Atmosfera Terrestre

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INSTITUTO FEDERAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA
CATARINA
Departamento Acadêmico de Saúde e Serviços
Curso Técnico de Meteorologia
Disciplina:
Semestre:
Alunos:
Sigla:
Atmosfera Terrestre
Professor
Michel Muza
INTRODUÇÃO
A radiação é de grande importância para a vida na Terra. Os diferentes fluxos de
radiação recebidos ou emitidos pela superfície terrestre intervêm diretamente no
armazenamento térmico do planeta como um todo, não importando o lugar da
superfície da Terra ou de sua atmosfera.
Todo corpo com temperatura maior do que zero absoluto (0,0 Kelvin) emite radiação na
forma de onda eletromagnética, devido à movimentação dos átomos, produzindocampos elétricos e magnéticos em conjunto.
Tipos de Ondas
As ondas são caracterizadas por sua amplitude (m), freqüência (f, em Hz) e
comprimento da onda (em metros), e. A equação 1 mostra que a freqüência e o
comprimento da onda estão relacionados através da velocidade de propagação da
onda (c, em ms-1).
c  . f
(1)
A freqüência é o número de ondas que passa por um determinado ponto em uma
unidade de tempo (geralmente em segundos), sendo esse intervalo de tempo
denominado por período (T). Portanto o período é o inverso da freqüência, como
apresentado na equação 2.
T
1
f
(2)
Se uma determinada onda é curta (isto é, possui menor comprimento de onda), uma
quantidade maior de ondas passa num mesmo ponto dentro de um mesmo período.
Ondas eletromagnéticas propagam-se com velocidade aproximada de 300.000 km/s,
podendo concluir da equação 1 que as ondas curtas são ondas de alta freqüência.
Analogamente, ondas longas (com maior comprimento de onda) são ondas de baixa
freqüência. A amplitude da onda (A, em metros) é a distância do meio da onda até a
crista ou do meio da onda até o cavado, enquando que a distância cavado-crista e
chamada de altura da onda .
Figura 1 – Comprimento de onda
1
Processos de contabilização
Radiação solar
Pode-se subdividir em várias categorias a medida dos fluxos de radiação solar que
chegam até as camadas inferiores da atmosfera como é mostrado na Figura 2:
Irradiância solar direta: medida sob uma incidência normal. Não interage com a
atmosfera. Depende exclusivamente da latitude, época do ano e horário do dia.
Fotoperíodo é período de tempo em que existe radiação solar direta em um dia (do
nascer ao ocaso). Depende da latitude e época do ano (Figura 3).
Figura 2 – Componente da radiação
solar que penetram na atmosfera
terrestre.
Figura 3 – Medidas de fotoperíodo em várias latitudes.
O instrumento de medição da radiação solar direta é o pireliômetro (Figura 4). Neste
instrumento, o sensor e protegido da radiação difusa, sendo posicionado, em geral, na
extremidade inferior de um tubo. Existem recursos técnicos que garantem não somente
2
um direcionamento preciso, mas também o deslocamento do aparelho em sincronia
com o deslocamento aparente do Sol.
Irradiância solar difusa. Também conhecida por radiação do céu. É a radiação que
sofreu uma difusão ou uma reflexão ao atravessar a atmosfera. Proveniente do céu das
seguintes formas:



Espalhamento. Radiação é apenas refletida (mantém o mesmo comprimento de
onda e frequência) para várias direções, sendo espalhada;
Reflexão. A radiação é simplesmente refletida predominantemente na direção
contrária à qual se propagava;
Absorção e emissão. O objeto absorve a radiação e irá emitir a radiação à sua
temperatura, seguindo a Lei de Planck, podendo ser em outros comprimentos de
onda.
Uma característica da radiação difusa é que ela penetra mais eficientemente nos
vegetais do que as outras formas de radiação.
Para medir a radiação difusa, basta sombrear o piranômetro com um anel (Figura 8b),
ajustado de tal forma que a radiação direta não incida sobre o sensor, o que pode ser
obtido mediante o ajuste diário do sistema. Ao invés do anel, pode-se também utilizar
um disco situado a uma distancia tal que sua sombra proteja o sensor contra a
radiação direta. Em ambos os casos é feita, posteriormente, a correção de abóbada,
que significa corrigir os dados em conseqüência da obstrução parcial da abóbada
celeste pelos elementos sombreadores. Assim, mediante o uso de um piranômetro
sombreado e outro livremente exposto, obter-se-ão a irradiância difusa e a global,
respectivamente. A diferença entre a irradiância global (total) e a difusa é a irradiância
solar direta. Com isso, substitui-se o pireliômetro mediante o uso combinado de dois
piranômetros. Obviamente, dispondo-se de um pireliômetro e de um piranômetro,
obter-se-á igualmente a irradiância solar difusa.
Irradiância solar global é a radiação total que atinge a superfície da terra, recebida
sobre uma superfície horizontal. Este tipo de radiação compreende a radiação que
provêm diretamente do disco solar e a radiação que sofreu espalhamento e múltiplas
reflexões ao atravessar a atmosfera (radiação direta mais a radiação difusa).
Para medir a irradiância solar global sobre uma superfície plana horizontal, a
diversificação de instrumentos é ainda maior. Os mais comuns são os
PIRANÔMETROS e os ACTINÓGRAFOS, como mostrado nas figuras 4c e 4d. Os
sensores, por sua vez, variam entre anéis metálicos concêntricos, alternando "cores"
branca e preta; seqüência de placas de cobre, pintadas alternadamente de branco e
preto; destilação líquida em conseqüência da absorção da energia incidente;
termopilhas diferenciais com junções quentes e frias, acopladas a absorvedores preto e
branco, que se orientam na forma estelar. Um piranômetro de ampla utilização é o
PIRANÔMETRO EPPLEY, cujo sensor e constituído de termopilhas diferenciais, ou
seja, uma seqüência de termopares dispostos em serie, em que a metade das junções
se mantém a uma dada temperatura, enquanto a outra é aquecida. Obtêm-se, dessa
forma, correntes relativamente intensas, que podem ser medidas em
microamperímetros, para leituras instantâneas ou registros contínuos.
3
(b)
(a)
(d)
(c)
Figura 4 – Instrumentos de medida de radiação direta: pireliômetro (a); difusa:
piranômetro com anel (b) e global para estação convencional: Actinógrafo
(c) e automática: piranômetro (d).
A relação entre radiação difusa e a radiação global varia de forma muito sensível
e é igual a uma unidade quando o céu está muito coberto, e diminui abaixo de 0,1
quando o céu está extremamente claro.
Após a absorção pelo oxigênio e pelo ozônio nas camadas superiores da
atmosfera, o limite inferior da radiação solar de curtos comprimentos de onda recebido
pela superfície terrestre é de aproximadamente de 290 milimicrons. Para a radiação de
grandes comprimentos de onda, o limite inferior, definido de maneira a excluir menos
de 1% da radiação solar, é 4  aproximadamente.
As figuras 5 e 6 mostram exemplos da variação diária da radiação global e difusa
para diferentes condições atmosféricas.
