Prevenção de - Mundo das Especialidades

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N° 49
Ano 4/2016
1ª Edição
www.mundodasespecialidades.com.br
Prevenção de
doenças tropicais
CIÊNCIA E SAÚDE
Ministério dos Desbravadores
Divisão Sul-Americana
Igreja Adventista do Sétimo Dia
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EXPEDIENTE
1ª Edição: Disponível em
O que vem por aí ///
por Mundo das Especialidades
V
ocê que é um desbravador esperto já percebeu que no noticiário
o mosquito Aedes chamou a atençaõ dos holofotes da mídia quase como uma verdadeira estrela de cinema. O que acontece que
tudo isso de prevenção não é tão novidade para você, não deixar água
parada acumulada é bem mais simples do que combater os sintomas,
que algumas vezes levam até a morte. O que vemos é que há uma mobilização intensa de todos os lugares contra a proliferação do mosquito.
Na foto acima, desbravadores de Campo Grande mobilizaram
uma passeata pelas principais ruas da Vila Margarida distribuindo folhetos de conscientização da doença e o dever que cada um tem no
combate da mesma. Você também deve fazer a sua parte e melhor: que
tal também mobilizar seu grupo para uma ação mais efetiva em sua comunidade, igreja ou clube? Se você tem dúvidas sobre a doença, o ME
está aqui para te ajudar, mas a ação efetiva, só depende de você!
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Direção Geral:
Khelven Klay de Azevedo Lemos
Diagramação e Edição:
Khelven Klay de A. Lemos
Coord. de Guias das Especialidades:
Thomé Duarte
Editoração e Revisão : Aretha Stephanie
Autor: Aladim Aguiar
Impressão: Servgrafica Editora
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parcial de seus textos ou imagens é permitida, desde que seja referenciado o Mundo das Especialidades e seus autores pela nova autoria ao fim de seu
material. Todos os direitos reservados para Mundo
das Especialidades
UNIÃO NORDESTE BRASILEIRA
UNIÃO LESTE BRASILEIRA
IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA
MINISTÉRIO DOS DESBRAVADORES
Natal, RN, Março de 2016
QUEM ESCREVE
Lider máster de desbravadores. Atualmente coordenador geral
Área 1 da mbn – ULB .Trabalha há 13 anos na vigilância epidemiológica do municipio de Juazeiro – BA, na área de combate às
endemias. Criador desta especialidade
ALADIM AGUIAR
Bom Estudo!
Guia das Especialidades
CIÊNCIA E SAÚDE
O que são doenças tropicais?
São doenças infecciosas que ocorrem unicamente nas regiões
tropicais e subtropicais (o que é raro) ou, mais seguidamente, são ou
mais difundidas nos trópicos ou mais difíceis de prevenir e controlar.
Tradicionalmente, as doenças tropicais eram consideradas
uma espécie de tributo obrigatório que os habitantes dos trópicos pagavam por viver numa região de clima privilegiado. Essas doenças adquiriam características epidêmicas e acometiam milhões de pessoas
que viviam em determinadas áreas.
Cérebro
Sistêmico
Dor de cabeça
Febre/Falta de
apetite
Respiratório
Tosse seca
Muscular
Dor
Essa denominação ainda é pertinente porque, nos trópicos,
fatores climáticos e de umidade favorecem a proliferação de insetos,
os principais transmissores dessas doenças. Malária, doença de Chagas, febre amarela, leishmaniose e dengue, e agora também a febre
chikungunya e zyka, estão entre as enfermidades que costumam ser
rotuladas como doenças tropicais. Na maior parte das vezes, o micro-organismo é transmitido por insetos que encontram nos trópicos seu
habitat ideal.
Malária
Cansaço
Dor
Costas
Na época em que os ingleses estiveram empenhados em colonizar regiões nos trópicos, principalmente na África, Sudeste Asiático e
Índia, entraram em contato com uma série de doenças desconhecidas
no continente europeu e que receberam o nome de doenças tropicais
ou doenças dos trópicos.
Fígado
Inchaço
Também chamada paludismo, impaludismo ou maleita, é uma
doença infecciosa transmitida por mosquitos e provocada por protozoários parasitários do género Plasmodium. A doença é geralmente
transmitida através da picada de uma fêmea infectada do mosquito
Anopheles, a qual introduz no sistema circulatório do hospedeiro os
microorganismos presentes na sua saliva, os quais se depositam no
fígado, onde maturam e se reproduzem. A malária manifesta-se através de sintomas como febre e dores de cabeça, que em casos graves,
podem progredir para coma ou morte.
