faculdades integradas ipiranga curso de tecnólogo em radiologia

FACULDADES INTEGRADAS IPIRANGA
CURSO DE TECNÓLOGO EM RADIOLOGIA
DANIEL BEZERRA MEIRELES
RELATÓRIO PROFISSIONAL NA UNIDADE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
UNIMED (DOCA)
BELÉM-PARÁ
2013
2
DANIEL BEZERRA MEIRELES
RELATÓRIO PROFISSIONAL NA UNIDADE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
UNIMED (DOCA)
Relatório apresentado como
requisito para a obtenção de
nota relativa à orientado do
trabalho de Conclusão de Curso,
orientada pelo
Profº Stanley
Xavier.
BELÉM-PARÁ
2013
3
DANIEL BEZERRA MEIRELES
RELATÓRIO PROFISSIONAL NA UNIDADE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
UNIMED (DOCA)
Avaliado por:
____________________
Profº: Stanley Xavier
Nota:_______________
Data:_____/____/_____
BELÉM-PARÁ
2013
4
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...............................................................................................................5
2 OBJETIVOS...................................................................................................................6
2.1 OBJETIVO GERAL..............................................................................................6
2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS..............................................................................6
3 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA.............................................................................7
3.1 SETOR DE IMAGINOLOGIA...............................................................................8
3.1.1 Equipamentos e acessórios......................................................................8
3.1.2 Equipamentos de proteção individual – EPI´S......................................14
4 RELÁTORIO DESCRITIVO.......................................................................................17
5CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................18
6.RECOMENDAÇOES..................................................................................................19
REFERÊNCIA...............................................................................................................20
5
1 INTRODUÇÃO
Os princípios físicos do raios X foram descobertos pelo Wilhelm
Conrad Röentgen. Em 1895, causando um grande momento histórico na
medicina. Esses raios foram definidos de x, por ser desconhecido a
radiologia, é um ciência que estuda as radiações e a aplicação das mesmas,
em diversas áreas, inclusive na Medicina, tanto em diagnósticos e terapia
(FEITOSA, 2007).
Com base nisso, a medicina sofreu revoluções ao verificar que tal
descoberta poderia tornar possível à visão do interior do paciente. Desde
então a radiologia vem obtendo grande espaço na prática médica. Aparelhos
foram produzidos para diagnosticar possíveis fraturas e patologias a serem
tratadas. As técnicas para os diagnósticos foram se aprimorado e outros
meios de realizações de exames foram criados com novas técnicas,
modernidade e segurança, como a tomografia computadorizada, a
densitometria óssea, a mamografia, a radiologia digital entre outros
(FEITOSA, 2007).
O relato desta experiência prática abordou à atuação do Tecnólogo em
Radiologia na gestão dos serviços da mesma. Os profissionais de radiologia
fazem parte do trabalho de saúde e tem como finalidade atender a ação
diagnostica e terapêutica, como objeto paciente/cliente. Além dos
conhecimentos técnicos e científicos estes profissionais te a capacidade de
trabalhar em equipe de uma forma eficaz, tendo participações de outros
profissionais como médicos radiologistas e entre outros especialistas, e é
determinante a relação de comunicação entre esses especialistas com o
técnico. O técnico ao realizar a anamnese do paciente além de determinar
técnica adequada para realização do exame auxilia também o medico
radiologista no seu diagnostico final. (FEITOSA, 2007)
.
6
2.OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Descrever a prática profissional de um tecnólogo atuando em uma
unidade emergencial de saúde privada.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Apresentar os equipamentos envolvidos na execução dos procedimentos
radiológicos;
- Expor os procedimentos realizados na prática profissional;
- Oferecer aos futuros profissionais de radiologia informações sobre a prática
da radiologia.
7
3 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA
A descrição de empresa realizou-se após a autorização da chefia da
RH desta empresa, em anexo. A Unidade de Emergência Unimed Doca está
localizada na região central de Belém, em uma das áreas mais nobres da
cidade, além de ser uma região que integra diferentes bairros da cidade de
Belém (Figura 1).
FIGURA 01: Fachada do Centro Diagnóstico Unimed Doca.
FOTO: Daniel Meireles, 2013.
A Unimed Doca é um hospital pertencente a uma rede de planos de
saúde que atende pacientes conveniados e realiza também exames
particulares. Onde atende urgência e emergência, além de realizar diversos
exames de alta qualidade. O hospital funciona em tempo integral, atendendo
24h por dia.
A recepção do setor de imagem funciona nos horários de 7h ás 19h de
segunda a sexta e até às 12h durante os sábados, sendo que no domingo
não funcionam, então os pacientes/clientes são encaminhados à recepção de
urgência e emergência.
