Agosto - 2008 - Jornal Sociedade Animal .História

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Agosto 2008
IV Ano | Edição 31
Agosto 2008
Vira-latas, os excluídos
O termo vira-latas, mais que origem racial, reflete uma
condição social, cuja principal característica é a
rejeição, o abandono. Animais condenados a
ocupar o último degrau da sociedade,
na rua, mais perto da morte que
de um final feliz.
página 6
Distribuição Gratuita
NESTA EDIÇÃO
Circo legal não
tem animal
Projeto de Lei pelo fim
do uso de animais em
circos no Brasil está
sendo analisado na
Câmara dos Deputados.
página 3
Alimentos
Perigosos
Alguns alimentos devem ser evitados na alimentação de cães e gatos, pois podem matar.
página 5
Corrida de
jegues
A competição visa
conscientizar as pessoas sobre a matança
do animal.
página 9
Anny e Dara
Cadelas do Corpo de
Bombeiros se aposentam apos oito anos de
trabalho.
página 10
página 2
Agosto 2008
Poços proibe circos com animais ferozes
Lei obriga circos a obterem licença para
se apresentarem em Poços de Caldas.
Foi aprovado pela Câmara no mês de junho e sancionado pelo Executivo, dia
10 de julho, o projeto de lei
que dispõe sobre as normas
e procedimentos para a obtenção de licença para a atividade circense com animais
no município (Lei n. 8.483).
A partir de agora, a concessão de licença para a montagem de espetáculos públicos circenses, de teatro e similares, que utilizem quaisquer espécies de animais,
será normatizada pela nova
legislação.
Segundo os vereadores,
a matéria foi bastante discutida pelo Poder Legislativo.
“Várias sugestões foram
apresentadas e o projeto recebeu algumas emendas
que enriqueceram o texto. O
assunto foi bastante discutido, uma vez que a realização de eventos com animais
tem sido alvo de debates em
todo o país. Muito se fala
nos maus tratos aos animais
e nas condições em que os
mesmos vivem quando se
apresentam e o objetivo da
Câmara foi obrigar os circos
a adotarem certas medidas
para que seja preservada a
segurança dos animais e
também da população que
participa dos espetáculos.
Além disso, a nova lei proíbe a utilização de animais ferozes em espetáculos públicos, podendo ser utilizados
apenas aqueles que não colocam em risco a vida dos
cidadãos”, esclareceram os
parlamentares.
Sobre a concessão de licença para a atividade circense com animais no município, os legisladores explicaram que o interessado
deve apresentar os seguintes documentos: autorização
escrita do proprietário do
imóvel a ser instalado o espetáculo, tratando-se de circo; laudos técnicos emitidos
por profissionais devidamente habilitados em Engenharia Elétrica e Engenharia Civil; laudo de vistoria da
Cia. de Bombeiros Militar;
laudo de vistoria das Polícias Civil e Militar; laudo de
vistoria dos órgãos municipais responsáveis pela vigilância sanitária e controle de
zoonoses, que deverão
abranger todo o aspecto de
cuidados com os animais, incluindo seu transporte, jaulas, adestramento, alimentação e higiene; assinatura de
termo de responsabilidade
pelos animais desde a entrada até a saída do território
do município.
Ainda segundos os vereadores, para obterem o
laudo de vistoria dos órgãos
municipais (VISA e Controle
de Zoonoses), os interessados deverão apresentar ao
órgão de fiscalização local
uma documentação atualizada dos animais, que incluem: informações sobre vacinas; autorizações de entrada dos animais no Brasil, expedidos pelo IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio
Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis); relação dos “micro ships” contendo a identidade dos animais junto ao IBAMA; laudos de veterinários particulares atestando a saúde e a
alimentação dos animais.
A nova legislação determina também que sejam negadas licenças caso constate-se maus tratos aos animais. “Caso ocorra tal fato,
o órgão de fiscalização deverá encaminhar denúncias
ao IBAMA e à Polícia Ambiental para que providências sejam tomadas. Além
disso, a VISA e o Controle
de Zoonoses devem estar
atentos a qualquer evidência de tráfico de animais silvestres. É importante que
seja feita uma fiscalização rigorosa, acabando desta forma com os maus tratos a
estes animais”, destacaram
os vereadores.
Assessoria de Imprensa
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Agosto 2008
Quatro perguntas sobre o movimento
“Circo legal não tem animal”
O Projeto de Lei pelo fim do uso de animais em circos no Brasil
está na Câmara dos Deputados, que o votará em breve.
O relator do projeto, deputado Antônio Carlos Biffi
(PT-MS), já apresentou parecer favorável à proibição.
