1 A INCORPORAÇÃO DA TOPOGRAFIA SOCIAL NO PROCESSO DE GESTÃO DA POLÍTICA PÚBLICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL: O Território e a Inserção do Conceito Operacional de Práticas Espaciais Aplicados à Dinâmica do Financiamento e da GI Liliane Cardoso d’Almeida1 Universidade Federal Fluminense e-mail: [email protected] RESUMO Este trabalho trata da perspectiva do território e das práticas espaciais no espaço da cidade como diretriz de implementação de políticas públicas e como matriz de implantação e gestão do SUAS nos estados e municípios. Desse modo, compreendendo o território como matriz metodológica, tomamos por referência a experiência de georreferenciamento dos equipamentos CRAS e unidades filantrópicas de assistência social no município de Campos dos Goytacazes a partir da experiência da pesquisa e situamos a instrumentalidade da base cartográfica como suporte estratégico a futuros investimentos em políticas sociais públicas. ABSTRACT This work deals with the practical perspective of the territory and the space ones in the space of the city as line of direction of implementation of public politics and as first to implantation and management to ITS in the states and cities. In this manner, understanding the territory as first metodológica, we take for reference the experience of georreferenciamento of equipment CRAS and filantrópicas units of social assistance in the city De Campos of the Goytacazes from the experience of the research and point out the instrumentalidade of the cartographic base as strategical support the future investments in public social politics. Agradecimentos especiais aos professores e doutores Lenaura Lobato, João Bôsco Hora Góis do Programa de Pós Graduação em Políticas Sociais da UFF – Niterói/RJ e à Elaine Bhering Professora doutora da UERJ, pelo suporte à elaboração desse trabalho que tem por base a Dissertação de Mestrado produzida a partir dos estudos desenvolvidos com o apoio do Grupo de Pesquisa em Avaliação de Políticas Públicas da UFF- Niterói/RJ. Ao Christian parceiro na arte do geoprocessamento de Dados. Grandes colaboradores para a consecução científica desse trabalho. Trabalho apresentado no 4º Seminário de Pesquisa do Instituto de Ciências da Sociedade e Desenvolvimento Regional, da Universidade Federal Fluminense – UFF, realizado em Campos dos Goytacazes, RJ, Brasil, em março de 2011. 1 Mestra em Políticas Sociais pela Universidade Federal Fluminense – Niterói /RJ, Assistente Social, com atuação profissional no município de Campos dos Goytacazes/RJ na Secretaria Municipal da Família e Assistência Social, no âmbito do Setor de Monitoramento, Avaliação e Gestão de Dados - Rede SUAS. 2 INTRODUÇÃO Nas últimas décadas o debate histórico que coloca no centro o território para a gestão das políticas públicas vem assumindo intensidade e proporções científicas. À medida que avançam as concepções e instrumentos de gestão, potencia a interface com disciplinas como a geografia no âmbito da implantação e implementação dos Sistemas de Informação na esfera pública da Gestão. O trato com a topografia social, surge como instrumentalidade à operação com um sistema descentralizado que assume no seu escopo a gestão de dados vinculada à dimensão das práticas espaciais vivenciadas por comunidades e populações nos municípios que compõem a federação. Essa prática de gestão visa potenciar um viés de descentralização que favoreça a captura de informações peculiares às diversidades de contextos onde o Sistema Único de Assistência Social é instalado, e passa a ser gerido, contribuindo para a captura de singularidades locais. O trato com a Gestão da Informação ao lado de eixos proativos ao monitoramento e avaliação constituem instrumentos essenciais de gestão na concomitância com o planejamento e orçamento público. Tais instrumentos associados à centralidade do território, como diretriz para os processos de regionalização do sistema, potenciam a inserção no âmbito da Assistência Social de novas categorias de análise favorecendo o seu reconhecimento na agenda Pública como Política de Direitos. No que toca a territorialização no âmbito da Política de Assistência Social, encontramos esta categoria na formalização da Norma Operacional Básica (NOB SUAS-2005) como um de seus eixos estruturantes. Destacada a extensão sócio-espacial e a ampla densidade demográfica do país, associada ao volume das desigualdades sociais vivenciadas nos mais de 5500 municípios da federação, faz-se especialmente necessário aprofundar as concepções e o debate acerca da sistematização da topografia social, que adensa uma reflexão profunda sobre o território e a gestão da informação correlata aos dados produzidos pelas experiências vivenciadas por comunidades e populações alvo no processo de gestão do Sistema Único de Assistência Social na interface com outras políticas públicas. Desse modo a categoria território é sobretudo composta por uma dimensão política capaz de inferir nos processos de ordenamento das cidades e capaz de provocar alterações no âmbito da gestão, do planejamento e da implementação de políticas públicas. Pelo lado das atuais reconfigurações socioespaciais das cidades, as pesquisas e estudos vêm se multiplicando. Amplia-se o debate sobre as forças operantes na produção do espaço, os novos padrões de segregação urbana, sobre os parâmetros e a geografia da pobreza urbana e da vulnerabilidade social. No entanto, ainda pouco tem se sabido sobre o modo como os processos em curso definem e redefinem, assim como interagem com a dinâmica societária, a ordem das relações sociais e suas hierarquias, as práticas sociais e os usos da cidade, as novas clivagens e diferenciações que definem os bloqueios ou acessos diferenciados aos serviços e espaços. 