo), chocam-se e se
comprimem. O Himalaia é
resultado desse fenômeno.
Placas divergentes: são
aquelas que se afastam.
Pela falha aberta na crosta
pode
escapar
magma,
dando origem a ilhas
vulcânicas.
Esse
de
estrutura provoca menos
terremotos.
7- O PRINCÍPIO DA ISOSTASIA
O princípio da isostasia explica o estado de
equilíbrio da crosta sobre o Magma. Quando grandes
massas depositam-se sobre a crosta, gera um
afundamento
no
magma
(Astenosfera).
Analogamente, se houver uma remoção de massa
sobre a crosta, esta região sofrerá uma elevação.
Assim, nas porções montanhosas, a crosta é mais
espessa, pois também há um aumento da “raiz” da
montanha, que afundou no magma.
* OS TRÊS TIPOS DE PLACAS
PRINCÍPIO DA ISOSTASIA
8
AGENTES
FORMADORES
MODIFICADORES DO RELEVO
E
O relevo nada mais é do que o conjunto de
formas da superfície da terra. Estas formas são
resultado tanto de forças provenientes do interior do
planeta (tectonismo, vulcanismo e abalo sísmico)
quanto
de
agentes
externos
(erosão e
intemperismo).
8.1 - AGENTES INTERNOS (ENDÓGENOS) OU
FORMADORES DO RELEVO.
São as forças geradas no interior do planeta, e
que estão vinculadas a fatores como pressão e altas
temperaturas:
8.1.1 – Tectonismo ou Diastrofismo: são os
deslocamentos, geralmente lentos, da crosta
terrestre (nas suas respectivas placas). Já que esses
movimentos podem ser verticais ou horizontais,
classifica-se o tectonismo em:
* OROGENISMO: resulta de pressão horizontal do
magma em regiões formadas por rochas flexíveis
(plásticas), originando as montanhas. Os melhores
exemplos são os chamados dobramentos
modernos, originados no Período Terciário da Era
Cenozóica (nos últimos 65 milhões de anos):
Cordilheira dos Andes (América do Sul), Montanhas
Rochosas (América do Norte), Alpes (Europa),
Himalaia (Ásia)...
DOBRAMENTOS MODERNOS
I - EPIROGENISMO: resulta de pressão vertical do
magma em rochas em rochas muito resistentes (de
pouca plasticidade), dando origem às fraturas e falhas.
* Diáclase: fratura sem desnivelamento de camada.
* Paráclase: fratura com desnivelamento de camada,
com falhamento.
*Trapp: sequência de falhas, produzindo “degraus”,
a exemplo do “trapp do Paraná”, no Planalto
Meridional, sul do Brasil.
OBS: a Península Escandinava (norte da Europa) vem
sofrendo um lento epirogenismo positivo, elevando o
relevo em alguns centímetros por ano; pode
acontecer, em certas regiões, também o epirogenismo
negativo, devido a redução da pressão do magma,
produzindo um lento “afundamento” no relevo.
Obs: as principais zonas vulcânicas do planeta são:
Círculo de Fogo do Pacífico (Extremo-Oriente,
Sudeste Asiático, parte da Oceania e costa oeste da
América); Círculo de Fogo do Atlântico
(principalmente nas Antilhas) e Círculo de Fogo do
Mediterrâneo (Itália).
8.1.2 – Vulcanismo: processo que promove o
deslocamento de material magmático (e da própria
crosta), a exemplo de lavas, gases, lápilis (pequenas
pedras), bombas ( pedras grandes), vapores e
cinzas..., através de fendas, até a superfície da
terra. Os vulcões estão vinculados a terrenos
recentes, montanhosos, instáveis e fraturados,
sobretudo nas áreas de contato entre placas
tectônicas. Eles podem ser submarinos, como
ocorrem na dorsal do atlântico ou no pacífico, ou se
constituir em grandes altitudes continentais, a
exemplo dos vulcões andinos, das Montanhas
Rochosas, da Itália, do Japão.
