Nº 53 terça-feira,05 de janeiro de 2016 Boletim de Serviço Nº 53, 05 de janeiro de 2016 Hospital Universitário Júlio Muller Nº 53 terça-feira,05 de janeiro de 2016 EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES – EBSERH HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JÚLIO MULLER Avenida Luis Philipe Pereira Leite, S/N, Bairro Alvorada, 78048-902 Cuiabá – MT - Telefones : 3615 7230/7231 ALOIZIO MERCADANTE Ministro de Estado da Educação NEWTON LIMA NETO Presidente JEANNE LILIANE MARLENE MICHEL Diretora vice-presidente ADRIANA KARLA NUNES BARBUIO Diretor de Atenção à Saúde - Substituta GARIBALDI JOSÉ CORDEIRO DE ALBUQUERQUE Diretor de Administração e Infraestrutura CRISTIAN DE OLIVEIRA LIMA Diretor de Controladoria e Finanças MARCOS AURÉLIO SOUZA BRITO Diretor de Gestão de Pessoas - Substituto CRISTIANO CABRAL Diretor de Gestão de Processos e Tecnologia da Informação FRANCISCO JOSÉ DUTRA SOUTO Superintendente / Hujm EDUARDO DE LAMÔNICA FREIRE Gerente de Atenção à Saúde / HUJM COR JESUS FERNANDES FONTES Gerente de Ensino e Pesquisa / HUJM CASSIANO MORAES FALLEIROS Gerente Administrativo / HUJM Nº 53 terça-feira,05 de janeiro de 2016 SUMÁRIO SUPERINTENDÊNCIA ...................................................................................... 7 PUBLICAÇÃO...................................................................................................4 Procedimento Operacional Padrão nº 01, de 05 de janeiro de 2016. POP/ SVSSP/001/2015 HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS...........................................4 Procedimento Operacional Padrão nº 02, de 05 de janeiro de 2016. POP/SADT/001/2015 Administração de Hemocomponentes em Recémnascido ............................................................................................................. 14 Procedimento Operacional Padrão nº 03, de 05 de janeiro de 2016. POP/Divenf/003/2015 Cuidados na Fototerapia Versão 1.0............................19 Nº 53 terça-feira,05 de janeiro de 2016 SUPERINTENDÊNCIA PUBLICAÇÃO Procedimento Operacional Padrão nº 01, de 05 de janeiro de 2016 POP/ SVSSP/001/2015 HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS OBJETIVO Orientar a prática de higienização das mãos durante a assistência ao paciente e na antissepsia cirúrgica, com o intuito de prevenir infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) e transmissão de microorganismos, visando à segurança dos pacientes, dos profissionais de saúde e de todos aqueles envolvidos com os cuidados aos pacientes no Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM). DOCUMENTOS RELACIONADOS Não se aplica ABREVIATURAS ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária HUJM – Hospital Universitário Júlio Muller OMS – Organização Mundial de Saúde SCIH – Serviço de Controle de Infecção Hospitalar SVSSP – Setor de Vigilância de Saúde e Segurança do Paciente APLICAÇÃO Este padrão se aplica a todas as unidades assistenciais do HUJM. RESPONSÁVEL Equipe multiprofissional (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos e auxiliares de enfermagem, acadêmicos e residentes de medicina ou enfermagem e outros colaboradores do HUJM). 4 Nº 53 terça-feira,05 de janeiro de 2016 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Os 5 Momentos para a Higienização das Mãos Figura 2 – Higienização Simples das Mãos Figura 3 – Higienização das Mãos com Preparações Alcoólicas Figura 4 – Antissepsia ou Preparo Pré-operatório das Mãos I. INTRODUÇÃO “Higiene das mãos” é um termo geral, que se refere a qualquer ação de higienizar as mãos para prevenir a transmissão de microorganismos e, consequentemente, evitar que pacientes e profissionais de saúde adquiram IRAS. Tendo como finalidade a remoção de sujidades, suor, oleosidade, o termo engloba: Higiene simples das mãos: ato de higienizar as mãos com água e sabonete comum, sob a forma líquida. Higiene antisséptica das mãos: ato de higienizar as mãos com água e sabonete associado a agente antisséptico. Fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica: aplicação de preparação alcoólica nas mãos para reduzir a carga de microrganismos sem a necessidade de enxague em água ou secagem. Preparação alcoólica para higiene das mãos sob a forma de gel: preparações contendo álcool, na