3 O traçado de uma topografia social portanto, não se restringe às linhas e coordenadas que definem a cartografia de mapas e referenciamento de populações específicas. Mais que a constituição sistêmica, a topografia social apresenta um diâmetro de abrangência que inclui níveis de captura e análise que agregam à produção do conhecimento sobre o território, o estudo das diversas formas de sua constituição estendendo a noção de espaço e temporalidade, conferindo à cartografia produzida pela análise e aplicação, uma dimensão política e social. É imprescindível atentar que a noção de território pode aparecer apenas correlata à materialidade física dos espaços, vinculada a dinâmica material da geografia do local. Contudo, o território também condensa em sua concepção uma dimensão simbólica e cultural que define as formas como as relações sociais estruturam práticas espaciais e como estas práticas vão assumindo um nível de interconexão e complexidade a ponto de atingirem a definição de uma cartografia regional. 2 A perspectiva territorial e da Gestão da Informação incorporada pelo Sistema Único de Assistência Social representa uma mudança paradigmática de relevância. As ações públicas da área da Assistência Social devem ser planejadas territorialmente tendo em vista a superação da fragmentação, o alcance da universalidade de cobertura, a possibilidade de planejar e monitorar a rede de serviços, realizar a vigilância social das exclusões e estigmatizações presentes nos territórios de maior incidência de vulnerabilidade e carecimentos com aplicação de indicadores. (PNAS, 2004; NOB SUAS, 2005) O território é a base de organização do SUAS, mas é necessário elucidar que o território representa muito mais do que o espaço geográfico. Assim, o município pode ser considerado um território, mas com múltiplos espaços intra-urbanos que expressam uma malha de diferentes arranjos e configurações socioterritoriais. A matriz do território define as questões correlatas ao referenciamento dos equipamentos e serviços socioassistenciais, bem como define áreas de implantação dos Centros de Referência da Assistência Social e dos Centros Especializados de Referência da Assistência Social, assim como agrega matrizes ao financiamento, definindo na fórmula dos pisos a alocação dos recursos da Seguridade Social destinados à Assistência Social. O território é nesse sentido matriz que permite elucidar a dimensão instrumental e política do financiamento da política pública permitindo que seu processo de institucionalização assuma diversificados desenhos, ainda que com uma padronização Nacional no âmbito da noção de sistema adensada pelas diretrizes materializadas em suas normas operacionais. 1Território, práticas espaciais e a dimensão política do georreferenciamento e da gestão da informação. 2 Sobre sito consultar Rogério Haesbaert, Ruy Moreira (2007), Concepções de Território para compreender a Desterritorialização e conferir também dos mesmos autores a produção: O Espaço e o Contra-Espaço: as Dimensões territoriais da sociedade civil e do Estado, do privado e do público na ordem espacial burguesa, respectivamente. In: BACKER, Bertha K.; SANTOS, Milton (orgs.). Território, territórios: ensaios sobre o ordenamento territorial. Rio de Janeiro, Lamparina, coleção espaço, território e paisagem, 2007. 3.ed. 4 No âmbito do território e na sua constituição está o conjunto das práticas espaciais, que define e redefine as formas de ordenamento das cidades em sua geografia. Para tanto é necessário esclarecer o conceito de práticas espaciais para que melhor compreendamos como que esta matriz operativa e conceitual interfere nos processos de gestão do Sistema Único de Assistência Social e no campo das políticas públicas de forma geral, considerando a malha urbana das cidades e das populações que a compõem, assim como o conjunto da existência localizada da rede de unidades filantrópicas de assistência social distribuídas por território. Sinalizamos esta matriz na abertura deste debate para que possamos tornar claros as medidas e indicadores que precisam ser considerados no âmbito do monitoramento e avaliação correlatos ao financiamento e alocação dos recursos junto à rede, bem como para que a formulação de critérios seja assumida pelos patamares da eficácia. Assim, como para deixar claro que a aplicação de indicadores sociais não é mera tabulação de dados quanti qualitativos ou apenas uma formulação numérica. Esta aplicação pode ser correlata à rede e à populações, à escolaridade e à tantas dimensões quanto necessárias para agrupá-las à composição dos Índices de Desenvolvimento das Famílias (IDF) atendidas pelo SUAS nos territórios. Sendo assim, a partir das contribuições de Ruy Moreira (2009)3 podemos compreender por práticas espaciais o conjunto de experiências vivenciadas pelas populações que na relação com a natureza e com os demais seres e as bases de produção, definem instrumentos e abrangem um conjunto de intervenções e alterações que desenham e redesenham as noções de tempo e espaço. Bem como desenham fronteiras e aglomerados que dimensionam a extensão das comunidades e das cidades. Práticas que vivenciadas adensam a expressão do gênero de vida, como categoria que define um ethos societário. Assim, é possível dizer que as práticas espaciais definem as formas como as comunidades se organizam para superar os desafios