Estômago
Náuse/Vômito
Febre Amarela
É uma doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por mosquitos contaminados, caracteriza-se clinicamente por manifestações de insuficiência hepática e renal, que pode levar à morte em
cerca de uma semana.
Pele
Tremor
suor
palidez
Outros sintomas são: febre, cansaço, mal-estar, dor de cabeça
e dor muscular, náuseas, queda do ritmo cardíaco, prostração e vômito
com sangue. A transmissão da enfermidade não é feita diretamente de
uma pessoa para outra. Para isso, é necessário que o mosquito pique
uma pessoa infectada e, após o vírus ter se multiplicado (nove a 12
dias), pique um indivíduo que ainda não teve a doença e não tenha
sido vacinado. Uma vez infectado em área silvestre, a pessoa pode, ao
retornar, servir como fonte de infecção para o Aedes aegypti, principal
transmissor da febre amarela urbana.
Prevenção de doenças tropicais * Ciência e Saúde
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CIÊNCIA E SAÚDE
w
Febre Amarela no Brasil
A região pintada de amarelo
representa a principal área
endêmica do país
Leishmaniose
Doença infecciosa, porém, não contagiosa, causada por parasitas do
gênero Leishmania. É transmitida ao Homem pela picada de fêmeas de
insetos dípteros flebotomíneos, que compreendem o gênero Lutzomyia
(chamados de “mosquito palha” ou birigui, no continente americano)
Os parasitas vivem e se multiplicam no interior das células que fazem
parte do sistema de defesa do indivíduo, chamadas macrófagos. Há
dois tipos de leishmaniose: leishmaniose tegumentar ou cutânea e a
leishmaniose visceral ou calazar. A leishmaniose tegumentar caracteriza-se por feridas na pele que se localizam com maior freqüência nas
partes descobertas do corpo. Tardiamente, podem surgir feridas nas
mucosas do nariz, da boca e da garganta. Essa forma de leishmaniose
é conhecida como “ferida brava”. A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, pois, acomete vários órgãos internos, principalmente o
fígado, o baço e a medula óssea. Esse tipo de leishmaniose acomete
essencialmente crianças de até dez anos; após esta idade se torna
menos freqüente.
Dengue
Fique por dentro
As leishmanias danificam os órgãos ricos em
macrófagos, como o baço, o fígado, e a medula óssea. Os sintomas mais comuns do Calazar
são:
•Febre prolongada,
•Úlceras escuras na pele
•Aumento do baço (esplenomegalia),
•Aumento do fígado (hepatomegalia),
•Leucopenia,
•Anemia,
•Hipergamaglobulinemia,
•Tosse,
•Dor abdominal,
•Diarreia,
•Perda de peso e;
•caquexia.
É uma doença tropical infecciosa causada pelo vírus da dengue, um arbovírus da família Flaviviridae, gênero Flavivírus e que inclui
quatro tipos imunológicos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares e articulares e
uma erupção cutânea característica que é semelhante à causada pelo
sarampo. Em uma pequena proporção de casos, a doença pode evoluir para a dengue hemorrágica com risco de vida, resultando em sangramento, baixos níveis de plaquetas sanguíneas, extravasamento de
plasma no sangue ou até diminuição da pressão arterial a níveis perigosamente baixos.
A dengue é transmitida por várias espécies de mosquito do
gênero Aedes, principalmente o Aedes aegypti. O vírus tem cinco tipos
diferentes e a infecção por um deles dá proteção permanente para o
mesmo sorotipo e imunidade parcial e temporária contra os outros três.
Um contágio subsequente por algum tipo diferente do vírus
aumenta o risco de complicações graves no paciente. Como não há
vacina disponível no mercado, a melhor forma de evitar a epidemia é
a prevenção, através da redução ou destruição do habitat e da população de mosquitos transmissores o Aedes aegypti e da limitação da
exposição a picadas.(ver sintomas no infográfico ao lado)
Aedes aegypti
Tamanho menor que 1cm, voo baixo, asas e
corpo de cor escura, 3 pares de patas listradas,
abdômen listrado
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CIÊNCIA E SAÚDE
Doença de Chagas
É uma doença transmissível causada por um parasito e transmitida
principalmente através do inseto “barbeiro”. O agente causador é um
protozoário denominado Trypanosoma cruzi. No homem e nos animais,
vive no sangue periférico e nas fibras musculares, especialmente as
cardíacas e digestivas. Os barbeiros abrigam-se em locais muito próximos à fonte de alimento e podem ser encontrados na mata, escondidos em ninhos de pássaros, toca de animais, casca de tronco de árvore, montes de lenha e embaixo de pedras. Nas casas escondem-se nas
frestas, buracos das paredes, nas camas, colchões e baús, além de
serem encontrados em galinheiro, chiqueiro, paiol, curral e depósitos.
