página 1 Agosto 2008 IV Ano | Edição 31 Agosto 2008 Vira-latas, os excluídos O termo vira-latas, mais que origem racial, reflete uma condição social, cuja principal característica é a rejeição, o abandono. Animais condenados a ocupar o último degrau da sociedade, na rua, mais perto da morte que de um final feliz. página 6 Distribuição Gratuita NESTA EDIÇÃO Circo legal não tem animal Projeto de Lei pelo fim do uso de animais em circos no Brasil está sendo analisado na Câmara dos Deputados. página 3 Alimentos Perigosos Alguns alimentos devem ser evitados na alimentação de cães e gatos, pois podem matar. página 5 Corrida de jegues A competição visa conscientizar as pessoas sobre a matança do animal. página 9 Anny e Dara Cadelas do Corpo de Bombeiros se aposentam apos oito anos de trabalho. página 10 página 2 Agosto 2008 Poços proibe circos com animais ferozes Lei obriga circos a obterem licença para se apresentarem em Poços de Caldas. Foi aprovado pela Câmara no mês de junho e sancionado pelo Executivo, dia 10 de julho, o projeto de lei que dispõe sobre as normas e procedimentos para a obtenção de licença para a atividade circense com animais no município (Lei n. 8.483). A partir de agora, a concessão de licença para a montagem de espetáculos públicos circenses, de teatro e similares, que utilizem quaisquer espécies de animais, será normatizada pela nova legislação. Segundo os vereadores, a matéria foi bastante discutida pelo Poder Legislativo. “Várias sugestões foram apresentadas e o projeto recebeu algumas emendas que enriqueceram o texto. O assunto foi bastante discutido, uma vez que a realização de eventos com animais tem sido alvo de debates em todo o país. Muito se fala nos maus tratos aos animais e nas condições em que os mesmos vivem quando se apresentam e o objetivo da Câmara foi obrigar os circos a adotarem certas medidas para que seja preservada a segurança dos animais e também da população que participa dos espetáculos. Além disso, a nova lei proíbe a utilização de animais ferozes em espetáculos públicos, podendo ser utilizados apenas aqueles que não colocam em risco a vida dos cidadãos”, esclareceram os parlamentares. Sobre a concessão de licença para a atividade circense com animais no município, os legisladores explicaram que o interessado deve apresentar os seguintes documentos: autorização escrita do proprietário do imóvel a ser instalado o espetáculo, tratando-se de circo; laudos técnicos emitidos por profissionais devidamente habilitados em Engenharia Elétrica e Engenharia Civil; laudo de vistoria da Cia. de Bombeiros Militar; laudo de vistoria das Polícias Civil e Militar; laudo de vistoria dos órgãos municipais responsáveis pela vigilância sanitária e controle de zoonoses, que deverão abranger todo o aspecto de cuidados com os animais, incluindo seu transporte, jaulas, adestramento, alimentação e higiene; assinatura de termo de responsabilidade pelos animais desde a entrada até a saída do território do município. Ainda segundos os vereadores, para obterem o laudo de vistoria dos órgãos municipais (VISA e Controle de Zoonoses), os interessados deverão apresentar ao órgão de fiscalização local uma documentação atualizada dos animais, que incluem: informações sobre vacinas; autorizações de entrada dos animais no Brasil, expedidos pelo IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis); relação dos “micro ships” contendo a identidade dos animais junto ao IBAMA; laudos de veterinários particulares atestando a saúde e a alimentação dos animais. A nova legislação determina também que sejam negadas licenças caso constate-se maus tratos aos animais. “Caso ocorra tal fato, o órgão de fiscalização deverá encaminhar denúncias ao IBAMA e à Polícia Ambiental para que providências sejam tomadas. Além disso, a VISA e o Controle de Zoonoses devem estar atentos a qualquer evidência de tráfico de animais silvestres. É importante que seja feita uma fiscalização rigorosa, acabando desta forma com os maus tratos a estes animais”, destacaram os vereadores. Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal de Poços de Caldas Expediente Sociedade Animal Empresa Jornalística Ltda CNPJ 06.963.370/0001-00 Ins. Est. isento Rua São Paulo, 143 | 3º andar | sala 34 Centro | Poços de Caldas - MG | CEP 37701-012 E-mail: [email protected] Diretora Neiva L. Silva Jornalista Responsável Gilberto Cesar Immese Impressão Editora Verdade (16) 3626.0491 Os artigos do Sociedade Animal são de inteira responsabilidades de seus autores. O Sociedade Animal circula nas cidades de Poços de Caldas, São José do Rio Pardo. Apoio Universidade Positivo ED - Escritório Experimental de Design Professora Responsável Eliza Yukiko Sawada Ilustração Sabrina Foggiatto Design Editorial Juliana Saladini e Sabrina Foggiatto http://design.up.edu.br (41) 3317-3236 página 3 Agosto 2008 Quatro perguntas sobre o movimento “Circo legal não tem animal” O Projeto de Lei pelo fim do uso de animais em circos no Brasil está na Câmara dos Deputados, que o votará em breve. O relator do projeto, deputado Antônio Carlos Biffi (PT-MS), já apresentou parecer favorável à proibição. “Entretanto, a pressão dos proprietários de circos pela manutenção da prática é grande e tem influenciado muitos políticos”, diz o braço brasileiro da Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA, na sigla em Inglês) A entidade está mobilizando pessoas simpáticas à proibição por intermédio da campanha “Circo legal não tem animal”, para que assinem um abaixo-assinado pela aprovação do PL 7291/2006. AmbienteBrasil conversou com a veterinária Ingrid Eder, gerente de Campanhas da WSPA Brasil. Confira. AmbienteBrasil - O ideal não seria, ao invés da proibição, exigir que os animais de circos fossem bem tratados? Ingrid - Isso não é possível. Para obrigar os animais selvagens a se comportarem de uma maneira como nunca se comportariam na natureza, é necessário promover um treinamento agressivo. Somente através da violência consegue-se fazer um leão pular um arco de fogo, por exemplo. Desta forma, os treinamentos envolvem o uso de varas, chicotes, choques, objetos pontiagudos, chapas quentes, entre outros. Além disso, o circo não fornece ambiente adequado aos animais, que vivem em espaços muito limitados e mal estruturados, e muitas vezes não têm alimento de qualidade ou em quantidade suficiente. Isso sem contar o constante transporte em circos itinerantes, que causa alto grau de estresse aos animais, sofrimento esse que não tem como ser minimizado. Não podemos ignorar que, além do sofrimento animal, ainda há riscos para os seres humanos. Doenças podem ser transmitidas, visto que não existe vacinação eficiente para os animais selvagens. E ainda há perigo de acidentes: vide o caso dos leões de circo que devoraram uma criança de seis anos, em Pernambuco, em 2000. E tudo isso para quê? Para podermos assistir a um urso andando de bicicleta? AmbienteBrasil - Muitos irão avaliar a proibição como uma afronta à tradição circense. O que a WSPA diz sobre isso? Ingrid - O circo não precisa de animais para continuar existindo, muito pelo contrário: a proibição ao uso de animais é uma valorização do artista humano, que sozinho consegue maravilhar sua platéia. Essa é a evolução natural do circo, prestigiando o homem. Ressaltamos que somos a favor da tradição circense no Brasil, e propomos que esta importante manifestação cultural evolua também em nosso país. O circo é uma forma muito importante e insubstituível de entretenimen- to e sua tradição deve continuar, porém sem animais. AmbienteBrasil - Como a população tem recebido a idéia dos circos sem animais? Afinal, se os empresários os mantêm, é porque o público gosta desse tipo de atração. Ingrid - O público que se sente atraído por apresentações com animais desconhece a forma como estes são criados e treinados, e, a partir do momento que obtém a informação, entende que é cruel e se desinteressa. Especialmente as crianças, que compreendem que devemos respeitar e proteger os animais. A cada dia que passa se fala mais sobre a educação e a responsabilidade ambiental, respeito ao meio ambiente e a todas as formas de vida, então precisamos evoluir. Basta observar que os circos mais famosos do mundo não utilizam animais e fecham todas as noites com suas bilheterias esgotadas. Esse é o futuro do circo. Não é a toa que muitos países já proibiram o uso de animais nos espetáculos circenses (Áustria, Costa Rica, Dinamarca, Finlândia, Índia, Israel, Cingapura e Suécia), assim como cinco Estados brasileiros (Rio de Janeiro, São Paulo, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Sul) e quase cinquenta cidades no próprio Brasil. E vale lembrar que em outros dois Estados a questão está em tramitação. Foto: Ibama/DF AmbienteBrasil - A WSPA alega que os animais em circos estimulam o tráfico de espécies selvagens. Isso não é regulamentado e fiscalizado na prática? Ingrid - De uma forma geral, circos com animais estimulam o tráfico internacional, seja de animais exóticos entrando no país, seja de espécies da nossa fauna traficadas ao exterior. No Brasil, a aquisição de animais é regulamentada, mas como observado em outras situações, é muito difícil de ser