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NÚCLEO ESTADUAL DE JOVENS E ADULTOS-CULTURA POPULAR
CONSTRUINDO UM NOVO MUNDO
APOSTILA DE PORTUGUÊS
ENSINO MÉDIO
MÓDULO 08
PROFª: ELAINE MARIA EITELWEIN
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O índio é o Brasil
É...Brasil é índio
É...e o índio é o Brasil!
Tupi, Tamoio, Tapuai, Tupinambás
Gente que a gente nem sabe maiis
Jês, Caiapós, Caingangues, Aimorés
Dos rios e matas, igarapés.
Tudo isso é...Brasil é o índio
É...e o índio é o Brasil
A terá é Bororó
Cerado é Caiapó
São donos dissi aqui
Não tem mais Guaicurus, Goitacás
Os rios estão sujos demais.
Tupi, Tamoio, Xavante, Pataxós
Yanomâmis, Caiapós,
Jês, Tremembés, Caingangues, Aimorés
Esse é o ...Brasil é o índio
É...e o índio é o Brasil
(VALLE, Marcos; VALE, Paulo Sérgio; CANTUÁRIA, Vinícius. Escape.São Pulo. Trama,2002)
A canção “O índio é o Brasil”, gravada no século XXI, pode ser inserida num
conjunto de textos literários que apresentam a imagem do nativo e da natureza como
representantes do nosso país, por vezes considerados como elementos definidores da
identidade nacional. Essa tendência ganhou força no século XIX, quando,
impulsionados por um sentimento nacionalista, autores brasileiros se dedicaram à
produção das chamadas obras indianistas, nas quais o indígena, espécie de símbolo
nacional, é visto de forma idealizada, distante de sua realidade histórica.
No início do século XX, autores modernos, fazendo uma nova reflexão sobre a
identidade nacional, dialogaram com os textos românticos, desconstruindo algumas
imagens formadas pelos indianistas daquele período. Já na segunda metade do século
XX, o romance “Quarup”, de Antonio Callado, apresenta o nativo em uma perspectiva
mais próxima da realidade.
No entanto, assim como uma visão romântica de mundo pode ser observada
também nos dias de hoje, a idealização do indígena ainda é notada.
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Em 2000, o Instituto Socioambiental (ISA) encomendou ao Instituto Brasileiro
de Opinião pública e Estatística (Ibope) uma pesquisa de opinião sobre o que os
brasileiros pensavam sobre os indígenas. Duas mil pessoas de todo o Brasil (homens e
mulheres, eleitores com mais de 16 anos) responderam a vinte perguntas. A seguir, são
apresentados alguns resultados dessa pesquisa.
Perguntas
concorda
discorda
1) Os indígenas
conservam a
natureza e vivem
em harmonia com
ela?
2) Os indígenas
não são
preguiçosos,
apenas encaram o
trabalho de forma
diferente de nós?
3) Os indígenas
são violentos?
88%
8%
Não sabe/não
opinou
4%
81%
13%
6%
36%
59%
6%
8%
4%
3) Os indígenas
89%
são violentos
apenas com os que
invadem suas
terras?
Aplicar conhecimento:
(Encceja- 2002) As pinturas corporais foram sempre muito utilizadas pelos povos
indígenas em rituais de festas, magias e lutos. Atualmente vemos pessoas pintar os
rostos por protesto político, como foi o caso dos estudantes chamados de “caras
pintadas”. Também os torcedores de futebol pintam no rosto a bandeira de seus times.
Com base nesses exemplos, pode-se concluir que tais gestos representam diferentes
formas de:
(a) Preconceito
(b) Expressões culturais
(c) Manifestações esportivas
(d) Sentimentos religiosos
(e) Sensações religiosas
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(Enem2011) Palavra Indígena
A história da tribo Sapucaí, que traduziu para o idioma guarani os artefatos da
era da computação que ganharam importância em sua vida, como mouse (que eles
chamam de angojhá) e windows(Oventã)
Quando a internet chegou àquela comunidade, que abriga em torno de 400 guaranis, há
4 anos, por meio de um projeto do Comitê para Democratização da Informática (CDI),
em parceria com a ONG Rede Povos da Floresta e com antena cedida pelo Star One (da
Embratel), Potty e sua aldeia logo vislumbraram as possibilidades de comunicação que
a Web traz.