relativos à vida em sociedade. Também estruturam formas agregadas de convivência humana, preenchidas de valores simbólicos, históricos, culturais e de uma linguagem que define agrupamentos por suas peculiaridades, singularidades, compondo a constituição identitária de populações que historicamente vem assumindo espaço ou precisam conquistar espaço na agenda pública das políticas sociais. Deste modo, as práticas espaciais definem uma topografia singular ao espaço das cidades e da federação e, na constituição de uma Política de Gestão da Informação para a Assistência Social, tornam-se categoriais essenciais aos processos de análise, impactando nos níveis de constituição das agendas de direitos, na formulação, no desenho da implementação e nos processos relacionados à avaliação e monitoramento do sistema no território nacional. Portanto, avaliar a importância de uma Política de Gestão da Informação para a Assistência Social como mecanismo de institucionlização do SUAS requer ponderar sobre o conjunto de dimensões e categoriais que a inscrevem no debate público da gestão das políticas sociais. Requer ainda considerar a 3 Informação verbal registrada na disciplina de ordenamento Territorial das Cidades, ministrada pelo Professor Doutor Ruy Moreira no ano de 2009, no Mestrado em Geografia implementado pela UFF – Niterói/RJ, que por ocasião participei como aluna Mestranda, na qualidade de aluna especial. Tal disciplina compôs a grade de disciplinas optativas do Mestrado em Políticas Sociais como acréscimo ao saber elaborado a partir de minha pesquisa. 5 decodificação dos processos sócio-políticos que incrementam a dinâmica de institucionalização do sistema em cada contexto. A incorporação do estudo da topografia social no processo de gestão da Política Pública de Assistência Social aponta para a necessidade de uma compreensão ampla da noção de território, considerando que o processo de territorialização envolve as mobilidades urbanas tecidas pelas populações e famílias alvo do Sistema no âmbito das cidades. Nas definições de Grafmayer (1994, apud Francisco; Almeida, 2007), essas formas de mobilidade (definidoras das noções de território), são não apenas interdependentes, mas diversas facetas de um processo único de reorganização das condições de existência. Seus eventos precisam, portanto, ser situados nos tempos e espaços em que as histórias se desenrolam. Segundo ele é por esta via que se deixam ver como pontos de condensação de tramas sociais articulam histórias singulares e destinações coletivas. Para Grafmayer tomar as mobilidades urbanas como referência não é, portanto, o mesmo que fazer a cartografia física dos deslocamentos demográficos. Não é simplesmente fazer o traçado linear de seus percursos. Tempos biográficos e tempos sociais se articulam na linha de sucessão das genealogias familiares e suas trajetórias, mas também supõem uma espacialização demarcada pelas temporalidades urbanas corporificadas nos espaços e territórios das cidades. É importante tratar desta questão, na medida em que as geotecnologias têm sido apropriadas para institucionalizar e implantar o SUAS nos municípios, como uma das matrizes da diretriz de territolialização. Incrementos no âmbito do georreferenciamento vem sendo uma prática recém – implantada na Assistência Social e que aos poucos vem se inscrevendo na dinâmica dos debates e estudos científicos na área. Ainda pouco explorado, é um campo de pesquisa bastante rico na proporção que permite trazermos também para análise os desafios de sua implantação nos processos descentralizados de gestão do sistema, que envolvem dentre outros obstáculos, a morosidade do incremento em tecnologias e sua compreensão para além da forma acessória à gestão do trabalho no âmbito da política pública. Mas, compreendendo sua função essencial no trato com os processos de monitoramento e avaliação constitui-se em ferramenta primordial a uma gestão pública qualificada. As dificuldades relativas à morosidade do reconhecimento desta ferramenta no cotidiano de trabalho e investimentos da gestão, pode ser visualizada especialmente em municípios do interior da federação. Também é necessário considerar que a aplicação do sistema de georreferenciamento dos serviços socioassistenciais, tomando por referência as contribuições de Grafmayer (1994, apud Francisco; Almeida, 2007) se preenchem de um sentido político na medida em que incorporam a dinâmica das práticas espaciais que por referência constituem os territórios de implantação dos equipamentos públicos e organizações não governamentais relativos ao SUAS. Portanto, é preciso considerar e elucidar que este processo aparentemente simples, apresenta sua teia de complexidades, na medida em que demarcam pontos críticos, pontos de inflexão, de mudança e também de entrecruzamento com outras histórias e percursos, identificam “zonas de turbulência”, em torno das quais ou pelas quais são definidos e redefinidos deslocamentos e 6 bifurcações, práticas sociais que revelam em muitos casos a trajetória intricada dos acessos a direitos, dos bloqueios da cobertura, elucidando os agenciamentos cotidianos que por referência acabam por definir destinações coletivas e públicas vinculadas aos processos de gestão das políticas sociais. Considerando as profundas discrepâncias e desigualdades sociais de um país de amplo porte geográfico e territorial como o Brasil, como já mencionamos, com seus 5.564 municípios, constitui um equívoco pretender homogeneizar realidades tão diversas, como se observa na adoção de certas classificações que medem