8
3.1 SETOR DE IMAGINOLOGIA
O setor de imaginologia possui três salas de raios-x de 300 MA. Todas
estão de acordo como a portaria 453/98. Contendo em seu interior EPI´s
(Equipamentos de Proteção Individual) como: aventais e biombo de chumbo,
protetores de tireoide, luvas limbíferas, cilindros, assim como o bucky vertical,
mesa de exames e mesa de comando.
A unidade trabalha com treze profissionais das técnicas radiológicas,
destes um graduado como tecnólogos e outro pós graduado, especialista em
Ressonância Magnética, e três acadêmicos da área de radiologia. Divide-se
em dois profissionais por turno, que revesam de quatro em quatro horas mais
cinco plantonistas e um apoio para o noturno, onde os mesmos trabalham em
regime de plantão cumprindo 24h semanais. Eles são responsáveis por todos
os exames a serem realizados, no Raios-X e Tomografia Computadorizada.
O setor de radiodiagnostico possui um médico radiologista responsável em
laudar os exames, duas técnicas de enfermagem responsáveis no
acompanhamento de exames e aplicação de contraste quando necessário e
duas biomédicas que atuam na área realizando exames de tomografia
computadorizada no período eletivo que contempla o horário que vai das
07:00 as 13:00 e 13:00 as 19:00.
3.1.1 Equipamentos e acessórios
As salas de exames constituíam-se de aparelhos de raios-x, que são
equipamentos utilizados na área de radiodiagnostico, utilizados para
diagnosticar possíveis fraturas e patologias a serem tratadas, o seu
funcionamento acontece através de um tubo de vidro a vácuo chamado de
ampola contendo elétrons, o catodo (-) e o anodo (+), Os raios X são
produzidos quando elétrons negativos em alta velocidade bombardeiam um
anteparo (o anodo) e são freados subitamente ao repouso liberando assim os
raios-x. Os aparelhos possuem ainda um cabeçote e braço articulado que é
onde se localiza a ampola e se origina os feixes de raios-x, o bucky vertical
utilizado para a realização de exames em pacientes/clientes em posição de
ortostáse, ou seja, em pé, a mesa de exames utilizada em exames de
pacientes em decúbito lateral (direito ou esquerdo) e dorsal (paciente deitada)
e o painel de controle onde são colocadas as técnicas responsáveis, ou seja,
os parâmetros de controle e acionamento dos feixes de raios-x para aquisição
da imagem (Figura 02).
9
FIGURA 02: Bucky vertical, mesa de exames, painel de controle e cabeçote e braço
articulado.
FOTO; Daniel Meireles, 2013.
O setor de imaginologia possui ainda uma sala responsável em receber
os exames, se trabalharem as imagens e onde as mesmas são reveladas e
repassadas aos médicos para serem laudados ou até mesmo entregues aos
pacientes\clientes em casos distintos. Na mesma utiliza-se de:
A processadora CR85-X, garante uma maior produtividade, já que
processa até 115 plates (Placa no interior do cassete responsável por
registrar a imagem), por hora, dando suporte a várias salas de raios-x do
setor ao mesmo tempo, o administrador apenas deposita os cassetes (uma
espécie de caixa responsável por suportar o plate que é onde se registram as
imagens) na entrada do equipamento chamado de buffer que é uma região de
memória temporária utilizada à leitura de dados, onde o cassete entra por
este buffer, o mesmo é digitalizado, seus dados são lidos, escaneados, e por
fim as imagens são apagadas do plate então prontos para novos exames de
acordo com os dados coletados do Grupo Agfa-Gevaert2007 (Figura 03).
10
FIGURA 03: Reveladora CR85-X.
FOTO: Daniel Meireles, 2013.
A Estação de CR universal (CRUS) é equipamento de integração. Nela
é feita a identificação do paciente, nome, sexo, idade, posicionamento
radiológico e nome do responsável técnico/tecnólogo que fez o exame. Em
um monitor de LCD aparecerá à imagem que foi digitalizada na processadora
de acordo com os dados do paciente identificado anteriormente. A imagem
que foi feita da área a ser estudada, é trabalhada, processada na estação e
mandada para a impressora de acordo com relatos de técnicos do setor de
imaginologia (Figura 4).
11
FIGURA 04: Estação de CR.
FOTO: Daniel Meireles, 2013.
