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Economia – Transpetro - Auditor Júnior
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Economia – Transpetro - Auditor Júnior
Teoria do Consumidor
Professor: Celso Natale
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Aula 00 – Aula Demonstrativa
É com enorme satisfação que parabenizo você por ter saído na frente
dos seus concorrentes! Estou falando da escolha do material de estudos.
Lamentavelmente, o mercado está cheio de apostilas, cursos e até livros de
baixa qualidade, mas você chegou ao Ponto dos Concursos, e aqui vai encontrar
tudo o que precisa para sua aprovação, como eu encontrei.
Ah sim! Permita-me uma brevíssima apresentação. Meu nome é Celso
Natale e sou Analista do Banco Central do Brasil. Felizmente, minha empreitada
de concurseiro durou pouco, pois consegui minha aprovação de primeira no
concurso de 2013 para o Banco Central, aos 24 anos.
Agora, dedico-me a retribuir tudo que essa aprovação me proporciona,
ajudando você a alcançar também a realização pessoal e o conforto financeiro
de ser concursado.
Gostei de Economia na minha graduação, encantei-me na fase de
preparação para o concurso, e me apaixonei pela matéria no dia a dia do meu
trabalho no Banco Central. Estou seguro de que você também vai achar os
assuntos interessantes!
Sobre o Curso
Este curso é totalmente voltado para o recém-lançado edital do concurso
para Auditor Júnior da Petrobrás Transporte S.A – Transpetro, cargo com
garantia de remuneração mínima de R$9.013,67, apenas esperando sua
aprovação.
Vamos nos encontrar em um total de cinco aulas (incluindo esta).
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Resolveremos questões da Cesgranrio, banca responsável pelo nosso
certame, mas também veremos outras bancas quando for necessário à fixação
do conteúdo! Você verá que costumo utilizar diferentes abordagens ou táticas,
pois assim você pode encontrar a melhor forma para você mesmo resolver as
situações propostas.
Temos pouco tempo até a prova, então serei objetivo e direto, cobrindo
todo o conteúdo de Noções de Economia do edital. Se ficar com qualquer tipo
de dúvida, pode me procurar: [email protected].
O conteúdo programático, com os assuntos e datas de lançamentos das
aulas, é o seguinte:
Aula
Conteúdo Programático
Data
00
Teoria do consumidor;
-
01
02
03
04
Teoria da produção; Estrutura de mercados; Economia
industrial - conceitos básicos (firma, indústria e
mercados); Elementos de estrutura de mercados
(diferenciação de produtos, barreiras à entrada,
economias de escala e de escopo, inovação); Padrões
de concorrência e estratégias empresariais;
Introdução aos principais modelos de crescimento
econômico: clássico, keynesiano, IS-LM;
Sistema econômico: produção e circulação; Macro
aberta; Longo prazo crescimento e flutuações
econômicas: conceitos básicos;
Moeda, crédito e inflação; Setor público; Política
macroeconômica - fiscal, monetária e cambial;
19/05
27/05
03/06
09/06
Na aula de hoje aprenderemos sobre Teoria do Consumidor, assunto
muito cobrado e que serve de base para os favoritos da Cesgranrio (em
Microeconomia): Teoria do Produtor, Estruturas de Mercado e Modelo IS-LM,
que serão vistos nas próximas aulas.
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Tópicos da Aula
1. Introdução: Economia ....................................................................... 5
2. Preferências do Consumidor ............................................................. 6
2.1 Função Utilidade ............................................................................ 14
3. Restrição Orçamentária ................................................................... 15
4. A Escolha do Consumidor ................................................................ 23
4.1 Escolha Ótima do Consumidor ......................................................... 23
4.2 Variações da Renda ....................................................................... 25
4.3 Variações nos Preços ..................................................................... 26
5. Elasticidade ..................................................................................... 29
5.1 Elasticidade-preço da Demanda ....................................................... 30
5.2 Elasticidade-preço cruzada da Demanda ........................................... 49
5.3 Elasticidade-renda da Demanda ..................................................... 51
5.4 Resumo sobre Elasticidade.............................................................. 61
6. Lista de Questões ............................................................................ 62
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1.
Introdução: Economia
Antes de começarmos a ver os assuntos do nosso edital, vamos dedicar
(somente) esta página a uma pequena introdução de conceitos básicos. Leia
tranquilamente, sem se preocupar em decorar nada, ok? O objetivo aqui é
contextualizar nossa conversa, não vai cair definição de Economia na sua prova.
A Economia é a ciência que estuda a administração da escassez. Escassez
é o fato de os recursos serem limitados, ou seja, não são infinitos. Então, a
Economia estuda como a sociedade toma suas decisões diante da escassez de
recursos. Especialmente decisões sobre a produção e o consumo.
Podemos
dividi-la
em
duas
grandes
áreas:
Microeconomia
e
Macroeconomia. A primeira é objeto desta aula e da próxima (Aula 01), e
analisa a formação dos preços no mercado, por meio das decisões dos
consumidores (famílias) e produtores (empresas). Seu foco é tanto em nível
individual como em grupos.
Já a Macroeconomia será vista por nós nas aulas 02, 03 e 04, e seu
objetivo é analisar o agregado (o “todo”) da economia. Faz uso de indicadores
como a renda, a produção, o emprego, a inflação, os juros, a balança de
pagamentos e o câmbio. Em outra palavras, é a Economia dos noticiários.
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2.
Preferências do Consumidor
A partir daqui, entenderemos como o consumidor faz suas decisões sobre
o que consumir e quanto consumir, considerando sua limitação de renda.
Para começar, quero que você imagine uma situação simplificada (com
frequência simplificamos, em Economia). A situação é a seguinte, você consome
e gosta de apenas dois bens: Pão de queijo e café. Isso significa que esses itens
irão compor sua cesta de mercado.
Agora, para entender o quanto você gosta de pão de queijo, existe o
conceito de Utilidade.
Utilidade: A utilidade é um valor atribuído para mensurar o quanto um
consumidor aprecia determinado bem.
Digamos que, ao comer o primeiro pãozinho de queijo, você tem uma
utilidade de 100 utils. O segundo pão de queijo vai te proporcionar mais
satisfação, provavelmente não tanto quanto aquele primeiro, mas ainda assim
você ficará mais feliz do que se comesse só um. Digamos que você obteve mais
90 utils com o segundo pãozinho.
Enquanto você continua a devorar essa iguaria, sua satisfação vai
aumentando cada vez menos, mas vai chegar uma hora, talvez lá pelo 10º pão
de queijo, que significou apenas 2 utils, em que você vai preferir recusar o
próximo.
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Aí, aprendemos dois conceitos importantíssimos: Utilidade e Utilidade
Marginal. A primeira já foi explicada, já a Utilidade Marginal é a utilidade
obtida com o consumo de uma unidade a mais do produto. Ou seja, a utilidade
marginal ao consumir o segundo pão de queijo foi de 90 utils, já a utilidade
total ao comê-lo foi de 190 utils.
Vimos que a utilidade aumenta conforme aumenta o consumo. Mas a
Utilidade Marginal diminui com o aumento do consumo! Chegará um ponto,
inclusive, quando comer o próximo pão de queijo lhe trará uma perda de
utilidade. Digamos que isso ocorra no 11º pão de queijo, quando sua utilidade
marginal será negativa em 2 utils.
Conforme aumenta o consumo...

A utilidade aumenta;

A utilidade marginal diminui;

Quando a utilidade marginal chega a zero, a utilidade vai parar de
aumentar, ou seja, o ponto máximo da utilidade é quando a utilidade
marginal é zero;

Quando a utilidade marginal fica negativa, a utilidade passa a
diminuir.
Certo, mas cadê o café? Vamos usar essa popular bebida para inserir
outro conceito importantíssimo. A curva de indiferença.
Você já entendeu que consumir pão de queijo lhe proporciona utilidade, é
evidente que consumir café também. O que a curva de indiferença vai nos
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mostrar são todas as combinações de café e pão de queijo que lhe
proporcionarão a mesma utilidade total.
Vamos às suposições. Para começar (situação 1), você tem 10 pães de
queijo e apenas 1 xícara de café, para consumir essa semana. Puxa, que pena!
É muito pão de queijo, e você gosta tanto de café... é provável que você
trocasse quatro pães de queijo por mais uma xícara de café, não é mesmo
(situação 2 – S2)? Assim você toma duas xícaras de café e come seis pães de
queijo, ficando tão feliz quanto antes.
Mas agora que você tem uma única xícara de café, você certamente
exigiria uma grande compensação em pães de queijo para abrir mão dela!
Isso nos explica o formato convexo da curva de indiferença: quando o
consumidor tem muito de um bem, como os 10 pães de queijo em S1, ele está
disposto a abrir mão de uma grande quantidade desse bem para obter uma
menor quantidade de outro bem que ele tem pouco, como o único café em S1.
Veja, saindo da Situação 1 para a Situação 2, sua utilidade foi mantida,
ou seja, em qualquer ponto da curva, sua utilidade (satisfação) será a mesma.
Agora, vamos a algumas considerações sobre a utilidade, que costumam
cair nas provas.
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Premissas Básicas sobre Preferências
As premissas, ou seja, características das preferências que são admitidas
como verdade, são as seguintes:
1. Integralidade: Isso quer dizer que as preferências são completas, e o
consumidor sempre é capaz de dizer se prefere uma ou outra cesta de
mercado, ou se é indiferente entre elas (como é o caso das cestas que
vimos no gráfico anterior).
2. Transitividade: A transitividade decorre da integralidade, e significa que
é possível concluir entre duas cestas, qual delas é preferida pelo
consumidor, por meio de comparação indireta. Por exemplo, se você
prefere a cesta A à cesta B, e prefere a cesta B à cesta C, podemos
concluir que A é, para você, preferível à cesta C.
3. Mais é melhor: Essa, embora mais óbvia, é mais difícil de aceitar. Quer
dizer
que
para
desenhar
nossas
curvas,
vamos
acreditar
que
o
consumidor sempre irá preferir consumir mais do que menos do bem.
Decorre da Premissa 3 o fato de que as curvas de indiferença mais à direita
são mais desejáveis ao consumidor, já que nessas curvas ele poderá consumir
mais dos dois bens!
Veja no gráfico abaixo como a curva U2 deixa o consumidor em melhor
situação do que a curva U1.
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Será que as curvas de indiferença podem se cruzar? Não, elas não
podem! Pois isso seria uma grande contradição. Veja no gráfico que, quando as
curvas se cruzam, estamos diante de um paradoxo.
Se todos os pontos de uma reta têm a mesma utilidade, e se as curvas de
indiferença mais altas têm maior utilidade, fica impossível dizer se a Cesta 1 é
melhor, pior ou igual à Cesta 2.
Por isso: as curvas de indiferença nunca se cruzam.
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TAXA MARGINAL DE SUBSTITUIÇÃO
A inclinação da curva de indiferença entre dois pontos é a taxa à qual o
consumidor está disposto a trocar um bem pelo outro, mantendo a mesma
utilidade, ou seja, permanecendo na mesma curva.
Em outras palavras, ela nos diz quantas unidades de um produto o
consumidor está disposto a abrir mão para obter uma unidade de outro
produto. Vamos ver sua curva de indiferença entre café e pão de queijo?