8.1.3 – Abalos sísmicos: são tremores que ocorrem
na superfície da terra, gerados por três fatores. Os
sismos “tectônicos” resultam do choque entre placas
tectônicas. São os mais catastróficos, ocorrendo com
grande violência; sismos vulcânicos, gerados pela
energia liberada pelo vulcanismo; sismos gerados pela
acomodação de camadas subterrâneas.
Obs: no terremoto tectônico, a placa que apresenta
maior viscosidade (mais aquecidas) afunda sob a placa
menos viscosa (menos aquecidas), gerando uma
Zona de Subducção.
Observe as partes de um vulcão
CLASSIFICAÇÃO DOS VULCÕES: podem ser
Ativos (permanentes ou intermitentes) ou Extintos.
Quanto ao material expelido, são classificados em:
I - Vulcões Efusivos ou Havaianos: expelem
principalmente lava (magma), com erupções
geralmente pouco violentas, a exemplo dos vulcões
Kilawea e Mauna Loa, no Havaí.
II - Vulcões Explosivos ou Peleanos: emanam
cinzas e gases, além de lava bastante viscosa, com
grande energia, produzindo explosões, a exemplo
do Monte Peleé, na Martinica.
III - Vulcões Mistos ou Vesuvianos: ocorre uma
alternância entre erupções “explosivas” e “efusivas”,
a exemplo do Vesúvio, na Itália.
A região, no interior da terra, onde se originam
os tremores é o hipocentro, enquanto que o ponto
na superfície da terra onde se registra a maior
intensidade do tremor é o epicentro. Quando os
abalos sísmicos ocorrem nas áreas continentais
recebem o nome de terremoto; se acontecem no
fundo oceânico, são os maremotos. Esses últimos
podem causar os terríveis tsunamis, a exemplo do
ocorrido em 11 de março de 2011, no Japão, com 20
mil mortos e desaparecidos.
Obs: o sismógrafo é o aparelho que identifica a
intensidade dos terremotos, ou seja, o índice de
energia liberada pelo sismo, adotando-se comumente
a Escala Richter, que é uma escala logarítmica, de
forma que um terremoto 4.0 é 10 vezes mais intenso
do que um 3.0. Embora a intensidade seja
teoricamente infinita, nunca foi registrado um
terremoto igual ou superior a 10.
9 - AS ROCHAS: ORIGEM E CLASSIFICAÇÃO
Quanto à estrutura geológica, a crosta terrestre é a
camada mais importante para a humanidade, pois é
na sua superfície que construímos o espaço geográfico
e nossa história. A litosfera é constituída por Rochas,
estruturas formadas por dois ou mais minerais
agrupados.
Os minerais são elementos encontrados na
natureza e que apresentam uma estrutura química
equilibrada, resultante de processos inorgânicos
(ação do calor, pressão...), ao longo de milhões de
anos. A maioria dos minerais é sólido, como
feldspato, mica, quartzo, mas há alguns em estado
líquido, como a água e o mercúrio.
*Segundo sua origem, as rochas são classificadas
em três grupos: Ígneas ou Magmáticas,
Sedimentares ou Estratificadas e Metamórficas.
9.1 - Rochas Magmáticas ou Ígneas: são
formadas a partir do material proveniente do
magma, solidificando-se no interior da terra ou
então em contato com a atmosfera, após ser
expelido pelos vulcões. Por isso, estas rochas são
subdivididas em dois tipos: intrusivas e
extrusivas.
9.1.1 - Rochas Intrusivas ou Plutônicas: são
produzidas pela cristalização de magmas que não
atingiram a superfície terrestre, mas foram
cristalizadas a grandes profundidades. O Granito é o
grande exemplo. No Brasil, as serras do Mar e da
Mantiqueira (Sudeste; Planalto Atlântico) são
formações graníticas.
9.2.2 - Rochas Sedimentares Orgânicas: são
formadas por restos de animais e vegetais (fósseis...),
que vão se acumulando em porções mais baixas do
relevo. Este material, sendo sujeitos a grande pressão
de camadas sobrepostas e a elevadas temperaturas,
ao longo de milhares de anos, dão origem à rochas e
minerais como calcário, carvão mineral, petróleo, etc.