Transmissão: a transmissão se dá pelas fezes que o “barbeiro”
deposita sobre a pele da pessoa, enquanto suga o sangue. Geralmente, a picada provoca coceira e o ato de coçar facilita a penetração do
tripanossomo pelo local da picada. O T.cruzi contido nas fezes do “barbeiro” pode penetrar no organismo humano, também pela mucosa dos
olhos, nariz e boca ou através de feridas ou cortes recentes existentes
na pele. Podemos ter ainda, outros mecanismos de transmissão através de: transfusão de sangue, caso o doador seja portador da doença;
transmissão congênita da mãe chagásica para o filho via placenta; manipulação de caça (ingestão de carne contaminada) e acidentalmente
em laboratórios.
Sintomas da
Dengue
Fase Febril
Febre repentina
Dor de cabeça
Sangramentos na
boca e nariz
Dores nos músculos
e juntas
Vômitos
Erupções na pele
diarreia
Barbeiro
Fase Crítica
Sintomas:fase aguda: febre, mal estar, falta de apetite, edemas
(inchaço) localizados na pálpebra ou em outras partes do corpo, aumento do baço e do fígado e distúrbios cardíacos. Em crianças, o quadro pode se agravar e levar à morte. Frequentemente, nesta fase, não
há qualquer manifestação da doença, podendo passar desapercebida.
Fase de
Recuperação
Febre Chikungunya
É uma doença causada por vírus do gênero Alphavirus, transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes aegypti (transmissor da dengue) e o Aedes Albopictus os principais vetores.
A infecção pelo chikungunya causa doença em 72% a 95% das
pessoas picadas pelo mosquito infectado. Depois de um período médio de incubação de três a sete dias surgem: febre alta (acima de 39ºC)
de início abrupto, cefaléia, dores musculares, conjuntivite, náuseas, vômitos e vermelhidão pelo corpo. >>>
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Hipotensão
Derrame pleural
Ascite
Sangramento
gastrointestinal
Nível de consciência alterado
Convulsões
Coceira
Frequência cardíaca
lenta
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CIÊNCIA E SAÚDE
Você sabia?
Febre chikungunya
“Significa aqueles que se dobram” devido a
aparência encurvada por causa das dores intensas nas articulações dentre outros sintomas como: Febre acima de 38,5° e dor de cabeça, dor intensa e inchaço nas articulações,
principalmente mãos e pés, dor na coluna,
Manchas vermelhas no corpo, Conjuntivite.
Os sintomas duram de 7 a 15 dias e as dores
nas articulações podem persistir por meses ou
anos. Devido a dor, inflamação e inchaço, as
pessoas doentes podem ficar incapacitadas
de executar tarefas normais.
>>> Mas, o que predomina são as dores articulares, debilitantes, que
acometem simetricamente diversas juntas, especialmente as das mãos
e pés. Uveíte, retinite, hepatite, miocardite, meningoencefalite e bolhas
na pele são complicações mais raras.
O quadro evolui para a cura em sete a dez dias. Mortes são
eventos muito raros, restritos aos mais velhos debilitados por doenças
como diabetes, enfisema, insuficiência cardíaca e outras. O diagnóstico é confirmado por exames de sangue (cultura viral, RT-PCR ou IgM).
Não existem medicamentos específicos para atacar o vírus. O
tratamento é paliativo: repouso, hidratação oral ou intravenosa, analgésicos e antipiréticos. O problema maior com o chikungunya são as
dores articulares, que não se limitam apenas à fase aguda; podem persistir por meses ou anos. Estima-se que um ano mais tarde, de 20% a
50% dos infectados ainda sentirão dores fortes e incapacitantes.