“Entretanto, a pressão dos
proprietários de circos pela
manutenção da prática é
grande e tem influenciado
muitos políticos”, diz o braço brasileiro da Sociedade
Mundial de Proteção Animal
(WSPA, na sigla em Inglês)
A entidade está mobilizando pessoas simpáticas à
proibição por intermédio da
campanha “Circo legal não
tem animal”, para que assinem um abaixo-assinado pela
aprovação do PL 7291/2006.
AmbienteBrasil conversou com a veterinária Ingrid
Eder, gerente de Campanhas
da WSPA Brasil. Confira.
AmbienteBrasil - O ideal não seria, ao invés da proibição, exigir que os animais
de circos fossem bem tratados?
Ingrid - Isso não é possível. Para obrigar os animais
selvagens a se comportarem
de uma maneira como nunca se comportariam na natureza, é necessário promover
um treinamento agressivo.
Somente através da violência consegue-se fazer um
leão pular um arco de fogo,
por exemplo. Desta forma,
os treinamentos envolvem o
uso de varas, chicotes, choques, objetos pontiagudos,
chapas quentes, entre outros.
Além disso, o circo não
fornece ambiente adequado
aos animais, que vivem em
espaços muito limitados e
mal estruturados, e muitas
vezes não têm alimento de
qualidade ou em quantidade
suficiente. Isso sem contar o
constante transporte em circos itinerantes, que causa alto
grau de estresse aos animais,
sofrimento esse que não tem
como ser minimizado.
Não podemos ignorar
que, além do sofrimento animal, ainda há riscos para os
seres humanos. Doenças
podem ser transmitidas, visto que não existe vacinação
eficiente para os animais selvagens. E ainda há perigo de
acidentes: vide o caso dos
leões de circo que devoraram uma criança de seis anos,
em Pernambuco, em 2000. E
tudo isso para quê? Para podermos assistir a um urso andando de bicicleta?
AmbienteBrasil - Muitos irão avaliar a proibição
como uma afronta à tradição
circense. O que a WSPA diz
sobre isso?
Ingrid - O circo não precisa de animais para continuar existindo, muito pelo contrário: a proibição ao uso de
animais é uma valorização do
artista humano, que sozinho
consegue maravilhar sua platéia. Essa é a evolução natural do circo, prestigiando o
homem.
Ressaltamos que somos
a favor da tradição circense
no Brasil, e propomos que
esta importante manifestação
cultural evolua também em
nosso país. O circo é uma
forma muito importante e insubstituível de entretenimen-
to e sua tradição deve continuar, porém sem animais.
AmbienteBrasil - Como
a população tem recebido a
idéia dos circos sem animais?
Afinal, se os empresários os
mantêm, é porque o público
gosta desse tipo de atração.
Ingrid - O público que
se sente atraído por apresentações com animais desconhece a forma como estes
são criados e treinados, e, a
partir do momento que obtém a informação, entende
que é cruel e se desinteressa. Especialmente as crianças, que compreendem que
devemos respeitar e proteger os animais. A cada dia que
passa se fala mais sobre a
educação e a responsabilidade ambiental, respeito ao
meio ambiente e a todas as
formas de vida, então precisamos evoluir. Basta observar que os circos mais famosos do mundo não utilizam
animais e fecham todas as
noites com suas bilheterias
esgotadas. Esse é o futuro do
circo.
Não é a toa que muitos
países já proibiram o uso de
animais nos espetáculos circenses (Áustria, Costa Rica,
Dinamarca, Finlândia, Índia,
Israel, Cingapura e Suécia),
assim como cinco Estados
brasileiros (Rio de Janeiro,
São Paulo, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Sul)
e quase cinquenta cidades no
próprio Brasil. E vale lembrar que em outros dois
Estados a questão está em
tramitação.
Foto: Ibama/DF
AmbienteBrasil - A
WSPA alega que os animais
em circos estimulam o tráfico de espécies selvagens.
Isso não é regulamentado e
fiscalizado na prática?
Ingrid - De uma forma
geral, circos com animais estimulam o tráfico internacional, seja de animais exóticos
entrando no país, seja de espécies da nossa fauna traficadas ao exterior. No Brasil,
a aquisição de animais é regulamentada, mas como observado em outras situações,
é muito difícil de ser fiscalizada. A maioria dos animais
selvagens utilizados em circos provém de outros países, e alguns entram irregularmente. E, como ocorre no
tráfico interno de animais silvestres, a obtenção de animais irregulares é muito mais
barata do que a de animais
registrados.
Fonte: Mônica Pinto
www.AmbienteBrasil.com.br
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Agosto 2008
Amazônia dos madeireiros
por Carlos Camargo, Delegado de Polícia e Ambientalista.
