haviam sido assim: o pai de Jorge tinha botado a piça na mãe de

Propaganda
I
kuitigos
U NEGRO MACUMBA VIo YxXXx,
o negro hacumba veio das malocas da beira do rio para trabalhar na construção
do edifício. u negro• macumba quando chegava, já estava partindo: plantava um
edifício aqui, uma casa na ponta da cidade, e já estava partindo, rindo o seu
enorme sorriso branco. sorriu,
SORRIU
para Jorge, do altm da construção. Jorge tinha seis anos, era sardento e olhava, de bóca aberta, os oberáríos trabalhando. Jorge nãot tinha os dentes da
:frente, Jorge era magrinho e tinha os joelhos esfolados. nacumba olhou para
êle
DESSE: OLÁ, MEU AMIGUINHO
Jorge perguntou: "Como é o teu nome, negrãoï" e o negro tira respondeu: "Meu
nome é hacumba, e o teur". Jorge disse que se cnamava Jorge. iiisse mais, que
tinha seis anos, que ia ser marinheiro e que não gostava de sopa. Macumba riu,
*.i:OSSIU,
foi embora. No outro dia, Jorge apareceu na construção na h)ra do almaço, e
contou que fugira de casa porque não queria comer sopa. Ailkib gstava desembrulhando a marmta; Jorge alhou o feijao com linguiça e disse: "Posso comer
contigo". O negro Macumba riu e rapondeu: -A vuJue, 44,Lu aLa..i.gulu"
náo podia comer coisas pesadas porque tinha dor de
barriga; mas comeu feijao com linguiça muitas vezes e não tinha dor de barriga. Depois do almaço, ficavam na sombra / conversando. Jorge perguntava muitas
coisas, tais como: quem é o melhor jogador de futebol de mundo; se -Deus pode
ir daqui até a lua; se um tigre apanha de um leão; como é que a girafa faz
quando quer dormir; e se a gente comesse formiga o que é que acontecia;. e se
a gente tiyesse_asas, seria bacana, não seria; e quanto custa um navio dos
grandes. t44:ia, e me ensinava muitas coisas: COMO preparar argamassa;
como tecer uma rede de pescar; como fazer um automóvel com carretéis vazios
(naquele dia, os carretéis cheios da mae de Jorge esvazia_zam-sej e muita linha sobrou); como fazer um carrinho de lomba.
um dia, Jorge veio triste; Bernardo tinha contado para ële que as c
t~0444- .
haviam sido assim: o pai de Jorge tinha botado a piça na mãe de Jorgee
4k.
ba p8s, de pe num salto; era um gigante e seus olhos brilhavam. iritou: "É
mentira, meu amiguinhQ1 É mentira daquele safado!" E contou a verdade: Deus
Nosso Senhor tinha trazido Jorge para o pai e a mãe de Jorge.
Um dia; Macumba veio triste: sua filhinha tinha morrido.
um dia, a sirena de uma ambuláncia f“ estremecer a rua tran4Uila. Jorge,
4voroçado, correu para ver o que era. A ambulncia parou em frente ao edifício em construção. nles saíram lít de dentro. eram dois operários, seguravam
-
,
Macumba pelos braços.
O NEGRO MACUMBA VEIO E SORRIU E DISSE: OLÁ, MEUAMIGUINHO; TOSSIU, e da sua
boca brotou uma flor vermelha que manchou a pintura branca da ambuláncia. macumba entrou, as portas de aço se fecharam com estrondo, e a ambulância partiuoor de sirene aberta. Jorge tinha seis anos, era sardento, e olhava.
Dom Jaime Spengler
Chanceler
Irmão Joaquim Clotet
Reitor
Irmão Evilázio Teixeira
Pontifícia Universidade Católica
do Rio Grande do Sul
Vice-Reitor
Luiz Antonio de Assis Brasil
• DELFOS
III
Coordenador Geral
Espaço de Documentação
e Memória Cultural
Regina Kohlrausch
Coordenadora Adjunta
Ricardo Araujo Barberena
Coordenador Executivo
ORIENTAÇÕES PARA O USO
• DELFOS
AI DIGITAL
Esta é uma cópia digital de um documento (ou parte dele) que pertence a um dos acervos que participam
do projeto DELFOS DIGITAL da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS.
Trata-se de uma referência, a mais fiel possível, a um documento original. Neste sentido, procuramos
manter a integridade e a autenticidade da fonte, não realizando alterações no ambiente digital — com
exceção de ajustes de cor, contraste e definição.
Você apenas deve utilizar esta obra para fins não comerciais. Os documentos publicados no DELFOS
Digital são publicados conforme a licença Creative Commons 3.0: Atribuição; Vedado o uso comercial;
Vedada a Criação de Obras Derivadas. 3.0 — Brasil:
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
Atribuição. Quando utilizar este documento em outro contexto, você deve dar crédito ao autor (ou
autores), ao DELFOS Digital e ao acervo original, da forma como aparece na ficha catalográfica
(metadados) do repositório digital. Pedimos que você não republique este conteúdo na rede mundial
de computadores (Internet) sem a nossa expressa autorização.
Direitos do autor. No Brasil, os direitos do autor são regulados pela Lei n.° 9.610, de 19 de Fevereiro
de 1998. Os direitos do autor estão também respaldados na Convenção de Berna, de 1971. Sabemos
das dificuldades existentes para a verificação se uma obra realmente encontra-se em domínio público.
Neste sentido, se você acreditar que algum documento publicado no Delfos Digital esteja violando
direitos autorais de tradução, versão, exibição, reprodução ou quaisquer outros, solicitamos que nos
informe imediatamente ([email protected] ).
MARISTA
PUCRS
DELFOS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Av. lpiranga, 6681 Prédio 16, 7° andar 1 Partenon
Porto Alegre/RS ¡CEP: 90619-900 1 Fone: (51) 3353.8386
Download