Biológico, São Paulo, v.68, n.1/2, p.29

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4º CICAM
BIOLOGIA REPRODUTIVA DA ESPÉCIE RHIZOPRIONODON LALANDII (VALENCIENNES, 1839). CARVALHO,
A.P.C. & SARAIVA, A.G. Centro Universitário Nove de Julho, Av. Francisco Matarazzo, 612, CEP 05001-100, São Paulo,
SP, Brasil. E-mail: [email protected] Reproductive Biology of the Species Rhizoprionodon lalandii (Valenciennes, 1839).
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A subclasse Elasmobranchii apresenta uma grande diversidade evolutiva devido às variadas estratégias reprodutivas.
Das três estratégias reprodutivas existentes: oviparidade, ovovivíparidade e viviparidade, a que mais se destaca é a
viviparidade, incluindo 40 famílias de Elasmobranchii. Neste estudo de biologia reprodutiva a espécie abordada foi o
Rhizoprionodon lalandii, vivíparo placentário pertencente à família Carcharhinidae, apresentando como características fundamentais à fertilização interna e variação nas estratégias de nutrição embrionária com período gestacionário variando de 11
a 12 meses, e a fecundidade embrionária variando de 1 a 5. O R. lalandii é uma espécie de pequeno porte que habita a
plataforma continental durante todo o seu ciclo de vida, com o período reprodutivo se estendendo entre os meses de março
a agosto. O objetivo principal do atual trabalho é o de identificar as peças anatômicas reprodutivas da espécie alvo.
Realizou-se a dissecção de um macho adulto da espécie R. lalandii coletado por arte de pesca artesanal do tipo rede de espera
no litoral do município de Bertioga. Os trabalhos foram realizados nos laboratórios de Biociências do Centro Universitário
Nove de Julho, registrando-se fotograficamente a anatomia topográfica para posterior análise. As peças anatômicas
identificadas de interesse reprodutivo foram as seguintes: testículos, ductos deferentes, vesícula seminal, sacos espermáticos
e mixopterígios. O conhecimento da anatomia dos Elasmobranchii é importante para uma correlação com a fisiologia e
ecologia auxiliando na produção de trabalhos de conservação biológica.
CARACTERIZAÇÃO PARCIAL DE UM VÍRUS ISOLADO DE FEIJOEIRO (PHASEOLUS VULGARIS CV. CARIOCA)
NO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, SP. SABUNDJIAN, T.T.; MORAES, C.A.P.; GARCIA, S.*; SALAS, F.J.S.
Instituto Biológico, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Sanidade Vegetal, Av. Cons. Rodrigues Alves, 1252, CEP
04014-002, São Paulo, SP, Brasil. E-mail: [email protected] Partial characterization of a virus isolated from bean
(Phaseolus vulgaris cv. Carioca) in São José dos Campos, SP, Brazil.
O feijão (Phaseolus vulgaris L.) constitui a principal fonte de proteína vegetal para a população brasileira, sendo o Brasil
o maior produtor, contribuindo com 26,3% da produção mundial. Por possuir um ciclo vegetativo curto e alto valor
nutricional, muitas vezes se utiliza como cultura de subsistência, o que implica em uma ampla distribuição da cultura. Este
fato, associado aos insetos-vetores, favorece o desenvolvimento de doenças de etiologia viral. Este trabalho teve como
objetivo caracterizar um vírus isolado de plantas de P. vulgaris cv. Carioca no Município de São José dos Campos, SP. As
inoculações mecânicas foram feitas a partir de extrato de material vegetal infectado, previamente armazenado em CaCl2
(em presença de solução de sulfito de sódio 0,5%, pH 7 e carborundum como abrasivo), em plantas de diversas espécies
pertencentes a três diferentes famílias botânicas. As propriedades in vitro foram determinadas em plantas de feijão Carioca,
onde se observou: longevidade do vírus à temperatura ambiente (LIV); ponto final de diluição (PFD), inoculando-se
diluições seriadas de 10-1 a 10-8 e ponto de inativação térmica (PIT), utilizando como extremos as temperaturas de 60º C
e 79º C. Foram realizados testes de transmissão utilizando-se: i) sementes provenientes de plantas infectadas das espécies
Chenopodium amaranticolor, C. polyspermum, P. vulgaris cv. Carioca e Vigna unguiculata cv. Pitiuba; ii) contato, entrelaçandose ramos de plantas de feijão infectadas e sadias; e iii) insetosvetores (coleópteros da espécie Diabrotica speciosa). Os
resultados mostraram que das 15 espécies inoculadas, 12 se constituiram em hospedeiras do vírus, sendo mais suscetíveis
as plantas da família Leguminosae (feijoeiro, soja e caupi), evidenciando pontos e manchas cloróticas sistêmicas. O vírus se
manteve infectivo por até 92 dias à temperatura ambiente; apresentou PFD entre 10-6–10-8, indicando que o vírus encontrase em grande concentração na hospedeira, e sua inativação térmica não foi constatada, sendo necessário testar outras
temperaturas. O teste de transmissão por contato foi positivo e as transmissões por sementes foram negativas para todas
as espécies testadas. A taxa de transmissão pelo coleóptero D. speciosa foi de 80%. Testes sorológicos, moleculares e análise
das partículas virais ao microscópio eletrônico serão realizados posteriormente, visando à completa caracterização do vírus
e elucidação de sua posição taxonômica.
*Bolsista CNPq-PIBIC.
Biológico, São Paulo, v.68, n.1/2, p.29-86, jan./dez., 2006
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