Educação do Campo: discutindo paradigmas e experiências Rodrigo Simão Camacho Unesp/FCT [email protected] Introdução A Educação do Campo é construída a partir das necessidades do campesinato e incorpora o conjunto das experiências socioeducativas dos movimentos socioterritoriais do campo na educação. Partimos da compreensão de que esta é parte integrante de um projeto de resistência cultural e política do campesinato frente às tentativas de sua destruição por parte do agronegócio. Sabendo-se que este modelo é excludente, concentrador de terra e renda, no desenvolvimento de um modelo agrário/agrícola em todo o país (latifúndio/monocultura/exportação), e que segue a lógica do capital globalizado. Para continuar existindo os camponeses lutam contra o capital e constroem possibilidades de recriação e reprodução, sendo que essa luta não é apenas por terra e renda, mas também por uma educação que viabilize seu processo de reprodução e que auxilie na resistência contra o processo de desterritorialização. Discutindo os Paradigmas De maneira genérica, podemos classificar os autores que discutem essa problemática em dois paradigmas: o Paradigma do Capitalismo Agrário, que surgiu na década de 1990, “[...] derivado da tese de doutorado de Ricardo Abramovay, publicado em 1992, que se tornou uma referência expressiva para pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento. [...]”. (FERNANDES, 2009, p.11). A tese defendida por Abramovay tem como fundamento principal a crença na inevitável extinção do campesinato. Pois, para ele, ou os camponeses acabam expropriados pelo capital devido a sua incapacidade de competir no mercado com os capitalistas do agronegócio ou se transformam, em agricultores familiares para continuarem existindo. Na sua concepção: “as sociedades camponesas são incompatíveis com o ambiente Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 1 econômico onde imperam relações claramente mercantis [...]”. (ABRAMOVAY apud PAULINO, 2006, p. 32). E o Paradigma da Questão Agrária, que tem os trabalhos seminais de Kautsky e Lênin entre as principais referências e apresenta duas vertentes “que têm como principais elementos de análise: a renda da terra, a diferenciação econômica do campesinato e a desigualdade social geradas pelo desenvolvimento do capitalismo [...]”. (FERNANDES, 2009, p. 11). Neste debate, do Paradigma da Questão Agrária, temos duas concepções de análise distintas: de um lado, uma corrente que acredita que o desenvolvimento do capitalismo tende a, necessariamente, expropriar o campesinato e proletarizá-lo, ou seja, ocorrerá uma inevitável destruição do campesinato e, do outro lado, os que acreditam na continuidade da existência de relações não-capitalistas, como as relações camponesas de produção (MARTINS, 1981; OLIVEIRA, 1997; 2004; FERNANDES, 2001). Existe uma relação intrínseca entre o Paradigma da Questão Agrária e o Paradigma da Educação do Campo. Pois, só se é possível pensar a construção de uma Educação do Campo Libertadora a partir da interpretação da realidade do campo por meio da concepção do Paradigma da Questão Agrária. Porque ao entender o desenvolvimento do capitalismo no campo como sendo produto do processo desigual e contraditório do capital, permite pensar a possibilidade de reprodução do campesinato. Ou seja, se pensarmos o campesinato como sendo uma classe em vias de extinção, não seria possível entender a necessidade de construção de uma educação adequada às especificidades do campesinato. Quer dizer, não faz sentido pensar a construção de uma educação para uma classe que estaria condenada ao desaparecimento, mesmo que este não seja um desaparecimento físico, mas de sua condição de classe camponesa. A Educação do Campo forma um conjunto de procedimentos socioeducativos que objetivam a resistência material e cultural camponesa frente às tentativas de sua destruição por parte do capital, principalmente, na forma do agronegócio. Por isso, cumpre seu objetivo de formação educacional relacionada com os movimentos sociais, a fim de formar trabalhadores/moradores do campo comprometidos com as causas coletivas de nossa sociedade, que possam ser militantes dos movimentos sociais (CALDART, 2004). Desse modo, os movimentos sociais do campo, principalmente o MST, estão produzindo uma educação que é fruto da sua história de lutas tendo como objetivo principal a Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 2 conscientização política, em oposição ao pensamento