graus de pobreza e indigência das populações, sem considerar a diversidade das realidades municipais, a começar pela populacional, e as que se manifestam em distintas escalas inter e intra-regionais, inter e intra-urbanas. Segundo informações do IBGE (Censo 2000) e do próprio Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (2008) do conjunto dos mais de 5.500 municípios da federação brasileira, cerca de 4 mil são classificados como de pequeno porte, com menos de vinte mil habitantes. Apesar dos altíssimos níveis de urbanização do território brasileiro, é preciso ainda considerar o recorte rural presente nessas realidades municipais, o que coloca a necessidade de diferentes políticas públicas, somada a considerações quanto às peculiaridades a serem diagnosticadas e identificadas no planejamento, na alocação territorial dos serviços e equipamentos, assim como na implementação do financiamento. Dessa forma a topografia social é uma categoria operacional que integra diversas outras categorias e dimensões de análise e incorpora à gestão, inovadoras perspectivas de estudo, assim como formas de aplicação e de intervenção da Política Pública nos diversos e múltiplos territórios. Agregando esta perspectiva e à medida que as ações do MDS vem sendo ampliadas a partir dos marcos de implantação do SUAS (PNAS , 2004) aumenta, na mesma dimensão o volume de dados, e a necessidade de processá-los e geri-los para dar suporte à complexa operação de gestão que envolve as ações do ministério e da aplicabilidade da Política de Assistência Social nas diversas regiões. Essas demandas envolvem segundo dados do próprio MDS (2007), a avaliação da capacidade instalada, a integração de interesses e potencialidades das Secretarias e setores do Ministério na relação com os demais órgãos nacionais e internacionais, assim como demandas pertinentes à instalação do SUAS nos múltiplos contextos nacionais, materializados nas malhas urbanas dos Estados e municípios. Situação que requereu medidas de solução para organizar e equacionar problemas relativos à administração da informação. Para tanto, na composição de sua estrutura e entre os anos de 2004 e 2005 foi criada e instituída a Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação, e mais precisamente no ano de 2005 foi criado o Grupo de Trabalho de TI com o objetivo de evoluir na perspectiva de analisar a situação vivenciada, apontar soluções imediatas e planejar ações estruturantes que permitissem dar sustentabilidade e qualidade aos processos organizacionais intensamente apoiados em Tecnologias da Informação e Comunicação. A intervenção deste grupo teve por primeira iniciativa o traçado de um diagnóstico com reflexões que culminaram com a indicação de várias diretrizes. Dentre elas destacam-se: a elaboração de Política de Informação, a formação de um Comitê Gestor de Tecnologia e Informação (CGTI), a definição de 7 ferramentas para a disponibilização de informações estratégicas, estabelecimento de fluxo de dados com objetivo de criar processos de racionalização deste fluxo e gerar uma matriz que expressasse a dinâmica, contendo informações pertinentes aos programas, projetos e ações sociais do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Esse Sistema por diretriz potenciou o aprimoramento das ferramentas e originou a ferramenta Matriz de Informações Sociais. (MIS) A partir da portaria nº 556 de 11 de novembro de 2005, o MDS cria o Comitê Gestor de Tecnologia e Informação, cujo objetivo expresso em seu artigo 1º, é de se constituir numa instância responsável para tratar e deliberar a respeito de temas na área de Tecnologia e Informação no âmbito de todo o ministério. Com a criação deste Comitê Gestor lhe foi atribuída a responsabilidade da discussão e elaboração de uma Política de Tecnologia e Informação que contemplasse o MDS, norteando a gestão dos dados referentes às ações da Assistência Social, potenciando a integração do sistema e procedimentos para apoiar o conjunto das políticas públicas correlatas à área. A arquitetura que começou então a ser definida tem uma preocupação essencial com a questão espacial. A política de Assistência Social passa hoje pelo processo de descentralização, com base em investimentos nas famílias que tem por referência o território. No entanto, a ferramenta incorpora funcionalidade para além da questão espacial. Os dados são agrupados em função do tempo, registrando assim um histórico de evolução dos investimentos e ações realizadas. A menor unidade de tempo racionalizada pela Matriz de Informações Sociais (MIS) é o mês e finaliza com a base de consolidação anual dos investimentos realizados. A implementação da Matriz de Informações Sociais (MIS) se constitui em uma ferramenta de monitoramento, desenvolvida para acompanhar as políticas e programas conduzidos pelo MDS. Esta ferramenta disponibiliza dados, informações e indicadores sociais para agregados territoriais como municípios, micro regiões e unidades federativas e também para agregados espaciais. A implantação desta matriz condensa a utilização da topografia social e da cartografia como instrumentos operacionais à aplicação dos indicadores sociais, como estratégicas ferramentas aos processos de referenciamento dos equipamentos do SUAS, como instrumento que potencia o georreferenciamento e geoprocessamento de dados referentes à rede de serviços socioassistenciais nos territórios.Também potencia nesta medida, e na interrelação com os dados demográficos que são passíveis de serem gerados, os incrementos em critérios de financiamento, que por sua vez desenha as formas como a Política de Assistência Social se institucionaliza e assume seu desenho nos territórios. 