1200
1000
800
600
400
200
0
6
8
10
12
14
TEMPO(h)
16
18
1200
DENSIDADE DE FLUXO (W/m2)
DENSIDADE DE FLUXO (W/m2)
DENSIDADE DE FLUXO (W/m2)
1200
1000
800
600
400
200
0
6
8
10
12
14
TEMPO(h)
16
18
1000
800
600
400
200
0
6
8
10
12
14
16
18
TEMPO(h)
(a)
(b)
(c)
Figura 5 – Variação diária da irradiância solar global para dias de céu claro (a),
parcialmente nublado (b) e nublado (c).
4
600
500
400
300
200
100
0
6
8
10
12
14
16
18
TEMPO(h)
DENSIDADE DE FLUXO EXT.(W/m2)
DENSIDADE DE FLUXO EXT. (W/m2)
DENSIDADE DE FLUXO EXT. (W/m2)
700
700
700
600
500
400
300
200
100
0
6
8
10
12
14
TEMPO(h)
16
18
600
500
400
300
200
100
0
6
8
10
12
14
16
18
TEMPO(h)
(a)
(c)
(b)
Figura 6 – Variação diária da irradiância solar difusa para dias de céu claro (a),
parcialmente nublado (b) e nublado (c).
Brilho solar
A duração do brilho solar diário pode ser obtida mediante o uso do HELIÓGRAFO, que
e um aparelho de fácil manuseio e largamente utilizado em observações
meteorológicas de rotina.
Radiação terrestre
Por radiação terrestre, entende-se a radiação térmica emitida pela terra e pela
atmosfera. Do nível do solo até a altitude de 80 km ou mais, a temperatura varia
geralmente entre –80 °C e +40 °C, e o domínio espectral desta radiação (escolhido
definido de maneira a excluir menos de 1% da radiação de um corpo negro em cada
extremidade) é definido pelos limites extremos de 4  e 100  aproximadamente.
Nenhum dos três gases atmosféricos (nitrogênio, oxigênio e argônio) absorve radiação
nesta banda do espectro eletromagnético, mas o vapor d’água, o dióxido de carbono e
o ozônio apresentam bandas de absorção importantes.
O solo e as nuvens, que apresentam comportamento mais ou menos de corpo
negro, emitem radiação nesta banda de comprimentos de onda. A radiação terrestre é
um fluxo difuso e é habitualmente medida como a energia que atravessa uma
superfície horizontal de área unitária por unidade de tempo.
Radiação total
Por radiação total, devemos entender a soma das radiações solar e terrestre. O
fluxo de duas componentes de radiação passando por um plano horizontal é
denominado de balanço de radiação.
Terminologia e unidades
A simbologia utilizada neste texto é baseada na terminologia das grandezas e
instrumentos de radiação, adotada pela Comissão de Instrumentos e Métodos de
Observação (CIMO) da Organização Meteorológica Mundial em colaboração com a
Comissão de radiação da Associação Internacional de Meteorologia e de Física da
Atmosfera.
Para expressar o fluxo energético por unidade de superfície no Sistema
Internacional (SI), é conveniente utilizar preferencialmente o watt por metro quadrado
(W m-2) e para a quantidade de energia radiante por unidade de superfície, o joule por
metro quadrado (J m-2) ou o watt-hora por metro quadrado (W-h m-2).
5
Em utilização em alguns certos países, uma caloria por centímetro quadrado é
chamada de Langley, de tal modo que a unidade correspondente de fluxo energético é
o Langley por minuto (ly min-1).
RADIAÇÃO À SUPERFÍCIE DO SOLO
É a contabilização líquida entre toda a energia radiante recebida e perdida pela
superfície. A figura 7 representa a superfície do solo. À esquerda está representada o
saldo de radiação de ondas curtas e a direita o de ondas longas.
Figura 7 – Saldo de radiação de ondas curta (esquerda) e longas à superfície.
Ondas Curtas
Diferença entre a radiação global incidente (Rg) e a radiação refletiva (Rref) pela
superfície. Indica, por exemplo, a utilização de energia por determinadas culturas ou
outras aplicações em meteorologia. Expressa pela equação 5:
SRoc = Rg – Rref
(5)
onde Rref pode ser expressa pela equação 6:
Rref= Rg
(6)
SRoc = Rg(1-)
(7)
Substituindo (6) em (5), temos:
sendo  o albedo da superfície, o qual é a fração da radiação de ondas curtas que é
refletida pela superfície.
Conhecendo-se o albedo da superfície, o termo SRoc pode ser determinado a
partir de estimativas (ou medições) da irradiância solar global à superfície do solo. O
albedo do solo varia com inúmeros fatores: coloração do solo, teor de umidade, tipo de
cobertura vegetal, entre outros. O albedo do solo sem vegetação é dependente do tipo
de solo. Além disso, o solo seco pode apresentar uma variação de albedo entre 8% e
40% e o solo úmido, entre 4% e 20%. Esta diminuição com o teor de umidade pode ser
explicada devido ao fato de que o albedo da água é significantemente menor do que o
albedo do solo seco. Superfícies vegetadas exibem albedos diferentes, de acordo com
6
o desenvolvimento da cultura. A variação diária do albedo é afetada pela rugosidade da
superfície, ângulo de elevação solar, razão entre radiação difusa e global, bem como
pelas mudanças espectrais da radiação incidente. A tabela 1 mostra exemplos do valor
do albedo para determinados tipos de solo.
TABELA 1 – EXEMPLOS DE ALBEDO DE ALGUMAS SUPERFÍCIES
Cobertura
Albedo
neve fresca
0,80 a 0,95
neve velha
0,42 a 0,70
solos arenosos secos
0,25 a 0,45
solos argilosos secos
0,20 a 0,35
solos turfosos
0,05 a 0,15
florestas coníferas
0,10 a 0,15
Ondas Longas
Consiste na diferença entre a radiação infravermelha emitida pela Terra (Rol) e a
que volta (Rol) da atmosfera (absorvida ou refletida por nuvens e vapor). Expressa
pela equação 8:
SRol = Rol - Rol
(8)
Ressalta-se que este saldo de radiação varia bastante com as condições da
atmosfera.
Total
O saldo de radiação total é o somatório entre o saldo de radiação de ondas curtas
(SRoc) e o saldo de radiação de ondas longas (SRol). Expresso pela equação 9:
SRt = SRoc + SRol
(9)
O balanço de energia também pode ser obtido por meio de medições. Um dos
equipamentos mais utilizados é o saldo-radiômetro. (“Net Exchane Radiometer” ). Sua
resposta corresponde à diferença entre a irradiância total (ondas curtas mais longas)
incidente na face superior do instrumento e a irradiância total incidente na face voltada
para o solo.
SISTEMA TERRA-ATMOSFERA
Nem toda a energia solar interceptada pelo nosso Planeta é absorvida, sendo
grande parte refletida de volta para o espaço. Essa fração refletida, que é cerca de
30% da radiação solar incidente, caracteriza o ALBEDO PLANETARIO. O sistema
Terra-atmosfera, portanto, absorve cerca de 70% da energia solar interceptada. O
sistema, por sua vez, re-irradia esta mesma quantidade de energia para o espaço, na
forma de radiação de ondas longas, garantindo, assim, o equilíbrio térmico do Planeta.