E-mail: [email protected]
Nos últimos dez anos,
principalmente, assiste-se
em todo o mundo, e no
Brasil particularmente, uma
crescente preocupação
com a defesa do meio ambiente. Movimentos ambientalistas, protestos, associações, plataformas políticas, propostas governamentais, enfim, uma série
de iniciativas objetivando a
proteção da Natureza – A
mãe Natureza.Parece-nos
totalmente dispensável a citação de dados estatísticos
ou a menção às conseqüências dos atos predatórios. È que diariamente a imprensa, o rádio e a televisão nos dão notícias de lesões ao meio ambiente
ou do resultado de tais
práticas.
Estamos, pois, todos cientes da importância do assunto, da necessidade de
enfrentar o problema e felizes por notarmos a conscientização cada vez maior por parte da população.
De outro lado, não tão contentes, já que não vemos
do lado governamental federal ações rápidas e enérgicas no combate ao desmatamento acelerado e indiscriminado da Amazônia.
À mercê dos famigerados
e criminosos madeireiros,
na cobiça de dinheiro jogando dia e noite a floresta no chão, cujas árvores
nunca plantaram, já as encontraram prontas, dádivas
da natureza, as quais nunca foram respeitadas e são
dizimadas por conta dos
interesses financeiros
desses criminosos. Não temos visto nenhuma reportagem mostrando as providências do governo federal, bem como dos estaduais contra essas atividades
desses famigerados.
Recentemente uma investida da Polícia Federal
nas serrarias do Estado do
Pará, foi digna de elogios ,
porem, muito pouco pelo
crime cometido em todos
os Estados da Federação
onde existem, ainda, florestas nativas. O Grande
escritor Francês do Século XIX, Victor Hugo, já
Dizia “È triste pensar que
a natureza fala e que o gênero humano não a ouve”.
Na Amazônia encontrase cerca de 30% das Florestas Tropicais – eu particularmente acho que esse
número já diminuiu
muito.Na floresta amazônica ainda se encontram um
terço de todas as espécies
conhecidas de flora (plantas) e de fauna (animais) do
planeta. Toda essa enorme
biodiversidade, entretanto,
esta ameaçada pela ação do
homem, principalmente
nos chamados inescrupulosos madeireiros, verdadeiros assassinos da natureza. À medida que diminuem as matas e florestas,
diminuem as plantas, os
animais perdem seus ninhos e alimentos, as nascentes secam, a seca aparece. Enfim, todo o clima
é modificado. Tudo de
ruim começa pela derrubada de uma arvore, depois
outra, outra e assim por
adiante. Estima-se que o
desmatamento já tenha
atingido por volta de 15%
da área da chamada Amazônia legal – eu particularmente, de novo, acho que
a área é bem maior, pois
pelo que assistimos nas reportagens mostram uma
perda bem maior.
Todos os governos do
mundo estão preocupados
com a Amazônia e vem alguns brasileiros “patriotas” dizendo que querem
tomar a Amazônia de nós
brasileiros, que ela é questão de soberania nacional.
O recém-falecido Senador
pelo amazonas, Dr. Jefferson Peres (PDT-AM) disse em um de seus últimos
discursos no plenário
daquela casa legislativa
que o que mais o preocupava sobre a Amazônia
não eram os estrangeiros
mas os próprios brasileiros, por intermédios dos
madeireiros e dos fazendeiros.
O processo de devastação da floresta ao longo
do século passado, seguiu,
grosso modo, um padrão
geral. Ele começava com
a apropriação de terras públicas devolutas (desabitadas). Em um primeiro momento, madeireiros irregulares adentravam as terras,
abriam caminhos clandestinos e retirava o quanto
podiam de árvores de alto
valor comercial. Quando a
área encontrava-se esgotada, ela passava a ser ocupada por fazendeiros, que
realizavam queimadas e
plantio de capim para criação de gado, diga-se, de
passagem, que hoje um
dos elementos mais poluidores e agressores da camada de ozônio são os gases emitidos pelos intestinos dos gados, conhecido
como gás metano. Essas
terras, ocupadas então por
gado, tornavam-se propriedade legal do pecuarista,
através da grilagem (ato de
se apossar de terras mediante falsos títulos de propriedade) o que envolvia
corrupção e forja de documentos ilegais. Quando
a área deixava de ter qualquer vestígio de floresta,
ela podia então ser vendida para grandes produtores rurais, em especial os
sojicultores, que passavam
a ocupar terras que outrora foram uma floresta.
