CONCEITO GERAL Para além do conceito formal, o projeto teve o compromisso com a técnica aplicada e a real eficiência dos sistemas. As soluções foram avaliadas através de softwares específicos que resultaram, inclusive, em adequações do partido arquitetônico para responder coerentemente às condições climáticas do sítio. E PERMEABILIDADE também são elementos importantes dessa proposta, em que o edifício harmoniza-se com o conceito de PARQUE URBANO e democrático por natureza. Há a possibilidade de se contornar livremente o edifício, ou caminhar através dele e acessar sua cobertura através da rampa verde que é como uma continuidade do terreno natural. Além da aplicação dos conceitos de sustentabilidade por todo o projeto, a Casa será igualmente capaz de demonstrar didaticamente o modo de aplicação dessas soluções, de maneira a fomentar sua utilização e educar seus visitantes. Com os espaços de exposições interno e externo, o edifício poderá ser uma referência em AMBIENTAL, tanto para técnicos do setor, como para usuários do parque e para visitas guiadas de escolas da cidade e da região. Embora utópica, a sustentabilidade deve ser buscada principalmente através da E DA DAS FUTURAS que devem incorporar o conceito em seu cotidiano e perceber o quanto ele está intrínseco em todas as ações humanas, inclusive no ato de se projetar e edificar suas residências, escritórios, fábricas e demais edifícios. Como guia da concepção do edifício, a se deu com base na movimentação solar e dos ventos. Por isso a forma semicircular que sugere o caminho do sol e a abertura para sudoeste, visando à captação dos ventos que são dominantes durante o dia. O centro do semicírculo que gera os raios da malha estrutural da edificação dá forma a um de grandes dimensões demarcando o centro da praça de convívio. A FORMA ASCENDENTE do edifício foi uma resposta natural à intenção de democratizar a cobertura e garantir vista para o PARQUE PORTUGAL, que compõe o entorno imediato. A leste foi projetada uma generosa RAMPA VERDE que busca ser uma continuidade da colina, levando naturalmente ao centro edifício. Ela é um espaço de contemplação e passeio integrando-se às atividades do parque. No topo da rampa, um pergolado com vegetação trepadeira sobre o terraço convida o visitante a sentar, descansar e desfrutar da paisagem local a partir do edifício. O terraço conecta-se ao grande CILINDRO CENTRAL que abriga as áreas de exposição. Ele é o elemento central do edifício e maior atrativo do programa. A face voltada predominantemente para sul estendendo-se a leste e oeste é em vidro, permitindo a entrada da iluminação natural abundante com vista desobstruída para a praça, para o relógio de sol e para o parque. Em contrapartida, a face oposta do cilindro é construída com paredes espessas que funcionam como MASSA a fim de minimizar o desconforto da amplitude das temperaturas no interior do edifício. 32 A COBERTURA AFUNILADA do cilindro abriga o átrio e capta a água de chuva deslizando até o reservatório do edifício em um tubo transparente. Ele se torna um elemento cênico que representa a importância da captação e do reuso da água enquanto recurso essencial para a manutenção da vida no planeta. Ao redor do funil, desenvolve-se a RAMPA HELICOIDAL de inclinação suave onde será disposta parte da exposição permanente do acervo, e por onde se poderão vislumbrar as soluções sustentáveis do edifício como as turbinas eólicas, a rampa verde, os brises, as placas fotovoltaicas e a cobertura afunilada. O nível térreo do cilindro complementa a PERMANENTE e abriga a recepção que articula e controla os fluxos, orientando os visitantes do edifício. A recepção nesse espaço amplo e democrático visa estimular o visitante a explorar o resto do edifício e suas exposições. Nesse ponto ele poderá ser convidado a subir a rampa e dar continuidade à exposição, usufruir de áreas de estar como bistrô, livraria, loja, varanda, acessar à casa de máquinas, além de adentrar as salas de aula e ao grande auditório. No nível superior do edifício, encontram-se as dependências de acesso restrito: as instalações do Conselho de Meio Ambiente - CODEMA e também outros espaços de exposição temporária. A FACHADA NORTE do edifício foi projetada de modo a receber diferentes materiais de acordo com a necessidade de proteção nos períodos da manhã, ao meio dia e à tarde: aplicação de placas fotovoltaicas, brises, paredes com massa térmica em concreto armado, parede verde, muro trombe além do uso da própria vegetação local. Equipamentos para a geração de ENERGIA ALTERNATIVA também são elementos de composição importantes. Os SISTEMAS FOTOVOLTAICOS voltados para o norte geram energia elétrica, ao mesmo tempo em que protegem a fachada da insolação. Já as TURBINAS situam-se no ponto mais alto do edifício formando um colchão de ar que protege as áreas da administração, o auditório e as salas de aula que eventualmente precisam ser climatizadas. A posição