A Figura 8 mostra o balanço global médio de energia para todo o sistema Terraatmosfera. Nesta figura considerou-se a quantidade de energia solar incidente no
sistema como 100%. Note-se que 19% são absorvidas na atmosfera, das quais 3% são
absorvidas pelas nuvens. O albedo planetário, igual a 30%, compreende a reflexão
pelas nuvens (20%), a reflexão pela superfície da Terra (4%) e o espalhamento pelas
moléculas da atmosfera (6%). Observe-se que o solo absorve 51%, dessas 27%
correspondem à radiação direta, e 24% correspondem à radiação difusa (radiação
espalhada pelas nuvens e, principalmente, pelas moléculas da atmosfera).
7
Figura 8 – Balanço de energia no sistema Terra-Atmosfera (Iribarne e Chou, 1980).
As 51% de energia (radiação de ondas curtas) absorvidas a superfície da Terra
são compensadas pela emissão de radiação de ondas longas, bem como por
processos não-radiantes de troca de energia, como os fluxos de calor sensível e
latente. Observe-se na Figura 8, que a superfície da Terra emite 21% de energia, das
quais 15% são absorvidas pela atmosfera e os 6% restantes se perdem para o espaço,
através da janela atmosférica. A atmosfera, por sua vez, absorve um total de 34% de
(onda curta e longa), sendo que 64% de radiação de onda longa se perdem para o
espaço (26% emitida por nuvens e 38% emitida por vapor d’agua, gás carbônico e
outros gases) e 34% retornam para a superfície e são absorvidos pelo solo (contraradiação). Até aí, considerando o balanço de ondas curtas e ondas longas, a atmosfera
tem um saldo negativo de 94% (emite mais do que recebe), e o solo um saldo positive
de 64%. O equilíbrio solo-atmosfera é então estabelecido pelos fluxos de calor sensível
(7%) e calor latente (23%).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
OMETTO, J.C. Estudo das relações entre: radiação solar global, radiação líquida, insolação.
Piracicaba: ESALQ-USP, 1968. 64p. Dissertação (Doutorado em Agronomia). ESALQUSP, 1968. nnn
VIANELLO, R.L., Alves, A.R. Meteorolognia Básica e Aplicações. Viçosa, UFV, Impr. Univ.,
1991.
WEBCIENCIA. Disponível em: http://www.webciencia.com/04_sol.htm. Acesso em: 07 de
setembro de 2004.
8
METEOROLOGIA SINÓTICA
Histórico
O termo sinótica (do grego synoptikos) significa elaborar uma visão geral de um todo.
Na meteorologia, este termo é utilizado no contexto de dimensões horizontais e tempos
de duração de fenômenos atmosféricos como ciclones e anticiclones extratropicais,
cavados e cristas no escoamento atmosférico, zonas frontais e correntes de jato.
Relaciona-se também com a padronização de horários para as observações
meteorológicas e junção das informações coletadas para a posterior confecção de
mapas ou cartas sinóticas. A limitação na escala horizontal mínima dos fenômenos é
dada pela distância entre as estações de superfície.
Atualmente, os fenômenos de escalas menores, denominados de escala subsinótica,
como bandas de precipitação, com tempestades severas, frentes de rajada e nuvens
tipo cumulus podem ser observados pêlos radares e satélites. Antigamente estes
sistemas eram investigados por aviões, os quais não conseguiam uma amostragem
simultânea de vários lugares, e, portanto, não permitiam uma análise detalhada da
estrutura espacial.
Genericamente, o tratamento físico-matemático do deslocamento do ar na atmosfera
terrestre torna-se complicado pelo fato de ambos, atmosfera e Terra, encontrarem-se
em movimento. Por isso, antes de se discutirem os diversos tipos de escoamentos, é
fundamental que se conheçam as forças predominantes no sistema Terra-atmosfera,
inclusive as conseqüências da rotação da Terra sobre os movimentos.
Inicialmente, neste tópico de meteorologia sinótica, serão trabalhados estes conceitos
gerais sobre os movimentos atmosféricos, através de seus aspectos físicos e
observações meteorológicas. Os tópicos principais são revisões de conceitos básicos,
as forças Fundamentais, inerciais e não-inerciais, que atuam na atmosfera e o sistema
de equações governantes. Através da análise de escala, definem-se os ventos teóricos
geostrófico, gradiente, ciclostrófico e térmico. Análise de advecção térmica pela
variação vertical do vento e os ventos observados locais e globais. Finalmente se
tratará da estrutura vertical dos sistemas de altas e baixas pressões.
REVISÃO DE ALGUNS CONCEITOS BÁSICOS
VELOCIDADE ANGULAR
A velocidade angular de um sistema representa a taxa de giro do mesmo em tomo de
um determinado ponto ou eixo de referência. Matematicamente, é o ângulo descrito na
unidade de tempo, tendo como unidade radianos por segundo. No caso da Terra,
nosso planeta realiza um giro completo em tomo de seu eixo de rotação em
aproximadamente 24 horas. Portanto, sua velocidade angular é de aproximadamente
7,3 x 10 rad s . O movimento de rotação pode também ser descrito em termos de
velocidade linear, ou seja, se uma partícula descreve um arco δS no tempo δt, como
ilustra o esquema na figura 1.
3
-1
9
Figura 1 – Relação entre a Velocidade angular e tangencial (linear).
FORÇA CENTRÍPETA
De acordo com a primeira lei de Newton, um corpo em movimento continuará em
movimento, com velocidade constante, a menos que uma força resultante externa atue
sobre ele. Isto significa que, para um corpo deslocar-se em trajetória curva (mudando a
direção de seu vetor velocidade), mantendo-se, entretanto, constante o módulo do
vetor
velocidade, alguma força deverá estar continuamente atuando sobre o mesmo, para
modificar a direção do vetor velocidade. Esta é a força centrípeta.
Observando, na Figura 2, a trajetória de uma partícula de A até B, em torno de O,
tendo V 1e V2 o mesmo módulo e sendo, ambos, perpendiculares a r , e admitindo
V1 = V2 = V (apenas em módulo), então pode-se escrever:
at V (1)
onde a é o módulo da aceleração da partícula.
Figura 2 - Trajetória de uma Partícula em Movimento Circular.
Como /t=,
(2)
(3)
As equações 2 e 3 são formas distintas da força centrípeta por unidade de massa ou,
10
simplesmente, aceleração centrípeta. Como os vetores V1 e V2 são ambos,
perpendiculares a r , o vetor a será dirigido para O. daí o sinal negativo em 2.
CONSERVAÇÃO DO MOMENTO ANGULAR
O momento angular L de uma partícula, em relação a um ponto de referência (origem),
é o produto vetorial do vetor posição da partícula r , pelo "momentum" (quantidade de
movimento) p de tal partícula, isto é,
(4)
sendo p = mV, em que m representa a massa da partícula e V o vetor velocidade.
Obviamente, pela definição, o momento angular é um vetor perpendicular ao plano
formado pelos vetores r e p.
.
