FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Enfermagem CONHECIMENTO DAS USUÁRIAS ASSISTIDAS PELA EQUIPE DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA NOVO HORIZONTE SOBRE A PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA, PARACATU/MG - 2010 Jercelene Fonseca da Silva PARACATU-MG 2010 JERCELENE FONSECA DA SILVA CONHECIMENTO DAS USUÁRIAS ASSISTIDAS PELA EQUIPE DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA NOVO HORIZONTE SOBRE A PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA, PARACATU/MG - 2010 Monografia apresentada à disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso de Enfermagem II, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem. Orientadora Temática: Rosalba Cassuci Arantes Supervisor: Geraldo Benedito Batista de Oliveira PARACATU-MG 2010 Silva, Jercelene Fonseca da Conhecimento das usuárias assistidas pela equipe da Estratégia Saúde da Família Novo Horizonte sobre a prevenção do câncer de mama, Paracatu/MG - 2010. / Jercelene Fonseca da Silva. – Paracatu, 2010. 60p. : il. color.; 30 cm. Orientadora: Rosalba Cassuci Arantes Monografia (Graduação) – Faculdade Tecsoma, Curso de Enfermagem, Paracatu, 2010. 1. Câncer de mama. 2. Educação em saúde. 3. Prevenção. 4. diagnóstico precoce. I. Arantes, Rosalba Cassuci. II. Faculdade Tecsoma. III. Título. CDU: 616.083 Jercelene Fonseca da Silva Conhecimento das usuárias assistidas pela equipe da Estratégia Saúde da Família Novo Horizonte sobre a prevenção do câncer de mama, Paracatu/MG 2010 Monografia apresentado à disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso de Enfermagem II, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem. _______________________________________________ Rosalba Cassuci Arantes Orientadora Temática _______________________________________________ Geraldo Benedito Batista de Oliveira Professor Supervisor PARACATU-MG, 21 de junho de 2010 Dedico este trabalho às minhas filhas Isabela, Gabriela e Cristiane, estímulos que me impulsionam a buscar vida nova a cada dia. Meus agradecimentos por terem aceito se privarem da minha companhia, concedendo a mim a oportunidade de me realizar ainda mais. AGRADECIMENTO A Deus, por iluminar os meus caminhos. Às minhas filhas Isabela, Gabriela e Cristiane, ao meu companheiro Fernando que com muito carinho e apoio, não mediram esforços para que eu chegasse até esta etapa de minha vida. À orientadora e coordenadora Rosalba Cassuci Arantes por seu apoio e inspiração no amadurecimento dos meus conhecimentos e conceitos. “A enfermagem é uma arte; e para realizá-la como arte, requer uma devoção exclusiva, um preparo tão rigoroso, como a obra de qualquer pintor ou escultor; pois o que é tratar da tela morta ou do frio do mármore comparado ao tratar do corpo vivo - templo de Deus. É uma das artes; poder-se-ia dizer, a mais bela das artes” Florence Nithingale RESUMO O presente trabalho trata-se de um estudo descritivo, utilizando uma abordagem quantitativa, tendo como público alvo as mulheres cadastradas na Unidade da ESF Novo Horizonte, na faixa etária de 20 a 59 anos, do município de Paracatu/MG. Onde foi possível concluir que o conhecimento da maioria das entrevistadas sobre as formas de prevenção do câncer de mama é insuficiente, o que reforça a necessidade de desenvolvimento e divulgação de atividades, focando a atenção primária sobre este tipo de câncer. A maior parte das entrevistadas não exerce atividade formal e possuem baixa escolaridade, fatores que restringem o acesso a informações e favorece o diagnóstico tardio. O auto-exame das mamas é realizado por grande parte das mulheres, mas poucas o fazem no período recomendado. Já o exame clínico das mamas deve ser realizado durante as consultas de rotina, tanto pelo médico como pelo enfermeiro, contudo a maioria das entrevistadas relatou não ter sido examinada. O baixo índice de entrevistadas, incluídas na faixa etária a partir dos quarenta anos, que referiram terem sido expostas ao exame mamografia, reflete a necessidade de aumentar as intervenções e reduzir as deficiências encontradas. Quanto à adoção de práticas para prevenção dessa neoplasia, parte significativa das entrevistadas demonstraram não realizar nenhuma atividade como forma de prevenção. Através deste estudo, pôde-se perceber que as entrevistadas não realizam efetivamente as formas de prevenção secundária para o câncer mamário, esse escoamento indica falhas que contribuem para a manutenção dos índices de mortalidade por câncer mamário. Podemos afirmar a necessidade da efetivação da educação em saúde, à qual estimula a participação da comunidade, priorizando em suas bases teóricas a promoção da saúde e proporcionando à população mais conhecimentos e capacidade de lidar com os medos, inseguranças, timidez e dúvidas, bem como o atendimento integral à saúde da mulher, estimulando e incentivando a prevenção secundária, o diagnostico precoce, aumentando as chances de cura, sobrevida e preservação das mamas. Palavras-chave: Câncer de mama. Educação em saúde. Prevenção. Diagnóstico precoce. ABSTRACT The present work it is a descriptive study, using a quantitative approach, hving as target women enrolled in the Unity of the Family Health Strategy New Horizon, aged 20-59 years of Paracatu/MG. Where it was concluded that knowledge of most subjects on ways of preventing breast cancer is weak, which reinforces the need for development and dissemination activities, focusing primary attention on this type of cancer. Most of the respondents not holding formal activity and have low education, factors that restrict access to information and promotes the delayed diagnosis. The self-breast examination is performed by most women, but few do so in the recommended period. Have a clínical breast exam should be performed during the routine visits by both the physician and the nurse, yet most of the respondents reported they had not been examined. The low rate of respondents included in age from forty years who reported having been exposed to the mammography examination, reflects the need to increase interventions and reduce the weaknesses found. As for the adoption of practices for prevention of cancer, a significant proportion of the respondents demonstrated not perform any activity as a means of prevention. Through this study, we could see that the respondents do not perform effectively forms of secondary prevention for breast cancer, indicates that flow failures that contribute to the maintenance of mortality rates for breast cancer. We affirm the necessity of effective health education, which encourages community participation, focusing on its theoretical basis to promote health and giving the people more knowledge and ability to cope with fears, insecurities, doubts and shyness, and Integral attention to women’s health by stimulating and encouraging secondary prevention, early detection, increasing the chances of cure, survival and preservation of the breast. Keywords: Breast cancer. Health education. Prevention. Early diagnosis. LISTA DE TABELAS TABELA 1 Distribuição das entrevistadas conforme faixa etária, cor e escolaridade, Paracatu/MG - janeiro a março de 2010 .......................................... 35 TABELA 2 Distribuição das entrevistadas conforme ocupação, Paracatu/MG janeiro a março de 2010 .......................................................................................... 36 LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO 1 Distribuição das entrevistadas conforme conhecimento sobre o câncer de mama, Paracatu/MG - 2010 ................................................................. 37 GRÁFICO 2 Distribuição das entrevistadas conforme conhecimento sobre o câncer de mama, de acordo com faixa etária, Paracatu/MG – 2010 ...................... 37 GRÁFICO 3 Distribuição das entrevistadas conforme fonte de informação do conhecimento sobre câncer de mama, Paracatu/MG – 2010 ................................. 38 GRÁFICO 4 Distribuição das entrevistadas conforme realização do auto-exame das mamas, de acordo com faixa etária, Paracatu/MG – 2010 .............................. 39 GRÁFICO 5 Distribuição das entrevistadas conforme freqüência com que realizam o auto-exame das mamas, Paracatu/MG - 2010 .................................... 40 GRÁFICO 6 Distribuição das entrevistadas conforme realização do exame clínico das mamas na consulta médica, Paracatu/MG – 2010 ............................... 41 GRÁFICO 7 Distribuição das entrevistadas conforme realização do exame clínico das mamas na consulta com a enfermeira, Paracatu/MG – 2010 ............... 41 GRÁFICO 8 Distribuição das entrevistadas inseridas na faixa etária de 40 a 59 anos, conforme a realização do exame mamografia, Paracatu/MG – 2010 ........... 42 GRÁFICO 9 Usuárias pesquisadas que não realizaram o exame mamografia, conforme a justificativa, Paracatu/MG – 2010 ........................................................ 43 GRÁFICO 10 Distribuição das entrevistadas conforme a adoção de práticas para prevenção e controle do câncer de mama, Paracatu/MG – 2010 .......................... 44 LISTA SIGLAS/ABREVIATURAS AEM - Auto-exame da mama ECM - Exame clínico das mamas ESF - Estratégia Saúde da Família INCA - Instituto Nacional do Câncer PAISM - Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher PNH - Política Nacional de Humanização PSF - Programa Saúde da Família SUS - Sistema Único de Saúde TCC - Trabalho de Conclusão de Curso SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 1.1 Justificativa ..................................................................................................... 1.2 Objetivos ......................................................................................................... 1.2.1 Objetivo Geral .............................................................................................. 1.2.2 Objetivos Específicos ................................................................................. 12 14 15 15 15 2 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................. 2.1 Anatomia e Fisiologia das Mamas ................................................................ 2.2 Fisiopatologia do Câncer ............................................................................... 2.3 Fatores de Risco para Câncer Mamário ....................................................... 2.4 Câncer de Mama: Uma abordagem geral ..................................................... 2.4.1 Avaliação diagnóstica do câncer de mama ............................................... 2.4.1.1 Auto-exame da Mama – AEM ................................................................... 2.4.1.2 Exame Clínico das Mamas- ECM ............................................................. 2.4.1.3 Mamografia ............................................................................................... 2.4.1.4 Ultrassonografia ....................................................................................... 2.5 Sinais e sintomas do câncer de mama ......................................................... 2.6 Políticas Públicas de relevância para a saúde da mulher relacionadas ao controle do câncer de mama .................................................................... 2.7 Programa Saúde da Família (PSF) ................................................................ 2.7.1. Educação em Saúde ................................................................................... 2.7.2 Política Nacional de Humanização ............................................................ 16 16 17 18 19 20 20 22 24 25 26 3 FUNDAMENTAÇÃO METODOLÓGICA ............................................................. 3.1 Tipo do Estudo ............................................................................................... 