Slide 1 DIETAS NO TRATAMENTO DO AUTISMO Dieta sem Glúten e sem Caseina. Carboidrato simples, Baixa em Oxalatos, Ecológica, FeinGold e Antifúngica Outubro de 2010 Dra. Priscila Bongiovani Spiandorello Nutricionista Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional. Docente convidada dos cursos de Pós-Graduação em Nutrição Clínica Funcional da VP Consultoria Nutricional/UNICSUL. Atua em consultório particular e na Clinica Carla Albuquerque. Associada ao Centro Brasileiro de Nutrição Funcional Slide 2 Causas do Autismo Autismo Fatores Genéticos Fatores Ambientais Arq.Neuro-Psiquiatr. V.56n1 São Paulo mar.1998. Slide 3 Causas do Autismo O autismo é uma doença multifatorial, com muitos fenótipos ou subgrupos, de aspecto imunológico, ambiental e genético. (Chez et al, 2004; Candless,2002; Cave, 2001). Slide 4 trato gastrointestinal cérebro Autism o sistema imune Slide 5 Principais Fatores erros inatos do metabolismo toxicidade por metais pesados e sustâncias tóxicas (mercúrio, chumbo, pesticidas) alta concentração de anticorpos IgE déficit IgA secretória déficit de subclasses de IgG elevação de Il1. Il2 ,INF gama e TNF inefetividade do sistema Helper Th1 e Th2 altas incidências de deficiências imunes Slide 6 Principais Fatores alteração da flora intestinal/disbiose alterações enzimáticas aumento da permeabilidade intestinal má digestão do glúten e caseína elevação da cândida e/ou outros tipos de fungos e seus subprodutos e bactérias clostrídio baixa resistência a infecções desequilíbrio de minerais e vitaminas redução da capacidade de detoxificação Slide 7 Tratamentos Biomédicos Baseia-se na aplicação de dietas específicas, na administração de suplementos, como vitaminas, minerais, probióticos, prebióticos, ômega 3, antifúngicos e enzimas digestivas, para a correção de uma deficiência produzida por erro no metabolismo, com o objetivo de melhorar os sintomas do espectro autístico. (Corzo,2005;Arranga et al. 2005; Brudnak et al.,2002;Page,2000 e Mc Candless,2002.) Slide 8 DIETAS Dieta Isenta de Glúten e Caseína (SGSC) Dieta Antifúngica Dieta de Rotação Dieta Feingold Dieta dos Carboidratos Específicos (SDC) Dieta Baixa de Oxalatos Dieta Ecológica /Bodyecology Dieta GAP Slide 9 “ No dramático momento em que uma célula masculina, microscópica e serpenteante, encaminha-se para uma célula-ovo, muito maior, e liga-se a ela, um ser humano começa a existir e a Nutrição tem início. Este período de desenvolvimento, quando as coisas podem ser definitivamente “certas” ou “erradas” é de vital importância, e a Nutrição pode exercer uma profunda influência, que se estende por toda a Vida.” Roger Williams, PhD Slide 10 “Um dia todas as nossas ideias em psicologia serão baseadas na estrutura orgânica. Isso permitirá que substâncias químicas específicas controlem a operação...” Sigmund Freud, pai da psicanálise. 1975, psiquiatra americano: “A previsão de Freud estava correta. E quando finalmente chegar o dia em que houver aceitação geral dessa previsão, o segredo para a saúde psicológica será a descoberta da química da nutrição, atualmente negligenciada” H.L. Newbold, M.D., psiquiatra, Mega Nutrients for Your Nerves (Berkley Books, New York, 1975) Slide 11 Slide 12 Equilíbrio Mental e Emocional Alimento é matéria -prima Físico Slide 13 Funções Físicas Funções Mentais Funções Emocionais Nutrição Celular Adequada Excessos ou Carências Nutricionais Corpo Nutrientes agem em Conjunto no Corpo Humano Desequilíbrio Slide 14 Slide 15 Ômega 3 x Inflamação Vários trabalhos com modelos animais e com pacientes (pós-cirurgia, Artrite Reumatóide, Nefropatia IgA, Psoríase) mostraram que ômega 3 (ALA, EPA e DHA) diminuem: – IL1-ß, IL6, IL-8 e de TNF- Jones D. Textbook of Functional Medicine. The Institute for Functional Medicine, 2005 Calder PC. Braz J Med Biol Res 2003;36(4) Calder PC. Prostaglandins, Leukotrienes and Essential Fattty Acids 2006;75:197–202 Slide 16 Ômega 3 e Doenças Intestinais Inflamatórias Uso de EPA + DHA mostrou resultados positivos na diminuição da inflamação Mecanismos: - Redução da produção de TXA2 - Inibição da síntese de IL1-ß e de TNF- Redução da produção de LTB4 Jones D. Textbook of Functional Medicine. The Institute for Functional Medicine, 2005 Slide 17 Nutrição Fetal Doenças crônicas da vida moderna são de causa inflamatória devido a imunotoxicidade já na vida intra-uterina. Se a oferta de nutrientes durante a gestação não for adequada, podem ocorrer adaptações fetais e modificações no desenvolvimento que alteram a composição corporal do feto e levam a alterações endócrinas e cardiovasculares na vida adulta. Deficiência da B12 na gestação e amamentação aumenta o risco de alteração no desenvolvimento cognitivo. Godfrey,K.M.;Barker,D.J. fetal Nutrition and Adult disease. Am.J.Clin.Nutr. 71 (5 suppl) 1344-52,2000. Slide 18 QUALIDADE DA MATÉRIA PRIMAALIMENTOS DIETAS RESTRITIVAS JEJUM SISTEMA IMUNE DESEQUILÍBRIO NUTRICIONAL/NUTRIÇÃO CELULAR DISTÚRBIOS DE COMPORTAMENTO COMPULSÃO, ANSIEDADE E DEPRESSÃO DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANSMISSIVEIS, ENXAQUECAS, ASMA,OBESIDADE AA TOXINAS AMBIENTAIS EXCESSOS E CARÊNCIAS NUTRICIONAIS Slide 19 Nutrição x Detoxificação Slide 20 Detoxificação “Qualquer processo (biológico) que busque a redução dos impactos negativos de xenobióticos ao metabolismo corporal” Qual seu Objetivo? Polares e hidrossolúveis Não polares e lipossolúveis Urina ou Bile Onde ocorre? trato respiratório, urinário, digestivo, pele, fígado, células imunológicas, placenta, adrenais e cérebro; Fase I - Hepática/Intestinal Fase II - Hepática/Intestinal Fase III - Intestinal Slide 21 Detoxificação Fase I: os polifenóis são fundamentais para ativação de citocromo P450 Fase II: os antioxidantes e aminoácidos (NAC,metionina, taurina e BCAA), para ativar e regenerar glutationa. Entendendo a detoxificação Fase I é o efeito de mudança da substância química por meio do citocromo P450 que gera um metabólito reativo. Justamente por ser reativo, esse metabólito necessita entrar na fase II, em que ocorre a bioinativação do metabólito, evitando a peroxidação lipídica e danos oxidativos para a célula. Paschoal, Valeria et al- Nutrição Clínica Funcional: dos principios a prática clínica, São Paulo, 2007 Slide 22 Detoxificação Para ocorrer fase I e II são necessários alguns nutrientes visto que o processo de detoxificação são cascatas de reações; alimentos têm compostos bioativos, como os flavonóides, catequinas, terpenos e compostos fenólicos. ex: frutas vermelhas e roxas; limão e frutas cítricas; temperos como cúrcuma; própolis; brássicas. Paschoal, Valeria et al- Nutrição Clínica Funcional: dos principios a prática clínica, São Paulo, 2007 Slide 23 Detoxificação FASE I: tem objetivo de introduzir um novo grupo funcional para modificar o grupo existente, da exposição do receptor para a conjugação da fase II. Ocorrendo reações do tipo oxidação, hidroxilação por oxidoredutases e componentes do citocromo P450, além de outros sistemas. O citocromo P450 é o sistema mais importante de detoxificação, sendo composto por mais de 30 famílias de heme proteínas, cada qual responsável por expressão de genes diferentes, além de que cada isoenzima é capaz de lidar com substâncias químicas específicas. FASE II: tem o objetivo transformar as toxinas ativadas (metabólitos reativos) formados na fase I em moléculas hidrossolúveis. Realizada principalmente pelas enzimas transferases, que fazem conjugação com grupos químicos específicos. Exemplo: as sulfotransferases que são as enzimas responsáveis por transferir a molécula de sulfato para ser conjugada com os intermediários reativos da fase I. Slide 24 Toxinas Derivados Excretáveis Intermed. Reativos e RL’s (não polares, lipossolúveis) Fase I P450 Fase II Antioxidantes Cofatores B1 B2 B3 B12 Ác. Fólico, vit.C Glutationa, Fe AACR, Mg, Mo Flavonóides, S Fosfolipídeos ( polares, hidrossolúveis) Carotenos Flavonóides e compostos polifenólicos Vits. A, C e E Se, Cu, Zn, Mn Coq10, GSH Silimarina, tióis Substratos e cofatores Serina, colina, B5, B6, B9, B12, Mg Metionina, Taurina, Glutamina, Sulfato, Glutationa (NAC,cisteína, Cisteína, Glicina),Se, B2, B3 e C; Mo Detoxification: A Clinical Monograph. The Institute for Functional Medicine, 1999. Slide 25 Fatores que Influenciam a Capacidade de Detoxificação Alimentação Estilo de Vida Meio Ambiente/ Carga tóxica Polimorfismos Genéticos Idade e Sexo Doenças/Medicamentos Microbiota intestinal saudável A American Cancer Society sugere que 2/3 dos casos de câncer dos EUA são ocasionados apenas por 2 fatores: fumaça inalada e alimentos ingeridos. HARDMAN, J.G., et al. Goodman & Gilmans The Pharmacological Basis of Therapeutics. 