hegemônico neoliberal, construindo uma alternativa para a nossa sociedade que não seja a economia de mercado capitalista (NASCIMENTO, 2003, p. 10). Sendo assim, concordamos com Arroyo (2004a) quando diz que a Educação do Campo deve vir atrelada aos movimentos sociais, que por si só já realizam um processo educativo, pois constroem cultura, valores, atitudes, conscientização política etc., auxiliando no processo de humanização e mostrando que o campo é um espaço de produção da vida e não apenas de mercadorias. É nessa perspectiva que podemos pensar a lógica que permeia a construção do Curso Especial de Graduação em Geografia para Assentados (CEGeo) na Unesp/FCT de Presidente Prudente (convênio Incra/Pronera). Este curso tem como metodologia a Pedagogia da Alternância, ou seja, alterna o Tempo Escola (TE) com o Tempo Comunidade (TC). Os conhecimentos adquiridos no bacharelado e licenciatura objetivam formar Geógrafos e Professores que auxiliem no desenvolvimento territorial de sua comunidade, pensando o território a partir da relação espaço-tempo e sociedade-natureza, refletindo acerca das problemáticas sociais e ambientais; formando professores e geógrafos militantes dos movimentos sociais; permitindo-os pensar em estratégias de reprodução camponesa autônoma e formando professores que trabalharão na lógica da Educação do Campo dos movimentos sociais camponeses. Entretanto, atualmente, também, o agronegócio está produzindo uma Educação do Campo, mas que se diferencia da Educação do Campo dos movimentos sociais camponeses em muitos aspectos. A começar pelo fato de estar relacionado ao Paradigma do Capitalismo Agrário e, assim, divergir no entendimento do que é a classe camponesa, pois neste paradigma o caráter de classe é retirado da análise e substituído pela discussão conceitual de agricultor familiar. Ocorre a negação do caráter de classe, posto que a unidade passa a se estabelecer no plano do mercado. Este seria, na verdade, uma metamorfose do campesinato que se especializa e se insere no mercado capitalista (PAULINO, 2006). Ou seja, “[...] uma agricultura familiar, altamente integrada ao mercado, capaz de incorporar os principais avanços técnicos e de responder às políticas governamentais não pode ser nem de longe caracterizada como camponesa [...]”. (ABRAMOVAY, 1990, p. 7-10). Assim, existem “[...] Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 3 unidades produtivas que são familiares, mas não camponesas”. (ABRAMOVAY, 1990, p. 7-10). Nesta perspectiva, como exemplo concreto da Educação do Campo do Agronegócio, podemos citar as experiências de educação do programa que recebe apoio técnico, pedagógico e financeiro do Instituto Souza Cruz, mais especificamente, o Programa Empreendedorismo do Jovem Rural (PEJR), implementada pelo Cedejor – Centro de Desenvolvimento do Jovem Rural. A Educação do Campo do Agronegócio tem o objetivo de integrar segura e plenamente esses jovens do campo no processo produtivo (SILVA, 2010). Numa perspectiva de “[...] promoção da Educação para o Empreendedorismo - uma das áreas de atuação do Instituto Souza Cruz - com o objetivo de oferecer a esses jovens uma experiência voltada para o desenvolvimento humano sustentável”. (SILVA, 2010, grifo do autor). Esta experiência tem como beneficiários os jovens filhos de produtores e/ou trabalhadores rurais das microrregiões de fumo já conhecidas da mantenedora do Instituto Souza Cruz (SILVA, 2010). De acordo com o Instituto Souza Cruz, este programa “dedica-se ao desenvolvimento integral da juventude do campo, na busca de formas sustentáveis de geração de renda para a melhoria da qualidade de vida das comunidades rurais”. (2010, não paginado). Nas palavras de Andrew Gray, Presidente do Instituto Souza Cruz, “o que esperamos, nós do Instituto Souza Cruz, é que esta linha de investimentos de recursos, de inteligência e de solidariedade acabe mesmo por redundar em uma nova dimensão da cidadania como uma senda através da qual os jovens possam construir o Brasil do futuro”. (2006, p. 03, grifos do autor). Dessa maneira, a luta entre o campesinato e o agronegócio ocorre, também, numa perspectiva de embate ideológico/paradigmático, ou seja, vai além da disputa pelo território material, perpassando, também, a disputa pelo território imaterial. Objetivo da pesquisa Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 4 A presente pesquisa, que está em sua fase inicial, tem como objetivo geral revelar as diferenças dos aspectos