elevada das turbinas garante o desempenho sem barreiras que reduzam a velocidade das massas de vento. Elas foram posicionadas para sudoeste e sudeste, a fim de garantir o seu funcionamento durante todo o dia, gerando energia para a edificação e podendo ser observada pelos visitantes em qualquer horário. O projeto utiliza um SISTEMA ESTRUTURAL MODULAR E RADIAL que permite a flexibilidade e a reversibilidade dos espaços possibilitando mudanças, adaptações e ampliações ao longo do tempo. A solução modular também reduz custos na obra e evita desperdícios, porque permite repetição de elementos pré-fabricados. A ESCOLHA DOS MATERIAS do projeto seguiu critérios de sustentabilidade, fácil manutenção, rapidez e limpeza na obra. Neste sentido optou-se pela utilização do sistema estrutural metálico, com variação de fechamentos leves tipo drywall ou em paredes maciças de acordo com a necessidade de performance. É sugerido ISOLANTE para casos específicos. 28 05 27 06 08 09 14 26 59 11 03 45 46 47 16 02 21 12 10 01 58 17 ÁRVORE PROJETADA 42 49 29 ÁRVORE EXISTENTE 40 51 07 13 ACESSO SERVIÇO 50 60 04 62 61 39 ÁRVORE RELOCADA ACESSO 4443 A RU 53 52 54 ÁREA DE INTERVENÇÃO (11.050,33m²) I - HORTA FOTOVOLTAICA PARA GERAÇÃO DE ENERGIA ENVOLTÓRIA (8.721,95 m²) 48 18 41 0 5 10 20 50m 19 AC 15 20 ES 23 24 25 N 52 SO 56 55 22 34 V 35 ÁREA = 1.020m² PAVIMENTO SUPERIOR 33 N N 5 10 0 20 5 10 P S U R U ÁREA = 480m² M O L N M 50 - REPROGRAFIA E IMPRESSÃO ACESSO LIVRE ACESSO RESTRITO 01 - FOYER E EXPOSIÇÃO PERMANENTE (360m²) 17/18 - VESTIÁRIOS FUNCIONÁRIOS (25m²) 02 - RECEPÇÃO E BILHETERIA (8m²) 19 - REFEITÓRIO DE FUNCIONÁRIOS (10m²) 03 - LIVRARIA E LOJA DE SOUVENIRS (14m²) ACESSO CONTROLADO 20 - CONTROLE DE ACESSO 04/05 - SANITÁRIOS PÚBLICO (40m²) 40 - EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA (170m²) 21 - CIRCULAÇÃO DE SERVIÇO (25m²) 41 - SALA TÉCNICA EXPOSIÇÃO DE SISTEMAS (80m²) 06 - SEGURANÇA (3m²) Q ACESSO ACESSO LIVRE 08/09 - VESTIÁRIOS PARA CICLISTAS (25m²) M R T 20 36 07 - BISTRÔ E APOIO EVENTOS / RECEPÇÕES (15m²) X 57 TÉRREO 0 H RUA A questão do DESENVOLVIMENTO tem sido assunto em várias instituições privadas, públicas e, inclusive, em âmbito internacional, devido à importância na criação de projetos que visam à sustentabilidade, ancorada no conceito do TRIPLE BOTTON LINE para avaliar e obter resultados satisfatórios em suas dimensões econômica, social e ambiental. A construção civil é responsável pela maior parte do consumo de recursos naturais em nosso planeta, o que evidencia a importância do papel dos arquitetos na busca de soluções sustentáveis e da definição de critérios para certificação dos edifícios. A CIDADE DE CAMPINAS é reconhecida como a cidade da ciência e da inovação. O concurso Casa da Sustentabilidade faz parte de um conjunto de iniciativas do município no sentido de promover o debate em torno de novos conceitos e soluções que permitam o DESENVOLVIMENTO URBANO . Entre as soluções adotadas pelo município que caminham neste sentido, podemos destacar a utilização do sistema de Ônibus - BRT movido a energia elétrica menos poluente, a interligação dos modais viário e ciclo viário, além da instituição do Conselho Municipal de Meio Ambiente de Campinas - CODEMA, que tem assegurado recursos financeiros para seu pleno funcionamento com o objetivo de promover a discussão, análise e proposição das diretrizes das políticas públicas ambientais de Campinas. O projeto Casa da Sustentabilidade foi concebido para ser um espaço que favoreça esta discussão, a pesquisa, o aprendizado e a inovação, com a finalidade de agregar um conjunto de AMBIENTALMENTE CORRETAS como parte permanente da arquitetura. Há espaço para experimentações e descobertas e tudo está à disposição de quem trabalha ou visita o espaço. O projeto foi pensado para estimular fabricantes de produtos e tecnologias a exporem seus produtos, instalarem seus sistemas como protótipos, ensinando outros profissionais e divulgando novas ideias. A Casa da Sustentabilidade passa a ser um CATALIZADOR PARA QUE DESENVOLVEM PROJETOS e que podem através deste espaço interagir com a sociedade de um modo geral, concretizando ações de educação ambiental. O espaço foi inteiramente concebido para ser lúdico e atraente por si só, usando os elementos formais para induzir e esclarecer intuitivamente os conceitos de sustentabilidade aplicados à arquitetura: A COM A DOS VENTOS, A DA DO SOL, A DE DE CHUVA E A 39 - HALL DE DISTRIBUIÇÃO (100m²) FACHADAS 51 - COPA E DESPENSA J 52 - PRISMA DE VENTILAÇÃO E CLARABOIA FACHADAS 53 - TERRAÇO E MIRANTE 54 - PERGOLA DE MADEIRA COM TREPADEIRA 55 - CORTINA DE VIDRO DUPLO I 56 - BRISES VERTICAIS AUTOMÁTICOS 22 - BRISES HORIZONTAIS AUTOMÁTICOS 42 - RECEPÇÃO E ESPERA 23 - FACHADA CAPTADORA DE ILUMINAÇÃO NATURAL 43 / 44 - SANITÁRIOS ADMINISTRAÇÃO E APOIO 57 - MALHA EM BAMBU COM TREPADEIRA 58 - PAREDE VERDE ACESSO CONTROLADO 24 - BRISES VERTICAIS DE ORIENTAÇÃO AUTOMÁTICA 45 - PRESIDÊNCIA 