Universidade do Vale do Paraíba Faculdade de Engenharias Urbanismo e Arquitetura Curso de Engenharia Elétrica/Eletrônica GIGA DE TESTES PARA RIB Teste dos circuitos DCDC e RS485 FÁBIO UMEHARA MARCOS PAULO A. VILLAS-BÔAS Relatório do Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Avaliadora da Faculdade de Engenharias Urbanismo e Arquitetura da Universidade do Vale do Paraíba, como parte dos requisitos para obtenção do Título de Bacharel em Engenharia Elétrica/Eletrônica. São José dos Campos – SP Novembro 2014 GIGA DE TESTES PARA RIB FÁBIO UMEHARA MARCOS PAULO A. VILLAS-BÔAS Banca Avaliadora Presidente Alderico Rodrigues de Paula Junior Orientador Alessandro Corrêa Mendes Membro A Membro B ______________________________________ Alessandro Corrêa Mendes Orientador Acadêmico ______________________________________ José Ricardo Abalde Guedes Coordenador da Disciplina de TCC Data: Agradecimentos Agradecemos primeiramente a Deus, Criador de todas as coisas. Agradecimento especial às nossas famílias que diretamente contribuíram para a realização deste trabalho, aos colegas, aos professores e os colaboradores que sempre estiveram prontos a nos ajudar. A todos, nosso “muito obrigado”. Resumo Foi desenvolvido um projeto de uma estação de teste para uma placa específica da empresa Ericsson Telecomunicações S.A. de São José dos Campos, tendo o nome técnico RIB (Placa de Interface de Rádio, do inglês “Radio Interface Board”). A RIB é uma placa interna de uma RRU (Unidade de Rádio Remoto, do inglês “Remote Radio Unit”) e tem como função realizar a interface de sinais analógicos e digitais entre a RRU e a BTS (Estação Base de Transmissão, do inglês “Base Transceiver Station”). A placa possui como principais conexões a Ethernet, transceptores ópticos, sinais de alarmes externo e conectores usados somente em instalações e manutenções da RRU, assim, através do microcontrolador da família MSP430 (Texas Instruments) desenvolveu-se uma estação em que são testados funcionalmente os sinais de comunicações e alarmes externos, e tendo como principais objetivos, abranger todos os tipos de simulações possíveis semelhantes ao seu funcionamento em campo e ao mesmo tempo minimizar o custo do projeto com soluções simples, porém eficaz. Neste projeto serão abordados os testes nos circuitos DCDC e RS485 da RIB. Palavras-chave: Microcontrolador; MSP430; Ethernet; RS232; Fibra-óptica. Abstract Develops a design of a test station for a specific board of the company Ericsson Telecommunications SA of São José dos Campos, the technical name is RIB (Radio Interface Board). The RIB is an internal board of RRU (Remote Radio Unit) and has the function to interface of analogue and digital signals between the RRU and BTS (Base Transceiver Station). The board has as main connections to Ethernet, optical transceivers, external alarm signals and connectors used only in installation and maintenance of RRU, thus by the MSP430 microcontroller family (Texas Instruments) developed a station where are functionally tested signals communications and external alarms, and having as main objectives reach all similar functions like field operation while minimizing possible simulations project cost with simple but effective solutions. In this project will be covered the test in the circuits DCDC and RS485 of the RIB. Keywords: Microcontroller; MSP430; Ethernet; RS232; Fiber-optics. Sumário BANCA AVALIADORA ............................................................................................... II AGRADECIMENTOS ................................................................................................ III RESUMO ....................................................................................................................... IV ABSTRACT .................................................................................................................... V ÍNDICE DE FIGURAS .............................................................................................VIII ÍNDICE DE TABELAS ................................................................................................. X LISTA DE ABREVIAÇÕES........................................................................................ XI INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 12 1.1 ANTECEDENTES .................................................................................................. 12 1.2 DESCRIÇÃO DO PROBLEMA ........................................................................... 14 1.3 OBJETIVO .............................................................................................................. 15 1.4 RESTRIÇÕES......................................................................................................... 15 1.5 ORGANIZAÇÃO O TRABALHO........................................................................ 15 EMBASAMENTO TEÓRICO .................................................................................... 16 2.1 CONHECIMENTOS BÁSICOS SOBRE A RIB ................................................. 16 2.2 CONCEITOS BÁSICOS ........................................................................................ 17 2.2.1 MSP-EXP430F5529LP ...................................................................................... 17 2.2.2 Efeito Hall .......................................................................................................... 19 2.2.3 COMUNICAÇÃO RS232.................................................................................... 20 2.2.4 Conversores de nível TTL / RS232 .................................................................... 25 2.2.5 COMUNICAÇÃO RS485.................................................................................... 26 2.3 METODOLOGIA ................................................................................................... 