Ele conta que usam a rede, por enquanto para preparação e envio de
documentos, mas perceberam que ela pode ajudar na preservação da cultura indígena. A
apropriação da rede se deu de forma gradual, mas os guaranis já incorporaram a
novidade tecnológica ao seu estilo de vida. A importância da internet e da computação
para eles está expressa num caso de rara incorporação: a do vocabulário.
-Um dia, o cacique da aldeia Sapucaí me ligou. “A gente não está querendo
chamar computador de computador”. Sugeri a eles que criassem uma palavra guarani. E
criaram aiúirúrive, “caixa pra acumular a língua”. Nós, brancos, usamos
mouse,Windows e outros termos, que eles começaram a adaptar para o idioma deles,
como angojhá(rato) e oventã(janela) – conta Rodrigo Baggio, diretor do CDI.
Disponível em: www.revistalingua.uol.com.br
O uso das novas tecnologias de informação fez surgir uma série de novos
termos que foram acolhidos na sociedade brasileira em sua forma original, como:
mouse, download, site, homepage, entre outros. O texto trata da adaptação de
termos da informática à língua indígena como uma reação da tribo Sapucaí, o que
revela:
(a) A possibilidade que o índio Potty vislumbrou em relação à comunicação que a web
pode trazer a seu povo e à facilidade no envio de documentos e na conversação em
tempo real.
(b) O uso da internet para preparação e envio de documentos, bem como a contribuição
para as atividades relacionadas aos trabalhos da cultura indígena.
(c) A preservação da identidade, demonstrada pela preservação do idioma, mesmo com
a utilização de novas tecnologias características da cultura de outros grupos sociais.
(d) Adesão ao projeto do Comitê para Democratização da Informática (CDI), que, em
parceria com a ONG Rede Povos da Floresta, possibilitou o acesso à web, mesmo em
ambiente inóspito.
(e) A apropriação da nova tecnologia de forma gradual, evidente quando os guaranis
incorporam a novidade tecnológica ao seu estilo de vida com a possibilidade de acesso à
internet.
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VERBOS
Verbos são palavras que exprimem ação, estado, mudança de estado e fenômenos
meteorológicos, sempre em relação a determinados tempo.
Eles passeiam
parque. (ação)
no
As
pessoas
estão
felizes. (estado)
Ex:
Faz sol.
(fenômeno da
natureza)
Locução Verbal:
As pessoas estão passeando no parque.
1) “estão passeando no parque” é uma expressão formada por dois verbos –
estão (verbo estar no presente do indicativo) + passeando(verbo passar no
gerúndio) - com valor de um verbo = passeiam.
2) Nas locuções adverbiais conjuga-se apenas o verbo auxiliar: ter, haver, ser,
estar e ir.
3) O verbo principal vem sempre numa das formas nominais: gerúndio ou
particípio.
Flexão dos Verbos:
a) Número e pessoa
1ª pessoa (quem fala): Eu escrevo/Nós escrevemos
2ª pessoa (com quem se fala): Tu escreves/ Vós escreveis
3ª pessoa (de quem se fala): Ele escreve/ Eles escrevem
b) Modo:
Indicativo: é o modo da certeza: acontece, aconteceu ou acontecerá.
Subjuntivo: é o modo da dúvida, incertezas, a possibilidade de algo vir a acontecer.
Indicativo:é o modo da persuasão, da ordem, do pedido, do conselho, do convite.
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c) Tempo:
Modo indicativo
Presente
Pretérito perfeito
Pretérito imperfeito
Pretérito + que perfeito
Futuro do presente
Futuro do pretérito
Modo subjuntivo
Presente
Pretérito perfeito
Futuro
d) Vozes:
Ativa: o sujeito pratica a ação. “Meu tio alugou as casas da vila.”
Passiva analítica: sujeito sofre a ação: “As casas da vila foram alugadas por meu tio.”
Passiva sintética: sujeito sofre a ação: “Alugam-se casas”.
Reflexiva: sujeito faz e sofre a ação: “O garoto feriu-se”
Formas nominais dos Verbos:
Gerúndio: terminações: ando,endo, indo. “ Chegou correndo”
Particípio: terminações: ado, ido.” Havia chegado”
Classificação dos Verbos:
Regulares
Não sofrem alterações no radical:
Irregulares
Sofrem alterações no radical:
Ex: Eu canto, tu cantas, ele canta...
Ex: Eu posso,eu podia, eu poderei
Conjugações:
1ª conjugação: verbos que têm a vogal temática: A: pensar, amar. Falar...