3.2 Local do Estudo ............................................................................................. 3.3 Público Alvo .................................................................................................... 3.4 Fonte dos Dados ............................................................................................ 3.5 Procedimentos Éticos .................................................................................... 3.6 Desenvolvimento do Estudo .......................................................................... 31 31 31 32 33 33 34 26 27 29 30 4 RESULTADO E DISCUSSÃO ............................................................................ 35 5 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 45 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 46 ANEXO ................................................................................................................... 51 APÊNDICES .......................................................................................................... 56 12 1 INTRODUÇÃO O câncer de mama é considerado um dos maiores problemas de Saúde Pública, dentro e fora do Brasil, em razão dos seus elevados índices de mortalidade. Em nosso país ele é a neoplasia mais comum entre as mulheres. As estatísticas apontam coeficientes cada vez maiores, definindo este como a segunda causa de morte por doença em mulheres, principalmente nas de faixa etária mais elevada. (BEGHINI et al., 2006; MARTINS et al., 2009). Segundo o Ministério da Saúde, “a cada ano, surge cerca de 22% de novos casos. A estimativa para o Brasil, no ano de 2008, era de 49.400, com um risco estimado de 51 casos a cada 100 mil mulheres.”. (BRASIL, 2007a, p.29). “O câncer de mama é o tipo mais comum de câncer em mulheres, e a incidência aumenta com a idade.”. (NETTINA, 2003, p.134). É caracterizado por um desenvolvimento neoplásico, ou seja, uma multiplicação descontrolada e desordenada de células epiteliais mamárias. Essas células alteradas possuem a capacidade de migrar e de implantar em gânglios linfáticos ou órgãos distantes. (GUYTON; HALL, 2002). O câncer mamário não pode ser evitado, porém, algumas etapas da história natural da doença são conhecidas, bem como seus fatores de risco ambientais ou comportamentais, como urbanização crescente, mudanças ambientais, aumento de pessoas idosas, etc. O que reforça a necessidade de medidas de prevenção, como alimentação saudável, rica em frutas e verduras, atividade física, amamentação, as quais podem eliminar ou modificar fatores de risco para essa neoplasia. (MOLINA; DALBE; DE LUCA, 2003; BEGHINI et al., 2006). Para Carvalho e outros (2009), o câncer é uma doença crônica e degenerativa, geralmente de evolução progressiva e demorada, porém pode ser interrompido em uma de suas fases, através da sua detecção precoce. As medidas de prevenção secundárias mais importantes de detecção são o auto-exame da mama (AEM), que pode ser realizado em casa, mensalmente, é eficaz na detecção de tumores menores, o exame clínico das mamas (ECM) realizado por profissionais de saúde, insubstituível em seu poder de avaliação, a ultrassonografia e a mamografia, recomendadas com variações de tempo, dependendo da idade. Essas 13 intervenções reforçam as medidas de educação em saúde. (MONTEIRO et al., 2003; FREITAS JUNIOR et al., 2006). A necessidade do diagnóstico precoce vem do favorecimento de uma sobrevida maior, ou melhor, recuperação e cura. Visto que as mamas proporcionam à mulher, expressões de sexualidade, maternidade e estética. O que ressalta a importância das mulheres realizarem exame ginecológico de rotina e demais medidas que possibilitem melhor proteção contra o câncer mamário. (BEGHINI et al., 2006). O câncer de mama expõe os indivíduos a diferentes formas de convívio e aceitação, devido a fatores relacionados à integridade psicossocial, às incertezas do sucesso do tratamento, baixa auto-estima, possibilidade de recorrência, rejeição e até mesmo à morte. (ALMEIDA et al., 2001). Embora existam muitas ações de controle e prevenção do câncer mamário e conseqüente eficácia no tratamento e maior chance de cura, a maior parte dos protocolos disponíveis necessita, para serem eficazes que o diagnóstico seja definido nas fases precoces da doença. (MOLINA; DALBEN; DE LUCA, 2003). O profissional de saúde exerce papel fundamental na promoção, prevenção, tratamento e reabilitação, de toda a população. Devendo utilizar ferramentas como o diálogo, favorecendo a diminuição da dificuldade de relacionamento entre profissional e paciente, aliviando possíveis medos, angústias e ansiedade, informando também sobre os métodos de prevenção e o modo correto de realizálos. (HORTA, 1979). “Processo de enfermagem é um método para se implantar, na prática profissional, uma teoria de enfermagem, tornando necessária a utilização de um método cientifico para que os conceitos sejam aplicados e implantados na prática.”. (TANNURE; GONCALVES; CARVALHO, 2008, p.17). O profissional de Enfermagem que adota condutas baseadas no processo de Sistematização dispõe de recursos necessários para satisfazer as necessidades específicas voltadas à assistência ao cliente. Bem como conhecimento dos sintomas, das necessidades humanas básicas, principalmente a nível psico-socioespiritual e visão holística. É preciso priorizar o aspecto educativo e investir tempo para colocar-se à disposição para que o paciente esclareça dúvidas e anseios. (HORTA, 1979). 14 1.1 Justificativa A educação em Saúde deve fazer parte das ações de conscientização das mulheres a cerca das medidas preventivas e de controle, associadas ao câncer das mamas a qual deve englobar o conhecimento do próprio corpo, atitudes de cunho preventivo e de promoção da Saúde. Tem-se observado em alguns países desenvolvidos, como é caso dos Estados Unidos e Canadá um aumento da incidência do câncer de mama acompanhado de uma redução da mortalidade. No Brasil, o aumento da incidência tem sido associado à elevação da mortalidade, o que pode ser atribuído, principalmente, a um retardamento do diagnóstico e da instituição de terapias adequada. (BRASIL, 2004, p.77). O que reforça a necessidade, da adoção de estratégias efetivas para a prevenção desse câncer e devidas intervenções no âmbito Saúde Pública onde se destaca as vantagens da detecção precoce, garantia de recursos diagnósticos precisos e tratamento imediato. Durante as atividades de ensino clínico na Clínica da Mulher e Unidades da Estratégia Saúde da Família (ESF), foi possível observar que as consultas ginecológicas realizadas pela Enfermagem se restringiam apenas a coleta de material para exame citopatológico do colo uterino não se estendendo ao exame clínico das mamas. Nem mesmo fornecendo orientações sobre o auto-exame e o câncer de mama. Durante a graduação em Enfermagem, mais especificamente na disciplina Saúde da Mulher, aprendemos que o exame clínico das mamas é parte fundamental da consulta ginecológica e que todas as mulheres devem receber orientações sobre como realizar o auto-exame das mamas, bem como a importância das atividades de educação em Saúde visando assim empregar a estratégia de promoção da saúde. A realização desse estudo se baseia na gravidade e altas taxas de mortalidade de câncer de mama, considerando a existência de prevenção secundária à qual inclui o exame clínico das mamas, o auto-exame das mamas e a mamografia. Em contrapartida a deficiência apresentada nas Unidades de Saúde de Paracatu durante as consultas de Enfermagem. 15 1.2 Objetivos 1.2.1 Objetivo Geral Descrever o conhecimento das usuárias do SUS assistidas pelas equipes da ESF em relação às formas de controle e prevenção do câncer de mama no município de Paracatu/MG no ano de 2010. 1.2.2 Objetivos Específicos Conhecer o perfil sócio-demográfico do público em estudo; Descrever o conhecimento do público alvo em relação ao câncer de mama; Identificar as fontes de orientações/informação em relação ao câncer de mama; Identificar a adoção das Práticas de Prevenção e Controle do câncer de mama no público em estudo. 16 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Anatomia e Fisiologia das Mamas Nos homens e mulheres, as mamas são idênticas até a puberdade e localizam-se ventralmente a músculos da região peitoral, no estrato areolar da tela subcutânea. Nas mulheres alguns hormônios, entre eles o estrogênio, iniciam o desenvolvimento das mamas em torno dos 10 anos de idade e continua em média até os 16 anos. Esta se constitui por uma porção glandular, tecido conjuntivo, adiposo e pele. A forma da mama é geralmente cônica, através da papila mamária desembocam os quinze a vinte ductos lactíferos. (DÂNGELO; FATINI, 2007). Devido ao maior volume mamário e extrema sensibilidade às influências endócrinas, a mama feminina possui estrutura mamária mais complexa, o que predispõe esse órgão a diversas condições patológicas. Por causa do papel significativo da mama na sexualidade de uma mulher as respostas para qualquer doença real ou suspeita geralmente incluem medo de desfiguração, perda da atração sexual, abandono pelo parceiro, solidão e morte. Algumas mulheres retardam a procura pelos cuidados de saúde por causa do medo de possíveis alterações mamárias. (SMELTZER; BARE, 2005). As mamas desenvolvem mudanças fundamentais durante a gravidez e puerpério, três fases definem essas alterações. A mamogênese representada pelo desenvolvimento da glândula mamária de maneira acelerada devido efeitos dos hormônios estrogênios, progesterona e lactogênio placentário humano. A lactogênese que ocorre no início da lactação sendo caracterizada pela secreção de colostro e aumento na consistência das mamas. E a laptopoese responsável por manter a secreção e ejeção láctea, através da liberação de ocitocina, resultando em intensificação da produção do leite. (MONTENEGRO, 2006). De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), mulheres jovens possuem mamas com maior tecido glandular, tornando esses órgãos mais densos e firmes. A partir do processo inicial do climatério, o tecido mamário vai atrofiando e sendo substituído progressivamente por tecido gorduroso, constituindo-se de gordura e resquícios de tecido glandular na fase pós menopausa. Caracterizando 17 nítidas diferenças entre as mamas das mulheres inseridas em faixa etária antes e durante esses processos fisiológicos. (INCA, 2008). 2.2 Fisiopatologia do Câncer No individuo sadio as células de todo organismo coexistem em perfeita harmonia citológica, histológica e funcional. Favorecendo naturalmente a manutenção da vida de acordo com suas características funcionais e morfológicas, agrupando-se aos tecidos os quais formam os órgãos. (INCA, 2008). O câncer é a multiplicação descontrolada de células defeituosas atípicas, em todos ou quase todos os casos, podendo iniciar-se espontaneamente ou provocado pela ação de agentes carcinogênicos químicos, físicos e biológicos. Desenvolvido devido à mutação ou ativação anormal de genes celulares que controlam o crescimento e a mitose celular, descontrolando o sistema imunológico humano por motivos até hoje desconhecidos. Determinando a formação de tumores, ou seja, acúmulo de células cancerosas. (GUYTON; HALL, 2008). Os tumores malignos apresentam um curso biológico iniciado com o crescimento e invasão local, evoluindo para invasão dos órgãos vizinhos. Finalizando com a disseminação regional e sistêmica. (INCA, 2008). O câncer de mama é considerado como uma doença de evolução progressiva com metastilização precoce, ocorrendo o comprometimento à distância por uma parte do tumor que não guarda relação direta com o foco primário, podendo ser tanto por via linfática como hematogênia. (GEBRIN, 2005). Os hormônios produzidos pelos ovários oferecem papel importante no câncer mamário. Entre estes destacam o estradiol e progesterona. Eles estão presentes no ambiente celular e afetam os fatores para este câncer. (SMELTZER; BARE, 2005). Muitos cânceres da mama comumente iniciam no revestimento dos ductos lácteos, às vezes no lóbulo. Posteriormente desenvolve-se através da parede do duto e para dentro do tecido adiposo. (NETTINA, 2003). 