27 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................... 30 3.1 MATERIAIS ........................................................................................................... 30 3.1.1 Circuito Principal ............................................................................................... 30 3.1.2 Circuito DCDC................................................................................................... 33 3.1.3 Circuito RS485 ................................................................................................... 34 3.2 PROJETO DETALHADO ..................................................................................... 35 3.3 PROGRAMAÇÃO.................................................................................................. 40 3.4 FLUXOGRAMA ..................................................................................................... 41 RESULTADOS ............................................................................................................. 43 4.1 CIRCUITO TESTE DCDC.................................................................................... 43 4.1.1 Teste funcional ................................................................................................... 43 4.1.2 Teste de Confiabilidade...................................................................................... 43 4.2 TESTE RS-485 ........................................................................................................ 44 4.2.1 Teste Funcional .................................................................................................. 44 4.2.2 Teste de confiabilidade ...................................................................................... 44 4.3 PLACAS CONFECCIONADAS ........................................................................... 45 CONCLUSÕES ............................................................................................................. 48 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 49 ANEXO 1 – ESQUEMA ELÉTRICO......................................................................... 50 ANEXO 2 – CÓDIGO “MAIN” .................................................................................. 56 Índice de Figuras Figura 1 – Exemplo de Instalação de RRUS nas configurações estrela e cascata .......... 14 Figura 2 – Desenho simplificado dos conectores da RIB ............................................... 16 Figura 3 - MSP-EXP430F5529LP LaunchPad ............................................................... 18 Figura 4 - diagrama para o estudo do efeito “hall” ......................................................... 19 Figura 5 - EIA232 em sua aplicação mais comum ......................................................... 22 Figura 6 - Pinagem completa do padrão EIA232 para dispositivo DTE (usualmente um PC) ........................................................................................................................... 23 Figura 7 - Pinagem completa do padrão EIA232 para dispositivo DCE (usualmente um modem) .................................................................................................................... 24 Figura 8 - Convenção utilizada para os sinais mais comuns. ......................................... 25 Figura 9 - Estados lógicos da linha A e B de acordo com o dado que o transmissor deseja enviar ............................................................................................................ 27 Figura 10 – Diagrama esquemático da Giga de Teste da placa RIB .............................. 28 Figura 11 – Bloco Principal ............................................................................................ 36 Figura 12 – Bloco DCDC ............................................................................................... 37 Figura 13 – Pinagem do CI Hall ACS 712 ..................................................................... 38 Figura 14 - Bloco RS485 / Ethernet................................................................................ 38 Figura 15 - PCB Circuito DCDC (TOP) ......................................................................... 45 Figura 16 - PCB Circuito DCDC (BOT) ........................................................................ 45 Figura 17 - PCB Circuito RS485/Ethernet (TOP) .......................................................... 46 Figura 18 - PCB Circuito RS485/Ethernet (BOT) .......................................................... 46 Figura 19 – Circuito Estação RIB parcialmente completo utilizado para testes ............ 47 Índice de Tabelas Tabela 1 Estudo dos principais defeitos possíveis na RIB ............................................. 35 Tabela 2 – Resultados dos testes no circuito DCDC ...................................................... 43 Tabela 3 – Resultados dos testes no circuito RS-485 ..................................................... 