2ª conjugação: verbos que têm a vogal temática: E: comer, vender, fazer...
3ª conjugação: verbos que têm a vogal temática: I: partir, sumir, sorrir...
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MODO INDICATIVO: verdade, fatos que ocorreram ou vão ocorrer.
AR
ER
IR
Presente
Pret.perf.
Pret.imp.
Pret.+qperf. Fut.pres.
Fut.pret.
Eu o
ei
ava
ara
arei
Ária
Tu as
aste
avas
aras
arás
arias
Ele a
ou
ava
ara
ará
aria
Nós amos amos
ávamos
áramos
aremos
aríamos
Vós ais
astes
áveis
áreis
areis
aríeis
Eles am
Eu o
aram
i
avam
ia
aram
era
Arão
erei
ariam
eria
Tu es
este
ias
eras
erás
erias
Ele e
eu
ia
era
erá
eria
Nós emos emos
íamos
êramos
eremos
eríamos
Vós eis
eis
íeis
êreis
errreis
eríeis
Eles em
Eu o
em
i
iam
ira
eram
ira
erão
irei
eriam
iria
Tu es
iste
iras
iras
irás
irias
Ele e
iu
ira
ira
irá
iria
Nós imos imos
íramos
íramos
iremos
iríamos
Vós is
istes
íreis
íreis
ireis
iríeis
Eles em
iram
iram
iram
irão
iriam
Regência : é a relação de dependência entre dois termos. O termo que rege outros se
chama regente; os demais a ele subordinados são os regidos.
Regência Verbal: quando o termo regente é o verbo.
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Observe na tabela abaixo alguns casos de regência verbal:
VERBO
Exemplo
Aspirar
Transitivo direto: tragar, sorver
Assistir
Transitivo indireto: desejar, almejar
Transitivo direto:ajudar
Obedecer/desobedecer
Morar/residir/estar situado
Visar
Preferir
Querer
Transitivo indireto:ver, presenciar
Transitivo indireto: semprecom
preposição
Transitivos indiretos: sempre com
preposição
Transitivo direto: assinar
Transitivo indireto: ambicionar
Transitivo indireto: sempre com
preposição
Transitivo direto: desejo
Transitivo indireto: estimar
Transitividade Verbal:
Transitivo direto: verbos que se ligam ao complemento sem preposição
Transitivos indiretos: verbos que se ligam ao complemento com preposição
Exemplificando:
Aspirei o ar do campo; ( transitivo direto)
Aspirei a um alto cargo na empresa. ( transitivo indireto)
Assisti ao jogo. ( transitivo indireto)
O médico assistiu o paciente. (transitivo direto)
Sempre obedeço aos sinais de trânsito. (transitivo indireto)
Moro em Tenente Portela .( transitivo indireto)
Resido na cidade de Tenente Portela. ( transitivo indireto)
Estou situado na Rua Maracanã. (transitivo indireto)
Ele assinou o cheque. (transitivo direto)
Luís visa ao cargo de presidente. ( transitivo indireto)
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Prefiro bolo a café. (transitivo indireto)
Eu quero a liberdade. (transitivo direto)
Eu quero muito a meus pais. (transitivo indireto)
TIPOLOGIA TEXTUAL
1) Crônica Argumentativa
“O cronista do jornal é como cigano que toda noite arma sua tenda e pela manhã a
desmancha e vai” (Rubem Braga)
A característica mais relevante de uma crônica é o propósito com que ela é
escrita. Seu eixo temático é sempre em torno de uma realidade social, política ou
cultural. Essa mesma realidade é avaliada pelo autor da crônica e uma opinião é
formulada, quase sempre com um tom de protesto ou de argumentação. Por vezes,
assume um tom até mesmo sarcástico, no intento de criticar ou revelar as mazelas
sociais. A crônica argumentativa é aquela na qual o objetivo maior do cronista é relatar
um ponto de vista diferente do que a maioria consegue enxergar. Leia abaixo as
principais características da crônica;
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Apresentação do assunto ou controvérsia a ser discutida, normalmente, no início do
texto;
Tratamento subjetivo do tema, deixando perpassar a sensibilidade e as emoções do
cronista;
Linguagem criativa e figurada, geralmente de acordo com o padrão culto informal da
língua.
A crônica argumentativa visa a apresentar a opinião do autor, sem obrigatoriamente
buscar convencer o leitor.