Como se pode demonstrar (veja nos textos básicos de Física), "o momento angular
de
um sistema permanece constante, a menos que seja aplicado um torque externo
a
esse sistema". Essa é a lei da conservação do momento angular. A título de exemplo,
considere o movimento circular de uma partícula, ilustrado na Figura 3. O momento
angular dessa partícula será:
(5)
em que j é um vetor unitário perpendicular ao plano formado pêlos vetores r e V(regra
da mão direita).
Figura 3 - Momento Angular de uma Partícula que se Move num Círculo de Raio r, com
Velocidade V.
Tomando apenas o modulo do momento angular L e por unidade de massa, tem-se
finalmente:
L=r.V
(6)
A única força responsável por esse movimento circular (com velocidade constante em
módulo) é a força centrípeta, a qual é dirigida para a origem, não imprimindo, portanto,
torque à partícula (em relação à origem). Assim, pela lei da conservação do momento
angular, a quantidade (r. V) é CONSTANTE, isto é,
11
L = r . V = . r2 = Constante,
(7)
ou seja, diminuindo-se r, então V e aumentam, e vice-versa. Esta situação pode ser
facilmente
comprovada numa simples experiência prática. Considerar-se-á uma pessoa girando
uma
pedra presa a um fio, com velocidade V e raio r, como na Figura 4. Se, de repente, o fio
começar a se enrolar no dedo de tal pessoa, observar-se-á que a velocidade V
aumentará
na medida em que a pedra for se aproximando do dedo (raio diminuindo). Não se deve
esquecer, entretanto, de que a equação (7) só é válida na ausência de torque externo
resultante (por causa da fricção etc.).
Figura 4 – Exemplo de conservação do momento angular.
No caso da Terra, para parcelas de ar que giram em planos perpendiculares ao seu
eixo de rotação, a equação (7) deve ser reescrita como:
LR t 2 cos2  (8)
uma vez que r  R tcos, sendo R t o raio da Terra.
Figura 5 - Relação Entre o Raio da Terra, R t , a Latitude, e a Distância do Eixo de
Rotação na Superfície em que Ocorre o Movimento, r.
Como exemplo, imagine-se uma parcela de ar no Equador, inicialmente em repouso
com relação à superfície da Terra, e, portanto, com velocidade V R t (em razão do
12
movimento de rotação da Terra) relativa a um referencial inercial, como o das três
estrelas fixas. Se essa parcela for forçada a se deslocar em direção a um dos pólos,
por meio de alguma força dirigida para o eixo de rotação da Terra, ela chegará à
latitude com uma velocidade V ' V / cos, pela conservação do momento angular.
Se, por exemplo, for igual a 60°, V ' 2V , o que mostra que a parcela, inicialmente
em repouso no equador, terá uma velocidade na direção oeste-leste (em relação à
Terra) cada vez maior, à medida que ela se desloca em direção aos pólos. Aplicações
da conservação do momento angular são muito úteis ao estudo da dinâmica da
atmosfera, como será visto adiante.
FORÇAS FUNDAMENTAIS QUE ATUAM NA ATMOSFERA
Pela segunda lei de Newton, a taxa de variação do "momentum" (quantidade de
movimento) de um sistema é igual à soma de todas as forças que nele atuam. Para
movimentos atmosféricos de interesse meteorológico, as forças preponderantes são:
força gravitacional, força devida ao gradiente de pressão e força de fricção. Note-se,
entretanto, que a segunda lei de Newton se aplica apenas aos referenciais inerciais
(como o das três estrelas fixas). No caso em que a rotação da Terra é considerada, o
que implica a adoção de um sistema de coordenadas que gira conjuntamente com a
Terra (referencial não inercial), algumas forças "aparentes" devem ser adicionadas
para que a segunda lei de Newton possa ainda ser aplicada. Tais forças são: força
centrífuga (oposta à centrípeta, em virtude da rotação da Terra) e força de Coriolis. A
tabela abaixo mostra a respectiva força e sua aplicação na atmosfera.
FORÇA DE CORIOLIS
No início do século 19, Gaspard Coriolis desenvolveu um princípio matemático para
descrever o movimento de objetos em relação a um sistema de referência não-inercial,
em rotação uniforme, tal como a Terra. Seu princípio recebeu o nome de Força de
Coriolis - um pouco enganoso, pois o efeito não é realmente uma força, mas uma
ilusão dos sistemas de referência que aparece para o observador como se fosse uma
força invisível.
13
O efeito pode melhor ser descrito como se segue: A Terra gira de oeste para leste, de
modo que um objeto viajando em um curso retilíneo do pólo norte ao equador estará
influenciado pela rotação da Terra que gira embaixo dele. O resultado final é que o
objeto se desvia para oeste em relação ao seu destino pretendido. Para um observador
externo, parece como se o objeto tivesse uma trajetória levemente curvada para oeste.
O efeito é mais pronunciado quanto mais próximo o objeto em movimento estiver do
equador. Do mesmo modo, um objeto movendo-se para o norte a partir do equador
parecerá se desviar para o leste. A regra prática é que no hemisfério norte os objetos
se desviam para o lado direito do sentido do movimento; no hemisfério sul, para o lado
esquerdo.
(a)
(b)
Fig. 7.2 – Efeito da Força de Coriolis no deslocamento norte-sul sobre a Terra
Os efeitos da Força de Coriolis são partes da vida diária: no hemisfério norte, os aviões
se desviam levemente para a direita e, portanto, precisam estar constantemente
corrigindo sua rota; estradas de ferro na direção norte-sul tendem a desgastar primeiro
os trilhos da direita; e os rios sofrem erosão primeiramente do lado direito de suas
encostas. A atmosfera também está sujeita a esta força, e os ventos para o norte
tendem a se tornar ventos para nordeste durante seus percursos.
14
Fig. 7.3 - Efeito da Força de Coriolis sobre os ventos.
A Força de Coriolis também age sobre os movimentos oceânicos. No hemisfério norte,
os movimentos das águas tendem a assumir o sentido horário, enquanto no hemisfério
sul o desvio é no sentido anti-horário.
A seguir, descreve-se um exercício de fixação para destacar a aceleração de Coriolis,
na superfície da Terra, como um referencial não inercial.
Um “globo terrestre”, comum em salas de aula, é posto a girar ao redor de um eixo
vertical, acionado por um pequeno motor com redutor de velocidades. Um fio de linha
sustenta uma bolinha sobre a superfície do globo. Posto a girar, nota-se perfeitamente
a deflexão do fio para a direita (atente para o sentido correto da rotação do globo).
Fig. 7.4 – Experiência para demonstrar o efeito de Coriolis em função da rotação da
Terra.
Quando se inclui o efeito da rotação da Terra, a força de Coriolis faria com que os
ventos em superfície se tornassem mais ou menos de leste para oeste e os de ar
superior de oeste para leste. Isto significa que os ventos de superfície soprariam contra
a rotação da Terra, que é de oeste para leste. Esta é uma situação impossível, por que
os ventos de superfície teriam um efeito de frenagem sobre a rotação da Terra. A
energia cinética dos ventos se converteria em calor de atrito e os ventos se
desacelerariam. Portanto, corrente de leste em uma latitude precisa ser equilibrada por
corrente de oeste em outra. Além disso, o sistema convectivo simples de Hadley, não
concorda com a distribuição observada de pressões sobre a Terra.