2 – Cartografia Urbana e Perspectivas estratégicas de implementação de políticas públicas a partir do SUAS em Campos dos Goytacazes/RJ 2.1 – Metodologia O trabalho de georreferenciamento na perspectiva geopolítica do território constitui parte integrante da pesquisa de mestrado intitulada O SUAS e a rede Socioassistencial Não Estatal desenvolvida em Campos dos Goytacazes a 8 partir do Centro de Pesquisa e Estudos Pós Graduados em Políticas Sociais da Universidade Federal Fluminense em Niterói. O trabalho de pesquisa tem por objetivo central uma avaliação do processo de institucionalização do SUAS a partir da rede não estatal, tendo por metodologia o mapeamento da rede de serviços socioassistenciais da rede SUAS no respectivo município a partir de um quadro de dimensões de análise, composto por um conjunto de variáveis e indicadores relativos aos processos de implementação da política pública no território. As dimensões de análise abordadas na pesquisa e o conjunto de variáveis podem ser visualizadas na figura que segue: DIMENSÕES VARIÁVEIS I – Concepção de Assistência Social - Conceitos e referências em que se fundamentam - Conceito de gestão e processo de descentralização. II – Regulação do SUAS - Conhecimento e concordância a respeito das regulações - Sugestões de mudança. III – Destinatários / Processo de - Quem são os sujeitos a que se destina a incorporação das demandas sociais. política; Como são concebidos; - Formas de registro das demandas e necessidades da população atendida; IV – Gestão / Responsabilidades / Espectro - Tendências de institucionalização do de atores / Planejamento. Sistema; - Formas de Planejamento; - Responsáveis pela elaboração dos projetos e planos; - Relação do poder público com o conjunto das organizações não estatais e usuários da política. V – Financiamento - Quem deve financiar com primazia; - Formas de contrapartida instituídas - Suficiência dos critérios para repasse do financiamento Figura nº 1 – Dimensões e Variáveis de Análise – Quadro elaborado pela autora. A perspectiva do georreferenciamento foi utilizada como etapa metodológica à aplicação destas variáveis e indicadores, onde pudemos constatar as áreas de possíveis investimentos em políticas públicas e a localização estratégica das unidades socioassistenciais e dos CRAS para o provimento do acesso às garantias socioassistenciais preconizadas pelo SUAS. Desse modo, a topografia territorial e a dimensão cartográfica apresentada na figura nº 2 se constitui em ferramenta de gestão pública para as políticas sociais. Não nos deteremos em abordar por ocasião deste trabalho os resultados de cada uma das variáveis e indicadores relativos às dimensões de análise acima apresentadas por não ser este o objeto de discussão deste artigo. Trataremos aqui de demonstrar os resultados relativos à importância da cartografia gerada pelos estudos ressaltando a importância de sua instrumentalidade e direção política para efeito da aplicação das variáveis e indicadores, demonstrando assim a sua importância como ferramenta de gestão. Nesse sentido é possível caracterizar a dimensão política do Território e a sua instrumentalidade desde o âmbito da formação das agendas públicas, à 9 formulação, à implementação, ao monitoramento, avaliação e gestão de dados no SUAS. Sendo assim, a primeira parte do processo metodológico se desenvolveu em parceria com a Secretaria de Obras e Urbanismos, na medida em que este setor ofereceu a ferramenta do geoprocessamento necessária à formulação da base cartográfica. A segunda etapa do procedimento metodológico se realizou a partir de uma análise dos mapas apresentados no Plano Diretor do Município. Utilizamos como critério de escolha da base cartográfica, o mapa que apresentasse as áreas de especial interesse social e os campos de vulnerabilidade no município. A partir da localização geográfica e/ ou territorial destes equipamentos da rede lançados à base pudemos levantar os resultados relativos à uma análise prospectiva a futuras propostas de políticas públicas e à geopolítica dos investimentos do Fundo Municipal de Assistência Social. 2.2 - Resultados da Pesquisa A partir do levantamento da pesquisa, elencamos os locais em que se situam as organizações não estatais de assistência social, no intuito de realizar o mapeamento da rede pelos territórios e de possibilitar indicadores para a realização futura do referenciamento destas unidades junto aos equipamentos CRAS e CREAS, tendo em vista que esta ação do referenciamento, ainda permanece por ser desenvolvida pelo município. Sendo um dos pontos frágeis de institucionalização do Sistema. A partir disso realizamos o cruzamento de dados relativos às áreas de investimento e interesse social, no campo das políticas sociais e no campo da política urbana. Desse modo, o mapa 7 do Plano Diretor Participativo do Município de Campos dos Goytacazes (Lei nº 7.974, 31/03/2008) foi a base referencial para o trabalho de geoprocessamento das informações relativas aos territórios das organizações não estatais de assistência social e relativas aos CRAS, como se constata na figura que segue: 10 A partir do geoprocessamento dos dados obtidos pela tecnologia social que tem por base a cartografia e a topografia social urbana, constatamos que a rede socioassistencial não estatal está georreferenciada nas proximidades das seguintes áreas: - Áreas de Especial Interesse Social 1 (AEIS 1) que corresponde segundo as diretrizes publicadas