59 - FACHADA VENTILADA COM BRISES VERTICAIS AUTOMÁTICOS 10 - SALA TÉCNICA EXPOSIÇÃO DE SISTEMAS (125m²) 25 - CORTINA INCLINADA DE MADEIRA COM TREPADEIRA 46 - SECRETARIA EXECUTIVA 60 - MURO TROMBE 11/12 - SALAS MULTIUSO (80m²) 26 - PAREDE VERDE - PROTEÇÃO SOLAR E TÉRMICA 47 - COORDENAÇÃO GERAL 61 - FACHADA VENTILADA COM BRISES VERTICAIS AUTOMÁTICOS 13/14 - SALAS REUNIÃO (70m²) 27 - FACHADA VENTILADA E BRISES VERTICAIS AUTOMÁTICOS 48 - ARQUIVO CORRENTE E BIBLIOTECA TÉCNICA 62 - PAREDE EM CONCRETO ECOLÓGICO (MASSA TÉRMICA) 15 - AUDITÓRIO E PLENÁRIA (220m²) 28 - VARANDA CON BRISES HORIZONTAIS AUTOMÁTICOS 49 - EXPEDIENTE 63 - HORTA FOTOVOLTAICA EM PERGOLADO 29 - FACHADA C/ VENEZIANAS / BRISES / MASSA TÉRMICA 50 - REPROGRAFIA E IMPRESSÃO Os diversos brise-soleils projetados são propostos em madeira de reflorestamento certificada, bambu e alumínio de acordo com a proposta de cada fachada. Essas são soluções ecológica apresentam bom desempenho e durabilidade. O vidro do cilindro central é para as será com VIDRO TEMPERADO DUPLO COM CAMADAS DE AR INTERNO visando reduzir a troca de calor entre o interior e o exterior do edifício. O TETO VERDE adotado para o módulo de exposição temporária do 2º pavimento funciona como isolante térmico acústico. Para as demais lajes adota-se o concreto armado com STEELDECK e isolante térmico de F ACESSO ACESSO G L - ESPELHO D'ÁGUA F - ESTAÇÃO BONDE EXISTENTE M - BICICLETÁRIOS R - CÉLULAS FOTOVOLTAICAS EM SUPERFÍCIE DE VIDRO S - ELEMENTO DE CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS G - PISTA DE PATINAÇÃO EXISTENTE N - HORTA DE FITODEPURAÇÃO (EFLUENTES) T - LAJE DE MASSA TÉRMICA COM PINTURA REFLEXIVA H - EDIFÍCIO GUARDA MUNICIPAL EXISTENTE O - RAMPA VERDE U - PLACAS SOLARES TÉRMICAS I - COBERTURA FOTOVOLTAICA P - PÉRGOLA DE MADEIRA TREPADEIRA V - DOCA CARGA E DESCARGA - APOIO A EXPOSIÇÃO J - RELÓGIO DE SOL PROJETADO Q - TETO VERDE X - ESTACIONAMENTO DE APOIO - 6 VAGAS O conceito do projeto foi concebido de modo a integrar o edifício ao parque, evitando ao máximo fazer cortes de árvores, preservando os exemplares arbóreos do local. Não há cercas ou muros, de modo que em horários normais de funcionamento o usuário poderá transitar entre os espaços externos e internos de acesso livre. A DA mescla soluções que permitem a permeabilidade das águas pluviais como concregrama, piso drenante e piso intertravado que juntos compõem o desenho do círculo central. Nas áreas de canteiro e forração vegetal, serão utilizadas espécies vegetais que consumam pouca água. CAMINHOS RADIAIS partindo do centro da praça com o relógio de sol foi a resposta natural para garantir a unidade do conjunto. Os caminhos que apontam para o edifício também despertam a curiosidade e atraem o passante a explorar o edifício. Contigo a eles foram dispostas as CICLOVIAS que viabilizarão, juntamente com o e o DEDICADO, a motivação ao uso da bicicleta enquanto meio de transporte e lazer já incentivado na cidade de Campinas. Ao longo dos caminhos foram dispostos equipamentos e vegetação, de maneira a criar ambientações periféricas. Até mesmo nestas áreas é possível encontrar elementos, como o PERGOLADO FOTOVOLTAICO semicircular ao sul do relógio de sol, que tem dupla função de captação de energia e de permanência e contemplação. O parque Taquaral já contempla ESTACIONAMENTO farto no portão de acesso ao edifício. No entanto, o projeto prevê estacionamento exclusivo para Pessoas com Deficiência e para carga e descarga de materiais em área independente. Para o estacionamento existente, sugere-se a implementação de vagas exclusivas para carros híbridos, e carros com maior quantidade de pessoas. CONCURSO PÚBLICO NACIONAL DE ARQUITETURA "CASA DA SUSTENTABILIDADE" PARQUE TAQUARAL - CAMPINAS - SP 1 Longitude: -47.1 Altitude: 640m Como estudo prévio à elaboração do projeto da Casa da Sustentabilidade, foi elaborada uma análise climática da cidade de Campinas para definição das principais estratégias de DESENHO PASSIVO. As informações climáticas foram obtidas através de dados fornecidos no portal virtual do LabEEE (Laboratório de Eficiência Energética em Edificações) da Universidade Federal de Santa Catarina, dados esses captados por estações meteorológicas do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) entre os anos 2000 e 2010. Esses dados foram compilados em software para geração de gráficos, possibilitando uma melhor interpretação do clima da região. TEMPERATURAS Analisando o gráfico de temperaturas, é possível identificar uma grande AMPLITUDE durante todo o ano, tendo maior variação no mês de setembro. Todos os meses possuem noites e manhãs frias e dias quentes, podendo chegar a ter uma amplitude térmica de 25,7°C com 5,4°C nas horas mais frias e 31,1°C nas horas mais quentes no mês de setembro. Considerando que a zona de conforto de uma pessoa utilizando roupas leves seria entre 18°C e 24°C, a cidade de Campinas oferece poucas horas de conforto