concentração final mínima de 70% com atividade antibacteriana comprovada. Recomenda-se que contenha emolientes em sua formulação para evitar o ressecamento da pele. Antissepsia cirúrgica das mãos. Há os cinco momentos essenciais da higienização das mãos durante a assistência, preconizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para prevenção das IRAS. São eles: Figura 1: Os 5 Momentos para a Higienização das Mãos 5 Nº 53 terça-feira,05 de janeiro de 2016 Fonte: Anvisa,2009 1- Antes do contato com o paciente; 2- Antes da realização de procedimentos assépticos; 3- Após risco de exposição a fluidos corporais; 4- Após o contato com o paciente; 5- Após o contato com as áreas próximas ao paciente. Observações: Para evitar ressecamento e dermatites, não higienizar as mãos com água e sabão imediatamente antes ou depois de usar uma preparação alcoólica. Manter as unhas naturais, limpas e curtas. Não usar unhas postiças quando entrar em contato direto com os pacientes. Evitar o uso de esmaltes nas unhas. Se usá-lo, este deve estar íntegro. Evitar utilizar anéis, pulseiras e outros adornos quando assistir o paciente. Aplicar creme hidratante nas mãos (uso individual), diariamente, para evitar ressecamento da pele. II. Descrição das tarefas 2.1. Higienização simples das mãos Orientações Higienizar as mãos: o Ao iniciar o turno de trabalho; 6 Nº 53 terça-feira,05 de janeiro de 2016 o Sempre que as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com fluidos corporais (neste caso, usar água e sabão líquido); o Antes e após o contato com o paciente; o Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos; o Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos que não requeiram preparo cirúrgico; o Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo, durante o cuidado ao paciente; o Após contato com objetos inanimados e superfícies imediatamente próximas ao paciente; o Antes e após remoção de luvas; o Antes e após realizar atos pessoais (ex.: alimentar-se, assoar o nariz, ir ao toalete, pentear os cabelos); o Antes do preparo de medicamentos; o Antes de preparo de alimentos; o Após risco de exposição a fluidos corporais. Materiais Água corrente; Sabonete líquido ou sabonete com antisséptico (clorexidina 2%) (dependendo do setor); Papel toalha. Procedimento 1. Retirar anéis, pulseiras, relógios e adornos; 2. Acionar a torneira, molhar as mãos evitando encostar-se à pia; 3. Aplicar na palma da mão a quantidade suficiente de sabonete líquido ou sabonete antisséptico (2 ml aproximadamente) para cobrir todas as superfícies das mãos; 4. Ensaboar e friccionar as mãos friccionando-as entre si; 5. Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos e vice-versa; 6. Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais; 7. Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com movimento de vai-e-vem e vice versa; 7 Nº 53 terça-feira,05 de janeiro de 2016 8. Esfregar o polegar esquerdo com auxílio da palma da mão direita, utilizando movimento circular e vice-versa; 9. Friccionar as polpas digitais e unhas da mão direita contra a palma da mão esquerda fechada em concha, fazendo movimento circular e vice-versa; 10. Esfregar o punho esquerdo com o auxílio da palma da mão direita utilizando movimento circular e vice-versa; 11. Enxaguar as mãos retirando os resíduos de sabonete, no sentido dos dedos para os punhos. Evitar contato direto das mãos ensaboadas com a torneira; 12. Secar as mãos com papel-toalha descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos; 13. Desprezar o papel-toalha na lixeira para resíduos comuns. Figura 2. Higienização Simples das Mãos Fonte: ANVISA, 2009 2.2. Higienização das mãos com preparação alcoólica 8 Nº 53 terça-feira,05 de janeiro de 2016 Orientações A higienização das mãos deve ser feita com preparação alcoólica quando estas não estiverem visivelmente sujas, em todas as situações descritas a seguir: o Antes de ter contato com o paciente. o Após ter contato com o paciente. o Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos. o Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos que não requeiram preparo cirúrgico. o Após risco de exposição a fluidos corporais. o Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo, durante o cuidado ao paciente. o Após ter contato com objetos inanimados e superfícies imediatamente próximas ao paciente. o Antes e após a remoção das luvas. Materiais Gel ou preparação alcoólica a 70% com 1-3% de glicerina. Procedimento 1. Antes de iniciar o procedimento retire anéis, pulseiras, relógios e adornos; 2. Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de álcool (2-3 ml) em gel para cobrir todas as superfícies das mãos no processo de higienização; 3. Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos e viceversa; 4. Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais; 5. Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com movimento de vaivém e vice-versa; 6. Esfregar o polegar direito, com auxílio da palma da mão esquerda, utilizando movimento circular, e vice-versa; 7. Friccionar as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita, fechada em concha, fazendo movimento circular e vice-versa; 8. Esfregar o punho esquerdo, com o auxílio da palma da mão direita, utilizando movimento circular e vice-versa; 9. Deixar que sequem naturalmente. 9 Nº 53 terça-feira,05 de janeiro de 2016 Figura 3 – Higienização das Mãos com Preparações Alcoólicas Fonte: ANVISA,2009. 2.3. Antissepsia cirúrgica das mãos Orientações Medida recomendada para a técnica de higienização das mãos destinada à realização de procedimento cirúrgico; Eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota residente, além de proporcionar efeito residual na pele do profissional; Duração do procedimento: de 3 a 5 minutos para a primeira cirurgia e de 2 a 3 minutos para as cirurgias subsequentes; 10 8 Nº 53 terça-feira,05 de janeiro de 2016 Medida recomendada no pré-operatório, antes de qualquer procedimento cirúrgico e antes da realização de procedimentos invasivos (por exemplo, inserção de cateter intravascular central, punções, drenagens de cavidades, instalação de diálise, pequenas suturas, endoscopias e outros). Materiais Clorexidina Degermante 2%; Escova de cerdas macias impregnada ou não com clorexidina degermante, descartáveis e de uso exclusivo em leito ungueal e subungueal; Água corrente potável; Compressas estéreis; Procedimento 1. Retirar anéis, pulseiras, relógios e adornos; 2. Acionar a torneira, molhar as mãos, antebraços e cotovelos evitando encostar-se na pia; 3. Recolher, com as mãos em concha, o antisséptico e espalhar nas mãos, antebraço e cotovelo. No caso de escova impregnada com antisséptico, pressione a parte da esponja contra a pele e espalhe por todas as partes; 4. Limpar sob as unhas com as cerdas da escova ou com limpador de unhas; 5. Friccionar as mãos, observando espaços interdigitais e antebraço por no mínimo 3 a 5 minutos, mantendo as mãos acima dos cotovelos; 6. Enxaguar as mãos em água corrente, no sentido das mãos para cotovelos, retirando todo resíduo do produto. Fechar a torneira com o cotovelo, joelho ou pés, se a torneira não possuir sensor; 7. Enxugar as mãos em toalhas ou compressas estéreis, com movimentos compressivos, iniciando pelas mãos e seguindo pelo antebraço e cotovelo, atentando para utilizar as diferentes dobras da toalha/compressa para regiões distintas. Nº 53 terça-feira,05 de janeiro de 2016 Figura 4. Antissepsia ou Preparo Pré-operatório das Mãos Fonte: ANVISA, 2009 III. REFERÊNCIA BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA. Ministério da Saúde. Higienização das mãos em serviços de saúde/ Agência Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília: Anvisa, 2007. BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA. Ministério da Saúde.Segurança do Paciente em serviços de Saúde: Higienização das Mãos. Brasília, 2009. 12 Nº 53 terça-feira,05 de janeiro de 2016 IV. ELABORAÇÃO NOME Flávia L. V. Mineo Thaismari E. Ferreira CARGO ASSINATURA/CARIMBO Enfermeira do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar Enfermeira do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar v. REVISÃO NOME Paula Sossai Rizzo CARGO Médica Infectologista Serviço de Controle Infecção Hospitalar ASSINATURA/CARIMBO do de vi. APROVAÇÃO NOME CARGO Josiane Rosa Chefe do Setor de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente Eduardo De Lamonica Freire Gerente da Atenção à Saúde ASSINATURA/CARIMBO 13 Nº 53 terça-feira,05 de janeiro de 2016 Procedimento Operacional