10th edition, McGraw Hill - 2001. BRAUNWALD, E. et al. Harrison‟s Principles of Internal Medicine. 15th edition, McGraw-Hill - 2001. JONES D.S. et al. Detoxification: A Clinical Monograph. The Institute for Functional Medicine, 1999. Slide 26 “Dietas de Detoxificação” Mais Congestionantes Menos Congestionantes Medicamentos Alimentos Gorduras Doces Nozes Laticínios Arroz Carnes de Farinha Ovos Sementes Trigo Feijões Órgãos Refinada Produtos Aveia Gorduras Carnes de Padaria Trigo Alergênicos Frituras Raízes Abóboras Mourisco Hidrogenadas Potencialmente Mais Tóxicos Elson M. Haas , The Detox Diet, 1996 Massa Batatas Outros Vegetais Frutas Ervas Água Folhas Verdes Mais Detoxificantes Slide 27 Genômica Nutricional Nutrientes e Expressão Gênica Interação com Fatores de Transcrição Polimorfismo Modulação Epigenética Zeisel. Am. J. Clin Nutr., 86: 542-548, 2007. HESKETH JE. VASCONCELSO MH. BERMANO G. Regulatory signals in messenger RAN: determinants of nutrient-gene interaction and metabolic compartmentation. Br J Nutr, 80: 307-321, 1998. ROCHE HM. Dietary lipids and gene expression. Biochem Soc Trans, 32 (part 6): 2004. Slide 28 Nutrigenômica O ambiente nutricional modifica a expressão dos genes Dependendo do genótipo do indivíduo o metabolismo dos nutrientes pode variar e resultar em diferentes estados de saúde Os nutrientes afetam nosso metabolismo exercendo efeitos em vários níveis genéticos de grande complexidade biológica como: - transcrição gênica - processamento do RNA - estabilidade do m RNA - modificações pós-translacional - efeitos diretos no metabolismo celular As interações gene-nutriente podem explicar porque alguns indivíduos respondem mais favoravelmente a certas intervenções dietéticas que outros. Slide 29 METILAÇÃO DO DNA ESSENCIAL PARA A FUNÇÃO NORMAL DA CÉLULA É um processo bioquímico que silencia ou ativa os genes Componentes dietéticos que influenciam na metilação do DNA: Betaína Colina Fibras Folato Genisteína Metionina Polifenóis Selênio Vitamina A Vitamina B6 Vitamina B12 Zinco TRUJILLO, E. et al., J. Am. Diet. Assoc., 106: 403, 2006 Slide 30 Nutrigenômica Segundo Kaput e Rodriguez ( Physiol Genomics 16: 166-177 , 2004), nutrigenômica pode ser melhor explicada por cinco princípios : em determinadas circunstâncias, e em alguns indivíduos, a dieta pode ser um fator de risco grave para uma série de doenças . substâncias químicas comuns na dieta pode agir sobre o genoma humano, direta ou indiretamente, para alterar a expressão do gene ou estrutura. o grau em que a dieta influencia o equilíbrio entre os estados de doença e saúde pode depender da composição genética de um indivíduo. Slide 31 Nutrigenômica alguns genes regulados dieta são susceptíveis de desempenhar um papel no início, na incidência, progressão e ou gravidade de doenças crônicas. intervenção dietética baseada no conhecimento da exigência nutricional , estado nutricional e do genótipo (isto é, " nutrição personalizada ") podem ser utilizados para prevenir, atenuar ou curar uma doença crônica. a compreensão molecular de como a nutrição afeta o corpo como um todo, por alterar a expressão e a função genética, deve permitir a avaliação de requerimentos nutricionais individuais, e promover a melhora da saúde e da qualidade de vida. Slide 32 Dieta sem Glúten e Caseína JUPITER IMAGES (foto); JEN CHRISTIANSEN (foto-ilustração) Slide 33 Dieta sem Glúten e Caseína 1979- Panksepp- substâncias opiáceas- registrou a presença de alterações comportamentais em animais, como irritabilidade, agressividade, movimentos repetitivos, transtorno de sono, entre outros. Segundo,Shattock, o autismo pode ser uma conseqüência da ação de peptídeos de origem exógena que afeta os neurotransmissores dentro do SNC. Esse excesso de opióides interfere com o neurotransmissor ao nível do simpático e diminuí a força dos impulsos sensoriais. (Négron, 1999; Shaw, 2002 e Page, 2000). Slide 34 Caseomorfina e Gluteomorfina O que são? Peptídeos exógenos que possuem a estrutura química semelhante à opiáceos. Ex. morfina, heroína, cocaína Possíveis Causas? - dificuldade na digestão destas proteínas - permeabilidade intestinal alterada - deficiência genética na enzima DPP IV(dipepitil peptidase) incapacidade em quebrar esses peptídeos. (Cave,2001) Slide 35 DPP IV A enzima DPP IV é altamente sensível ao mercúrio e aos organofosforados função. A DPP IV fica localizada no mesmo cromossomo 2q7 onde se localiza um outro gene já associado ao autismo. Esta dificuldade metabólica congênita ou adquirida pela presença de xenobióticos, pode ser uma das causas do autismo através do aumento da absorção destas exorfinas, conduzindo a reações adversas no cérebro e ao desequilíbrio do sistema imune. Slide 36 Processos Inflamatórios no Trato Intestinal Dificuldade de Digestão de Proteínas Permeabilidade Intestinal Processos Inflamatórios Sistêmicos (Sun, Itokazu,2002 e Lin et al,2000) Slide 37 “O homem não é nutrido com aquilo que ele ingere, mas com aquilo que ele digere e utiliza” Hipócrates. “Faz do alimento o teu remédio, pois, sendo nosso corpo a nossa verdadeira casa, devemos preserva-lo tanto quanto devemos preservar a natureza” Hipócrates em 2 500 A.C. Slide 38 Dieta sem Glúten e Caseína Os peptídeos ocupam os receptores aminas no cérebro, causando distúrbios de ordem psíquica, causando o comportamento auto-destrutivo e provocando um sintoma muito conhecido: a avidez por alimentos, pela sensação de prazer. O autismo pode ser acompanhado por respostas inflamatórias imunes intensas, predispondo essas criança com síndrome autística a sensibilização aos peptídeos da caseína e glúten. Slide 39 Dieta sem Glúten e Caseína Vários estudos feitos por Dohan, Rechelt, Schattock, Cade, e outros estabeleceram que crianças com autismo e adultos com esquizofrênias tem níveis elevados de peptídeos na urina resultantes da quebras incompletas de certas proteínas do leite e do trigo e que a remoção destas proteínas através da dieta leva a melhora dos sintomas. (Page,2000; Shaw, 2002; Cave, 2001; Brudnak et al.,2002 e Juarez,2003) Slide 40 Glúten x Doenças Imunes Hipersensibilidade ao glúten é muito comum. E está envolvido em diversas doenças auto-imunes A Zonulina representa, segundo autores, uma proteína eucariótica que abre reversivelmente as TJ Intestinais. Zonulina - proteína que regula as (TG) ao aumento da permeabilidade intestinal. Essa P. é liberada por alguns fatores incluindo o consumo de gliadina Esta via da Zonulina tem vindo a ser explorada com a finalidade de passagem de fármacos, macromoléculas ou vacinas que normalmente não seriam absorvidas através da mucosa gastrointestinal. Este papel de regulação da permeabilidade intestinal do sistema da Zonulina fez com que na última década este sistema tenha sido alvo de algumas investigações de forma a estabelecer relações entre a regulação da Zonulina, permeabililidade intestinal e DAs A regulação das tight junctions pela via da Zonulina Fasano, A., Physiological, pathological, and therapeutic implications of zonulin-mediated intestinal barrier modulation: living life on the edge of the wall. Am J Pathol, 2008 Fonte: Revista Scientific American Brasil - Setembro/2009 - pág. 40 André Matias Trigo, zonulina e algumas doenças autoimunes Slide 41 Leite x Doenças Auto Imunes Existem diversas evidências a indicar que o consumo de leite pode estar implicado em diversas doenças auto-imunes, pois contém proteínas com sequências de aminoácidos semelhantes às encontradas em tecidos. ex : a homologia estrutural entre a proteína básica da mielina e um péptido da albumina sérica bovina. O consumo precoce de leite bovino ou dado momento da vida em que a permeabilidade intestinal está aumentada poderia resultar numa reação autoimune em crianças com halotipos HLA susceptíveis. existe o mimetismo molecular entre a glicoproteína de oligodendrócito (MOG) e a Butirofilina. existe homologia estrutural entre um péptido derivado da gliadina(trigo) e uma caseína (caseína beta). Crianças desenvolvem Diabetes T.1 muito cedo e outras que só desenvolvem na adolescência. O desenvolvimento DAs dependerá de fatores protetores, como a vitamina D, antioxidantes e o teor de ômega 3 na dieta. Slide 42 Deficiência de Cálcio Concentração Plasmática de Chumbo Toxicidade Orgânica GOYER RA Am. J. Clin. Nutr., 61 (suppl): 646S-650S, 1995 Mensuração da ingestão de cálcio e chumbo do leite e outros alimentos e cálculo da retenção de chumbo pela diferença entre a ingestão e excreção Relação Inversamente Proporcional entre o Cálcio dietético e absorção e retenção de Chumbo O leite como um alimento isolado não é uma boa fonte de cálcio para o equilíbrio entre Pb:Ca, porque outros constituintes do leite, como a lactose e os lipídios, podem aumentar a absorção do Chumbo Slide by Gabriel de Carvalho STEPHENS R & WALDRON HA. Food Cosmet. Toxicol., 13: 555-563, 1975c Slide 43 Chumbo : permeabilidade intestinal, queda da imunidade e dificuldade de aprendizado Póvoa, Helion O cérebro desconhecido, 2002 ed. Objetiva Slide 44 Mimetismo Molecular Mimetismo molecular em pessoas geneticamente predispostas Várias bactérias intestinais e péptidos dietéticos contêm sequências de aa semelhantes às de tecidos do nosso organismo Cordain L. Potential Therapeutic Characteristics of Pre-agricultural Diets in the Prevention and Treatment of Multiple Sclerosis. Direct MS (Multiple Sclerosis) of Canada Conference. Calgary, Canada, Outubro de 2007 Slide 45 TPM, Depressão, Ansiedade 490 Jovens, +-19 anos Bell IR et al.J Am Coll Nutr; 12(6):693-702,1993 Dec. Indivíduos c/ hipersensibilidades alimentares tinham: mais sintomas totais (no questionário) indigestão cefaléia, problemas de memória, defensividade, depressão, ansiedade, consumo de alimentos que mobilizam opióides endógenos ou geram opióides exógenos (laticínios, doces, pães, gorduras) síndrome Pré Menstrual e Cólon Irritável Os dados são consistentes com o papel dos caminhos hipotalâmicos e olfatório-límbico nas hipersensibilidades ambientais e alimentares” slide by Gabriel de Carvalho Slide 46 O Alimento como Toxina “Sensibilidade ao glúten pode ser primariamente, e algumas vezes exclusivamente uma doença neurológica” Hadjivassilliou, M et al. Headache and CNS white matter abnormalities associated with gluten sensivity. Neurology 56:385-388, 2001. slide by Gabriel de Carvalho Slide 47 Doença Celíaca “A etiologia da doença seria...a defeituosa digestão do glúten (...) resultando em altas quantidades (anormais) de certos peptídeos não digeridos (na luz intestinal (...) seguida de reações imunológicas e citotoxicidade direta” Cornell HJ; Stelmasiak T. A unified hypothesis of coeliac disease with implications for management of patients. Amino Acids (2007) 33: 43–49. www.funcional.ntr.br Teoria imunológica Teoria Tóxica alterações estruturais e inflamatórias da mucosa do intestino delgado Penna,J.F e Mota C. A.J Doenças do Aparelho Digestivo-Gastroenterologia Pediátrica, 1994 Slide 48 Sintomas Não Gastrointestinais da Doença Celíaca Infertilidade, Perdas fetais Atralgia Osteomalacia, Osteoporose Vertigem Neuropatia Depressão Demência Murray J.A. The Widening Spectrum of Celiac Disease. Am J Clin Nutr, 1999;69:354-65 slide by Gabriel de Carvalho Slide 49 Dieta sem Glúten e Caseína Alguns Sintomas que podem ser produzidos pelos Opiáceos: Incomodo ou dor ao cortar a unha ou cabelo; Andar nas pontas dos dedos; Etiquetas das roupas incomodam; Hipersensibilidade auditiva; Cheiram tudo; Chupam as mãos; Não percebem alguns cheiros mas são sensíveis a outros; Só comem alimentos com certa textura; Colocam tudo na boca; Comportamentos sociais alterados (alucinação) Incomodo ao escovar os dentes Hipersensibilidade a luz e ou visual Maior tolerância a dor (analgésico) Falta de concentração e irritabilidade Slide 50 Dieta sem Glúten e Caseína O que não entra na dieta: leite e derivados produtos com trigo, aveia , cevada, malte, centeio e proteína vegetal álcool de cereais temperos industrializados Produtos com caseínas e caseinatos Slide 51 Dieta sem Glúten e Caseína O que é permitido na dieta: arroz milho soja amaranto quinoa lentilhas feijões grão de bico ervilhas ** derivados Slide 52 Dieta sem Glúten e Caseína Fontes ocultas de glúten e caseína: Amidos em geral Proteína vegetal hidrolizada Deve-se ler cuidadosamente as embalagens Slide 53 Dieta sem Glúten e Caseína Resultados Melhora o nível cognitivo não verbal Redução dos problemas motores, melhoras de comunicação e contato social Redução do comportamento agressivo Quanto tempo? Mínimo de 1 ano desde que seja bem conduzida não há problemas na retirada destes alimentos A dieta SGSC melhora significativamente em 81% dos pcts autísticos e em média 3 meses. ADAMS, S.J.; BURTON, N.; CUTRESS, A. et al. Development of double blind gluten and casein free test foods for use in an autism dietary trial. J Hum Nutr Diet;21(4):374, 2008. ELDER, J.H.; SHANKAR, M.; SHUSTER, J, et al. The gluten-free, casein-free diet in autism: results of a preliminary double blind clinical trial. J Autism Dev Disord; 36(3):413-20, 2006. Slide 54 Dieta sem Glúten e Caseína Efeitos colaterais iniciais da retirada do glúten e caseína: dores abdominais ansiedade fraqueza e vertigens náuseas cefaléias hiperatividade agressividade e sudorese Slide 55 Dieta sem Glúten e Caseína Período Inicial Rápido de Melhora Período de Latência Abstinência Novo período de melhora Karl Reichelt Universidade de Noruega Slide 56 Dieta Antifúngica Slide 57 Dieta Antifúngica Pode ser implementada junto com a dieta SGSC; Propósito pode ser:diagnóstico ou terapêutico Diferente das bactérias, os fungos possuem tipo de parede celular composta por polissacarídeos em ligações cruzadas e são mais resistentes à lise pelo sistema complemento exigindo respostas humoral e celular do sistema imunológico do hospedeiro. BENJAMINI, E ; COICO, R ; SUNSHINE, G. Imunologia. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2002 . Slide 58 Dieta Antifúngica 500.000 espécies de fungos vivem entre nós e podem ter diferentes formas de vida, capazes de se proliferar rapidamente, crescer e mudar ao longo dos anos. cerca de 5.000 diferentes espécies de fungos vivendo em nosso organismo como habitantes normais da pele, vagina e trato gastrintestinal. nosso sistema imune, nível de pH e outros microorganismos (bactérias benéficas) nos protegem de maiores problemas pela exposição contínua ao fungo. Slide 59 Dieta Antifúngica Os fungos fazem parte da microbiota presente nas mucosas do nosso organismo, principalmente na mucosa intestinal, desde sempre. A convivência com esses microorganismos é natural e, na maioria das vezes – pacífica. Síndrome Fúngica: são distúrbios que podem se manifestar em qualquer órgão ou sistema com sintomas físicos, mentais e emocionais. Slide 60 Síndrome Fúngica Fatores que desencadeiam a Síndrome Fúngica: desequilíbrio da microbiota intestinal incapacidade do sistema imunológico de defender o organismo deficiência orgânica para eliminar substâncias tóxicas Slide 61 Síndrome Fúngica jejum prolongado consumo regular de lactose consumo de carboidratos refinados produtos industrializados e cafeína consumo de bolor, mofo, leveduras contidos em alimentos saudáveis baixo consumo de legumes, verduras, frutas, cereais integrais e leguminosas proteína de difícil digestão (leite, glúten e soja), que podem alterar a microbiota, modificando o pH natural do TGI permeabilidade intestinal. CARREIRO, Denise Madi ; VASCONCELOS, Luana ; AYOUB, Maria Elisabeth. Síndrome Fungica: uma epidemia oculta. São Paulo: Referência, 2009 Slide 62 CARREIRO, Denise Madi ; VASCONCELOS, Luana ; AYOUB, Maria Elisabeth. Síndrome Fungica: uma epidemia oculta. São Paulo: Referência, 2009 Slide 63 Dieta Antifúngica Os fungos causam enfermidades através de três mecanismos fundamentais: alguns fungos determinam reações imunológicas que podem resultar em reações alérgicas (hipersensibilidades) depois da exposição aos antígenos do fungo. produção de micotoxinas, um amplo e diverso grupo de exotoxinas fúngicas ex. Aspergillus flavus através da infecção e inflamação subsequente. Ex. micoses