9.2.3 - Rochas Sedimentares Químicas: se
formam quando o meio no qual os sedimentos de
rocha (minerais) estão dispersos se torna saturado
(com 100% de umidade), facilitando a precipitação,
concentração e cristalização dos minerais (geralmente
com grande concentração de carbonato de cálcio). As
rochas químicas em geral formam cristais. Ex:
estalactites, estalagmites, colunas calcárias, calcita,
aragonita, dolomita.
9.3 - Rochas Metamórficas: são rochas que
sofreram alterações na sua estrutura e cristalização ao
serem submetidas a altas pressões e temperatura
ao longo de muito tempo. Exemplos de rochas
metamórficas são o mármore (derivado do calcário), o
quartzito (derivado do arenito) e a gnaisse (derivada
do granito), ardósia (derivada da argila).
ROCHAS METAMÓRFICAS
9.1.2 – Rochas Magmáticas Extrusivas ou
Vulcânicas: são geradas pela solidificação do
material magmático (lava) expelido pelo vulcão
(lava). Ex: Basalto, diabásio e pedra-pômis.
9.2
ROCHAS
ESTRATIFICADAS
SEDIMENTARES
OU
São formadas a partir da sedimentação
(deposição, acúmulo) e litificação de partículas de
rochas degradadas (por erosão ou intemperismo) ou
de materiais orgânicos, ou ainda da precipitação
química de minerais. As rochas sedimentares podem
ser divididas em três tipos: clásticas ou
detríticas, orgânicas e químicas.
9.2.1 - Rochas Sedimentares Clásticas ou
Detríticas: são formadas a partir da litificação de
“detritos”, resíduos (sedimentos)
de
rochas
erodidas, e que se acumularam em camadas
(estratos) superpostas. Mediante grande pressão,
elevadas temperaturas e muito tempo, as
partículas de sedimentos (e seus cristais) se
compactam, se litificam. São exemplos de rocha
sedimentar clástica, o Arenito, Tilito, etc.
10 - OS AGENTES EXTERNOS OU EXÓGENOS
(MODELADORES DO RELEVO): INTEMPERISMO
E EROSÃO
Resultam da própria ação da natureza, ou
mesmo da ação humana (antrópica). Assim, enquanto
a erosão resulta de uma ação mecânica sobre a rocha,
o intemperismo é a “ação do tempo sobre a rocha”.
10.1 – Intemperismo Químico: resulta da
ação contínua da umidade sobre as rochas, resultando
na hidratação (hidrogênio), oxigenação (oxigênio) e
carbonatação (carbono) dos seus minerais,
dissolvendo o “cimento natural” que agrega as
partículas da rocha. Portanto, o intemperismo
químico é típica de regiões que apresentam clima
tropical úmido ou equatorial, com grande
pluviosidade e elevada umidade relativa do ar, a
exemplo da Amazônia.
10.1.2 - Intemperismo Físico: é resultado da
variação acentuada da temperatura sobre a rocha,
A dilatação térmica (amplitude térmica) diuturna e
sazonal acaba enfraquecendo o “cimento natural”
que agrega as partículas da rocha, que, assim,
“naturalmente” se desagregam (termoclastia). É
típico de regiões desérticas e semiáridas, a exemplo
do Saara e do Sertão nordestino.
Obs: nas regiões de clima muito frio, o
congelamento aumenta o volume da rocha,
desagregando suas partículas
(crioclastia)
10.1.2 - Intemperismo Biológico: é produto da
ação dos animais e vegetais, desagregando as
rochas.
10.2 - EROSÃO: É uma ação mecânica, agressiva,
de força, que desagrega a rocha, e que derivada dos
seguintes agentes:
grandes latitudes (próximas aos polos). Junto ao litoral
a erosão glacial pode escavar vales, como os Fjords,
típicos da Noruega e do Chile. A erosão nival (fusão
da neve) também é relevante.