O Bio combustível
brasileiro, o álcool de cana,
etanol como é chamado,
esta sendo considerado
uma salvação para o mundo como substituto da gasolina, mais barato e de
pouca poluição. Porem,
muitas pessoas no Brasil e
em todo mundo estão preocupadas, pois o Brasil
poderá vir a ser o maior
plantador de cana, mais
que todos os outros juntos, e , consequentemente, o maior exportador de
etanol . Para tal , o Brasil
poderá tornar-se um imenso canavial, onde várias lavouras serão substituídas
pelo plantio da cana de
açúcar.
Tudo indica que, com
isso, as plantações de soja,
feijão, café, e outras menores, terão que mudar de
lugar, saírem dos Estados
tradicionais. Adivinhem
para onde vão?
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Agosto 2008
Alimentos perigosos
Alguns alimentos devem ser evitados
na alimentação de cães e gatos,
pois podem ocasionar doenças
e até a morte.
Muitos proprietários de
cães e gatos têm o costume de fornecer a seus animais uma dieta caseira, geralmente constituída de
“sobras de mesa”, ou até
mesmo utilizando-se do
preparo de alimentos destinados exclusivamente
para este propósito. Da
mesma maneira, algumas
pessoas mesmo comprando uma ração comercial balanceada, fornecem a seus
animais algum tipo de agrado caseiro. Os mais comuns são pedaços de carne e porções de arroz.
Porém, é importante
lembrar que, em ambos os
casos, o fornecimento de
uma alimentação caseira
sem qualquer tipo de cuidado pode ocasionar transtornos digestivos, doenças
e em casos mais graves, até
mesmo a morte.
Existe uma grande
quantidade de alimentos
que devem ser evitados;
neste artigo citei os princi-
pais, por isso, consulte
sempre um profissional especializado antes de fornecer alimentos a seus animais de estimação.
• Alimentos ricos em
açúcar – Podem causar
obesidade, problemas dentários e possivelmente diabete mellitus.
• Alimentos ricos em
gordura - Podem causar
obesidade e em alguns casos pancreatite.
• Batata e tomate –
Contém oxalatos, podendo
afetar o sistema digestivo,
nervoso e urinário.
• Bebidas alcoólicas –
Pode ocasionar intoxicação,
coma e, dependendo do nível de ingestão, a morte.
• Cebola e alho –
Contêm substâncias que
causam danos as células
vermelhas, causando anemia. Os gatos são mais susceptíveis do que os cachorros. O alho é menos
tóxico do que a cebola.
• Grande quantidade
de fígado – pode causar
uma intoxicação por vitamina A, a qual afeta músculos e ossos.
• Leite e seus derivados – Alguns cães e gatos
adultos não possuem
quantidades suficientes da
enzima lactase, enzima que
quebra a lactose presente
no leite, causando geralmente diarréia.
• Ossos – Ossos cozidos de frango, peixe e
outros animais podem se
partir, lacerando e obstruindo o sistema digestivo levando, em alguns casos, a
morte.
• Ovo Cru – Contém
avidina, uma enzima que
diminui a absorção da Biotina (vitamina do complexo B), causando problemas
de pêlo e pele. Cuidado,
alguns ovos crus podem
conter Salmonella.
• Peixe Cru – Pode
resultar em uma deficiência de Tiamina (vitamina do
complexo B) e conseqüentemente perda de apetite e,
em casos severos, a morte.
• Sal - Em grande
quantidade afeta o balanço
eletrolítico do animal.
• Sucos cítricos – Dependendo da quantidade
podem causar vômitos.
_______________________________________________________________
Lucas Domênico Elmôr
Zootecnista e mestrando
da Fac. de Zootecnia e
Engenharia de Alimentos
da USP (FZEA/USP)
Fonte: Pet Nutrition do
Brasil Ind. e Com. Ltda.
www.petnutrition.com.br
[19] 3633 2659
São João da Boa Vista-SP
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Agosto 2008
Vira-latas, os excluídos
O termo vira-latas, mais que origem racial, reflete uma
condição social, cuja principal característica
é a rejeição e o abandono.