CARREIRO, Denise Madi ; VASCONCELOS, Luana ; AYOUB, Maria Elisabeth. Síndrome Fungica: uma epidemia oculta. São Paulo: Referência, 2009 Slide 64 Síndrome Fúngica – sinais e sintomas Sistema digestivo: flatulência distensão abdominal, dispepsia prurido ou ardência anal, colite, fezes floculadas, sangue nas fezes dores abdominais difusas boca ou garganta seca coceira na garganta aftas,sapinho, língua branca náuseas e vômitos Slide 65 Síndrome Fúngica – sinais e sintomas Sistema nervoso: enxaqueca, fadiga anormal e inexplicável, obsessão, ansiedade, mudança de humor compulsividade sonolência falta de saciedade, fome noturna falha de memória comportamento agressivo, depressão e insônia autismo, hiperatividade, distúrbio de concentração e/ ou de aprendizado e depressão bipolar. Slide 66 Síndrome Fúngica – sinais e sintomas Pele: urticária, psoríase, eczemas coceira, escamação,manchas dermatite, vermelhidão transpiração excessiva, dermatite seborréica, acne, rosácea infecções nas unhas e assaduras. Trato geniturinário: disúria, cistite intersticial, urgência urinária infecções urinárias recorrentes candidíase vaginal de repetição, ardência e prurido vulvo vaginal. Slide 67 Síndrome Fúngica – sinais e sintomas Sistema endócrino: hipo ou hiper tireoidismo auto-imunes como tireoidite de Hashimoto doença de Addison e diabetes tipo I Outros Sistemas: bronquite asmática fibromialgia, edemas artrite reumatóide lúpus eritematoso esclerose múltipla imunodepressão e processos alérgicos. Slide 68 Síndrome Fúngica proliferação de fungos micotoxinas sintomas desequilíbrios nutricionais alérgicos hipoglicemia distúrbios de detoxificação inflamatórios Alteração sistema imune autoimunes Slide 69 Dieta Antifúngica As toxinas produzidas pelos fungos entram na corrente sanguínea e seguem até o cérebro causando sintomas como: Alienação Embotamento mental Falta de energia Slide 70 Como as Alergias Alimentares Tardias podem promover proliferação Fúngica? Slide 71 Carência nutricional Alterando Permeabilidade intestinal Estresse do Sistema imunológico Desencadeando processo inflamatório ocupando os receptores das endorfinas naturais e modificando o comportamento .absorção de macromoléculas Proteícas .Metabólitos de fungos/bact pat. .Metais tóxicos Slide 72 Gliotoxinas Outra causa de desequilíbrios orgânicos, associada ao supercrescimento fúngico, é a produção por esses microorganismos de compostos químicos chamados gliotoxinas. São compostos que fragmentam o DNA dos glóbulos brancos do sangue, causando ou agravando a depressão do sistema imunológico. (imunotóxicas). Entre as suas ações podemos destacar: - Inibe a ativação do NFkB em resposta aos estímulos recebidos pelas células imunológicas LB e LT, inibindo a resposta imune adaptativa. - Induz apoptoses em várias células imunológicas incluindo neutrófilos, eosinófilos, monócitos e células dendríticas (inibindo a apresentação de antígenos), resultando inclusive na supressão de respostas específicas pelos linfócitos (LT) contra o microorganismo (por ex. Cândida sp ou Aspergillus fumigatus). Candida contém glicoproteínas que tem o potencial de estimular os mastócitos a liberar histamina e prostaglandina (PGE2), substâncias pró-inflamatórias que podem causar inclusive Síndrome do Intestino Irritável. CARREIRO, Denise Madi ; VASCONCELOS, Luana ; AYOUB, Maria Elisabeth. Síndrome Fungica: uma epidemia oculta. São Paulo: Referência, 2009 Slide 73 Síndrome Fúngica Tratamento: abordagem individual equilíbrio do estado nutricional e imunológico Como muitas infecções fúngicas evoluem lentamente e são de difícil diagnóstico, podem transcorrer meses ou anos antes que o indivíduo infectado perceba a necessidade de um tratamento clínico. CARREIRO, Denise Madi ; VASCONCELOS, Luana ; AYOUB, Maria Elisabeth. Síndrome Fungica: uma epidemia oculta. São Paulo: Referência, 2009 Slide 74 Dieta Antifúngica Tratamento: Retirada dos alimentos que contenham fungos ou que estímulem seu crescimento (açúcar, leite e derivados, alimentos alergênicos) Evitar alimentos que promovam a fermentação e proliferação dos fungos; Recuperar e manter a integridade intestinal Corrigir a disbiose intestinal Modular o sistema imunológico Adequar o processo de detoxificação do organismo Tratar e previnir alergias alimentares Uso de antifúngicos.ex. nistatina Uso de antifúngicos naturais ex. óleo de coco, óleo de orégano, alho, ácido caprílico, entre outros. “O hospedeiro é mais importante que o invasor” (Louis Pasteur) CARREIRO, Denise Madi ; VASCONCELOS, Luana ; AYOUB, Maria Elisabeth. Síndrome Fungica: uma epidemia oculta. São Paulo: Referência, 2009 Slide 75 Cranberry(Vaccinium macrocarpon): inibe a adesão fúngica por provável ação de polifenóis, além de ser fonte de vitamina C, fibras e manganês. Equinácea(Echinacea purpúrea L): sob prescrição médica, é indicado por estimular do sistema imunológico, aumentar e promover a liberação de fator de necrose tumoral, IL- 1 e interferon- B2 de macrófagos. Gengibre(Zingiber officinale): promove secreções gástricas, aumenta o peristaltismo. O ginerol é um inibidor potente da biossíntese da prostaglandina e leucotrienos sendo muito utilizado para inflamação. 2DUGOUA, J.J.; et al. Safety and eficacy of cranberry ( Vaccinium Macrocarpon) during pregnancy and lactation. Cand. J. Clin. Pharmac., v.15, n.1, 2008 YARNELL, E. Botanical medicines for the urinary tract. World J. Urol, v.20, p.285-293, 2002 BURGER, R.A; et al. Echinacea induced cytokine production by human macrophages. In: CARLOS,I.Z; et al. Ação de extrato metanólico e etanólico de Davilla elliptica St. Hill. (malpighiaceae) na resposta imune. Rev. Brás. Farmac., v.15, n.1, p.44-50, 2005. ROSA, C. de; MACHADO, C.A.Plantas medicinais utilizadas no tratamento de doenças reumáticas: revisão. Rev. Brás. Farm. , v.88, n.1, p.26-23, 2007. Slide 76 Óleo de coco extra virgem: O ácido láurico é transformado pelo organismo em monolaurina que possui ação antibacteriana, antifúngica, antiviral e antiprotozoária, pois este ácido graxo solubiliza os lipídeos contidos no envoltório de patógenos, causando destruição da capa lipídica de vários microrganismo. Uma vantagem deste alimento, é que não afeta as bactérias da flora intestinal probiótica. Ômega 3: é o principal nutriente anti-inflamatório, sendo modulador do sistema imunológico e anti-histamínico. Orégano (origanum vulgare L.):O Carvacrol e Timol, dois agentesfenólicos presentes no orégano, são responsáveis pelos efeitos antimicóticos e antimicrobiano. Sua eficiência esta relacionado no combate do crescimento e sobrevivência de bactérias e fungos contaminantes de alimentos, bem como inibindo a produção de toxinas microbianas. CARREIRO, Denise Madi ; VASCONCELOS, Luana ; AYOUB, Maria Elisabeth. Síndrome Fungica: uma epidemia oculta .São Paulo: Referência, 2009. ARITA, M. Stereochemical assignme, antiinflammatory properties, and receptos for the omega-3 lipd mediator resolving E1. JEM, v.201, n. 5 p. 713-722, 2005. HELAL, R.G; STELATO, M.M. Avaliação da atividade antifungioca do óleo essencial de origanum vulgare. Anais do XIV Encontro de iniciação cientifica da PUC- Campinas, 2009. Slide 77 Probióticos: melhoram o equilíbrio da microbiota intestinal para o controle da proliferação de fungos diminuindo estado de disbiose. O ideal é o uso de diversas cepas, pois agem modulando o sistema imunológico. Quercitina: possui importante papel antiinflamatório e antialérgico, inibindo a formação e ação da histamina e de outros mediadores inflamatórios e alérgicos. Silimarina (Silybum marianum L.):a silibina, composto mais ativo da silimarina, impede a entrada de toxinas na células hepáticas, ligando-se a receptores de membrana impedindo o transporte de substâncias tóxicas para o interior da célula hepática, possuem ação antioxidante e regenera hepatócito. Unha de gato (Uncaria tomentosa): aumenta a sensibilidade e reatividade do sistema imune, a fagocitose e inibe processo inflamatório. BEDANI, R; ROSSI, E.A. Microbiota intestinal e probióticos: implicações sobre o câncer de colon. J Port Gastroenterol, v.12, p.19-28, 2009BROWN, A.C ; M.S., A.V. Probiotics and medical nutrition therapy. Nutr Clin Care.v.2, n. 2, p. 56-68, 2004 FLÓREZ, M.S; et al. Los flavonoides: propiedades y a acciones