Do ponto A para o ponto B, como você tem 10 pães de queijo, você está
disposto a abrir mão de 4 para obter mais 1 cafezinho, afinal você só tem
1. Aqui, do lado esquerdo da curva, é #tudoporumcafé.

Por outro lado, no Ponto C, você tem 5 cafés e apenas 2 pães de queijo.
Par abrir mão de 1 pãozinho, sua exigência será maior: serão necessárias
2 xícaras de café.
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DOIS EXEMPLOS EXTREMOS DE CURVAS DE INDIFERENÇA
O que o formato da curva de indiferença nos diz é a disposição do
consumidor em trocar um bem pelo outro, mantendo o mesmo nível de
utilidade. Isso depende muito da relação entre os bens: se são substitutos um
do outro, ou se são complementares entre si.
Substitutos perfeitos
Complementares Perfeitos
Veja que tanto faz para o consumidor Se
o
consumidor
tiver
2
pés
ter 6 notas de 50 reais (A) ou ter 3 esquerdos e 2 pés direitos de sapatos
notas de 100 reais (B), ou mesmo ter (A), sua utilidade é a mesma se ele
4 notas de 50 reais e 1 de cem reais tiver 2 pés direitos e 4 pés esquerdos
(C), que sua utilidade seria a mesma, (B),
pois
ou seja, ficamos na mesma curva de consumidos
indiferença.
esses
bens
juntos.
devem
Para
ser
o
consumidor ficar em melhor situação,
em uma curva mais alta, somente
aumentando os dois bens (C).
A
Taxa
Marginal
(TMS) é constante.
de
Substituição A TMS é infinita na parte vertical e
zero na parte horizontal da curva de
indiferença.
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Com isso, podemos resolver com as mãos nas costas a primeira questão
sobre o assunto, elaborada pela Cesgranrio em um concurso recente para
Economistas!
1. CESGRANRIO/2014/CETEF-RJ – Economista
A Figura abaixo mostra algumas curvas de indiferença, típicas de certo
consumidor, entre dois bens, X e Y.
O exame da figura leva à conclusão de que, para esse consumidor, X e Y são
bens
a) inferiores
b) substitutos
c) complementares
d) com elasticidade preço cruzado positiva
e) com elasticidade de substituição positiva
Comentário: Apenas pelo formato das curvas de indiferença em L, já sabemos
de quais tipos de bens ela trata.
Resposta: C
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2.1
Função Utilidade
Função utilidade é uma expressão algébrica que mostra qual o valor de
utilidade atribuído pelo consumidor à cesta de bens, de forma que as cestas
preferidas tenham valores maiores que as menos preferidas.
O que importa sobre a função utilidade é a forma como ela ordena as
cestas, ou seja, a utilidade é ordinal. O tamanho da diferença entre duas
cestas não importa.
Um exemplo de função utilidade é u(x1,x2)=x1+x2. Ela nos diz que a
utilidade total obtida com o consumo da cesta será igual a soma da quantidade
de x1 com a quantidade de x2.
Vamos dizer que X1 é pão de queijo e X2 é café. A cesta A tem 3
unidades de cada, enquanto a cesta B tem 5 pães de queijo e 2 cafés. A cesta
C, por fim, tem dois pães de queijo e 4 cafés. Calculando a utilidade temos:

