Trinitarianismo - o manáh vivo que desceu do céu . . . MANÁH VIVO

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Trinitarianismo
By http://www.yerushalaim.com.br
Introdução:
A mais predominante de muitas falsas doutrinas referentes à
unidade de Deus é o trinitarianismo. Este erro se insinuou para
dentro da Igreja pelo paganismo e manteve seu lugar na teologia
através do governo totalitário dos imperadores romanos e da Igreja
Católica Romana. Os reformadores Protestantes saíram da igreja
papal mas trouxeram consigo algumas doutrinas pagãs.
Juntamente com falsas doutrinas como imortalidade da alma,
batismo infantil, aspersão, eles também reteram o falso ensino da
trindade. A reforma foi boa até o ponto em que mais uma vez
chamou a atenção do homem para a Palavra de Deus, e na
restauração de doutrinas Bíblicas rejeitadas ao seu próprio lugar na
igreja. A reforma, contudo, não foi longe o bastante.
Muitos erros da Igreja Romana foram retidos. Outra reforma se faz
necessária hoje, para livrar a Igreja de todos os erros pagãos e
retornar às verdadeiras doutrinas da Bíblia.
I- DEFINIÇÃO DE TRINDADE
Trindade é a crença na existência de um Ser divino que subsiste em
três pessoas, Pai, Filho e Espírito. O dicionário Webster define a
palavra:“A união de três pessoas ou hipóstases (o Pai, o Filho, e o
Espírito Santo) numa Divindade, de modo que todos os três são um
Deus, com relação à substância, mas três pessoas ou hipóstases
com relação à individualidade’’. (Webster’s Collegiate Dictionary,
(F) 5ª edição). Trinitarianos não crêem que as três pessoas são
uma pessoa ou que as três pessoas são três Deuses. Eles crêem em
três pessoas que constituem um Deus.
II- TRÊS PROPOSTAS ENVOLVIDAS
Existem três propostas primárias envolvidas na doutrina da
Trindade.
Estes três pontos são:
(
1)
A unidade composta de Deus.
(
2)
A divindade do Pai, do Filho e do Espírito.
(
3)
A personalidade do Pai, do Filho e do Espírito.
O fracasso na prova de qualquer uma destas três propostas,
resultará no colapso desta teoria.
Para refutar a trindade, entretanto, necessita-se estabelecer
apenas um dos três fatos seguintes:
(
1)
A unidade simples de D-us.
(
2)
Jesus não é D-us.
(
3)
O Espírito não é uma pessoa.
1- A Unidade Composta de Deus:
Os trinitarianos afirmam acreditar na unidade de Deus. Caso eles
não afirmassem acreditar que Deus é único, sua doutrina seria
revelada como não passando de politeísmo.
Os trinitarianos, entretanto, não crêem na unidade de Deus como
ensinada na Bíblia. Eles rejeitam a verdade bíblica de que existe
apenas uma pessoa que é Deus. Negam a simples unidade de
Deus, insistindo que a unidade de Deus é composta. Advogam que
existe uma única substância, uma inteligência e um propósito na
Divindade mas que três pessoas eternamente co-existem daquela
essência única e exercitam aquela única inteligência e único
propósito. Dizem eles que a unidade de Deus refere-se à sua
substância, essência ou ser.
2- A Divindade do Pai, do Filho e do Espírito:
O segundo ponto que os trinitarianos buscam estabelecer é que o
Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito é Deus. Tentam mostrar que
cada um é mencionado como sendo Deus e que cada um possui
atributos e obras de Divindade.
Também afirmam que os três são iguais em todas as formas, a
única diferença é que eles são distinguidos por certas propriedades
individuais, a saber, o Filho é gerado pelo Pai, e o Espírito procede
do Pai e do Filho.
3- A personalidade do Pai, do Filho e do Espírito:
Como o terceiro ponto, os trinitarianos procuram provar que o Pai é
uma pessoa, que o Filho é uma pessoa, e que o Espírito também o
é. Cada um tem uma personalidade distinta dos outros dois.
Entretanto, cada pessoa é admitida como possuindo toda a
essência divina e todos os divinos atributos. Cada pessoa da
trindade é admitida como completamente Deus dentro de
Si mesma. As três pessoas juntas, compartilham em comum a
essência única, todos os atributos, uma substância, uma
inteligência e um propósito.
III- ORIGEM HISTÓRICA DESSA DOUTRINA
1-
Não mencionada na Bíblia
O trinitarianismo não é uma doutrina Bíblica. Esta teoria não é
mencionada tampouco ensinada na Bíblia. As palavras “trindade” e
“triúno” jamais foram usadas pelos escritores da Palavra de Deus. A
doutrina da trindade era desconhecida pelos Israelitas do Velho
Testamento e pelos Cristãos do Novo Testamento. Esta teoria não
foi formulada até muitos anos após a morte do último apóstolo. Não
há autoridade bíblica para a trindade; o que ocorre é que os
Teólogos lêem nas entrelinhas das Escrituras na busca pela
trindade, torcendo os textos Escriturísticos tentando o apoio à sua
teoria, mas ainda a verdade de que a doutrina da trindade não é
ensinada pela Bíblia, permanece. Graham Greene, um Inglês
convertido ao Catolicismo, escreveu um artigo para a revista “Life”
em apoio ao dogma na Igreja Católica concernente à ascensão de
Maria aos céus. Neste artigo, ele admitiu não haver autoridade
bíblica para a trindade:
Nossos oponentes às vezes afirmam que nenhuma doutrina deve
ser sustentada dogmaticamente que não esteja explicitamente
exposta na Escritura (ignorando que é somente pela autoridade da
Igreja que reconhecemos certos Evangelhos e não outros como
verdadeiros). Mas as Igrejas Protestantes, elas mesmas, aceitam
tais dogmas como a trindade, para a qual, não há uma precisa
autorização nos Evangelhos.” (Graham Greene “The Catholic
Church’s New Dogma: The Assumption of Mary,” Life, 30/10/50,
pg.51)
A doutrina da trindade além de não ser bíblica é também antibíblica. Não somente é verdade que a Bíblia não apóia tal teoria
como também o ensino da palavra de Deus é diretamente oposto à
ela. A Bíblia claramente afirma a verdade da não-composta unidade
de Deus, que é o Pai. Ela afirma que Jesus é o Filho de Deus, não o
próprio Deus; também nos revela que o Espírito é o poder
impessoal de Deus.
2- Origem pagã
A doutrina da trindade é de origem pagã. A trindade, assim como a
falsa doutrina da imortalidade da alma, se insinuou para dentro da
teologia da Igreja gradativamente durante os primeiros séculos da
era da Igreja. Pagãos que aparentemente não estavam,
completamente convertidos tornaram-se membros da Igreja visível.
Como esses homens assumiram lugares de liderança como
professores e teólogos, a teologia da Igreja gradualmente
paganizou-se. Os ensinamentos da Bíblia foram reinterpretados e
ajustados para se adaptarem aos ensinamentos da filosofia pagã.
Tríades de divindades prevaleciam na mitologia pagã. Embora
muitos deuses fossem adorados em nações politeístas, geralmente
havia três divindades que eram consideradas mais importantes. O
hinduísmo cria em uma essência Brâhmane expressa em três
personalidades: Brahma, o Criador; Vishnu, o preservador, e Shiva,
o destruidor. O Zoroastrismo Persa cria em Ahura Mazda, a
divindade boa, Angra Manya, a divindade má, que eram expressões
de Mitra, a primeira grande causa. Confúcio, segundo é relatado,
escreveu: “Tao (Deus) é por natureza único; o primeiro gerou o
segundo; ambos em conjunto deram origem ao terceiro; estes três,
criaram todas as coisas.”
Osíris, Ísis e Neftís parecem haver formado uma tríade de
divindades no Egito. Na Babilônia, havia Ea, o deus dos resíduos
aquosos, Enlil, o senhor das tempestades, e Anu, o senhor dos
céus. Na Grécia, as três divindades entre as muitas sobre o Monte
Olimpo eram Zeus, Hera e Atena. A tríade de divindades que os
romanos adoravam sobre o monte do Capitólio era constituída de
Júpiter, Juno e Minerva. As divindades mais importantes dos
Germanos eram Odin, Tró e Freyr. Platão personificou três eternos
princípios: Bondade, Intelecto e a Alma de tudo. A filosofia pagã de
Platão que permeava o pensamento grego e romano, foi o fator
principal que possibilitou a entrada de tais falsas doutrinas como a
imortalidade da alma e a trindade na religião Cristã.
Embora a trindade do paganismo e a trindade do pseudocristianismo não eram idênticos em todos os precisos detalhes de
definição, está aparente que uma originou-se da outra.
3- Primeiro uso da palavra
O primeiro uso da palavra “trindade” em sua forma grega ‘trias’ foi
de autoria de Teófilo, que tornou-se bispo de Antioquia da Síria, no
oitavo ano do reinado de Marco Aurélio (168 a.C.). Ele usou a
palavra no segundo dos três livros que escreveu endereçados ao
seu amigo Autólico. Comentando o quarto dia da criação no
Gênesis, ele escreveu: ”Da mesma maneira também os três dias
que foram antes dos luminares, são tipos da trindade, de Deus, de
sua palavra, e Sua sabedoria.” (Teófilo, “Para Autólico”, The AnteNicene Fathers)
Tertuliano (160-220 a.D.) foi o primeiro à usar a palavra latina
“trinitas”. Educado em Roma e presbítero em Cártago, Tertuliano
lançou as bases da Teologia Latina, a qual mais tarde foi apoiada
por Cipriano e Agostinho. Embora tenha denunciado Platão como
filósofo herege, Tertuliano expressou sua teologia nos termos da
filosofia de Platão. Ele estava entre os primeiros à ensinar a
imortalidade da alma e a tortura eterna dos ímpios. A trindade e a
imortalidade da alma foram desenvolvidas e
formuladas dentro de um sistema de teologia por Agostinho.
Os escritos de Agostinho tornaram-se a teologia básica da Igreja
Católica Romana. Tertuliano menciona a trindade em seu livro
escrito contra Praxeas que apoiava a teoria monarquiana. Ele
escreveu: “O mistério da dispensação ainda está guardada, que
distribui a Unidade numa trindade, colocando em sua ordem as
Três Pessoas - o Pai, o Filho e o Espírito Santo.” (Tertuliano.
“Contra Praxeas,” - The Anti-Nicene Fathers)
OBS: Hoje, atribui-se a Tertuliano a manipulação à Mateus 28:19
acrescentando a conhecida formula trinitariana dos batismos... mas
um exame mais acurado nos mostra que os batismos neotestamentários foram feitos, segundo Marcos, somente em Nome
de Jesus...
IV- CONTROVÉRSIA ÀRIO-ATANASIANA
Atenção específica foi centralizada sobre a doutrina da trindade no
início do quarto século como resultado de uma controvérsia entre
dois líderes da Igreja em Alexandria, Ario (256-336) e Atanásio
(293-373). Ario mantinha que Jesus, embora grande, era em
algumas formas inferior à Deus. Atanásio, pelo contrário, afirmava
que Cristo era igual à Deus em todos os modos.