V - Ventos (Erosão Eólica): apresenta dois
estágios: deflação – é uma ação suave do vento,
“varrendo” ou “polindo” a rocha; corrosão ou
corrasão é a ação mais violenta, na qual o vento
“meteoriza” a rocha, com o material por ele
transportado (com grãos de areia...). A acumulação
eólica é responsável pela formação das dunas. A parte
da duna que “recebe” o vento é chamada de
barlavento; o lado contrário é chamado de
sotavento.
VI - Erosão dos Seres Vivos: atualmente, o ser
humano é o principal agente modelador do relevo,
pois, em busca da satisfação de seus desejos e
necessidades, a partir do emprego de técnicas e
tecnologias, constrói cidades, túneis, estradas,
represas, aterros (...), extraindo os recursos da
natureza, transformando sensivelmente a superfície da
terra. Outros animais, além de vegetais, também
provocam erosão.
1. Água
I - Chuvas (Erosão Pluvial): a ação
“meteorizadora” da chuva degrada o solo, cuja
intensidade varia de acordo com fatores como a
cobertura vegetal, declividade e constituição física
do terreno (mais ou menos arenoso...). Através das
torrentes e enxurradas, pode produzir verdadeiras
valas (voçorocas, ravinas), geralmente vinculadas a
intervenções antrópicas (do homem). Este processo
também transporta sedimentos, depositando-os nas
regiões mais baixas, sendo dominante em regiões
tropicais (chuvosas).
II - Rios (Erosão Fluvial): os rios, em seu
percurso, provocam desgaste do leito (vertical) ou
em suas margens (horizontal). Os rios também
podem depositar sedimentos junto à sua foz,
formando ilhas aluviais (foz em delta).
III - Mares (Erosão Marinha): é a desagregação
das rochas junto ao litoral (abrasão marinha),
processo facilitado pela dinâmica das marés, e que
dá origem às falésia e barreiras. Já o processo de
sedimentação marinha também modela a
morfologia do litoral, construindo as praias,
tômbolos e restingas. O acúmulo de arenito ou de
animais marinhos dá origem aos recifes, que
podem ser de arenito ou de coral.
IV - Geleiras (Erosão Glacial): a fusão do gelo,
o deslocamento de blocos de gelo (...), degradam as
rochas, escavam vales, transportam sedimentos,
particularmente em áreas montanhosas e de
Fjords, na Noruega.
11 - ESTRUTURA GEOLÓGICA: é a base rochosa e
a cobertura sedimentar da superfície terrestre,
apresentando-se sob três formas.
I - Escudos Cristalinos: são os terrenos mais
antigos do planeta (pré-cambrianos). No Brasil,
corresponde a 36% do território, sendo 32% do
Arqueozóico (rochas magmáticas e metamórficas) e
4% do Proterozóico, estes com grandes jazidas de
minerais metálicos, como as províncias minerais de
Carajás (PA) e do Quadrilátero Ferrífero (MG), além do
Maciço do Urucum (MS), dentre outros.
II - Bacias Sedimentares: são formadas por
terrenos sedimentares acumulados no Paleozóico,
Mesozóico e Cenozóico. Constitui 64% dos
terrenos brasileiros, contendo as nossas reservas de
petróleo, gás e carvão mineral.
III - Dobramentos Modernos: correspondem às
montanhas mais jovens, originadas por orogênese
no Período Terciário (Cenozóico). Por isso
continuam pontiagudas, pois ainda não houve
tempo suficiente para o rebaixamento pela erosão.
Obs: no Planalto Meridional (brasileiro), no Centrosul, apresenta-se uma cobertura formada por
terrenos vulcânicos (8% do território nacional), com
rochas extrusivas como o diabásio e o basalto, esta
última geradora do solo de terra roxa.
Obs: durante o Paleozóico, o planeta sofreu uma
grande transgressão marinha, cujas marcas se
encontram em bacias sedimentares brasileiras, com
o registro de fósseis marinhos.
MAPA ESTRUTURA GEOLÓGICA DO BRASIL
12.1 – Relevo Terrestre (emerso): Montanhas,
Planaltos, Planícies e Depressões.