Quando se fala em viralatas, tanto caninos quanto
felinos, a primeira coisa que
vem na cabeça é referente
às origens raciais do animal:
se nobre, de raça; se impuro: sem raça definida (SRD),
mestiço, ou simplesmente
vira-latas. Se bem esta afirmação é procedente, há um
fato que muitas vezes é ignorado ou omitido. A denominação vira-latas se aplica
a aqueles animais que se encontram abandonados nas
ruas a sua própria sorte, e
que em busca do sustendo
diário, como qualquer filho
de Deus, se abastecem das
sobras da sociedade humana; antigamente viravam latas, onde o lixo era depositado para coleta; hoje rasgam
sacolas. Portanto, mais que
origem racial, o termo viralatas reflete uma condição
social, cuja principal característica é a rejeição, o abandono. Um castigo impostos
àqueles animais cujo crime
foi serem impuros, indese-
jados, um encosto sem valor comercial. Condenados
assim a ocupar o último
degrau da sociedade, na
rua, mais perto da morte
que de um final feliz, desnorteados e desamparados,
estes bravos guerreiros começam uma dura batalha
onde poucos sobreviverão. A sarna, a fome, os
carros, a intolerância e a
carrocinha
acabarão com a maioria deles. Os sobreviventes são
verdadeiros heróis, vencedores, que apesar de conhecerem somente o lado
amargo da vida, ainda conservam uma extraordinária
capacidade de dar amor e
fidelidade incondicional a
aquele que se dispor a acolhê-lo. É bom ressaltar que
esta qualidade, tão comum
de observar nos cachorros,
é raríssima nos humanos.
De todas as espécies
domesticas, o cachorro é o
mais estigmatizado quando
mestiço. Há alguma coisa
nesses animais que mexe
com as pessoas, é como se
ter um animal puro fizesse
delas seres mais importantes; um vira-latas iria desprestigiá-las.
Grosso modo, podemos
entender o ponto racial deste assunto da seguinte maneira: De todo o universo
de virtudes e habilidades
caninas, a genética, através
da seleção, procura fixar tal
o qual característica escolhendo aqueles animais que
a apresentam, e fazendo-os
cruzar até obter animais
com características definidas, físicas ou funcionais,
registrando todos os cruzamentos e nascimentos.
Nega: SRD, ex-vira-lata. Em novembro passado ganhou um lar.
Em dezembro ganhou 9 filhotes. Todos foram adotados.
Foto: Raquel Cristofolete
Atenção, agosto é o mês da campanha de vacinação anti-rábica.
Fique atento para saber quando a equipe
de vacinação estará em seu bairro.
Seus amigos precisam de proteção.
Informações:
Poços de Caldas: (35) 3697.2332
São José do Rio Pardo: (19) 3681.4008
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Agosto 2008
Este conjunto de animais,
que é capaz de transmitir
os seus principais traços a
sua descendência, conforma uma raça, com tal o qual
aptidão, caçador, de companhia, de guarda, etc.
Para encurtar o caminho
na obtenção de uma raça,
muitas vezes é feito cruzamentos entre parentes próximos, fato que contribui
para fixar mais rapidamente
as qualidades pretendidas,
mas deprime uma quantidade muito grande de outras
aptidões.
A mestiçagem, como
tudo na vida, tem os seus
prós e contras. Os animais
mestiços não transmitem
aos seus descentes a suas
características de maneira
tão homogênea e previsível, porém, o choque entre
genéticas diferentes propicia muitas vezes um vigor
especial nos mestiços, que
lhes confere uma grande
rusticidade e uma inteligência incomum. Também, e
não menos importante, isto
faz deles animais únicos,
irrepetíveis.
Existe certa politização
no quesito puro vs. SRD,
com muitas pessoas e associações levantando as
bandeiras dos vira-latas
como o grito dos excluídos;
sem tirar-lhes um pingo de
razão, é bom lembrar que
os ricos também choram, e
muitos animais puros acabam ou na rua ou no CCZ,
por negligencia dos seus
donos. Desgraçadamente,
muitos animais são adquiridos não em função das suas
aptidões, senão por moda.
Um caso notável e atual pode-se ver no Pit-Bull.
O furor da moda levou
muita gente, inclusive pais
de família com crianças em
casa, a adquirir para companhia um animal selecionado para combate. Uma
serie de eventos desgraçados fizeram muitos donos
entregarem os seus animais
aos CCZ, propiciando um
extermínio em massa desses exemplares.
Provavelmente nada
mudará, até a maioria dos
humanos deixarem de ver
os cachorros como produto, como matéria de consumo. O milagre somente
será possível quando entendermos o cachorro
como companheiro, quando deixarmos de ser donos
e passarmos a ser amigos,
numa relação de reciprocidade. Esse dia não haverá
mais excluídos, e o homem
terá ganhado uma fonte
inesgotável de alegrias.
Felinos tupiniquins
Capítulo aparte merece
os felinos tupiniquins, onde
a força da viralatagem foi
tão contundente e expressiva,
que
acabou
virando
raça, o
nível nacional, que não
houve dificuldade nenhuma em qualificá-lo
como raça
brasileira,
Jade: SRD, ex-vira-lata. A seis anos ganhou um lar.