fiscalizada. A maioria dos animais selvagens utilizados em circos provém de outros países, e alguns entram irregularmente. E, como ocorre no tráfico interno de animais silvestres, a obtenção de animais irregulares é muito mais barata do que a de animais registrados. Fonte: Mônica Pinto www.AmbienteBrasil.com.br página 4 Agosto 2008 Amazônia dos madeireiros por Carlos Camargo, Delegado de Polícia e Ambientalista. E-mail: [email protected] Nos últimos dez anos, principalmente, assiste-se em todo o mundo, e no Brasil particularmente, uma crescente preocupação com a defesa do meio ambiente. Movimentos ambientalistas, protestos, associações, plataformas políticas, propostas governamentais, enfim, uma série de iniciativas objetivando a proteção da Natureza – A mãe Natureza.Parece-nos totalmente dispensável a citação de dados estatísticos ou a menção às conseqüências dos atos predatórios. È que diariamente a imprensa, o rádio e a televisão nos dão notícias de lesões ao meio ambiente ou do resultado de tais práticas. Estamos, pois, todos cientes da importância do assunto, da necessidade de enfrentar o problema e felizes por notarmos a conscientização cada vez maior por parte da população. De outro lado, não tão contentes, já que não vemos do lado governamental federal ações rápidas e enérgicas no combate ao desmatamento acelerado e indiscriminado da Amazônia. À mercê dos famigerados e criminosos madeireiros, na cobiça de dinheiro jogando dia e noite a floresta no chão, cujas árvores nunca plantaram, já as encontraram prontas, dádivas da natureza, as quais nunca foram respeitadas e são dizimadas por conta dos interesses financeiros desses criminosos. Não temos visto nenhuma reportagem mostrando as providências do governo federal, bem como dos estaduais contra essas atividades desses famigerados. Recentemente uma investida da Polícia Federal nas serrarias do Estado do Pará, foi digna de elogios , porem, muito pouco pelo crime cometido em todos os Estados da Federação onde existem, ainda, florestas nativas. O Grande escritor Francês do Século XIX, Victor Hugo, já Dizia “È triste pensar que a natureza fala e que o gênero humano não a ouve”. Na Amazônia encontrase cerca de 30% das Florestas Tropicais – eu particularmente acho que esse número já diminuiu muito.Na floresta amazônica ainda se encontram um terço de todas as espécies conhecidas de flora (plantas) e de fauna (animais) do planeta. Toda essa enorme biodiversidade, entretanto, esta ameaçada pela ação do homem, principalmente nos chamados inescrupulosos madeireiros, verdadeiros assassinos da natureza. À medida que diminuem as matas e florestas, diminuem as plantas, os animais perdem seus ninhos e alimentos, as nascentes secam, a seca aparece. Enfim, todo o clima é modificado. Tudo de ruim começa pela derrubada de uma arvore, depois outra, outra e assim por adiante. Estima-se que o desmatamento já tenha atingido por volta de 15% da área da chamada Amazônia legal – eu particularmente, de novo, acho que a área é bem maior, pois pelo que assistimos nas reportagens mostram uma perda bem maior. Todos os governos do mundo estão preocupados com a Amazônia e vem alguns brasileiros “patriotas” dizendo que querem tomar a Amazônia de nós brasileiros, que ela é questão de soberania nacional. O recém-falecido Senador pelo amazonas, Dr. Jefferson Peres (PDT-AM) disse em um de seus últimos discursos no plenário daquela casa legislativa que o que mais o preocupava sobre a Amazônia não eram os estrangeiros mas os próprios brasileiros, por intermédios dos madeireiros e dos fazendeiros. O processo de devastação da floresta ao longo do século passado, seguiu, grosso modo, um padrão geral. Ele começava com a apropriação de terras públicas devolutas (desabitadas). Em um primeiro momento, madeireiros irregulares adentravam as terras, abriam caminhos clandestinos e retirava o quanto podiam de árvores de alto valor comercial. Quando a área encontrava-se esgotada, ela passava a ser ocupada por fazendeiros, que realizavam queimadas e plantio de capim para criação de gado, diga-se, de passagem, que hoje um dos elementos mais poluidores e agressores da camada de ozônio são os gases emitidos pelos intestinos dos gados, conhecido como gás metano. Essas terras, ocupadas então por gado, tornavam-se propriedade legal do pecuarista, através da grilagem (ato de se apossar de terras mediante falsos títulos de propriedade) o que envolvia corrupção e forja de documentos ilegais. Quando a área deixava de ter qualquer vestígio de floresta, ela podia então ser vendida para grandes produtores rurais, em especial