antioxidantes. Nutr. Hosp. V. XVll, n. 4, p.271-278, 2002 SANDOVAL, M. ;LAZARTE, K; ARNAO, I. Hepatoproteccion antioxidante de cáscara y semilla de Vitis viniferaL . ( uva). An. Fac. Méd. , v.69, n. 4, p.250-9, 2008.MORENO,S.R.F; et al.Effect of oral ingestion of extract of the herb Uncaria Tomentosa on the biodistribution of sodium in rats. Brazilian Journal of medical and biological research, v.40 , p. 77-80, 07 Slide 78 Dieta Antifúngica Alimentos com maior teor de leveduras pães produtos fermentados ou envelhecidos: bebidas alcóolicas, extrato de baunilha, queijos frutas secas temperos e molhos com vinagre açúcares e farinhas refinadas em geral xaropes de milho vitaminas e suplementos devem ser livres de açúcar e leveduras uvas, maçãs nozes, amêndoas, avêlas, amendoins Póvoa, Helion O cérebro desconhecido, 2002 ed. Objetiva CARREIRO, Denise Madi ; VASCONCELOS, Luana ; AYOUB, Maria Elisabeth. Síndrome Fungica: uma epidemia oculta. São Paulo: , 2009 Slide 79 Dieta Antifúngica Efeitos colaterais: Die off / REAÇÃO DE JARISCH-HERXHEIMER Cansaço, letargia Febre, dor de cabeça Comportamento estereotípicos Aumento da hiperatividade/agitação Náuseas, vômitos e mal estar generalizado Quadro de piora clínica e sintomática pode ocorrer de 12 horas até 4 dias após a primeira administração do medicamento ou fitoterápico antifúngico Slide 80 Dieta Antifúngica Efeitos colaterais/die off essa reação é devida a liberação em excesso de ácidos orgânicos ou subprodutos tóxicos presentes nos fungos, que podem ser absorvidas pela mucosa intestinal desencadeando sintomas no organismo. Os sintomas desta reação costumam persistir por no máximo 10 a 15 dias. Podemos amenizar esta reação com alguns cuidados como : suporte nutricional, equilíbrio da microbiota melhora da permeabilidade intestinal e eliminação de toxinas. Slide 81 Dieta Carboidratos Específicos Slide 82 Dieta Carboidratos Específicos Dieta específica para doenças intestinais que pode ajudar muito quem tem diarréia crônica, doença de Crohn, Colite Ulcerativa ou Doença Celíaca O princípio básico da dieta é eliminar os carboidratos da alimentação - massas, arroz, açúcar, pães e farinhas. A tese da autora é que os carboidratos são energia para os micróbios do intestino e contribuem para o desenvolvimento de doenças inflamatórias intestinais. 1994, livro Breaking the Vicious Cycle. www.breakingtheviciouscycle.com Estudo em grupo de crianças autistas demonstrou uma deficiência de enzimas digestivas (lactase e dissacaridases levando a uma má absorção – Massachusetts General Hospital Harvard Slide 83 Dieta Carboidratos Específicos O que já sabemos... Fatores que podem influenciar na má absorção e intolerâncias aos carboidratos: Grau de atividade das enzimas digestivas Mastigação dos alimentos Secreção ácida Velocidade do esvaziamento Manutenção da integridade estrutural e funcional do intestino Penna,J.F e Mota C. A.J Doenças do Aparelho Digestivo-Gastroenterologia Pediátrica, 1994 Slide 84 Dieta Carboidratos Específicos Má absorção de CHO pode ser primária ou secundária Primária: ocorre como consequência de uma alteração genética na produção de enzimas responsáveis pela hidrólise dos açúcares ou por uma redução nas unidades proteícas transportadoras de monossacarídeos Secundária: ocorre decorrente de uma agressão da mucosa intestinal com consequência a diminuição da atividade de enzimas. Penna,J.F e Mota C. A.J Doenças do Aparelho Digestivo- Gastroenterologia Pediátrica, 1994 Slide 85 Dieta Carboidratos Específicos Quando iniciar a Dieta? Crianças com alterações gastrointestinais severas, que não melhoram com a dieta sem glúten e caseína e antifúngica. Sintomas: náuseas, dor abdominal, flatulência, diarréias,... Slide 86 Dieta Carboidratos Específicos Principais alterações/sinais: Regressões Alterações de comportamento Hiperatividade Agressividade Alterações de sono Alterações gastrointestinais Falta de concentração Slide 87 Dieta Carboidratos Específicos substituição de alimentos ricos em carboidratos refinados por carboidratos integrais (baixo IG), que reduzem as taxas de glicose no sangue após as refeições. A associação de dieta rica em proteínas com carboidratos de baixo IG pode mostrar-se uma boa alternativa não só para perda de peso, mas para outros benefícios à saúde. Estudos mostraram que dietas de baixo IG, bem como a restrição de sal é importante para evitar maiores perdas de cálcio. Slide 88 Dieta Carboidratos Específicos O intestino de um paciente de DII é inflamado e por isso não produz as enzimas necessárias para a absorção dos alimentos. Quando o carboidrato chega num intestino nesse estado, passa a ser utilizado pelas bactérias locais, provocando um aumento de gases “Os pacientes de DII devem buscar a alimentação mais equilibrada e saudável possível, independente do momento que estejam atravessando, crise ou remissão dos sintomas” “Através de um acompanhamento eficaz, o adequado estado nutricional do paciente é fator determinante para a resposta do organismo à doença e para o sucesso de qual-quer terapêutica clínica ou cirúrgica que for feita. A terapia nutricional individualizada, baseada nos aspectos e no tratamento da doença, é capaz de promover uma melhora efetiva dos sintomas e do estado nutricional, permitindo aos pacientes uma melhor qualidade de vida, com o mínimo de limitações” Slide 89 Dieta Carboidratos Específicos Os carboidratos simples, como os da frutas, vegetais, mel de abelha, pães, biscoitos, bolos,... não necessitam de processos digestivos complexos e não absorvidos de forma imediata. Carga Glicemica elevada x inflamação Dieta com CG elevada foi associada a: Valores mais elevados de: PCR ultra-sensível IL-6 TNF IL-1ß Liu S et al. Am J Clin Nutr. 2002 Mar;75(3):492-8. Levitan EB, et al. Metabolism. 2008 Mar;57(3):437-43. Qi L, Hu FB. Curr Opin Lipidol. 2007 Feb;18(1):3-8. Du H, et al. Am J Clin Nutr. 2008 Mar;87(3):655-61. Kallio P, et al. Am J Clin Nutr. 2008 May;87(5):1497-503. Motton DD, et al. Am J Clin Nutr. 2007 Jan;85(1):60-5. Slide 90 Mas será que os carboidratos têm realmente importância na nossa alimentação? os carboidratos são a base da nossa alimentação, praticamente tudo o que diariamente ingerimos, é composto por carboidratos. O fator principal é fornecer a energia básica para as nossas atividades diárias, para nossas células. A ausência deste nutriente na dieta, por um período prolongado, pode trazer efeitos indesejados como fraqueza, mal estar, desidratação, menos resistência a infecções, entre outros. Slide 91 Açúcar Hiper e hipoglicemias constantes podem alterar o humor do indivíduo (LAZARUS, 1997). Leva a hiperglicemia imediata e hipoglicemias reativa Depleta vit. complexo B, Cr, Mg. AÇÚCAR DEPRESSÃO Westover e Marangell, Depression and Anxiety, v.16, 2002 Hiperatividade, alterações gastrointestinais e aumento de fungos Slide 92 Açúcar Consumo de sacarose per capita anual no Reino Unido: 1815: 6,8 kg 1970: 54,5 kg Pensa-se que a produção de sacarose tenha surgido na Índia em 500 AC Antes disso, o consumo de açúcar era sazonal e resumia-se ao mel Exemplo: Aborígenes do Norte da Austrália: 2 kg de mel/pessoa/ano Cordain L et al. Origins and evolution of the Western diet: health implications for the 21st century. Am J Clin Nutr. 2005 Feb;81(2):341-54. slide by Pedro Bastos Slide 93 Açúcar Alguns autores sugerem que a retirada do açúcar seja feita de forma gradual,ao longo de 3 semanas,para evitar o desaparecimento dos sintomas e, em seguida, re-introduzir o açúcar por cinco dias, verificando os sintomas apresentados. Se a criança apresentar uma forte reação adversa a reintrodução do açúcar, o papel do mesmo nesta criança fica comprovado. Mesmo que o aparecimento dos sintomas não seja evidente, a restrição do açúcar pode contribuir com a melhora da flora intestinal. Póvoa, Helion O cérebro desconhecido, 2002 ed. Objetiva Dra. Berenice Wilke -April 16, 2009 Autismo –Papel da Alimentação e do sistema gastrointestinal-Disponível no site: http://www.clinicaberenicewilkeblanes.med.br/ Slide 94 Dieta Carboidratos Específicos Alimentos permitidos proteínas: carnes, peixes, frutos do mar, ovos, frutas: todas naturais,cruas e com cascas vegetais nozes, sementes em geral leguminosas: feijões, lentilhas bebidas: sucos