Tem cerca de dez anos. Foto: Flávia Garcia
Pelo Curto Brasileiro. O bichano nativo, cujos ascendentes foram trazidos da
Europa pelos imigrantes,
desceu aos infernos da rua,
e apesar do homem adaptou-se ao clima, ao lixo e
aos roedores da terra, passou por uma modelagem, e
conseguiu adquirir características semelhantes em
quase todos os cantos do
Brasil. Tão semelhantes foram essas características a
reconhecida como tal pela
Federação Brasileira do
Gato já faz dez anos, e inclusive a nível mundial pela
World Cat Federation, com
sede na Alemanha. Parabéns então para nossos gatos, que souberam fazer da
adversidade uma vitória!
Dr. Mariano Etchichury
MV MSc-CRMV-MG6345
F:(35)3697.1829/9958.8507
E-mail: [email protected]
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Agosto 2008
O Aquecimento Global
Ficaremos indiferentes a todos os indícios apontados
pelos especialistas, deixando que as próximas gerações
paguem o preço de nossa negligência?
O aquecimento global é
um fenômeno climático
que estabelece o aumento
da temperatura na Terra. A
relação desse aumento de
temperatura com a ação
humana (emissões de gases
produtos de combustíveis
fósseis, indústrias, refinarias, etc.) tem sido amplamente discutida. A previsão
e o grau do aquecimento
global, inclusive as suas
conseqüências, envolvem
questões complexas sobre
as quais os próprios especialistas ainda não formaram um consenso. Esta
complexidade inclui questões de ordem científica,
econômica, políticas e éticas (deve a geração atual
pagar a conta do aquecimento global para evitar
suas conseqüências desastrosas para as gerações futuras?).
Pesquisa realizada pelo
IBOPE revela que 91%
dos brasileiros já ouviram
falar no aquecimento global e 86% estão “preocupados” ou “muito preocupados” com o assunto.
A principal evidência
do aquecimento global vem
das medidas de temperatura de estações meteorológicas em todo o globo desde 1860. Os termômetros
subiram 0,6°C entre meados
do século XIX e o início
do século XXI - desses,
0,5°C apenas nos últimos 50
anos. Outra evidência é a
elevação de 10 a 20 cm no
nível dos oceanos nesse
período. Além disso, as regiões glaciais do planeta
estão diminuindo: em algumas zonas do Ártico, por
exemplo, a cobertura de
gelo encolheu até 40% em
décadas recentes.
Para analisar a problemática do aquecimento global realizaram-se várias
conferências internacionais
e um acordo foi proposto
em 1997, o Protocolo de
Quioto. Ele estipula que as
emissões de poluentes causadores de aquecimento
global deverão começar a
ser reduzidas entre 2002 e
2012 em média 5.2% em
relação aos níveis de 1990.
Isto equivale a uma redução de 42% no nível atual
de emissões. Foi também
aprovado o chamado Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, MDL, através do qual os países que
precisam reduzir suas emissões podem comprar direitos dos países que têm “créditos de carbono” porque
não emitiram o que teriam
direito. Os Estados Unidos,
embora representando 25%
de todas as emissões globais, não aderiu ao protocolo, alegando que os compromissos acarretados pelo
mesmo poderiam prejudicar
sua economia.
A ONU estima que
para uma remodelagem do
planeta, seriam gastos entre 80 bilhões a 3 trilhões
de dólares anuais. E toda
esse dinheiro investido faz
sentido? Na minha opinião,
só faz sentido se
houver uma reforma do sistema capitalista. O protocolo de
Quioto vai além das emissões de poluentes, mostrando que a problemática ambiental é bem mais complexa e requer uma mudança
nos nossos paradigmas. A
cultura de que os recursos
naturais são infinitos nos levou a explorá-los de uma
forma insustentável. Novas
fontes alternativas de energia (solar e eólica), conservação de florestas, redução
do consumo, melhor destinação aos resíduos sólidos
e reciclagem são exemplos
de atitudes que a sociedade precisa incorporar em
suas políticas públicas. A
educação é a chave de tudo
e a mola propulsora de todo
este processo. É nesse campo que os investimentos devem ser feitos.
Definitivamente a humanidade não pode ter
como padrão do que seja
uma vida feliz o padrão de
um cidadão norte americano. O planeta não suporta,
seria preciso pelo menos
mais dois planetas Terra.
Em contrapartida, segundo
relatórios da ONU, 2,8 bilhões de pessoas, quase
metade dos seres humanos,
vivem abaixo da linha da
pobreza.