Em 318 a.D., a controvérsia veio a tona. Ario afirmou que se Jesus
era realmente Filho de Deus, então deveria ter havido um tempo
em que havia um Pai, mas nenhum Filho. O Pai, portanto, era
maior do que o Filho. Num Concílio da Igreja local celebrado em
321 a.D., Ario e seus colaboradores foram excomungados da Igreja
por causa de sua opinião. Ario, entretanto, tinha muitos amigos e
seguidores em todas as Igrejas da Cristandade. A falsa teoria da
trindade não alcançou rapidamente uma posição dominante na
Igreja. Pelo mesmo tempo em que a controvérsia entre Ario e
Atanásio estava assolando as Igrejas, o imperador Constantino
tornara-se o maior partidário do Cristianismo.
O imperador considerava a Igreja como uma grande força
unificadora e estava ansioso para que o Cristianismo se tornasse a
religião universal do Império Romano. Ele queria evitar todas as
lutas internas da Igreja, arrazoando que deveria haver uma Igreja
unida a fim de existir um império unificado.
Buscando restaurar a unidade às Igrejas, Constantino convocou
uma reunião de um Concílio geral da Igreja à ser celebrado na
cidade de Nicéia, em 325 a.D. Bispos e o clero de todas as Igrejas
foram convidados para assistirem ao Concílio com todas as
despesas pagas pelo imperador. O Concílio de Nicéia, entretanto,
foi um Concílio de Igrejas na seção oriental do império. Enquanto é
dito que compareceram ao Concílio 318 bispos além de oficiais
eclesiásticos menores, não haviam sequer dez bispos do oeste
presentes ao Concílio. O Concílio não era verdadeiramente
representativo da Igreja inteira.
Eusébio, conhecido como o Pai da história da Igreja, no início do
Concílio ofereceu um credo de acordo que usava a linguagem da
Escritura em vez dos termos filosóficos usados por Atanásio. Os
seguidores de Atanásio perceberam que um voto para Eusébio era
realmente um voto para Ario, porque a Bíblia não confirma nada à
respeito da doutrina da trindade. O compromisso de Eusébio,
entretanto, foi rejeitado. O imperador Constantino, embora
ignorante com relação aos fatos teológicos que estavam então em
discussão, mas ansioso por alcançar unidade, apoiou Atanásio. A
maioria dos bispos presentes assinaram então finalmente o credo
formulado pelo grupo Atanasiano. Aqueles que não assinaram,
incluindo Ario, Eusébio de Nicomédia e Teognis de Nicéia, foram
banidos e seus livros queimados publicamente.
Isto, entretanto, não foi o fim. O debate prosseguiu por quarenta e
seis anos. Ario e seus colaboradores foram chamados de volta do
exílio dentro de três a cinco anos após o Concílio de Nicéia.
Atanásio foi deposto por um grande Concílio em Tiro em 335
a.D., sendo deportado para Gaul. Ario morreu em 336. Durante
os anos que se sucederam, os seguidores de Ario e Atanásio
alternadamente foram banidos e chamados de volta, já que vários
imperadores que governavam o império favoreciam ou uma ou
outra teoria. O trinitarianismo não tornou-se a dominante e
“ortodoxa” doutrina da cristandade até que Teodósio tornou-se
imperador (379). Teodósio foi o imperador que fez do cristianismo
a religião estatal. A união da Igreja e estado pavimentaram o
caminho para a ascenção da Igreja Católica Romana.
Teodósio convocou um Concílio em Constantinopla, que se reuniu
em 381 a.D. Foi assistido por cerca de cento e cinquenta bispos do
oriente. No credo adotado, o trinitarianismo foi feito doutrina oficial
da Igreja nas fronteiras do império. Todos os que discordaram
foram expulsos de seus púlpitos e excomungados de suas Igrejas.
Era o regime totalitário dos imperadores romanos e mais tarde da
Igreja Católica Romana que possibilitaram a doutrina da trindade
manter seu lugar numa teologia pervertida.
Crentes fiéis, mesmo fora da Igreja Católica Romana, continuaram
a crer no ensino bíblico concernente a simples unidade de Deus. A
região norte da Europa, convertida pelo grande missionário Ulfilas
(Morreu em 381), abraçou a doutrina do Cristianismo Ariano que
ensinava. Isto foi muitos séculos antes dos Ostrogodos, Visigodos,
Burgúndios, Vândalos, Lombardos, e outros povos do norte Europeu
terem finalmente se entragado à crença na Trindade, tornando-se
eventualmente parte da Igreja Católica Romana. A história da
Igreja e a história da doutrina revelam muitos crentes fiéis através
de todos os vinte séculos da era Cristã que tem repudiado a teoria
da trindade e insistido no ensino bíblico concernente à unidade de
Deus.
OBS: Daniel falara que para o papado (chifre pequeno) pudesse
estabelecer-se teria que arrancar três outros (tribos). Hoje
sabemos que estas tribos eram arianas (seguidores de Ário e por
isto foram dizimadas... Aplicando se Mat 12:26 (Ora, se satanás
expulsa a satanás, está dividido contra si mesmo; como subsistirá,
pois, o seus reino?) sabemos que Ário estava correto (Prov 8:2230)!
V- TRINITARIANISMO NOS CREDOS
Durante os anos seguintes à morte dos apóstolos, muitas pessoas
diziam ser cristãs mas não aceitavam os ensinos apostólicos. A fim
de se determinar os verdadeiros crentes, cada Igreja local, listava
certas doutrinas que os conversos cristãos deveriam crer. Estas
listas de doutrinas e confissões de fé foram chamados de “credos”
de ‘credo’ (Eu creio). Haviam tantos credos, quanto haviam Igrejas,
muito possivelmente. O credo dos Apóstolos (Didakê), escrito
muitos anos após a morte dos apóstolos e assim chamado pois
pretendia incorporar os ensinamentos apostólicos, foi formulado de
vários credos de várias Igrejas locais. Foi escrito para que todas as
Igrejas locais pudessem ter uma confissão de fé comum.
O credo dos apóstolos (gr. Didakê” - ensino) não inclui a doutrina
da trindade. Embora sejam mencionados sentenças referentes à
Deus, Jesus, e o poder de Deus, o Espírito, a doutrina da trindade
não é nem mencionada e tão pouco ensinada.
1- O Credo de Nicéia
Este é o primeiro Concílio à ensinar a trindade. O credo de Nicéia
foi originalmente formulado pelo Concílio de Nicéia em 325 a.D.
como segue:
”Acreditamos em Deus, o Pai, todo-poderoso, Criador de todas as
coisas, visíveis e invisíveis, e no Senhor Jesus Cristo, o Filho de
Deus, unigênito do Pai, o único, isto é, da essência do Pai, Deus de
Deus, Luz da Luz, Deus perfeito do Deus perfeito, gerado, não
criado, sendo de uma substância com o Pai; por meio do qual,
todas as coisas foram feitas, tanto na Terra como no céu; que por
nós homens, e por nossa salvação, desceu e se fez carne, e foi feito
homem; Ele padeceu, e no terceiro dia, levantou-se novamente, e
ascendeu aos céus, de onde há de vir à julgar os vivos e os mortos;
e no Espírito Santo. Mas aqueles que dizem:”Houve um tempo em
que Ele não era”, e “Ele não era até que foi gerado” e, “Ele foi feito
do nada”, ou “Ele é de outra substância” ou “essência”, ou “O Filho
de Deus é criado”, ou “mutável” ou “alterável” - estes são
condenados pela santa Igreja Católica Apostólica.” (Hodge, A.A.Op
cit., pp. 115-116)
2 - O Credo Niceno-constantinopolitano
O credo de Nicéia como foi formulado originalmente não é o credo
que por esse nome é repetido nas Igrejas hoje. O credo original foi
emendado no Concílio de Constantinopla, 381 a.D., e no Concílio de
Toledo, Espanha, 589 a.D. O anátema do credo original foi omitido
e a porção referente ao Espírito Santo foi aumentada. A Igreja
Grega rejeitou este credo porque o mesmo ensinava que o Espírito
procedia tanto do Pai como do Filho. A presente forma do Credo
Niceno é a seguinte:
”Creio em Deus, o Pai, Todo-Poderoso, criador do céu e da terra, e
de todas as coisas, visíveis e invisíveis; e num Senhor, Jesus Cristo,
o filho unigênito de Deus, gerado de Seu Pai antes de todos os
mundos; Deus de Deus, luz da luz, Deus perfeito de Deus, gerado
mas não criado, sendo de uma única essência com o Pai, por
intermédio de quem todas as coisas foram feitas; que por nós
homens e por nossa salvação desceu dos céus, e fez-se carne pelo
Espírito Santo, da Virgem Maria, e foi feito homem; foi crucificado
também por nós, sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado; e ao
terceiro dia, levantou-se novamente de acordo com as Escrituras; e
ascendeu aos céus, e está assentado à direita de Deus Pai. E virá
novamente em glória para julgar aos vivos e aos mortos; cujo reino
não terá fim. E creio no Espírito Santo, Senhor e Doador da vida,
que procede do Pai e do Filho, o qual juntamente com o Pai e o
Filho é louvado e glorificado, que falou pelos profetas. E creio na
Igreja Católica e Apostólica, reconheço um batismo para remissão
dos pecados; e aguardo a ressurreição dos mortos, e a vida do
mundo por vir.”
3 - O Credo Atanasiano
Este credo, que é considerado pelos trinitarianos como sendo a
mais profunda exposição daquela doutrina que existe atualmente, é
assim denominado em honra de Atanásio. Entretanto, Atanásio não
escreveu este credo, pois foi escrito muitos séculos após sua morte.
Primeiramente, este credo apareceu em Gaul, na escola de
Agostinho por volta do sexto ou sétimo século. Enquanto lendo este
credo, note as contradições berrantes que o mesmo contém:
"1. Quem quer que seja salvo, antes de toda as coisas é necessário
que retenha a fé católica.
2. A qual, a menos que seja mantida íntegra e imaculada por todos,
será a razão sem dúvida alguma, pela qual estará perdido para
todo o sempre.
3. Mas, esta é a fé católica: Que adoremos um Deus em trindade, e
trindade em unidade.
4. Nem confundindo as Pessoas, nem dividindo as substâncias.
5. Pois, há uma pessoa do Pai, outra do Filho e outra do Espírito
Santo.
6. Mas, a divindade do Pai, e do Filho e do Espírito Santo é uma só:
a glória igual, a majestade co-eterna.
7. Tal como o Pai é, também são o Filho e o Espírito Santo.
8. O Pai não foi criado, tão pouco o Filho e o Espírito Santo.
9. O Pai é imensurável, o Filho é imensurável, o Espírito Santo é
imensurável, como o Filho e o Espírito Santo.
10. O Pai é eterno, assim como o Filho e o Espírito Santo.
11. E, entretanto não existem três eternos, mas um eterno.
12. E também não existem três que não foram criados, nem três
imensuráveis, mas um que não foi criado e um imensurável.
13. Assim, da mesma forma, o Pai é Todo-Poderoso, o Filho é TodoPoderoso, e o Espírito Santo Todo-Poderoso.
14. E entretanto, não existem três Todo-Poderosos, mas um TodoPoderoso.
15. Assim, o Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus.
16. Entretanto não existem três deuses, mas um Deus.
17. Assim, o Pai é Senhor, o Filho é Senhor e o Espírito Santo é
Senhor.
18. E ainda assim não existem três Senhores, mas um Senhor.
19. Pois assim como somos compelidos pela verdade cristã
reconhecer todas as Pessoas por Si como sendo Senhor e Deus.
20. Também somos proibidos pela religião católica de dizer que há
três deuses ou três Senhores.
21. O Pai não foi originado de nada, nem criado, nem gerado.
22. O Filho é do Pai apenas não feito, não criado mas, gerado.
23. O Espírito Santo é do Pai e do Filho, não feito, não criado, nem
gerado mas, procedente.