A Impressora DRYSTAR 5503 apresenta qualidade na imagem em
escalas de cinza compatível as exigências da área, apresenta sensibilidade
ao calor e não a luz, é rápida e imprime até 100 imagens 35x43 por hora,
possui três bandejas, onde cada bandeja aceita cinco formatos de filmes
diferentes dos exames de raios-x e até mesmo da mamografia de acordo com
dados do grupo AGFA.
FIGURA 05: Impressora DRYSTAR 5503. FOTOS:
Daniel Meireles, 2013.
12
Os cassetes são uma especie de caixa onde se é colocado o plate
responsável pela obtenção das imagens, os cassetes possuem tamanhos
variados 18x24, 24x30, 35x35 e 35x43 onde possuem um chip imbutido
responsável por captar os dados inseridos na estação onde foi identificado o
paciente, tais dados são captados por uma antena interna do cassete atráves
da radio-frequência (Figura 06).
FIGURA 06: Cassete e écran de fósforo.
FOTO: Daniel Meireles, 2013.
Os filmes Drystar Agfa são responsáveis por documentar e registrar
imagens de exames de imaginologia tem que se armazenado em temperatura
de 4º a 25ºC, utiliza-se de um chip em sua caixa onde identifica que na
mesma possui 100 películas, e é totalmente sensível à luz, se teve como
referência os dados contidos na caixa do produto (Agfa Health Care, 2011)
(Figura 07).
13
FIGURA 07: Caixa de Filmes.
FOTO: DanielMeireles,2013
A sala responsável por receber a guia de exame do paciente possui um
livro de ocorrências onde é escrito todo ou qualquer tipo de anormalidade ou
acontecimento que possa ter ocorrido no setor, ou na sala como, por
exemplo, atraso de técnico\tecnólogo, defeito no equipamento, ou registro de
alterações durante o plantão. Existe ainda um livro de registro onde são
anotados os dados dos pacientes submetidos a exames, naquele horário
onde trabalham os profissionais responsáveis do setor, nele é colocado nome
dos técnicos/tecnólogos, nome do paciente, incidência realizada e quantidade
de filmes que foram revelados. Possui ainda um negatoscópio que é
equipamento com iluminação especial em seu interior responsável para a
visualização de chapas radiográficas Existem ainda roupas especiais para a
realização de exames que são entregues aos pacientes. Essas roupas são na
verdade aventais descartáveis produzidos de TNT.
14
3.1.2 Equipamentos de Proteção Individual - EPI´s
O quadro de dosímetros é um espaço onde ficam armazenados os
dosímetros de todos os técnicos/tecnólogos que trabalham no setor, o
dosímetro é um dos vários tipos de EPI´s responsável por verificar o nível de
radiação que cada profissional esta se expondo em seu local de trabalho. Os
mesmos são recolhidos todo mês e substituídos por outro, as doses
individuais são medidas de corpo inteiro (mSv).
O avental de Chumbo protege quase todo o corpo, por obter um grande
comprimento capaz de defender a região do tórax, abdômen, pelve e até
mesmo os joelhos, tem espessura de 0,5mm de chumbo, muito importante
também em centros cirúrgicos por não obter o biombo (Figura 08).
FIGURA 08: Avental de chumbo e protetor de tireóide.
FOTO: Daniel Meireles, 2013.
O biombo de chumbo é uma proteção feita de cimento baritado, que é
um composto contendo um minério de alta densidade, que absorve mais
radiação. O biombo também pode ser feito de placas de chumbo. A
importância deste equipamento está no fato de que ele protege diretamente o
profissional, como uma barreira física contra a radiação. (Figura 09).
15
FIGURA 09: Biombo de Chumbo.
FOTO: Daniel Meireles, 2013.
Os protetores de tireoide são Responsáveis por proteger o pescoço
onde se localiza a glândula tireoide e paratireoide.
As luvas limbíferas protegem as mãos e região distal do antebraço,
importante para a contenção de crianças, pacientes debilitados e idosos
(Figura 10).
FIGURA 10: Luvas plumbíferas.
FOTO: Daniel Meireles, 2013.
16
Os cilindros de mastoides e cilindro de extensão são produzidos de
inox com revestimento de chumbo. Possibilita a realização de um exame
preciso da região de interesse do corpo, colimando-as (limitação dos feixes de
raios-x) fazendo com que o paciente/cliente receba apenas a radiação
necessária, exames utilizando-se dos cilindros mastoide, ossos curtos,
escafoide, seios nasais e nervo óptico (Figura 11).
FIGURA 11: Cilindro de extensão.
FOTO: Daniel Meireles, 2013.