18 2.3 Fatores de Risco para Câncer Mamário Fatores de risco são definidos como qualquer influência que propicie o risco de um indivíduo desenvolver uma determinada doença ou sofrer agravos. (INCA, 2008). Embora 70% das mulheres com diagnóstico de câncer mamário não apresentem fatores predisponentes, há fatores de risco bem definidos, como a exposição à radiação ionizantes antes dos trinta e cinco anos, uso de anticoncepcionais em dosagens elevadas de estrogênio e estresse psicológico crônico. (BRASIL, 2006a; PORTO ALEGRE, 2008). De acordo com Bickley (2005) o risco de se desenvolver essa doença é cumulativo ao longo da vida e conseqüentemente aumenta com a idade. Mais da metade da população feminina diagnosticada tem mais de 65 anos, três quartos dos casos na faixa etária igual ou superior a 50 anos e 25% entre 35 e 55 anos. A menarca precoce, a menopausa tardia e a primeira gestação depois dos 35 anos aumentam os riscos em duas a três vezes mais. Presença de doença benigna mamária, obesidade, má alimentação, uso do tabaco, sedentarismo, uso do álcool comportam um aumento significativo dos riscos de se desenvolver câncer mamário. Para o INCA (2008), o tabagismo é considerado uma doença crônica devido à dependência causada pela nicotina e conseqüente malefícios. O tamanho das porções consumidas, o desequilíbrio calórico, a ingestão de enlatados e condimentos, a forma de preparo e conservação dos alimentos, contribuem significativamente para o desenvolvimento do câncer mamário. Mesmo em pequenas quantidades o álcool devido aumentar os níveis de estrogênio no organismo pode favorecer o risco. História de dois ou três casos de câncer de mama e/ou ovário em um mesmo ramo da família (materno ou paterno) os quais o diagnóstico foi definido antes dos 50 anos. E familiares com casos da doença abaixo dos 35 anos ou tumores bilaterais, possuem maior risco e necessitam de um rastreamento mais intensivo. Cerca de 5 a 10% de todos os tumores de mama são causados por alteração genética herdada tanto do pai quanto da mãe conferindo ao portador um risco maior do câncer do que a população em geral. (CALEFFI, 2004). 19 Algumas doenças benignas da mama diagnosticadas por biopsias, hiperplasia atípica e proliferações, o cisto mamário de conteúdo líquido e consistência amolecida, o fibroadenoma que é definido como nódulos firmes, móveis de tamanho variável. E por fim os processos inflamatórios como as mastites freqüentes no período da amamentação estão ligadas a ascendência do risco para o câncer mamário. (INCA, 2008). 2.4 Câncer de Mama: Uma abordagem geral A incidência do câncer mamário vem aumentando progressivamente nos últimos anos, e a evolução do tratamento tem causado pequeno impacto na mortalidade em geral. (MARINHO et al., 2003). Aproximadamente 10% da população feminina são consideradas de alto risco para câncer de mama, no entanto destas, apenas 30% desenvolvem a doença. Estima-se que a chance de uma mulher desenvolver câncer de mama até os 75 anos de idade está em torno de 10%. (CALEFFI, 2004). As anormalidades como tumores estão presentes em ambos os sexos, porém, nas mulheres a incidência é maior. Na região sudeste, este tipo de câncer apresenta curva ascendente, com risco estimado de 68 casos novos por 100 mil mulheres. Em ritmo que acompanha o envelhecimento populacional devido o aumento da expectativa de vida. (TIMBY, 2007; INCA, 2008). Segundo o Ministério da Saúde dentre alguns desafios para se alcançar integralidade na assistência prestada à saúde da mulher na Atenção Básica, estão às ações de controle do câncer de mama. (BRASIL, 2004). Em função da alta incidência de câncer mamário no Brasil, acometendo mulheres cada vez mais jovens, da dificuldade de acesso e da agilidade no acolhimento de pacientes sintomáticos no sistema público de saúde é fundamental que sejam disponibilizados mais informações sobre como obter conhecimento especifico do diagnóstico e detecção das doenças da mama. (CALEFFI, 2004). O câncer de mama apresenta um dos mais altos potencias de detecção precoce, ressaltando-se a importância das mulheres realizarem exames ginecológicos de rotina. O controle dessa doença depende essencialmente de ações 20 na área de promoção da saúde, proteção especifica e diagnóstico precoce (BEGHINI et al., 2006). As principais ações secundárias de controle do câncer de mama são o rastreamento que oferece oportunidade de identificar o câncer mamário em fase préclínica e o diagnóstico precoce que significa identificar o câncer da mama em fase clínica inicial como uma tentativa de se descobrir alterações mais cedo através dos sintomas e/ou sinais clínicos, apresentados pelo paciente. (BRASIL, 2006a). O AEM, o ECM e a mamografia são as três principais estratégias de prevenção secundária para rastreamento e detecção precoce do câncer de mama, garantindo diagnóstico claro e tratamento adequado. (BRASIL, 2004; TIMBY, 2007). 2.4.1 Avaliação diagnóstica do câncer de mama 2.4.1.1 Auto-exame da Mama – AEM O AEM é um método barato e sem riscos. Realizado de forma correta favorece benefícios à mulher que se estendem desde o autoconhecimento do seu corpo até o diagnóstico precoce do câncer mamário e/ou irregularidades nas mamas. Quando as nodosidades são descobertas em um estágio inicial, têm-se melhor probabilidade de sobrevida a longo prazo. Porém esse método não é recomendado como estratégia isolada de detecção e rastreamento. (NETTINA, 2003; PORTO ALEGRE, 2008). O rastreamento consiste no exame de pessoas assintomáticas, classificandoas como passiveis ou não passiveis de ter a enfermidade objeto do estudo. Os indivíduos identificados como passiveis durante esse processo são submetidos à intervenções diagnósticas para confirmar ou afastar a doença investigada. O AEM incorpora estas intervenções, favorecendo a probabilidade de se detectar precocemente o câncer de mama. (INCA, 2008; POTTER; PERRY, 2004). O AEM deve ser realizado uma vez por mês em mulheres com 20 anos de idade ou mais. As mulheres em idade fértil devem efetuá-lo uma semana após o início da menstruação, nesse período as mamas estão menos sensíveis 21 favorecendo a eficácia no procedimento. Às demais é aconselhável estabelecer o mesmo dia todos os meses. (CALEFFI, 2004). Essas recomendações devem-se ao fato de que a mama passa por várias modificações durante o ciclo menstrual, devido ação dos hormônios sexuais femininos estrogênio e progesterona. A progesterona retém líquidos no organismo, principalmente nas mamas, favorecendo aumento do volume, endurecimento e dor. (INCA, 2008). As etapas do AEM e as orientações que devem ser repassadas a população incluindo homens e mulheres, citadas por Smetzer e Bare (2005); são: Etapa um: Os indivíduos devem se posicionar de pé diante de um espelho; ambas as mamas devem ser observadas visando identificar possíveis alterações; Pressionar o mamilo e ver se há secreção, foveamento, pregueamento ou descamação da pele. Etapa dois: Observar rigorosamente no espelho enquanto prende as mãos atrás da cabeça e as pressiona para diante; Verificar qualquer alteração no contorno das mamas. Etapa três: Em seguida, pressionar firmemente as mãos nos quadris e arquiar um pouco em direção ao espelho, como se puxasse os ombros e cotovelos para diante; Observar qualquer alteração no contorno das mamas. Etapa quatro: Levantar o braço esquerdo; Usar três ou quatro dedos da mão direita para sentir a mama esquerda de modo firme, cuidadoso e completo; Começando na borda externa, pressione a parte plana dos dedos com movimentos circulares, lentamente ao redor da mama e gradualmente em direção ao mamilo; Observar atenciosamente a área entre a mama e a axila; Inspecione qualquer nodosidade ou massas sob a pele; Repita o exame na mama direita. 22 Etapa cinco: Deitar na posição horizontal, em decúbito dorsal, com o braço esquerdo sobre a cabeça e um travesseiro ou toalha dobrado sob o ombro esquerdo; Utilize movimentos circulares; Repita o exame na mama direita. “Como as próprias mulheres detectam muitos cânceres de mama, é dada prioridade para ensinar a todas as mulheres como e quando examinarem as mamas.”. (SMELTZER; BARE, 2005, p.1535). Esse método deve ser amplamente discutido, gerando o fornecimento de orientações sobre os benefícios e limitações, objetivando despertar o interesse do público. É importante o ensinamento nas escolas, uso dos meios de comunicação e principalmente a divulgação realizada pelos profissionais de saúde. (CALEFFI, 2004; PORTO ALEGRE, 2008). 2.4.1.2 Exame Clínico das Mamas- ECM O exame clínico das mamas deve ser realizado por profissionais de saúde capacitados, médicos e enfermeiros durante as consultas ginecológicas, rotineiramente, como parte do exame físico, objetivando identificar alterações macroscópicas durante a inspeção estática e dinâmica, palpação das mamas, das regiões axilares e supraclaviculares. Havendo alteração ou paciente sintomático recomenda-se o encaminhamento, constituindo a base para solicitações de exames complementares. (BRASIL, 2004; 2001a). ECM requer ações propedêuticas obrigatórias, mesmo quando a paciente apresenta padrões de normalidades durante a inspeção. Devendo empregar habilidades de forma sistemática, visando à efetividade do exame. Dentre suas vantagens destaca-se sua sensibilidade, inocuidade e baixo custo. (INCA, 2008). Inicia-se com a inspeção simultânea de ambas as mamas. O profissional de saúde deve descrever as observações ou achados em relação às linhas imaginarias que dividem a mama em quadro, quadrantes e uma cauda. As mamas devem ser inspecionadas para tamanho e simetria. Uma mama comumente é maior que a outra, entretanto, uma diferença no tamanho pode ser causada por inflamação ou 23 massa. Deve-se observar o contorno ou formato das mamas notando se há presença de massas, achatamento, retratação ou formação de pequenas depressões, que podem resultar da invasão dos ligamentos subjacentes por tumores. A presença de edema também altera o contorno das mamas. Deve-se verificar cuidadosamente a coloração e o padrão venoso. (POTTER; PERRY, 2004). A presença de lesões, edema ou inflamação devem ser anotadas. Nas mulheres com mamas grandes observa-se cuidadosamente a superfície inferior, devido à probabilidade de haver rubor e escoriação provocadas pelo atrito das superfícies cutâneas. O mamilo e a aréola devem ser inspecionados para, coloração, forma e secreção. (INCA, 2008). De acordo com Kato (2008) palpação é definida como meio de exploração, com finalidade diagnóstica. Consiste em aplicar os dedos sobre determinadas regiões, procurando reconhecer as características dos órgãos ou das estruturas internas. Essa técnica permite a identificação da condição do tecido mamário subjacente e dos linfonodos. Grande parte da linfa originaria das mamas drena para dentro dos linfonodos axilares. Quando as lesões cancerosas geram metástase, os linfonodos geralmente são afetados. Deve-se localizar os linfonodos supraclaviculares, infraclaviculares e axilares. Posteriormente o enfermeiro deve ficar em pé do lado que está sendo examinado, e apoiar o braço da cliente em posição ligeiramente flexionada e abduzir o braço da parede torácica. Em seguida deve colocar a mão livre contra a parede torácica da paciente em posição elevada na concavidade axilar. (POTTER; PERRY, 2004). Havendo presença de nódulo palpável, dor mamária cíclica de intensidade leve à moderada ou que cesse utilizando analgésicos, abscesso de mama, afecções dermatológicas das mamas ou de membros superiores, prurido areolar ou lesões areolares de difícil cicatrização em pacientes de qualquer faixa etária, encaminha-se para centros de referência para posteriores diagnósticos que favoreça identificar se o nódulo apresenta natureza sólida ou cística e outras possíveis alterações. (PORTO ALEGRE, 2008). Utilizando as pontas dos dedos, comprimir gentilmente para baixo, sobre superfícies das costelas e músculos. Devem ser palpadas quatro áreas da axila: a borda do músculo peitoral maior ao longo da linha axilar anterior; a parede torácica na linha hemiaxilar; a parte superior do úmero e a borda anterior do músculo grande dorsal ao longo da linha axilar posterior. Inverter o procedimento para o lado oposto. 