os sojicultores, que passavam a ocupar terras que outrora foram uma floresta. O Bio combustível brasileiro, o álcool de cana, etanol como é chamado, esta sendo considerado uma salvação para o mundo como substituto da gasolina, mais barato e de pouca poluição. Porem, muitas pessoas no Brasil e em todo mundo estão preocupadas, pois o Brasil poderá vir a ser o maior plantador de cana, mais que todos os outros juntos, e , consequentemente, o maior exportador de etanol . Para tal , o Brasil poderá tornar-se um imenso canavial, onde várias lavouras serão substituídas pelo plantio da cana de açúcar. Tudo indica que, com isso, as plantações de soja, feijão, café, e outras menores, terão que mudar de lugar, saírem dos Estados tradicionais. Adivinhem para onde vão? página 5 Agosto 2008 Alimentos perigosos Alguns alimentos devem ser evitados na alimentação de cães e gatos, pois podem ocasionar doenças e até a morte. Muitos proprietários de cães e gatos têm o costume de fornecer a seus animais uma dieta caseira, geralmente constituída de “sobras de mesa”, ou até mesmo utilizando-se do preparo de alimentos destinados exclusivamente para este propósito. Da mesma maneira, algumas pessoas mesmo comprando uma ração comercial balanceada, fornecem a seus animais algum tipo de agrado caseiro. Os mais comuns são pedaços de carne e porções de arroz. Porém, é importante lembrar que, em ambos os casos, o fornecimento de uma alimentação caseira sem qualquer tipo de cuidado pode ocasionar transtornos digestivos, doenças e em casos mais graves, até mesmo a morte. Existe uma grande quantidade de alimentos que devem ser evitados; neste artigo citei os princi- pais, por isso, consulte sempre um profissional especializado antes de fornecer alimentos a seus animais de estimação. • Alimentos ricos em açúcar – Podem causar obesidade, problemas dentários e possivelmente diabete mellitus. • Alimentos ricos em gordura - Podem causar obesidade e em alguns casos pancreatite. • Batata e tomate – Contém oxalatos, podendo afetar o sistema digestivo, nervoso e urinário. • Bebidas alcoólicas – Pode ocasionar intoxicação, coma e, dependendo do nível de ingestão, a morte. • Cebola e alho – Contêm substâncias que causam danos as células vermelhas, causando anemia. Os gatos são mais susceptíveis do que os cachorros. O alho é menos tóxico do que a cebola. • Grande quantidade de fígado – pode causar uma intoxicação por vitamina A, a qual afeta músculos e ossos. • Leite e seus derivados – Alguns cães e gatos adultos não possuem quantidades suficientes da enzima lactase, enzima que quebra a lactose presente no leite, causando geralmente diarréia. • Ossos – Ossos cozidos de frango, peixe e outros animais podem se partir, lacerando e obstruindo o sistema digestivo levando, em alguns casos, a morte. • Ovo Cru – Contém avidina, uma enzima que diminui a absorção da Biotina (vitamina do complexo B), causando problemas de pêlo e pele. Cuidado, alguns ovos crus podem conter Salmonella. • Peixe Cru – Pode resultar em uma deficiência de Tiamina (vitamina do complexo B) e conseqüentemente perda de apetite e, em casos severos, a morte. • Sal - Em grande quantidade afeta o balanço eletrolítico do animal. • Sucos cítricos – Dependendo da quantidade podem causar vômitos. _______________________________________________________________ Lucas Domênico Elmôr Zootecnista e mestrando da Fac. de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da USP (FZEA/USP) Fonte: Pet Nutrition do Brasil Ind. e Com. Ltda. www.petnutrition.com.br [19] 3633 2659 São João da Boa Vista-SP página 6 Agosto 2008 Vira-latas, os excluídos O termo vira-latas, mais que origem racial, reflete uma condição social, cuja principal característica é a rejeição e o abandono. Quando se fala em viralatas, tanto caninos quanto felinos, a primeira coisa que vem na cabeça é referente às origens raciais do animal: se nobre, de raça; se impuro: sem raça definida (SRD), mestiço, ou simplesmente vira-latas. Se bem esta afirmação é procedente, há um fato que muitas vezes é ignorado ou omitido. A denominação vira-latas se aplica a aqueles animais que se encontram abandonados nas ruas a sua própria sorte, e que em busca do sustendo diário, como qualquer filho de Deus, se abastecem das sobras da sociedade humana; antigamente viravam latas, onde o lixo era depositado para coleta; hoje rasgam sacolas. Portanto, mais que origem racial, o termo viralatas reflete uma condição social, cuja principal característica é a rejeição, o abandono. Um castigo impostos àqueles animais cujo crime foi serem impuros, indese- jados, um encosto