ambiental ao dia. Temperaturas UMIDADE RELATIVA Os níveis ideais para a umidade relativa seria entre 40% e 60%, porém, por conta da cidade de campinas estar a uma altitude de 640m, esta margem pode chegar entre os 20% e 80%, o que é considerado bom mesmo com alguns picos muito úmidos e muito secos em janeiro e setembro, a umidade relativa média mantem-se sempre dentro desta ZONA DE CONFORTO. Umidade Relativa A SOLAR na cidade de Campinas varia elevando-se no período do verão, nos meses de novembro a janeiro, e reduzindo-se nos períodos mais frios entre os meses de maio a julho, que possuem maior nebulosidade. Radiação Diagrama Psicrométrico Para garantir o conforto dentro da edificação, a MASSA é um dos principais elementos a serem utilizados no projeto onde, por conta da amplitude térmica, protege o edifício da radiação solar recebida, armazenando-a em sua massa durante o dia e liberando-a apenas à noite em forma de calor, mantendo o interior do edifício sempre em condições de CONFORTO. Outra estratégia, não menos importante, porém para ser utilzada em situações em que as temperaturas são mais altas, é a NATURAL. Para isso é necessário o aproveitamento da CRUZADA dos ventos de SUDOESTE predominantes durante o dia. Em momentos de pouca incidência de ventos, a utilização de pé-direitos altos e desenho arquitetônico interno são estratégias importantes no desenho passivo, favorecendo o pelo "TIRO sendo otimizado pelo "EFEITO VENTURI". Como, geralmente, à noite as temperaturas são mais frias, a ventilação natural nesse período deve ser evitada, mantendo o edifício fechado para que possa manter internamente todo calor absorvido durante o dia e permitir um maior conforto Nas fachadas voltadas para o norte, sem os brises, as superfícies expostas dos vãos e janelas teriam níveis elevados de radiação chegando a ter cerca de 2000Wh/m². Nas áreas onde serão implantadas celulas fotovoltáicas, os níveis são bem elevados chegando a ter 3000Wh/m². Já com os brises, as aberturas de vãos e janelas estarão bem protegidas chegando a ter radiação muito baixas. Já onde haverá massa térmica continuando com a exposição de 3000Wh/m². Nas fachadas Sul, sem os brises as superfícies expostas teriam níveis elevados chegando a 1200Wh/m² no primeiro módulo, 1800Wh/m² no segundo módulo central e 2000Wh/m² no terceiro módulo. O gráfico mostra a incidência dos vetores de vento chegando ortogonalmente ao primeiro módulo da edificação, onde optamos por se trabalhar a ventilação cruzada. Pelo gráfico de linhas de corrente, pode-se comprovar a eficácia da aerodinâmica, onde nenhum elemento do projeto é prejudicado pelas sombras de vento ou turbulências gerados pelo próprio volume do edifício. O gráfico demonstra que a incidência do vento sobre o módulo mais baixo da edificação será de 1,55m/s devido a influencia dos módulos mais altos, o que garante a velocidade adequada de conforto no interior da edificação (entre 0,5 e 2,0m/s). FACHADAS NORTE Nas fachadas voltadas ao NORTE optou-se pela adoção da MASSA com aberturas de vãos e janelas, necessários ao funcionamento do edifício, protegidos por brises, sendo verticais para proteção do sol nascente e poente, e horizontais quando o sol estiver mais vertical ao redor do meio dia. Outras estratégias adotadas se somam ao conjunto: a) PAREDE VERDE como ISOLANTE do interior da edificação tanto para condições exteriores mais frias quanto mais quentes, permitindo temperaturas agradáveis e proporcionando diálogos com o paisagismo das áreas externas. b) FACHADA VENTILADA funciona com a criação de uma CAMADA DE AR entre a parede de massa térmica e o ambiente externo. Com aberturas em sua parte inferior e superior, a circulação do ar permitirá menos aquecimento dos elementos existentes, proporcionando maior CONFORTO INTERNO. c) MURO TROMBRE funcionando de acordo com as condições climáticas do dia e para a noite. Caracteriza-se por uma parede de massa térmica, com aberturas inferiores e superiores, separada do ambiente externo com uma camada de ar e uma superfície acristalada, tambéedm com aberturas inferiores e superiores. O muro trombe proporciona excelentes condições de conforto para as condições de clima dos dias e noites tanto frias quanto quentes. d) Como estratégia para momentos mais quentes, a utilização de marquises, balanços, cheios e vazios para proporcionar SOMBRAS, trasnformam o próprio como um elemento de proteção. e) Para proporcionar uma melhor ventilação natural nessas fechadas voltadas para norte, a utilização de VENEZIANAS para os vãos de circulação de ventos protege totalmente o interior da radiação solar direta. Com os brises, os níveis de incidência solar caem drásticamente, chegando a ter radiação muito baixa, deixando algumas partes na fachada do módulo central expostas para a necessidade de promover o aquecimento do interior do edifício em momentos mais frios. Analisando o gráfico dessa exposição solar, é possível comprovar que