uA(x1,x2)=3+3=6

uB(x1,x2)=5+2=7

uC(x1,x2)=2+4=6
A cesta B possui um valor maior de utilidade que a cesta A, portanto é a
preferida. O tamanho dessa diferença não importa, pois trabalhamos com a
utilidade ordinal. A cesta C, por outro lado, é indiferente em relação à cesta A,
que significa que tanto faz para o consumidor obter a cesta A ou C.
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3.
Restrição Orçamentária
Claro que nem tudo são flores (ou pão de queijo e café). Todo consumidor
possui uma renda limitada para gastar com bens.
Como você ainda não passou no concurso, vamos supor que sua renda
semanal para comprar esses bens seja de R$ 80, e cada pão de queijo custe
R$5, enquanto a xícara de café sai por R$4.
Se você gastar tudo em pão de queijo, dá para consumir 16 unidades
durante a semana (16xR$5=R$80), enquanto se, por outro lado, toda a renda
for destinada ao café, serão consumidas 20 unidades (20xR$4=R$80). Esses
extremos definirão onde estarão as pontas da reta orçamentária, que
chamaremos de A e B. Você pode ainda decidir diferente, e dividir a renda em 8
pães de queijo e 10 xícaras de café (8xR$5 + 10xR$4 = R$80), que será
demonstrado como ponto C.
A restrição orçamentária pode ser demonstrada pela seguinte fórmula:
M=(Q1xP1)+(Q2xP2)
Em palavras: A renda total (M) deve ser igual à quantidade do bem 1
multiplicada pelo preço do bem 1, somada à quantidade do bem 2 multiplicada
pelo preço do bem dois.
Os pontos A, B e C comentados acima e demonstrados no gráfico a seguir
são aquelas cestas que esgotam a renda disponível, assim como qualquer ponto
sobre a reta orçamentária. Contudo, qualquer ponto na área sombreada, abaixo
da linha, é uma cesta possível, como o ponto D, onde são consumidas 5
unidades de café e 8 pães de queijo, com gasto total de R$60.
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Faremos agora algumas considerações sobre a reta orçamentária.
INCLINAÇÃO DA RETA ORÇAMENTÁRIA
A inclinação da reta orçamentária nos diz de quantas unidades de um
bem temos que abrir mão para obter uma unidade de outro bem. Ou seja, é
uma relação entre seus preços.
Para chegar ao valor, dividimos o preço do bem que está no eixo
horizontal pelo preço do bem que está no eixo vertical. Na nossa reta, basta
dividir o preço do café, pelo preço do pão de queijo: 4/5 = 0,8. Mas podemos
dizer apenas que inclinação é 4/5. Quer dizer que precisamos abrir mão de 4
pães de queijo para obter 5 cafezinhos, ou 0,8 pães para 1 café, dá na mesma.
Inclinação da Reta Orçamentária =
𝑷𝟏
𝑷𝟐
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ALTERAÇÕES DA RETA ORÇAMENTÁRIA
Basicamente dois fatores alteram a reta orçamentária: a renda e o preço
dos bens. Veremos no quadro a seguir cada uma das situações.
Reta orçamentária original
Preço do café dobrando
Preço do pão de queijo caindo a R$4.
Renda caindo para R$40.
Veja que tudo aquilo que deixa o consumidor em pior situação deixa a
restrição mais “para dentro”. E mais importante, se a renda aumenta, a reta é
toda deslocada para fora.
Hora de ver como isso é cobrado em prova.
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2. CESGRANRIO/2014/EPE – APE Petróleo/Abastecimento
Suponha que um consumidor tenha renda igual a y reais, sua cesta de
bens inclua água e pão, e que sua restrição orçamentária seja representada
pela reta decrescente no gráfico abaixo.
Suponha que a água custe 2 reais, e o pão, 4 reais. Na situação em que a
renda do consumidor é igual a 100 reais e em outra situação na qual sua renda
é
de
150
reais,
a
inclinação
da
restrição
orçamentária
acima
será,
respectivamente,
a) 2 e 2,5
b) 2 e 2
c) ½ e ½
d) ½ e ¾
e) 4 e 2
Comentário: Essa questão é simples, só precisamos dividir o preço do bem
que está na horizontal pelo bem que está na vertical. Simples: “4/2=2”. Veja
que a questão insinua que, após o aumento da renda, haveria uma mudança na
inclinação. Isso não acontece!
Alterações na renda deslocam a reta orçamentária para dentro ou para
fora, sem alterar sua inclinação.
Resposta: B
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3. CESPE/2015/MPOG - PGCE
Considerando a restrição orçamentária linear do consumidor no espaço de bens,
em que a quantidade do bem x é representada no eixo das abscissas, e a do
bem y, no eixo das ordenadas, julgue o próximo item.
Se os preços dos bens x e y duplicarem e a renda do consumidor triplicar,
então haverá deslocamento paralelo para a direita da restrição orçamentária.
Comentário: Se o preço dos bens dobrarem, o efeito é o mesmo de reduzir a
renda pela metade, apenas para triplicar ela na sequência. O deslocamento
certamente será para a direita, como está afirmado na questão. Vamos torcer
para caírem questões como essa na sua prova!
Resposta: Certo.
4. FUNCAB/2014/Sesacre - Economia
A reta orçamentária pode ser definida da seguinte maneira:
a) “É a representação do conjunto de combinações máximas possíveis de
bens, dados a renda do consumidor e os preços dos bens.”
b) “É o montante de renda disponível do consumidor, em dado período de
tempo.”
c) “É o instrumental gráfico que serve para ilustrar as preferências do
consumidor.”
d) “É a representação gráfica que demonstra a utilidade ou satisfação que
um bem representa para o consumidor.”
e) “É o lugar geométrico de pontos representando diferentes combinações
de bens que dão ao consumidor o mesmo nível de utilidade.”
Comentário: Vamos ver cada uma das alternativas.
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a) “É a representação do conjunto de combinações máximas possíveis de
bens, dados a renda do consumidor e os preços dos bens.”
Definição perfeita! Pode marcar esta como gabarito, mas não deixe
de conferir as próximas para fixar o aprendizado.
b) “É o montante de renda disponível do consumidor, em dado período de
tempo.”
O montante de renda, sozinho, não define a reta orçamentária,
sendo preciso conhecer também o preço dos bens.
c) “É o instrumental gráfico que serve para ilustrar as preferências do
consumidor.”
Errado! A reta orçamentária não demonstra as preferências do
consumidor, mas apenas as cestas possíveis diante da renda.
d) “É a representação gráfica que demonstra a utilidade ou satisfação que
um bem representa para o consumidor.”
Também está errada! A reta orçamentária não demonstra a
utilidade de bem algum, mas apenas as cestas possíveis diante da
renda.
e) “É o lugar geométrico de pontos representando diferentes combinações
de bens que dão ao consumidor o mesmo nível de utilidade.”
Essa alternativa descreve a curva de indiferença, e não a reta
orçamentária.
Resposta: A
5. CESPE/2013/Ministério da Justiça – Economia
O Ministério da Justiça (MJ) tem um montante fixo para gastar na aquisição de
dois bens: mesas e computadores. Ainda, o MJ planeja ocupar um prédio de
sua propriedade, atualmente alugado para profissionais liberais.
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Com base nessa situação hipotética, julgue o item seguinte.
A duplicação dos preços da mesa e do computador apresenta o mesmo
efeito, na linha do orçamento, que a redução, pela metade, do
montante fixo.
Comentário: Vamos construir toda uma situação hipotética, baseada no
enunciado, para ver o que acontece com a redução da renda pela metade e
com a duplicação do preço dos dois bens. Primeiro, vamos estabelecer o preço
das mesas em R$500, o mesmo preço do computador. A renda total será de
R$10.000. Já podemos montar nossa reta orçamentária e começar a “mexer”
nas variáveis.
Reta Original
1. Preço do computador dobra
A. Renda Reduzida à Metade
2. Preço da mesa dobra
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Como podemos ver, a reta orçamentária no gráfico A é igual ao gráfico 2.
Portanto, o efeito de uma redução da renda pela metade tem o mesmo efeito
que a duplicação simultânea do preço dos bens.
Resposta: Certo
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4.
A Escolha do Consumidor
Agora que já sabemos como avaliar as preferências e como sua escolha é
limitada à sua renda (restrição orçamentária), chegou a hora de combinar esses
dois conceitos e analisar como o consumidor escolhe.
Essa é a parte mais densa da aula, e também a mais cobrada.
4.1
Escolha Ótima do Consumidor
Já vimos que quanto mais alta a curva de indiferença, maior a utilidade
obtida pelo consumidor, então ele, ou melhor, você vai desejar consumir a
maior quantidade de pão de queijo e café que for possível. Por “for possível”,
entenda-se o máximo que sua renda permitir.
O que precisamos fazer é combinar os dois conceitos que aprendemos:
curvas de indiferença e retas orçamentárias.
As curvas de indiferença mais altas oferecem maior utilidade ao
consumidor. Entretanto, a restrição orçamentária define quais cestas de
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consumo são possíveis para o consumidor. Todos os pontos dentro da restrição
orçamentária, ou seja, abaixo da reta, são possíveis, inclusive os pontos A e B.
O ponto C, por outro lado, embora ofereça maior utilidade, não é uma
cesta possível para o consumidor, pois está acima de sua restrição, acima de
sua renda.
A decisão fica, então, entre os pontos A e B. Para decidir de vez, basta
observarmos que B está em uma curva de indiferença mais alta, ou seja,
oferece mais utilidade do que A. O ponto B é a escolha ótima do
consumidor.
Outra coisa importante: A Taxa Marginal de Substituição e a
Inclinação da Restrição Orçamentária são iguais, no Ponto Ótimo. Em
equação, fica assim:
TMS = P1/P2
Como a Taxa Marginal de Substituição é igual à razão entre as utilidades
marginais, a equação também pode ser escrita assim:
UMg1/UMg2 = P1/P2
Sempre? Não... nem sempre. Quando, por causa do formato das curvas
de indiferença e da restrição orçamentária, for impossível igualar a TMS à razão
entre os preços, teremos uma solução de canto. Isso quer dizer que o ponto
ótimo será uma cesta onde apenas um bem é consumido, como no gráfico
abaixo.
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Nesse caso, o ponto ótimo ocorre onde o consumo é exclusivamente de
café, sem nenhum pão de queijo.
4.2
Variações da Renda
Sabemos como o consumidor toma sua decisão de consumo. Agora,
vamos descobrir como ele reage a mudanças na sua renda.
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Veja que, quando a renda aumenta, a restrição orçamentária é deslocada
para fora, permitindo que o consumidor alcance uma nova curva de indiferença,
mais alta e, portanto, com maior utilidade.
Em regra, diante do aumento de sua renda, o consumidor aumenta o
consumo dos dois bens, se eles forem bens normais. Se, diante de um
aumento de renda, o consumidor diminuir o consumo de determinado bem,
trata-se de um bem inferior.
4.3
Variações nos Preços
Vamos supor agora que o preço de pão de queijo caia pela metade. Isso
provocará um deslocamento da restrição orçamentária para fora, mas somente
no eixo vertical, que é onde está demonstrada a quantidade de pão de queijo
que você pode consumir com sua renda.
Veja que, com a nova restrição orçamentária, é possível alcançar uma
curva de indiferença mais alta. Contudo, desta vez, diferente do que acontece
quando aumentamos a renda, a quantidade de café diminuiu!
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A mudança no preço de um bem gera dois efeitos no consumo: Efeito
Renda e Efeito Substituição. A intensidade desses efeitos nos dirá o que
acontece com o consumo dos bens diante de uma variação nos preços.
Quando o preço do pão de queijo caiu pela metade, você pode ter tido
dois pensamentos:
1. Oba! Agora que o preço do pão de queijo caiu, estou mais rico. Então
posso comprar mais pão de queijo e mais café. (Efeito Renda)
2. Bem... como o pão de queijo ficou mais barato em relação ao café, faz
sentido
eu
comprar
mais
pão
de
queijo
e
menos
café.
(Efeito
Substituição)
Perceba que o efeito renda é positivo para os dois bens, aumentando o
consumo de ambos, enquanto o efeito substituição é positivo para o bem que
teve seu preço diminuído, e negativo para o outro bem.
Podemos resumir conforme o seguinte quadro:
Bem
Efeito Renda
Pão de Queijo
O consumidor
Efeito Substituição
Efeito Total
O bem está relativamente
Efeito renda e
mais barato e seu consumo
substituição se somam
aumenta.
e o consumo aumenta.
Efeito renda e
está mais rico e
Café
aumenta o
O bem está relativamente
consumo.
mais caro e seu consumo
diminui.
substituição agem em
direções opostas, o
que for maior
determina o efeito no
consumo do bem.
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6. CESGRANRIO/2010/EPE - APE
A renda monetária de um consumidor dobrou e todos os preços dos bens e
serviços que ele compra quadruplicaram.
Nessa perspectiva, conclui-se que
a) ele comprará maior quantidade de bens elásticos em relação a preços.
b) os preços relativos entre os bens e serviços que ele compra não
mudaram.
c) as suas compras de bens normais aumentarão.
d) sua renda nominal diminuiu.
e) sua renda real dobrou.
Comentário: Vamos ver cada uma das alternativas.
a) ele comprará maior quantidade de bens elásticos em relação a preços.
O conceito de elasticidade não foi previsto no edital. Peço que
ignore essa alternativa que, diga-se de passagem, está errada.
b) os preços relativos entre os bens e serviços que ele compra não
mudaram.
Exato! Como todas as mudanças foram feitas por multiplicação em
todos os bens e na renda, os preços relativos serão mantidos.
c) as suas compras de bens normais aumentarão.
Na verdade, como o aumento dos preços (4x) foi maior do que o
aumento da renda (2x), a compra de bens normais irá diminuir.
d) sua renda nominal diminuiu.
Renda nominal é aquela renda que está escrita no seu holerite. E
segundo o enunciado essa renda dobrou, e não diminuiu.
e) sua renda real dobrou.
Renda real é aquela que leva em consideração o poder de compra.
Como a renda nominal dobrou e os preços quadruplicaram, a renda
real, na verdade, caiu pela metade.
Resposta: B
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5.
Elasticidade
Elasticidade não costuma ser um tema cobrado dentro de Teoria do
Consumidor. Nos livros de Economia ela aparece em outros temas, como
Demanda e Oferta. Contudo, a Cesgranrio cobra Elasticidade quando os editais
preveem Teoria do Consumidor (como é o nosso caso). Isso quer dizer que você
está em vantagem em relação aos seus concorrentes que estão estudando por
outros materiais, que irão ignorar esse tema com grandes chances de cair na
prova.
Como não poderia deixar de ser, quando iniciamos um novo assunto,
começamos apresentando seu conceito: Elasticidade é uma medida da
sensibilidade dos compradores às mudanças do mercado. Ela nos mostra o
quanto uma variável será afetada diante de mudança de outra variável.
Por exemplo, a quantidade demandada (variável 1) diminui quando os
preços (variável 2) aumentam. E a Elasticidade-preço da Demanda vai nos
mostrar exatamente isso: quanto varia a demanda diante de um aumento no
preço. Além dela, veremos outros dois tipos de elasticidade: Elasticidaderenda da Demanda e Elasticidade-preço cruzada da Demanda.
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5.1
Elasticidade-preço da Demanda
A Elasticidade-preço da Demanda compara a variação percentual na
quantidade demandada com a variação percentual o preço. Isso fica mais fácil
de ver na curva da demanda, então vamos direto a ela.
Preço do
bem
(em R$)
10
6
M2
M1
9 10
Quantidade do Bem
(em milhões de unidades)
Nossa curva tem dois momentos: M1 e M2.
Em M1, o bem está custando R$6,00 (como mostra a linha pontilhada
horizontal mais abaixo), e a quantidade demandada é de 10 milhões de
unidades. Em M2, o bem passou a custar R$10,00, e a quantidade caiu para 9
milhões de unidades. Isso era esperado, afinal, quando o preço sobe, a
quantidade demandada cai.
Analisando mais a fundo, vemos que o preço aumentou 67% (R$6 para
R$10) e isso causou uma queda de 10% na quantidade demandada (de 10 para
9 milhões). Vê que mesmo o preço subindo muito, a quantidade demandada
não caiu tanto assim?
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Cálculo de variação percentual
Para calcular uma variação percentual do preço, a fórmula é a seguinte:
𝑃2−𝑃1
x100
𝑃1
Para quantidade, fica bem parecido:
𝑄2−𝑄1
𝑄1
x100
No nosso exemplo, ficaria assim:
Preço:
𝟏𝟎−𝟔
𝟔
Quantidade:
x100 = 67% (como deu positivo, significa que o preço aumentou 67%)
𝟗−𝟏𝟎
𝟏𝟎
x100 = -10% (negativo, ou seja, a quantidade diminuiu 10%)
Agora faço um desafio: diante da alteração na quantidade demanda, você
acha que esse bem se parece mais com um remédio para tratamento de uma
doença grave ou com um lanche fora de casa?
Preciso que você faça esse exercício. Imagine que você come X-bacon,
uma vez por dia, enquanto estuda (ok, não vou julgar), e paga R$5,00. De
repente o tio da barraquinha decide aumentar o preço para R$8,35. É bem
provável que você reduza muito mais do que apenas 10% do seu consumo
(como no exemplo anterior). Você possivelmente trocaria por hot-dogs ou
outros lanches.
Essa
curva
de
demanda
pertence
a
algum
outro
tipo
de
bem.
Provavelmente um bem que não dá muitas alternativas para os consumidores
e, quando seu preço aumenta, eles continuam consumindo. O remédio se
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encaixa melhor. Deve ser de um bem com demanda inelástica em relação ao
preço.
Mas para podermos afirmar se uma demanda é elástica ou inelástica em
relação ao preço, precisamos aprender a calcular a elasticidade-preço da
demanda.
Elasticidade-preço da demanda=
Variação % da quantidade demandada
Variação % do preço
A fórmula também pode ser escrita assim:
EPD=
∆𝑸
𝑸
∆𝑷
𝑷
Apenas lembrando, no nosso exemplo a variação do preço foi de 67% e a
variação
da
quantidade
demanda
foi
de
-10%.
Vamos
calcular
nossa
elasticidade.
Elasticidade-preço da demanda=
-10
67
= -0,1492
A elasticidade-preço da demanda do nosso bem é de, aproximadamente,
-0,1492. Aqui cabe uma observação. Esse tipo de elasticidade, exceto para os
Bens de Giffen, sempre será negativa, pois preço e quantidade demanda andam
em direções opostas. Por esse motivo, os economistas (e as bancas de
concurso) costumam omitir esse sinal de negativo. Podemos dizer que a
elasticidade-preço da demanda é desse bem é 0,1492. “Mas professor, e se a
questão tiver uma alternativa ‘-0,1492’ e outra ‘0,1492’?” Aí pode marcar o
negativo mesmo, pois é mais preciso.
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E isso significa o que? Bom, a elasticidade-preço da demanda pode ser
classificada em cinco graus:

Demanda Perfeitamente Inelástica: Elasticidade igual a 0 (zero)

Demanda Inelástica: Elasticidade maior que 0 e menor que 1.