15
DISTRIBUIÇÕES OBSERVADAS DE VENTO E PRESSÃO NA SUPERFÍCIE
A distribuição dos sistemas de altas e baixas pressões influencia os padrões de ventos
e precipitação. Uma grande diferença de pressão faz com que o ar se mova mais
rapidamente, resultando em ventos fortes. Uma diferença menor causa ventos mais
fracos. Nos locais onde houver linhas isobáricas mais apertadas entre si os gradientes
de pressão serão mais elevados e existirão ventos fortes.
São diferenças no aquecimento e movimento da atmosfera que criam diferenças na
pressão atmosférica. Onde há massas de ar frio descendente, geram-se regiões de
altas pressões. Onde massas de ar quente ascendem, há regiões de baixas pressões.
A água dos oceanos mantém uma temperatura mais consistente; arrefece e aquece
mais lentamente que a terra. No inverno, os continentes arrefecem mais do que os
oceanos e, isso cria regiões de altas pressões sobre eles. No verão, acontece o
oposto; os continentes aquecem mais e o ar quente ascendente sobre eles gera
regiões de baixas pressões sobre eles.
CICLONES E ANTICICLONES
Um ciclone (ou centro de baixas pressões) é uma região em que ar relativamente
quente se eleva e favorece a formação de nuvens e precipitação. Por isso, tempo
nublado, chuva e vento forte estão normalmente associados a centros de baixas
pressões. A instabilidade do ar produz um grande desenvolvimento vertical de nuvens
cumuliformes associadas a fortes chuvas. São indicados no mapa meteorológico pela
letra B (de baixa pressão) e são áreas onde a pressão atmosférica é a mais baixa que
na sua vizinhança e em volta do qual existe um padrão organizado de circulação de ar.
À medida que o ar flui dos centros de altas pressões para um centro de baixas
pressões, pela ação do gradiente de pressão, é defletido pela força de Coriolis de tal
modo que os ventos circulam em espiral ao longo das isóbaras, com um desvio no
sentido da depressão, e na direção ciclônica, isto é, na direção oposta ao dos ponteiros
de um relógio no HN e no sentido inverso no HS. Os ciclones são fáceis de reconhecer
num mapa de observações à superfície pelos ventos que tendem a fluir com uma
rotação horária (HS) e nas imagens de satélite pela configuração em forma de vírgula
de bandas de nuvens.
No HS, um ciclone em desenvolvimento é tipicamente acompanhado (a oeste do centro
de baixas pressões) de ventos de sul no lado oeste transportando para norte o ar frio e
seco de uma massa de ar frio, com uma frente fria marcando o limite do avanço de
massa de ar mais fria e seca. A leste do centro de baixas pressões, ventos de norte
16
transportam ar mais quente e úmido para latitudes maiores contribuindo para o
desenvolvimento de precipitação.
Um anticiclone (ou centro de altas pressões) é uma região em que o ar se afunda
vindo de cima (e aquece e fica muito estável) e suprime os movimentos ascendentes
necessários à formação de nuvens e precipitação. Por isso, bom tempo (seco e sem
nuvens) está normalmente associado aos anticiclones. São indicados num mapa pela
letra A e são áreas onde a pressão atmosférica é a mais alta na sua vizinhança. À
medida que o ar flui a partir dos centros de altas pressões é defletido pela força de
Coriolis de tal modo que os ventos circulam em volta dele na direção dos ponteiros de
um relógio no Hemisfério Norte (e no sentido inverso no Hemisfério Sul) - a chamada
direção anticiclônica.
Num anticiclone o movimento do ar é descendente, em espiral, expandindo-se à
superfície, enquanto numa depressão o movimento é ascendente, em espiral,
concentrando-se à superfície.
CONVERGÊNCIA E DIVERGÊNCIA
Embora o transporte vertical seja pequeno comparado com o movimento horizontal, ele
é muito importante para o tempo. Ar ascendente é associado com nebulosidade e
precipitação, enquanto subsidência produz aquecimento adiabático e condições de céu
limpo.
Consideremos inicialmente a situação em torno de uma baixa pressão na superfície
(ciclone), onde o ar está "espiralando" para dentro. O transporte de ar para o centro
causa uma diminuição da área ocupada pela massa de ar, um processo chamado
convergência horizontal. Como conseqüência, o ar deve acumular-se, isto é, aumentar
sua altura. Este processo gera uma coluna de ar mais "alta" e, portanto mais pesada.
Contudo, a baixa de superfície pode existir apenas enquanto a coluna de ar acima
permanece leve. Conseqüentemente, um ciclone de superfície deveria erradicar-se
rapidamente. Para que uma baixa superficial exista por um tempo razoável, deve haver
compensação em alguma camada acima. A convergência na superfície poderia ser
mantida, por exemplo, se divergência em nível superior ocorresse na mesma proporção
(Fig. 7.7a). A convergência em superfície sobre um ciclone causa um movimento
resultante para cima. A velocidade deste movimento vertical é pequena, geralmente
menor que 1 km/dia. Ar ascendente sofre resfriamento adiabático e conseqüente
aumento da umidade relativa. Nuvens e precipitação podem eventualmente
desenvolver-se, de modo que ciclones são usualmente relacionados a condições
instáveis e tempo "ruim". A divergência em nível superior pode ocasionalmente até
mesmo exceder a convergência na superfície, o que resulta na intensificação do fluxo
para o centro do ciclone na superfície e na intensificação do movimento vertical. Assim,
a divergência em nível superior pode intensificar estes centros de tempestade, assim
como mantê-los. Por outro lado, divergência inadequada em nível superior permite que
o fluxo na superfície "preencha" e enfraqueça o ciclone na superfície. Pode ocorrer
também que é a divergência em nível superior que primeiro cria a baixa na superfície
ao iniciar fluxo ascendente na camada imediatamente abaixo e eventualmente abrindo
caminho até a superfície, onde o fluxo para dentro é então estimulado.
17
Assim como os ciclones, os anticiclones precisam também ser mantidos a partir de
cima. O fluxo de massa para fora na superfície é acompanhado por convergência em
nível superior e subsidência geral na coluna (Fig. 7.7b). Como ar descendente é
comprimido e aquecido, a formação de nuvens e precipitação é improvável em um
anticiclone e, por isso, eles são usualmente associados com tempo "bom". Além disso,
num anticiclone o gradiente de pressão é geralmente fraco numa grande região em
volta do centro e os ventos são fracos.
Fig. 7.7 - Esquema das correntes de ar associados com ciclones e anticiclones.
Devido à estreita ligação entre ventos e sistemas de tempo, consideraremos alguns
fatores que contribuem para a convergência ou divergência horizontal. Já
mencionamos o atrito sobre correntes de ar curvas, que faz com que o vento cruze as
isóbaras para a área de pressão mais baixa. O atrito também causa convergência
quando a corrente de ar é reta. Quando o ar se move da superfície relativamente lisa
do oceano para a terra, por exemplo, o atrito crescente diminui a velocidade do vento,
resultando num acúmulo de ar. Portanto, ventos convergentes e ar ascendente
acompanham a corrente de ar do oceano para a terra (Fig. 7.8). Este efeito contribui
para as condições nebulosas sobre a terra freqüentemente associadas com uma brisa
marítima. Por outro lado, divergência e subsidência acompanham a corrente de ar da
terra para o oceano, devido à velocidade crescente (Fig. 7.8).