24. Portanto, há um Pai, não três Pais, um Filho, não três Filhos,
um Espírito Santo, não três Espíritos Santos.
25. E nesta trindade, nenhum é antes ou depois de outro, nenhum
é maior ou menor do que o outro.
26. Mas, todas as três Pessoas são co-eternas, juntas e co-iguais.
27. De modo que em todas as coisas, como dissemos antes, a
Unidade na Trindade, e a Trindade na Unidade deve ser adorada.
28. Aquele que portanto será salvo, deve refletir sobre a Trindade.
29. Além disso, é necessário para a salvação eterna, que creiamos
também de maneira correta na encarnação de Nosso Senhor Jesus
Cristo.
30. Então a fé correta é, que creiamos e confessamos que Nosso
Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, é Deus e homem.
31. Deus da essência do Pai, gerado antes dos mundos; e Homem,
segundo a essência de Sua mãe, nascido no mundo.
32. Deus perfeito; Homem perfeito, de alma racional e carne
humana subsistente.
33. Igual ao Pai, no tocante à Sua natureza Divina, inferior ao Pai
no tocante à Sua natureza humana.
34. E embora Ele seja Deus e Homem, ainda assim não é dois, mas
um Cristo.
35. Um, não pela conversão da Divindade em carne, mas pela
ascensão da Humanidade para Deus (para o interior).
36. Um, todos juntos não pela confusão da essência, mas pela
unidade pessoal.
37. Pois assim como a alma racional e a carne racional é um
homem, também Deus e Homem é um Cristo.
38. Que padeceu pela nossa salvação, desceu ao Hades, levantouse dos mortos ao terceiro dia.
39. Ascendeu aos céus; está assentado à mão direita de Deus, o
Pai Todo-Poderoso.
40. Donde há de vir à julgar os vivos e os mortos.
41. Em cuja vinda, todos os homens devem levantar-se novamente
com seus corpos.
42. E darão contas por suas próprias obras.
43. E aqueles que tiverem praticado o bem entrarão na vida eterna,
mas, os que houverem operado o mal, para o fogo eterno.
44. Esta é a fé católica, a qual caso um homem não creia
verdadeiramente e firmemente, não pode ser salvo.(Curtis,W.A.”A
History of Creeds and Confessions of Faith”; Schaff, Philip. “Creeds
of Christendom.”)
VI- ARGUMENTOS TRINITARIANOS CONSIDERADOS
Chega à ser quase patético considerar os argumentos debilitados
que lançam mão os trinitarianos para defender sua teoria. Eles
admitem que a doutrina não está firmada na Bíblia, entretanto, se
agarram à toda pequena frase nas Escrituras que possa ser usada
de alguma forma para apoiar sua falsa doutrina.
I - UM TEXTO ESPÚRIO
O único verso na Bíblia que aparenta ensinar a trindade é I João
5:7, ” Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a palavra e o
Espírito Santo; e estes três são um.” Geralmente é aceito entre os
eruditos que este verso é espúrio, não sendo parte genuína da
Bíblia, portanto, sem autoridade. Sendo pois este verso forjado, já
que não consta nos melhores manuscritos, presume-se que o
mesmo foi inserido por algum escriba trinitariano durante a Idade
Média. Hoje em dia, trinitarianos honestos não usam este verso no
ensino de sua doutrina.Quase todas as versões e traduções
modernas corretamente omitem as palavras deste verso. (Obs.”O
Novo Testamento Grego Analítico”- Barbara & Timothy Friberg,
baseado nos antigos códices da Sociedade Bíblica Americana,
também omite o verso 7, exposto acima,de I João 5.).
OBS: Resta-nos Mateus 28:19 que até mesmo a BJ concorda que é
apócrifo!
II - OCORRÊNCIA DE TRÊS PALAVRAS JUNTAS
Um dos principais argumentos usados pelos trinitarianos é o fato de
que Deus, Jesus e o Espírito Santo são mencionados juntos em
alguns versos. Dizem eles que isso prova a trindade. Isto não
é verdade. O fato de que três palavras ocorrem na mesma
sentença não é indicação em si mesmo que os fatores ou pessoas
mencionadas são iguais ou até necessariamente relacionadas. Eis
alguns versos usados por eles:
Mateus 3:16,17 - Batismo de Jesus
João 14:16 - A promessa do Consolador
Mateus 28:19 - A Grande Comissão
2 Coríntios 13:13 - Benção
1 Pedro 1:2O - Os Eleitos
1. Mateus 3:16,17
Este texto descreve eventos ligados ao batismo de Jesus. Após
Jesus ter sido imergido no Rio Jordão, Deus enviou Seu poder, o
Espírito, a Jesus e declarou que Ele era Seu Filho. Incluídos neste
incidente estão Jesus, Deus e o Espírito de Deus. Isto, entretanto,
não prova nem indica a trindade. O Espírito, que é o poder de
Deus, desceu como pomba sobre Jesus batizado. Nada há em
absoluto neste incidente que mostre que o Espírito é uma pessoa.
Nada há aqui que sequer insinue a idéia de que Jesus, Deus e o
Espírito são co-iguais e co-eternos. A subordinação do Filho a Seu
Pai, além disso, é revelada pelo fato de que o Pai enviou o Espírito
enquanto o Filho era quem o recebia. O Pai nos céus era quem
falava. O Filho, saído da água, era quem o Pai reconhecera como
Filho.
2. João 14:16
Jesus prometeu Seus discípulos que após Ele haver ascendido aos
céus, Ele receberia o Consolador de Seu Pai, e então, envia-lo-ia
para eles. O Pai deu Seu poder à Jesus, por
Sua vez, Cristo deu Seu poder à Seus discípulos. Esta promessa
cumpriu-se no dia de Pentecostes (Atos 2:33).Deus, Jesus e o
Espírito são mencionados juntos aqui. Este fato, entretanto, não
prova, nem insinua a trindade. Deus, Jesus, e o amor de Deus são
mencionados juntos em diversos versos. Os mesmos argumentos
usados pelos trinitarianos personificaria também o amor de Deus e
o transformaria numa pessoa da Divindade. O mesmo se aplicaria à
sabedoria de Deus e outros atributos. Os argumentos trinitarianos
resultariam em tantas pessoas da Divindade quantos atributos
houvessem na natureza Divina: isto é absurdo... O fato de que uma
das habilidades ou atributos de Deus é usada em conexão com
Deus e Seu Filho não é indicação de que uma trindade de pessoas é
por este meio ensinada. O Pai somente é Deus. Jesus é o Filho de
Deus, o Espírito Santo é o poder impessoal de Deus.
3. Mateus 28:19 –
Neste texto a palavra “nome” no original está no singular; esta
palavra não refere-se a um nome pessoal: designa simplesmente
autoridade. “O Pai” não é o nome pessoal de Deus, é um título, pois
Seu nome pessoal é YAWEH. “O Filho” não é o nome pessoal de
nosso Salvador, é também um título, pois Seu nome pessoal é
Jesus. O Espírito é o poder de Deus, não é uma pessoa, portanto,
não tem um nome pessoal.
Observação:
Note o seguinte:
O Pai - Nome pessoal: YAHWEH
O Filho - Nome pessoal: JESUS
O Espírito - Nome: ?
- Por ser impessoal, o Espírito (poder de Deus) não tem nome
próprio, pois quem jamais encontrou referência na Escritura sobre o
nome do Espírito ?
- Pode ser dito que as palavras a versão inglesa “Holy Ghost” e
Holy Spirit” (Espírito Santo) tem o mesmo significado. Ambas as
palavras “ghost” e “spirit” são traduzidas do vocábulo grego
“pneuma”, que significa “poder”. Os tradutores não podem ter
razão válida para usarem a palavra “ghost” em vez de “spirit”.
Este texto (Mateus 28:19), registrando a Grande comissão
evangelística de Cristo, autorizou os discípulos à irem à todo mundo
e pregar o Evangelho. É similar a Marcos 16:15,16. No verso
anterior a este texto, lemos; ”E chegando-se Jesus, falou-lhes
dizendo: É me dado todo o poder no céu e na terra.” (Mt.28:18). A
palavra “poder” (Grego: exousia) aqui significa ‘autoridade’. Após
ter recebido autoridade divina de Deus, Jesus autorizou Seus
discípulos para irem e ensinarem todas as nações. Assim, quando
os discípulos foram, ensinaram e batizaram, e eles assim o fizeram
através da autoridade de que estavam investidos pelo Pai, que
tinha dado toda autoridade para Seu Filho. Desta maneira, assim
eles fizeram isso no “nome” ou autoridade recebida do Pai.
Os discípulos foram por todas as partes pregando e ensinando
porque Jesus assim os tinha autorizado e instruído, para que assim
agissem. Desta maneira, eles trabalharam no “nome” ou autoridade
do Filho. O poder de Deus, o Espírito, foi concedido aos discípulos
para que se operasse neles mudança de caráter e para que fosse
possível a operação de milagres. Através dessas obras miraculosas
do Espírito, Cristo estava “cooperando com eles (...) e confirmando
a palavra com os sinais que se seguiram”. (Marcos 16:20). O poder
de Deus confirmou Sua mensagem através de milagres, revelando
também que eles eram representantes de Deus e Jesus; assim os
discípulos foram, ensinaram e batizaram “em nome de” ou com
uma autoridade confirmada pela operação do poder de Deus, o
Espírito Santo.
A autoridade recebida de Jesus e do Pai e revelada através do
poder do Espírito foi uma autoridade divina, portanto, a palavra
“nome” ou “autoridade” é singular. Nada há neste verso que ensine
a trindade, como também nada que indique que o Espírito é uma
pessoa ou que as três formam uma unidade composta de uma só
substância e essência.
...e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da
imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de
répteis. Rom 1:23
4. II Coríntios 13:13
Esta é outra escritura na qual o Pai, Jesus, e o Espírito Santo são
mencionados juntamente. Os trinitarianos afirmam que o Pai é
sempre o primeiro, o Filho sempre o segundo, e o Espírito sempre
o terceiro. Os apóstolos, entretanto, parecem jamais ter ouvido
sobre a regra trinitária. Em muitos versos, o assunto da discussão
exige que Jesus seja mencionado no texto antes de Deus. Na
maioria dos textos do Novo Testamento onde Jesus e o Pai são
mencionados juntos, o Espírito não é mencionado de forma alguma.
É interessante notar que neste verso Jesus é mencionado primeiro,
Deus é mencionado em segundo, e o Espírito em último. Neste
verso, Jesus e Deus são representados como pessoas. O Espírito é
revelado como o poder de Deus. Paulo não ensinou a trindade
nesta bela bênção. Ele orou para que a graça divina, amor e
comunhão estivessem com os Coríntios. Ele desejava que estes
experimentassem os benefícios da graça de Cristo. Ele também
desejava que os crentes de Corinto entrassem nas bençãos
resultantes do amor de Deus, assim como, desfrutar da comunhão
espiritual com Deus, Seu Filho, e irmãos que é feita possível
através da operação do poder de Deus, o Espírito Santo.
IMPORTANTE: Note que Paulo mencionou a comunhão do Espírito
Santo, não a comunhão com o Espírito Santo. Os crentes tem
comunhão com o Pai e com Seu Filho Jesus Cristo (ver I João 1:37) porque o Pai e o Filho são pessoas, ao passo que os crentes não
podem ter comunhão com o Espírito, pois este não é uma pessoa.