Exposição de argumentos que fundamentam o ponto de vista do autor;
Conclusão surpreendente, criativa, ou conclusão-síntese, que retoma as ideias do texto e
confirma o ponto de vista defendido.
Bullying de gente grande
Exemplo de crônica
Não gosto do conceito de bullying e do uso que temos feito dessa palavra. Eu já
disse isso e reafirmo em nossa conversa de hoje.
Por que tenho rejeição em relação ao conceito? Porque ele leva o adulto a se
ausentar das questões que os mais novos enfrentam na convivência com seus iguais.
É como se nada do comportamento manifestado pelas crianças --nos conflitos,
nas provocações, brigas e desavenças, nos apelidos e nas piadas a respeito de aparência- tivesse relação com o mundo adulto.
E mais: é como se elas fossem totalmente responsáveis por tudo o que fazem. De
errado, é claro. O conceito nos permite, portanto, ficar de fora desses problemas. Talvez
por isso mesmo faça tanto sucesso entre nós, adultos.
E o que dizer, então, do uso da palavra? Temos uma especial atração pelo
exagero nessa questão.
Uma criança pequena que é mordida pelo colega na escola, um primo que zomba
do outro que perdeu o jogo, a criança que usa óculos e ganha um apelido por isso... tudo
agora é transformado no tal do bullying.
Bem, mas encontrei um bom uso para essa palavra e esse conceito -e é disso que
vou falar hoje. Trata-se do bullying de adultos contra crianças e adolescentes.
Outro dia ouvi a mãe de uma menina chamá-la de "anta" e dizer que ela só fazia
coisas erradas.
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Ainda ouvi a garota responder, com cara de choro, que não havia feito o que
fizera por querer... Havia errado tentando acertar. Isso é bullying, concorda leitor?
Uma criança humilhada por alguém contra quem não pode ou não consegue se
defender pode muito bem ser assim entendido.
(...)
Talvez esteja na hora de fazermos um acordo no mundo adulto: o de só falarmos
do bullying entre os mais novos quando controlarmos nosso próprio comportamento e
pararmos com essa história de humilhar, depreciar, excluir, intimidar e agredir, velada
ou escancaradamente, as crianças e os adolescentes.
(Rosely Sayão, http://www1.folha.uol.com.br/colunas/roselysayao/1240878-bullying-de-gente-grande.shtml,
publicado em 05/03/2013, acesso em 05/03/2013
2)Texto de Opinião
Cor não pega. E racismo, pega?
Há três quartos de século, a cada fevereiro renova-se a pergunta: e se a cor
pegasse? Foi logo depois da Revolução de 30 que Lamartine Babo lançou “O teu cabelo
não nega”, coautoria dos irmãos Valença. Como ensinam as professoras às crianças com
direito a creche, cantam os versos: “ Mas como a cor não pega, mulata/ Mulata eu quero
teu amor”.
Pela lógica da letra, a resposta é inescapável, tchau, mulata, bye-bye, amor.
Sem dúvida, marchinhas carnavalescas não foram feitas para consagrara lógica.
Bem como, se a maldição do politicamente correto se impusesse à folia, a festa correria
o risco de acabar.
“Cabeleira do Zezé” tem mesmo certa dose de homofobia. Porém não se
compara à ideia explícita, do mal em si, na cor da mulata.
Argumentam que a cultura da época, sem conotação discriminatória. O racismo,
contudo, é inegável. E, fosse para eternizar cabeças do passado, talvez valesse introduzir
a escravidão e a chibata.
Incomoda que se trate como natural o que não é. Dizer que só topa a moçoila
porque cor não se transmite é barbaridade, não liberdade poética. Reconsiderar o que
cantamos desde o berço não implica avalizar desvarios autoritários. Como cartilhas para
sufocar a arte. Muito menos proibir a composição de Lamartine Babo e dos irmãos
Valença, criadores da marcha que, reinventada por Lalá, virou sucesso.
O Brasil só teria a ganhar se, vez por outra, pensasse sobre aberrações como
essa. Fizesse isso em relação a outras expressões de segregação, quem sabe fosse menos
racista. Da minha parte recuso-me a perpetuar o “espírito d’antanho”.
Quando o bloco vai de “O teu cabelo não nega”, ouço calado. É o tal protesto
silencioso.
MAGALHÃES, Mario. Folha de S. Paulo, 2 fev. 2007, p.2.