Demanda de Elasticidade Unitária: Elasticidade igual a 1.

Demanda Elástica: Elasticidade maior do que 1 e menor do que ∞
(infinito)

Demanda Infinitamente Elástica: Elasticidade igual a ∞
Perceba que o menor grau é quando não tem elasticidade nenhuma, e o
maior grau é quando a elasticidade é infinita.
Precisamos
saber
identificar,
através
da
curva,
qual
o
grau
da
elasticidade-preço da demanda. Vamos começar!
Demanda Perfeitamente Inelástica
Preço do
bem
(em R$)
10
6
M2
M1
10
Quantidade do Bem
(em milhões de unidades)
Quando a demanda é perfeitamente inelástica em relação ao preço, como
no caso dessa curva acima, não importa para onde vá o preço, que a
quantidade demanda continua exatamente a mesma. Vamos calcular:
Variação % da quantidade demandada
Variação % do preço
=
0
=0
66,67
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Zero divido por qualquer número é igual a zero. E assim é a demanda
perfeitamente inelástica: igual a zero, não tem elasticidade nenhuma, pode
mudar o preço à vontade que a quantidade demanda será sempre a mesma.
Demanda Inelástica
Preço do
bem
(em R$)
10
6
M2
M1
9 10
Quantidade do Bem
(em milhões de unidades)
Ora, se não é nosso exemplo do começo do assunto. Já calculamos essa
elasticidade, e sabemos que é 0,1492. Isso a situa entre 0 e 1, ou seja, trata-se
de uma demanda inelástica em relação ao preço.
Nesse caso, a variação da quantidade demandada é proporcionalmente
menor do que a variação do preço. É como se puxássemos uma corda com
pouca elasticidade: será preciso aplicar muita força (mudar o preço) para
conseguir esticar a corda (alterar a quantidade demandada).
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Elasticidade Unitária
Preço do
bem
(em R$)
M1
8
M2
6
8 10
Quantidade do Bem
(em milhões de unidades)
Na elasticidade unitária, preço e quantidade demandada andam juntas, ou
seja, variam na mesma proporção. Vamos calcular a elasticidade do caso
acima, levando em conta que o preço caiu 25% e a quantidade aumentou 25%.
Variação % da quantidade demandada
Variação % do preço
=
25
−25
=-1
A elasticidade é igual a 1 (vamos adotar a convenção e ignorar o sinal,
ok?). Daí vem o nome: Elasticidade Unitária.
Demanda Elástica
Preço do
bem
(em R$)
M1
8
M2
6
8
12
Quantidade do Bem
(em milhões de unidades)
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O gráfico acima nos mostra que o preço caiu 25% de M1 para M2.
Enquanto isso, a demanda disparou em 50%! Isso é uma demanda elástica em
relação ao preço; quando o preço diminui, a quantidade aumenta em maior
proporção. O contrário também é válido, ou seja, se o preço aumenta, a
quantidade demandada diminui em maior proporção.
Variação % da quantidade demandada
Variação % do preço
=
50
−25
=-2
A elasticidade é igual a 2. Significa que é maior que 1 e menor do que ∞,
o que a torna uma demanda elástica em relação ao preço.
Demanda Infinitamente Elástica
Preço do
bem
(em R$)
6
M1
M2
M3
8
12
16 Quantidade do Bem
(em milhões de unidades)
Até acrescentei um momento adicional, apenas para deixar mais claro
que, quando é infinitamente elástica, a determinado preço, os consumidores
demandarão qualquer quantidade. Aqui, no nosso caso, a R$6, os consumidores
podem demandar 8, 12, 16, 17, 328, 1.598.124 unidades, etc. Se o preço
subir, a demanda vai para zero, ou seja, ninguém vai querer comprar mais. Se
o preço cair, a demanda vai ao infinito. Tudo vai depender da oferta.
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RECEITA TOTAL
A receita total é o valor total recebido com a venda de uma certa
quantidade de produtos. É simples: basta multiplicar o preço unitário pela
quantidade vendida e teremos nossa receita total.
Receita Total = Preço X Quantidade
Vamos analisar uma curva de demanda e sua elasticidade-preço. Assim,
poderemos determinar a receita total e avaliar a decisão de aumentar o preço.
Para tornar as coisas mais interessante, digamos que nosso bem em questão é
cigarro.
Atualmente, são demandadas 6 milhões de unidades ao preço de R$10.
Isso dá uma receita de R$60 milhões. Mas a empresa produtora de cigarro quer
aumentar sua receita aumentando o preço. Mas já vimos que se ela fizer isso, a
quantidade demanda vai diminuir, e o plano pode dar errado. Vamos utilizar as
curvas de demanda para subsidiar essa decisão.
Momento 1
Momento 2
P
P
14
10
10
6
Q (em milhões)
Ao preço de R$10, são vendidadas 6
milhões de unidades. A receita total é
de R$60 milhões.
5 6
Q (em milhões)
Ao preço de R$14, são vendidas 5
milhões de unidades. A receita total é
de R$70 milhões.
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Sabe que elasticidade é essa? É a demanda inelástica em relação ao
preço. Vimos que um aumento de 40% no preço causou uma queda de apenas
16,67% na quantidade. Isso dá uma elasticidade de aproximadamente 0,41.
Parece que o plano da empresa deu certo: sua receita total aumentou.
Isso aconteceu por que o dinheiro a mais que o produtor ganhou por ter
aumentado o preço foi maior do que o dinheiro que ele “perdeu” por causa da
queda na quantidade demandada. Essa é uma característica das curvas
inelásticas: o efeito preço supera o efeito quantidade.

Demanda Inelástica: o efeito preço supera o efeito quantidade. Se
o preço aumentar, a Receita Total aumenta. Se o preço diminuir, a
Receita Total diminui.

Demanda com Elasticidade Unitária: o efeito preço empata com o
efeito quantidade. Mudanças no preço alteram a quantidade na
mesma proporção, então a Receita Total não muda.

Demanda Elástica: o efeito quantidade supera o efeito preço. Se o
preço aumentar, a Receita Total diminui. Se o preço diminuir, a
Receita Total aumenta.
Isso faz muito sentido, e é por isso que os produtores aumentam os
preços quando percebem que a maior parte dos consumidores continuará
comprando, de forma que a queda da demanda não será suficiente para anular
os ganhos obtidos com o preço mais alto.
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Com isso, já podemos começar a ver como esse assunto é cobrado em
prova. Como sempre, irei resolvendo as questões junto com vocês. Depois, ao
final da aula, será a vez de você fazer sem ajuda.
7. CESGRANRIO/2014/IBGE – Supervisor de Pesquisa
Admita que determinada empresa produza uma mercadoria cuja elasticidade
preço da demanda seja igual a zero.
Nesse caso, a demanda dessa mercadoria, relativamente ao preço, é
a) perfeitamente elástica
b) perfeitamente inelástica
c) elástica
d) inelástica
e) indeterminada
Comentário: A elasticidade zero é a demanda perfeitamente inelástica em
relação ao preço. Em outras palavras, a quantidade demanda simplesmente não
responde às variações do preço: a qualquer preço, a quantidade será a mesma.
Resposta: B
8. CESGRANRIO/2008/BNES – Engenharia
Se a elasticidade preço da demanda pelo bem X for igual a menos 4, isto
significa que
a)
b)
c)
d)
e)
a
a
o
o
o
quantidade demandada diminuirá 40%, se o preço de X aumentar 10%.
oferta de X é muito inelástica.
preço de X aumentará 40%, se a quantidade ofertada aumentar 10%.
bem X é inferior.
bem X é um bem de luxo, de difícil substituição pelos consumidores.
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Economia – Transpetro - Auditor Júnior
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Comentário: A elasticidade igual a -4 significa que qualquer aumento
percentual do preço provocará uma queda percentual quatro vezes maior na
quantidade demandada. Vamos ver o que dizem as alternativas.
a) a quantidade demandada diminuirá 40%, se o preço de X aumentar 10%.
A fórmula da Elasticidade-preço da Demanda é:
Variação % da quantidade demandada
Variação % do preço
No nosso caso, fica
=EPD
-40%
10%
=-4, ou seja, esta é a alternativa correta.
b) a oferta de X é muito inelástica.
Errado, vimos que quando o valor absoluto da elasticidade-preço da
demanda é maior do que 1, temos uma demanda elástica em relação ao
preço.
c) o preço de X aumentará 40%, se a quantidade ofertada aumentar 10%.
Essa alternativa inverte a lógica da elasticidade, que mede o quanto a
quantidade varia em função do preço. Além disso, foi-nos dado o valor da
elasticidade-preço da demanda; portanto não temos como concluir nada sobre
a quantidade ofertada.
d) o bem X é inferior.
Veremos adiante que para determinar se um bem é normal, supérfluo ou
inferior, usaremos outro tipo de elasticidade: elasticidade-renda da demanda.
Alternativa errada.
e) o bem X é um bem de luxo, de difícil substituição pelos consumidores.
Também utiliza-se a elasticidade-renda da demanda para determinar se
é um bem de luxo.
Resposta: A
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9. CESGRANRIO/2013/TCE RO - Economia
Se a elasticidade preço da demanda por cigarros for igual a menos 0.4, isto
significa que:
a) um aumento de preço dos cigarros reduz a receita total auferida pelos
produtores de cigarro.
b) os aumentos na renda do consumidor aumentam em 0.4% a demanda
por cigarros.
c) se o preço de cigarros aumentar 10%, a quantidade demandada por
cigarros vai diminuir em 8%.
d) se o preço de cigarros aumentar 4%, a quantidade demandada por
cigarros vai diminuir em 10%.
e) se o preço de cigarros aumentar, a quantidade demandada por cigarros
vai diminuir, embora percentualmente menos que o aumento dos preços.
Comentário: Precisamos classificar o tipo de elasticidade quando vemos seu
valor. No caso em tela, -0,4 caracteriza uma demanda inelástica em relação ao
preço. Com essa informação seguimos analisando as alternativas:
a) um aumento de preço dos cigarros reduz a receita total auferida pelos
produtores de cigarro.
Errado! Vimos que quando a demanda é inelástica, um aumento nos
preços aumenta a receita total do produtor.
b) os aumentos na renda do consumidor aumentam em 0.4% a demanda
por cigarros.
A elasticidade-preço da demanda nada nos diz sobre a renda do
consumidor. Não podemos afirmar o que esta alternativa (errada)
propõe.
c) se o preço de cigarros aumentar 10%, a quantidade demandada vai
diminuir 8%.
Se o preço aumentar 10%, a quantidade demanda irá varia -0,4
vezes isso, ou seja, irá diminuir em 4%.
d) se o preço de cigarros aumentar 4%, a quantidade demandada vai
diminuir 1,6%.
Se o preço aumentar 4%, a quantidade demanda irá varia -0,4
vezes isso, ou seja, irá diminuir em 4%.
e) se o preço de cigarros aumentar, a quantidade demandada por cigarros
vai diminuir, embora percentualmente menos que o aumento dos preços.
a. Exato! É exatamente isso que as demandas inelásticas nos dizem:
variações
nos
preços
resultam
em
variações
menores
proporcionalmente na quantidade demandada.
Resposta: E
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10. CESGRANRIO/2014/IBGE – Supervisor de Pesquisa
Admita que determinada empresa produza uma mercadoria cuja elasticidade
preço da demanda seja igual a zero.
Nesse caso, a demanda dessa mercadoria, relativamente ao preço, é
a)
b)
c)
d)
e)
perfeitamente elástica
perfeitamente inelástica
elástica
inelástica
indeterminada
Comentário: Recapitulando.