vegetais e frutas*atenção chás adoçantes: xilitol e estévia Considerações gerais ingerir alimentos de baixo indice glicêmico ingerir fibras solúveis aumentar frequência as refeições Slide 95 Dieta Carboidratos Específicos Alimentos não permitidos alimentos com alto teor de índice glicêmico batatas, arroz, trigo,... frutas secas Slide 96 Dieta Carboidratos Específicos Considerações gerais: O processo de melhoria pode ser devagar e pode ter falhas Não incluir alimentos AA Começar lentamente a introduzir os novos alimentos Slide 97 Dieta Rotação Eliminação Reintrodução Rotatividade Slide 98 Histórico da Alergia Alimentar Hipócrates (2400 AC) Lucretius “o que é comida para um, é para outros amargo veneno” 1905, Francis Hare– descreveu vários aspectos de AA: incluindo alcoolismo, obesidade e adicção alimentar 1906, definiu-se alergia como qq reação alterada a uma substância normalmente inofensiva definindo toda alergia mediada por IgE 1930, Dr. Coca publicou o livro” The Puls Test” no qual descreve que o pulso de uma pessoa aumenta quando exposta a um alergeno, formulando o conceito de hipersensibilidades, adotando o termo “Atopia” para descrever reações mediadas por IgE e outras imunoglobulinas... Slide 99 Histórico da Alergia Alimentar Hábitos alimentares são um fator importante para explicar o aumento das AA A alimentação das crianças desde pequenas diversificada somada a adição de ingredientes pouco saudáveis e a globalização alimentar – nos quais em gerações passadas não chegaram a conhecer Brunet, Jean-Louis – Alergias –Editora Larousse,2007 Slide 100 Alergia Alimentar Alergia é uma reação imunológica excessiva ou inapropriada do organismo em sua defesa contra uma determinada substância – o antígeno, causando distúrbios funcionais em órgão alvos Tipo I (IgE) imediata Tipo II IgG/ IgM citotoxica Tipo III Tipo IV • IgG (tardia) • Linfócito T + IgG tardia • imunocomplexos celular Slide 101 Alergias Alimentares IgE Reação imediata clássica 2% das AA Fixa- tem componente hereditário Reintrodução muito dificil Anticorpos IgE ligados aos alimentos- decrescem rapidamente em semanas Os anticorpos reaparecem logo que o alimento seja consumido novamente IgG Reação tardia (2 a72 hs) 98% das AA Ciclíca – variada de acordo com a exposição Eliminação/Reintrodução/ Rotação Anticorpos IgG ligados ao alimento podem levar de 3 a 9 meses para descrescerem e até 1 ano para dessensibilizar Para que os níveis de anticorpos se elevem é preciso ingerir o alimento por semanas ou meses. Slide 102 Alergia x Sensibilidades Alergia (imuno mediada) Sensibilidade ( alergias, intolerâncias ou outras reações alimentares) ex. intolerância a dissacarídeos hipo ou hiperglicemia distúrbios na detoxificação distúrbios bioquímicos distúrbios funcionais em órgãos alvos Slide 103 Hipersensibilidades Alimentares Alimentos liberadores de histamina que agem em contato com a mucosa intestinal: morango, tomate, clara de ovo, carne de porco, chocolate, peixes, crustáceos e algumas frutas Alimentos naturalmente ricos em histamina: queijos, embutidos, tomate, pepino e alguns peixes – a histamina é liberada no processo de digestão Alimentos ricos em tiramina: queijos Alimentos ricos em feniletilamina: queijos e chocolates Féculas/excesso do consumo de amido e celulose provoca a proliferação da flora de fermentação –fonte complementar de síntese de histamina. Brunet, Jean-Louis – Alergias –Editora Larousse,2007 Slide 104 Hipersensibilidades Alimentares Insuficiências Nutricionais: vitaminas (B1, B3, B6, AF, B12) minerais (Mg, Cr, V, Zn), ácidos graxos(n-3); Exposição a Metais Tóxicos Hipoglicemia Déficit na Detoxificação Hiperpermeabilidade e Disbiose Intestinal Slide 105 Permeabilidade Intestinal Slide 106 Permeabilidade Intestinal FATORES QUE PODEM ALTERAR A INTEGRIDADE DA PAREDE INTESTINAL, CAUSANDO “LEAKY GUT” : baixa ingestão de fibras dietéticas consumo regular de carboidratos refinados e substâncias químicas consumo regular de fatores antinutricionais ( ex. cafeína ) deficiência de enzimas digestivas ( ex. lactase ) alergênicos alimentares ( ex betalactoglobulina ) infecções (parasitas, bactérias, fungos) alta quantidade de espécies reativas de oxigênio carências nutricionais medicamentos ex. antibióticos álcool sensibilidade ao glúten disbiose intestinal Slide 107 Alguns autores propõem relações significativas entre alergia alimentar e o processo de peso corporal. (Lin et al, 2000; Bodmer et al., 1999) das citocinas pró- inflamatórias da RI histamina relaxamento cerebral sensação de prazer; serotonina: ansiedade compulsão, falta de saciedade e vontade de comer doces ou carboidratos; Irritação da mucosa intestinal inflamação e achatamento das microvilosidades diminuição das enzimas digestivas alteração da permeabilidade intestinal. Slide 108 ALERGIAS ALIMENTARES ...85% das crianças deprimidas eram alérgicas... Existe forte relação entre alergia alimentar e depressão ANSIEDADE X DEPRESSÃO X SII X ALERGIA Addolorato et al., Hepatogastroenterology;45(23):1559-64, 1998 Goodwin, Castros, Kovascs, Psychosom Med, v.68, p.94-8,2006; Stauder, Psychosom Med, v.65, p.816, 2003; COMPRE PSYCHIAT, v.17, p.335, 1976 Slide 109 Alguns Sintomas de AA Neuropsicológicas: Enxaqueca; Alteração de sono e ou humor; Insônia; Hiperatividade; Falta de concentração; Ansiedade; Depressão; Fadigas inexplicáveis, Convulsão; Comportamento anti-social; Embotamento mental Slide 110 Sinais e Sintomas Relacionadas as AA Tardias Pele: sensibilidades transpiração excessiva palidez face inexpressiva assaduras Nariz: incontinência rinítica Slide 111 Sinais e Sintomas Relacionadas as AA Tardias Olhos: vermelhos coceira lacrimejantes prega ou bolsa sob os olhos inchaço olhar para o nada/não registra o que vê Orelhas: infecções recorrentes (otite ou descamação) vermelhas - precedendo ou acompanhando mudanças bruscas de personalidade Slide 112 Sinais e Sintomas Relacionadas as AA Tardias Bochechas: brilhantes vermelhas circular (rouge) cças de 1 a 4 anos Lábios: secos e rachados gengivas/interior de bochecha: desenvolvimento de feridas/úlceras Língua: branca rachada bolinhas Slide 113 Sinais e Sintomas Relacionadas as AA Tardias Fala: rápida gaguejar balbuciar pouco nítida voz rouca tom alto repetir várias vezes a mesma palavra ou sentença sons estranhos/associado com mudanças faciais Outros: sede excessiva, mãos e pés frios, inflexibilidade nas juntas, enurese noturna hipoglicemia obesidade mudanças bruscas na escrita e no entendimento acompanhada de mudança no comportamento Slide 114 Dieta Rotação 1- Analisar fatores que contribuem para o desencadeamento ou exacerbação da sintomatologia Desmame precoce e introdução dos alimentos Frequência do consumo dos alimentos Preferências Aversões Monotonia alimentar Alimentos ocultos Consumo de produtos químicos e articificiais Fatores antinutricionais: cafeína Ingestões alimentares(fungos, toxinas,... Medicações que interferem com TGI e biodisponibilidade de nutrientes Estresse: aumenta da demanda por nutrientes Poluição e toxinas ambientais Alterações bruscas de temperaturas Slide 115 Dieta Rotação 2-Observas as causas de disbiose intestinal Jejum prolongado Antibióticos e quimioterapias Decréscimo do IgA secretor Má digestão Parasitas intestinais, fungos e bactérias patogênicas Baixa ingestão de frutas, verduras e legumes Presença de xenobióticos Aumento do pH intestinal Deficiências nutricionais: zinco, vitamina A, folato Excesso de ingestão de gorduras, carboidratos simples, proteínas,... 