NOTA DE ESCLARECIMENTO A respeito do evento Noticiado nos Meios de Comunicação locais e redes sociais no dia 17 de abril de 2017, segundo o qual a gestante de iniciais M.J.S. teria recebido atendimento médico inadequado no Hospital Municipal Nossa Senhora da Conceição, que teria culminado com a morte do bebê, cumprimos o dever de prestar os seguintes esclarecimentos à comunidade: A Gestante acima citada procurou o Hospital Municipal queixando-se de “perda de líquido”. Foi prontamente atendida pelo médico plantonista, que a manteve sob observação e tomou todas as condutas indicadas para o quadro clínico. Diante da não evolução do trabalho de parto, iniciamos pedido de vaga junto à Central Estadual de Regulação para avaliação por especialista, não tendo recebido resposta. Ela foi mantida sob cuidados, o relatório de pedido de vaga foi atualizado, tendo inclusive a médica assistente realizado contato direto com a médica reguladora via telefone. Ela foi orientada a aguardar vaga, fornecendo inclusive seu número de telefone pessoal. Após várias tentativas de transferência mal sucedidas, a paciente entrou efetivamente em trabalho de parto, tendo sido encaminhada à sala de parto sob a assistência dos dois médicos plantonistas. Entretanto, como o trabalho de parto não evoluiu, manteve-se novo contato com a central de regulação, que novamente negou a vaga. Iniciou-se então a realização de contatos diretos com vários hospitais da região e Capital do Estado, a exemplo do Mater Day , Hospital da Mulher e o Hospital de Ribeira do Pombal, tendo todos alegado ausência de vaga. Após contato direto com o cirurgião do Hospital do Município de Antas, conseguimos autorização para transferi-la para avaliação, o que foi feito de imediato. Ressalva-se que no momento da transferência a paciente encontrava-se estável, o bebê apresentava movimentos e batimentos cardíacos normais, o que significa que a criança saiu viva. O Transporte foi feita em ambulância oficial, acompanhada por técnico de enfermagem e familiar da paciente, bem como toda a história clínica devidamente documentada. Ao ser admitida no Hospital da cidade de Antas, conforme relatado pela profissional que a acompanhou, a paciente estava bem e o bebê apresentava batimentos cardíacos dentro da faixa de normalidade. Fomos informados do óbito apenas através dos meios de comunicação. Assim, vale salientar que nas dependências do Hospital Municipal de Araci, a paciente recebeu todos os cuidados necessários e possíveis, tendo sido tomadas todas as providencias para transferir a paciente, o que é controlado pela Central de Regulação de Leitos do Governo do Estado da Bahia Salvador. Diferente do noticiado, não houve negligencia, imperícia, imprudência, omissão ou qualquer outra conduta que possa justificar a classificação do Hospital como “lixo”. Pelo contrário, diariamente ele atende cerca de 150 pacientes e realiza uma média de 03 a 05 partos, o que significa que ele cumpre fielmente seu papel de salvar vidas. Ocorre que a ausência de leitos para tratamento especializado é um problema enfrentado por todos os municípios da Bahia, não sendo exclusivo de Araci, carecendo de investimentos dos Governos Estadual e Federal. Aos municípios, como é o nosso caso, cabe solicitar a vaga e acompanhar o processo, o que fielmente foi realizado. A Secretaria Municipal de Saúde, Direção do Hospital e os profissionais envolvidos no atendimento à paciente, apesar de não terem sido procurados pelos familiares, lamentam o ocorrido e estão à disposição para prestar os esclarecimentos que se fizerem necessários. Em Araci-Ba, 18 de abril de 2017. VANEIDE FIRMO OLIVEIRA Secretária Municipal de Saúde CRISTIANE SILVA SANTIAGO Médica – Diretora Clínica