a incidência não é muito alta chegando apenas a 50Wh/m², ajudando na climatização de aquecimento do edifício sem os incovenientes da radiação solar direta muito fortes. e k f a h k d i j g b c i a Proporcionado pelo desenho do elemento afunilado central. Pelo gráfico de vetores vemos o perfeito funcionamento desta estratégia, onde o ar circula verticalmente em direção as saídas de ventilação superiores. A partir da análise do módulo central, onde se encontra o foyer principal, pode-se comprovar a eficácia do efeito chaminé que ocorre por tiro térmico e é potencializado pelo “Efeito Venturi”. A partir do estudo de iluminação natural, pode-se ver os nível de iluminância (lux) no interior do foyer principal onde possui uma variação entre 450lux e 950lux em seu interior, níveis muito confortáveis para a realização de atividades neste espaço. Pelos níveis do Fator de Iluminação Natural FIN (“Day Light Factor”), pode-se analisar e comprovar a eficiência da iluminação natural no que diz respeito a falta de iluminação, excesso de brilho nas zonas mais iluminadas e risco de deslumbramento. Onde FINmin = 7.5%, FINmedio = 18%, FINmax = 28.5% com placas dispostas na cobertura da edificação para sua melhor eficiência. Este sistema funciona a partir do aquecimento da água pela radiação solar em um sistema primário fechado com canalização em forma de serpentina a uma armazenagem da água de um sistema secundário aberto, sendo a água deste segundo aquecida pela do primeiro e utilizada pela edificação. Para todo sistema solar térmico é necessário um auxiliar de apoio pela menor eficiência energética em dias de maior nebulosidade. Neste caso optou-se pela CALDEIRA DE BIOMASSA que não depende de derivados de pretróleo não renováveis. Insolação ELEMENTO CAPTADOR DE ÁGUAS PLUVIAIS i) VENTOS Dentro de um gráfico anual de ventos é possível perceber que sua maior frequência é proveniente de SUDESTE com mais de 634 horas durante o ano a uma velocidade de aproximadamente de 15km/h ou 4,16m/s. Porém, por conta da amplitude térmica, fez-se necessária uma análise de ventos ao longo das 24 horas do dia em uma média anual.Em todos os momentos do dia os ventos predominantes possuem velocidade de 15km/h porém com direções distintas. O gráfico de ventos pela manhã também nos sugere ventos predominantes provenientes de sudeste. Porém ao meio-dia e a tarde, esses ventos tomam direções diferentes ficando mais provenientes de SUDOESTE. À noite os ventos voltam a ser predominantes de sudeste. Manhã Meio-dia Noite Tarde 32 TETO VERDE funciona como um grande ISOLANTE para os compartimentos internos, proporcionando boas condições de temperatura do ar interno tanto em momentos frios quanto quentes. Além de proporcionar maior integração com a natureza e do paisagismo das áreas externas. j) DE AR é muito eficaz para dias muito quentes, onde o ar quente proporcionado pela cobertura superior é removido pela NATURAL, protegendo a cobertura inferior do calor. Esses colchões de ar devem ter desenho aerodinâmico para que a expulsão do ar quente dacamada de ar ocorra de forma OTIMIZADA. k) MATERIAL REFLEXIVO foram utilizados para o acabamento de coberturas, pois absorvem menos a radiação solar. Melhorando em alto grau o funcionamento do colchão de ar. Outras formas de se atingir a sustentabilidade pelo desenho passivo foram através de questões ESTRUTURAIS. A estrutura como elemento construtivo deve ser implementada de forma a melhorar as condições internas do edifício e otimizar as etapas de produção e execução do mesmo. l) Elementos estruturais promovem grandes perdas ou ganhos de calor pelo efeito de . Para isso, propõe-se que a estrutura esteja completamente ISOLADA do ambiente externo, através do envelopamento do edifício com os tratamentos das fachadas com isolantes térmicos, para que não ocorra este evento. m) Outra questão a ser considerada estruturalmente é a . Esta estratégia permite a pré-fabricação e, em consequência, melhor controle de produção no que diz respeito às emissões de gases poluentes e utilização de matéria prima. Além disso, otimiza os processos construtivos, tendo menor impacto no ambiente a ser construído e gerando grandes economias no custo geral da edificação. n) A partir dessas estratégias, o DESENHO vem a proporcionar, além da exemplificação aos usuários, situações de conforto em grande percentual de horas do ano, minimizando as DEMANDAS de calefação e refrigeração e, consequentemente, menor CONSUMO . ABERTURAS PARA VENTILAÇÃO EFEITO CHAMINÉ MÓDULO 1 ABERTURAS PARA PERMITIR A VENTILAÇÃO CRUZADA CALDEIRA DE BIOMASSA A caldeira de biomassa funciona a partir da transformação de resíduos de MATERIA (Biomassa) em energia térmica sem emissões de gases poluentes pelo seu sistema de filtragem. Assim, optou-se pela utilização deste sistema ao invés dos auxiliares convencionais a gás. A Biomassa caracteriza-se por ser uma matéria orgânica utilizada como e pode ser conseguida através