Dada a desigualdade
econômica que vivemos, é
preciso pensar em estratégias que desloquem recursos de áreas mais ricas para
as mais pobres. Não dá para
dissociar a questão ambiental da questão social. Num
mundo globalizado, apesar
da gritante desigualdade
social, os impactos do aquecimento também são globalizados.
Admitir que existe um
problema e que ele precisa
de solução é o primeiro passo. Neste caso, o que é
mais prudente? Botar o pé
no freio, baseando-se no
princípio da precaução ou
simplesmente tocar o barco em frente? Ficaremos
indiferentes a todos os indícios apontados pelos especialistas, deixando que as
próximas gerações paguem
o preço de nossa negligência?
É preciso acumular
mais dados para dar mais
consistência aos indícios já
apontados, mas é também
preciso pensar em estratégias eficientes agora, mesmo sem esses dados, que
evitem a piora das condições de vida dos 6 bilhões
de humanos e das incontáveis espécies animais e vegetais que provavelmente
sofrerão com o aquecimento global.
Juliana M. Bonora Oliveira
Bióloga
Vigilância Ambiental em Saúde
[email protected]
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Agosto 2008
Corrida de jegues alerta
sobre a matança do animal
A competição visa conscientizar as
pessoas sobre a matança do animal. Sua
carne é extraída para fazer carne de sol.
“O jumento é nosso irmão”, já dizia o forrozeiro Luiz Gonzaga. Em
campina Grande, o “nosso irmão” é foco de mais
uma atração inusitada na
cidade-sede do maior São
João do mundo: uma corrida de jegues. O animal é
popular no Nordeste por
ser barato e ter grande utilidade: é meio de transporte de pessoas, de cargas
e ser ve leite rico em
vitaminas.
A competição, que
está na 19ª edição, é a forma que o organizador, o
professor de educação física Teles Albuquerque,
encontrou para conscientizar as pessoas sobre a
matança do animal, do
qual estaria sendo extraída a carne para fazer carne de sol – negócio rentável, já que o animal serve pelo menos 20 quilos
do alimento, enquanto um
jegue custa apenas R$ 5.
“O jegue foi o maior
meio de transporte do planeta. Carregou até o nosso Senhor, Jesus Cristo.
Hoje, está sendo morto e
explorado nas carroças de
burro. Com três meses, as
patinhas incham e eles
abatem: cortam as patinhas
com ele vivo, deixam o
sangue sair, o mau-cheiro
sair, cortam o pescoço, retiram a carne, fazem de sol
e vendem”, denuncia
Albuquerque.
O educador responsabiliza a motocicleta por
isso, já que, por ser barata, econômica e mais eficiente em algumas das antigas atividades exercidas
pelo jumento, os animais
estariam perdendo a
função que sempre
exerceram.
No caso da corrida de
jegues, realizada em 23 de
junho, ele assegura que
não há maus-tratos aos
animais.
Campina Grande(PB) - Jegues ornamentados depois
da corrida. Boneca e Querido receberam R$ 400 em
premiação.
“É uma diversão que
não maltrata o animal.
Você não pode usar sela,
cangalha, pano, chicote,
arreios, estribos, material
perfurante, cortantes, nada
disso. Nada de maltratar o
jegue. Olha para o jegue
no passado, em que ele foi
tão utilitário e não despreze, não mate, nesse momento, como estão fazendo”, apela, nitidamente
emocionado.
Para participar da corrida, basta que o dono
chegue ao local acompanhado do animal. Este
ano, o jegódromo foi mon-
tado paralelo aos trilhos
do trem que vai para Galante nos finais de semana – o Expresso Forroviário. No circuito reto de
200 metros, foram premiados os jegues mais rápidos nas categorias Campina Grande (só para moradores do município)
e Geral (para qualquer
pessoa), além dos mais
ornamentados.
Fonte: Morillo Carvalho
Agência Brasil
Foto: Roosevelt Pinheiro
ABr
Experimentos com animais
Apesar da ineficácia da penicilina em coelhos, Alexander Fleming usou o antibiótico em um paciente muito
doente, uma vez que ele não tinha outra forma de experimentar. Se os testes iniciais tivessem sido realizados em
porquinhos-da-índia ou em hamsters, as cobaias teriam morrido e talvez a humanidade nunca tivesse se beneficiado da penicilina. Howard Florey, ganhador do Premio Nobel da Paz, como co-descobridor e fabricante da
penicilina, afirmou: “Felizmente não tínhamos testes em animais nos anos 40. Caso contrário, talvez nunca
tivéssemos conseguido uma licença para o uso da penicilina e, possivelmente, outros antibióticos jamais tivessem
sido desenvolvidos.”