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A todo o momento, pessoas procuram defender e fazer valer suas ideias,
seja nas relações pessoais, em casa ou entre amigos, seja nas relações de trabalho,
de estudo, de compra e venda. A dificuldade está em demonstrar que se tem razão
ou direito àquilo que se está pleiteando. Nos textos de opinião as pessoas
apresentam os seus diferentes pontos de vista, conforme o texto acima.
Os textos de opinião, como você percebeu, revelam, em primeiro plano, as
intenções e o ponto de vista do autor. Nele, os argumentos devem ser expostos de
maneira clara, direta, ordenada, e seu objetivo é, muitas vezes, convencer o leitor.
Em uma reportagem a respeito da utilização do computador, um jornalista
posicionou-se da seguinte forma:
“A humanidade viveu milhares de anos sem o computador,e conseguiu se virar.
Um escritor brasileiro disse com orgulho que ainda escreve à máquina ou à mão; que
precisa do contato físico com o papel. Um professor liberal refletiu que o computador
não mudou apenas a vida de algumas pessoas, ampliando a oferta de pesquisa e
correspondência, mudou a carreira de todo o mundo. Um professor arrematou que todas
as disciplinas hoje não podem ser imaginadas sem os recursos da computação e, para
um físico, ele é imprescindível para, por exemplo, investigar a natureza subatômica.”
Como era a vida antes do computador? OceaAir em Revista, n. 1. 2007.(adaptado)
1) Entre as diferentes estratégias argumentativas utilizadas na construção de textos, no
fragmento, está presente:
(a) A comparação entre elementos.
(b) A reduplicação de informações.
(c) O confronto de pontos de vista.
(d) A repetição de conceitos.
(e) A citação de autoridade.
3)Dissertação
Esquema de uma dissertação
Introdução: No primeiro parágrafo você deverá expor o problema e o caminho a ser
seguido no texto para expô-lo ou para defender algum ponto de vista a respeito dele.
Desenvolvimento: Aqui se encontram os argumentos, opiniões, estatísticas, fatos e
exemplos. Ao apresentá-los você deve sempre se direcionar para um lado da questão,
um ângulo de visão, uma opinião específica. Essa opinião deve ser anteriormente
pensada e analisada para que se possa fazer uma boa argumentação ou exposição.
Conclusão: Aqui você deixa claro o objetivo da sua dissertação, expõe o ponto de vista
defendido ou a conclusão da sua exposição de forma que se arremate todos os
argumentos utilizados durante a construção do texto e apresente proposta para diminuir
o problema apresentado.
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Exemplo de uma dissertação:
Punição X Educação
A violência em todas as diferentes sociedades humanas parece ser uma constante
crescente. Infelizmente os jornais criminalísticos nunca ficam sem conteúdo para exibir,
esse conteúdo traz uma grande revolta à população que o absorve, principalmente,
quando os transmissores dessas informações usam demasiado sensacionalismo ao
transmiti-las. A revolta da população torna-se mais acentuada quando os delitos são
cometidos por pessoas que teoricamente não deveriam ser capazes de cometê-los.
O que mais polemiza a questão da maioridade penal é a brandura com que o
estado através de suas leis reage aos crimes cometidos por menores. O estado afirma em
sua constituição que uma pessoa só é mentalmente capaz de assumir seus atos aos 18
anos, mas a habilidade com que certos jovens cometem seus crimes denota inteligência
suficiente para exercerem responsabilidade penal. Nesse ponto o estado mostra-se
contraditório, pois, permite que jovens considerados “mentalmente incapazes” exerçam
o direito ao voto.
Por outro lado,a imprensa sensacionalista, no senso comum, propõem uma
obsessiva busca a punições para esses delinquentes e esquecem-se que o agente
transformador do ser humano é a educação e não o “ferro”, é exatamente isso que nos
distingue dos animais. O sábio Pitágoras cita isso numa frase em que diz: ”Educai as
crianças para que não seja preciso punir os adultos”.
Para a resolução deste problema devem ser adotadas várias medidas conjuntas, a primeira
delas é o estado acabar com a contradição de idades entre o eleitorado e a justiça criminal. Outra
medida importante é o endurecimento no tratamento dos delinquentes, endurecimentos que deve
visar apenas o desestímulo dessas práticas. E a mais importante de todas as medidas é o estado
investir em educação de qualidade que não vise apenas o aprendizado de aritmética, gramática
etc. Mas também foque bastante no ensino de filosofia, sociologia e outras matérias que levem
os estudantes a pensarem a respeito de teorias da felicidade, moral, ética e a conviverem em
sociedade como seres racionais.
TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO
1) sujeito
Classificação do Sujeito:
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O sujeito pode ser:
a) Simples
b) Composto
c) Oculto ou desinencial
d) Indeterminado
e) Oração sem sujeito.
a) Sujeito Simples
Possui apenas um núcleo.
Exemplo: As estrelas brilham no firmamento.
Sujeito: As estrelas
Núcleo: estrelas
b) Sujeito Composto
Possui mais de um núcleo.
Exemplo: O menino e a menina vão à escola.
Sujeito: O menino e a menina
Núcleo: menino/menina
c) Sujeito Oculto ou Desinencial
Não está presente na frase, mas é reconhecível pela terminação verbal.
Ex1: Concordamos com as suas idéias.
Sujeito: nós
Núcleo: nós
Ex2: Não entendi a questão.
Sujeito: eu
Núcleo: eu
d) Sujeito Indeterminado
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O sujeito não está expresso na oração. Existem duas formas de indeterminar o
sujeito.
1.Verbo na terceira pessoa do plural
- Mandaram os acidentados para o hospital.
- Falaram bem de você.
- Telefonaram para você.
2.Verbo na terceira pessoa do singular + partícula – se junto de qualquer verbo
(exceto o verbo transitivo direto)
*Precisa-se de carpinteiros. (o verbo precisar é transitivo indireto)
* Acredita-se em marcianos. (acreditar é transitivo indireto)
* Trabalha-se demais aqui. (trabalhar é intransitivo)
e) Oração sem Sujeito
Ocorre oração sem sujeito nos seguintes casos.
1. Com o verbo haver no sentido de existir ou com referência à passagem de tempo.
* Há dois meses que não o vejo.
*Há vários alunos na sala.
*Há muitos anos que não o vejo.
*Havia cinco alunos na biblioteca.
Nestes casos o verbo haver é impessoal. Porém, se nós substituirmos haver por
existir, já não será mais um caso de oração sem sujeito.
Ex: Existiam cinco alunos na sala.
Sujeito: cinco alunos.
O verbo existir possui sujeito, pois ele não é impessoal.
2.Com verbos e expressões que indicam fenômenos meteorológicos.
* Trovejou hoje.
*Nevou no sul do Brasil.
3. Com verbos fazer, ser, estar indicando tempo ou clima.
* Faz dois anos que ele saiu.
*É uma hora.
*Está frio.
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1) É correto afirmar que a charge visa:
(a) apoiar a atitude dos alunos e propor a liberação geral da frequência às aulas.
(b) enaltecer a escola brasileira e homenagear o trabalho docente.
(c) indicar a deflagração de uma greve e incentivar a adesão a ela.
(d) recriminar os alunos e declarar apoio à política educacional.
(e) criticar a situação atual do ensino e denunciar a evasão escolar.
2) Leia a tira.
a) Por que Eddie Sortudo diz que o Rei não parece muito aborrecido com o roubo?
b) O sujeito da oração “Ele não parece muito aborrecido” pode ser classificado como:
(
(
(
(
) Sujeito determinado simples
) Sujeito determinado composto
) Sujeito determinado oculto
) Sujeito indeterminada
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2) predicado
Os termos essenciais da oração servem para entendermos melhor a estrutura e
como ela funciona. Quando analisamos sintaticamente os termos da oração, dividimos
em sujeito, predicado e vocativo.
Quando identificamos e retiramos o sujeito, todas as palavras que restarem da
oração é o que chamamos de predicado. O predicado também possui um núcleo que
pode ser um verbo (predicado verbal), nome (predicado nominal) ou um verbo e um
nome (predicado verbo-nominal). Vamos estudar como funciona cada um deles!
Predicado verbal
Predicado verbal é aquele em que seu núcleo é constituído por um verbo; ou
seja, o verbo é a parte principal do predicado. Esse verbo pode ser classificado em:
verbo transitivo direto, verbo transitivo indireto, verbo transitivo direto e indireto e
verbo intransitivo.
Verbo transitivo direto
Verbo transitivo direto é o verbo que exige um complemento. Para reconhecer
um verbo transitivo direto fazemos a pergunta ao verbo e temos a resposta “o que” sem
uso de preposição. Exemplo: Mariana comprou várias figurinhas. Nesse caso, o verbo
comprar é verbo transitivo direto e o seu complemento, chamamos de objeto direto.