18
Fig. 7.8 - Divergência e convergência devido a atrito.
As montanhas, que também atrapalham o fluxo de ar, causam divergência e
convergência ainda de outra maneira. Quando o ar passa sobre uma cadeia de
montanhas, a coluna de ar precisa reduzir-se verticalmente, o que produz divergência
horizontal em altitude. Ao atingir o sotavento da montanha, a coluna de ar aumenta
verticalmente, o que causa convergência horizontal em altitude.
A previsão do deslocamento de centros de baixa pressão é importante para a previsão
de curto prazo. Além disso, os meteorologistas precisam também determinar se a
circulação em ar superior intensificará um ciclone embrionário ou suprimirá seu
desenvolvimento. É muito importante entender a circulação atmosférica total.
SISTEMAS FRONTAIS
Uma frente é uma zona de transição entre duas massas de ar de densidades
diferentes. Estas diferenças de densidade são freqüentemente causadas por diferenças
de temperaturas - as frentes normalmente separam massas de ar com temperaturas
diferentes. Geralmente, uma massa de ar é mais quente e úmida do que a outra.
Massas de ar estendem-se horizontalmente e verticalmente; Assim, a extensão
ascendente de uma frente é chamada de superfície frontal ou zona frontal.
A FORMAÇÃO DE UM SISTEMA FRONTAL
A figura abaixo mostra a seqüência de formação de um sistema frontal, para o no
hemisfério Sul, na região de formação das frentes polares. O processo inicia-se pela
formação de uma depressão, a origem de um ciclone e posteriormente o sistema
frontal composto pelas frentes quente e fria.
19
1. As depressões começam com uma 2. Torcidas pelo efeito Coriolis, as duas
saliência na frente polar, onde o ar polar massas de ar giram em torno de uma
e o tropical se encontram.
área de baixa pressão que se
aprofunda.
3. A torção da frente desenvolve dois 4. Finalmente, a frente fria alcança a
braços – a frente quente e a frente fria – frente quente, erguendo-a do chão para
e se move lentamente para leste.
criar uma frente "oclusa".
A vida de uma depressão
Muitas depressões atmosféricas nascem sobre o mar. Neste local, massas de ar
tropicais quentes e úmidas e massas de ar polares frias e secas colidem junto a uma
linha imaginária chamada "frente polar". A depressão começa quando o ar tropical se
avoluma na direção do pólo. À medida que a massa de ar tropical se eleva acima da
massa polar, vai criando uma área de baixa pressão na crista da saliência. O ar polar
avança com rapidez para substituir o ar quente que sobe. Logo depois, ventos
começam formar espirais em torno do centro de baixa pressão, enquanto as fendas
frias se aquecem. A depressão se aprofunda e a frente polar começa a desenvolver
uma nítida torção. Em uma das extremidades, o ar quente continua a mover-se
lentamente para sobre o ar frio numa inclinação gradual (a frente quente). Na outra, o
ar frio avança sob o ar quente (a frente fria). A depressão se aprofunda e é lentamente
carregada para leste por ventos fortes na atmosfera superior.
Acima do solo, a superfície frontal inclina-se num ângulo baixo permitindo o ar a uma
maior temperatura cobrir o ar mais frio. Idealmente, as massas de ar em ambos os
lados da frente mover-se-iam na mesma direção e velocidade. Nesta condição, a frente
agiria simplesmente como uma barreira que segue juntamente com as massas de ar e
nenhuma massa poderia penetrar. Mas geralmente, a distribuição de pressão através
de uma frente permite uma massa de ar mover-se mais rapidamente do que a outra.
Assim, uma massa de ar avança ativamente contra a outra e elas colidem.
20
Quando uma massa de ar se move de encontro à outra, resulta daí uma mistura ao
longo da superfície frontal. Na maioria das vezes, as massas não perdem as suas
identidades quando uma é sobreposta na outra. Qualquer massa que avança, é
sempre um ar mais quente e menos denso que é forçado a subir, ao passo que o ar a
uma menor temperatura e mais denso atua com uma cunha ocorrendo assim o
levantamento.
Para identificar uma frente num mapa do tempo de superfície, os meteorologistas
utilizam:





mudanças rápidas de temperaturas sobre uma distância relativamente pequena;
mudanças na umidade de ar (mudanças no ponto de orvalho);
alteração na direção dos ventos;
pressão e mudanças em pressão;
nuvens e padrões de precipitação.
Abaixo estão relacionados os tipos de frentes que compões um sistema frontal:
Frente Quente Uma frente quente tem ar quente e úmido atrás de si. Esse ar
quente sobe acima do ar frio por ser menos denso e forma
nuvens ao longo da frente. À medida que a frente quente se
aproxima, há uma queda maior da pressão e a nebulosidade, a
temperatura mantém-se constante ou sobe lentamente, salvo se
cair um pouco por efeito da chuva. Ocorre, algumas vezes,
instabilidade suficiente para formar nuvens cumulonimbus e
trovoadas. À medida que a chuva cai, através do ar mais frio, a
evaporação das gotas, em combinação com a turbulência do ar
inferior, pode resultar na formação de nevoeiros. Com a
passagem da frente, vem a elevação normal da temperatura,
variação da direção do vento e melhoria das condições de
tempo, embora possa haver persistência de alguma
nebulosidade na massa de ar quente.
21
Frente Fria
Em uma frente fria o ar quente é empurrado e substituído pelo
ar frio. Como no caso da frente quente, a estrutura vertical do ar
quente é que vai determinar as reações com referência à
nebulosidade e precipitação. À medida que uma frente fria
comum se aproxima há chuvas fortes podendo haver fortes
rajadas de vento ou violentas tempestades. Com a passagem da
frente há um aumento da pressão, uma queda brusca e grande
de temperatura, um aumento na força do vento e uma variação
na sua direção. Essas alterações são comumente seguidas por
uma rápida modificação para tempo sem nuvens, embora
algumas nuvens possam persistir por algum tempo.
Frente Oclusa Uma frente oclusa é uma frente complexa onde uma frente fria
se encontra com uma frente quente. Num mapa do tempo, a
posição na superfície é representada por uma linha alternada
com triângulos e semicírculos estendidos em direção do
movimento. As condições de tempo associadas a este tipo de
frente é geralmente complexo. A maioria de precipitação é
produzida pelo ar quente levantado no alto. Quando as
condições são suficientes, a nova frente sozinha tem a
capacidade de iniciar precipitação.
22
Frente
Estacionária
Uma frente estacionária é uma frente quase estacionária onde
o fluxo de ar em ambos os lados da frente não se dirige para a
massa de ar fria ou para a massa de ar quente, mas é paralelo à
linha da frente. As frentes estacionárias formam-se quando uma
frente avançando retarda ou pára sobre uma região. Em um
mapa do tempo, a posição na superfície é representada por uma
linha com triângulos estendidos para o ar mais quente de um
lado e semicírculos estendidos para o ar mais frio no outro. Uma
mudança na temperatura e/ou uma troca de direção de ventos
são geralmente observados quando um local é atravessado por
esta frente.