da fração biodegradável de resíduos produzidos em atividades agrárias, industriais e municipais, relacionando as questões de reuso de recursos com o aproveitamento da geração de resíduos. Sugere-se a utilização de PELLETES como Biomassa, pois se caracteriza por ser um resíduo derivado de madeira gerado a partir de produção de serralherias com madeiras de replantio. INTERCAMBIADOR DE CALOR BRISE VERTICAL PROTEÇÃO RADIAÇÃO SOLAR POENTE DIRETA BRISES HORIZONTAIS ORIENTAÇÃO AUTOMÁTICA PROTEÇÃO RADIAÇÃO SOLAR POENTE DIRETA CORTINA DE VIDRO ILUMINAÇÃO NATURAL ABERTURAS PARA PERMITIR A VENTILAÇÃO CRUZADA SUL N 10,00 MASSA TÉRMICA EXAUSTÃO PARA OTIMIZAÇÃO EFEITO CHAMINÉ N 4,00 com utilização de fossa séptica em FLUXO HORIZONTAL como sistema de tratamento de efluentes. Este sistema caracteriza-se pela filtragem do efluente pela vegetação característica de pântanos em , localizada na parte externa do edifício, proporcionando plenas condições para dispersão da água limpa ao ecosistema. Suas vantagens: baixa necessidade de manutenção, matéria biológica como nutriente para vegetação otimizando seu crescimento e cuidado, produção de materiais derivados da madeira como forma de replantio, consumo energético reduzido, alta qualidade sanitária do efluente, fertilidade do terreno, mais valor paisagístico. COLETA SELETIVA por sistema interno e oficina de reciclagem. A partir de pontos estratégicos dentro do edifício, os resíduos serão levados por circuito de tubos subterrâneos a vácuo à OFICINA DE RECICLAGEM, para seu tratamento e destinação. Suas vantagens: redução do mau odor, mais higiênico, reduzida emissão de partículas, permitie a coleta seletiva, eliminam-se lixeiras, mais cômodo e simples para os usuários, e de fácil manutenção das instalações. para garantir que a Casa da Sustentabilidade seja um INTELIGENTE. Essa estratégia proporciona controles de diversos sistemas aumentando sua , sendo estes acionados de acordo com a necessidade através de sensores incorporados por todo o edifício. LÂMINAS DE TECIDO PARA PROTEÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR E PERMITIR ILUMINAÇÃO NATURAL MÓDULO 3 CÉLULAS FOTOVOLTAICAS APLICADAS A SUPERFÍCIE DE VIDRO PAINÉIS SOLARES TÉRMICOS APLICADOS NA COBERTURA BÁSCULAS PARA VENTILAÇÃO ABERTAS PARA EFEITO CHAMINÉ MASSA TÉRMICA BÁSCULAS PARA VENTILAÇÃO ABERTAS PARA EFEITO CHAMINÉ MASSA TÉRMICA N 10,40 TETO VERDE PROTEÇÃO TÉRMICA CÉLULAS FOTOVOLTAICAS APLICADAS A SUPERFÍCIE DE VIDRO LÂMINAS DE TECIDO PARA PROTEÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR E PERMITIR ILUMINAÇÃO NATURAL N 4,00 COLCHÃO DE AR COM EFEITO VENTURI PARA A ACELERAÇÃO DO VENTO E OTIMIZAR O SISTEMA EÓLICO VENEZIANA PARA VENTILAÇÃO SISTEMA EÓLICO MASSA TÉRMICA JANELAS DE VENTILAÇÃO C/ BRISE HORIZONTAL PROTEÇÃO RADIAÇÃO SOLAR DIRETA MASSA TÉRMICA N 8,00 INTERCAMBIADOR DE CALOR BRISE VERTICAL ORIENTAÇÃO AUTOMÁTICA PROTEÇÃO RADIAÇÃO SOLAR NASCENTE DIRETA BRISES HORIZONTAIS ORIENTAÇÃO AUTOMÁTICA PROTEÇÃO RADIAÇÃO SOLAR DIRETA CORTINA DE VIDRO DUPLO COM CAMADA DE AR INTERNA ILUMINAÇÃO NATURAL ABERTA PARA EFEITO CHAMINÉ MURO TROMBE HORAS QUENTES ABERTURAS EXTERNAS ABERTAS PARA PRINCÍPIOS DE FACHADA VENTILADA INTERCAMBIADOR DE CALOR N 4,00 INTERCAMBIADOR DE CALOR VENEZIANAS PARA PERMITIR MAIOR VENTILAÇÃO NATURAL BRISE VERTICAL PROTEÇÃO RADIAÇÃO SOLAR NASCENTE DIRETA CORTINA DE VIDRO DUPLO COM CAMADA DE AR INTERNA ILUMINAÇÃO NATURAL ABERTA PARA EFEITO CHAMINÉ MASSA TÉRMICA NORTE BRISE HORIZONTAL ORIENTAÇÃO AUTOMÁTICA PROTEÇÃO RADIAÇÃO SOLAR DIRETA MASSA TÉRMICA N 0,00 ESPELHO DÁGUA NORTE SUL ELEMENTO CAPTADOR DE ÁGUAS PLUVIAIS BÁSCULAS PARA VENTILAÇÃO FECHADA PARA ISOLAMENTO TÉRMICO INTERCAMBIADOR DE CALOR N 4,00 COLCHÃO DE AR - PROTEÇÃO TÉRMICA RESERVATÓRIO CÉLULAS FOTOVOLTAICAS APLICADAS A SUPERFÍCIE DE VIDRO PAINÉIS SOLARES TÉRMICOS APLICADOS NA COBERTURA BÁSCULAS PARA VENTILAÇÃO FECHADA PARA ISOLAMENTO TÉRMICO BÁSCULAS PARA VENTILAÇÃO FECHADA PARA ISOLAMENTO TÉRMICO MASSA TÉRMICA MASSA TÉRMICA TETO VERDE PROTEÇÃO TÉRMICA JANELAS DE VENTILAÇÃO C/ BRISE HORIZONTAL PROTEÇÃO RADIAÇÃO SOLAR DIRETA MASSA TÉRMICA BRISE HORIZONTAL ORIENTAÇÃO AUTOMÁTICA PROTEÇÃO RADIAÇÃO SOLAR DIRETA MASSA TÉRMICA N 0,00 SUL MÓDULO 3 LÂMINAS DE TECIDO PARA PROTEÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR E PERMITIR ILUMINAÇÃO NATURAL COLCHÃO DE AR COM EFEITO VENTURI PARA A ACELERAÇÃO DO VENTO E OTIMIZAR O SISTEMA EÓLICO LÂMINAS DE TECIDO PARA PROTEÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR E PERMITIR ILUMINAÇÃO NATURAL CORTINA DE VIDRO DUPLO COM CAMADA DE AR INTERNA ILUMINAÇÃO NATURAL FECHADA ISOLAMENTO TÉRMICO ESPELHO DÁGUA NORTE MASSA TÉRMICA CÉLULAS FOTOVOLTAICAS APLICADAS A SUPERFÍCIE DE VIDRO N 4,00 MASSA TÉRMICA NORTE N 8,00 CORTINA DE VIDRO DUPLO COM CAMADA DE AR INTERNA ILUMINAÇÃO NATURAL FECHADA ISOLAMENTO TÉRMICO INTERCAMBIADOR DE CALOR BRISE VERTICAL PROTEÇÃO RADIAÇÃO SOLAR NASCENTE DIRETA BRISES HORIZONTAIS ORIENTAÇÃO