sem valor comercial. Condenados assim a ocupar o último degrau da sociedade, na rua, mais perto da morte que de um final feliz, desnorteados e desamparados, estes bravos guerreiros começam uma dura batalha onde poucos sobreviverão. A sarna, a fome, os carros, a intolerância e a carrocinha acabarão com a maioria deles. Os sobreviventes são verdadeiros heróis, vencedores, que apesar de conhecerem somente o lado amargo da vida, ainda conservam uma extraordinária capacidade de dar amor e fidelidade incondicional a aquele que se dispor a acolhê-lo. É bom ressaltar que esta qualidade, tão comum de observar nos cachorros, é raríssima nos humanos. De todas as espécies domesticas, o cachorro é o mais estigmatizado quando mestiço. Há alguma coisa nesses animais que mexe com as pessoas, é como se ter um animal puro fizesse delas seres mais importantes; um vira-latas iria desprestigiá-las. Grosso modo, podemos entender o ponto racial deste assunto da seguinte maneira: De todo o universo de virtudes e habilidades caninas, a genética, através da seleção, procura fixar tal o qual característica escolhendo aqueles animais que a apresentam, e fazendo-os cruzar até obter animais com características definidas, físicas ou funcionais, registrando todos os cruzamentos e nascimentos. Nega: SRD, ex-vira-lata. Em novembro passado ganhou um lar. Em dezembro ganhou 9 filhotes. Todos foram adotados. Foto: Raquel Cristofolete Atenção, agosto é o mês da campanha de vacinação anti-rábica. Fique atento para saber quando a equipe de vacinação estará em seu bairro. Seus amigos precisam de proteção. Informações: Poços de Caldas: (35) 3697.2332 São José do Rio Pardo: (19) 3681.4008 página 7 Agosto 2008 Este conjunto de animais, que é capaz de transmitir os seus principais traços a sua descendência, conforma uma raça, com tal o qual aptidão, caçador, de companhia, de guarda, etc. Para encurtar o caminho na obtenção de uma raça, muitas vezes é feito cruzamentos entre parentes próximos, fato que contribui para fixar mais rapidamente as qualidades pretendidas, mas deprime uma quantidade muito grande de outras aptidões. A mestiçagem, como tudo na vida, tem os seus prós e contras. Os animais mestiços não transmitem aos seus descentes a suas características de maneira tão homogênea e previsível, porém, o choque entre genéticas diferentes propicia muitas vezes um vigor especial nos mestiços, que lhes confere uma grande rusticidade e uma inteligência incomum. Também, e não menos importante, isto faz deles animais únicos, irrepetíveis. Existe certa politização no quesito puro vs. SRD, com muitas pessoas e associações levantando as bandeiras dos vira-latas como o grito dos excluídos; sem tirar-lhes um pingo de razão, é bom lembrar que os ricos também choram, e muitos animais puros acabam ou na rua ou no CCZ, por negligencia dos seus donos. Desgraçadamente, muitos animais são adquiridos não em função das suas aptidões, senão por moda. Um caso notável e atual pode-se ver no Pit-Bull. O furor da moda levou muita gente, inclusive pais de família com crianças em casa, a adquirir para companhia um animal selecionado para combate. Uma serie de eventos desgraçados fizeram muitos donos entregarem os seus animais aos CCZ, propiciando um extermínio em massa desses exemplares. Provavelmente nada mudará, até a maioria dos humanos deixarem de ver os cachorros como produto, como matéria de consumo. O milagre somente será possível quando entendermos o cachorro como companheiro, quando deixarmos de ser donos e passarmos a ser amigos, numa relação de reciprocidade. Esse dia não haverá mais excluídos, e o homem terá ganhado uma fonte inesgotável de alegrias. Felinos tupiniquins Capítulo aparte merece os felinos tupiniquins, onde a força da viralatagem foi tão contundente e expressiva, que acabou virando raça, o nível nacional, que não houve dificuldade nenhuma em qualificá-lo como raça brasileira, Jade: SRD, ex-vira-lata. A seis anos ganhou um lar. Tem cerca de dez anos. Foto: Flávia Garcia Pelo Curto Brasileiro. O bichano nativo, cujos ascendentes foram trazidos da Europa pelos imigrantes, desceu aos infernos da rua, e apesar do homem adaptou-se ao clima, ao lixo e aos roedores da terra, passou por uma modelagem, e conseguiu adquirir características semelhantes em quase todos os cantos do Brasil. Tão semelhantes foram essas características a reconhecida como tal pela Federação Brasileira do Gato já faz dez anos, e inclusive a nível mundial pela World Cat Federation, com sede na Alemanha. Parabéns então para nossos gatos, que souberam fazer da adversidade uma vitória! Dr. Mariano