no Plano Diretor do Município, à áreas de ocupação territorial que exigem intervenções de requalificação e melhorias habitacionais, através da implantação de programas de regularização urbanística e de construção de unidades residenciais de interesse social. São áreas ocupadas por favelas e moradias situadas nas áreas de risco , visto que se situam às margens dos rios, canais e lagoas. - Áreas de Especial Interesse Social 2 (AEIS 2) que correspondem à áreas territoriais subutilizadas ou não edificadas, destinadas à promoção da habitação de interesse social e ao atendimento à famílias de baixa renda. São áreas destinadas ao reassentamento de comunidades de baixa renda que tenham suas moradias em situação de risco. - Área de Especial Interesse Social 3 (AEIS 3) que correspondem às áreas territoriais destinadas à melhoria da mobilidade urbana e da acessibilidade atendendo as necessidades de ampliação do acesso a partir da intervenção e 11 da gestão de ações de reestruturação ou requalificação de equipamentos públicos. - Áreas de Especial Interesse Cultural (AEIC) correspondente aos conjuntos urbanos e arquitetônicos, aos sítios naturais ou agenciados pelo homem que, por sua relevância histórica e representatividade científica, cultural, social e étnica devem ser protegidos e para os quais serão destinadas medidas de preservação e valorização. Compreendem a áreas de patrimônio cultural e áreas de quilombos existentes. (PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO, Lei nº 7.974, 31/03/2008) A partir desta constatação oferecida pelos aportes desta pesquisa podemos observar que as instituições não estatais de assistência social localizam-se no interior do perímetro urbano em áreas estratégicas de intervenção no âmbito das políticas públicas intersetoriais, especialmente aquelas voltadas à habitação, mobilidade urbana, Educação e Cultura. A experiência da pesquisa demonstra que a topografia social é matriz que permite não apenas a materialização da diretriz de territorialização dos serviços, como permite também a materialização da diretriz de descentralização e intersetorialidade a partir das análises geradas sobre a base através da gestão da informação. Essa constatação que já encontra suporte nos aparatos legais do município, registra a necessidade de assessoramento à rede em articulação com os Centros de Referência da Assistência Social para a elaboração do planejamento estratégico a ser materializado nos Planos Municipais de Assistência Social e nas diretrizes dos PPAs (Plano Pluri-Anauais) em articulação com o conselho. Tais planos deverão assim materializar intervenções que sejam estruturais ao desenvolvimento humano das famílias e comunidades atendidas pelo SUAS. Desse modo, as ações propostas pela rede deverão estar articuladas com os equipamentos da assistência social e das demais políticas públicas executadas no município de forma a oferecer concretude à diretriz de intersetorialidade da Política de Assistência Social materializada nas normas opercionais do SUAS. Essa iniciativa requer a criação de um processo de trabalho que priorize a capacitação dos agentes e o asssessoramento, incluindo a perspectiva da pesquisa e do diagnóstico como elementares à proposição, formulação, execução e avaliação dos investimentos. Esse vetor demonstra as potencialidades da rede socioassitencial não estatal na vinculação com o SUAS e, portanto, na relação público-privada da assistência social, para além da perspectiva da prestação das ações pautadas na filantropia e no fetiche da benemerência. Se é que ainda hoje é possível propor questões entre organizações não estatais de assistência social e cidadania, se é esse pelo menos um horizonte ético que nos interpela, para além das privatizações e desresponsabilizações estatais, então isso define o plano em que as questões podem ser colocadas. Compreender as organizações não estatais de assistência social como representantes da sociedade civil nos espaços de deliberação da política e como espaços de interlocução e de vocalização de demandas e necessidades pela linguagem dos sujeitos, significa situar as práticas nos seus espaços e territórios, colocá-las em relação com as formas e a materialidade das intervenções, considerando o jogo dos atores, os circuitos e a trama das relações e suas conexões com o poder público. 12 Não se trata apenas de considerá-las como recursos materiais e formas urbanas de intervenção e interação com as questões sociais. Trata-se sobretudo, de considerar a trama dos atores, as modalidades de apropriação dos espaços e as possibilidades (e bloqueios) para que o Sistema Único de Assistência Social se institucionalize, na perspectiva de uma cultura cívica da cidadania, sob as possibilidades dos indivíduos transformarem bens e recursos em “formas valiosas de vida e relações”. CONSIDERAÇÕES FINAIS A topografia Social se constitui em um conceito não somente geográfico, mas se constitui, sobretudo em uma categoria dotada de um componente ético – político a ser considerado na gestão das políticas públicas. Para além da perspectiva da localização física dos espaços está a sua constituição a partir das práticas espaciais e dos gêneros de vida ali construídos historicamente. Assim, também é possível verificar na cartografia urbana as formas como as práticas espaciais no campo do ordenamento territorial das cidades adensam e condensam a contraditória relação capital-trabalho. Sendo assim, as relações contraditórias intrínsecas ao sistema de produção capitalista refletem na base territorial as formas de relação