teóricos/filosóficos, políticos e ideológicos existentes entre o Paradigma da Educação do Campo construída pelos movimentos sociais do campo, com ênfase na experiência do Curso Especial de Graduação em Geografia para assentados da Unesp/Incra/Pronera, e a proposta de Educação do Campo construída pelo agronegócio, principalmente, a experiência de educação que recebe apoio técnico, pedagógico e financeiro do Instituto Souza Cruz, o Programa Empreendedorismo do Jovem Rural, implementada pelo Cedejor – Centro de Desenvolvimento do Jovem Rural, no Centro-Sul do Paraná, com sede em Guamiranga/PR. E tem como objetivos específicos: Entender as propostas de Educação do Campo dos movimentos sociais camponeses, a partir das suas concepções teórico-metodológicas, político-ideológicas e dos seus objetivos; Analisar a Proposta Política e Pedagógica do Curso Especial de Graduação em Geografia no âmbito dos Assentamentos da Reforma Agrária, da Unesp, convênio com o Incra e o Pronera; Refletir sobre os aspectos positivos e negativos das experiências de educação propostas pelo Instituto Souza Cruz, o Programa Empreendedorismo do Jovem Rural, implementada pelo Cedejor – Centro de Desenvolvimento do Jovem Rural, no Centro-Sul do Paraná, com sede em Guamiranga/PR. Analisar a influência que as correntes do Paradigma da Questão Agrária e o Paradigma do Capitalismo Agrário têm nos processos de construção das políticas públicas de Educação do Campo; Possibilitar um avanço na discussão da temática da Educação do Campo, sobretudo, na ciência geográfica. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A pesquisa está estruturada em torno, principalmente, dos seguintes eixos temáticos: a Questão Agrária no Brasil, o MST, o campesinato, a luta pela/na terra, as disputas territoriais no campo, a luta de classes no campo, a territorialização do capital e do campesinato no campo, o Paradigma da Educação do Campo, o Ensino de Geografia, a Educação Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 5 Libertadora, o Paradigma da Questão Agrária, o Paradigma do Capitalismo Agrário, o modelo Agrário/Agrícola nacional, o Agronegócio, o desenvolvimento desigual e contraditório do capital no campo e as relações não-capitalistas no campo. A pesquisa bibliográfica tem por objetivo a construção de uma bibliografia comentada a partir da coleta de informações em livros, revistas, periódicos (Portal CAPES), jornais, cartilhas informativas, cadernos de formação do MST, anais de eventos científicos e documentos técnicos nas bibliotecas de instituições públicas e privadas. Para compreensão dos aspectos teóricos, políticos e ideológicos dos dois Paradigmas da Educação do Campo, vamos analisar: o material teórico produzido pelos intelectuais orgânicos dos movimentos sociais a respeito da Educação do Campo; os cadernos de formação do MST; o Projeto Político Pedagógico do Curso Especial de Graduação em Geografia da Unesp/Incra/Pronera; os livros, revistas, cartilhas, relatórios etc. produzidos pelo Instituto Souza Cruz, acerca da Educação do Campo, com ênfase da na Revista Marco Social: desenvolvimento humano sustentável; as informações contidas no site do Instituto Souza Cruz: http://www.institutosouzacruz.org.br. Na perspectiva de entender, quem são, e o que pensam, os sujeitos envolvidos na luta e no processo de construção de uma Educação do Campo emancipatória, faremos pesquisa de campo com visitas à Unesp/FCT de Presidente Prudente e na Escola Nacional Florestan Fernandes, em Guararema, a fim de conhecer o Curso de Especial de Graduação em Geografia para assentados, onde estudam militantes dos movimentos sociais. E, de outro lado, vamos conhecer a experiência de educação no território dominado pela Educação do Campo do Agronegócio, cuja proposta educacional é do Instituto Souza Cruz, no Centro-Sul do Paraná, município de Guamiranga/PR. Realizaremos entrevistas, utilizando, assim, a metodologia das fontes orais e de questionário semi-estruturado, com os sujeitos envolvidos nesse processo: professores, alunos (Estudantes-Camponeses), coordenadores dos projetos, militantes da causa etc., compreendendo o que pensam e quais são os objetivos que pretendem alcançar com suas lutas e sua educação. Bem como, de que maneira a educação auxilia na luta dos movimentos sociais contra a territorialização do capital e na reprodução desses sujeitos em seus territórios. Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 6 6 – FORMA DE ANÁLISE DOS RESULTADOS Os resultados de nossa pesquisa serão alcançados a partir das informações obtidas por meio de fontes escritas em livros, revistas, periódicos, jornais, cartilhas informativas, internet, cadernos de formação do MST, material do Curso Especial de Graduação em Geografia, material produzido sobre educação do Instituto Souza Cruz, Revista Marco Social, anais de eventos científicos etc. e em pesquisa de campo, em entrevistas, por meio de fontes orais e questionário semi-estruturado. A partir da análise e reflexão acerca das produções teóricas sobre a educação dos movimentos sociais do campo e a educação financiada pelo Instituto Souza Cruz poderemos revelar as diferenças teórica/filosófica, política, ideológica e de objetivos e metodologias que perpassam estas deferentes interpretações da realidade. Esta interpretação levará ao aprimoramento na produção científica/acadêmica e, consequentemente, também, na prática do processo educativo. Com relação ao trabalho de campo, o contato com os sujeitos da luta pela/na terra (território) e pela educação, qualificará a pesquisa, pois permitirá aprimorar a perspectiva que tem os movimentos sociais acerca da importância da educação dentro da multidimensionalidade do território camponês. E, também, refletir sobre o antagonismo existente entre o capital no campo, na forma do agronegócio, e os povos do campo. A partir da reflexão teórica das fontes supracitadas e da interpretação de tabelas, gráficos e mapas pretendemos discutir o resultado de nossa pesquisa através de debates em eventos científicos referentes à Educação, à Questão Agrária e o Ensino de Geografia, nos Espaços de Diálogos, nas Comunicações Livres e Comunicações Coordenadas. Também por meio de publicações em revistas, livros, artigos em eventos e matérias em jornais que discuta o tocante à Questão Agrária, o Campesinato, o MST, a Educação do Campo e o Ensino de Geografia. 7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABRAMOVAY, Ricardo. Paradigmas do capitalismo agrário em questão. 1990. Tese (Doutorado) - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas. Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 7 ALMEIDA, Rosemeire Aparecida de. (Re) criação do campesinato, identidade e distinção: a luta pela terra e o habitus de classe. São Paulo: UNESP, 2006. ALMEIDA, Rosemeire Aparecida de. O conceito de classe camponesa em questão. Revista Terra Livre, São Paulo: AGB, ano 19, v. 2, n.21, p. 73-88, jul./dez. 2003. ALMEIDA, Rosemeire Aparecida de; PAULINO, Eliane Tomiasi. Fundamentos teóricos para o entendimento da questão agrária: breves considerações. In: Geografia, Londrina, v.9, n.2, p. 113-127, jul./dez. 2000. Mimeografado. ARROYO, Miguel Gonzalez. A educação básica e o movimento social do campo. In: ARROYO, Miguel G.; CALDART, Roseli S.; MOLINA, Mônica C. (Org.). Por uma educação do campo. Petrópolis: Vozes, 2004a. p. 67-86. ARROYO, Miguel Gonzalez. Por um tratamento público da educação do campo. In: MOLINA, Mônica Castagna; JESUS, Sonia M. S. A. de (Org.). Por uma educação do campo: contribuições para a construção de um projeto de educação do campo. Brasília, DF: Articulação Nacional: “Por Uma Educação do Campo”, 2004b. p. 91-109. (Por uma Educação do Campo, 5). ARROYO, Miguel G; CALDART, Roseli S; MOLINA, Mônica C. Apresentação. In: ARROYO, Miguel G; CALDART, Roseli S; MOLINA, Mônica C (Org.). Por uma educação do campo. Petrópolis: Vozes, 2004. p. 7-18. BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O trabalho de saber: cultura camponesa e escola rural. Porto Alegre: Sulina, 1999. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Parâmetros Curriculares Nacionais - Geografia. Brasília, MEC/SEB, 1998. CALLAI, Helena Copetti. A geografia e a escola: muda a geografia? Muda o ensino? Revista Terra Livre, São Paulo: AGB, n. 16, p.133-152, 1º semestre/2001. CALDART, Roseli Salete. Elementos para a construção de um projeto político e pedagógico da educação do campo. In: MOLINA, Mônica Castagna; JESUS, Sonia M. S. A. de (Org.). Por uma educação do campo: contribuições para a construção de um projeto de educação do campo. Brasília, DF: Articulação Nacional: “Por Uma Educação do Campo”, 2004. p. 13-53. (Por uma Educação do Campo, 5). GRAY, Andrew. Apresentação. Revista Marco Social - Educação para o desenvolvimento humano sustentável: Juventudes e territórios sociais, Rio de Janeiro: Instituto Souza Cruz, vol. 08, n. 1, 2006. FABRINI, João. Os camponeses e suas diferentes práticas produtivas. In: Revista eletrônica da associação dos geógrafos brasileiros. Seção Três Lagoas. Três Lagoas, v. 1, ano 3, n. 4, p.28-47, nov. 2006. Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 8 FERNANDES, Bernardo Mançano. A ocupação como forma de acesso à terra. In: ______. A formação do MST no Brasil. Petrópolis: Vozes, 2000. p. 279-301. FERNANDES, Bernardo Mançano. Entrando nos territórios do Território. In: PAULINO, Eliane T.; FABRINI, João E. (Org.). Campesinato e territórios em disputa. São Paulo: Expressão Popular, 2008. FERNANDES, Bernardo Mançano. Questão agrária: conflitualidade e desenvolvimento territorial. Disponível em: <http://www4.fct.unesp.br/nera/arti.php>. Acesso em: 20 mai. 2009. FERNANDES, Bernardo Mançano. Questão agrária, pesquisa e MST. São Paulo: Cortez, 2001. (Questões da Nossa Época, 92). FERNANDES, Bernardo Mançano. Movimentos socioterritoriais e movimentos socioespaciais: contribuição teórica para uma leitura geográfica dos movimentos sociais. Revista Nera, Presidente Prudente: Unesp, ano 8, n. 6, p. 14 – 34, jan./jun. 2005. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 12. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1999. PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. Geografia da riqueza, fome e meio ambiente: pequena contribuição crítica ao atual modelo agrário/agrícola de uso dos recursos naturais. In: OLIVEIRA, Ariovaldo U. de; MARQUES, Marta Inês Medeiros (Org.). O campo no século XXI: território de vida, de luta e de construção da justiça social. São Paulo: Casa amarela; Paz e Terra, 2004. p. 27-64. INSTITUTO SOUZA CRUZ. Programa Empreendedorismo do Jovem Rural (PEJR). Disponível em: <http://www.institutosouzacruz.org.br/>. Acesso em: 30 jan. 2010. LOUREIRO, Carlos Frederico B. Por uma educação ambiental transformadora. In:______. Trajetórias e fundamentos da educação ambiental. São Paulo: Cortez, 2004. MARCOS, Valéria de. Solidariedade que tece redes: as estratégias de reprodução e recriação camponesa nos assentamentos do alto sertão paraibano. In: ENCONTRO NACIONAL DE GEÓGRAFOS, 14, 2006, Rio Branco. Anais. CD-ROM. MARTINS, José de Souza. Expropriação e Violência: a questão política no campo. 3.ed. São Paulo: Hucitec, 1991. MARTINS, José de Souza. Os camponeses e a política no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1981. NASCIMENTO, Claudemiro Godoy do. Pedagogia da resistência cultural: um pensar a educação a partir da realidade campesina. In: ENCONTRO REGIONAL DE GEOGRAFIA, 8, 2003, Goiás. [Trabalhos apresentados], [S.L: s.n.], p. 1-11. Mimeografado. Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 9 OLIVEIRA, Ariovaldo U. de. A agricultura camponesa no Brasil. 3. ed. São Paulo: Contexto, 1997. (Caminhos da Geografia). OLIVEIRA, Ariovaldo U. de. Barbárie e modernidade: as transformações no campo e o agronegócio no Brasil. Revista Terra Livre, São Paulo: AGB, ano 19, v. 2, n. 21, p. 113-156, jul./dez. 2003. OLIVEIRA, Ariovaldo U. de. Educação e ensino de geografia na realidade brasileira. In: ______ (Org.). Para onde vai o ensino da geografia? .4. ed. São Paulo: Pinski, 1994. p. 135-144. OLIVEIRA, Ariovaldo U. de. Geografia agrária: perspectivas no início do século XXI. In: OLIVEIRA, Ariovaldo U. de; MARQUES, Marta Inês Medeiros (org.). O campo no século XXI: território de vida, de luta e de construção da justiça social. São Paulo: Casa amarela; Paz e Terra, 2004. p. 7-64. OLIVEIRA, Ariovaldo U. de. Geografia e ensino: os parâmetros curriculares nacionais em discussão. In: CARLOS, Ana Fani; OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. (org.). Reformas no mundo da educação: Os parâmetros curriculares e geografia. São Paulo: Contexto, 1999, p. 43-66. PAULINO, Eliane Tomiasi. A diversidade das lutas na luta pela terra. In: Revista eletrônica da associação dos geógrafos brasileiros. Seção Três Lagoas. Três Lagoas, v. 1, ano3, n. 4, p.28-47, nov. 2006. SANTOS, Milton. Por uma outra globalização. 6. ed. Rio de Janeiro: Record, 2001. SILVA, Sônia. CEDEJOR. Juventude Empreendedora em Santa Cruz do Sul. Disponível em: <http://www.cedejor.org.br/>. Acesso em: 30 jan. 2010. STRAFORINI, Rafael. Ensinar geografia: o desafio da totalidade-mundo nas séries iniciais. 2. ed. São Paulo: Annablume, 2006. WETTSTEIN, Germán. O que deveria ensinar hoje em geografia. In: OLIVEIRA, Ariovaldo U. de (Org.). Para onde vai o ensino da geografia? .4. ed. São Paulo: Pinski, 1994. p. 125-135. Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 10