Etchichury MV MSc-CRMV-MG6345 F:(35)3697.1829/9958.8507 E-mail: [email protected] página 8 Agosto 2008 O Aquecimento Global Ficaremos indiferentes a todos os indícios apontados pelos especialistas, deixando que as próximas gerações paguem o preço de nossa negligência? O aquecimento global é um fenômeno climático que estabelece o aumento da temperatura na Terra. A relação desse aumento de temperatura com a ação humana (emissões de gases produtos de combustíveis fósseis, indústrias, refinarias, etc.) tem sido amplamente discutida. A previsão e o grau do aquecimento global, inclusive as suas conseqüências, envolvem questões complexas sobre as quais os próprios especialistas ainda não formaram um consenso. Esta complexidade inclui questões de ordem científica, econômica, políticas e éticas (deve a geração atual pagar a conta do aquecimento global para evitar suas conseqüências desastrosas para as gerações futuras?). Pesquisa realizada pelo IBOPE revela que 91% dos brasileiros já ouviram falar no aquecimento global e 86% estão “preocupados” ou “muito preocupados” com o assunto. A principal evidência do aquecimento global vem das medidas de temperatura de estações meteorológicas em todo o globo desde 1860. Os termômetros subiram 0,6°C entre meados do século XIX e o início do século XXI - desses, 0,5°C apenas nos últimos 50 anos. Outra evidência é a elevação de 10 a 20 cm no nível dos oceanos nesse período. Além disso, as regiões glaciais do planeta estão diminuindo: em algumas zonas do Ártico, por exemplo, a cobertura de gelo encolheu até 40% em décadas recentes. Para analisar a problemática do aquecimento global realizaram-se várias conferências internacionais e um acordo foi proposto em 1997, o Protocolo de Quioto. Ele estipula que as emissões de poluentes causadores de aquecimento global deverão começar a ser reduzidas entre 2002 e 2012 em média 5.2% em relação aos níveis de 1990. Isto equivale a uma redução de 42% no nível atual de emissões. Foi também aprovado o chamado Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, MDL, através do qual os países que precisam reduzir suas emissões podem comprar direitos dos países que têm “créditos de carbono” porque não emitiram o que teriam direito. Os Estados Unidos, embora representando 25% de todas as emissões globais, não aderiu ao protocolo, alegando que os compromissos acarretados pelo mesmo poderiam prejudicar sua economia. A ONU estima que para uma remodelagem do planeta, seriam gastos entre 80 bilhões a 3 trilhões de dólares anuais. E toda esse dinheiro investido faz sentido? Na minha opinião, só faz sentido se houver uma reforma do sistema capitalista. O protocolo de Quioto vai além das emissões de poluentes, mostrando que a problemática ambiental é bem mais complexa e requer uma mudança nos nossos paradigmas. A cultura de que os recursos naturais são infinitos nos levou a explorá-los de uma forma insustentável. Novas fontes alternativas de energia (solar e eólica), conservação de florestas, redução do consumo, melhor destinação aos resíduos sólidos e reciclagem são exemplos de atitudes que a sociedade precisa incorporar em suas políticas públicas. A educação é a chave de tudo e a mola propulsora de todo este processo. É nesse campo que os investimentos devem ser feitos. Definitivamente a humanidade não pode ter como padrão do que seja uma vida feliz o padrão de um cidadão norte americano. O planeta não suporta, seria preciso pelo menos mais dois planetas Terra. Em contrapartida, segundo relatórios da ONU, 2,8 bilhões de pessoas, quase metade dos seres humanos, vivem abaixo da linha da pobreza. Dada a desigualdade econômica que vivemos, é preciso pensar em estratégias que desloquem recursos de áreas mais ricas para as mais pobres. Não dá para dissociar a questão ambiental da questão social. Num mundo globalizado, apesar da gritante desigualdade social, os impactos do aquecimento também são globalizados. Admitir que existe um problema e que ele precisa de solução é o primeiro passo. Neste caso, o que é mais prudente? Botar o pé no freio, baseando-se no princípio da precaução ou simplesmente tocar o barco em frente? Ficaremos indiferentes a todos os indícios apontados pelos especialistas, deixando que as próximas gerações paguem o preço de nossa negligência? É preciso acumular mais dados para dar mais consistência aos indícios já apontados, mas é também preciso pensar em estratégias eficientes agora, mesmo sem esses dados, que evitem a piora das condições de vida dos 6 bilhões de humanos e das incontáveis espécies animais e vegetais que provavelmente