Na verdade, os Cristãos experimentam comunhão do Espírito, mas
não com o Espírito.
Portanto, notamos que esta benção de Paulo na realidade não
ensina de modo algum a falsa doutrina da trindade.
O fato de que Pedro, Tiago e João são mencionados juntos
repetitivamente na Bíblia não indica que eles formam uma trindade.
Por que deveria isto ser mais verdade porque Deus, Jesus e o poder
de Deus aparecem mencionados no mesmo verso ? Outras
Escrituras usadas de modo errôneo no mesmo intuito pelos
trinitarianos são:Gn.19:24; Nm.27:18; Sal.51:11; Isa.34:16;
40:13; 48:16; Oséias 1:7; Ageu 2:4-5l; I Cor.12:4-6; I Ped.3:18;
Apoc.1:4-6.
III - FRASES REPETIDAS TRÊS VEZES
Outro grupo de Escrituras nas quais os trinitarianos tentam ler sua
doutrina inclui aqueles versos onde uma certa frase é repetida três
vezes. Estes textos quando usados erroneamente deste modo,
estão relacionados abaixo:
Isaías 6:3 - Santo, Santo, Santo
Apocalipse 4:8 - Santo, Santo, Santo
Números 6:24-26 - O Senhor, o Senhor, o Senhor
1. Isaías 6:3 –
O Serafim adora à Deus clamando um ao outro: ”Santo, Santo,
Santo, é o Senhor dos Exércitos: a terra toda está cheia de Sua
glória.” O fato de que o atributo divino da santidade é repetida três
vezes na adoração do Serafim, não indica que alguma referência é
feita à três pessoas de uma trindade assentadas sobre um trono. A
palavra “Santo” é repetida três vezes para dar ênfase.
*Obs.: Hollenberg & Budde em sua “Gramática Elementar da
Língua Hebraica” ensinam que a forma repetida de um adjetivo em
Hebraico além de lhe comunicar Ênfase, também serve como
superlativo absoluto, passando “Santo, Santo, Santo” à ser
entendido como “Santíssimo”.
Repetição para Ênfase é uma prática comum entre os escritores da
Bíblia. Note os seguidores exemplos: “Ó terra, terra, terra! Ouve a
palavra do Senhor.” (Jer.22:29) Terá Jeremias ensinado uma
trindade de terras? Certamente que não.”Ao revés, ao revés, ao
revés a porei, e ela não será mais, até que venha aquele a quem
pertence de direito, e a ele darei.” (Ezequiel 21:27).
Deus declarou que o reino de Israel seria suspenso e o trono de
Davi seria posto ao revés. Este permaneceria em efeito até que o
Messias viesse para reinar como rei. Neste texto a palavra “ao
revés” é repetida três vezes para Ênfase.
2. Apocalipse 4:8
Este verso é similar à Isaías 6:3. Aqui os quatro seres viventes
“não descansam nem de dia nem de noite, dizendo: “Santo, Santo,
Santo” Senhor Deus Todo-Poderoso, que era, e é, e que há de vir.”
O contexto deste verso nos mostra que estas palavras foram
dirigidas somente ao Pai. Embora seja verdade de que o Filho é
Santo e que o poder de Deus é Santo, as palavras de adoração
deste texto são endereçadas ao Pai apenas. O Filho não é incluído
aqui.
O contexto descreve Deus assentado sobre Seu trono no Céu tendo
nas mãos um livro selado com sete selos. (Apoc.5:1). Um anjo
forte inquire por alguém que possa vir e abrir o livro (Apoc 5:2-4).
Finalmente após tornar-se claro que ninguém mais era digno, Jesus
é descrito como o Cordeiro que vem e toma o livro da mão direita
de Deus (Apoc.5:5-7). Jesus não era aquele que Se assentava
sobre o trono, nem parte d’Ele. Aquele que se Assentava no trono
não era uma trindade.
Em Apocalipse 4:2-3, notamos que “um” estava assentado sobre o
trono. Esta pessoa única era o Pai, o Criador. Era Ele que estava
assentado sobre o trono a quem as quatro criaturas viventes
adoravam com as palavras: “Santo, Santo, Santo.” Este texto,
assim como Isaías 6:3 absolutamente não apóia a falsa doutrina da
trindade.
3- Números 6:24-26
”O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça o Seu rosto
resplandecer sobre ti, e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti
levante o Seu rosto, e te dê a paz.”
As palavras “o Senhor” são usadas como o sujeito de três
sentenças consecutivas. Este fato, entretanto, não é prova que a
trindade é indicada. Nesta benção sacerdotal, Aarão referiu-se à
apenas uma pessoa, o Senhor Deus de Israel. No verso seguinte,
Deus fala de si mesmo, no singular, ”Assim porão o Meu nome
sobre os filhos de Israel, e Eu os abençoarei.” (Num.6:27)
”Os próprios Judeus severamente ressentem-se da imputação de
que suas Escrituras contém alguma prova ou até mesmo intimação
da doutrina da trindade ortodoxa, e Jesus e os Judeus nunca
diferiram sobre este assunto, ambos mantendo de que Deus é
único, e de que esta é a maior verdade revelada para o homem.”
(Gifford, Ezra D. “The True God, the true Christ, the true Holy
Spirit.- San Diego, Califórnia, 1912, pp.44-45)
*Obs.: Em Números 6:24-26, a palavra traduzida por “Senhor” é o
nome próprio de Deus, o Pai Eterno, isto é”Yahweh” o que indica
claramente que a passagem refere-se somente à Ele, o que é
confirmado no verso 27.
IV- A PALAVRA PLURAL HEBRAICA
A palavra hebraica mais comum e usada para designar Deus no
Velho Testamento é ”Elohim”, sendo um substantivo plural. “No
princípio, criou Deus o céu e a terra.” (Gên.1:1). “Elohim” não é
nome pessoal de Deus; simplesmente refere-se à Sua Divindade,
Sua posição em relação às criaturas, significando originalmente “O
Forte”. Esta palavra plural hebraica é usada 2470 vezes no Antigo
Testamento. É aplicado a homens que exercitam autoridade, a
anjos, e para os muitos deuses do paganismo, como também para
o único Deus verdadeiro. Quando aplicado ao verdadeiro e único
Deus, “Elohim” geralmente é associado com verbos singulares,
como também adjetivos e advérbios. Por exemplo, a palavra
hebraica para “criou” em Gênesis 1:1 “bara” é singular. Elohim,
designando o verdadeiro e único Deus, não indica uma pluralidade
de deuses ou pluralidade de pessoas numa substância, isto é:
politeísmo / triteísmo ou trinitarianismo.
Se o substantivo plural “Elohim” fizesse referência à uma
pluralidade de pessoas ou pluralidade de deuses quando usado em
referência ao único Deus verdadeiro, Ele sempre seria identificado
por esta palavra plural, pensamos entretanto, que este não é o
caso. A forma singular “Eloah” também é usada em referência a
Deus. Isto é especialmente verdade nos Livros Poéticos do Antigo
Testamento. Quarenta e uma das quarenta e seis ocorrências de
ELOAH, encontram-se no Livro de Jó. Os escritores do Antigo
Testamento usaram a palavra Elohim para designar o único Deus
verdadeiro, mostrando Sua infinita superioridade em relação às
divindades politeístas e indicando
Sua singular existência.
A pluralidade de atributos e poderes que o politeísmo distribui entre
muitas divindades finitas, pertencem à Pessoa Infinita, o Deus
verdadeiro. Divindades pagãs são não-existentes. Adoração,
reverência, e sacrifícios prestados a esses deuses são maldirecionados.O louvor total, obediência, e amor da raça humana
pertencem ao único infinito Deus. Este Ser Infinito declarou, “Eu
sou o Senhor (Yahweh) teu Deus. Não terás outros deuses diante
de mim.” (Ex.20:2,3).
O Plural de majestade - Quando usado em referência ao único Deus
verdadeiro, o substantivo plural hebraico Elohim denota majestade,
excelência, superioridade. Refere-se à infinita plenitude de Deus e
ilimitada grandeza; designa mais pluralidade quantitativa do que
numérica, refere-se mais à quanto (intensidade), do que a quantos
(quantidade). O uso de substantivos plurais e pronomes em
referência à pessoa de Deus é comumente conhecido como “plural
de majestade”. Este pensamento é substanciado nas seguintes
citações:
Numa nota sobre Gênesis 1:1, Joseph Bryant Rotherham faz as
seguintes observações:
”Deveria ser cuidadosamente observado que, embora Elohim seja
plural na forma, todavia quando, como aqui, está construído com
um verbo no singular, naturalmente é singular em sentido;
especialmente por que o “plural de qualidade” ou “excelência” é
abundante na língua hebraica em casos onde a referência é
inegavelmente à alguma coisa que deve ser compreendida em
número singular.” (Rotherham, Joseph Bryant. “The Emphasized
Bible”. Londres: H.R. Allenson, 1901. Vol. 1. p. 33)
Louis Berkhof, presidente do seminário Teológico Calvinista, faz a
seguinte observação concernente à palavra Elohim:
“O nome raramente ocorre no singular, exceto em poesia. O plural
deve ser considerado como intensivo, e portanto, serve para indicar
plenitude de poder.” (Op. cit. p. 48)
O doutor William Smith da Universidade de Londres, um século
atrás, foi descrito como o “mais eminente lexicógrafo do mundo de
língua Inglesa.” A seguinte afirmação encontra-se no Dicionário
Bíblico que o doutor Smith editou:
”A forma plural Elohim tem dado origem à muita discussão. A idéia
fantasiosa de que refere-se à trindade de pessoas na Divindade,
dificilmente encontra agora algum partidário entre eruditos. Ou é o
que os gramáticos chamam “plural de majestade” ou então denota
a plenitude da força divina, a soma de poderes revelados por Deus.
(Smith, William. “A Dictionary of the Bible” Philadelphia: American
Baptist Publication Society, 1863, pg. 216).
Embora sendo trinitariano, Dr. Augustus H. Strong mostra que a
palavra Elohim frequentemente adquire a significado singular:
”Pensou-se uma vez que o estilo real de linguagem era um costume
de um tempo posterior à Moisés. O Faraó não o usa. Em Gênesis
41:41-44, ele diz: “Te tenho posto sobre toda a terra do Egito...eu
sou Faraó.” Mas investigações posteriores parecem provar que o
plural para Deus foi usado pelos Cananitas antes da ocupação
hebraica: o Faraó é chamado “meus deuses” ou “meu deus”,
indiferentemente. A palavra “Senhor” é geralmente encontrada no
plural no Antigo Testamento. (cf. Gênesis 24:9, 51; 39:19; 40:1).
O plural dá expressão ao sentido de temor, significa magnitude ou
plenitude. Os hebreus tinham muitas formas plurais, onde
deveríamos usar o singular.
Ex: “MÀ-YIM” (água x águas) = água.
“SHAMAYIM” (Céus) = céu. (Op. cit. pp. 318-319)
Strong cita Gustav Friedrich Oehler, “Old Testament Theology”,
como chamado Elohim um plural quantitativo, significando
grandeza ilimitada. (Ibidem, 318).
V - PRONOMES PESSOAIS PLURAIS
Existem quatro escrituras no Antigo Testamento onde pronomes
pessoais plurais são usados em referência à Deus. Os trinitarianos
afirmam que isto ensina sua teoria. Isto não é verdade. De
maneira nenhuma estes quatro textos ensinam que existe uma
pluralidade de pessoas em Deus. Os quatros textos em questão são
os seguintes:
Gênesis 1:26 - Façamos o homem à nossa imagem.