Chikungunya
Saiba mais sobre a doença
Doença semelhante a Dengue, transmitida por
mosquitos infectados, em especial o Aedes
aegypti. Seu vírus foi isolado pela primeira vez
em uma paciente na Tanzânia em 1953
Chikungunya
Dengue
Comparações
DORES
musculares
SUBTIPOS
4
CONTAMINAÇÃO
Mais de uma vez
MANIF. HEMORRÁGICA
Sim
MORTALIDADE
SINTOMAS
2% dos casos
Desaparecem em semanas
Nas articulações
Nenhum
Apenas uma vez
Não
1% dos casos
Desaparecem após um ano
Prevenção: da mesma forma que a dengue
Tratamento: fe ito com remédios que aliviam os sintomas
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CIÊNCIA E SAÚDE
Zika Virus
Zika Vírus é uma infecção causada pelo vírus ZIKV, transmitida pelo
mosquito Aedes aegypti, mesmo transmissor da dengue da febre chikungunya. O vírus Zika teve sua primeira aparição registrada em 1947,
quando foi encontrado em macacos da Floresta Zika, em Uganda. Entretanto, somente em 1954 os primeiros seres humanos foram contaminados, na Nigéria. O vírus Zika atingiu a Oceania em 2007 e a França
no ano de 2013. O Brasil notificou os primeiros casos de Zika vírus em
2015, no Rio Grande do Norte e na Bahia.
O contágio do vírus ZIKV se dá pelo mosquito que, após picar
alguém contaminado, pode transportar o ZIKV durante toda a sua vida,
transmitindo a doença para uma população que não possui anticorpos
contra ele. O ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea
do mosquito deposita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem
dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de uma semana. Após
este período, transformam-se em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas. O Aedes aegypti procria em velocidade prodigiosa e o
mosquito adulto vive em média 45 dias. Uma vez que o indivíduo é picado, demora no geral de 3 a 12 dias para o Zika vírus causar sintomas.
A transmissão do ZIKV raramente ocorre em temperaturas
abaixo de 16° C, sendo que a mais propícia gira em torno de 30° a 32°
C - por isso ele se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. A fêmea coloca os ovos em condições adequadas (lugar quente e úmido)
e em 48 horas o embrião se desenvolve. É importante lembrar que os
ovos que carregam o embrião do mosquito transmissor da Zika Vírus
podem suportar até um ano a seca e serem transportados por longas
distâncias, grudados nas bordas dos recipientes e esperando um ambiente úmido para se desenvolverem. Essa é uma das razões para a
difícil erradicação do mosquito. Para passar da fase do ovo até a fase
adulta, o inseto demora dez dias, em média. Os mosquitos acasalam
no primeiro ou no segundo dia após se tornarem adultos. Depois, as
fêmeas passam a se alimentar de sangue, que possui as proteínas necessárias para o desenvolvimento dos ovos.
O tratamento para o Zika vírus é sintomático. Isso que dizer
que não há tratamento específico para a doença, só para alívio dos
sintomas. Para limitar a transmissão do vírus, os pacientes devem ser
mantidos sob mosquiteiros durante o estado febril, evitando que algum
Aedes aegypti o pique, ficando também infectado.
Você sabia?
Diagnóstico de Zika
Se você suspeita de Zika vírus, vá direto ao
hospital ou clínica de saúde mais próxima. O
diagnóstico deverá ser feito por meio de análise clínica e exame sorológico (de sangue).
A partir de uma amostra de sangue, os especialistas buscam a presença de anticorpos
específicos para combater o Zika vírus no
sangue. Isso indicará que a doença está circulando pelo seu corpo e que o organismo está
tentando combatê-lo. A técnica RT-PCR, de
biologia molecular, também pode ser usada
para identificar o vírus em estágios precoces
de contaminação.
Sintomas do
Zika
Febre baixa (entre
37,8 e 38,5 graus)
Dor nas articulações
(artralgia), mais
frequentemente nas
articulações das mãos
e pés, com possível
inchaço
Dor muscular
(mialgia)
Dor de cabeça e atrás
dos olhos
Erupções cutâneas
(exantemas), acompanhadas de coceira.
Podem afetar o rosto,
o tronco e alcançar
membros periféricos,
como mãos e pés.
Os surtos de doenças relacionadas ao mosquito da dengue tem
provocado um aumento de pessoas que buscam ao serviço público
de saúde
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Guia das Especialidades
CIÊNCIA E SAÚDE
Pense nisto!