Demanda Perfeitamente Inelástica: Elasticidade igual a 0 (zero)

Demanda Inelástica: Elasticidade maior que 0 e menor que 1.

Demanda de Elasticidade Unitária: Elasticidade igual a 1.

Demanda Elástica: Elasticidade maior do que 1 e menor do que ∞
(infinito)

Demanda Infinitamente Elástica: Elasticidade igual a ∞
Resposta: A
11. CESGRANRIO/2014/EPE – APE Economia de Energia
Considere a relação de elasticidade-preço da demanda de um produto.
A demanda desse produto será
a) perfeitamente elástica se sua elasticidade-preço for igual a zero.
b) mais elástica se não houver produtos substitutos no mercado.
c) mais elástica se o referido produto for extremamente essencial ao
consumidor.
d) mais elástica a longo prazo.
e) mais inelástica se o produto for de luxo.
Comentário: às alternativas, então!
a) perfeitamente elástica se sua elasticidade-preço for igual a zero.
Perfeitamente elástica é o mesmo que infinitamente elástica, e tem
por característica a elasticidade igual a infinito. Alternativa errada.
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b) mais elástica se não houver produtos substitutos no mercado.
É justamente o contrário: quanto menos substitutos, mais inelástica
é a demanda, pois o consumidor não tem “pra onde correr” quando
os preços aumentam.
c) mais elástica se o referido produto for extremamente essencial ao
consumidor.
Novamente, pelo contrário: quanto mais essencial, mais inelástica é
a demanda do bem em relação ao preço. Afinal, não é por causa de
um aumento no preço da água que você deixa de tomar banho (diz
que não!).
d) mais elástica a longo prazo.
Este é nosso gabarito. No longo prazo, o consumidor tem mais
tempo para se adaptar e achar alternativas de consumo.
e) mais inelástica se o produto for de luxo.
Bens de luxo, ou supérfluos, têm elasticidade alta, e são os
primeiros a deixarem de ser consumidos quando há quedas na
renda do consumidor, o mesmo pode-se dizer em relação ao efeito
renda de uma mudança de preços.
Resposta: D
12. CESGRANRIO/2010/EPE – APE Economia de Energia
Um aumento da tarifa de energia elétrica faz com que um consumidor diminua
seu consumo de eletricidade, mas o valor total que gasta com energia elétrica
continua o mesmo. A elasticidade preço da demanda por eletricidade, por parte
deste consumidor, é
a)
b)
c)
d)
e)
nula.
indeterminada.
maior que um.
igual à elasticidade da oferta.
unitária.
Comentário: Hora de ser breve. Quando a o valor total gasto permanece o
mesmo como consequência de uma mudança de preços, estamos diante de
uma elasticidade-preço unitária.
Resposta: E
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13. FCC/2014 – Auditor Fiscal da Receita Estadual RJ
Considere as seguintes assertivas relativas à elasticidade − preço da demanda:
I.
II.
III.
IV.
A demanda é considerada elástica quando a elasticidade é maior que 1, o
que significa que a quantidade varia proporcionalmente mais que o preço.
A demanda é considerada inelástica quando a elasticidade é menor que 1,
o que significa que a quantidade varia proporcionalmente menos que o
preço.
Quanto mais horizontal for uma curva de demanda que passa por
determinado ponto, menor será a elasticidade-preço da demanda.
Quanto mais vertical for uma curva de demanda que passa por
determinado ponto, maior será a elasticidade-preço da demanda.
Está correto o que se afirma em
a)
b)
c)
d)
e)
I e II, apenas.
III e IV, apenas.
I e III, apenas.
II e IV, apenas.
I, II, III e IV.
Comentário: Vamos analisar cada uma das afirmativas
I.
II.
III.
A demanda é considerada elástica quando a elasticidade é maior que 1, o
que significa que a quantidade varia proporcionalmente mais que o preço.
Correto! A elasticidade superior a 1 significa que a demanda é
elástica. Também significa que a quantidade irá variar em
proporção superior ao preço.
A demanda é considerada inelástica quando a elasticidade é menor que 1,
o que significa que a quantidade varia proporcionalmente menos que o
preço.
Correto também! A elasticidade inferior a 1 significa que a demanda
é inelástica. Também significa que a quantidade irá variar em
proporção inferior ao preço.
Quanto mais horizontal for uma curva de demanda que passa por
determinado ponto, menor será a elasticidade-preço da demanda.
Errado! Quanto mais horizontal (ou “deitada”) for a curva, maior
será sua elasticidade. Basta lembrarmos que a demanda
infinitamente elástica é uma linha horizontal. Vale também dar uma
revisada nas curvas da demanda.
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44
Economia – Transpetro - Auditor Júnior
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IV.
Quanto mais vertical for uma curva de demanda que passa por
determinado ponto, maior será a elasticidade-preço da demanda.
Errado também! Aqui é o contrário: quanto mais vertical (ou “de
pé”) for a curva, menor será sua elasticidade. Afinal, a curva da
demanda perfeitamente inelástica é uma linha vertical.
Resposta: A
15. VUNESP/2014/Agência de Fomento SP – Economia
A demanda por um medicamento de uso contínuo e vital para a sobrevivência
tem elasticidade:
a)
b)
c)
d)
e)
próxima de zero.
unitária.
infinita.
maior do que um.
difícil de determinar
Comentário: No caso de um medicamento essencial, as pessoas não
costumam ser sensíveis ao preço. Significa que oscilações nos preços pouco
alteram as quantidades demandas. Isso acontece por que o consumidor
simplesmente não outra opção.
E a demanda inelástica é aquelas que tem elasticidade menor do que 1. Quanto
mais próxima de zero, mais inelástica, até chegar no zero, quando será
completamente inelástica. Isso só nos deixa uma alternativa.
Resposta: A
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15. FGV/2015 – TJ RO – Economia
Se a demanda por eletricidade for perfeitamente inelástica, caso o governo
adote uma política de controle de preços da energia elétrica, tem-se que:
a) os consumidores irão demandar sempre uma mesma quantidade e
pagarão qualquer preço por ela. Nesse caso, um controle de preços não
terá efeito sobre a quantidade demandada;
b) o equilíbrio se dará na interseção entre a curva de oferta e demanda,
sendo que a curva de demanda é negativamente inclinada, enquanto que
a oferta é positivamente inclinada. Nesse caso, um controle de preços
terá efeito sobre a quantidade demandada;
c) os consumidores irão demandar qualquer quantidade a um mesmo nível
de preços, pois a curva de demanda é horizontal. Nesse caso, um controle
de preços não terá efeito sobre a quantidade demandada;
d) haverá sempre um excesso de oferta de eletricidade;
e) haverá sempre um excesso de demanda por eletricidade.
Comentário: Como é de costume, comentarei cada uma das alternativas.
Recomendo que leia todos os comentários, pois irão reforçar seu entendimento
da matéria, ainda que a resposta esteja entre as primeiras alternativa.
a) os consumidores irão demandar sempre uma mesma quantidade e
pagarão qualquer preço por ela. Nesse caso, um controle de preços não
terá efeito sobre a quantidade demandada;
A demanda perfeitamente inelástica é aquela linha vertical.
Podemos andar com o preço para cima ou para baixo, que a
quantidade demandada fica paradinha ali no eixo horizontal. Ou
seja, teremos a mesma quantidade para qualquer nível de preço.
Essa alternativa é nosso gabarito.
b) o equilíbrio se dará na interseção entre a curva de oferta e demanda,
sendo que a curva de demanda é negativamente inclinada, enquanto que
a oferta é positivamente inclinada. Nesse caso, um controle de preços
terá efeito sobre a quantidade demandada;
Até a primeira virgula, a alternativa estava correta; de fato
equilíbrio sempre se dá na intersecção ente as curvas de oferta e de
demanda. Mas daí em diante, só tem afirmações falsas. A curva de
demanda perfeitamente inelástica não é inclinada negativamente
(sua inclinação é infinitamente positiva, mas isso é assunto para
outra aula), não temos informações sobre a oferta na questão para
podermos afirmar qualquer coisa sobre sua curva e, por fim, um
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controle de preços não vai alterar em nada a demanda
perfeitamente inelástica.
c) os consumidores irão demandar qualquer quantidade a um mesmo nível
de preços, pois a curva de demanda é horizontal. Nesse caso, um controle
de preços não terá efeito sobre a quantidade demandada;
A curva de demanda horizontal é infinitamente elástica em relação
ao preço. Nesse caso, de fato, os consumidores vão demandar
qualquer quantidade a um mesmo preço. Mas se houver um
controle de preços, o efeito sobre a quantidade demandada será
devastador: se o preço cair, a quantidade demandada vai para o
infinito; se o preço subir, a quantidade simplesmente vai a zero.
d) haverá sempre um excesso de oferta de eletricidade;
Não há nada no enunciado que dê suporte à essa afirmação, pois
não sabemos se esse controle irá limitar os preços ou se será uma
política de preços mínimos.
e) haverá sempre um excesso de demanda por eletricidade.
Mesmo comentário da alternativa anterior.
Resposta: A
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A ELASTICIDADE-PREÇO AO LONGO DA CURVA DA DEMANDA
Até aqui, falei que a elasticidade-preço da curva era de 0,1492, ou igual a
1, etc. e que a curva tinha demanda elástica ou inelástica em relação ao preço,
etc. Apesar de ser assim que os economistas falam, a verdade é que a
elasticidade não é a mesma em toda a curva.
Rigorosamente, o correto seria dizer, por exemplo, que a elasticidadepreço da demanda no segmento X é igual a 0,1492, e nesse segmento a
demanda é inelástica em relação ao preço. Isso acontece por que, a elasticidade
varia ao longo da curva da demanda.
Preço
(R$)
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
0
1
2

3
4
5
6
7
8
9
Quantidade Receita
Demandada
Total
0
0
9
1
2
16
21
3
4
24
5
25
24
6
7
21
8
16
9
9
A
B
C
10
No segmento “A” a demanda é elástica;
Observe que, nesse segmento, quando diminui o preço, a
receita total aumenta.