Gênesis 3:22 - O homem é como um de nós.
Gênesis 11:7 - Desçamos e confundamos
Isaías 6:8 - Quem ir por nós?
Os pronomes pessoais plurais nestes versos referem-se à um Deus
singular. Isto está claro pelo fato de que pronomes singulares são
usados no contexto em referência à Deus. Em Gênesis 1:26, Deus
disse, “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa
semelhança.” No verso seguinte, entretanto, lemos: “E criou Deus o
homem à Sua (Dele) imagem; à imagem de Deus os criou; macho
e fêmea os criou.”
(*Obs: Note acima os verbos no singular, como também os
pronomes.)
Em Isaías 6:8, lemos, ”Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que
dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós?” Note que o
Senhor disse: “A quem enviarei...?” - Deus falou de si mesmo no
singular.
Em todo o restante da Bíblia, exceto estes quatros textos, Deus
é designado por pronomes singulares.
Quando falando de si mesmo, Deus diz: “Eu, Meu, Mim.” Quando
homens falam à respeito de Deus, dizem: “Ele, dEle, Lhe.” - Caso
os pronomes plurais destes textos fizessem referência à uma
pluralidade de pessoas dentro de Deus, porque então não é Deus,
sempre designado por pronomes plurais? Além do mais, se estes
pronomes plurais denotassem realmente pluralidade em Deus, não
haveria absolutamente nada que revelasse quantos haveriam
naquela pluralidade, se seriam dois, três, dez, ou mesmo mil.
Aplicar pluralidade à Deus resultaria em Politeísmo, mas não
trinitarianismo.
Estes pronomes plurais, como o substantivo plural ELOHIM,
referem-se ao “plural de majestade”. Deus é representado como
dizendo: “Façamos” em vez de dizer: “Vou fazer” como uma
indicação de Sua glória e grandeza.
O Dr. William Evans, embora trinitariano, escreveu o seguinte:
“Alguns diriam que o “Façamos” em Gênesis 1:26 - “Façamos o
homem,” refere-se à Deus consultando Seus anjos, com os quais
Ele toma conselho antes de executar algo de importância. Mas,
Isaías 40:14, diz: “Com quem tomou conselho?” mostra então, que
não é este o caso; e Gênesis 1:27 contradiz esta idéia, pois repete
a frase: “ à imagem de Deus”, não à imagem de anjos; também
que Deus criou o homem à Sua própria imagem, à imagem de Deus
(não anjos) o criou.” O “Façamos” de Gênesis 1:26, portanto, é
devidamente compreendido como plural de majestade, como
indicando a dignidade e majestade d’Aquele que fala. A tradução
apropriada deste verso não deveria ser “Façamos”, mas “Faremos”,
indicando mais a linguagem de “resolução” do que de “consulta”.
(Evans, William “The Gospel Doctrines of the Bible” Chicago: Moody Press, 1939, pg. 27).
VII- CONTRA - TRINITARIANISMO
A trindade como mencionamos previamente, é baseada sobre três
propostas. É como uma mesa construída sobre três pernas. Caso
uma das pernas seja removida, a mesa por inteiro cairá.
As três propostas sobre as quais a trindade está construída são:
(1) A unidade composta de Deus.
(2) A divindade do Pai, do Filho e do Espírito.
(3) A personalidade do Pai, do Filho e do Espírito.
Em caso de fracasso em se provar qualquer uma destas três
propostas, isto causará o colapso desta falsa teoria.
Para refutar a trindade, portanto, precisa-se estabelecer apenas um
dos três fatos verdadeiros seguintes:
(1)
A unidade de Deus não é composta.
(2)
Jesus não é Deus.
(3)
O Espírito não é uma pessoa.
Nas três próximas seções, planejamos considerar estes três fatos.
I - A UNIDADE DE DEUS NÃO É COMPOSTA
Existe apenas uma pessoa que é Deus. Ele é a fonte e o Dominador
do universo. Ele é o Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo. A unidade de
Deus é simples, não composta.
1 - Um Deus significa uma pessoa
Deus é único. Ele é Individual e Singular, uma unidade, um único
Ser. Vejamos agora uma pequena listagem que ensina que Deus é
único.
Jesus fez referência à Seu Pai como “o único Deus verdadeiro”
(João17:3). Moisés declarou: ”Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus
é um único Senhor.” (Deut. 6:4). Paulo escreveu: ”Para nós há um
só Deus, o Pai.” (I Cor. 8:6)
Há um Deus (gr. “heis” - heb. echad”). Deus é singular, só, único, à
parte. Ele é o único Deus (gr. “monos” - heb. “bad”). Todos os
“outros” estão excluídos. Nada mais há, nenhum outro. Ele é uma
pessoa única. Além d’Ele nenhum outro há. Todas estas palavras
denotam unidade simples; A respeito da palavra “echad” (único,
um) R. H. Judd escreveu:
“Esta palavra hebraica “echad” ocorre aproximadamente
quinhentas vezes no Antigo Testamento, e nem um exemplo sequer
pode ser produzido onde a palavra em qualquer sentido perde seu
valor numérico; nem pode ser negado que esta é a base da qual
todos os outros numerais tem ser valor; é verdade que temos tais
palavras como “nação”, “grupo”, “assembléia”, mas quando
falamos de “uma nação” como contra duas ou mais nações,
absolutamente não há alteração do valor numérico do numeral.
(Judd, R. H. “One God: The God of The Ages”. Oregon, Illinois:
National Bible Institution, 1949, pp. 28, 30)
Sobre a questão da unidade simples de Deus, citamos o seguinte
do famoso Catecismo Racoviano:
“Prova-me que na única essência de Deus há somente uma
Pessoa...De princípio já podemos notar que a essência de Deus é
única não em tipo mas em número, pelo que não pode de modo
algum conter uma pluralidade de pessoas, já que uma pessoa é
nada mais do que uma essência inteligente individual. Então, onde
quer que existam três pessoas numéricas, devem ser reconhecidas
da mesma maneira, três essências individuais; pois, no mesmo
sentido em que é afirmado que há uma essência numérica;
também deve ser considerado que há apenas uma pessoa
numérica.” (The Racovian Cathecism, Seção III, cap. 1.)
2 - Pronomes Pessoais Singulares
O fato de que pronomes pessoais singulares são usados em
referência à Deus é excelente testemunho da unidade Simples de
Deus.
”Às dezenas, ás centenas, de fato aos milhares, os pronomes da
Bíblia em relação à Deus permanecem como faróis em cada página
do Gênesis ao Apocalipse, nos revelando a singularidade pessoal,
literal e individual de Deus com uma clareza tal, que nenhum
trinitariano, nem qualquer outro argumento pode negar com
sucesso. “Eu, Mim, Meu” e “Ele, Dele, Ele mesmo”, “Tu, Ti, Teu”,
jamais foi e nunca será corretamente aplicado à mais do que uma
personalidade individual; tais palavras levam consigo, uma
dignidade e uma certeza que não pode ser expressa nem por um
nome (de doutrina) ou de qualquer outro método.” (Judd, R. H. Op.
cit. p.32)
3 - Esta única Pessoa é o Pai
O testemunho da Bíblia é que existe uma única Pessoa que é Deus.
Quem então é esta Pessoa? Ele é o Pai. Numerosos textos Bíblicos
identificam o único Deus como o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.
Algumas destas Escrituras são as seguintes:
João 17:3 - “... à Ti só, por único Deus verdadeiro...”
Romanos 15:6 - “...glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor...”
I Cor. 8:6 - “...para nós, há um só Deus, o Pai...”
I Cor. 15:24 - “...à Deus, o Pai.”
II Cor. 1:3 - “...o Deus e Pai de nosso Senhor...”
Efésios 1:17 - “...O Deus de nosso Senhor Jesus Cristo...”
Efésios 4:6 - “...Um só Deus e Pai de todos...”
ITess. 3:13 - “...Nosso Deus e Pai...”
Tiago 3:9 - “...à Deus e Pai...”
II João 3 - “...de parte de Deus Pai e do nosso Senhor Jesus Cristo,
o Filho do Pai.”
A unidade de Deus não é composta. Um Deus significa uma pessoa.
Esta única pessoa é o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.
II- JESUS NÃO É DEUS
1 - Somente uma única pessoa é Deus
Jesus não é Deus porque há somente uma pessoa que é Deus. Essa
pessoa única tem sido identificada com o Pai. Jesus portanto, não
pode ser também Deus. Não há outra pessoa que possa ser Deus
no mesmo sentido em que o Pai é Deus. “Para nós há um só Deus,
o Pai, de quem é tudo, e para quem nós vivemos.” (I Cor. 8:6).
“Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e
por todos, e em todos.” (Efésios 4:6). Jesus é divino, mas não
divindade. Ele é o divino Filho de Deus, mas, não é a divindade, o
Ser Supremo.
2 - Jesus como mediador não pode ser o próprio Deus
“Porque há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os
homens, Jesus Cristo homem.” (I Tim. 2:5). Jesus é Mediador entre
Deus e os homens, portanto, não é Ele o próprio Deus. Se o próprio
Jesus fosse Deus e igual à Deus, como os trinitarianos declaram,
Ele não estaria numa posição para servir como Mediador; como
Mediador, alguém deve ser a terceira parte; pois caso Cristo sendo
Deus ou igual à Deus, seria uma das duas partes, e não teria
condições de ministrar como Mediador entre os dois - Deus e o
homem. (Gál. 3:20).
O fato de que Jesus é um Mediador anula a possibilidade de que
Ele seja parte de uma trindade. Jesus insistiu que Ele e Seu Pai não
são idênticos. Ele e Seu Pai são de personalidades separadas,
essência e ser. Ele declarou que Ele e Seu Pai constituem duas
testemunhas separadas: ”E na vossa Lei está também escrito que o
testemunho de dois homens é verdadeiro. Eu sou o que testifico de
mim mesmo, e de mim testifica também o Pai que me enviou.”
(João 8:17-18)
3 - Jesus é o Filho de Deus
Jesus em Si mesmo não é Deus, nem parte de um Deus triuno pois
Ele é o Filho de Deus. Ele não pode ser Deus e Filho de Deus ao
mesmo tempo. O Pai e o Filho não são nem iguais, nem idênticos.
O Pai vivia antes do Filho; o Filho recebeu Sua vida do Pai; o Pai é
maior do que o Filho. Jesus foi gerado de Seu Pai e nascido de
Maria; Ele é o Filho do Deus vivo. O Novo Testamento está repleto
de escrituras afirmando que Jesus é o Filho de Deus.
4 - Deus é o Deus de Jesus
Jesus reconheceu o Pai, o único Deus verdadeiro, como seu Deus.
Jesus jamais reivindicou Ele próprio ser Deus; não pretendia ser
igual à Deus. Ele sempre se referiu ao Pai como sendo superior à
Ele, Seu Deus. Nas seguintes Escrituras, Jesus faz referência ao Pai
como Seu Deus, ou Deus é descrito como o Deus de Jesus.
João 20:17 - “Meu Deus e vosso Deus”
Apocalipse 3:12 - “Meu Deus / meu Deus / meu Deus”
Mateus 27:46 - “Deus meu, Deus meu...”
Marcos 15:34 - “Deus meu, Deus meu...”
Salmo 22:1 - “Deus meu, Deus meu...’’
II Cor. 11:31 - “O Deus e Pai de Nosso Senhor...”