Padrão nº 02, de 05 de janeiro de 2016 POP/SADT/001/2015 Administração de Hemocomponentes em Recém-nascido OBJETIVO Estabelecer normas e procedimentos para administração de hemocomponentes na UTI neonatal, a fim de garantir um ato transfusional seguro. ABREVIATURAS E SIGLAS DHRN - Doença Hemolítica do Recém-nascido EPI – Equipamento de Proteção Individual RN – Recém-nascido SADT – Setor de Apoio Diagnóstico e Terapêutico UTI – Unidade de Tratamento Intensivo UCINCO/CA – Unidade de Cuidados Intermediários e Convencional/Canguru APLICAÇÃO Este padrão se aplica ao setor de banco de sangue, UTI Neonatal e UCINCO/ca RESPONSÁVEL Equipe do banco de sangue, médico, residente de medicina, enfermeiro, residente de enfermagem e técnico de enfermagem. I. INTRODUÇÃO A transfusão de sangue, hemocomponentes e hemoderivados faz parte do arsenal terapêutico que confere suporte avançado aos bebês de risco em unidades de cuidados intensivos neonatais, sobretudo para o tratamento da Doença Hemolítica do Recém-nascido (DHRN). Os procedimentos de administração ficam padronizados neste documento. 14 Nº 53 terça-feira,05 de janeiro de 2016 II. Descrição das tarefas Orientações É reservado ao médico do serviço de transfusão o direito de suspender a transfusão solicitada, se após análise do caso, decidir que o produto é desnecessário ou contra indicado. A responsabilidade por esta conduta é exclusiva do hemoterapêuta. Antes da transfusão, os componentes eritrocitários só podem permanecer à temperatura ambiente por, no máximo, 30 minutos. Os componentes plasmáticos devem ser transfundidos, no máximo, 6 horas após o seu descongelamento se armazenados a 22 +- 2º C, e 24 horas se a 4 +- 2º C. 5.3. Os hemocomponentes devem ser infundidos em, no máximo, 4 horas. A velocidade de infusão deve ser ajustada de acordo com condições clínicas do paciente. Não se deve Introduzir ou retirar qualquer tipo de medicação/hemocomponente na bolsa de sangue ou na borracha do transfuso. Perfurar ou cortar a bolsa com a finalidade de aumentar o gotejamento. Infundir outros fluidos na mesma veia que está sendo utilizada para a transfusão. Somente em caso que o paciente tiver sem condições de acesso, com autorização médica. Comprimir a bolsa de sangue. Exceder o período de quatro horas do início da transfusão. Banco de Sangue Realizar a identificação do paciente para a realização da transfusão sanguínea. Investigar os sintomas usuais do paciente (tais como dispnéia, tonturas e febre), para que não sejam confundidas com os de uma reação transfusionais. Verificar o registro no prontuário dos sinais vitais do paciente. Equipe de enfermagem Conservar a etiqueta de identificação da bolsa até o final da transfusão. Observar periodicamente o paciente durante a transfusão. Comunicar o banco de sangue caso o paciente apresente reação transfusional. 15 Nº 53 terça-feira,05 de janeiro de 2016 Retirar a bolsa de hemocomponente e desprezar em lixo hospitalar. É terminantemente proibida a adição, ao sangue ou componente, de qualquer substância ou medicamento, ou sua infusão concomitante pela mesma linha que a do sangue (exceto quando absolutamente necessárias soluções isotônicas ao sangue e isentas de cálcio). É terminantemente proibida a aspiração do sangue ou componente para outro recipiente/seringa Materiais Jaleco Máscara Luvas de Procedimento Procedimento 1. Recebimento e verificação do produto sanguíneo 1.1 Antes da instalação do hemocomponente, realizar a inspeção visual do produto e a conferência de todos os dados constantes no rótulo da bolsa liberada e na etiqueta de identificação do paciente, a fim de certificar-se da destinação e, assim garantir a segurança da transfusão. 1.2 Na inspeção visual, observar de imediato, o aspecto físico quanto a sinais de deterioração ou hemólise, bem como a integridade da bolsa e do respectivo segmento e a data de validade. 1.3 Na verificação da etiqueta original e de liberação da bolsa. Conferir os seguintes dados: nome da instituição coletora, nome do produto e volume aproximado, código da doação, nome e quantidade de anticoagulante (exceto do componente obtido por aférese), data da coleta, data de validade do produto e, nas preparações em circuito aberto, o limite de horário para a sua utilização. Na etiqueta de liberação do produto, verificar os resultados do grupo ABO e Rh, da pesquisa de anticorpos irregulares e dos testes sorológicos para doenças transmissíveis pelo sangue. 