3- Analisar fatores sócio-culturais Dinâmica familiar e social Resistência ao tratamento nutricional Analisar história materna Slide 116 Dieta Rotação - Tratamento Tratar intestino/probióticos Retirar alimentos alergênicos (dieta de eliminação e rotação) Evitar todos alimentos com "alta reatividade" IgEmediado Evitar todos alimentos com "alta reatividade" IgGmediados, por 3 à 6 meses Evitar ou rodar os alimentos com"moderada reatividade", por 4 à 8 semanas e depois reintroduzí-los. Slide 117 Dieta Rotação - Tratamento Reintroduzir os alimentos com alta reatividade, após 3 a 6 meses Realizar a rotação na dieta 4 a 8 semanas -– evitar a monotonia alimentar Se a reação retornar, suspender novamente e tentar de novo em alguns meses, Se não tiver mais reação fazer a rotação a cada 4 dias. Observação e anotação – importantes Iniciar com enzimas digestivas Escolher um alimento cada vez; Eliminar da dieta por 5 dias; Voltar a introduzir na dieta e observar se houve alguma mudança; Anotar em um diário as mudanças de comportamento Slide 118 Fontes Ocultas de AA Ovo: vitelina, ovovitelina, lecitina, ovomucóide, ovomucina, e albumina Leite: caseína, caseinato de sódio, lactose, lactoalbumina, soro e leite em pó Trigo: farinhas, gomas vegetais, gérmem de trigo, trigo integral, semolina, triticale, couscous, xarope de cereal maltado, proteína vegetal hidrolisada, farelos, ou alimento modificado com amido ou fécula e glúten Milho: amido de milho, dextrose, proteína do milho, glucose, maltodextrina, “caramelos coloridos” Soja: feijões de soja, tofú, lecitina, óleo de soja, temperos prontos , proteína da soja, salsichas, acentuadores de sabor, brotos de soja, molhos de soja Carne de boi: gelatinas, mocotó Papaia: papaína e carnes maturadas Slide 119 Dieta Feingold Slide 120 Dieta Feingold Dr. Benjamim Feingold, pediatra e alergologista Baseada na eliminação de alimentos que contém salicilatos, conservantes, flavorizantes e corantes artificiais. Ex. EDTA, glutamato monossódico e sulfito sódico. Aplicada as crianças sensíveis aos corantes e que apresentam hiperatividade e déficit de atenção Alimentos naturais: maçã, amêndoa, damasco, cereja, amora, pepino, pickles, nectarina, laranja, pessego, mporango, tomate, uva passa, groselha, ameixa seca, framboesa Outros: vinagre de vinho ou de maçã, bebidas destiladas, chás, cervejas, aspirina, perfumes FEINGOLD, B.F. Hyperkinesis and learning disabilities linked to artificial food flavors and colors. Am J Nurs; 75:797–803, 1975. Slide 121 Dieta Feingold Efeitos/sinais e sintomas: agitação ansiedade percepção visual fragmentada oscilações de humor olheiras eczemas hiperatividade agressões dores de cabeça distúrbios do sono Slide 122 Dieta Feingold Porque retirar estes alimentos a base de salicilatos e fenóis? Os fenóis são compostos químicos encontrados tanto em alimentos naturais como artificiais. Existe uma grande variedade de compostos fenólicos e subgrupos, mas os que mais provocam reações são os salicilatos e as aminas. As substâncias mais estudadas foram os corantes tartrazina ,carmin, carmoisine e os preservantes alimentares a base de benzoato É importante salientar, que esses efeitos nocivos não são mediados por IgE. Alguns autores acreditam que um dos mecanismos de ação destes compostos é a liberação de histamina. ROWE, K.S. Synthetic food colourings and „hyperactivity‟: a double-blind crossover study. Aust Paediatr J; 24(2):143-7,1988. ROWE, K.S.; ROWE, K.J. Synthetic food coloring and behavior: a dose response effect in a double-blind, placebo-controlled, repeated-measures study. J Pediatr;125(5 Pt 1):691-8, 1994. BATEMAN, B.; WARNER, J. O.; HUTCHINSON, E., et al. The effects of a double blind, placebo controlled, artificial food colourings and benzoate preservative challenge on hyperactivity in a general population sample of preschool children. Arch Dis Child;89:506–511, 2004. Slide 123 Aditivos Sulfitos e benzoatos (conservantes) Benzoatos encontra-se em cosméticos e prod. farmacêuticos. Existem os naturais em mirtilos,framboesas e amoras. Nitritos (embutidos e laticínios) causam urticária, dor de cabeça e distúrbios digestivos Glutamato monossódico: urticária, dor de cabeça, sensação de mal estar, dificuldades respiratórias,... Tartrazina, derivado nitroso, que provoca reações: asma e urticária, efeito mutagênico e carcinogênico por produzir a amina aromática ácido sulfanílico, após ser metabolizada pela flora intestinal. Brunet, Jean-Louis – Alergias –Editora Larousse,2007 Paschoal, Valeria et al- Nutrição Clínica Funcional: dos principios a prática clínica, São Paulo, 2007 Slide 124 Aditivos Salicilatos, é uma proteção natural produzida pelas plantas para se protegerem dos insetos. Encontra-se em: maçãs, cerejas e uvas ou temperos como café, cravo e páprica. Fenóis e outros aditivos a evitar: Fenóis e aditivos BHT BHA Preservativos - sem especificações Colorantes artificiais Flavorizantes artificiais Benzoatos Xarope de milho Emulsificadores - não especificado Hidrolizado de proteínas vegetais Sais minerais - não especificado MSG - glutamato Nitratos] Nitritos Perfumes Sorbatos Sulfitos Slide 125 Efeito do Corantes no Metabolismo Inibem ação das enzimas digestivas; (amilase e tripsina) Fermentação dos açúcares agrava o efeito nocivo dos peptídeos opióides Slide 126 Alimentos que contém Aditivos relacionados a reações adversas Corantes: refrescos, refrigerantes, leite aromatizados e fermentados, iogurtes, gelatinas, pó para pudim, sorvetes, chocolates, balas, chicletes... Sulfitos: refrescos, refrigerantes e embutidos Glutamato monossódico: temperos prontos, caldos de carne, galinha, patês, salgadinhos e bolachas aromatizadas Antioxidantes: manteigas, coco ralado, leite de coco, margarinas, óleos e gorduras, carne vegetal... Slide 127 Slide 128 Slide 129 Dieta Feingold Tratamento Controle na dieta Suplementação ou banhos de sal amargo Glutamina ômega 3 Observar sinais e sintomas após o consumo destes alimentos- individualidade nos mostra que algumas crianças regem a apenas certos alimentos e atentar as quantidades ingeridas. Slide 130 Dieta Feingold Tratamento Retirar todos os alimentos: Cores e sabores artificiais Nitratos e nitritos Glutamato monossódico Bromato de potássio, ácido fosfórico Sacarina, aspartame e ciclamatos Slide 131 Dieta Feingold Alimentos não permitidos Maçã, amêndoas, frutas e frutos vermelhos, café, pepino, uvas, nectarina, laranja, pêssegos, pimentão, ameixas, tomate, vinagre, vinho, chocolates, embutidos, milho de pipoca Alimentos com corantes e conservantes artificiais em geral Alimentos fontes de aminas e salicilatos Frutas: abacate, kiwi, uvas , maracujá e tâmaras Vegetais: broto de alfafa, tomates, cogumelos e produtos a base de tomates. Slide 132 Dieta Feingold Alimentos permitidos Baixo níveis de fenol e salicilatos É impossível realizar uma dieta livre de compostos fenólicos, deve se evitar aqueles com grandes quantidades A Associação Feingold sugere que todos os “salicilatos” sejam retirados de uma vez e depois que sejam introduzidos e testados um a um para determinar se acontece alguma reação. Algumas pessoas preferem eliminar inicialmente da alimentação todos os produtos sintéticos, retirando os salicilatos naturais em um segundo tempo para poder comparar os resultados obtidos. Slide 133 Dieta Baixa de Oxalatos Slide 134 Dieta Baixa de Oxalatos Encontrados em muitos alimentos São produzidos pelo organismo ou subprodutos das bactérias Aspergillus e a Candida; (Dr. Shaw) Oxalatos agravam as alergias e a disbiose intestinal Algumas crianças apresentam altos índices de ácido oxálico no organismo Oxalatos se ligam a nível intestinal a alguns minerais prejudicando sua absorção Oxaltos se ligam a metais pesados e impedem sua eliminação do corpo. As moléculas de oxalatos podem se unir as moléculas de cálcio e formar cristais/pedras que podem se alojar através da corrente sanguínea em qualquer parte do corpo. Slide 135 Dieta Baixa de Oxalatos Quando usar? Com esta dieta pode se apresentar melhorias que com as outras não tinham se apresentado. Pois os oxalatos exacerbam os comportamentos e essa dieta é altamente benéfica para crianças que apresentam baixo tônus muscular, dores na perna, caimbrãs,... melhoras no TGI, diarréia, melhora na parte cognitiva e motora melhora na dores em pernas,pés, vias urinárias e motoras redução dos comportamentos de agressão (Dra.Susan Owens) Slide 136 Dieta Baixa de Oxalatos Alimentos ricos em oxalatos: espinafre nozes, amêndoas, amendoim (muita usada na dieta especifica do carboidratos uvas vermelhas, figos, kiwi, frutas vermelhas, casca de laranja, lima e limão trigo integral, aveia, milho de pipoca legumes feijões amendoim grão de bico semente de girassol semente de gergelim soja chocolate Slide 137 Dieta Baixa de Oxalatos Alimentos baixo em oxalatos beterraba, aipo, berinjela, alho porró, salsa, pimentões verdes, abóboras, nabo, molho de tomate enlatado coco, chás de ervas temperos: canela, pimenta, gengibre Slide 138 Dieta Baixa de Oxalatos Revisar a lista dos alimentos baixos em oxalatos e comparar com alimentação atual Primeiro eliminar os alimentos ricos em oxalatos Listas disponíveis: http://patienteducation.upmc.com/Pdf/LowOxalateDiet.pdf Slide 139 Dieta Baixa de Oxalatos Considerações Gerais: a maioria dos alimentos contém oxalatos, mesmo em baixas quantidades muitos alimentos benéficos como frutas e verduras utilizar esta dieta até que a permeabilidade intestinal esteja curada/tratar a disbiose intestinal estudo de ácidos orgânicos na dieta sgsc e livre de soja já se eliminam muitos oxalatos hidratação uso de alimentos com baixo oxalatos suplementos como vit.B6, arginina, ômega 3, citrato de cálcio e probióticos Slide 140 Dieta Ecológica Slide 141 Dieta Ecológica A alimentação deve ser... “Rica em alimentos verdes, vivos, energizantes, detoxificantes, integrais e individualmente adequados” Ingerir uma dieta “Paleolítica” rica em frutas, vegetais, carnes magras, ovos e peixes Ingerir alimentos orgânicos O que evitar? Álcool, vinagre, cafeína, açúcar, doces, refrigerantes, pães, massas e outros cereais Leite e cereais à base de trigo THIERRY HERTOGHE. The patient hormone handbook. 