Efésios 1:3 - “O Deus e Pai de Nosso Senhor...”
Efésios 1:7 - “O Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo...”
I Pedro 1:3 - “O Deus e Pai de Nosso Senhor...”
Hebreus 1:8-9 - “Deus...O Teu Deus Te ungiu...”
Salmo 45:6-7 - “Deus...O Teu Deus Te ungiu...”
Apocalipse 1:6 - “...para Seu Deus...” (R.S.V.)
II Cor. 1:3 - “Deus e Pai de Nosso Senhor...”
5 - Jesus orou ao Seu Deus, o Pai
Jesus revelou que Ele próprio não era Deus, quando orou à Seu Pai
como Deus. Caso Jesus fosse igual à Deus, porque orou Ele então à
Deus? Os trinitarianos afirmam que Deus, Jesus, e o Espírito todos
tem uma mesma inteligência e um propósito; caso Jesus e Deus
compartilhassem um propósito, o poder de decisão, pareceria
zombaria para uma pessoa de uma trindade orar à uma outra
pessoa de uma trindade. Jesus mostrou ser inferior à Seu Pai, e
que somente Seu Pai é Deus pelo fato de que Cristo orou para Ele.
Hebreus 5:7-8 - Ofereceu orações à Deus.
Lucas 6:12 - A noite toda em oração à Deus.
Mateus 11:25 - ó Pai, Senhor do céu e da terra.
João 17:1 - Pai, é chegada a hora.
Mateus 26:38,42 - Meu Pai, se é possível...
6 - Jesus é inferior à Deus
Jesus ocupa a mais exaltada posição no universo, junto à Deus.
Jesus não é igual à Seu Pai, pois o Pai é maior do que o Filho, e
este, por sua vez, é inferior à Seu Pai. Jesus, portanto, não é
Deus. Reconhecer este fato, não quer dizer que não estejamos
dando a glória devida à Cristo: é simplesmente o reconhecimento
da verdadeira relação entre o Pai e Seu Filho. Jesus declarou: “Meu
Pai é maior do que Eu.” (João 14:28). Quando Jesus disse; “Eu e o
Pai somos um” (João 10:30), Ele não ensinou que Ele e Seu Pai
eram um em essência ou ser (como os trinitarianos afirmam) ou
um em pessoa (como os Sabelios ensinam). Ele referiu-se à
unidade de propósito e perfeita concordância que existe entre Ele
próprio e Seu Pai. Jesus orou para que esta mesma unidade
tornasse possível entre Seus seguidores. (João 17:11,21-23). Jesus
sempre reconheceu que Seu Pai é maior do que Ele. Isto
claramente expõe o fato de que Jesus não pode ser parte então, de
um Deus triuno.
João 14:28 - O Pai é maior da que Eu.
João 10:29 - Meu Pai...é maior do que todos.
I Cor. 11:3 - A cabeça de Cristo é Deus.
I Cor. 3:23 - Cristo é de Deus.
Mateus 20:23 - Não me pertence dá-lo(...)mas, à Meu Pai.
I Cor. 15:24-28 - O próprio Filho sujeitou-se ao Pai.
Depois de haver sido completada a soberania redentora de Cristo e
Deus haja posto todos os inimigos debaixo de Seus pés, Jesus
continuará à ser sujeito à Deus. Deus será supremo; será tudo em
todos: “Porque todas as coisas sujeitou debaixo de Seus pés. Mas
quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, claro está que se
excetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas. E quando todas as
coisas lhe estiverem sujeitas, então também o Filho mesmo se
sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus
seja tudo em todos.” (I Cor. 15:24-28) Jesus viveu como o Servo
de Deus. Ele rendeu perfeita obediência à Seu Pai, sempre fazendo
aquilo que agradava à Deus, mostrando assim, que Ele reconhecia
ser inferior à Deus.
Zacarias 3:8 - Meu servo, o Renovo.
Mateus 12:18 - Eis qui o Meu Servo.
Filipenses 2:7-8 - A forma de um Servo.
Hebreus 10:7,9 - Eis aqui venho para fazer a Tua vontade.
João 4:34 - Fazer a vontade d’Aquele que me enviou.
João 5:30 - Busco (...) a vontade do Pai que Me enviou.
João 6:38 - Não para fazer minha própria vontade.
João 8:29 - Eu faço sempre o que Lhe agrada
Lucas 22:42 - Não se faça a minha vontade, mas a Tua.
Romanos 5:19 - Pela obediência de um.
7 - Jesus é inferior à Deus em atributos
O Novo Testamento revela Jesus Cristo como inferior à Deus em
atributos. Esta é uma indicação definitiva de que Jesus em si
mesmo não é Deus; não é nem igual ou idêntico ao Pai, tão pouco
parte de um Deus triuno. Deus é infinito e perfeito em todos os
Seus atributos. Em todas estas coisas, Deus é imutável; Sua
perfeição infinita não pode nem aumentar, tão pouco diminuir. O
que Ele Tem sido, sempre será. Jesus demonstrou Ele mesmo ser
inferior à Deus em Seus atributos.
Inferior em conhecimento
Deus é onisciente; é perfeito em conhecimento. “Conhecidas de
Deus são todas as Suas obras desde o começo do mundo.” Seus
conhecimentos são infinitos, eternos e completos. Jesus, por outro
lado, não era onisciente. Jesus “crescia em sabedoria” (Lucas
2:52). Se Jesus era Deus com conhecimento infinito, como poderia
Ele ter “crescido em sabedoria”? O conhecimento de Deus é nem
adquirido nem derivado: Origina-se com Ele mesmo. “...que
conselheiro o ensinou?” (Isaías 40:13). Por outro lado, Jesus
recebeu Seu conhecimento de Deus. (João 8:28). O conhecimento
de Deus inclui todas as coisas, presentes, passadas, e futuras; Ele
conhece todas as coisas. Jesus, por outro lado, era limitado em
conhecimento com relação à data de Sua volta. (Marcos 13:32).
Jesus não é Deus.
Lucas 2:52 - Jesus crescia em sabedoria.
João 5:19 - O que Ele vê o Pai fazer.
João 8:28 - Como o Pai me ensinou.
Marcos 13:32 - Não sabe a data de Sua volta.
Atos 1:7 - Na autoridade do Pai.
Inferior em poder
Deus é onipotente. Ele é Todo-Poderoso; tem poder infinito. “Com
Deus todas as coisas são possíveis.” O poder de Deus originou-se
d’Ele próprio. Através de seu poder, Deus executa todas as Suas
obras. Jesus por outro lado, não era onipotente. O poder que Cristo
exercia quando operava milagres era recebido de Deus. Ele disse:
“O Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma.” (João 5:19).
O poder que Cristo usa para relizar Sua obra na Igreja hoje, e o
qual Ele usará para governar a terra em Seu reino futuro foi
recebido de Deus. O poder de Deus originou-se de Si mesmo; Jesus
recebeu poder de Deus. Jesus não é Deus.
João 5:19 - O Filho por Si mesmo não pode fazer coisa alguma.
João 5:30 - Eu não posso de Mim mesmo fazer coisa alguma.
João 8:28 - Nada faço por Mim mesmo.
Inferior em vida
Deus sempre existiu. Nunca houve um tempo no qual Deus não
existisse. Deus não somente viverá para sempre no futuro, mas
também viveu eternamente no passado. A vida de Deus foi sem
começo. A vida de Cristo, por outro lado, teve um começo definido;
houve um tempo, em que Jesus não existia; Ele viverá por toda
eternidade no futuro, mas não viveu por toda a eternidade no
passado. Jesus é inferior à Deus, com relaçãoà idade e extensão
anterior de vida.
Deus é a fonte de toda a vida. Sua existência derivou-se de nada;
Possui vida em Si mesmo. Jesus, ao contrário, recebeu vida de
Deus. Se não fosse por Deus, Jesus jamais teria existido; Jesus foi
gerado do Pai, Sua vida foi portanto, derivada de Deus. O poder de
Deus fez com que Maria concebesse e desse à luz à um filho. Se
não fosse pelo santo poder de Deus, Jesus jamais teria nascido.
“Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te
cobrirá com a Sua sombra; pelo que também o Santo que de ti há
de nascer será chamado Filho de Deus.” (Lucas 1:35). Jesus disse,
“O Pai que vive Me enviou, e Eu vivo pelo Pai.”(João 6:57).
Jesus também recebeu vida ressureta do Pai. Deus levantou Jesus
dos mortos através de Seu poder, o Espírito. (Atos 10:40; 13:30;
Rom.10:9). Jesus voluntariamente entregou Sua vida como um
sacrifício. Ele tinha autoridade para entregá-la e tornar à tomá-la
novamente (João 10:17-18). Jesus não ressurgiu dos mortos por Si
mesmo. Ele foi levantado da morte através do poder de Deus, pois
Ele é a fonte de toda a vida; Jesus recebeu a vida de Deus,
portanto, Jesus não é Deus.
Deus não pode morrer
Deus é imortal, e não pode estar sujeito à morte; sempre foi e será
imortal, pois é impossível que Ele morra. Jesus, ao contrário,
nasceu mortal, pois é sabido que experimentou a morte. Jesus
tinha as características de um homem mortal. Ele experimentou:
fome (Mat. 4:2), sede (João 19:28), cansaço (João 4:6), tentação
(Mat. 4:1), e sofrimento (Luc.24:46). Jesus morreu (João 19:33 I
Cor. 15:3). Deus não pode morrer, mas, Jesus morreu. Jesus não é
Deus. Jesus tornou-se imortal quando Deus o levantou da
sepultura, assim sendo, recebeu imortalidade de Deus; com isso,
sabemos que Jesus jamais pode morrer novamente (Rom. 6:9).
Quando Jesus voltar, todos os verdadeiros crentes serão feitos
imortais como Ele. (I Cor. 15:52-53 - Filipenses 3:20-21).
8 - Atributos e Posições Divinas de Jesus, recebidas de Deus
Alguns acham que Jesus deve ser Deus porque Ele exerce certa
autoridade divina, e revela certos atributos divinos. Exaltado à mão
direita de Deus, Jesus recebeu autoridade e poder divinos de Deus.
Isto entretanto, não prova que Jesus é igual à Deus, o próprio
Deus, nem uma parte de Deus.
O fato que Jesus foi exaltado pelo Pai mostra que Ele é maior que
Jesus. O fato de que Jesus recebe posição e obras divinas mostra
que Ele é inferior à Deus. Hoje, Jesus tem sido exaltado à mais alta
posição no universo, segundo apenas pelo próprio Deus.
Autoridade recebida de Deus - Jesus disse, “Todo o poder
(autoridade) me é dado no céu e na terra” (Mat. 28:18). Jesus
sempre entendeu que Seu Pai era superior à Ele em autoridade. Ele
viveu em perfeita obediência à Deus. Após Sua ressurreição, Jesus
recebeu autoridade divina de Deus. A autoridade de Deus é
derivada do nada; é originária do próprio Deus. Deus é maior do
que Jesus; Jesus é inferior à Deus; Jesus não é Deus.
Reinado recebido de Deus - Jesus é designado Rei dos Reis. Deus
sempre tem sido designado Rei do universo; Jesus recebeu Sua
autoridade real de Deus. A base do reinado de Cristo é o fato de
que Ele é o Filho de Davi (Lucas 1:31- 33) e também o Filho de
Deus (Salmo 2:6-9 e Daniel :14). Jesus não tornou-se Filho de Davi
e Filho de Deus até que tivesse nascido de Maria.