Verbo transitivo indireto
Verbo transitivo indireto é o verbo que exige complemento. Para reconhecer um
verbo transitivo indireto, fazemos a pergunta ao verbo e temos a resposta “de que”.
Exemplo: Mariana gosta de estudar. Nesse caso, o verbo gostar é verbo transitivo
indireto, pois quem gosta, gosta “de quem” ou “de alguma coisa”. O complemento do
verbo transitivo indireto, chamamos de objeto indireto.
Verbo transitivo direto e indireto
O verbo transitivo direto e indireto pede complemento com e sem preposição. O
verbo atua de forma direta e indireta. Para reconhecer um verbo transitivo direto e
indireto fazemos a pergunta ao verbo com e sem preposição. Exemplo: Prefiro comprar
peixe à carne. O complemento do verbo transitivo direto e indireto é o objeto direto e
indireto.
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Predicado nominal
Predicado nominal é aquele em que seu núcleo é constituído por um nome; ou
seja, o nome é a parte principal do predicado. Esse nome é o predicativo do sujeito. O
verbo utilizado no predicado nominal é o verbo de ligação. O verbo de ligação junta o
sujeito ao predicativo. Exemplo: As meninas estavam muito alegres. Nesse caso, o
núcleo do predicado é “muito alegres”, que chamamos de predicativo do sujeito, ou
seja, é o estado das meninas.
Predicado verbo-nominal
O predicado é verbo-nominal quando possui dois núcleos, sendo um verbo e
outro o nome (predicativo do sujeito ou do objeto)
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TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO
1) Objeto Direto e Objeto Indireto:
Objeto Direto: é o termo que se liga diretamente a um verbo transitivo, isto é, sem
preposição.
Objeto Indireto: é o termo que se liga indiretamente, isto é, por meio de uma
preposição a um verbo transitivo.
Há três tipos de verbos transitivos: o verbo transitivo direto é completado por
objeto direto; o verbo transitivo indireto, pelo objeto indireto; e o verbo transitivo direto
e indireto, por um objeto direto e por um objeto indireto.
Exemplos:
a)“Nós derrubamos todas as florestas”
VTD
OD
b)”A elite, indiferente, assiste ao desmatamento”
VTI
OI
c) “Então vamos pedir ajuda pra classe média!”
VTD
OD
OI
2) Adjunto Adverbial:
É o termo que indica as circunstâncias em que se dá a ação verbal.
Exemplo: “O alpinista subiu cautelosamente a montanha.
Além de modo, os adjuntos adverbiais expressam diferentes circunstâncias. Veja
algumas:





Causa
Companhia
Fim
Intensidade
Lugar
3)Adjunto Adnominal:
é o termo da oração que modifica um substantivo,
qualificando-o, especificando-o, determinando-o. Os artigos e os adjetivos, além dos
pronomes possessivos e numerais exercem esta função.
Exemplo:
“Tem um ar nojento”.
20
4) Complemento Nominal: é o termo sintático que completa nomes, adjetivos e
advérbios.
Exemplo: “ O torcedor tinha fé em seu time.”
5) Aposto: é o termo da oração que se refere a um substantivo, a um pronome ou a uma
oração, para explicá-los, ampliá-los, resumi-los ou identificá-los.
Exemplo
“Este advogado, como representante da comunidade, é importante.”
6) Vocativo: é o termo da oração por meio do qual chamamos ou interpelamos nosso
interlocutor, real ou imaginário.
Exemplo:
“ Pessoal! Vamos embora!
ANÁLISE LINGUÍSTICA

Usos do pronome “lhe”
Observe o pronome destacado no seguinte trecho e indique a quem ele se refere:
“ –Menino, venha cá, você está ficando um homem (...) começarei a ensinar-lhe o bê-abá.”
Você deve ter observado que o pronome “lhe” refere-se a alguém já citado
anteriormente no texto, no caso, o menino.
No trecho, o pronome está funcionando como complemento do verbo. Note que
“quem ensina, ensina algo a alguém.”
Quem
eu
ensina
Começaria
A alguém
lhe
ensinar
ao menino
algo
O bê-a-bá
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O pronome lhe substitui um complemento verbal introduzido por preposição.
Como a relação entre o verbo e o complemento se dá indiretamente, por meio de
preposição, o complemento verbal está funcionando como “objeto indireto.”
Objeto indireto: completa um verbo com preposição.