24 “Cada área deve ser avaliada cuidadosamente e criteriosamente, a paciente deve receber orientações sobre os sinais e sintomas do câncer mamário.”. (POTTER; PERRY, 2004, p.673). O ECM consiste em um componente importante da atenção à saúde da mulher, favorece a eficácia na detecção dos cânceres mamários, oferece também a oportunidade para demonstrar técnicas de auto-exame à paciente. É aconselhável ao profissional de saúde, adotar uma abordagem padronizada e empregar um padrão sistemático e minucioso, variando a pressão de palpação, com movimentos circulares das polpas digitais. Um exame detalhado das mamas inclui inspeção detalhada quanto alterações de pele, simetria, contornos e retrações das mamas. (BICKLEY, 2005). 2.4.1.3 Mamografia A Lei federal n°11.664 instituída em 30 de abril de 2008, determina a realização da mamografia para rastreamento do câncer de mama em mulheres a partir de 40 anos de idade, para outras faixas etárias é indicado esse procedimento, antes de iniciar terapia hormonal, com o intuito de estabelecer o padrão mamário e diagnosticar lesões não palpáveis, sendo realizada anualmente. No pré-operatório de cirurgia plástica para rastrear qualquer alteração nas mamas. E também no seguimento após mastectomia, devendo ser realizada anualmente, independente da faixa etária. (BRASIL, 2004; PORTO ALEGRE, 2008). É importante orientar as mulheres que não usem desodorantes, cremes ou talco nas mamas, mamilo ou nas áreas sob os braços, no dia do exame. Alertá-las também sobre o desconforto devido à compressão das mamas. A mamografia consiste na radiografia da mama com dose baixa de raios X, é utilizada para identificar sinais e alterações malignas da mama não perceptíveis ao ECM, lesões não palpáveis, rastrear anormalidades mamárias, devendo também ser empregada quando um nódulo é encontrado no exame físico. É o método mais sensível de detecção precoce do câncer de mama. (NETTINA, 2003). A mamografia diagnosticada é indicada às mulheres com sinais e sintomas de câncer de mama. Sendo esses os nódulos que podem ser palpáveis e descobertos 25 pela paciente durante o auto-exame, que quando identificados na mamografia, complementa-se com a ultra-sonografia. Os nódulos não palpáveis através da mamografia podem ser diagnosticados como sólidos ou císticos, são diferenças fundamentais para a conduta a ser desenvolvida. O espessamento refere-se a uma região mais endurecida na palpação. A descarga papilar fora do período gravídicopuerperal refere-se à secreção das mamas com aspecto cristalino, colostro-símile, sanguinolento, seroso ou esverdeado, amarelado. Deve ser analisado criteriosamente, sendo essencial caracterizar se é espontânea ou à compressão, uni ou bilateral, ducto único ou múltiplo, reforçando a necessidade de se realizar a mamografia. (BRASIL, 2007b). A sensibilidade da mamografia varia de 46% a 88%, dependendo do tamanho e localização da lesão, densidade do tecido mamário e faixa etária da paciente. O diagnóstico é definido através das características das imagens radiológicas. A lesão benigna é homogênea, com bordas largas e não causa lesões secundárias às mamas. Já a maligna surge como nódulos irregulares, podendo causar alterações secundárias no parênquima mamário e pele. (INCA, 2008). 2.4.1.4 Ultrassonografia A ultrassonografia é recomendada às mulheres com idade igual ou superior a 35 anos, possibilitando a avaliação de mamas densas, nódulos palpáveis, sendo possível diferenciar sólidos de císticos, nódulos palpáveis com mamografia negativa e processos inflamatórios. Gestantes com alterações mamárias, orientações sobre necessidade de biopsias e punções aspirativas, exame de mamas masculinas são benefícios oferecidos pela ultrassonografia. (BRASIL, 2004; INCA, 2008). Nesse exame é utilizada ondas de som de alta freqüência objetivando obter imagem da mama. É bastante eficaz, favorece a diferenciação de um nódulo, podendo identificá-lo como cisto ou massa sólida. Não há restrições quanto a sua realização durante a gestação de mulheres que tenham menos de 35 anos de idade. Apresenta-se menos eficiente em relação à mamografia, porém é mais cômodo por ser indolor e não-invasivo. (NETTINA, 2003). 26 2.5 Sinais e sintomas do câncer de mama Os sinais e sintomas do câncer de mama incluem nódulos de vários tipos ou tamanhos que evoluem lentamente, retração da pele ou do mamilo, alteração de forma, tamanho, cor ou simetria, pele enrugada devido infiltração por edema, presença de secreção papilar purulenta ou sanguinolenta, lesões, gânglios axilares infartados e dor que geralmente ocorre quando o estágio está avançado. (GONZALEZ, 2003). 2.6 Políticas Públicas de relevância para a saúde da mulher relacionadas ao controle do câncer de mama As ações de controle do câncer de mama no Brasil vêm evoluindo progressivamente, vários fatores como avanço do conhecimento e na organização institucional, condições sociais, políticas, econômicas e culturais, influenciam diretamente esse processo evolutivo. (CALEFFI, 2004). Em meados do século XVIII o câncer era visto como uma doença de caráter local, e só no século XIX houve o desenvolvimento da teoria celular possibilitando a vinculação dessa doença às células e ao processo de divisão. Os avanços no processo cirúrgico também caracterizara esse período. (INCA, 2008). O decreto Lei n°1920 cria o Ministério da Saúde, no ano 1953. Na década de 1980 houve a implantação do Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo a toda população o direito a saúde. No ano 1984 surgiu o programa de Atenção Integral a Saúde da Mulher. (BERTOLLI FILHO, 2001). Em 1984, o Ministério da Saúde elaborou o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), visando à descentralização, hierarquização e regionalização dos serviços de saúde. Dentre seus objetivos destaca-se; a diminuição dos índices de mortalidade materna, a organização em municípios pólos de microrregiões redes de referência e contra referência para diagnóstico e o tratamento de câncer de mama, o aumento significativo da detecção precoce do 27 câncer de mama e a qualidade de vida e saúde das mulheres brasileiras. (BRASIL, 2004). O Viva Mulher - Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero e de Mama, criado em 1998, tem como objetivo entre outras ações; reduzir a mortalidade, oferecendo serviços que favoreçam a prevenção e detecção nos estágios iniciais da doença, estimular a realização do ECM pelo profissional de saúde medico ou enfermeiro e a realização do AEM pela mulher. Aumentando a eficácia das ações no controle do câncer de mama. (BRASIL, 2001a). No ano 2005 foi publicado a Portaria GM/MS n°2.439, de oito de dezembro, instituindo a Política de Atenção Oncológica, priorizando a promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e cuidados paliativos. Regulando, fiscalizando, controlando e avaliando as ações de competência das três esferas do governo. Objetivando a redução do índice de mortalidade e o aumento da qualidade de vida. BRASIL, 2005). Em 2008 o Ministério da Saúde criou o Programa Mais Saúde, previsto para estar em vigor até o ano 2011, o qual define a consolidação de um sistema de saúde universal, equânime e integral, onde a família é o centro das mudanças. Dentre os pilares inclui-se o Controle dos Cânceres de Útero e Mama. (INCA, 2008). 2.7 Programa Saúde da Família (PSF) A estratégia do PSF foi iniciada no Brasil em julho de 1991, em janeiro de 1994 foram formadas as primeiras equipes. Estima-se que funcionando adequadamente estas são capazes de resolver 85% dos problemas de saúde em sua comunidade. A equipe mínima é composta por um médico da família, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e quatro a seis agentes comunitários de saúde. Quando ampliada, contam ainda com um dentista, um auxiliar de consultório dentário e um técnico em higiene dental. (FONTINELE JUNIOR, 2003). De acordo com o Ministério da Saúde os objetivos da implantação do modelo de saúde da família são: Prestar assistência integral continuada com resolubilidade e boa qualidade, às necessidades de saúde da população; 28 Identificar e intervir sobre os fatores de risco aos quais a população está exposta; Estabelecer vínculo entre profissionais de saúde e população visando por em prática os critérios de humanização; Proporcionar parcerias entre ações intersetoriais; Contribuir para o conhecimento do processo saúde, doença e organização dos serviços prestados á saúde da população; Salientar a saúde como direito de cidadania associada à qualidade de vida; Estimular a participação da comunidade na resolutividade das ações em saúde. (BRASIL, 2001b). A Estratégia Saúde da Família (ESF) mantém coerência com os princípios organizativos do SUS: acessibilidade, resolubilidade, regionalização, descentralização, hierarquização e participação da população. Ampliando a concepção de atenção básica, priorizando a promoção e recuperação da saúde das pessoas. Abordando coletivamente os indivíduos, promovendo impacto profundo e duradouro no processo saúde doença. (ANDRADE et al., 2004) Os profissionais da ESF devem estar aptos á realizarem o ECM, solicitar exames mamográficos nas mulheres em situação de risco, encaminhar os casos que requerem maior investigação. Realizar reuniões educativas sobre câncer, busca ativa na população alvo incluindo mulheres que nunca realizaram o ECM e as que necessitam fazer o exame mamografia. Encaminhar á Unidade de Referência, quando necessário, as mulheres com ECM alterado ou casos suspeitos de câncer de mama. Desenvolver busca ativa das mulheres que apresentem laudo mamográfico suspeito para malignidade e não retornaram para buscar o resultado. Orientar a todas as mulheres sobre a importância das consultas de rotina. (BRASIL, 2006a). Dentro das atribuições de todos os profissionais da ESF (Anexo A) encontram-se as atividades de prevenção primária, promoção da saúde e educação em saúde individual e coletiva. (BRASIL, 1997, p.13-18). Segundo Tavares (2004) atualmente, a atenção primaria é definida como uma forma de organização dos serviços de Saúde, respondendo às necessidades de saúde da população, desenvolvendo serviços preventivos, curativos, reabilitadores e de promoção da saúde. Ensinar o AEM para mulheres na comunidade, reforçar o conhecimento que a detecção precoce é associada à diminuição da mortalidade são 29 atitudes que colocam em prática as características da atenção primaria, considerada a porta de entrada para o sistema de saúde; capaz de coordenar os cuidados às necessidades dos indivíduos, suas famílias e comunidades. À medida que os profissionais de Saúde educam o paciente e a comunidade, a população torna-se mais questionadora na busca de conhecimentos e compreensão de sua saúde e dos recursos disponíveis dentro do sistema de cuidado de saúde à qual estão inseridos. Um plano de ensino bem idealizado e abrangente, adaptado às necessidades do cliente, reduz os custos e melhora a qualidade do cuidado, ajudando o cliente obter bem-estar e melhor prognóstico. Parte do papel da enfermagem é melhorar o nível de compreensão do paciente e conseqüentemente, promover a saúde. (POTTER; PERRY, 2004). Para alcançar um nível ideal de saúde, o ser humano precisa de boas condições socioeconômicas e culturais, como: habitação e alimentação adequadas, educação, trabalho, transporte, lazer, liberdade, acesso a moradia e assistência à saúde. A carência desses elementos que são imprescindíveis ao bem-estar, pode causar no indivíduo um desequilíbrio homeostático tornando-o doente e incapaz de estudar, divertir-se, trabalhar enfim, desmotivando-o a continuar a viver. (CRUZ, 2006). As ações preventivas na área da saúde, quando bem orientadas, contribuem para modificações na evolução natural dos tumores, favorecendo diagnóstico precoce que permite não só aplicar o tratamento no estagio inicial da lesão, mas também tratar as lesões pré-neoplásicas, impedindo o aparecimento ou desenvolvimento de tumores. (INCA, 2008). 