Obra de Julgamento
Deus autorizou Jesus à ser o juiz da humanidade. Deus entregou o
julgamento à Seu Filho. Deus julgará a humanidade através da
obra de Cristo, o juiz. Jesus recebeu esta posição e obra de Deus.
(João 5:22,27 - Atos 10:42; - 17:31). O fato de que Jesus recebeu
esta prerrogativa de Seu Pai, indica que o Pai é superior à Ele.
Jesus não é Deus.
Sua presença Invisível
Embora Jesus esteja nos céus, Ele pode estar presente em todos os
lugares com Seus seguidores. Ele disse: “Eis que Eu estou convosco
todos os dias, até a consumação dos séculos.” (Mat. 28:20). Jesus
pode fazer isso através do poder de Deus, o Espírito. Jesus recebeu
este poder de Deus. (João 15:26) (Atos 2:33). Durante Seu
ministério terrestre? Jesus pode curar o servo do centurião (Mat.
8:5-13) mesmo estando o servo doente à uma grande distância
daquele lugar que Se encontrava. Ele também podia conhecer o
que havia no coração do homem. Jesus podia fazer essas coisas,
não porque Ele é parte de um Deus triuno, mas, porque Deus O
revestiu de poder para executar essas obras.
9 - Quatro argumentos trinitarianos considerados
Os trinitarianos objetam o fato de que Jesus não é Deus. Os
quatros mais importantes argumentos que eles costumam ensinar
que Jesus é o próprio Deus são:
(1) Atributos divinos são atribuídos à Cristo; (2) Prerrogativas
divinas são atribuídas à Cristo; (3) Certas escrituras atestam que
Jesus era a imagem ou plenitude de Deus; (4) Dá-se o título de
“Deus” à Jesus em certas Escrituras.
Já consideramos o primeiro argumento e observamos que Jesus era
inferior à Deus em atributos de conhecimento, poder e vida durante
Seu ministério terrestre: Ele era dependente de Deus em todas as
coisas. Em vez se provar que Jesus é Deus, seus atributos provam
que não. O segundo argumento também já foi considerado. O fato
de que Jesus exerceu ou exercerá certa autoridade divina e
executará obras divinas (Rei, Juiz, etc.) não indica que Jesus é
Deus, ao contrário, notamos que Jesus recebeu todas essas
posições e obras de Deus, mostrando que Ele é inferior à Deus.
O terceiro argumento usado pelos trinitarianos contra a verdade de
que Jesus não é Deus, é o fato de que algumas Escrituras atestam
que Jesus é a imagem de Deus. Estas Escrituras são as seguintes:
Filipenses 2:6 - Sendo em forma de Deus.
Colossenses 1:19 - N’Ele habita toda a plenitude.
Colossenses 2:9 - N’Ele habita toda a plenitude da divindade.
II Cor. 4:4 - Cristo, que é a imagem de Deus.
Hebreus 1:3 - A expressa imagem da Sua pessoa.
João 12:45 - Quem me vê a mim, vê aquele que me enviou.
João 14:9 - Quem me vê a mim, vê ao Pai.
Estas Escrituras não ensinam que Jesus é Deus. Não indicam
também que Jesus é parte de uma trindade. A palavra
“imagem” significa “semelhança” ou “caráter impressionado”.
Jesus era a semelhança moral de Deus. Seu caráter refletia os
atributos de morais de Deus - santidade, retidão, justiça, amor,
misericórdia, amabilidade, verdade, fidelidade. Jesus é Divino. Ele
é semelhante à Deus em caráter e conduta. Jesus propriamente
não era Deus; Ele refletia o caráter de Deus em Sua vida perfeita.
O quarto argumento usado pelos trinitarianos é que Jesus
é chamado pelo título de “Deus” em algumas Escrituras. As três
principais Escrituras são: João 20:28; Tito 2:13; Hebreus 1:8. Este
argumento é respondido pelo fato de que a palavra de “Deus” (Heb.
’ELOHIM’ / Gr. ’THEOS’) às vezes é aplicado à homens e anjos na
Bíblia. Quando usada no sentido secundário, a palavra ”Deus”
indica alguém que é ’representante’ d’Aquele que é o verdadeiro e
supremo Deus.
O termo Deus é empregado nas Escrituras principalmente em dois
sentidos.
O primeiro destes é quando designa Aquele que governa e preside
sobre todas as coisas no céu e na terra, que é reconhecido como
Superior à todas as coisas...Neste sentido as Escrituras afirmam
que Deus é um. O último sentido é quando designa um ser que
recebeu do primeiro (o Deus único) algum tipo de autoridade
superior ou no
céu ou sobre a terra entre os homens, ou poder superior com
relação à todas as coisas humanas, ou autoridade para impor
julgamento sobre outros homens, sendo dessa maneira, e nesse
sentido considerado como um participante da Divindade do Deus
único. (The Recovian Cathecism. Seção 3 Cap.I).
Moisés foi designado por Deus como “Deus” em relação à Aarão
(Ex. 4:16) e com relação à Faraó (Ex.7:1). Moisés foi chamado
Deus (ELOHIM), mas ele não era o único supremo Deus, nem parte
de uma trindade. Moisés foi o representante de Deus. Juízes,
representantes humanos do único Deus verdadeiro, são desginados
como Deus. Em Êxodo 22:28 a palavra “deuses” refere-se à Juízes
humanos; *apesar de termos “Juízes”, no original encontramos
”ELOHIM” (deuses). Em Êxodo 21:6; 22:8-9; e em I Samuel 2:25,
a palavra “Juízes” é traduzido do Hebraico ’ELHOIM’ ou Deus.
Salmo 97:7 é citado em Hebreus 1:6. Os “anjos” de Hebreus 1:6,
são “deuses” no Salmo 97:7. Anjos são representantes de Deus,
mas, não Ele próprio.
Os Israelitas foram chamados “deuses” no Salmo 82:6-7. Jesus
citou este verso para mostrar este fato. “Respondeu-lhes Jesus:
Não está escrito na vossa Lei: Eu disse: Sois deuses? Pois , se a Lei
chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida (e a
escritura não pode ser anulada). Aquele a quem o Pai santificou e
enviou ao mundo, vóz dizeis: Blasfemas; porque disse: Sou Filho
de Deus? (João 10:34-36).
O fato de que a palavra Deus é usada no sentido secundio com um
representante de Deus em Hebreus 1:8 é mostrado no versículo
seguinte. Em Hebreus 1:9 o “único Deus verdadeiro” (João 17:3) é
descrito como sendo o Deus do Filho! “Amaste a justiça, e
aborreceste a iniquidade; por isso Deus, o teu Deus te ungiu com
óleo de alegria mais do que a teus companheiros.” (Hebreus 1:8-9
é uma citação de Salmo 45:6-7). Jesus não é o próprio Deus;
também não é parte de uma trindade. Jesus é o Filho de Deus.
III - O ESPÍRITO NÃO É UMA PESSOA
O Espírito Santo não é uma pessoa distinta do Pai e do Filho. O
Espírito Santo é impessoal, não é portanto, parte de nenhuma
trindade. É sim, a energia divina através da qual, Deus realiza Suas
obras.
1 - O Espírito é o Poder de Deus
O Espírito não é uma pessoa distinta do Pai e do Filho porque é o
poder de Deus. O Espírito Santo é o poder impessoal de Deus. Cada
obra que Deus executa, é através de Seu poder, ou Espírito.
“Espírito” é traduzido do hebraico ‘ruach’ e ‘neshamah’e da palavra
grega ‘pneuma’. Pneuma nas escrituras gregas, é ruach nas
Escrituras hebraicas. Espírito significa, ar, respirar, poder,
animação, e manifestação do poder de alguém. O Espírito de Deus
é o poder de Deus.
2 - A palavra “Espírito” é neutra
O Espírito não é uma personalidade porque a palavra grega
“pneuma”, traduzido Espírito, é neutra, em gênero. Artigos e
pronomes referentes à essa palavra também são neutros. (*ref.”o
Novo Testamento Grego-analítico).
3 - Símbolos Impessoais
O poder impessoal de Deus, o Espírito Santo, é designado na Bíblia
por símbolos impessoais. Alguns desses são: vento (João 3:8 / Atos
2:2), fogo (Mat. 3:11), água (João 7:37-39),ó leo (Sal. 45:7 / Isa.
61:1), sêlo (Ef. 1:13), pomba (Mat. 3:16), lâmpadas (Apoc. 4:5), e
fôlego.
4 - Características Impessoais
As características impessoais do Espírito revelam-no como o poder
de Deus e não como uma personalidade. O Espírito é mencionado
como sendo “derramado” (Isa. 32:15 / 44:3 / Joel 2:28 / Atos 2:17
/ 10:45), “espargido, vertido” (Tito 3:5-6), assoprado (João 20:22),
e enchendo pessoas (Atos 2:2-4) e (Ef. 5:18). Jesus foi ungido com
este poder (Atos 10:38); Homens foram batizados nele (Mat. 3:11;
Atos 1:5; I Cor. 12:13) e beberam dele (I Cor. 12:13); é
comparado ao vento que sopra (João 3:8). O Espírito Santo, é
portanto, impessoal. *Perguntamos: Qual Ser físico que pode ser:
derramado, espargido, vertido, assoprado? O Espírito não é uma
pessoa.
5 - Sem um nome pessoal
O Espírito demonstra-se impessoal pelo fato dele não possuir
nenhum nome pessoal. Deus é uma pessoa: Seu Nome é”Yahweh”;
Nosso Salvador é uma pessoa: Seu Nome é Jesus. *Qual é o nome
do Espírito? O Espírito não é uma pessoa, não tem nome pessoal.
Se o Espírito é uma pessoa, porque ele não tem um nome pessoal?
A palavra “nome” de Mateus 28:19 não se refere à um nome
pessoal. A palavra “nome” neste verso significa “autoridade” ou
“como representante de”. O Espírito não é uma personalidade.
6 - Nenhuma prece dirigida
”O Espírito Santo não é uma pessoa, porque em toda a Bíblia não
há sequer uma oração ou canção de louvor, ou exclamação à ele
endereçada. Nem há um preceito sequer que autorize dentro da
Bíblia tal oração ou hino de louvor.” (Gilfford. Op. cit. p.172). Miles
Grant escreveu:
Outro fato importante que é digno de nota, é que em nenhum lugar
nas Escrituras somos nós ensinados à amar, honrar, ou louvar o
Espírito Santo, ou à orar por sua assistência. Por que não, se é uma
pessoa, como o Pai e o Filho? (Grant, Miles. “Positive Theology” Boston: Advent Christian Publications Society, p. 287).
O Espírito não é mencionado nos hinos de adoração no Apocalipse
(Apoc. 5:13 / 7:10). Se o Espírito é uma terceira pessoa de uma
trindade, por que é omitida a referência à ele?
7 - Não incluído nas Saudações Apostólicas
O poder de Deus, o Espírito, geralmente não é mencionado
juntamente com Deus e Jesus nos cumprimentos e saudações
Apostólicas nas Epístolas Neo-Testamentárias. O Espírito não é
mencionado em nenhuma das saudações das Epístolas de Paulo
(Rom. 1:7; I Cor. 1:3; II Cor. 1:2; Gál. 1:3; Ef. 1:2; Filip. 1:2; Col.
1:2; I Tess. 1:1; IITess. 1:2; I Tim. 1:2; II Tim. 1:2; Tito 1:4;
Filemom 3.)