I - Montanhas (ou dobramentos): são produto de
tectonismo orogenético, surgindo geralmente às
proximidades de regiões onde se dá o “encontro”
(contato) entre placas tectônicas. A maior parte destas
formações (Dobramentos Modernos) teve origem no
período Terciário (Era Cenozóica). Um conjunto de
montanhas
forma
as
cordilheiras,
a
exemplo dos Andes, Rochosa, Himalaia e Alpes.
II - Planaltos: os planaltos são terrenos antigos,
onde os
processos de erosão e intemperismo
(desgaste) superam o de sedimentação, com altitude
variada ( em média, entre 200m e 3.000m). Podem ser
de origem sedimentar ou cristalina. O relevo brasileiro
é dominado pelos planaltos: Planalto Central, Planalto
Atlântico, Planalto Meridional.
12 - RELEVO:
Relevo é o conjunto de formas apresentadas
pela superfície da terra. As terras emersas
(continentes e ilhas) representam 30% da superfície
do planeta (o restante corresponde ao relevo
submarino), com altitude média de 623m. O ponto
mais alto é o Monte Everest (Himalaia, entre o Nepal
e Tibet – China), enquanto que o Mar Morto (entre
Jordânia e Israel) é a maior depressão absoluta do
planeta (394m abaixo do Mar).
III – Planícies: correspondem a superfícies
relativamente planas, geralmente entre 0 a 200 metros
de altitude, ao longo de litorais e de rios, por exemplo.
Ocorrem a partir do acúmulo (deposição) de
sedimentos, transportados de regiões mais elevadas,
pelas chuvas, vento (...). Quando os sedimentos são
transportados por rios, a planície é do tipo aluvial
(Planície Amazônica). Quando a planície é formada por
sedimentos é denominada de planície
costeira.
Quando é produto do soterramento de um lago,
temos a planície lacustres. E por fim, no caso de
transporte de sedimentos por meio dos ventos, a
planície é do tipo eólica. No Brasil temos a Planície
Amazônica, Planície Costeira, Planície do Pantanal e a
Planície do Pampa Gaúcho
IV - Depressões: se encontram abaixo do nível
topográfico das áreas circunvizinhas. Existem dois
tipos de depressão: absoluta e relativa. As
depressões absolutas são aquelas que se encontram
abaixo do nível do mar (Mar Morto, Vale da Morte),
enquanto que depressões relativas estão acima do
nível do mar.
12.2 – Relevo Submarino: Plataforma
Continental, Talude, Região Pelágica, Região
Abissal.
I - Plataforma continental: é o “prolongamento
do relevo continental, constituindo-se geralmente
numa “planície submersa” que margeia o
continente, que se estende até 200m de
profundidade, em uma extensão que varia, em
média, de 20 a 100km. Quanto mais suave for o
declive do litoral, mais larga será a plataforma. Esta
região recebe grande quantidade de sedimentos,
podendo concentrar depósitos de petróleo, além de
intensa atividade pesqueira.
II - Talude: porção escarpada (íngreme) que surge
após a Plataforma Continental. As fossas marinhas
(depressões abissais) aparecem abaixo do talude,
em zonas de contato entre placas tectônicas.
III - Região pelágica ou Bacia Oceânica:
corresponde à maior parte do relevo submarino,
formando o “fundo oceânico” propriamente dito.
Podem emergir daí montanhas tectônicas e
vulcânicas, que inclusive podem aflorar à superfície
do mar, formando ilhas como Fernando de Noronha
e o arquipélago japonês.
IV - Região Abissal ou Fossa Oceânica:
ocorrem geralmente em áreas de subducção (zonas
de contato de placas)em meio à Bacia Oceânica. São
fendas estreitas e alongadas que podem chegar a
mais de 10.000 metros de profundidade.
*Dorsal Oceânica: corresponde a cordilheiras
submarinas que surgem nas áreas de contato entre
“placas tectônicas divergentes”, facilitando o
extravasamento
do
material
magmático,
viabilizando o surgimento de ilhas e vulcões. É o
caso da Dorsal Meso-Atlântica, na região de contato
entre as placas Sulamericana e Africana.