2.7.1. Educação em Saúde Educação em saúde trata-se de um processo por meio do qual o conhecimento cientificamente produzido no campo da saúde, intermediado pelos profissionais de saúde, atinge a vida cotidiana das pessoas. A compreensão do processo saúde-doença oferece ferramentas para a adoção de novos hábitos e condutas de saúde. Dentre os objetivos destaca-se: prevenir doenças, desenvolver práticas educativas em saúde, possibilitar maior proximidade com a população, 30 enfatizar as ações preventivas e promocionais, desenvolver processos educativos. No âmbito do PSF, a educação em saúde è uma prática prevista e atribuída a todos os profissionais que compõem a equipe de saúde da família, oferecendo assistência integral e contínua às famílias da área adscrita, identificando situações de risco à saúde na comunidade assistida e melhorando o autocuidado dos indivíduos. (ALVES, 2005). 2.7.2 Política Nacional de Humanização Com a implementação da Política Nacional de Humanização (PNH), o Ministério da Saúde reafirma as diferentes ações e instâncias do SUS, englobando os diferentes níveis e dimensões da atenção e da gestão, lançando mão de ferramentas e dispositivos entre usuários, trabalhadores e gestores. (BRASIL, 2006b). Segundo a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 o SUS institui uma política pública de saúde que visa à universalidade da cobertura e do atendimento, uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; seletividade e distributividade na prestação dos benefícios; e serviços, irredutibilidade do valor dos benefícios, diversidade da base de financiamento, caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa. (ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE MEDICINA, 2008). Valorizar as instâncias coletivas produzindo saúde na rede pública, visando à inclusão dos diferentes sujeitos usuários trabalhadores e gestores como personagens principais nas análises sociais e nos processos de atenção do SUS. (INCA, 2008). Diante do exposto, a Política Nacional de Humanização coincide com os princípios do SUS e enfatiza a necessidade de assegurar acesso e atenção integral à população, e estratégias capazes de ampliar a condição de direitos e de cidadania das pessoas, reduzindo as filas e tempo de espera, com ampliação do acesso, atendimento acolhedor e resolutivo baseados em critérios de risco; garantindo informações, educação permanente e participação dos usuários no processo de gestão. (BRASIL, 2006b). 31 3 FUNDAMENTAÇÃO METODOLÓGICA 3.1 Tipo do Estudo O presente Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) iniciou-se no mês de agosto de 2009 com uma pesquisa bibliográfica, onde foi realizado um levantamento de dados atuais e relevantes relacionados com o tema escolhido, pois segundo Lakatos e Marconi (2005), o levantamento de dados é o primeiro passo de qualquer pesquisa cientifica. Contempla uma pesquisa descritiva, utilizando abordagem metodológica quantitativa. Segundo Polit, Beck e Hungler (2004) estudo quantitativo refere-se a informações numéricas que resulta de mensuração formal e que é analisada com procedimento estatístico. A estatística pode ser considerada mais do que apenas um meio de descrição racional, pois fornece uma descrição quantitativa da sociedade e permite obter, de conjuntos complexos, representações simples e constatar se essas verificações simplificadas têm relações entre si. (LAKATOS; MARCONI, 2005). 3.2 Local do Estudo O presente estudo foi desenvolvido no município de Paracatu que pertence aos 853 municípios do estado Minas Gerais. Ocupa uma área de 8.232,23 quilômetros quadrados no noroeste mineiro. Situa-se no Planalto Central Minas/Goiás, fazendo divisa com o estado de Goiás sua principal rodovia é a BR040. (MELLO, 2007). Estatísticas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estimam para 2010 uma população de 83.560 mil habitantes na cidade de Paracatu, sendo a maior parte residente nas áreas urbanas. (IBGE, 2010). O clima de Paracatu é tropical, entre os habitantes, predomina-se a etnia negra e mestiça, além de imigrantes japoneses. A exploração do ouro, zinco, 32 chumbo, a agricultura e a pecuária, são destaques na crescente renda dos paracatuenses. (MELLO, 2007). 3.3 Público Alvo O presente estudo teve como público alvo as mulheres com idade entre 20 a 59 anos, cadastradas na unidade da ESF Novo Horizonte. Os critérios de inclusão foram concordância em participar do estudo voluntariamente, idade igual ou superior a 20 anos e inferior a 59 anos, residir no município de Paracatu. Inicialmente foi realizada uma visita à Secretaria Municipal de Saúde, onde foram explicados a justificativa e os objetivos do estudo e solicitado autorização para realização do estudo, quantidade de mulheres na faixa etária entre 20 a 59 anos, cadastradas na Unidade ESF Novo Horizonte, as quais somam um total de 876 mulheres. É compreensível que o estudo de toda a população possibilita uma maior precisão dos resultados, porém, nem sempre é possível colher as informações de todos os elementos da população. O custo, as restrições de tempo e as vantagens do uso das técnicas estatísticas favorecem o uso de planos amostrais. (FONSECA; MARTINS, 2006). Diante da impossibilidade de realização do estudo com este número de mulheres e para que se conseguisse um tamanho amostral que representasse o mais fiel possível à população alvo do estudo, foi utilizada a seguinte fórmula segundo Fonseca e Martins (2006): População total = 876 pessoas N= Z2 . p . q . N e². (N-1) + Z2.p. q N= tamanho da população 876 Z= nível de confiança95% (1,96) P e q = proporção 50% e= erro amostral 5% 33 n= (1,96)². 0,5. 0,5. 876 ______ 267 1 (0,05)² . (876-1) + (1,96)². (0,5) . (0.5) O resultado do cálculo de amostragem foi de 267pessoas. A pesquisa baseou-se na avaliação do conhecimento do público alvo acerca das formas de prevenção do câncer de mama e como identificá-lo. 3.4 Fonte dos Dados Após a concessão da autorização pelo gestor do SUS no município (Apêndice A), foram realizadas visitas à Equipe ESF Novo Horizonte, onde foi apresentada a referida autorização, explicado os objetivos, justificativa do estudo, bem como solicitado apoio no desenvolvimento do mesmo. Os dados foram coletados através de um questionário estruturado (Apêndice B) composto por questões referentes a aspectos étnicos, idade, escolaridade, fontes de informação e freqüência de realização do AEM, conhecimento e formas de prevenção do câncer de mama. 3.5 Procedimentos Éticos O estudo foi subsidiado de acordo com a Resolução nº. 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, que aprova as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos, respeitando todos os aspectos éticos (BRASIL, 1996). Foi apresentado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice C), contendo linguagem acessível e também todas as informações necessárias para a realização dos questionários, destacando os seguintes aspectos, segundo a 1 Fórmula para dimensionamento da amostra a ser pesquisada (FONSECA; MARTINS, 2006, p, 179). 34 resolução citada acima: a justificativa, os objetivos e os procedimentos que foram utilizados na pesquisa; a garantia de esclarecimentos, antes e durante o curso da pesquisa, sobre a metodologia; a liberdade do sujeito se recusar a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem penalizarão alguma e sem prejuízo ao seu cuidado e a garantia do sigilo que assegure a privacidade dos sujeitos quanto aos dados confidenciais envolvidos na pesquisa. Segundo Polit, Beck e Hungler (2004) a abordagem estruturada permite ao pesquisador obter informações necessárias e apropriadas ao objetivo do estudo, possibilitando aos entrevistados o mesmo conjunto de opções para suas respostas. 3.6 Desenvolvimento do Estudo Foram realizadas entrevistas nos domicílios para aplicação dos questionários, no período de janeiro a março de 2010, pela própria pesquisadora. Após coletados os dados, os mesmos foram digitados em uma planilha do Programa Microsoft Excel 2007, o que subsidiou a construção de gráficos e tabelas, onde se procedera à análise e tabulação dos mesmos, que foram discutidos a luz do referencial bibliográfico. Posteriormente foi realizada a conclusão do estudo. 35 4 RESULTADO E DISCUSSÃO TABELA 1 Distribuição das entrevistadas conforme faixa etária, cor e escolaridade, Paracatu/MG - janeiro a março de 2010 Dados Amostra Porcentagem (%) Faixa etária 20 a 39 anos 164 61,4 40 a 49 anos 63 23,6 50 a 59 anos 40 15,0 Branca 41 15,4 Parda 151 56, 5 Negra 75 28,1 Analfabeta 47 17,6 Ens. Fund. Incompleto 68 25,5 Ens. Fund. Completo 29 10,8 Ens. Médio Incompleto 21 7,9 Ens. Médio Completo 79 29,6 Ens. Superior Incompleto 12 4,5 Ens. Superior Completo 11 4,1 267 100,0 Cor Escolaridade TOTAL Fonte: Dados coletados em pesquisa de campo pela autora, através de questionário aplicado às usuárias cadastradas na Unidade ESF Novo Horizonte, em Paracatu/MG, no período de janeiro a março de 2010. De acordo com a Tabela 1, a maioria das mulheres entrevistadas 61,4%, apresentou idade entre 20 a 39 anos, se declararam pardas 56,6% e possuíam baixa escolaridade, sendo que 17,6% informaram serem analfabetas e 25,5% possuem apenas o ensino fundamental incompleto. Para Silva, Franco, Marques (2005), a incidência do câncer de mama está altamente relacionada à falta de informação, mulheres com mais anos de estudo têm melhores oportunidades de diagnóstico precoce do câncer de mama. 36 TABELA 2 Distribuição das entrevistadas conforme ocupação, Paracatu/MG – janeiro a março de 2010 Profissão Do lar Amostra Porcentagem (%) 185 69,3 19 7,1 Professora 7 2,6 Doméstica 7 2,6 Estudante 6 2,2 Diarista 6 2,2 Comerciante 5 1,9 Vendedora 4 1,5 Secretária 3 1,1 Babá 3 1,1 Cantineira 3 1,1 Técnica em Enfermagem 3 1,1 Serviços gerais 3 1,1 Auxiliar Administrativo 2 0,7 Costureira 2 0,7 Aposentada 2 0,7 Balconista 2 0,7 Pizzaiola 1 0,4 Recepcionista 1 0,4 Cabelereira 1 0,4 Enfermeira 1 0,4 Auxiliar de Produção 1 0,4 267 100,0 Funcionária Pública TOTAL Fonte: Dados coletados em pesquisa de campo pela autora, através de questionário aplicado às usuárias cadastradas na Unidade ESF Novo Horizonte, em Paracatu/MG, no período de janeiro a março de 2010. Conforme demonstra a tabela 2, o maior contingente de mulheres entrevistadas 69,3% referiu não exercer nenhuma atividade formal e se dedicam em tempo integral às atividades domésticas no próprio lar. Tavares, Leão, Fialho (2009) em seu estudo, detectaram que a maioria das entrevistadas eram “dona de casa”, e a análise dos dados apontou pouco acesso aos meios de informações sobre como se prevenirem do câncer mamário, dificultando o conhecimento das formas de prevenção. 