sofrerão com o aquecimento global. Juliana M. Bonora Oliveira Bióloga Vigilância Ambiental em Saúde [email protected] página 9 Agosto 2008 Corrida de jegues alerta sobre a matança do animal A competição visa conscientizar as pessoas sobre a matança do animal. Sua carne é extraída para fazer carne de sol. “O jumento é nosso irmão”, já dizia o forrozeiro Luiz Gonzaga. Em campina Grande, o “nosso irmão” é foco de mais uma atração inusitada na cidade-sede do maior São João do mundo: uma corrida de jegues. O animal é popular no Nordeste por ser barato e ter grande utilidade: é meio de transporte de pessoas, de cargas e ser ve leite rico em vitaminas. A competição, que está na 19ª edição, é a forma que o organizador, o professor de educação física Teles Albuquerque, encontrou para conscientizar as pessoas sobre a matança do animal, do qual estaria sendo extraída a carne para fazer carne de sol – negócio rentável, já que o animal serve pelo menos 20 quilos do alimento, enquanto um jegue custa apenas R$ 5. “O jegue foi o maior meio de transporte do planeta. Carregou até o nosso Senhor, Jesus Cristo. Hoje, está sendo morto e explorado nas carroças de burro. Com três meses, as patinhas incham e eles abatem: cortam as patinhas com ele vivo, deixam o sangue sair, o mau-cheiro sair, cortam o pescoço, retiram a carne, fazem de sol e vendem”, denuncia Albuquerque. O educador responsabiliza a motocicleta por isso, já que, por ser barata, econômica e mais eficiente em algumas das antigas atividades exercidas pelo jumento, os animais estariam perdendo a função que sempre exerceram. No caso da corrida de jegues, realizada em 23 de junho, ele assegura que não há maus-tratos aos animais. Campina Grande(PB) - Jegues ornamentados depois da corrida. Boneca e Querido receberam R$ 400 em premiação. “É uma diversão que não maltrata o animal. Você não pode usar sela, cangalha, pano, chicote, arreios, estribos, material perfurante, cortantes, nada disso. Nada de maltratar o jegue. Olha para o jegue no passado, em que ele foi tão utilitário e não despreze, não mate, nesse momento, como estão fazendo”, apela, nitidamente emocionado. Para participar da corrida, basta que o dono chegue ao local acompanhado do animal. Este ano, o jegódromo foi mon- tado paralelo aos trilhos do trem que vai para Galante nos finais de semana – o Expresso Forroviário. No circuito reto de 200 metros, foram premiados os jegues mais rápidos nas categorias Campina Grande (só para moradores do município) e Geral (para qualquer pessoa), além dos mais ornamentados. Fonte: Morillo Carvalho Agência Brasil Foto: Roosevelt Pinheiro ABr Experimentos com animais Apesar da ineficácia da penicilina em coelhos, Alexander Fleming usou o antibiótico em um paciente muito doente, uma vez que ele não tinha outra forma de experimentar. Se os testes iniciais tivessem sido realizados em porquinhos-da-índia ou em hamsters, as cobaias teriam morrido e talvez a humanidade nunca tivesse se beneficiado da penicilina. Howard Florey, ganhador do Premio Nobel da Paz, como co-descobridor e fabricante da penicilina, afirmou: “Felizmente não tínhamos testes em animais nos anos 40. Caso contrário, talvez nunca tivéssemos conseguido uma licença para o uso da penicilina e, possivelmente, outros antibióticos jamais tivessem sido desenvolvidos.” Fonte: Associação Protetora de Animais São Francisco de Assis - APASFA página 10 Agosto 2008 Total Alimentos conquista selo de qualidade Total Alimentos é a primeira empresa do mercado a conquistar o selo de qualidade PIQPET Anny e Dara se aposentam após oito anos de trabalho com bombeiros. As cadelas do Corpo de Bombeiros de São Paulo, entregaram seus coletes em cerimônia realizada dia 06 julho, em homenagem ao Dia do Bombeiro (02 de julho). Elas ficaram conhecidas do público quando ajudaram a localizar vítimas dos acidentes das obras do Metrô (janeiro/2007) e da queda do avião da TAM (julho/2007). Anny - O Cabo Maximiliano Paganassi, adestrador da Anny, lembra com orgulho que ela foi o primeiro cão a localizar, com vida, uma vítima de desmoronamento, em 2000. Ela está sob sua tutela e irá para sua residência. Dara – O Cabo Clóvis Benedito de Souza, adestrador da Dara, não se esquece de quando ela ajudou a achar sete criancas e uma mulher soterradas em São bernardo do Campo, em 2005. Apesar de Dara estar sob sua tutela, não sabe se poderá ficar com ela, pois mora em apartamento. O último dia de trabalho das veteranas funcionárias. “Sempre alegre, sempre feliz, temos muito que aprender com os animais”, diz um bombeiro. Companheiros de trabalho corajosos e