*Transgressões e Regressões Marinhas
Como o próprio nome sugere, a transgressão
marinha se caracteriza pelo avanço (invasão) das
águas oceânicas sobre superfícies continentais. Ela
pode ser provocada por epirogênese negativa, ou seja,
pelo rebaixamento de blocos continentais, ou ainda
por ”aquecimento global” e consequente derretimento
de porções das geleiras polares, elevando o nível do
mar. As regressões marinhas, ao contrário, se
caracterizam pela emersão (subida) de superfícies
originalmente recobertas pelo mar, e são causadas por
movimentos
epirogênicos
positivos
ou
pelo
“resfriamento global”, inclusive durante as glaciações.
13- Solos:
O solo é uma camada superficial da crosta formada por
material sedimentar gerado pelo intemperismo sobre
as rochas, acrescido de matéria orgânica
(microscópica e macroscópica) e que funciona como
substrato para a fixação e desenvolvimento da vida
vegetal. Apresenta níveis variados de porosidade, o
que garante a percolação (penetração) de água e
infiltração de ar (aeração).
13.1 - Quanto à profundidade, os solos são
classificados em:
I - Latossolos (profundos): são solos profundos,
geralmente
com
grande
porosidade
certa
concentração de dióxido de ferro, do que resulta a
coloração amarelada ou avermelhada, sendo comum
em regiões tropicais, com ocorrência de lixiviação e
laterização.
II - Litossolos (rasos): geralmente com
profundidade inferior a 10 cm, com baixo teor de
matéria orgânica, sem “horizontes” definidos, podendo
apresentar cascalhos (pequenas pedras), resultantes
do intemperismo sobre a rocha matriz. São comuns
em regiões de clima semiúmido até o semiárido.
13.2 - Quanto à origem:
I - Solos Eluviais: quando se encontra sobre a
rocha matriz (a rocha intemperizada que lhe deu
origem). Portanto, é um solo autóctone, pois se
encontra sobre o local de origem. São exemplos o
solo de terra-roxa (de origem vulcânica, no CentroSul do Brasil, sobre o Planalto Meridional) e o solo
massapê (na Zona da Mata Nordestina).
II - Solos Coluviais: se encontram nas regiões de
decida do relevo, tendo sido transportado das
regiões mais elevadas.
III - Solos Aluviais: se encontram nas regiões
mais baixas do relevo, resultando da deposição de
sedimentos transportados pelos rios, vento (...), a
exemplo dos solos de várzea (várzea do Amazonas)
e o solo de loess (vale do Hoang ho, o “rio
amarelo“, na China)
IV - Solos Orgânicos: são formados a partir da
deposição de matéria orgânica, o que explica sua
fertilidade, pois apresentam elevada concentração
de humos. Destaque para o solo Tchernoziom (o
mais fértil do mundo), típico das estepes da Rússia
e Ucrânia, e o Black Cotton Soil (Planície do
Mississipi – EUA).
13. 3 - Quanto à granulometria: indica o
tamanho
I - Solos arenosos: em sua composição, é
dominante a presença de areia (cristais de quartzo),
apresentando boa percolação (infiltração da água),
baixa retenção de matéria orgânica e baixa
fertilidade.
II - Solos sílticos: apresentam o predomínio de
partículas com diâmetro entre a areia e a argila, os
Siltes.
III - Solos Argilosos: predominam grãos
(partículas) microscópicos, com grande capacidade
de absorção e retenção de umidade, apresentando
menor permeabilidade (baixa percolação e aeração).
HORINZONTES DO SOLO.
 Os solos de regiões de climas tropical e
equatorial sofrem grandes perdas com a erosão,
lixiviação e a laterização.
 A lixiviação: é a “lavagem” da parte
superficial do solo pela ação da chuva, retirando os
nutrientes orgânicos e inorgânicos (NPK), inclusive os
sais minerais hidrossolúveis, empobrecendo o solo. A
retirada das “bases nitrogenadas” aumenta a acidez
do solo, reduzindo a sua fertilidade.
 A laterização: é o surgimento de uma crosta
ferruginosa, formada pela decomposição das rochas
com precipitação dos óxidos e hidróxidos de alumínio
e ferro, o que praticamente esteriliza o solo.
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