2. Verificação da etiqueta de identificação do paciente. 2.1 Checar o nome completo do paciente, o número do registro, o leito, o resultado dos testes prétransfusionais (grupo sanguíneo ABO e Rh, pesquisa de anticorpos irregulares e prova cruzada). 16 Nº 53 terça-feira,05 de janeiro de 2016 OBS: Em hipótese alguma a bolsa do hemocomponente poderá ser colocada em algum equipamento para aquecimento como: microondas, recipiente com água quente e outros. 3. Verificação dos sinais vitais do paciente. 3.1 Paramentar – se com os EPI’s necessário. 3.2 Verificar a temperatura, o pulso, a respiração e a pressão sanguínea. 4. Instalação do componente sanguíneo 4.1 Conferir novamente o nome do paciente na etiqueta afixada ao produto. 4.2 Inverter a bolsa para encher a câmara superior do equipo, pressionando-a e soltando-a até completar o volume. 4.3 Encher a câmara de gotejamento, pressionando-a e soltando-a até que um terço do seu superior esteja ocupado. 4.4 Abrir a pinça reguladora de fluxo lentamente, até que todo o ar saia da tubulação, não sendo necessário retirar o protetor do local onde o transfuso é inserido no escalpe ou abocath. Fechar a pinça. 4.5 Fixar a bolsa invertida e conectada ao equipo no suporte para soro, através da alça de suspensão.Acomodar bem o paciente, em posição conveniente, para facilitar a punção (caso seja necessário). 4.6 Verificar o nome completo do paciente e conferir novamente a etiqueta fixada à bolsa. 4.7 Escolher adequadamente o campo para a punção venosa(caso seja necessário). 4.8 Proceder à anti-sepsia do local utilizando algodão embebido em álcool a 70%, mediante movimentos concêntricos (de dentro para fora) a partir do ponto da punção 4.9 Garrotear o membro a ser puncionado e não palpar mais a veia a ser puncionada. 4.10 Proceder à punção venosa. 4.11 Retirar o protetor do equipo e conectá-lo ao scalp ou abocath. 4.12 Retirar o garrote e proteger o local da punção com curativo transparente. 4.13 Abrir lentamente a pinça reguladora de fluxo e estabelecer um gotejamento lentamente observando o paciente. 4.14 Observar diretamente o paciente nos primeiros dez minutos da transfusão, para certificar-se do seu conforto durante o início do procedimento. 4.15 Registrar a transfusão no prontuário médico. Desvios/ações 17 Nº 53 terça-feira,05 de janeiro de 2016 Em caso de alteração nos padrões dos sinais vitais, comunicar o médico antes de iniciar a transfusão. Em caso de reação transfusional, chamar o residente de medicina ou o médico para identificar o tipo de reação transfusional, estabelecer a conduta e comunicar o banco de sangue. Em caso de identificação incorreta do receptor, comunicar o banco de sangue e solicitar conferência e correção da identificação. III. REFERÊNCIA MARGOTTO PR. Distúrbios hematológicos – Anemia neonatal. Boletim Informativo Pediátrico (BIP)- Brasília, Nº 36, 1983. NETTO AA, BUENO LHL. Hemoterapia no período neonatal. In: MEZZACAPPA FF, MARBA STM. Manual de Neonatologia, Unicamp, Revinter, Rio de Janeiro, p. 201, 1998. VAZFAC, CECCON MEJ, KREBS VLJ. Transfusão de sangue, plasma e hemoderivados. In: VAZFAC, MANISSADJIAN A, ZUGAIB M. Assistência à gestante de alto risco e ao RN nas primeiras horas. Atheneu, São Paulo, p. 443, 1993. VAZ FAC, DINIZ EMA. Terapia Transfusional. Clínica de Perinatologia 2:111, 2002 Ministério da Saúde (Brasil). Guia para uso de Hemocomponentes. Brasília, 2009. IV. ELABORAÇÃO NOME CARGO ASSINATURA/CARI MBO Andressa C. I. Natalino Enfermeira da Saúde da Criança e Campos do Adolescente V. REVISÃO NOME CARGO ASSINATURA/C ARIMBO Vinícius Paes Lemes Chefe da Unidade de Cuidados Intensivos e Semi-intensivos Neonatal. VI. APROVAÇÃO NOME Hildenete M. Fortes CARGO ASSINATURA/CARIMBO Chefe do Setor de Apoio Diagnóstico e Terapêutico Eduardo De Lamonica Freire Gerente de Atenção à Saúde 18 Nº 53 terça-feira,05 de janeiro de 2016 Procedimento Operacional Padrão nº 03, de 05 de janeiro de 2016 POP/Divenf/003/2015 Cuidados na Fototerapia Versão 1.0 OBJETIVO Orientar os profissionais no tratamento da hiperbilirrubinemia, que é a transformação fotoquímica da estrutura