No ponto “B” a elasticidade é unitária;

No segmento “C” a demanda é inelástica;
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FATORES QUE INFLUENCIAM A ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA
A forma como a demanda vai responder a uma alteração nos preços
depende de alguns fatores, sendo os principais:

Bens Substitutos: se um bem tem muitos substitutos, sua demanda
será mais elástica em relação ao preço. Se seu preço aumentar, a queda
da demanda tende a ser grande, pois o consumidor tem opções no
mercado.

Grau de necessidade do bem: os chamados bens de primeira
necessidade tendem a ter menor elasticidade, enquanto os bens de luxo
costumam ter sua demanda mais sensível às variações do preço.

Comprometimento da renda com o bem: quanto menor a parte da
renda do consumidor gasta com o bem, menos elástica será sua
demanda. Por exemplo, recentemente o cafezinho aqui perto do Banco
Central aumentou cerca de 30%, e meu consumo não reduziu em nada.
Se o mesmo acontecer com o seguro do meu carro, é bem possível que
eu troque de seguradora (ou de carro).

Tempo para adaptação: A elasticidade costuma ser menor no curto
prazo, afinal o consumidor é pego desprevenido, e não consegue reduzir
seu consumo imediatamente. Na medida em que ele vai conhecendo
alternativas ao bem, ele tende a diminuir mais seu consumo.
5.2
Elasticidade-preço cruzada da Demanda
A elasticidade-preço cruzada da demanda mede a variação na quantidade
demandada de um bem diante da mudança no preço de outros bem.
Lembra-se dos bens substitutos ou complementares cujos preços afetam
de demanda do bem em análise? Pois então, é desses bens que trata esse tipo
de elasticidade.
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Elasticidade-preço cruzada da demanda=
Variação % da quantidade demandada do bem A
Variação % do preço B
A fórmula também pode ser escrita assim:
EPCD=
∆𝑸𝑨
𝑸𝑨
∆𝑷𝑩
𝑷𝑩
No caso da Elasticidade-preço cruzada da demanda, o importante é saber
se ela é positiva ou negativa.
Vamos considerar que nosso bem em análise, cuja quantidade demanda
será verificada, é o Iphone 7. A elasticidade-preço cruzada da demanda de
nosso bem em relação ao preço do Galaxy S8 certamente será positiva, pois
são bens substitutos. Significa que o preço do Galaxy sobe, a quantidade
demanda do Iphone sobre, e vice-versa. Com esse tipo de elasticidade positiva,
temos duas conclusões: (1) são bens substitutos e (2) o preço de um e a
demanda do outro andarão na mesma direção, subindo ou descendo juntos.
Por outro lado, se cruzarmos a demanda do Iphone 7 com o preço dos
planos de telefonia, temos um comportamento diferente. Se o preço dos valores
cobrados pelas empresas de telefonia aumentar, a demanda por celulares tende
a diminuir, pois são bens complementares. A elasticidade-preço cruzada da
demanda de bens complementares é negativa: os preços e quantidades andam
em direções contrárias.
EPCD>0
(positiva)
Bens Substitutos
Preço e quantidade vão
na mesma direção.
EPCD<0
(negativa)
Bens Complementares
Preço e quantidade vão
em direções opostas.
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16. FUNCAB/2014/SESACRE – Economia
A razão entre a mudança percentual na quantidade demandada de um bem e a
mudança percentual no preço de um outro bem define o conceito de:
a)
b)
c)
d)
e)
elasticidade-preço cruzada da demanda.
elasticidade-preço da demanda.
elasticidade-renda da demanda.
elasticidade-preço da oferta.
elasticidade de substituição dos bens.
Comentário: Não tem muito o que comentar nessa questão. O enunciado
define exatamente a elasticidade-preço cruzada da demanda.
Resposta: A
5.3
Elasticidade-renda da Demanda
A Elasticidade-renda da Demanda compara a variação percentual na
quantidade demandada com a variação percentual da renda do consumidor. Em
outras palavras, ela nos diz quanto vai variar a demanda do bem diante de um
aumento ou redução da renda do consumidor.
Elasticidade-renda da demanda=
Variação % da quantidade demandada
Variação % da renda
A fórmula também pode ser escrita assim:
ERD=
∆𝑸
𝑸
∆𝑹
𝑹
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Há pouco, apresentamos o conceito de bens normais e de bens inferiores.
Apenas relembrando, no caso dos bens normais, o aumento da renda provoca o
aumento da demanda. Para os bens inferiores é o contrário: se a renda
aumentar, a demanda desses bens diminui.
Assim como acontece com a elasticidade-preço da demanda, o valor da
elasticidade-renda da demanda pode nos dizer algumas coisas:
Valor da Elasticidade-renda da demanda e seu significado
ERD < 0
Menor do que zero
ERD = 0
Igual a zero
ERD > 0
Maior do que zero
0 < ERD < 1
Entre zero e um
ERD=1
Igual a um
ERD>1
Maior do que um
Tipo
Tipo
Tipo
Tipo
Tipo
Tipo
Tipo
Tipo
Tipo
Tipo
Tipo
Tipo
de
de
de
de
de
de
de
de
de
de
de
de
bem: Inferior
elasticidade: Negativa
bem: Consumo Saciado
elasticidade: Nula
bem: Normal
elasticidade: Positiva
bem: Normal
elasticidade: Inelástica
bem: Normal
elasticidade: Unitária
bem: Superior (algumas bancas consideram normal)
elasticidade: Elástica
Ou podemos esquematizar, como abaixo.
Bem: Inferior
Bem: Normal
Bem: Superior/Luxo
Elasticidade: Negativa
Elasticidade: Inelástica
Elasticidade: Elástica
Réguas de Elasticidade-renda da demanda
Bem: Consumo Saciado
Bem: Normal
Bem: Normal
Elasticidade: Nula
Elasticidade: Unitária
Elasticidade: Positiva
Pesso
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17. CESGRANRIO/2014/IBGE – Supervisor de Pesquisa
A demanda por sal por parte de certo consumidor tem elasticidade renda nula.
Desse fato, deduz-se que, para esse consumidor, o
a)
b)
c)
d)
e)
sal não é um bem de Giffen.
sal é um bem com muitos substitutos.
sal é um bem com muitos complementos.
aumento do preço do sal não altera a quantidade demandada de sal.
aumento do preço do sal não gera efeito renda sobre as demandas pelos
demais bens.
Comentário: Os bens de Giffen são bens tão inferiores, que sua demanda
aumenta quando seu preço sobe. Como todos os bens inferiores, quando a
renda diminui sua quantidade demandada aumenta! Segundo o enunciado, a
demanda por sal é totalmente insensível às alterações da renda (perfeitamente
inelástica). Logo, o sal não é um bem de Giffen.
Resposta: A
18. FCC/2015/Sefaz PI - Analista do Tesouro Estadual
Conforme a teoria microeconômica, o conceito de elasticidade define a
sensibilidade de uma variável dependente a mudanças em variáveis que
influenciam o seu comportamento. No caso da demanda, variações no preço do
bem e na renda do consumidor afetam a quantidade demandada do produto no
mercado sob análise. Sobre o conceito da elasticidade é correto afirmar que a
a) elasticidade-renda da demanda pode ser positiva, nula ou negativa, ao passo
em que a elasticidade-preço da demanda é sempre negativa (fora do
módulo) devido à lei geral da demanda.
b) demanda é sensível em relação ao preço quando a elasticidade - em módulo
- é menor que 1, de modo que a quantidade varia proporcionalmente mais
do que a mudança no preço.
c) demanda é perfeitamente elástica ao preço quando a elasticidade-preço da
demanda é igual a 0, de modo que a quantidade varia proporcionalmente
mais do que o preço.
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d) demanda é perfeitamente inelástica à renda quando a elasticidade-renda da
demanda converge ao infinito.
e) demanda é elástica ao preço quando a elasticidade - em módulo - é menor
que 1, de forma que a quantidade varia proporcionalmente menos do que o
preço.
Comentário: A resolução desta questão é muito importante para sua
preparação! Vamos ver cada alternativa:
a) elasticidade-renda da demanda pode ser positiva, nula ou negativa, ao passo
em que a elasticidade-preço da demanda é sempre negativa (fora do
módulo) devido à lei geral da demanda.
a. A primeira parte está correta, como vimos, a elasticidade renda da
demanda pode ser positiva (caso dos bens normais), nula (bens de
consumo saciado) ou negativa (bens inferiores). O problema da
questão é afirmar que a elasticidade-preço da demanda é sempre
negativa. Apenas no caso dos bens de Giffen, ela pode ser positiva. Ou
seja, quando aumentar o preço, a quantidade demandada também
aumenta. Alternativa Errada.
b) demanda é sensível em relação ao preço quando a elasticidade - em módulo
- é menor que 1, de modo que a quantidade varia proporcionalmente mais
do que a mudança no preço.
Quando a elasticidade é menor do que 1, a demanda é inelástica, ou
seja, insensível ao preço. Significa que quando o preço variar a
quantidade vai variar proporcionalmente menos. Alternativa errada.
c) demanda é perfeitamente elástica ao preço quando a elasticidade-preço da
demanda é igual a 0, de modo que a quantidade varia proporcionalmente
mais do que o preço.
Errado! Nesse caso, a demanda é perfeitamente inelástica, e a
demanda não varia apesar de variações no preço.
d) demanda é perfeitamente inelástica à renda quando a elasticidade-renda da
demanda converge ao infinito.
É o contrário. Se converge ao infinito, estamos falando de uma
demanda infinitamente elástica, na qual uma alteração qualquer no
preço tem um efeito extremo na quantidade demandada.
e) demanda é elástica ao preço quando a elasticidade - em módulo - é menor
que 1, de forma que a quantidade varia proporcionalmente menos do que o
preço.
Nada disso! Quando a elasticidade é menor do que 1, significa que a
demanda é inelástica em relação ao preço. Nesse caso, de fato, a
quantidade demanda varia proporcionalmente menos do que o preço.
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Epa! Estão todas erradas! E agora? Justamente por isso trouxe essa
questão à aula. Estou aqui para mostrar como passar na sua prova, e tenho que
lhe dizer que nem sempre as bancas são totalmente corretas. Nesse caso,
certamente entraríamos com um recurso pedindo anulação. Mas e se a banca
indeferir? Não podemos ficar nas mãos dela.
Então, o que nos cabe, é achar a alternativa menos errada. As
alternativas B, C, D e E trazem afirmativa absurdas e contrariam conceitos