colocadas nos patamares da concentração de riquezas e das desigualdades sociais geradas. Nesse sentido, o próprio desenho do ordenamento territorial da cidade denota o contexto das áreas de segregação em relação àquelas que adensam a prioridade e perspectivas dos investimentos públicos, assim como revela o movimento de comunidades no enfretamento de bloqueios aos serviços para suprimento de suas necessidades tecendo a partir dos espaços os circuitos de acesso à direitos e políticas sociais. Para os efeitos dessa abordagem trabalhamos com o conceito de território em sua perspectiva extensiva que, para além de sua concepção geofísica, adensa processos históricos que se desenham sob as experiências que definem o espaço de atuação do conjunto de organizações na sociedade, envolvendo o campo de exercício político das competências e ações, nos âmbitos da distribuição da riqueza socialmente produzida, na dimensão da produção da cultura política, com marcadores que envolvem a ampliação da esfera de participação social. (TELLES, 2007). Nesse sentido, Telles (2007) afirma que ao seguir os percursos de indivíduos, suas famílias na relação com a esfera pública e privada de assistência social, são traçadas as conexões que articulam campos de práticas diversos e fazem a conjugação com outros pontos de referência que conformam o social. Segundo a autora os percursos e seus circuitos fazem, portanto, o traçado dos territórios, e são estes que interessa reconstituir. É preciso que se diga que estamos aqui trabalhando com uma noção de território que se distancia das noções mais correntes associadas às comunidades de referência. É com um outro plano de referência que estamos aqui trabalhando. Nos eventos historiográficos de indivíduos, suas famílias no contato com as organizações não estatais de assistência social há sempre o registro de práticas e redes sociais mobilizadas (ou construídas) nos agenciamento 13 cotidianos da vida que passam pelas relações de proximidade, mas que não se reduzem ao seu perímetro. Sob as análises de Telles (2007) podemos afirmar então que os territórios não têm fronteiras fixas e desenham diagramas muito diferenciados de relações conforme as regiões, as formas de exercício das atuações das organizações e suas relações com a esfera pública e privada de assistência social, e dos tempos cifrados em seus espaços. A trajetória histórica das organizações não estatais de assistência social na relação com as populações e com a esfera pública criam circuitos que nos permitem apreender os sentidos civilizadores que vem assumindo a Política Pública de Assistência Social na relação com o setor privado. Interessa-nos compreender a natureza das vinculações que se vão instituindo, as mediações e mediadores presentes neste campo, bem como os agenciamentos que vão sendo construídos no cotidiano de trabalho entre esfera pública e privada e que operam como condensação de práticas e relações diversas. A topografia social tem se constituído ferramenta importante à ampliação do conhecimento a respeito da realidade e tem oferecido os elementos para avançarmos nas análises das práticas espaciais, como elementos de sua constituição e, tem oferecido os aportes para a avaliação dos investimentos em direção à constituição da esfera pública de direitos. Nesse sentido é que ressaltamos que mais que um instrumento técnico a perspectiva territorial e do geoprocessamento portam uma instrumentalidade política a ser considerada pelas instâncias decisórias em relação às diretrizes das políticas públicas que definirão os processos de gestão. Segundo as contribuições de Santos (2008) a produção do espaço urbano está intimamente ligada ao jogo de interesses entre os seus agentes e partícipes, fruto das relações simbólicas e contraditórias do sistema produtivo em suas múltiplas facetas. O espaço urbano é construído e em seguida manipulado numa teia de ações sociais, onde as relações entre os atores envolvidos nem sempre resultarão na aplicabilidade das soluções que visem os anseios da maioria. Colocar como meta compreender a cidade e explicar a produção do espaço urbano implica entender esse espaço como relacionado à sua forma (a cidade) mas não se reduzindo a ela, à medida que ela expressa muito mais que uma simples localização e arranjo de lugares, expressa um modo de vida. Esse modo de vida não está ligado somente ao modo de produção econômica, embora sofra seu constrangimento, mas está ligado a todas as esferas da vida social: cultural, simbólica, psicológica, ambiental e educacional. Portanto, a noção de território, espaço e redes são fundamentais para a compreensão das relações que hoje inferem diretamente na organização dos serviços da proteção social no âmbito da Assistência Social. A apropriação dos usos destas categorias na dinâmica de trabalho com a política pública traz para o centro da análise as formas materiais e simbólicas que as constitui. Potencia um estudo das formas de segregação geradas pelas relações societárias e pelo modo como os aglomerados urbanos se organizam a partir dos modos de produção cotidiana definindo temporalidades, estrangulamentos e pontos nodais nas formas de acesso a bens e serviços, permitindo o traçado de uma cartografia e das formas de produção do espaço e do gênero de vida. 14 Sendo assim, há uma diferenciação entre território e práticas espaciais. As práticas espaciais contém a noção de território. Segundo, Ruy Moreira (2007) A ação dos organismos supestruturais, que expressam tanto as funções do Estado (a sociedade política) quanto as demandas da sociedade