AUTOMÁTICA PROTEÇÃO RADIAÇÃO SOLAR N 0,00 N 10,40 N 10,00 MASSA TÉRMICA TETO VERDE PROTEÇÃO TÉRMICA FACHADA VENTILADA SUPERFÍCIE DE VIDRO DUPLO C/ CAMADA DE AR INTERNA - ABERTA PARA SEU FUNCIONAMENTO MASSA TÉRMICA PAINÉIS SOLARES TÉRMICOS APLICADOS NA COBERTURA N 12,70 PÉRGOLA DE MADEIRA COM COBERTURA VEGETAL DO TIPO TREPADEIRA CORTINA DE VIDRO DUPLO COM CAMADA DE AR INTERNA ILUMINAÇÃO NATURAL ABERTA PARA EFEITO CHAMINÉ SUL MÓDULO 2 MÓDULO 1 BRISE VERTICAL ORIENTAÇÃO AUTOMÁTICA PROTEÇÃO RADIAÇÃO SOLAR POENTE DIRETA BRISE VERTICAL ORIENTAÇÃO AUTOMÁTICA PROTEÇÃO RADIAÇÃO SOLAR NASCENTE DIRETA SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA BÁSCULAS PARA VENTILAÇÃO FECHADA PARA ISOLAMENTO TÉRMICO CORTINA DE VIDRO ILUMINAÇÃO NATURAL ABERTURAS FECHADAS PARA ISOLAMENTO TÉRMICO SUL para suprir a grande demanda da atividade de hidratação de AJARDINADAS. O conjunto de coberturas servirão como áreas de coleta de água para reserva e posterior utilização em jardins. A cobertura afunilada que compoem parte do sistema também tem a função de demonstrar conceitualmente o funcionamento do sistema além de concientizar sobre a importancia do recurso natural. TURBINA SISTEMA EÓLICO INTERCAMBIADOR DE CALOR CORTES DE ESTRATÉGIAS EM HORAS FRIAS BRISE VERTICAL PROTEÇÃO RADIAÇÃO SOLAR POENTE DIRETA caracteriza-se pela reutilização da água utilizada em chuveiros e lavatórios em vasos sanitários. A CAPTADA é condicionada ao reuso por um sistema primário de tratamento e estocada em um sistema secundário de armazanamento, para assim ser direcionada ao reuso. MASSA TÉRMICA N 8,00 CORTINA DE VIDRO DUPLO COM CAMADA DE AR INTERNA ILUMINAÇÃO NATURAL ABERTA PARA EFEITO CHAMINÉ RESERVATÓRIO BRISES HORIZONTAIS ORIENTAÇÃO AUTOMÁTICA PROTEÇÃO RADIAÇÃO SOLAR POENTE DIRETA como sistema principal de calefação. O sistema consiste no acondicionamento de ambientes por radiadores de água que, por sua vez, é aquecida ou esfriada pela temperatura por debaixo da superfície terrestre em um sistema fechado de coletores subterrâneos. Para o tipo de coletor, optou-se na utilização de captação subterrânea HORIZONTAL, pela facilidade e menores custos de implantação, e pela disponibilidade de superfície de terreno existente na área abrangida da proposta. Os radiadores seriam incorporados à arquitetura em pisos, paredes e divisórias, vistos em algumas partes para exposição, proporcionando maior conforto com relação à temperatura do ar dentro dos ambientes. Para todo sistema geotérmico também é necessário um auxiliar de apoio. Neste caso, optou-se pela CALDEIRA DE BIOMASSA utilizada no sistema solar térmico. SISTEMA EMERGENCIAL Para ocasiões em nível emergencial optou-se pela utilização de geração de energia elétrica e térmica através do sistema de e . Este sistema, por mais que se utilize de combustíveis fósseis, tem uma extremamente elevada, ocasionando baixo índice de consumo. Sua eficiência, comparada a um sistema de gerador convencional, chega a praticamente 90% do rendimento de uso do combustível, já em um sistema convencional, pelas perdas na geração, esse rendimento chega apenas em torno dos 50%. PAINÉIS SOLARES TÉRMICOS APLICADOS NA COBERTURA N 12,70 COLCHÃO DE AR - PROTEÇÃO TÉRMICA PÉRGOLA DE MADEIRA COM COBERTURA VEGETAL DO TIPO TREPADEIRA TETO VERDE PROTEÇÃO TÉRMICA MÓDULO 2 BÁSCULAS PARA VENTILAÇÃO ABERTAS PARA EFEITO CHAMINÉ BÁSCULAS PARA VENTILAÇÃO ABERTAS PARA EFEITO CHAMINÉ COBERTURAS Nas COBERTURAS, algumas estratégias de desenho passivo também foram consideradas para melhorar o conforto ambiental da edificação, principalmente por ser a superfície onde a radiação solar é mais direta e é necessário o seu devido tratamento: Já no solstício de verão, com o sol mais vertical, a incidência de sombras é menor deixando a praça mais exposta. Porém as fachadas voltadas para sul permanecem protegidas possibilitando ampla iluminação natural sem incidência solar direta no interior da edificação. No solstício de inverno, quando o sol é menos inclinado gerando mais sombras extensas, podemos verificar boas condições na praça central. As sombras amenizarão a amplitude térmica ao longo do ano sem prejudicar o funcionamento do relógio de sol. CORTES DE ESTRATÉGIAS EM HORAS QUENTES reunidos e extra dimensionados, aplicados em estrutura de pergolado (HORTA FOTOVOLTAICA) na parte externa, para uma maior geração de energia e distribuição direta para a rede pública. as turbinas são incorporadas na arquitetura e posicionadas para a direção dos ventos predominantes de sudeste para sua melhor eficiência, e também para sudoeste, onde são mais predominantes durante o dia, possibilitando aos usuários assistir ao seu funcionamento durante todo o dia como complemento ao circuito de exposições. Nas fachadas voltadas ao SUL, são necessárias aberturas e grandes superfícies acristaladas para o aproveitamento da e NATURAL, protegidas quando necessário do sol sem prejudicar a hermeticidade do edifício como um