Ainda não se sabe muito sobre as complicações que o Zika vírus pode causar. Recentemente ele foi relacionado pelo Ministério da
Saúde à casos de microcefalia - uma condição
neurológica rara identificada em geral na fase
da gestação - e à Síndrome de Guillan-Barré,
que é uma doença autoimune em que o sistema imunológico ataca o sistema nervoso por
engano, o que causa uma inflamação nos nervos e fraqueza muscular.
De acordo com o Ministério da Saúde, as investigações sobre microcefalia e o
Zika vírus devem continuar para esclarecer
questões como a transmissão desse agente, a
sua atuação no organismo humano, a infecção
do feto e período de maior vulnerabilidade
para a gestante. Em análise inicial, o risco está
associado aos primeiros três meses de gravidez. Pesquise sobre qual a relação do Zika vírus com a microcefalia.
Arregace as mangas
O mosquito Aedes aegypti é o transmissor do vírus e suas larvas nascem e se criam em água parada. Por isso, evitar esses focos da reprodução desse vetor é a melhor forma de se prevenir contra o Zika vírus,
chikungunya e dengue. Veja como:
Evite o acúmulo de água: O mosquito coloca seus ovos em água
limpa, mas não necessariamente potável. Por isso é importante jogar
fora pneus velhos, virar garrafas com a boca para baixo e, caso o quintal seja propenso à formação de poças, realizar a drenagem do terreno.
Também é necessário lavar a vasilha de água do bicho de estimação
regularmente e manter fechadas tampas de caixas d’água e cisternas.
Coloque areia nos vasos de plantas: O uso de pratos nos vasos
de plantas pode gerar acúmulo de água. Há três alternativas: eliminar
esse prato, lavá-lo regularmente ou colocar areia. A areia conserva a
umidade e ao mesmo tempo evita que e o prato se torne um criadouro
de mosquitos.
Ralos pequenos de cozinhas e banheiros raramente tornam-se foco de Zika Vírus devido ao constante uso de produtos químicos,
como xampu, sabão e água sanitária. Entretanto, alguns ralos são rasos e conservam água estagnada em seu interior. Nesse caso, o ideal
é que ele seja fechado com uma tela ou que seja higienizado com desinfetante regularmente.
Limpe as calhas: Grandes reservatórios, como caixas d’água, são os
criadouros mais produtivos de febre Zika, mas as larvas do mosquito
podem ser encontradas em pequenas quantidades de água também.
Para evitar até essas pequenas poças, calhas e canos devem ser checados todos os meses, pois um leve entupimento pode criar reservatórios ideais para o desenvolvimento do Aedes aegypti.
Coloque tela nas janelas: Embora não seja tão eficaz, uma vez que
as pessoas não ficam o dia inteiro em casa, colocar telas em portas e
janelas pode ajudar a proteger sua família contra o mosquito Aedes
aegypti. O problema é quando o criadouro está localizado dentro da
residência. Nesse caso, a estratégia não será bem sucedida. Por isso,
não se esqueça de que a eliminação dos focos da doença é a maneira
mais eficaz de proteção.
Lagos caseiros e aquários: Assim como as piscinas, a possibilidade de laguinhos caseiros e aquários se tornarem foco do Zika vírus
deixou muitas pessoas preocupadas. Porém, peixes são grandes predadores de formas aquáticas de mosquitos. O cuidado maior deve ser
dado, portanto, às piscinas que não são limpas com frequência.
Seja consciente com seu lixo: Não despeje lixo em valas, valetas,
margens de córregos e riachos. Assim você garante que eles ficarão
desobstruídos, evitando acúmulo e até mesmo enchentes. Em casa,
deixe as latas de lixo sempre bem tampadas.
Fonte:
http://bvsms.saude.gov.br/
http://portalsaude.saude.gov.br/
http://www.dengue.org.br/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_tropical
http://drauziovarella.com.br/letras/t/doencas-tropicais/
Uso de repelentes: O uso de repelentes, principalmente em viagens ou em locais com muitos mosquitos, é um método paliativo para
se proteger contra o Zika vírus. Recomenda-se, porém, o uso de produtos industrializados. Repelentes caseiros, como andiroba, cravo-da-índia, citronela e óleo de soja não possuem grau de repelência forte o
suficiente para manter o mosquito longe por muito tempo. Além disso,
a duração e a eficácia do produto são temporárias, sendo necessária
diversas reaplicações ao longo do dia, o que muitas pessoas não costumam fazer.
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