A RESPONSABILIDADE SOCIAL DO FILÓSOFO Edson Alexandre Tadioto¹ Maria Alice Coelho Ribas² No presente trabalho, temos por tema a responsabilidade social do filósofo, preconizada no “mito da caverna”, extraída da obra “A república”, de Platão, (livro VII), foi realizado mediante pesquisa bibliográfica. Nessa alegoria Platão enfatiza a função do filósofo na sociedade. O filósofo, no caso, representa o homem que conseguiu alcançar o conhecimento verdadeiro acerca da realidade. A ele cabe o papel de governante da sociedade, uma vez que dispõe de clareza, discernimento e conhecimentos suficientes para administrá-la em prol do bem comum. No estado ideal de Platão, estribado no conceito de justiça, caberia ao filósofo, além da função de governante, desempenhar as funções de educador e orientador. O conhecimento aparece como fator primordial, capaz de libertar o humano das amarras da ignorância, permitindo-lhe, assim, agir em conformidade com aquilo que o distingue dos demais seres, ou seja, a racionalidade. O mito da caverna ressalta a necessidade de socialização do conhecimento a fim de libertar o humano dos grilhões que lhe oprimem. Tal conhecimento, no entanto, pressupõe um esforço do humano para romper com a inércia da ignorância. Trazendo para a realidade atual, podemos dizer que os grilhões dos quais precisamos nos libertar, segundo Platão, são nossos preconceitos, nossa confiança em nossos sentidos(por vezes enganadores), nossas paixões e opiniões. Conhecer é, pois, um ato de libertação. Aquele que conhece, no caso, o filósofo, tem a obrigação de, uma vez libertado da ignorância, convencer outras pessoas a se libertarem também. Isto é, a empreenderem a caminhada árdua, rumo à libertação. Este é, portanto, a responsabilidade social daquele que conhece. Palavras-chave: conhecimento, governo, filósofo ____________________ ¹ Acadêmico de Filosofia do Centro Universitário Franciscano. ² Professora de Filosofia do Centro Universitário Franciscano.