Referências Bibliográficas
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http://www.meteo.physik.uni-muenchen.de/~robert/Thesis/introduction.html. Acesso
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Disponível
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http://www.brasgreco.com/weather/trovoadas/t_squall.html. Acesso em 01 de abril
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Newton, C.W. Meteorology of the Souther Hemisphere. Boston: American
Meteorological Society, 1972, 263p.
Pettersen, S. Introducción a la meteorología. Madri: Espasa-Calpe, 1968, 429p.
Vianello, R.,L.; Alves, R.A. Meteorologia Básica e Aplicações. Universidade Federal
de Viçosa, Impr. Univ. 1991 449p.
23
Sistema de Equações Atmosféricas
Baseados na forças fundamentais que atuam na atmosfera, os movimentos são
governados por 3 princípios básicos. Conservação de massa, momentum e energia.
Matematicamente eles são expressões pelo sistema de equações abaixo.
Equação do Movimento (momentum)
A equação da termodinâmica e suas aplicações foram desenvolvidas no eixo
específico
de termodinâmica. A equação da continuidade, que expressa o princípio de
conservação
de massa (ou volume), possui dois termos, que indicam fisicamente que a variação da
densidade de um sistema esta diretamente relacionada com a convergência ou
divergência
de massa. A figura 6 mostra os termos da equação e seu significado físico.
Figura 6 - Significado físico dos termos da equação da continuidade.
Através da relação da equação de estado, a redução da densidade do ar (d/dt < 0)
devido ao aquecimento ou a redução pressão, está associada à convergência de
massa (
. V < 0). Como exemplo, temos o aquecimento na região equatorial que gera os
movimentos convectivos nesta região. A relação inversa também é válida. Um
aumento na
24
densidade do ar (d/dt > 0) devido ao resfriamento do ar ou o aumento da pressão,
está
relacionado com divergência de massa (. V > 0). No cinturão dos anticiclones
subtropicais (em torno de 30S e 30N), encontramos o ar frio subsidente
(descendente)
que diverge nestas regiões e inibe a formação de precipitação. No caso de não haver
variação da densidade do ar (ar incompressível), o termo de divergência é nulo, não
havendo nem convergência nem divergência de massa.
Já a equação do movimento, que expressa a conservação de momentum
, mostra matematicamente a relação da aceleração do movimento tridimensional na
atmosfera com as forças inerciais e não-inercias responsáveis por este movimento. A
figura 7 mostra os termos da equação e seu significado físico.
Figura 7 - Significado físico dos termos da equação da continuidade.
É importante ressaltar que o movimento na atmosfera pode se dar tanto no plano
horizontal (componentes Vx e Vy do vetor V), como na vertical, através da componente
Vz.
ANÁLISE DE ESCALA
Existem alternativas para se resolver estas equações, quer seja para fins diagnósticos,
ou
para fins prognósticos. Uma delas é usar amplamente os princípios de análise e
previsão
numérica das técnicas computacionais. Desde o advento do primeiro supercomputador
(ENIAC), os meteorologistas têm sido os primeiros usuários. Os grandes centros de
previsão de tempo, como o CPTEC no Brasil, possuem os melhores
supercomputadores
disponíveis, e mesmo assim ainda existem limitações na atividade de previsão, em
virtude
das limitações dos computadores, sem entrar no mérito da limitação da distribuição
espacial heterogênea dos dados e sua acurácia. Outra alternativa, largamente
empregada, é fazer
25
simplificações nas equações, tornado-as simples e de fácil manuseio para soluções
analíticas ou numéricas. Essa técnica baseia-se no princípio de análise de escala, ou
seja, busca-se na natureza os valores típicos das diversas grandezas envolvidas nas
equações. De posse destes dados, calcula-se a ordem de grandeza dos termos
existentes
na equação. A partir daÍ, escolhe-se a aproximação mais conveniente, de acordo com
as
características físicas do fenômeno a ser estudado.
Visando compreender melhor a importância dos termos da equação do movimento em
escala sinótica, associados a mudanças de tempo em latitudes médias (45) e na
escala
espacial de 1000 Km, os valore típicos são os seguintes:
Parâmetro de Coriolis fo ~ 10-4 (admensional)
A figura 8 mostra os termos da equação do movimento nas componentes horizontais (X
e
Y) e as respectivas ordem de grandezas. Percebe-se que dois termos destacam-se por
possuíres maiores grandezas. São os termos de Coriolis (força de Coriolis) e do
gradiente
de pressão). Esta aproximação resultará em uma equação simples, mas altamente
relevante denominada aproximação geostrófica.
Figura 8 - Resultado da aproximação geostrófica através da análise de escala.
26
Para se analisar os movimentos atmosféricos deve-se considerar pelo menos duas
camadas distintas na atmosfera. A CAMADA LIMITE PLANETÄRIA, que se estende
desde a superfície até no máximo 3 Km de altura, onde o perfil de velocidade depende
fortemente da da rugosidade do solo (Força de atrito), do gradiente de temperatura
junto a
superfície e do módulo da velocidade do ar. Quanto maior a influência do atrito, menor
a
velocidade do vento. Acima dessa camada temo a ATMOSFERA LIVRE, onde as
forças
viscosas se anulam e o escoamento não sofre o efeito do atrito. Nessa região
trataremos a
seguir do estudo dos ventos “teóricos” na atmosfera.
VENTO GEOSTRÓFICO
A aproximação geostrófica é o resultado do balanço entre a força de coriolis e do
gradiente
de pressão. A figura 9 mostra o exemplo de uma circulação anticiclônica no HN, com o
giro
no sentido horário. Como a força gradiente de pressão (FP) atua sempre das altas em
direção as baixas pressões, e a força de coriolis (FCO) é perpendicular ao movimento,
desviando para a direita (esquerda no HS), a aproximação geostrófica somente será
válida
quando o vento “soprar” paralelo as isóbaras.
Figura 9 - Movimento geostrófico ao longo das isóbaras no HN.
Segundo Holton (1979), o vento geostrófico “sopra” paralelo as isóbaras ou isoípsas
(igual
geopotencial) deixando valores mais altos a esquerda no Hemisfério Sul e a direita no
Hemisfério Norte (Lei de Buys-Ballot). A aproximação geostrófica em latitudes média
permite estimar vento com erro de 10 a 15% e, não possui aplicação prática na Região
Tropical.
Como o parâmetro de coriolis é dado pela relação fo=2sen(), onde é a velocidade
angular da Terra e a latitude do local, conclui-se que o vento geostrófico é uma boa
aproximação do vento real na atmosfera livre, exceto nas vizinhanças do Equador
(sen()
-> 0) e em onde o escoamento é excessivamente curvo, como nos centros de altas e
baixas pressões. Da expressão do vento geostrófico conclui-se também que Vg é
maior à
proporção que aumenta o gradiente de pressão e diminui a densidade do ar.