37 16% 37% 47% Suficiente Insuficiente Não tem conhecimento GRÁFICO 1: Distribuição das entrevistadas conforme conhecimento sobre o câncer de mama, Paracatu/MG - 2010 Fonte: Dados coletados em pesquisa de campo pela autora, através de questionário aplicado às usuárias cadastradas na Unidade ESF Novo Horizonte, em Paracatu/MG, no período de janeiro a março de 2010. Quando questionadas sobre o conhecimento que possuíam sobre o câncer de mama, este se mostrou preocupante onde 47% das entrevistadas o classificaram como insuficiente e 16% referiram não ter conhecimento (grafico1). Para Timby (2007) a educação para saúde com ênfase no ensino aos pacientes possibilita maior capacidade de independência e promove conhecimentos, habilidades, favorecendo o vinculo entre profissionais e comunidade. Os profissionais de saúde devem orientar a paciente sobre as técnicas de varredura para o câncer, avaliando e promovendo aptidão emocional para a aprendizagem, criando uma atmosfera positiva, estimulando a participação na elaboração de objetivos de aprendizado aceitáveis, realistas e passiveis de serem atingidos, oferecendo feedback construtivo sobre o progresso. (NETTINA, 2003). 50 40 % 30 20 10 0 47 40 37 45 47 33 23 16 20 a 39 Suficiente 13 40 a 49 50 a 59 Faixa etária Insuficiente Não tem conhecimento GRÁFICO 2: Distribuição das entrevistadas conforme conhecimento sobre o câncer de mama, de acordo com faixa etária, Paracatu/MG - 2010 Fonte: Dados coletados em pesquisa de campo pela autora, através de questionário aplicado às usuárias cadastradas na Unidade ESF Novo Horizonte, em Paracatu/MG, no período de janeiro a março de 2010. 38 Quando analisado o conhecimento em relação à faixa etária das entrevistadas (gráfico 2) é possível observar que as mulheres de maior faixa etária declararam ter menos conhecimento onde 23% informaram não possuírem nenhum conhecimento sobre o câncer de mama. Vários estudos apontam o aumento do número de câncer mamário, associado ao aumento da idade. Martins e outros (2009) afirmam que esse câncer é mais comum em mulheres acima de 50 anos. O que reforça a necessidade do fornecimento de informações sobre os fatores de risco e meios de diagnosticar precocemente a este público. Objetivando diminuir as taxas de mortalidade, por esta neoplasia. O Ministério da Saúde recomenda a elaboração e implementação de Políticas Públicas na Atenção Básica, destacando a atenção integral à Saúde da Mulher, garantindo ações de controle do câncer mamário, acesso às redes de serviços quantitativa e qualitativamente, suprindo efetivamente às necessidades de informações e implementações a toda população. (BRASIL, 2006b). 45% 51% PSF 1% 3% Amigos/Familiares Livros/Revistas TV/Internet GRÁFICO 3: Distribuição das entrevistadas conforme fonte de informação do conhecimento sobre câncer de mama, Paracatu/MG - 2010 Fonte: Dados coletados em pesquisa de campo pela autora, através de questionário aplicado às usuárias cadastradas na Unidade ESF Novo Horizonte, em Paracatu/MG, no período de janeiro a março de 2010. Através da analise do gráfico 3, em relação às fontes de informações do conhecimento sobre câncer mamário, apesar de 51% das entrevistadas referirem como fonte de informação sobre o câncer de mama a ESF, esta ainda é insuficiente considerando que as ações educativas e preventivas, devem ser foco central de trabalho das equipes, visando oferecer melhores condições de vida a toda população assistida. 39 A ESF é responsável pela atenção primária, devendo ser capaz de resolver até 90% das demandas, de acordo com a necessidade da população. (TAVARES, 2004). 100 90 80 70 % 60 50 40 30 20 10 0 90 67 62 38 33 10 20 a 39 40 a 49 50 a 59 Faixa etária Sim Não GRÁFICO 4: Distribuição das entrevistadas conforme realização do auto-exame das mamas, de acordo com faixa etária, Paracatu/MG - 2010 Fonte: Dados coletados em pesquisa de campo pela autora, através de questionário aplicado às usuárias cadastradas na Unidade ESF Novo Horizonte, em Paracatu/MG, no período de janeiro a março de 2010. Apesar da maioria das entrevistadas na faixa etária de 50 a 59 anos, terem informado possuírem pouco ou nenhum conhecimento sobre o câncer de mama (gráfico 2), neste mesmo grupo etário (gráfico 4) constatou-se maior adesão em relação à realização do auto-exame, onde 90% referiram positivamente a sua prática. Os resultados encontrados por Freitas Junior e outros (1999) corroboram com os encontrados neste, quando identifica que mulheres mais jovens, se encontram na fase em que a preocupação com câncer de mama ainda não passou a ser prioridade, visto que um terço das entrevistadas também não realizava. As mulheres relatam aumentar a freqüência de realização do AEM, quando ensinado por um(a) enfermeiro(a). Esse tema pode ser abordado a nível comunitário, em grupos femininos e nas unidades da ESF, alertando a população sobre a importância de notificar imediatamente o medico ou enfermeiro se detectado qualquer alteração nas mamas. (NETTINA, 2003). 40 7% 39% 40% 14% Semanalmente Mensalmente Anualmente Nunca faz GRÁFICO 5: Distribuição das entrevistadas conforme freqüência com que realizam o autoexame das mamas, Paracatu/MG - 2010 Fonte: Dados coletados em pesquisa de campo pela autora, através de questionário aplicado às usuárias cadastradas na Unidade ESF Novo Horizonte, em Paracatu/MG, no período de janeiro a março de 2010. De acordo com o gráfico 5, apenas 40% das entrevistadas declararam realizar o auto-exame mensalmente. Freitas Junior e outros (2006) em seu estudo declaram que pacientes que apresentam um nível socioeconômico baixo, com acesso limitado aos meios de comunicação, conseqüentemente têm uma menor conscientização em realizar no período correto essa técnica de detecção precoce do câncer de mama. Partindo do pressuposto que indivíduos praticantes do AEM são considerados somente aqueles que referem realizá-lo de forma regular, foi possível destacar que grande parte delas o realizava, porém poucas o praticavam a maneira correta. Tornando-se necessário a adequação dos serviços, dos profissionais e também das ações de saúde, frente ao perfil da população por ela atendida. Segundo Monteiro e outros (2003), o AEM proporciona resultado significativo na detecção do câncer de mama, diagnosticando-se tumores menores e consequentemente menor número de linfonodos axilares invadidos pelo tumor. Oferece também a oportunidade de identificar pequenas mudanças nos seios, menor risco de metástase, mais segurança e aumento da sobrevida. O AEM deve ser realizado uma vez a cada mês devido à mama adulta normal apresentar aspecto glandular, nodular ou encaroçado, processo conhecido como nodularidade fisiológica. Essa nodularidade pode aumentar na fase pré-menstrual. (BICKEY, 2005). 41 41% 59% Sim Não GRÁFICO 6: Distribuição das entrevistadas conforme realização do exame clínico das mamas na consulta médica, Paracatu/MG - 2010 Fonte: Dados coletados em pesquisa de campo pela autora, através de questionário aplicado às usuárias cadastradas na Unidade ESF Novo Horizonte, em Paracatu/MG, no período de janeiro a março de 2010. 35% 65% Sim Não GRÁFICO 7: Distribuição das entrevistadas conforme realização do exame clínico das mamas na consulta com a enfermeira, Paracatu/MG - 2010 Fonte: Dados coletados em pesquisa de campo pela autora, através de questionário aplicado às usuárias cadastradas na Unidade ESF Novo Horizonte, em Paracatu/MG, no período de janeiro a março de 2010. Quando foram questionadas se algum profissional da saúde realizou o exame clínico de suas mamas, a maioria das entrevistadas informaram que “não”, sendo que 35% foram examinadas por enfermeiros e 41% por médicos, fato preocupante considerando a importância do ECM e este ser atribuição de ambos os profissionais citados nos gráficos 6 e 7 e parte do atendimento integral prestado a mulher. O ECM é componente essencial para a atenção à saúde da mulher, possibilita detecção dos cânceres mamários e fornece oportunidade para ensinar técnicas de AEM à paciente. Pode ser realizado durante qualquer exame físico, geral ou ginecológico, ou sempre que a paciente suspeitar, queixar-se ou apresentar receio de doença mamária. (BICKLEY, 2005). 42 A palpação cuidadosa e a inspeção das mamas são partes essenciais do exame ginecológico, porém é necessário treinamento, experiência e motivação para que os exames sejam realizados corretamente. Deve-se tentar programar os métodos de diagnóstico precoce do câncer de mama na rotina diária das consultas. Só o conhecimento das normas preconizadas não é o suficiente, o importante é transformá-las em práticas de rotina. (MOLINA; DALBEN; DE LUCA, 2003). 43% 57% Sim Não GRÁFICO 8: Distribuição das entrevistadas inseridas na faixa etária de 40 a 59 anos, conforme a realização do exame mamografia, Paracatu/MG - 2010 Fonte: Dados coletados em pesquisa de campo pela autora, através de questionário aplicado às usuárias cadastradas na Unidade ESF Novo Horizonte, em Paracatu/MG, no período de janeiro a março de 2010. Quando questionado às mulheres na faixa etária de 40 a 59 anos, em relação à realização do exame mamografia, uma porcentagem significativa (43%), declarou nunca ter feito esse exame, caracterizando um comportamento pouco preventivo, considerando a disponibilidade garantida por lei a esta parcela da população. Os profissionais de saúde devem educar as mulheres sobre a importância do rastreamento rotineiro. A mamografia é o método mais exato na detecção de lesões impalpáveis, em mulheres diagnosticadas com lesão apenas localizada há preservação da mama e maior taxa de sobrevida. (NETTINA, 2003). Trabalhar para superar barreiras associadas à realização da mamografia, principalmente em mulheres de faixa etária elevada, é uma importante atribuição da enfermagem, que deve desenvolver materiais educacionais direcionados para níveis de educação e grupos étnicos específicos. (SMELTZER; BARE, 2005). 43 9% 18% 73% Não houve indicação do médico/enfermeiro Não teve interesse Dificuldade para marcar GRÁFICO 9: Usuárias pesquisadas que não realizaram o exame mamografia, conforme a justificativa, Paracatu/MG - 2010 Fonte: Dados coletados em pesquisa de campo pela autora, através de questionário aplicado às usuárias cadastradas na Unidade ESF Novo Horizonte, em Paracatu/MG, no período de janeiro a março de 2010. Em relação às justificativas citadas por nunca terem realizado a mamografia (gráfico 9), 73% das mulheres declararam não ter sido solicitado por médicos e ou enfermeiros. E 18% mostraram não ter interesse em se submeter à mamografia. A idade é o maior fator de risco isolado para o desenvolvimento de câncer. Os sinais de advertência do câncer podem estar ocultos nas mulheres com faixa etária elevada. Embora a mamografia apresente taxa de resultado falso negativo entre 5% a 10%, principalmente em mulheres mais jovens, esse método constitui importante aliado na luta contra as neoplasias mamárias. (NETTINA, 2003). Quanto à radiação, cada seção equivale a aproximadamente uma hora de exposição à luz solar, para oferecer riscos e ser prejudicial esse exame teria que ser realizado várias vezes no ano, portanto, os benefícios superam os riscos. (SMELTZER; BARE, 2005). 44 46% 54% Sim Não GRÁFICO 10: Distribuição das entrevistadas conforme a adoção de práticas para prevenção e controle do câncer de mama, Paracatu/MG - 2010 Fonte: Dados coletados em pesquisa de campo pela autora, através de questionário aplicado às usuárias cadastradas na Unidade ESF Novo Horizonte, em Paracatu/MG, no período de janeiro a março de 2010. Os dados coletados a cerca da adoção de práticas para prevenção e controle do câncer de mama apontam que 46% das entrevistadas não exercer nenhuma adoção preventiva contra o câncer mamário. Este achado pode estar diretamente relacionado ao baixo conhecimento sobre a patologia. Segundo Theodomiro Júnior (2010) da Santa Casa de Maceió, pesquisa da Sul América Saúde, 22,1% (num universo de mais de 17 mil mulheres, entre 19 e 49 anos) não fazem um acompanhamento ginecológico adequado e 6,2% têm a mesma atitude em relação à mamografia. A promoção da saúde é responsabilidade de toda sociedade, prevenir doenças é atribuição da população em massa, incluindo profissionais da saúde e comunidade. Para os profissionais de saúde fica a responsabilidade de desenvolver atenção integral à saúde da população adscrita, objetivando melhorar sua qualidade de vida, ou seja, promover saúde. (TAVARES, 2004). 