da molécula da bilirrubina em produtos hidrossolúveis, passíveis de eliminação renal e hepática ABREVIATURAS E SIGLAS Divenf – Divisão de Enfermagem RN – Recém-nascido APLICAÇÃO Este padrão se aplica nas unidades de internação e no alojamento conjunto, unidade de tratamento intensivo neonatal e unidade de cuidados intermediários e convencional/canguru. RESPONSÁVEL Enfermeiros, residentes de enfermagem e técnicos de enfermagem I. INTRODUÇÃO Modalidade terapêutica, que consiste em incidir luz diretamente no recém-nascido quando o nível sérico de bilirrubina indicar o procedimento de acordo com as curvas de fototerapia da Academia Americana de Pediatria. 19 Nº 53 terça-feira,05 de janeiro de 2016 II. Descrição das tarefas Orientações Orientar que a cor amarelada na pele do RN deve – se ao alto índice de bilirrubina circulante no organismo e que o tratamento é simples com a incidência de luz através do aparelho BILITRON; Óculos de proteção é de extrema necessidade, orientar quanto aos prejuízos causados quando não utilizados; A amamentação deve ser continuada respeitando o tempo de exposição à LUZ, Os cuidados ao RN devem ser mantidos durante o procedimento, evitar hidratantes que podem causar manchas e queimaduras. A área máxima de superfície cutânea deve ser exposta; Este procedimento é contra-indicado em pacientes com aumento maior da bilirrubina direta causada por doença hepática ou obstrução de vias biliares, podendo ocasionar a síndrome do “bebê bronzeado” e também na presença de porfiria. Materiais: Bilitron ou bilispot, que consiste em foco refletivo de luz halógena que atua de maneira localizada, com uma irradiância em torno 20 a 22 uw/cm2/nmo. 20 Nº 53 terça-feira,05 de janeiro de 2016 Aparaelho de fototerapia convencional que atua com três lâmpadas fluorescentes azuis no centro e duas lâmpadas fluorescentes em cada uma das laterais (situadas sob o RN) que atingem uma extensa superfície corpórea, com uma irradiância de 18 a 27 uw/cm2/nmo(7-9). Óculos de proteção; Procedimento 1. Os RN em fototerapia são mantidos despidos, apenas com protetores oculares assim assegura-se uma maior exposição de área de superfície cutânea, não existe evidencia que justifique virar o RN, pode ficar do mesmo lado o quanto a mãe desejar. 2. Óculos deve ser colocado de maneira a não ocluir as narinas; 3. Quando utilizado o bilitron em RN na incubadora obter um espaço no mínimo de 5 cm da mesma; 4. Quando utilizado o bilitron em RN em berço aquecido obter um espaço de 30cm Resultados esperados quando será iniciada a fototerapia RN < 35 sem < 1.500g: de 06 a 08 mg/dl RN de 1500 a 1999g: de 08 a 10mg/dl RN de 2000 a 2500g: de 12 a 14mg/dl RN > de 2500g: de 14 a 16mg/dl Desvios/ações Pode causar impregnação cerebral pelo pigmento amarelo e suas complicações neurológicas graves; Diarréia; Aumento de perdas insensíveis de água devido a superfície corporal aumentada e exposta que somada a demora na regulação do aleitamento materno pode levar a desidratação; Susceptibilidade à hipertermia e à hipotermia devido à exposição direta da fonte de calor (luz) ou falta de aquecimento quando em berço comum ou biliberço; Erupções cutâneas e eritema; Escurecimento da pele chamada de síndrome do bebê bronzeado; Queimaduras; Plaquetopenia e danos retinianos. Óculos mal fixado pode comprimir as narinas podendo acarretar asfixia e apneia; 21 Nº 53 terça-feira,05 de janeiro de 2016 III. REFERÊNCIA Gomes NS, Teixeira JBA, Barichello E. Cuidados ao recém nascido em fototerapia: o conhecimento da equipe de enfermagem. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2010 abr./jun.;12(2):33741. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5216/ree.v12i2.6507. Manual de neonatologia/ editoria John P. Cloherty, Eric C. Eichenwald, Ann r. Stark; revisão técnica José Dias Rego; tradução Ivan Costa ET AL- Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005 IV. ELABORAÇÃO NOME Marília Barroso CARGO ASSINATURA/CARIMBO Enfermeira assistencial / UTI Neonatal V. REVISÃO NOME Vinícius Paes Lemes CARGO ASSINATURA/CARIMBO Chefe da Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal VI. APROVAÇÃO NOME Mara Regina R. Ribeiro CARGO Chefe da Divisão Enfermagem Eduardo De Lamonica Freire Gerente de Atenção à Saúde ASSINATURA/CARIMBO de 22