fiéis. “Existem certas coisas que o cão faz e que nós mesmos duvidamos. É nosso melhor amigo”,frisa outro bombeiro. Fonte: G1.globo.com Carolina Iscandarian Foto: Bombeiros-SP Fruticultura 3J Vendemos grama, mudas e terras “fazemos jardins” Fones: (035) 8813.0038/9928.1084/9127.0422 Rua Pedro Augusto Cavine, s/nr Jardim Ipê - Poços de Caldas A fabricante de pet food Total Alimentos é a primeira empresa do setor a conquistar o Selo PiqPet – Programa Integrado de Qualidade Pet, criado pela Anfal Pet - Associação dos Fabricantes de Alimentos para Animais de Estimação. Todas as linhas de alimentos da empresa – standard, premium, superpremium e snacks – foram aprovadas pelo PiqPet. Para o presidente da empresa Dr. Antonio Teixeira de Miranda Neto, esta conquista representa para a Total mais um fator que comprova a qualidade dos alimentos oferecidos pela marca. “Este selo vai mostrar publicamente o comprometimento das empresas fabricantes e dar uma nova posição para os que cumprem as normas e regulamentos vigentes”, afirma Miranda. Outras indústrias de alimentos do setor já estão em processo de análise para certificar suas linhas de produtos. O selo PiqPet - Para atender a exigência do consumidor e garantir a competitividade entre as marcas que atendem o mercado, a Anfal Pet gerencia e supervisiona o processo de certificação voluntária através do Selo PiqPet. O objetivo é adequar a cadeia de produção de alimentos para animais de companhia visando aumento da qualidade, reconhecimento do consumidor e cumprimento de todas as normas e legislações vigentes. Todas as indústrias de alimentos para animais de companhia podem candidatar-se à certificação. O processo pode ser muito rápido. Para tanto, basta adequar o processo de produção aos requisitos do selo de forma integral. A partir do resultado da auditoria de certificação, será emitido o atestado de conformidade e liberação de uso do selo em até um mês. Edição Nº 0220-Junho08 ANFAL PET-Assoc. dos Fabricantes de Alimentos p/Animais de Estimação [email protected] www.anfalpet.org.br Disk Ração 3712.8863 compras acima de R$ 100,00 2 x no cartão página 11 Agosto 2008 Pronto Socorro Veterinário Associação Prot. dos Animais-AAPA Fone: 3713.5254 R. Ap Martins Schiatti, 48 Jd Aeroporto - P. Caldas Cães e Gatos Clínica Veterinária Fone: 3722.1793 Av Antônio Carlos, 104 Cascatinha - P. Caldas Dra Simone Holl Cirimbeli Poços de Caldas F:3712.1491/8805.9049 Fone: 3721.3271 Dr Darcy Vilhena Borges F:3721.2023/8408.6503 R Marechal Deodoro, 164 Centro - P. Caldas Grandes Amigos Clínica Veterinária F:3715.2824/9967.7025 R. Dovílio Taconi, 190/1 Quisisana - P. Caldas Dra Ingrid Amzalak F:3712.5165/8405.9396 Rua Pirita, 421 Jd Kennedy - P. Caldas DrMarcus Vinícius Carvalho de Vito F:3721.8005/9931.3124 Eng. Agrônomo Méd. Veterinário F:3714.8548/9806.0900 Poços de Caldas Vetagro Agroveterinária F:3697.1829/9958.8507 Poços de Caldas Fone: 3721.3271 Rua Gama Cruz, 156 Vila Cruz - P. Caldas Av Mansur Frayha, 1275 Ponte Preta - P. Caldas Fone: 3721.3780 Agro Bill R. XV de Novembro, 171 Centro - P. Caldas Agropecuária Costa & Costa Fone: 3714.8343 Fone: 3715.3023 Agropec. Paraíso Av Sílvio M.Santos, 231 Ponte Preta - P. Caldas Pegadas Casa de Ração Davidbel Fone: 3722.5455 Av João Avelino Mello,85 Cohab - P. Caldas Rua João Mariusso, 337 Jdim Paraíso - P. Caldas Fone: 3715.2444 Rua João Mariusso, 213 Jdim Paraíso - P. Caldas Agromax Disk Ração 3712.3099 Av Fosco Pardini, 2381 Quisisana - P. Caldas Fone: 3722.1010 R Marechal Deodoro, 164 Centro - P. Caldas Borbulhos F: 3721.5377/9108.9182 Pet Shop Family Rua Rio Gde do Sul, 905 Centro - P. Caldas Fone: 3722.4599 Casa de Rações Figueiredo R Peru,220(Tina e Josiane) Quisisana - P. Caldas Casa do Animal Fone: 3713.5055 Fone: 3713.5288 Av Mercúrio, 321 Kennedy ll - P. Caldas R.Benedita Lucas Silva,135 Jardim Ipê - P. Caldas Casa de Rações Freitas Fone: 3713.6667 Av Eduardo Marras,230/1 Cohab - P. Caldas Caminho da Pesca Fone: 3721.2308 Av Santo Antônio, 213 Cascatinha - P. Caldas Poços de Caldas Dr Mariano Etchichury Clinicão Veterinária Fone: 3714.8548 Agro Animal Rua Gama Cruz, 156 Vila Cruz - P. Caldas Hélder C Zacarias Fone: 9108.9182 Av João Avelino Mello,35 Cohab - P. Caldas Clinicão Veterinária CLASSIFICADOS Pet & Pesca Sul Pet Shop Fone: 3712.3701 Av Espanha, 193 Pq da Nações - P. Caldas Casa de Rações Kennedy Tarzan artigos para pesca Pet Shop Barão Fone: 9987.7618 Fone: 3722.4415 Fone: 3721.8005 Rua Hematita, 301 Kennedy l - P. Caldas Av Champagnat, 838 Vila Cruz - P. Caldas R.Barão Campo Místico,739 Centro - P. Caldas página 12 Agosto 2008