A unidade esta com o projeto de implantação do PACS (Picture
Archiving and Communication System - Sistema de Comunicação e
Arquivamento de Imagens). Com a implantação do PACS o setor de
radiodiagnostico, trabalha de forma rápida e eficaz, já que este programa
refere-se a uma rede de computadores, que lidam com a digitalização, pósprocessamento, distribuição e armazenamento de imagens médicas. Com o
programa a imagem obtida é enviada diretamente ao médico, que pode vê-lo
em sua sala, e em seu computador ajudando assim na rapidez do diagnostico
e tratamento de uma possível patologia (MARTINS, 2011).
17
4 RELATÓRIO DESCRITIVO
O protocolo de entrega de exames de urgência é feito da seguinte
forma, o paciente/cliente realiza o exame, volta com o médico que lhe
atendeu já com a película revelada em mãos, o mesmo informa o diagnóstico
e sua forma de tratamento, o paciente/cliente é encaminhado a fazer sua
medicação e ficar em observação na própria unidade ou poderá ir para casa,
enquanto isso todas as películas que ficaram na sala do médico são
recolhidos e levados à sala de laudo, anexados a guia de exame do
paciente/cliente, onde é laudado e fica disposição do paciente em receber o
resultado com a data e hora que lhe foi repassado no ato do exame.
Geralmente um exame de raios-x não precisa de preparo, somente se
for um procedimento com meios de contraste, como é o caso da urografia
excretora e dacriocistografia, exames contrastados realizados na unidade
doca.
Após a anamnese, o profissional deve verificar a utilização e
quantidade de quais cassetes, logo após deve se alinhar o raio a linha central
da mesa ou no bucky vertical, antes de posicionar o paciente/cliente. Logo em
seguida com o paciente posicionado, instruído sobre o exame, o
técnico/tecnólogo coloca os parâmetros necessários a cada incidência no
painel de controle, realiza-se o exame, verifica-se a imagem e a processa na
estação e então libera o paciente.
18
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.
Esse relatório se propôs a mostrar a rotina do setor de radiologia da
urgência e emergência da Unimed Doca. Conhecendo equipamentos que
ajudam num melhor atendimento ao paciente/cliente proporcionando-lhe
comodidade e rapidez na realização de seu exame e também conhecer e
perceber a importância do setor de radiologia na área médica, o profissional
tem que estar disposto e bem preparado para lidar com o paciente/cliente,
com patologias ou a enfrentar desafios que estejam presentes em seu
cotidiano.
Ao longo de uma experiência prática produtiva no aprendizado de
métodos e técnicas radiológicas médicas. Aprender sobre o funcionamento de
equipamentos, acompanhar o trabalho diário dos profissionais
técnico/tecnólogo, e fazer uso do conhecimento adquirido em sala de aula, é
possível aprimorar o aprendizado entre teoria e prática.
Este trabalho teve como finalidade conscientizar o profissional sobre
sua importância no setor de imaginologia, bem como apresentar a rotina do
setor de imagem em uma unidade privada, sendo então de grande utilidade
na preparação dos próximos profissionais que deverão atuar na área, e na
realidade da prática profissional do Tecnólogo em radiologia.
19
6 RECOMENDAÇÕES
Recomendamos a empregabilidade dos profissionais, das técnicas
radiológicas com graduação, pois se entende que tenham mais preparo
condições de desenvolver suas atividades profissionais, pois sua formação
tem maior carga horária, que compreende melhor as questões físicas,
anatômicas, patológicas e administrativas do setor radiológico.
A indicação de um supervisos de proteção radiológica (que possua
nível superior) que junto com o coordenador do setor radiológico possa avaliar
todas as necessidade do setor.
20
REFERÊNCIAS
FEITOSA, F; FERNANDES, R. Manual de posicionamento radiológico, 1ª
Edição, São Paulo: Editora Martinari, 2009.
FERNANDES; F; Kontota Soluções Radiológicas. Equipamentos. 2007. Rio
de Janeiro. Disponível em: http://www.kontato.com.br/ acesso em
28/02/2013..
MARTINS, A, Sistemas PCS, Ponta Delgada, 2011. Disponível em:
http://www.di.ubi.pt/~paraujo/Telemedicina/artigo-revista-hal-v4.pdf,
acesso
em 28/02/2013.
R.E; Radiologia.Emergencial,o blog do técnico de radiologia, 2007, postado
por
DhiegoGumuri.disponível
em
http//www.radiologiamergencial.blogspot.com/acesso em 28/02/2013.
Medicina
net;introdução
a
radiologia,
Disponivel
em:
http//www.medicinanet.com.r/m/conteúdo/revisões, acesso em 28/02/2013