CONCORDÂNCIA NOMINAL:
1) O que motivou o apito do juiz foi
(a) a necessidade de empregar a ênclise para seguir a norma-padrão.
(b) o uso de um objeto direto no lugar de um objeto indireto.
(c) a opção pelo pronome pessoal oblíquo “o” em vez de “a”.
(d) a obrigatoriedade da mesóclise nessa construção linguística.
(e) a transgressão às regras de concordância nominal relacionadas ao pronome.
A concordância nominal baseia-se na relação entre um substantivo (ou pronome,
ou numeral substantivo) e as palavras que a ele se ligam para caracterizá-lo (artigos,
adjetivos, pronomes adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Basicamente, ocupase da relação entre nomes.
Lembre-se: normalmente, o substantivo funciona como núcleo de um termo da oração,
e o adjetivo, como adjunto adnominal.
A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as seguintes regras gerais:
1) O adjetivo concorda em gênero e número quando se refere a um único substantivo.
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Por Exemplo:
As mãos trêmulas denunciavam o que sentia.
2) Quando o adjetivo se refere a vários substantivos, a concordância pode variar.
Podemos sistematizar essa flexão nos seguintes casos:
a) Adjetivo anteposto aos substantivos:
O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo mais próximo.
Por Exemplo:
Encontramos caídas as roupas e os prendedores.
Encontramos caída a roupa e os prendedores.
Encontramos caído o prendedor e a roupa.
- Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de parentesco, o adjetivo deve
sempre concordar no plural.
Por Exemplo:
As
adoráveis
Fernanda
e
Cláudia
Encontrei os divertidos primos e primas na festa.
vieram
me
visitar.
b) Adjetivo posposto aos substantivos:
- O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo ou com todos eles (assumindo
forma masculino plural se houver substantivo feminino e masculino).
Exemplos:
A indústria oferece localização e atendimento perfeito.
A indústria oferece atendimento e localização perfeita.
A indústria oferece localização e atendimento perfeitos.
A indústria oferece atendimento e localização perfeitos.
Obs.: os dois últimos exemplos apresentam maior clareza, pois indicam que o adjetivo
efetivamente se refere aos dois substantivos. Nesses casos, o adjetivo foi flexionado no
plural masculino, que é o gênero predominante quando há substantivos de gêneros
diferentes.
- Se os substantivos possuírem o mesmo gênero, o adjetivo fica no singular ou plural.
Exemplos:
A beleza e a inteligência feminina(s).
O carro e o iate novo(s).
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3) Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo:
a) O adjetivo fica no masculino singular, se o substantivo não for acompanhado de
nenhum modificador.
Por Exemplo:
Água é bom para saúde.
b) O adjetivo concorda com o substantivo, se este for modificado por um artigo ou
qualquer outro determinativo.
Por Exemplo:
Esta água é boa para saúde.
4) O adjetivo concorda em gênero e número com os pronomes pessoais a que se refere.
Por Exemplo:
Juliana as viu ontem muito felizes.
5) Nas expressões formadas por pronome indefinido neutro (nada, algo, muito,
tanto, etc.) + preposição DE + adjetivo, este último geralmente é usado no
masculino singular.
Por Exemplo:
Os jovens tinham algo de misterioso.
6) A palavra "só", quando equivale a "sozinho", tem função adjetiva e concorda
normalmente com o nome a que se refere.
Por Exemplo:
Cristina saiu só.
Cristina e Débora saíram sós.
Obs.: quando a palavra "só" equivale a "somente" ou "apenas", tem função
adverbial, ficando, portanto, invariável.
Por Exemplo:
Eles só desejam ganhar presentes.
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7) Quando um único substantivo é modificado por dois ou mais adjetivos no
singular, podem ser usadas as construções:
a) O substantivo permanece no singular e coloca-se o artigo antes do último adjetivo.
Por Exemplo:
Admiro a cultura espanhola e a portuguesa.
b) O substantivo vai para o plural e omite-se o artigo antes do adjetivo.
Por Exemplo: Admiro as culturas espanhola e portuguesa.
3) A análise sintática está correta em todas as opções, exceto em:
(a) No 1º quadrinho você é o sujeito da oração.
(b) Comeu é verbo transitivo direto e meu irmão é objeto direto.
(c) A forma verbal “é” pertence ao grupo dos verbos significativos.
(d) “Essa família”, no último quadrinho, tem a mesma função sintática de “meu irmão”,
no 1º quadrinho.
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