Fonte: Associação Protetora de Animais São Francisco de Assis - APASFA
página 10
Agosto 2008
Total Alimentos
conquista
selo de qualidade
Total Alimentos é a primeira empresa
do mercado a conquistar o selo
de qualidade PIQPET
Anny e Dara se aposentam após oito
anos de trabalho com bombeiros.
As cadelas do Corpo de
Bombeiros de São Paulo, entregaram seus coletes em
cerimônia realizada dia 06 julho, em homenagem ao Dia
do Bombeiro (02 de julho).
Elas ficaram conhecidas
do público quando ajudaram
a localizar vítimas dos acidentes das obras do Metrô
(janeiro/2007) e da queda do
avião da TAM (julho/2007).
Anny - O Cabo Maximiliano Paganassi, adestrador da
Anny, lembra com orgulho
que ela foi o primeiro cão a
localizar, com vida, uma vítima de desmoronamento, em
2000. Ela está sob sua tutela
e irá para sua residência.
Dara – O Cabo Clóvis
Benedito de Souza, adestrador da Dara, não se esquece
de quando ela ajudou a achar
sete criancas e uma mulher
soterradas em São bernardo
do Campo, em 2005. Apesar
de Dara estar sob sua tutela,
não sabe se poderá ficar com
ela, pois mora em apartamento.
O último dia de trabalho
das veteranas funcionárias.
“Sempre alegre, sempre feliz, temos muito que aprender com os animais”, diz um
bombeiro. Companheiros de
trabalho corajosos e fiéis.
“Existem certas coisas que
o cão faz e que nós mesmos
duvidamos. É nosso melhor
amigo”,frisa outro bombeiro.
Fonte: G1.globo.com
Carolina Iscandarian
Foto: Bombeiros-SP
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A fabricante de pet
food Total Alimentos é a
primeira empresa do setor a conquistar o Selo PiqPet – Programa Integrado de Qualidade Pet, criado pela Anfal Pet - Associação dos Fabricantes
de Alimentos para Animais de Estimação. Todas
as linhas de alimentos da
empresa – standard, premium, superpremium e
snacks – foram aprovadas
pelo PiqPet. Para o presidente da empresa Dr. Antonio Teixeira de Miranda Neto, esta conquista
representa para a Total
mais um fator que comprova a qualidade dos alimentos oferecidos pela
marca. “Este selo vai
mostrar publicamente o
comprometimento das
empresas fabricantes e
dar uma nova posição
para os que cumprem as
normas e regulamentos
vigentes”, afirma Miranda.
Outras indústrias de
alimentos do setor já estão em processo de análise para certificar suas linhas de produtos.
O selo PiqPet - Para
atender a exigência do
consumidor e garantir a
competitividade entre as
marcas que atendem o
mercado, a Anfal Pet gerencia e supervisiona o
processo de certificação
voluntária através do Selo
PiqPet. O objetivo é adequar a cadeia de produção de alimentos para animais de companhia visando aumento da qualidade,
reconhecimento do consumidor e cumprimento
de todas as normas e legislações vigentes.
Todas as indústrias de
alimentos para animais de
companhia podem candidatar-se à certificação. O
processo pode ser muito
rápido. Para tanto, basta
adequar o processo de
produção aos requisitos
do selo de forma integral.
A partir do resultado da
auditoria de certificação,
será emitido o atestado
de conformidade e liberação de uso do selo em
até um mês.
Edição Nº 0220-Junho08
ANFAL PET-Assoc. dos
Fabricantes de Alimentos
p/Animais de Estimação
[email protected]
www.anfalpet.org.br
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página 11
Agosto 2008
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Fone: 3715.2444
Rua João Mariusso, 213
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Quisisana - P. Caldas
Fone: 3722.1010
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F: 3721.5377/9108.9182
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Centro - P. Caldas
Fone: 3722.4599
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Quisisana - P. Caldas
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Fone: 3713.5055
Fone: 3713.5288
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Casa de Rações
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Fone: 3713.6667
Av Eduardo Marras,230/1
Cohab - P. Caldas
Caminho da Pesca
Fone: 3721.2308
Av Santo Antônio, 213
Cascatinha - P. Caldas
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Fone: 3714.8548
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Rua Gama Cruz, 156
Vila Cruz - P. Caldas
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Fone: 9108.9182
Av João Avelino Mello,35
Cohab - P. Caldas
Clinicão
Veterinária
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Pet Shop
Fone: 3712.3701
Av Espanha, 193
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Pet Shop Barão
Fone: 9987.7618
Fone: 3722.4415
Fone: 3721.8005
Rua Hematita, 301
Kennedy l - P. Caldas
Av Champagnat, 838
Vila Cruz - P. Caldas
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Centro - P. Caldas
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