2008 Slide 142 Dieta Ecológica Dieta paleolítica lave verduras abundantemente descasque frutas e raspe os vegetais compre na época certa de cada alimento/ alimentos sazonais. evite alimentos com alto índice de contaminação por agrotóxicos conheça a fonte dos frutos do mar compre alimentos de sua região tente comprar os alimentos mais importante de origem ecológica: arroz, feijão, carnes, laticínios... Nichols, Trent et al. Optimal Digestion. Quill, 1999 Slide 143 Recomendações práticas em relação às gorduras Ingerir mais AG Monoinsaturados: azeite - Ácido oleico (constitui 80% do azeite) tem efeito antiinflamatório. avelãs e amêndoas Ingerir mais AG Poliinsaturados ômega 3: sementes de linhaça peixe gordo (sardinha) ou suplemento Ingerir AG ômega 6 em equilíbrio com ômega 3: amêndoas, nozes e avelãs, mas sem esquecer os ômega 3 Kontogianni MD, Zampelas A, Tsigos C. Nutrition and inflammatory load. Ann N Y Acad Sci. 2006 Nov;1083:214-38 Institute for Functional Medicine. Clinical Nutrition – A functional approach. IFM, 2004 Slide by Pedro Bastos Slide 144 Paleolitico relação ômega 6: ômega 3: 0.79 relação ômega 6: ômega 3 nos EUA: 15 relação adequado: 1-4 Simopoulos AP. Importance of the ratio of omega-6/omega-3 essential Gorduraty acids: evolutionary aspects. World Rev Nutr Diet.2003;92:122. Slide 145 Slide 146 Slide 147 DIETA GAPS Natural Digestive Healing Os princípios básicos da dieta são: - a redução de carboidratos, amidos, açúcares, alimentos processados, féculas e glúten de refeições diárias. - eliminar alimentos embalados ou processados - remove a caseína, além de lactose nos estágios iniciais da dieta. Permitido na Dieta GAPS óleos de sementes, óleo de fígado de bacalhau e azeites nozes, amêndoas, castanha de caju, amendoim, nozes carnes , frango, e peixe são incluídos, mas devem ser sem conservantes ovos alimentos fermentados : iogurte , kefir, chucrute. grãos/sementes como quinua,painço, amaranto vegetais em geral orgânicos óleos de sementes,:óleo de linhaça , prímula, borragem algumas frutas como: uvas, cereja, tâmara, pêssego, laranja, mamão, pêra, abacaxi, passas, limão, manga, maçã e banana madura. ingestão isolada alguns legumes como: couve de bruxelas, aspargos, alcachofra, rabanete preto, couve chinesa, brócolis, repolho, alface, cenoura, couve-flor, aipo, feijão, berinjela e pepino. leite orgânico bruto (kefir) http://www.livestrong.com/article/220298-foods-on-the-list-for-the-gap-diet/ Slide 148 Nutrientes e Função Cerebral 226p. não institucionalizadas de Madri,65 a 90 a., 7 dias de registro alimentar, 2 questionários utilizados. Influência negativa: gordura total, saturados, monoinsaturados e colesterol Influência positiva: alimentos totais, frutas, carboidratos, tiamina, ácido fólico e ascórbico; verduras, fibras, ferro, -caroteno, zinco Ortega RM, Requejo AM, Andres P, et al. Dietary intake and cognitive function in a group of elderly people. Am J Clin Nutr. 1997;66:803-809. Slide by Pedro Bastos Slide 149 Tratamentos Slide 150 Dieta Antifúngica Dieta Ecológica Slide 151 INTERVENÇÃO NUTRICIONAL Slide 152 Individualidade Bioquímica Evitar a ingestão de substâncias que alterem o funcionamento cerebral e promover a integridade intestinal Detectar e corrigir o comportamento alimentar que interfere na biodisponibilidade dos nutrientes, assim como a sobrecarga de substâncias tóxicas e alergênicas Prover o organismo de nutrientes equilibrados quantitativamente e qualitativamente para a produção de substâncias químicas necessárias para o equilíbrio do organismo Slide 153 Linus Pauling, 1968 – “algumas doenças mentais estão relacionadas a erros bioquímicos do corpo, isto é , que alguns distúrbios psicológicos são devidos às taxas anormais de substâncias encontradas no corpo humano, que são governadas pela genética, pela dieta e por concentrações anormais de substâncias essências (vitaminas e minerais) ou pela necessidade aumentada das mesmas”. Sua teoria sugere que cada pessoa tem sua individualidade bioquímica, governada por várias quantidades de vitaminas e minerais. Slide 154 Intervenção Nutricional Dietas isentas de glúten e caseína (GFCF) isentas de aditivos alimentares ex. corantes, conservantes, e aditivos artificiais isentas de alimentos alergênicos açúcar, mel e soja utilizar de preferência produtos de cultivo orgânico (McCandless,2002; Négron,2003 e Corzo,2005). Slide 155 Intervenção Nutricional Suplementos - Vitaminas e minerais. probióticos (Lactobacillus acidophilus, L.case, L.bulgaricus, L. salivarius, L. termophilus e L. plantarum). prebióticos ômega 3 enzimas digestivas antifúngicos naturais (alho, ácido caprílico, orégano, etc.) Uma desordem como o autismo pode ter seus sintomas melhorados quando identificado e suplementado na quantidade adequada dessas substâncias. (Pfeiffer et al. 1995) Slide 156 Disbiose intestinal Alergias alimentares Metais Pesados Susceptibilida de genética Processos imunológicos Desequilíbrios vitaminas x minerais Capacidade de destoxificação Slide 157 Antecedentes Dietas, uso de antibióticos,... AUTISMO Gatilhos Hipermeabiliade intestinal, exposição a toxinas Slide 158 Antecedentes exposição ocupacional a xenobióticos: desequilíbrios dietéticos insuficiências nutricionais deficiências mitocondriais déficit na detoxificaçãoagentes Gatilhos infecciosos e endotoxinas metais tóxicos agrotóxicos fármacos exposição a radiação eletromagnética oxidantes/antioxidantes insuficiências nutricionais hipersens. alimentares alterações hormonais agentes traumáticos Slide 159 Mediadores eicosanóides citocinas neurotransmissores neuropeptídeos hormônios (em desequilíbrio/desarmonia) espécies reativas de oxigênio e nitrogênio histamina Condições Condições Clínicas - Patologias (do CID) alzheimer, artrite, aterosclerose sínd. fadiga crônica, colite, d. de crohn cistite, diabetes mellitus, fibromialgia hiperinsulinemia, hepatite parkinson, prostatite, autismo ... Slide 160 Principais Benefícios da Intervenção Nutricional Maior concentração Melhora na linguagem expressiva e receptiva Diminuição de estereotipias e hiperatividade Melhora do contato visual e comunicação Melhora das sensibilidade / auto agressão Diminuição dos sintomas gastrointestinais Slide 161 Importante enfatizar que haja uma intervenção nutricional adequada e individualizada para cada caso, buscando, uma melhor qualidade de vida e um progresso na regressão dos sintomas autísticos; A randomização e homogenização da população não podem ocorrer, pois quando tratamos os indivíduos de forma homogênea há uma grande chance da cura ser nula, já que as doenças não têm vida independente, mas sim são caracterizadas por desarmonias no organismo. A descrição de casos e o estudo de populações afetadas irão contribuir, de forma efetiva, para que o autismo possa ser melhor compreendido e analisado, pois há muito para se descobrir sobre os processos biológicos que levam aos sintomas do autismo. Slide 162 O Semeador de Estrelas Slide 163 Que possamos ver sempre além daquilo que está diante de nossos olhos... Slide 164 MUITO OBRIGADA! E-mail: [email protected]