27
VENTO GRADIENTE
Como se viu, o vento geostrófico deixa de ser uma boa aproximação do vento real
próximo ao Equador e em escoamentos excessivamente curvos, como em torno dos
ciclones e anticiclones em ambos os hemisférios. A aproximação desse tipo de
movimento denomina-se vento gradiente e é o resultado do balanço entre a força de
coriolis, do gradiente de pressão e da força centrífuga. Este escoamento ocorre
tangente as isóbaras, as quais são
curvas, e também ocorre na atmosfera livre, desprezando-se os efeitos de fricção e o
módulo do vento é constante.
A figura 10 mostra balanço de forças da circulação do vento gradiente ao longo dos
centros de alta e baixa pressão no HN. No caso do centro de baixa pressão (giro
antihorário
no HN e horário no HS), a força gradiente de pressão (FP) é contra balançada pela
força de coriolis (FCO) e a centrífuga (FCE). Já no centro de alta pressão (giro horário no
HN e anti-horário no HS), a força de coriolis (FCO) é contra balançada pela força
gradiente de
pressão (FP) e pela força centrífuga (FCE).
Figura 10 – Balanço de forças associado ao vento gradiente no HN.
Algumas comparações, bem como observações práticas podem ser concluídas:
- o vento gradiente torna-se cada vez mais fraco ao aproximarmos de um centro de alta
pressão, ocorrendo o inverso nas baixas pressões.
- teoricamente, o vento geostrófico é maior que o vento gradiente na circulação
ciclônica, e
o gradiente supera o vento geostrófico na circulação anticiclônica.
- as aproximações geostrófica e gradiente em latitudes média permite estimar vento
com
erro de 10 a 15%. Nos trópicos o uso do vento gradiente torna-se imperativo devido à
presença dos ciclones tropicais.
VENTO CICLOSTRÓFICO
Trata-se de uma circulação de escala horizontal suficientemente pequena, como nos
tornados e redemoinhos, onde a força de coriolis pode ser desprezada quando
comparada
a gradiente de pressão. É fácil verificar que esse escoamento ocorre próximo a BAIXA
PRESSÃO. Portanto, é considerado um caso particular do vento gradiente (Coriolis é
desprezada em relação ao gradiente de pressão). Como exemplo, podemos citar um
escoamento atmosférico curvo com escala horizontal pequena (Ex: tornados – raio
~300m
e ventos fortes ~ 30m/s = 108Km/h). A figura 11 mostra o balanço de forças do vento
ciclostrófico para o HN.
28
Figura 11 - Balanço de forças associado ao vento ciclostrófico no HN.
VENTO TÉRMICO
Embora o regime dos ventos da média e alta troposfera seja bastante diferente de
superfície, esses regimes estão relacionados entre si através da temperatura média da
camada. Isso pode ser demonstrado matematicamente através da equação do vento
térmico, mostrada abaixo.
Onde Vg 2 é o vento geostrófico no nível inferior e Vg1 é o vento geostrófico no nível
superior.
Essa denominação só existe pelo fato desse vento existir somente se exista uma
gradiente horizontal de temperatura ao longo das superfícies isobáricas, pois
matematicamente, o vento térmico também pode ser expresso pelas equações abaixo.
(13)
ou
(14)
A figura 12 ilustra graficamente a relação do vento térmico entre duas superfícies
isobáricas de 1000 (2) e 500 (1) hPa. Vg 2 e Vg1 representam o vento nestes níveis,
respectivamente. Seus módulos, assim como do vento térmico, são inversamentes
proporcionais ao afastamento das isolinhas e, consequentemente, diretamente
proporcionais ao gradiente.
29
Figura 12 – Relação entre o Vento Térmico (VT) e o vento geostrófico nos níveis 500
hPa
(Vg1) e 1000 hPa (Vg2) e campo de espessura da camada 1000/500 hPa.
A análise da figura mostra que o vento térmico “sopra” paralelo as isotermas, ou
isolinhas
de espessura (equação de espessura da camada em termodinâmica), deixando o AR
FRIO a DIREITA e AR QUENTE a ESQUERDA – HS.
Por esta discussão, conclui-se que variações horizontais da temperatura (devido ao
diferencial de radiação com a latitude, ou ao aquecimento diferencial entre oceanos e
continentes, são responsáveis pelo cizalhamento vertical do vento. Isso é mais
evidente
próximo as regiões temperadas, onde as variações térmicas são mais intensas. Daí o
vento apresentar uma maior intensidade nessas regiões. Nos trópicos, as variações
são
pequenas e o vento varia pouco na vertical.
O contrário também é válido. Ao se medir o vento na vertical, podemos tirar conclusões
sobre a advecção horizontal de temperatura. Matematicamente, a adveção térmica é
dada
pela equação abaixo,
AT V.T
(15)
onde fisicamente podemos afirmar que o vento é o responsável pela advecção
(transporte)
térmica na camada. A figura 13 mostra dois exemplos de advecções fria (a) e quente
no
HS.
30
Figura 13 – Exemplos de advecções fria (a) e quente no HS.
VARIAÇÃO DO VENTO COM A ALTURA
Através da relação do vento térmico, conhecendo campo de temperatura e vento Vg 2
numa
superfície mais baixa (p2) é possível estimar o vento Vg1 na superfície mais alta (p1),
através da relação abaixo.
Vg1 =VT+ Vg2
(16)
A análise da figura 14 mostra que há advecção quente da situação 1 para a situação
2, pois houve um acréscimo de temperatura na camada. Conseqüentemente o ângulo
entre
Vg 2 e Vg1 sofreu uma variação anti-horária no HS. Por analogia, uma advecção fria
está associada com o giro horário do vento de baixo para altos níveis. O inverso
ocorre no HN.
No caso de ocorrer advecção fria, a temperatura da camada diminui rapidamente c/
altura, gerando instabilidade. Caso ocorra advecção quente: temperatura aumenta c/
altura, gerando estabilidade.
Figura 14 – Advecção quente associado ao giro do vento no sentido anti-horário no HS.
As figuras abaixo mostram exemplos de aplicação dos conhecimentos de vento
geostrófico, gradiente e térmico, associados as advecções térmicas na troposfera.
31
Figura 15 – Exemplo de circulação em superfície geostrófica e gradiente e do sentido
do
vento térmico no HS.
Figura 16 – Exemplo do giro horário e anti-horário do vento geostrófico associado a
adveção fria e quente, respectivamente, no HS.
CIRCULAÇÃO SECUNDÁRIA OU LOCAL
São Irregularidades dentro da Circulação Geral dos Ventos, podem ser locais
dependendo da diferença de temperatura entre seus pontos.
A. Brisa Marítima: Do oceano para o continente, é mais intensa no período da tarde e
no verão.
B. Brisa Terrestre: Do continente para o oceano, é mais intensa no período da noite e
no inverno.
C. Ventos de Vale: É mais intenso a tarde e no verão. Pode gerar Turbulência.
D. Ventos de Montanha: É mais intenso a noite (de madrugada) e no inverno.
E. Vento FOHEN: É o vento quente e seco que desce a encosta de uma montanha.
F. Ventos de Monções: (Monção de Verão – Massas de ar Provenientes do oceano)
(Monção de Inverno – Massas provenientes do continente seguindo para o oceano).
G. Vento Catabático: Todo vento que desce a Montanha (SOTAVENTO)
H. Vento Anabático: Todo vento
que sobe a encosta de uma montanha.
(BARLAVENTO)
32
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