civil, faz do arranjo do espaço um campo de correlação de forças, e do espaço um elemento de caráter essencialmente político em sua determinação sobre a organização global da sociedade. Assim, o ordenamento territorial das cidades é portador de um caráter político e de classe. A ordem da intencionalidade explícita definida historicamente pelos arranjos oferecendo o caráter de espacialidade diferencial faz do arranjo territorial um ordenamento para... E a hegemonia de classe é que o qualifica. (Moreira apud Backer e Santos, 2007) Desse modo, o território e as práticas espaciais são dotadas de intencionalidades e / ou impactadas por constrangimentos da ordem das relações segregacionistas do sistema produtivo, geradores de um determinado ordenamento do território. Os arranjos espaciais por serem dotados da pluralidade das relações e intervenções dos sujeitos em sua singularidade individual e coletiva também guardam em si a categoria da contradição, na medida em que dotados dessa pluralidade, abre para a história em seus caminhos um plano e um campo de múltiplas possibilidades. O espaço expressa e revela em sua estrutura todo o complexo da assimetria de classes. Dotado do movimento contraditório destas relações, condensa em sua estrutura o pacto de interesses que seminalmente está na determinação de sua origem. Considerar estas categorias relativas à topografia social e à diretriz da territorialização presente na gestão do Sistema Único de Assistência Social, permite que possamos avançar nos conceitos de gestão pública das políticas sociais incluídas na agenda da política urbana dos territórios das cidades. Permite também que se possa dar visibilidade ao planejamento urbano e às estratégias de investimentos que conduzam à luta pela ampliação dos acessos a direitos e serviços sociais no intuito de avançarmos na elaboração do conceito e do conjunto das práticas relativas à construção da esfera pública. BIBLIOGRAFIA BACKER, Bertha K.; SANTOS, Milton (orgs.). Território, territórios: ensaios sobre o ordenamento territorial. Rio de Janeiro, Lamparina, coleção espaço, território e paisagem, 2007. 3.ed. CARVALHO, Carlos Alberto José de. A contribuição do conceito de território para uma gestão socialmente justa da cidade, Gestão Local nos Territórios da Cidade, Ciclo de Atividades com as Subprefeituras São Paulo. http://www.geo.ggf.br DAMIANI, A. L. “O lugar e a produção do cotidiano”. In Novos caminhos da geografia, São Paulo: Contexto, 1999. FRANCISCO, Elaine M. V.; ALMEIDA, Carla Cristina L. de. Trabalho, território, cultura: novos prismas para o debate das políticas públicas. São Paulo, Cortez, 2007. FURTADO, Ribamar; FURTADO, Eliane. Capital Humano e Capital Social nos Territórios Rurais: Imposições para uma nova formação dos profissionais do 15 campo. Programa de Pós-Graduação em educação Brasileira da Universidade Federal do Ceará. s/d. KOGA, Dirce. Construção do Sistema Único de Assistência Social e os desafios da territorialização. Fórum de Extensão, Unicamp, 12/09/07. SPOSATI, A. SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo: Hucitec, 1988. Documentos e Legislação: BRASIL, Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). Censo 2000. Disponível em: http//www.ibge.org.br, consulta realizada em 2010/jan-2011. BRASIL.Constituição da República Federativa do Brasil.1988. BRASIL, Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS, Lei nº 8742/1993 BRASIL, Presidência da República. Decreto nº 2.535, Brasília, DF, abril, 1998. BRASIL. Ministério de Desenvolvimento Social. Comitê Gestor de Tecnologia e Informação.Portaria nº 556 de 11 de novembro de 2005. BRASIL. Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Catálogo de indicadores de monitoramento dos programas do MDS. / Júnia Valéria Quiroga da Cunha (Org.). Brasília, DF: MDS; SAGI, 2007. BRASIL. Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Política de Monitoramento e Avaliação do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Portaria nº 329, Brasília, 11 de outubro de 2006. BRASIL. Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Conselho Nacional de Assistência Social. Plano Decenal. Brasília, 16 de agosto,2007, ata nº 17/2007. BRASIL. Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional de assistência Social. Política Nacional de Assistência Social. Brasília, DF, 2004. BRASIL. Norma Operacional Básica: NOB /SUAS – construindo as bases para a implantação do Sistema Único de Assistência Social, Brasília, DF, 2005. BRASIL. Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS: NOB RH/SUAS. Brasília, DF, 2005. BRASIL. Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Conselho Nacional de Assistência Social. Manual de Orientações sobre a Transição da Rede de Educação Infantil Financiada com Recursos da Assistência Social: Articulação entre Assistência e Educação. Brasília, 2008. CAMPOS DOS GOYTACAZES. Conselho Municipal de Assistência Social. Registro de Atas. Anos 2007,2008,2009/2010. CAMPOS DOS GOYTACAZES. Ata da Audiência Pública, MP- RJ, abril, 2009. CAMPOS DOS GOYTACAZES. Lei 7.974. Publicada no D.O. em 14 de dezembro de 2007. CAMPOS DOS GOYTACAZES. Lei 7.974. Plano Diretor Participativo. Aprovado pela Câmara de Vereadores e publicado em 31 de março de 2008. CAMPOS DOS GOYTACAZES. Plano Municipal de Assistência Social. Ano 2007. CAMPOS DOS GOYTACAZES. Plano Municipal de Assistência Social. Ano 2009. 16 CAMPOS DOS GOYTACAZES. Plano Municipal de Assistência Social. Ano 2010. CAMPOS DOS GOYTACAZES. Plano Plurianual. Ano 2006. CAMPOS DOS GOYTACAZES. Plano Plurianual. Ano 2009.