estudo transversal sobre conhecimentos de genética médica

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VI CONGRESSO BRASILEIRO DE TRIAGEM NEONATAL /
XXII CONGRESSO BRASILEIRO DE GENÉTICA MÉDICA
SALVADOR – BA, 07 A 10 DE SETEMBRO DE 2010
ESTUDO TRANSVERSAL SOBRE CONHECIMENTOS DE GENÉTICA MÉDICA APLICADOS À
ATENÇÃO BÁSICA NO SUS
BUENO, Bruna Henrique1; ANJOS, Filipe Silveira dos2,3; OLIVEIRA, MAILME SOUZA1; LIPINSKIFIGUEIREDO, Eneida4; PORCIUNCULA, Carlos Guilherme Gaelzer4; MONLLEÓ, Isabella Lopes2,5; GIL-DASILVA-LOPES, Vera Lúcia1.
(1) Departamento de Genética Médica, FCM, Universidade Estadual de Campinas; (2) Setor de Genética Médica, FAMED,
Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas; (3) Bolsista de Iniciação Científica – Pro-BIC, Universidade Estadual de
Ciências da Saúde de Alagoas; (4) Setor de Genética Médica, FAMED, Universidade Federal de Alagoas; (5) Serviço de Genética
Clínica, Hospital Universitário, Universidade Federal de Alagoas.
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INTRODUÇÃO: A despeito de importantes avanços, significativo número de currículos dos cursos de
saúde no Brasil, não contempla as recomendações da National Coalition for Health Professional Education
in Genetics (NCHPEG, 2007). Considerando que nos últimos anos a atenção primária no SUS está
estruturada, principalmente, pela Estratégia Saúde da Família (ESF), fica clara a necessidade de qualificação
em genética dos profissionais nela atuantes. OBJETIVO: Traçar panorama do conhecimento de genética
dos profissionais da atenção básica. MÉTODOS: Questionário semi-estruturado, baseado no NCHPEG
(2007), auto-aplicável e validado, foi respondido por 87 profissionais da atenção básica em Alagoas e
Campinas-SP. RESULTADOS: Obteve-se 80 questionários válidos, 35 (43,8%) preenchidos por
profissionais de Campinas-SP e 45 (56,3%), de Alagoas, sendo 31 (38,8%) médicos, 30 (37,5%) enfermeiros
e 19 (23,7%) dentistas. Vínculo com a ESF foi referido por 75 (93,8%) participantes. Quanto às
competências, 32/77 (41,6%) participantes se consideraram aptos a realizar heredograma e 29/77 (37,7%)
afirmaram saber identificar padrão de transmissão de distúrbios genéticos. Apesar disso, 37/47 (78,7%) não
conseguiram interpretá-lo corretamente. Por outro lado, 72/79 (91,1%), afirmaram interesse por cursos de
genética. Reconhecimento de teratógenos foi mencionado por 47/76 (61,8%) e de suas conseqüências, por
42/75 (56%) profissionais. Cerca de 50% dos médicos e enfermeiros referiam saber orientar triagem
neonatal positiva. Entre os médicos, 20/30 (66,7%) afirmaram saber identificar dismorfias; 15/29 (51,7%),
predisposição para câncer de mama e 11/30 (36,7%), propor vigilância para câncer de cólon. Entre os
dentistas, 10/17 (28,8%) afirmaram saber reconhecer pacientes e manifestações odontológicas de distúrbios
genéticos. CONCLUSÃO: Embora interessados, observou-se despreparo dos profissionais da atenção
básica para atuação em genética. Capacitação, reciclagem e inserção de conteúdos de genética nos cursos de
especialização em saúde da família, melhorariam o desempenho das equipes de saúde.
Palavras-chave: Estratégia Saúde da Família. Genética. Educação Continuada.
Apoio financeiro: CNPq. FAPEAL. FAPESP.
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