DESCRIÇÃO DA UNIDADE CURRICULAR Unidade

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DESCRIÇÃO DA UNIDADE CURRICULAR
Unidade Curricular: Antropologia do Lúdico
Área Científica: Ciências Sociais e Humanas
CÓDIGO:
CRÉDITOS ECTS: 5
CURSO:
Animação Sociocultural
Ano: 1º
2º
3º
Regime: Obrigatório
4º
Optativo
Horas de Trabalho:
Ensino teórico (T)
Teórico-prático (TP)
Prático e laboratorial (PL)
Trabalho de campo (TC)
Seminário (S)
PRÉ-REQUISITOS: Sim
Semestre: 1º
Tipo: Anual
30
30
2º.
Semestral
Estágio (E)
Orientação tutorial (OT)
Estudo
Avaliação
Outra (O)
TOTAL
Indicar abaixo
Outro
7.5
57.5
10
135
Não tem
OBJECTIVOS:
• Despertar o interesse do aluno pela análise e investigação da problemática do jogo e
da festa, numa perspectiva antropológica.
• Perceber a importância do corpo, em termos biológicos, culturais, motores e
expressivos.
• Suscitar a reflexão em torno das atitudes, ideias e valores que caracterizam e
justificam a actividade lúdica do Homem, num ponto de vista sincrónico e diacrónico.
• Reflectir sobre formas de animação lúdica e festiva, em instituições diversas e na
comunidade.
• Proporcionar os conhecimentos metodológicos que permitam o desenvolvimento e
aplicação de uma teoria científica acerca do jogo e dos jogos, nas diferentes idades
e contextos sócio-culturais, tendo em vista o levantamento, registo, descrição e
classificação das práticas lúdicas.
PROGRAMA:
1 - Introdução. Objectivos da disciplina e avaliação. Blocos de conteúdos e
organização das sessões.
2 - Definição de conceitos. Antropologia, Antropologia Cultural e Cultura.
Tentativa de definição de jogo. A polissemia do jogo. Jogo da criança e jogo do
adulto. A atitude e a prática lúdicas
3 - As dimensões biológica e cultural da actividade lúdica. As diferentes teorias
do jogo. 4 - O corpo. Sua importância em termos biológicos, culturais, motores e
expressivos. O corpo como elemento da cultura.
. O corpo e o jogo
. O corpo e o trabalho
. O corpo e a festa
. O corpo e o sagrado.
5 - O corpo no meio rural e na urbe. O corpo, a sociedade tradicional e a festa.
As técnicas do corpo, segundo Marcel Mauss.
Corpo, comunicação e expressão.
6 - Classificações de jogos. Sua importância.
7 - Relações jogo-trabalho, jogo-festa, jogo-sagrado, jogo-aprendizagem, jogodesporto.
8 - Os jogos tradicionais. Conceito, importância e função.
Dos jogos de todos aos jogos de alguns. Jogo e coesão social. As festas e os
jogos. O jogo na festa e a festa no jogo.
9 - Passado, presente e futuro dos jogos tradicionais.
Será possível manter os velhos jogos na nova sociedade? Responsabilidades das
escolas, autarquias, colectividades locais e outras instituições na preservação,
levantamento e animação dos jogos tradicionais. O papel do animador.
Os jogos tradicionais em Portugal e na Europa. Estudos e actividades.
10 - Jogo e contexto cultural.
Os jogos e as actividades de animação em campos de férias, iniciativas turísticas,
instituições de apoio à terceira idade e comunidades rurais. Os jogos e as
actividades de desenvolvimento transfronteiriço.
11 - Métodos e instrumentos de observação, levantamento, registo e descrição
das práticas lúdicas.
O trabalho de campo. A observação participante. A entrevista. Selecção dos
informantes e estratégias para ajudar a “desenrolar os fios da memória”. Outras
fontes de informação. As monografias locais. A comparação no tempo e no espaço.
A importância da utilização de meios fotográficos, audiográficos e videográficos.
12 - A organização e arquivo de um ficheiro de jogos.
13 - Vivência de actividades lúdicas. Preparação, orientação e avaliação.
MÉTODO ENSINO:
O programa será desenvolvido quer de um modo essencialmente expositivo, quer através de
aulas práticas, baseadas em actividades lúdico-motoras. Sempre que possível, recorrer-se-á a
meios audiovisuais para motivar e ilustrar os conteúdos, bem como ao trabalho em pequenos
grupos, tendo em vista a análise crítica de fichas, textos ou videogramas.
AVALIAÇÃO:
1. A assiduidade do aluno e, sobretudo, a sua participação nas aulas, atendendo-se ao
interesse manifestado e aos conhecimentos e capacidades demonstrados (40%).
2. Teste escrito (60%).
BIBLIOGRAFIA:
BARRAU, Jacques, “Mão/Manufacto”, in Enciclopédia EINAUDI, Vol. 16, HomoDomesticação/Cultura Material, Lisboa, IN_CM, 1989.
BLANCHARD, Kendall e CHESKA, Alyce, Antropologia del Deporte, Barcelona: Ediciones
Belaterra, S.A., 1986.
BRAGADA, José A. Jogos Tradicionais e o desenvolvimento das capacidades motoras na
Escola, Lisboa: CEFD, 2002.
BRASÃO, Inês P., Antropologia Dons e disciplinas do corpo feminino: os discursos sobre o
corpo na História do Estado Novo, Lisboa: Com. Igualdade Direitos Mulheres, 1999.
CAILLOIS, Roger, Os jogos e os homens. A máscara e a vertigem, Lisboa: Editorial Cotovia,
1990.
CRESPO, J., Os jogos tradicionais em Portugal. Os caminhos da Investigação, in Cameira
Serra et al., Os jogos tradicionais em Portugal: Homenagem a Noronha Feio, Guarda:
IPG e DGD, 1990.
CRESPO, Jorge, A História do Corpo, Lisboa, Difel.
FRIEDMAN, Georges et al., “Vida de trabalho e vida fora do trabalho: Indústria e Sociedade”, in
Georges Gurvitch (Org.), Tratado de Sociologia, S. Paulo: Martins Fontes, pp.693-711.
HUIZINGA, Johan, Homo Ludens. Essai sur la fonction sociale du Jeu, 6.ème édition, Paris:
Editions Gallimard, 1951.
LÉVI-STRAUSS, Claude, « Em família », in Tristes Trópicos, Lisboa: Edições 70, 1981.
MAUSS, Marcel, Manuel d’Ethnographie, Paris: Payot, 1967.
MORRIS, Desmond, O macaco nu, Mem Martins : Pub. Europa-América, s.d.
PORTO, Nuno, O corpo, a razão, o coração: a construção social da sexualidade em Vila Ruiva,
Lisboa: Pub. Escher, 1991.
RAPOSO, Paulo, Corpos, arados e romarias: entre a Fé e a Razão em Vila Ruiva, Lisboa, Pub.
Escher, 1991.
SERRA, M. Cameira, Os Jogos Tradicionais em Portugal. As relações entre as práticas lúdicas
e as ocupações agrícolas e pastoris, Tese de Doutoramento, Vila Real: UTAD, 1999.
SERRA, M. Cameira, O Jogo e o Trabalho…, Lisboa: Edições Colibri e Inatel, 2001.
SERRA, M. Cameira, Jogos Tradicionais ao Serão e na Taberna. Lisboa: Edições Colibri e
ESEG, 2004.
TITIEV, Mischa, Introdução à Antropologia Cultural, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,
1989.
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