Com a chegada do inverno, todo cuidado é pouco com a gripe H1N1

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Com a chegada do inverno,
todo cuidado é pouco com a
Em 2016, a gripe H1N1 chegou mais cedo ao
Brasil. Doença típica de inverno, o surto
começou no verão, provavelmente provocado pelo grande fluxo de turistas vindos de
regiões frias, como Estados Unidos, Canadá e
Europa.
O Brasil já registrou 230 mortes por H1N1
este ano até o dia 16 de abril, segundo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde. A
Diretoria de Vigilância Epidemiológica
(Divep) da Secretaria da Saúde do Estado
(Sesab) informa que até 13 de abril de 2016
foram confirmados 25 casos na Bahia, com
seis mortes. Em São Paulo, estado de maior
população, até março, os casos no ano já
superaram a quantidade de pessoas doentes
em 2015 em todo o país. Os números assustam a comunidade médica.
Se nos meses mais quentes já chegamos a
este quadro, com a chegada do inverno e as
quedas das temperaturas, todo cuidado é
pouco com a gripe H1N1. Apesar de não ser
uma cidade fria, Salvador registrou 17 dos 25
casos do estado. Ou seja, ninguém está livre
das consequências da “Gripe Suína”.
Foi a partir de 2009 que a população mundial
passou a conhecer mais sobre este vírus
H1N1. Uma pandemia atingiu o mundo
naquele ano, com 207 países atingidos e
nove mil mortos. As primeiras formas do
vírus foram descobertas em porcos, por isso
Gripe Suína, mas as mutações conseguintes
o tornaram uma ameaça também aos seres
humanos. E como não havia métodos
preventivos disponíveis para um vírus novo,
a gripe espalhou-se rapidamente.
A H1N1, como qualquer gripe, pode afetar
pessoas de todas as idades, mas, no período
em que houve a pandemia, notou-se que o
vírus infectou mais pessoas entre os cinco e
os 24 anos. Gestantes, doentes crônicos,
crianças pequenas, pessoas com obesidade e
com outros problemas respiratórios também
estão entre os grupos mais vulneráveis. A
transmissão ocorre da mesma forma que a
gripe comum, ou seja, por meio de secreções
respiratórias, como gotículas de saliva, tosse
ou espirro, principalmente. Após ser infectada pelo vírus, uma pessoa pode demorar de
um a quatro dias para começar a apresentar
os sintomas da doença. Da mesma forma,
pode demorar de um a sete dias para ser
capaz de transmiti-lo a outras pessoas.
Vacinação
Como a doença chegou mais cedo, as autoridades de saúde resolveram se antecipar
também. A Campanha Nacional de Vacinação
está definida para acontecer no período de
30 de abril a 20 de maio de 2016, mas devido
ao agravamento do problema, a Sesab já está
vacinando os baianos desde 18 de abril. Para
se vacinar, basta procurar os postos e centros
de saúde de todos os municípios. A prioridade de imunização são para os idosos a partir
de 60 anos, crianças de seis meses a menos
de cinco anos, trabalhadores da saúde (público e privada), mulheres grávidas e puérperas,
até 45 dias após o parto, povos indígenas,
portadores de doenças crônicas não transmissíveis, população privada de liberdade,
funcionários do sistema prisional, e adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade, sob
medidas sócioeducativas. No dia 30, será
realizado o Dia D de mobilização nacional.
gripe H1N1
Para a vacinação, a Bahia contará com 25
mil trabalhadores do SUS e voluntários.
Serão utilizados 4.500 veículos e 3.600
serviços de saúde e postos de vacinação
estarão vacinando os grupos prioritários. "A
nossa meta, determinada pelo Ministério
da Saúde, é vacinar pelo menos, 80% de
cada grupo prioritário, num total de
2.602.346 pessoas", explica Saavedra. No
ano passado, 81% da população estimada
foi vacinada e 286 municípios alcançaram o
percentual preconizado de imunizar 80%
de sua população alvo.
Sintomas
- Febre alta
- Tosse
- Dor de cabeça
- Dores musculares
- Falta de ar
- Espirros
- Dor na garganta
- Fraqueza
- Coriza
- Congestão nasal
- Náuseas e vômitos
- Diarreia.
Tratamento e cuidados
A maioria dos casos de gripe H1N1 é
sanada completamente sem a necessidade
de internação hospitalar ou do uso de
antivirais. Em alguns casos, no entanto, o
uso de medicamentos e a observação
clínica são necessários para garantir a recuperação do paciente.
Uma pessoa diagnosticada deve permanecer em casa, afastado do trabalho ou da
escola, evitando locais com acúmulo de
pessoas. Repouso e boa hidratação são
duas dicas importantes para garantir a
recuperação.
No caso de medicamentos, recomenda-se o
uso do oseltamivir ou do zanamivir para
tratamento da infecção por esse vírus. Qualquer medicação só deve ser adotada
mediante prescrição médica. Medicamentos antivirais são drogas (comprimidos,
líquidos ou inaláveis) que combatem a gripe
evitando que os vírus se reproduzam em
seu corpo. Se você adoecer, os medicamentos antivirais podem tornar sua doença mais
branda e fazer com que você se recupere
mais depressa. Eles também evitam complicações graves da influenza. Para o tratamento, os medicamentos antivirais funcionam
melhor se forem administrados logo após a
pessoa adoecer (em até dois dias depois do
início dos sintomas).
A principal complicação decorrente de
gripe H1N1 consiste em crises de insuficiência respiratória, que podem levar o
paciente a óbito se não forem tratadas
imediatamente e em caráter de urgência.
Medidas de prevenção
- Lavar as mãos várias vezes ao dia
- Proteger tosse e espirro com
lenços descartáveis. Se achar
necessário, utilizar uma máscara
para proteger-se de gotículas
infectadas que possam estar no ar
- Não compartilhar objetos de uso
pessoal, como toalhas, copos,
talheres e travesseiros
- Manter os ambientes ventilados
- Evitar contato próximo com
pessoas com sintomas de gripe
- Evitar aglomerações em ambientes fechados
- Levar sempre um frasco com álcool-gel para esterilizar as mãos
- Manter hábitos saudáveis,
comendo bastante verduras e
frutas e bebendo bastante água
Obs.: Procurar um serviço de saúde
ao perceber os primeiros sintomas
da gripe.
Fontes: Secretaria Estadual de Saúde e Ministério da Saúde
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