básicos. A alternativa A apenas ignora a existência dos bens de Giffen, e é tanto
o gabarito quanto aquela que eu marcaria.
Resposta: A
19. FGV/2014/Auditor Fiscal Tributário da Receita Municipal
No
estudo
Elasticidade-Renda
dos
Produtos
Alimentares
nas
Regiões
Metropolitanas Brasileiras: uma aplicação da POF 1995/1996, publicado na
revista Estudos Econômicos, v. 37, de abril-junho de 2007, foram estimadas
elasticidades-renda para alguns alimentos para os anos da pesquisa no Brasil.
Dentre eles, destacam-se:
açúcar, em São Paulo: – 0,7756
queijos, em Porto Alegre: 1,0380
arroz, no Rio de Janeiro: 0,3642
Nesse caso, o açúcar, o queijo e o arroz, nas regiões mencionadas, são,
respectivamente,
a) bem inferior, bem necessário e bem supérfluo.
b) bem inferior, bem normal e bem necessário.
c) bem normal, bem inferior e bem supérfluo.
d) bem normal, bem normal e bem necessário.
e) bem necessário, bem de luxo e bem supérfluo.
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Comentário: Esse tipo de questão permite diversas abordagens. A minha
preferida é a eliminação. Vamos nessa!
O açúcar tem uma elasticidade-renda negativa, segundo o enunciado. Isso
significa que quando a renda aumenta, a demanda diminui. Isso é uma
característica dos bens inferiores. Já podemos eliminar as alternativas C, D e E.
Com isso, só precisamos saber se os queijos são bens normais ou necessários.
Vimos que bens necessários têm elasticidade baixa, e os queijos estão
apresentando elasticidade-renda da demanda de 1,038. Isso significa uma
demanda elástica em relação ao preço, por ser maior que 1. Logo, queijos não
são bens necessários.
Já temos nossa resposta!
Resposta: B
20. FCC/2008/TCE-SP Auditor
É correto afirmar:
a) Um aumento no preço do bem Y, complementar de X, deslocará a curva
de demanda de X para a direita.
b) O gasto total dos consumidores com a aquisição de um bem X, cuja
curva de demanda é linear, atinge o máximo quando a elasticidade-preço
da demanda for igual a zero.
c) O bem X é um bem normal, se a proporção da renda gasta em sua
aquisição aumenta à medida que diminui a renda do consumidor.
d) O preço de equilíbrio será 10 em um mercado de concorrência perfeita,
caso as funções de demanda e oferta sejam dadas, respectivamente por:
QD = 800 - 4P
(QD = quantidade demandada)
QO = 400
(QO = quantidade ofertada),
e) Se a curva de demanda de um bem X for representada pela reta QD =
1.000 − 5P, o excedente do consumidor, caso o preço de mercado seja
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150, é igual a 6.250.
Comentário: Essa é uma questão que une diversos conceitos que aprendemos
até aqui. Vamos dedicar um tempo um pouco maior para resolvê-la.
a) Um aumento no preço do bem Y, complementar de X, deslocará a curva de
demanda de X para a direita.
Falando em bens complementares, podemos imaginar que o bem X é
automóvel e o bem Y é gasolina. Se aumentar o preço da gasolina, para
onde vai a demanda por automóveis? Isso mesmo, vai diminuir. E tanto
a oferta quanto a demanda diminuem quando suas curvas vão
para a esquerda. Alternativa errada.
b) O gasto total dos consumidores com a aquisição de um bem X, cuja curva
de demanda é linear, atinge o máximo quando a elasticidade-preço da
demanda for igual a zero.
O gasto total do consumidor é a mesma coisa que a receita total do
produtor. Lembre-se dessa imagem:
O gasto máximo está no ponto B. Lá, a elasticidade é unitária. Alternativa
errada!
c) O bem X é um bem normal, se a proporção da renda gasta em sua aquisição
aumenta à medida que diminui a renda do consumidor.
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Se a renda diminuir e o consumidor passar a demandar mais de um bem,
ele não tem nada de normal! Aliás, essa é a definição de bem inferior.
Alternativa errada!
d) O preço de equilíbrio será 10 em um mercado de concorrência perfeita, caso
as funções de demanda e oferta sejam dadas, respectivamente por:
QD = 800 - 4P
(QD = quantidade demandada)
QO = 400
(QO = quantidade ofertada)
O preço de equilíbrio é aquele no qual a oferta e demanda são iguais.
Perceba que a Quantidade Ofertada é fixa em 400 unidades, e nos foi
dada pela alternativa. Já a quantidade demandada é igual a 800-4P.
Então, o preço de equilíbrio será aqueles que torna “800-4P=400”.
Resolvendo a equação:
1) 800-4P = 400
2) 800-4P-400=400-400 (vamos começar tirando 400 de cada lado)
3) 400-4P=0
4) 400-4P+4P=0+4P (agora, podemos somar 4P em ambos os lados)
5) 400=4P
6) 400/4=4P/4 (por fim, dividimos os dois lados por 4)
7) 100=P (eis o nosso resultado, o preço de equilíbrio é 100)
A alternativa está errada!
e) Se a curva de demanda de um bem X for representada pela reta QD =
1.000 − 5P, o excedente do consumidor, caso o preço de mercado seja 150, é
igual a 6.250.
Essa equação (QD=1000-5P) denota uma demanda linear, ou seja, a
curva da demanda será... bem, reta! Então, primeiro precisamos montar
a curva, partindo da equação. Em seguida, localizaremos o ponto onde o
preço de mercado é 150 e, por fim, calcularemos o excedente do
consumidor. Vem comigo!
1. Vamos descobrir qual o preço que faz com que a quantidade demandada seja
nula/zero:
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a. QD = 1000 − 5P
...primeiro, trocamos o QD por zero...
b. 0 = 1000 - 5P
...agora, somamos 5P em cada lado...
c. 0+5P=1.000-5P+5P
d. 5P=1000
...dividindo os dois lados por 5...
e. 5P/5=1000/5
f. P=200
2. Agora que sabemos que ao preço de 200, nenhuma quantidade será demanda,
vamos descobrir qual quantidade será demanda a um preço nulo/zero.
a. QD = 1000 − 5P
b. ...agora, vamos trocar o P por zero...
c. QD=1000-5X0
d. ...resolvendo...
e. QD=1000
3. Vamos colocar essas informações no gráfico!
Preço
200
1.000
Quantidade
4. A alternativa já nos disse que o preço de equilíbrio é 150, então, para achar o
ponto de equilíbrio, só precisamos da quantidade de equilíbrio. Vamos calcular
a. QD=1000-5P
b. ...trocamos P por 150...
c. QD=1000-5x150
d. ...resolvendo...
e. QD=1000-700
f. ...e resolvendo...
g. QD=250
5. Vamos colocar essas informações (Quantidade e Preço de Equilíbrio = Ponto de
Equilíbrio) no gráfico!
Preço
200
150
P.E.
250
1.000
Quantidade
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6. Lembre-se que eu disse que o excedente do consumidor é o triângulo acima do
ponto de equilíbrio. E lembre-se que seu professor de matemática do colégio
disse que a área do triângulo é sua base multiplicada pela sua altura dividida
por dois (BxH/2).
Preço
200
50
P.E.
150
250
250
1.000
Quantidade
7. ...calculando...
BxH/2=
250x50/2=6.250
Essa é a nossa alternativa correta! Veja que eu procurei desenvolver a
resolução nos mínimos detalhes, levando algum tempo para fazer o que você
fará em menos de 1 minuto.
Resposta: E
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5.5
Resumo sobre Elasticidades
Elasticidade-preço da Demanda =
Variação % da quantidade demandada
Classificação da
Elasticidade
Valor
Significado
0 (zero)
Perfeitamente inelástica
Entre 0 e 1
Inelástica
Igual a 1
Elasticidade Unitária
Entre 1 e ∞
Elástica
∞ (infinito)
Infinitamente elástica
Elasticidade-preço cruzada da Demanda =
Valor
Classificação dos
Bens
Menor do que 0
(zero) - Negativo
Complementares
Maior do que 0
(zero) - Positivo
Substitutos
Elasticidade-renda da Demanda =
Variação % do preço
Alterações no preço não alteram a
quantidade
demandada.
Curva
da
demanda vertical (em pé).
Variações no preço provocam variações
proporcionalmente
menores
na
quantidade demandada. Se o preço
aumentar, a receita total aumenta.
Preço e quantidade variam na mesma
proporção. Variações no preço não
alteram a receita total.
Variações no preço provocam variações
proporcionalmente
maiores
na
quantidade demandada. Se o preço
aumentar, a receita total diminui.
Se o preço aumentar, a demanda vai para
zero. Se o preço diminuir, a demanda vai
para infinito.
Variação % da quantidade demandada do bem X
Variação % no preço do bem Y
Significado
Quando o preço de um bem sobe, a
quantidade demanda do outro cai.
(Automóvel e gasolina)
Quando o preço de um bem sobe, a
quantidade demanda do outro sobe
também. (Coca-Cola e Pepsi)
Variação % da quantidade demandada
Valor
Classificação do Bem
Menor do que
0 (zero)
Bem Inferior
Entre 0 e 1
Bem Normal
Maior do que 1
Bem Normal (alguns
chamam de Bem de
Luxo/Supérfluo)
Variação % da renda
Significado
Renda e quantidade demanda variam
em direções opostos. Se a renda
aumenta, a quantidade demanda
diminui.
Se a renda aumenta, a quantidade
demanda
aumenta
em
menor
proporção.
Se a renda aumenta, a quantidade
demanda
aumenta
em
maior
proporção.
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6.
Lista de Questões
1. CESGRANRIO/2014/CETEF-RJ – Economista
A Figura abaixo mostra algumas curvas de indiferença, típicas de certo
consumidor, entre dois bens, X e Y.
O exame da figura leva à conclusão de que, para esse consumidor, X e Y são
bens
a)
b)
c)
d)
e)
inferiores
substitutos
complementares
com elasticidade preço cruzado positiva
com elasticidade de substituição positiva
2. CESGRANRIO/2014/EPE – APE Petróleo/Abastecimento
Suponha que um consumidor tenha renda igual a y reais, sua cesta de
bens inclua água e pão, e que sua restrição orçamentária seja representada
pela reta decrescente no gráfico abaixo.
Suponha que a água custe 2 reais, e o pão, 4 reais. Na situação em que a
renda do consumidor é igual a 100 reais e em outra situação na qual sua renda
é de 150 reais, a inclinação da restrição orçamentária acima será,
respectivamente,
a)
b)
c)
d)
e)
2 e 2,5
2e2
½e½
½e¾
4e2
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3. CESPE/2015/MPOG – PGCE
Considerando a restrição orçamentária linear do consumidor no espaço de bens,
em que a quantidade do bem x é representada no eixo das abscissas, e a do
bem y, no eixo das ordenadas, julgue o próximo item.
Se os preços dos bens x e y duplicarem e a renda do consumidor triplicar,
então haverá deslocamento paralelo para a direita da restrição
orçamentária.
4. FUNCAB/2014/Sesacre - Economia
A reta orçamentária pode ser definida da seguinte maneira:
a) “É a representação do conjunto de combinações máximas possíveis de
bens, dados a renda do consumidor e os preços dos bens.”
b) “É o montante de renda disponível do consumidor, em dado período de
tempo.”
c) “É o instrumental gráfico que serve para ilustrar as preferências do
consumidor.”
d) “É a representação gráfica que demonstra a utilidade ou satisfação que
um bem representa para o consumidor.”
e) “É o lugar geométrico de pontos representando diferentes combinações
de bens que dão ao consumidor o mesmo nível de utilidade.”
5. CESPE/2013/Ministério da Justiça – Economia
O Ministério da Justiça (MJ) tem um montante fixo para gastar na aquisição de
dois bens: mesas e computadores. Ainda, o MJ planeja ocupar um prédio de
sua propriedade, atualmente alugado para profissionais liberais.
Com base nessa situação hipotética, julgue o item seguinte.
A duplicação dos preços da mesa e do computador apresenta o mesmo
efeito, na linha do orçamento, que a redução, pela metade, do montante
fixo.
6. CESGRANRIO/2010/EPE - APE
A renda monetária de um consumidor dobrou e todos os preços dos bens e
serviços que ele compra quadruplicaram.
Nessa perspectiva, conclui-se que
a) ele comprará maior quantidade de bens elásticos em relação a preços.
b) os preços relativos entre os bens e serviços que ele compra não
mudaram.
c) as suas compras de bens normais aumentarão.
d) sua renda nominal diminuiu.
e) sua renda real dobrou.
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7. CESGRANRIO/2014/IBGE – Supervisor de Pesquisa
Admita que determinada empresa produza uma mercadoria cuja elasticidade
preço da demanda seja igual a zero.
Nesse caso, a demanda dessa mercadoria, relativamente ao preço, é
a)
b)
c)
d)
e)
perfeitamente elástica
perfeitamente inelástica
elástica
inelástica
indeterminada
8. CESGRANRIO/2008/BNES – Engenharia
Se a elasticidade preço da demanda pelo bem X for igual a menos 4, isto
significa que
a)
b)
c)
d)
e)
a
a
o
o
o
quantidade demandada diminuirá 40%, se o preço de X aumentar 10%.
oferta de X é muito inelástica.
preço de X aumentará 40%, se a quantidade ofertada aumentar 10%.
bem X é inferior.
bem X é um bem de luxo, de difícil substituição pelos consumidores.
9. CESGRANRIO/2013/TCE RO - Economia
Se a elasticidade preço da demanda por cigarros for igual a menos 0.4, isto
significa que:
a) um aumento de preço dos cigarros reduz a receita total auferida pelos
produtores de cigarro.
b) os aumentos na renda do consumidor aumentam em 0.4% a demanda
por cigarros.
c) se o preço de cigarros aumentar 10%, a quantidade demandada por
cigarros vai diminuir em 8%.
d) se o preço de cigarros aumentar 4%, a quantidade demandada por
cigarros vai diminuir em 10%.
e) se o preço de cigarros aumentar, a quantidade demandada por cigarros
vai diminuir, embora percentualmente menos que o aumento dos preços.
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10. CESGRANRIO/2014/IBGE – Supervisor de Pesquisa
Admita que determinada empresa produza uma mercadoria cuja elasticidade
preço da demanda seja igual a zero.
Nesse caso, a demanda dessa mercadoria, relativamente ao preço, é
a)
b)
c)
d)
e)
perfeitamente elástica
perfeitamente inelástica
elástica
inelástica
indeterminada
11. CESGRANRIO/2014/EPE – APE Economia de Energia
Considere a relação de elasticidade-preço da demanda de um produto.
A demanda desse produto será
a) perfeitamente elástica se sua elasticidade-preço for igual a zero.
b) mais elástica se não houver produtos substitutos no mercado.
c) mais elástica se o referido produto for extremamente essencial ao
consumidor.
d) mais elástica a longo prazo.
e) mais inelástica se o produto for de luxo.
12. CESGRANRIO/2010/EPE – APE Economia de Energia
Um aumento da tarifa de energia elétrica faz com que um consumidor diminua
seu consumo de eletricidade, mas o valor total que gasta com energia elétrica
continua o mesmo. A elasticidade preço da demanda por eletricidade, por parte
deste consumidor, é
a)
b)
c)
d)
e)
nula.
indeterminada.
maior que um.
igual à elasticidade da oferta.
unitária.
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13. FCC/2014 – Auditor Fiscal da Receita Estadual RJ
Considere as seguintes assertivas relativas à elasticidade − preço da demanda:
V.
A demanda é considerada elástica quando a elasticidade é maior que 1, o
que significa que a quantidade varia proporcionalmente mais que o preço.
A demanda é considerada inelástica quando a elasticidade é menor que 1,
o que significa que a quantidade varia proporcionalmente menos que o
preço.
Quanto mais horizontal for uma curva de demanda que passa por
determinado ponto, menor será a elasticidade-preço da demanda.
Quanto mais vertical for uma curva de demanda que passa por
determinado ponto, maior será a elasticidade-preço da demanda.
VI.
VII.
VIII.
Está correto o que se afirma em
a)
b)
c)
d)
e)
I e II, apenas.
III e IV, apenas.
I e III, apenas.
II e IV, apenas.
I, II, III e IV.
14. VUNESP/2014/Agência de Fomento SP – Economia
A demanda por um medicamento de uso contínuo e vital para a sobrevivência
tem elasticidade:
a)
b)
c)
d)
e)
próxima de zero.
unitária.
infinita.
maior do que um.
difícil de determinar
15. FGV/2015 – TJ RO – Economia
Se a demanda por eletricidade for perfeitamente inelástica, caso o governo
adote uma política de controle de preços da energia elétrica, tem-se que:
a) os consumidores irão demandar sempre uma mesma quantidade e
pagarão qualquer preço por ela. Nesse caso, um controle de preços não
terá efeito sobre a quantidade demandada;
b) o equilíbrio se dará na interseção entre a curva de oferta e demanda,
sendo que a curva de demanda é negativamente inclinada, enquanto que
a oferta é positivamente inclinada. Nesse caso, um controle de preços
terá efeito sobre a quantidade demandada;
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c) os consumidores irão demandar qualquer quantidade a um mesmo nível
de preços, pois a curva de demanda é horizontal. Nesse caso, um controle
de preços não terá efeito sobre a quantidade demandada;
d) haverá sempre um excesso de oferta de eletricidade;
e) haverá sempre um excesso de demanda por eletricidade.
16. FUNCAB/2014/SESACRE – Economia
A razão entre a mudança percentual na quantidade demandada de um bem e a
mudança percentual no preço de um outro bem define o conceito de:
a)
b)
c)
d)
e)
elasticidade-preço cruzada da demanda.
elasticidade-preço da demanda.
elasticidade-renda da demanda.
elasticidade-preço da oferta.
elasticidade de substituição dos bens.
17. CESGRANRIO/2014/IBGE – Supervisor de Pesquisa
A demanda por sal por parte de certo consumidor tem elasticidade renda nula.
Desse fato, deduz-se que, para esse consumidor, o
a)
b)
c)
d)
e)
sal não é um bem de Giffen.
sal é um bem com muitos substitutos.
sal é um bem com muitos complementos.
aumento do preço do sal não altera a quantidade demandada de sal.
aumento do preço do sal não gera efeito renda sobre as demandas pelos
demais bens.
18. FCC/2015/Sefaz PI - Analista do Tesouro Estadual
Conforme a teoria microeconômica, o conceito de elasticidade define a
sensibilidade de uma variável dependente a mudanças em variáveis que
influenciam o seu comportamento. No caso da demanda, variações no preço do
bem e na renda do consumidor afetam a quantidade demandada do produto no
mercado sob análise. Sobre o conceito da elasticidade é correto afirmar que a
a) elasticidade-renda da demanda pode ser positiva, nula ou negativa, ao
passo em que a elasticidade-preço da demanda é sempre negativa (fora
do módulo) devido à lei geral da demanda.
b) demanda é sensível em relação ao preço quando a elasticidade - em
módulo - é menor que 1, de modo que a quantidade varia
proporcionalmente mais do que a mudança no preço.
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c) demanda é perfeitamente elástica ao preço quando a elasticidade-preço
da demanda é igual a 0, de modo que a quantidade varia
proporcionalmente mais do que o preço.
d) demanda é perfeitamente inelástica à renda quando a elasticidade-renda
da demanda converge ao infinito.
e) demanda é elástica ao preço quando a elasticidade - em módulo - é
menor que 1, de forma que a quantidade varia proporcionalmente menos
do que o preço.
19. FGV/2014/Auditor Fiscal Tributário da Receita Municipal
No estudo Elasticidade-Renda dos Produtos Alimentares nas Regiões
Metropolitanas Brasileiras: uma aplicação da POF 1995/1996, publicado na
revista Estudos Econômicos, v. 37, de abril-junho de 2007, foram estimadas
elasticidades-renda para alguns alimentos para os anos da pesquisa no Brasil.
Dentre eles, destacam-se:
açúcar, em São Paulo: – 0,7756
queijos, em Porto Alegre: 1,0380
arroz, no Rio de Janeiro: 0,3642
Nesse caso, o açúcar, o queijo e o arroz, nas regiões mencionadas, são,
respectivamente,
a) bem inferior, bem necessário e bem supérfluo.
b) bem inferior, bem normal e bem necessário.
c) bem normal, bem inferior e bem supérfluo.
d) bem normal, bem normal e bem necessário.
e) bem necessário, bem de luxo e bem supérfluo.
20. FCC/2008/TCE-SP Auditor
É correto afirmar:
a) Um aumento no preço do bem Y, complementar de X, deslocará a curva
de demanda de X para a direita.
b) O gasto total dos consumidores com a aquisição de um bem X, cuja
curva de demanda é linear, atinge o máximo quando a elasticidade-preço
da demanda for igual a zero.
c) O bem X é um bem normal, se a proporção da renda gasta em sua
aquisição aumenta à medida que diminui a renda do consumidor.
d) O preço de equilíbrio será 10 em um mercado de concorrência perfeita,
caso as funções de demanda e oferta sejam dadas, respectivamente por:
QD = 800 - 4P (QD = quantidade demandada)
QO = 400
(QO = quantidade ofertada),
e) Se a curva de demanda de um bem X for representada pela reta QD =
1.000 − 5P, o excedente do consumidor, caso o preço de mercado seja
150, é igual a 6.250.
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1
2
3
4
5
C
B
C
A
C
6
7
8
9
10
B
B
A
E
A
11
12
13
14
15
D
E
A
A
A
16
17
18
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A
A
A
B
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