todo. Assim, optou-se por implementar as seguintes estratégias: f) Utilização de BRISES verticais para a proteção do sol nascente e poente, pois pela posição da cidade de Campinas perante o sol, no início e final dos dias dos meses considerados de verão, ocorre incidência de radiação direta g) Para as grandes superfícies acristaladas, elas devem possuir VIDRO DUPLO com CAMADA DE AR interna, para minimizar as possíveis entradas de calor por transmitância da radiação solar durante o dia e aumentar a hermeticidade do edifício durante a noite, evitando perdas de temperatura. h) Permitir aberturas de vãos e janelas que possam otimizar a CRUZADA pelos ventos predominantes diurnos provenientes de sudoeste, e permitir o em zonas carentes deste tipo de estratégia. funciona na troca de ar quando o edifício ou salas específicas possuem a necessidade de permanecerem herméticos. Em situações de inverno, o ar quente interno que sai pelo sistema troca calor com o ar frio que entra, possibilitando sua renovação sem diminuir a temperatura. Esse sistema também funciona para o verão, porém de maneira inversa onde o ar quente que entra troca calor com o ar que está mais frio saindo. Este sistema é considerado passivo, pois não consome energia, porém para sua otimização e como exemplo de possibilidades, optou-se na escolha desse sistema com BOMBA DE FRIO E CALOR incorporada. aplicadas em superfícies acristaladas orientadas para uma melhor eficiência do sistema, incorporadas na arquitetura. Este sistema se utiliza de baterias para o armazenamento e utilização das demandas da edificação em si. Como a localidade possui acesso à rede pública de energia elétrica, a energia poderia ser direcionada para a rede e recaptada de forma equivalente evitando o custo da implantação de um sistemas de baterias. Porém, a nível de exemplificação aos visitantes, optou-se pelo SISTEMA DE BATERIAS incorporado. FACHADAS SUL No DE (21 de dezembro), a posição solar é bastante vertical chegando a uma inclinação de praticamente 90° ao meio dia. Já no DE INVERNO (21 de junho), essa inclinação é mais baixa chegando aos 45° ao meio dia. Nos meses de outubro e novembro, onde as temperaturas são mais elevadas, a inclinação do sol chega estar entre os 70° e 80°, e nos meses de junho e julho, onde as temperaturas são mais baixas, o sol atinge a altura de 45°. Para suprir as DEMANDAS do edifício, as estratégias ativas possuem grande impacto dentro de uma proposta sustentável. O consumo, de uma forma geral, reflete em diversos problemas ambientais, como as emissões de CO2 geradores do “Efeito Estufa” e o descontrolado consumo de recursos naturais não renováveis. A sua utilização visa minimizar os impactos com a utilização de RECURSOS e por técnicas para geração de energia limpa, abundante e . As estratégias propostas fornecerão energia para a rede pública além se suprir as demandas da própria edificação, e de servirem exemplares para a exposição e divulgação para os visitantes, que poderão acessar as áreas técnicas e conhecer os sistemas e equipamentos necessários. INTERCAMBIADOR DE CALOR SOMBRAS ILUMINAÇÃO NATURAL Latitude: -22.8 AERODINÂMICA RADIAÇÃO Campinas/SP: A cidade de Campinas possui um clima bastante peculiar por conta da sua amplitude térmica com TEMPERATURAS baixas e altas durante praticamente todo o ano. Por mais que a UMIDADE RELATIVA esteja dentro da zona de conforto, poucos momentos se encontram em condições favoráveis. Sua ALTURA SOLAR é bastante vertical nos meses de verão e menos inclinada nos de inverno, tendo maior incidência de nos meses de verão por ser uma radiação mais direta. Os VENTOS predominantes são provenientes de sudeste em horas do dia em que a temperatura está mais fria, tendo os de sudoeste como importante direção para as horas mais quentes. A partir do DIAGRAMA , fez-se a análise das principais estratégias para o desenho arquitetônico passivo a serem implementadas. NORTE TURBINA SISTEMA EÓLICO VENEZIANA PARA VENTILAÇÃO SISTEMA EÓLICO MASSA TÉRMICA N 8,00 INTERCAMBIADOR DE CALOR BRISE VERTICAL ORIENTAÇÃO AUTOMÁTICA PROTEÇÃO RADIAÇÃO SOLAR NASCENTE DIRETA CORTINA DE VIDRO DUPLO COM CAMADA DE AR INTERNA ILUMINAÇÃO NATURAL FECHADA ISOLAMENTO TÉRMICO BRISES HORIZONTAIS ORIENTAÇÃO AUTOMÁTICA PROTEÇÃO RADIAÇÃO SOLAR DIRETA MURO TROMBE HORAS FRIAS ABERTURAS EXTERNAS FECHADAS AQUECIMENTO DO AR FRIO PELO SOL INTERCAMBIADOR DE CALOR N 4,00 INTERCAMBIADOR DE CALOR BRISE VERTICAL ORIENTAÇÃO AUTOMÁTICA PROTEÇÃO RADIAÇÃO SOLAR POENTE DIRETA BRISE VERTICAL ORIENTAÇÃO AUTOMÁTICA PROTEÇÃO RADIAÇÃO SOLAR NASCENTE DIRETA CORTINA DE VIDRO DUPLO COM CAMADA DE AR INTERNA ILUMINAÇÃO NATURAL FECHADA ISOLAMENTO TÉRMICO FACHADA VENTILADA SUPERFÍCIE DE VIDRO DUPLO C/ CAMADA DE AR INTERNA - FECHADA PARA ISOLAMENTO TÉRMICO MASSA TÉRMICA N 0,00 SUL NORTE SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA CONCURSO PÚBLICO NACIONAL DE ARQUITETURA "CASA DA SUSTENTABILIDADE" PARQUE TAQUARAL - CAMPINAS - SP 2