45 5 CONCLUSÃO Neste estudo foi possível concluir que o conhecimento da maioria das mulheres atendidas na unidade ESF Novo Horizonte sobre as formas de prevenção do câncer de mama é insuficiente, o que reforça a necessidade de desenvolvimento e divulgação de atividades, focando a atenção primária sobre este tipo de câncer. A maior parte das entrevistadas não exerce atividade formal e possuem baixa escolaridade, fatores que restringem o acesso a informações e favorece o diagnóstico tardio. O auto-exame das mamas é realizado por grande parte das mulheres, mas poucas o fazem no período recomendado. O ECM deve ser realizado durante as consultas de rotina, tanto pelo médico como pelo enfermeiro, contudo o maior número de entrevistadas relatou não terem sido examinadas. O baixo índice de entrevistadas, incluídas na faixa etária a partir dos quarenta anos, que referiram terem sido expostas ao exame mamografia, reflete a necessidade de aumentar as intervenções e reduzir as deficiências encontradas. Quanto à adoção de práticas para prevenção dessa neoplasia, parte significativa das entrevistadas demonstrou não realizar nenhuma atividade como forma de prevenção. Com este estudo, pôde-se perceber que as entrevistadas não realizam efetivamente as formas de prevenção secundária para o câncer mamário, esse escoamento indica falhas que contribuem para a manutenção dos índices de mortalidade por câncer mamário. Através dos argumentos anteriormente relacionados podemos afirmar a necessidade da efetivação da educação em saúde, à qual estimula a participação da comunidade, priorizando em suas bases teóricas a promoção da saúde e proporcionando à população mais conhecimentos e capacidade de lidar com os medos, inseguranças, timidez e dúvidas, bem como o atendimento integral à saúde da mulher através do exame clínico das mamas e solicitação da mamografia, estimulando e incentivando a prevenção secundária e o diagnóstico precoce, aumentando as chances de cura, sobrevida e preservação das mamas. 46 REFERÊNCIAS ALMEIDA, Ana Maria de et al. Construindo o significado da recorrência da doença: a experiência de mulheres com câncer de mama. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 9, n. 5, p. 63-69, set. 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rlae/v9n5/7800.pdf>. Acesso em: 28 set. 2009. ALVES, Vânia Sampaio. Um modelo de educação em saúde para o Programa Saúde da Família: pela integralidade da atenção e reorientação do modelo assistencial. Interface: Comunicação, Saúde e Educação, v. 9, n. 16, p. 39-52, set. 2004/fev. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/%0D/icse/v9n16/v9n16a04.pdf . Acesso em: 08 abr. 2010. ANDRADE, Luiz Odorico Monteiro de et al. A estratégia saúde da família. In: DUNCAN, Bruce C. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. Cap. 7, p. 88-100. ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE MEDICINA. SUS: o que você precisa saber sobre o Sistema Único de Saúde. São Paulo: Atheneu, 2008. BEGHINI, Alessandra Bonato et al. Adesão das acadêmicas de enfermagem à prevenção do câncer ginecológico: da teoria à prática. Revista Texto contexto de Enfermagem, Florianópolis, v. 15, n. 4, p. 637-644, out./dez. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010407072006000400012&script=sci_arttext>. Acesso em: 10 jan. 2010. BERTOLLI FILHO, Cláudio. História da saúde pública no Brasil. 4.ed. São Paulo: Ática, 2001. BICKLEY, Lynn. Bates Propedêutica Médica. 8.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. BRASIL, Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Mamografia: da prática ao controle. Rio de Janeiro: INCA, 2007(b). (Recomendações para profissionais de saúde). BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução 196/96 sobre pesquisa envolvendo seres humanos. 1996. Disponível em: <http.//conselho.saúde.gov.br/docs/Resoluções/Reso196de96.doc>. Acesso em: 12 out. 2009. 47 BRASIL. Ministério da Saúde. Conhecendo o Viva Mulher: Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero e de Mama. Rio de Janeiro: INCA, 2001(a). BRASIL. Ministério da Saúde. Controle do câncer de mama: documento de Consenso. Revista Brasileira de Cancerologia, v. 50, n. 2, p.77-90, 2004. Disponível em: <http://www.inca.gov.br/rbc/n_50/v02/pdf/NORMAS.pdf>. Acesso em: 05 abr. 2010. BRASIL. Ministério da Saúde. Estimativa de Câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2007(a). BRASIL. Ministério da Saúde. Guia prático do Programa de Saúde da Família. Brasília: Ministério da Saúde, 2001(b). BRASIL. Ministério da Saúde. Monitoramento e Avaliação na Política Nacional de Humanização na Rede de Atenção e Gestão do SUS: manual com eixos avaliativos e indicadores de referência. Brasília: Ministério da Saúde, 2006(b). (Serie B. Textos Básicos de Saúde). BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 2.439, de 8 de dezembro de 2005. Disponível em: <http://www.saude.mg.gov.br/atos_normativos/legislacaosanitaria/estabelecimentos-de-saude/oncologia/Portaria2439.pdf>. Acesso em: 06 mar. 2010. BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da Família: Uma estratégia para reorientação do modelo Assistencial. Brasília: Ministério da Saúde, 1997. BRASIL. Ministério da Saúde. Controle dos cânceres do colo do útero e da mama. Brasília: Ministério da Saúde, 2006(a). (Cadernos de Atenção Básica; n. 13) (Série A. Normas e Manuais Técnicos). CALEFFI, Maira. Doenças da mama. In: DUNCAN, Bruce C. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. Cap. 43, p. 431-438. CARVALHO, Cecília Maria Resende Gonçalves de et al. Prevenção de câncer de mama em mulheres idosas: uma revisão. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 62, n. 4, p. 579-582, ago. 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reben/v62n4/14.pdf >. Acesso em: 02 out. 2009. CRUZ, Andréa Porto. Curso Didáticos de Enfermagem. São Caetano do Sul: Yendis, v. 1, 2006. 48 DÂNGELO, José Geraldo; FATTINI, Carlos Américo. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. 3.ed. São Paulo: Atheneu, 2007. FONSECA, Jairo Simon da; MARTINS, Gilberto de Andrade. Curso de Estatística. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2006. FONTINELE JUNIOR, Klinger. Programa saúde da família: PSF comentado. Goiânia: AB, 2003. (Enfermagem). FREITAS JUNIOR, Ruffo de et al. Auto-exame das mamas entre estudantes de medicina. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Rio de Janeiro, v. 21, n. 5, p. 287-290, 1999. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v21n5/12640.pdf>. Acesso em: 05 abr. 2010. FREITAS JUNIOR, Ruffo et al. Conhecimento e prático do auto-exame de mama. Revista da Associação Médica Brasileira, São Paulo, v. 52, n. 5, p. 337-341, out. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ramb/v52n5/a22v52n5.pdf>. Acesso em: 25 set. 2009. GEBRIN, Luiz Henrique. Terapêutica do carcinoma invasivo. In: BARACAT, Edmund Chada; LIMA, Geraldo Rodrigues de. Guia de ginecologia. São Paulo: Manole, 2005. Cap. 81, p. 659-670. (Guias de medicina ambulatorial e hospitalar/UNIFESP - Escola Paulista de Medicina). GONZALEZ, Helcye. Enfermagem em ginecologia e obstetrícia. São Paulo: Senac São Paulo, 2003. (Apontamentos Saúde, n. 2). GUYTON, Arthur C.; HALL, John E. Fisiologia humana e mecanismos das doenças. 6.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. GUYTON, Arthur C.; HALL, John E. Tratado de Fisiologia Médica. 10.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. HORTA, Vanda de Aguiar. Processo de Enfermagem. São Paulo: EPU, 1979. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE Cidades @. 2010. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm>. Acesso em: 02 jun. 2010. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER. Ações de enfermagem para o controle do câncer: uma proposta de integração ensino-serviço. 3.ed. Rio de Janeiro: INCA, 2008. 49 KATO, Keiko. Dicionário de termos técnicos de saúde. 2.ed. São Paulo: Conexão, 2008. LAKATOS, Eva Maria, MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia Cientifica. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2005. MARINHO, Luiz Alberto Barcellos et al. Conhecimento, atitude e prática do autoexame das mamas em centros de saúde. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 37, n. 5, p. 576-582, out. 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rsp/v37n5/17471.pdf>. Acesso em: 08 abr. 2010. MARTINS, Edesio et al. Evolução temporal dos estádios do câncer de mama ao diagnóstico em um registro de base populacional no Brasil central. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Rio de Janeiro, v. 31, n. 5, p. 219-223, maio 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010072032009000500003&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 30 set. 2009. MELLO, Antônio de Oliveira. Paracatu, meu bem querer. 3.ed. Paracatu: Câmara Municipal, 2007. MOLINA, Luciana; DALBEN, Ivete; DE LUCA, Laurival A. Análise das oportunidades de diagnóstico precoce para as neoplasias malignas de mama. Revista Associação Médica Brasileira, São Paulo, v. 49, n. 2, p. 185-190, abr./jun. 2003 Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010442302003000200039>. Acesso em: 01 out. 2009. MONTEIRO, Ana Paula de Sousa et al. Auto-exame das mamas: freqüência do conhecimento, prática e fatores associados. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Rio de Janeiro, v. 25, n. 3, p. 201-205, 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v25n3/16623.pdf>. Acesso em: 01 out. 2009. MONTENEGRO, Rezende. Obstetrícia fundamental. 10.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. NETTINA, Sandra M. Prática de Enfermagem. 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. POLIT, Denise F.; BECK, Cheryl Tatano; HUNGLER, Bernadette P. Fundamentos de pesquisa em Enfermagem. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. 50 PORTO ALEGRE. Prefeitura Municipal. Protocolo de rastreamento e detecção precoce do câncer de mama do Município de Porto Alegre. 2008. Disponível em: <http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/sms/usu_doc/protocolo_mama_final _2008.pdf>. Acesso em: 05 mar. 2010. POTTER, Patrícia A.; PERRY, Anne Griffin. Fundamentos de Enfermagem. 5.ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2004. SILVA, Nancy Capretz Batista da; FRANCO, Maria Aparecida Paiva; MARQUES, Susi Lippi. Conhecimento de mulheres sobre câncer de mama e de colo do útero. Paidéia, Ribeirão Preto, v. 15, n. 32, p. 409-416, 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/paideia/v15n32/10.pdf>. Acesso em: 05 mar. 2010. SMELTZER, Suzanne C.; BARE, Brenda G. Brunner e Suddarth Tratado de Enfermagem médica-cirúrgica. 10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, v. 3, 2005. TANNURE, Meire Chucre; GONÇALVES, Ana Maria Pinheiro; CARVALHO Daclé Vilma. O Processo de Enfermagem. In: TANNURE, Meire Chucre; GONÇALVES, Ana Maria Pinheiro. Sistematização de assistência de enfermagem: guia prático. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. p. 17-19. TAVARES, Mario. A prática da atenção primária à saúde. In: DUNCAN, Bruce C. et al.. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. Cap. 8, p. 101-106. TAVARES, Priscila Garcia Câmara Cabral; LEÃO, Marianna Carvalho e Souza; FIALHO, Ana Virginia de Melo. Câncer de mama: conhecimento de usuárias de uma unidade básica de atenção saúde da família/FORTALEZA-CE. In: Congresso Brasileiro de Enfermagem, 62, 2009, Fortaleza: Transformação social e sustentabilidade ambiental. Fortaleza: Congresso Brasileiro de Enfermagem, 2009. Disponível em: <http://www.abeneventos.com.br/anais_61cben/files/00117.pdf >. Acesso em 02 fev. 2010. THEODOMIRO JÚNIOR. Mulheres que adotam maus hábitos masculinos adoecem mais: retardar check-up pode prejudicar saúde, carreira e relações familiares. 05 de março de 2010. Santa Casa de Misericórdia de Maceió. Disponível em: <http://www.maltanet.com.br/noticias/noticia.php?id=3024>. Acesso em: 10 maio 2010. TIMBY, Bárbara K. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. 8.ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. 51 ANEXO A - Atribuições das equipes das Unidades de Saúde da Família Atribuições das equipes As atividades deverão ser desenvolvidas de forma dinâmica, com avaliação permanente através do acompanhamento dos indicadores de saúde de cada área de atuação. Assim, as equipes de Saúde da Família devem estar preparadas para: conhecer a realidade das famílias pelas quais são responsáveis, com ênfase nas suas características sociais, demográficas e epidemiológicas identificar os problemas de saúde prevalentes e situações de risco aos quais a população está exposta elaborar, com a participação da comunidade, um plano local para o enfrentamento dos determinantes do processo saúde/doença prestar assistência integral, respondendo de forma contínua e racionalizada à demanda organizada ou espontânea, com ênfase nas ações de promoção à saúde resolver, através da adequada utilização do sistema de referência e contrareferência, os principais problemas detectados desenvolver processos educativos para a saúde, voltados à melhoria do autocuidado dos indivíduos promover ações intersetoriais para o enfrentamento dos problemas identificados A base de atuação das equipes são as unidades básicas de saúde, incluindo as atividades de: visita domiciliar - com a finalidade de monitorar a situação de saúde das famílias. A equipe deve realizar visitas programadas ou voltadas ao atendimento de demandas espontâneas, segundo critérios epidemiológicos e de identificação de situações de risco. O acompanhamento dos Agentes Comunitários de Saúde em microáreas, selecionadas no território de responsabilidade das unidades de Saúde da Família, representa um componente facilitador para a identificação das necessidades e racionalização do emprego dessa modalidade de atenção internação domiciliar - não substitui a internação hospitalar tradicional. Deve ser sempre utilizada no intuito de humanizar e garantir maior qualidade e 52 conforto ao paciente. Por isso, só deve ser realizada quando as condições clínicas e familiares do paciente a permitirem. A hospitalização deve ser feita sempre que necessária, com o devido acompanhamento por parte da equipe participação em grupos comunitários - a equipe deve estimular e participar de reuniões de grupo, discutindo os temas relativos ao diagnóstico e alternativas para a resolução dos problemas identificados como prioritários pelas comunidades Atribuições do médico Preferencialmente, o médico da equipe preconizada pelo PSF deve ser um generalista; portanto, deve atender a todos os componentes das famílias, independentemente de sexo e idade. Esse profissional deverá comprometer-se com a pessoa, inserida em seu contexto biopsicossocial, e não com um conjunto de conhecimentos específicos ou grupos de doenças. Sua atuação não deve estar restrita a problemas de saúde rigorosamente definidos. Seu compromisso envolve ações que serão realizadas enquanto os indivíduos ainda estão saudáveis. Ressalte-se que o profissional deve procurar compreender a doença em seu contexto pessoal, familiar e social. A convivência contínua lhe propicia esse conhecimento e o aprofundamento do vínculo de responsabilidade para a resolução dos problemas e manutenção da saúde dos indivíduos. Suas atribuições básicas são: prestar assistência integral aos indivíduos sob sua responsabilidade valorizar a relação médico-paciente e médico-família como parte de um processo terapêutico e de confiança oportunizar os contatos com indivíduos sadios ou doentes, visando abordar os aspectos preventivos e de educação sanitária empenhar-se em manter seus clientes saudáveis, quer venham às consultas ou não executar ações básicas de vigilância epidemiológica e executar as ações de assistência nas áreas de atenção à criança, ao adolescente, à mulher, ao trabalhador, ao adulto e ao idoso, realizando também atendimentos de primeiros cuidados nas urgências e pequenas cirurgias ambulatoriais, entre outros 53 promover a qualidade de vida e contribuir para que o meio ambiente seja mais saudável discutir de forma permanente - junto à equipe de trabalho e comunidade - o conceito de cidadania, enfatizando os direitos à saúde e as bases legais que os legitimam participar do processo de programação e planejamento das ações e da organização do processo de trabalho das unidades de Saúde da Família Atribuições do enfermeiro Este profissional desenvolve seu processo de trabalho em dois campos essenciais: na unidade de saúde, junto à equipe de profissionais, e na comunidade, apoiando e supervisionando o trabalho dos ACS, bem como assistindo às pessoas que necessitam de atenção de enfermagem, Suas atribuições básicas são: executar, no nível de suas competências, ações de assistência básica de vigilância epidemiológica e sanitária nas áreas de atenção à criança, ao adolescente, à mulher, ao trabalhador e ao idoso desenvolver ações para capacitação dos ACS e auxiliares de enfermagem, com vistas ao desempenho de suas funções junto ao serviço de saúde oportunizar os contatos com indivíduos sadios ou doentes, visando promover a saúde e abordar os aspectos de educação sanitária promover a qualidade de vida e contribuir para que o meio ambiente torne-se mais saudável discutir de forma permanente, junto a equipe de trabalho e comunidade, o conceito de cidadania, enfatizando os direitos de saúde e as bases legais que os legitimam participar do processo de programação e planejamento das ações e da organização do processo de trabalho das unidades de Saúde da Família Atribuições do auxiliar de enfermagem As ações do auxiliar de enfermagem são desenvolvidas nos espaços da unidade de saúde e no domicílio/comunidade, e suas atribuições básicas são: 54 desenvolver, com os Agentes Comunitários de Saúde, atividades de identificação das famílias de risco contribuir, quando solicitado, com o trabalho dos ACS no que se refere às visitas domiciliares acompanhar as consultas de enfermagem dos indivíduos expostos às situações de risco, visando garantir uma melhor monitoria de suas condições de saúde executar, segundo sua qualificação profissional, os procedimentos de vigilância sanitária e epidemiológica nas áreas de atenção à criança, à mulher, ao adolescente, ao trabalhador e ao idoso, bem como no controle da tuberculose, hanseníase, doenças crônicodegenerativas e infecto-contagiosas participar da discussão e organização do processo de trabalho da unidade de saúde Atribuições do Agente Comunitário de Saúde O ACS desenvolverá suas ações nos domicílios de sua área de responsabilidade e junto à unidade para programação e supervisão de suas atividades. Suas atribuições básicas são: realizar mapeamento de sua área de atuação cadastrar e atualizar as famílias de sua área identificar indivíduos e famílias expostos a situações de risco realizar, através de visita domiciliar, acompanhamento mensal de todas as famílias sob sua responsabilidade coletar dados para análise da situação das famílias acompanhadas desenvolver ações básicas de saúde nas áreas de atenção à criança, à mulher, ao adolescente, ao trabalhador e ao idoso, com ênfase na promoção da saúde e prevenção de doenças promover educação em saúde e mobilização comunitária, visando uma melhor qualidade de vida mediante ações de saneamento e melhorias do meio ambiente incentivar a formação dos conselhos locais de saúde orientar as famílias para a utilização adequada dos serviços de saúde 55 informar os demais membros da equipe de saúde acerca da dinâmica social da comunidade, suas disponibilidades e necessidades participação no processo de programação e planejamento local das ações relativas ao território de abrangência da unidade de Saúde da Família, com vistas a superação dos problemas identificados. 56 APÊNDICE A – Autorização para realização da pesquisa 57 APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO “Conhecimento das usuárias assistidas pela equipe da estratégia saúde da família Novo Horizonte sobre a prevenção do câncer de mama - Paracatu/MG, janeiro de 2010.” Número do questionário: ___________ Data da aplicação: ____/____/____ 1. Dados pessoais 1.1. Idade ______anos 1.2. Raça/Cor: ( ) Branca Escolaridade ( ) Analfabeta ( ) 2º grau incompleto ( ) superior completo Ocupação: _____________________________________ ( ) Parda ( ) Negra ( ) 1º grau incompleto ( ) 2º grau completo ( ) 1º grau completo ( ) superior incompleto 2. Como considera seu conhecimento sobre o câncer de mama? ( ) Tenho muito conhecimento (Suficiente) ( ) Tenho pouco conhecimento (Insuficiente) ( ) Não tenho conhecimento 3. ( ( ( ( 4. Qual a fonte deste conhecimento? ) Atividades Educativas realizadas pela equipe da Estratégia Saúde da Família ) Informações repassadas por amigos e/ou familiares ) Conhecimentos adquiridos em livros e/ou revistas ) Conhecimentos adquiridos em Programas de Televisão e/ou Internet Você sabe realizar o auto-exame de mamas? ( ) Sim ( ) Não 5. Com que freqüência você faz o auto-exame das mamas? ( ) semanalmente ( ) anualmente ( ) mensalmente ( ) nunca faz. 6. Na consulta médica é realizado o exame clínico das mamas? ( ) sim ( ) não 7. Na consulta com a enfermeira é realizado o exame clínico de mamas? ( ) sim ( ) não 8. Você já realizou o Exame Mamografia? ( ) Sim ( ) Não Se a resposta for NÃO, por quê? _______________________________________________ 9. Quais as práticas adotadas por você na Prevenção e Controle do câncer de mama? __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ 58 APÊNDICE C - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Eu, ________________________________________________________, decidi de livre e espontânea vontade participar da entrevista e preenchimento do questionário proposto pela acadêmica Jercelene Fonseca da Silva, em face do cumprimento de etapa da coleta de dados do trabalho intitulado “CONHECIMENTO DAS USUARIAS ASSISTIDAS PELA EQUIPE DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA NOVO HORIZONTE SOBRE A PREVENÇÃO DO CANCER DE MAMA - PARACATU/MG JANEIRO DE 2010” o qual será entregue sobre forma de monografia como pré-requisito para obtenção do titulo de Bacharel em Enfermagem pela Faculdade Tecsoma – Paracatu/MG. O presente estudo tem como objetivo geral descrever o conhecimento das mulheres na faixa etária de 20 à 59 anos, assistidas pelas Equipe da ESF Novo Horizonte em relação as formas de controle e prevenção do câncer de mama. Às participantes do estudo será garantida a liberdade de desistir de participar do mesmo, a qualquer momento, sem que precise fazer qualquer tipo de ressalva. Fica garantida a manutenção da minha condição anônima, não sendo, portanto utilizado meu nome, no corpo deste trabalho e sim abreviações hipotéticas a critério da autora do estudo. Paracatu, MG ____/____/____. ______________________ Entrevistado ______________________ Jercelene Fonseca da Silva Acadêmica do 6º Período de Enfermagem