Deus e Jesus são mencionados juntos repetidamente, mas
raramente é o Espírito mencionado com eles. Note também as
palavras de abertura das epístolas escritas pelos outros escritores.
(Tiago 1:1; II Pedro 1:2; I João 1:3; II João 3; Judas 1). Todos
estes mencionam Deus e Jesus, mas não o Espírito. O Espírito é
mencionado em I Pedro 1:2 mas não como pessoa: *O apóstolo
simplesmente afirma que o poder manifesto de Deus, o Espírito, é o
agente que santifica os eleitos. Notar-se-á também que o Espírito
não é incluído em maioria das doxologias e bençãos. Uma
passagem na qual o Espírito é mencionado, (II Cor. 13:13) já foi
considerada.
”A questão repete-se novamente. Por que não há “graça” solicitada
do Espírito Santo de Deus, se é uma pessoa? Caso houvesse uma
junta de três pessoas, e não houvesse menção de terceira, mas,
somente das outras duas em todos os relatórios, não teria a
terceira ocasião para se sentir por demais desprezada? Se Paulo
sabia de uma “terceira pessoa” de quem a graça deveria ser
recebida, porque não solicitou ele por isso, à seu favor, em
conexão com o Pai e Seu Filho? (Ibid. p. 288)
8 - Não mencionado como estando entronado ou reinando
A Bíblia representa à Deus o Pai, sentado sobre Seu Trono e Jesus
assentado à Sua mão direita. O Pai e o Filho são ligados no
julgamento e na redenção. O reino vindouro é o reino de Deus e de
Seu Cristo. Não há menção alguma do Espírito como sendo uma
pessoa ou como um assentado um trono.
9 - Não relacionado com o Pai como uma pessoa para a
outra:
A relação do Espírito com o Pai não é aquela de uma pessoa para
outra. A relação do Espírito com o Pai é aquela de um poder para
com uma pessoa. O Espírito é o poder de Deus. O poder de Deus
não é mais uma pessoa distinta de Si mesmo, mais do que o amor
e sabedoria de Deus o são; *Isto é, se considerarmos o Espírito de
Deus com pessoa, também deveremos considerar outros atributos
de Deus como sabedoria e amor como pessoas, igualmente.
O Pai e o Filho são pessoas, mas o Espírito não é uma pessoa.
O Pai diz: “Tu” ao Filho e o Filho diz: “Tu” ao Pai, mas, nenhum
deles diz “Tu” ao Espírito. O Pai ama o Filho, e o Filho ama ao Pai,
mas nenhum dEles é mencionado “amando o Espírito”. O Espírito
nunca foi denominado “o terceiro” ou “a terceira pessoa” em
qualquer maneira. Além do mais, o Pai nunca é chamado “a
primeira pessoa” e o Filho nunca é chamado “a segunda pessoa”.
10 - Objeções consideradas
Os trinitarianos afirmam, baseados em Atos 5:3-4 e II Cor. 3:17,
que o Espírito é Deus. Eles insistem que desde que o Espírito está
diretamente identificado com Deus, o Espírito deve ser Deus e uma
personalidade distinta. Nada há nestes dois versos para garantir tal
afirmação. Meramente porque a Bíblia afirma que “Deus é amor” (I
João 4:8,16) ninguém está autorizado à dizer que o amor é uma
personalidade distinta do Pai e um membro de uma trindade. O
Espírito é o poder de Deus. A obra do Espírito é a obra de Deus e
Seu Filho. Quando alguém é cheio do Espírito, ele está cheio com o
poder de Deus e Cristo. O fruto do Espírito é o resultado da obra de
Cristo na vida do crente através de Seu poder. Quando a Bíblia
descreve o Espírito como falando (Apoc. 2:7), está se fazendo
referência à obra de Deus falando através de Seu poder. Quando o
Espírito é descrito como fazendo intercessão (Rom. 8:26-27),
refere-se à intercessão que Cristo, Nosso Sumo Sacerdote faz por
nós através de Seu poder. (Rom. 8:34 / Heb. 7:25). Jesus é o
Nosso único intercessor; Ele é o Nosso mediador. Quando Ananias
mentiu ao Espírito Santo, ele mentiu para Deus que operava
através daquele santo poder. Quando o homem “entristece” o
Santo Espírito de Deus (Ef. 4:30), ele entristece ao próprio Deus
que
opera
através
de
Seu
Santo
Espírito.
O Espírito é descrito como eterno e Santo porque Deus é eterno e
Santo. Quando, o Espírito, o poder de Deus, é representado como
tendo certas características e desempenhando certas obras, a
referência é feita ao único Deus eterno que tem estas
características
e
faz
estas
obras.
11 - Pronomes Masculinos do Grego: Nenhuma prova de
personalidade
Nosso Senhor prometeu à Seus discípulos que após Ele ter
ascendido aos céus Ele lhes enviaria o poder de Deus, o Espírito
Santo. Através deste poder, Jesus continuaria Sua obra com e nos
Discípulos. O poder foi chamado o “Consolador”, “Paráclito”,
“Advogado” ou “Auxiliador”, porque Jesus pretendia trabalhar
através daquele poder em favor dos crentes.
IMPORTANTE:
Era o próprio Jesus que seria o próprio “Advogado” ou “Paráclito”, o
qual segundo João 14:26 seria enviado posteriormente.
Podemos verificar isso através de I João 2:1, onde encontramos
Jesus Cristo como Advogado, em grego “Paráclito”. Foi o próprio
Jesus que prometeu estar com os discípulos e os crentes através
das eras, sempre, até a consumação dos séculos (Mat. 28:20), e
também seria sua fonte de conforto e auxílio. Jesus disse: “Não vos
deixarei órfãos: voltarei para vós” (João 14:18). A obra do Espírito
de Cristo como Confortador, advogado e auxiliador não era senão a
obra do próprio Cristo como confortador, Advogado, e Auxiliador
através daquele poder divino.
A palavra grega para Confortador “Parákletos” é masculina em
gênero. (João 14:16; 17:26;15:26;16:7-8,13-15).
Portanto, os tradutores usaram pronomes masculinos para se
referir ao poder de Deus nesta porção de João, muito embora
aquele próprio poder fosse neutro e impessoal. O poder impessoal
de Deus foi indicado por uma palavra masculina “Confortador”
porque ia ser usado pela pessoa, Jesus Cristo.
Jesus é uma pessoa, mas o poder, o Espírito Santo, através do
qual Ele operava era impessoal. O uso de pronomes masculinos
nestes versos citados não são indicações de personalidade.
“Espírito em grego é um substantivo neutro e sempre representado
por pronomes neutros naquele idioma. O Confortador em grego é
masculino e portanto, é representado por pronomes masculinos.
Mas, isto nada prova com respeito à personalidade. Porque o uso
de pronomes masculinos no grego não é prova de personalidade. O
grego, diferentemente do Inglês usa pronomes masculinos e
femininos com referência à coisas e qualidades, bem com à
pessoas. Em grego, um campo é masculino, uma cidade é feminino,
dor é feminino, vinho é feminino, mas vinha é masculino, vento
é masculino, prata é masculino, mas uma moeda de prata
é neutro, um número é masculino, um escudo é feminino, etc. Do
começo ao fim do léxico de substantivos gregos. Não é prova em
absoluto de personalidade que um objeto seja masculino ou
feminino em grego. Um substantivo neutro, entretanto, nunca é
usado em grego para denotar uma pessoa, exceto no caso de um
diminutivo, como uma criança, uma pessoa demente, ou uma
pessoa considerada não como uma pessoa, mas sim, como a um
objeto. Portanto, já que o Espírito é sempre neutro em grego, não
pode ser uma pessoa, e jamais pode-se fazer referência ào Espírito
por ele, lhe, quem, mas, sempre por pronomes neutros. (Gifford,
Op. cit. 170-172)
A Sabedoria em Provérbios é personificada como sendo ela. Isto
entretanto, não é referência de que a sabedoria seja uma mulher
ou uma pessoa. Não significa que seja parte de um Deus triuno. O
fato de que o Confortador é chamado “ele / dele” não indica que é
uma personalidade. Várias versões e traduções do Novo
Testamento usam pronomes neutros em vez de masculinos em
João 14:16,17,26.
Entre estas versões, estão: “The New Testament: An American
Translation” - Edgar J. Goodspeed; J. B. Rotherham, “The
Emphasized Bible”, e Wilson, “The Emphatic Diaglott”. Miles Grant
afirma que os três manuscritos mais antigos do Novo Testamento,
o Sinaítico, o Alexandrino, e Vaticano, usam pronomes neutros em
vez de masculinos em João 14. (Op. cit. 290-293).
**Gostaríamos que algum dos muitos trinitarianos sinceros pudesse
responder as dez perguntas que se seguem com o intuito de
esclarecermos, e revelar definitivamente a farsa que envolve a
doutrina da trindade, que é uma sombra que ainda paira sobre
muitas seitas denominadas
cristãs. Esta sombra de Babilônia, é também parte de seu vinho de
prostituição o qual ela tem dado à beber todas as nações da terra.
1) Sendo I João 5:7 um texto espúrio, com sinceridade, devem os
trinitarianos usá-lo para defender sua doutrina?
2) O Pai é uma pessoa. Seu nome é YAHWEH ou JEOVÁ. O Filho é
uma pessoa. Seu nome é JESUS CRISTO. Qual é o nome do
Espírito? Não tem nome? Então é impessoal!
3) Porque temos comunhão com o Pai e com Seu Filho, e
desfrutamos da comunhão do Espírito? Porque não temos
comunhão com o Espírito?
(Ver pág. )
4) A quem reconheceu Jesus Cristo como único Deus verdadeiro, à
Ele mesmo, ou à Seu Pai? (João 17:3)
5) Já após Sua ascensão e glória, quando da visão de João da Ilha
de Patmos, como Jesus referiu-se à Seu Pai? (Apoc. 3:12).
6) Cristo admitiu que nada podia senão pelo Pai: (João 5:19 / 5:30
/ 8:28). Como se explica isso? Jesus sendo Deus não seria auto
suficiente, completo em Si mesmo?
7) Como explicam os trinitarianos o texto de I Cor. 8:6? “Para nós
há um só Deus, o Pai, de quem é tudo, e para quem nós vivemos.”
Obs: Jesus nunca foi chamado de Pai, mas, sim de Filho.
8) Por que não há oração dirigida ao Espírito Santo, e os apóstolos
raramente costumavam citá-lo em suas saudações e doxologia de
suas epístolas?
9) Em Apoc. 22:1 encontramos já na Nova Terra, os tronos do Pai e
do Cordeiro (Jesus / João 1:36); Se Jesus é Deus por que deve Ele
ter um trono separado do Pai? E o Espírito Santo...onde está seu
trono, já que ele faz parte da “trindade”?
10) Sabendo-se que a “trindade” é uma refinada heresia que se
infiltrou na Igreja nos primeiros séculos, através do paganismo de
Constantino, deliberadamente continuariam à propagar uma dose
a mais do vinho de Babilônia?
11) Sabemos agora que Mateus 28:19 também é apócrifo (isto
explicaria o porque de não termos nenhum batismo no NT segundo
esta "ordem". Ordem esta, desrespeitada pelos discípulos de Jesus
e "respeitada, hoje, pelos discípulos de satanás (Mat 15:13).
NOTA: O presente estudo foi traduzido da obra: ”SYSTEMATIC
THEOLOGY” de Alva G. Huffer - 1976
<http://ocaminho.tripod.com/TemasDVs.htm#.>
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