44 Lista de Abreviações RIB Radio Interface Board RRUS Remote Radio Unity RBS Radio Base Station BTS Base Transmission Station HW Hardware LED Light Emitting Diode NC Not connected OVP Over Voltage Protection PCB Printed Circuit Board RET Remote Electrical Tilt SFP Small Form Pluggable transceiver XALM External Alarm CI Circuito integrado AC Corrente Alternada DC Corrente Contínua Capítulo 1 Introdução 1.1 Antecedentes A RIB (Placa de Interface de Rádio, do inglês “Radio Interface Board”), produzida atualmente na empresa Ericsson, é uma placa interna essencial das RRUS (Unidades de Rádio Remoto, do inglês “Remote Radio Unity”) que são capazes de ampliar o alcance da RBS (Estação Rádio-Base, o inglês “Radio Base Station”) em dezenas de quilômetros e, devido a isso, é um componente muito importante e faz parte das tecnologias que possuem o papel de solucionar a problemática do aumento recente de demanda de banda larga e tráfego de redes móveis. O tráfego de dados móveis atualmente já ultrapassou o de voz e continua crescendo segundo as tendências globais . Em regiões como Oriente Médio, África e América Latina o tráfego de banda larga móvel tem quase que dobrado a cada ano e a projeção para os próximos anos indica um crescimento exponencial [2]. A Ericsson prevê um aumento de dez vezes no tráfego de dados até 2019 em relação aos dados de 2013, resultado de vários fatores, como o crescimento global em dispositivos sem fio em redes, o aumento no uso de “smartphones”, e a implantação de redes mais rápidas que os padrões atuais 2G e 3G em todo o mundo [3]. Os serviços de 4G / LTE e 5G prometem a solução para o aumento da demanda com a ampliação da largura de banda, o que de fato, é muito importante, no entanto cada vez mais no meio técnico-científico tem crescido também outra escola de pensamento que sugere como solução uma melhoria na eficiência das redes e defende o uso de um modelo híbrido (redes heterogêneas ou “Het Nets”), geralmente composto de várias tecnologias de acesso de rádio, diferentes arquiteturas, soluções de transmissão e estações rádio-base com vários níveis de potência de transmissão. As redes heterogêneas fazem o “offload” da rede e favorecem a cobertura “indoor”, pois funcionam com uma cobertura de pequenas células (“small cells”) subjacente à cobertura de células macro e com a integração de tecnologia Wi-Fi [4]. Para que se compreenda melhor o problema da ineficiência da rede convém citar o exemplo recente quando na abertura da Copa do Mundo, na partida entre Brasil e Croácia, segundo a SindiTelebrasil, a tecnologia 3G teve picos de tráfego e congestionamentos momentâneos devido a grande concentração de usuários conectados 12 em um mesmo lugar [5]. E vale ressaltar que na arena de São Paulo, a cobertura “indoor” contava com 337 antenas interligadas por 12 quilômetros de fibras ópticas e a área externa do estádio ainda foi reforçada com mais 22 antenas móveis. Para os sistemas públicos, especialmente ao ar livre e se a rede macro existente é demasiado escassa para atender a demanda de tráfego e a cobertura adequada, a implantação de nós de baixa potência ao ar livre é o mais adequado, pois podem oferecer cobertura a uma vasta área com vários edifícios e abranger vários locais fechados (“indoor”). Existem vários tipos de nós de baixa potência, cada um com exigências diferentes do “backhaul” (infraestrutura de conexão dos pontos de concentração da rede de acesso com o núcleo de alta capacidade de transmissão da rede, também conhecido como “backbone”) [6]. Para redes onde o “backhaul” tem características de baixa latência e alta capacidade, a implantação de RRUS é a abordagem mais praticada. A RRU tem o potencial de melhorar o desempenho geral da rede e é instalada através de uma configuração estreita entre os nós exemplificada na Figura 1 e que geralmente compreende antenas para enviar e receber a transmissão de rádio, bem como uma unidade de processamento de frequência de rádio. Uma unidade central de controle recebe os sinais de várias RRUS e realiza os processamentos de sinal e de camada superior. A unidade de controle e as RRUS devem ser conectadas diretamente com uma baixa latência e interface de alta capacidade, por isso um “backhaul” baseado em fibra óptica é o mais adequado para a implantação de RRUS. A RIB tem como principal função realizar a interface de sinais analógicos e digitais entre a RRU e a BTS (Estação Base de Transmissão, do inglês “Base Transceiver Station”). A placa possui conectores utilizados na instalação e manutenção da RRU e trabalha com sinal digital RS485, conexões no padrão Ethernet, transceptores ópticos e sinal analógico RET VCC. 13 Figura 1 – Exemplo de Instalação de RRUS nas configurações estrela e cascata 1.2 Descrição do problema Devido à sua complexidade e a importância da RIB na RRU, torna-se indispensável que haja planos de amostragem e procedimentos para inspeção por atributos dos lotes de RIBs, ou seja, deve haver um teste simples na linha de produção segundo o qual a unidade de produto seja classificada como defeituosa ou não em relação a um dado requisito ou conjunto de requisitos. Atualmente a inspeção de um lote na linha de produção é feita com a montagem completa de uma RRU, e em seguida são feitos vários ensaios das principais funções do equipamento para verificar se a RIB não apresenta defeitos. Apesar da eficácia deste processo, ele ocasiona minutos de linha parada enquanto se espera o resultado do teste, e consequentemente, diminui a produtividade na linha. No mercado não foram encontrados equipamentos específicos que atendessem as necessidades do teste da RIB. Por se tratar de uma placa muito singular, exige-se um dispositivo fabricado segundo as necessidades do processo que seja simples, prático e de baixo custo. 14 1.3 Objetivo Estudar o funcionamento da RIB para projetar uma estação de teste (Giga de Teste) de baixo custo que simule e teste as funções dos circuitos DCDC e RS485 da RIB. Melhorar a metodologia de inspeção no processo de fabricação da RIB, apresentando ao usuário o resultado do teste ao usuário de maneira mais simples. Obter resultados mais rápidos no processo de inspeção da RIB para liberar os lotes em menos tempo, reduzindo o tempo de linha parada e consequentemente o custo da produção da RIB. 1.4 Restrições Este trabalho irá se dedicar somente ao estudo dos circuitos DCDC e RS485 da RIB, não se aprofundando nos testes de outros blocos da RIB tais como o Óptico e o de padrão Ethernet. Como já foi esclarecido, este projeto tem como finalidade a redução de custo no processo de fabricação da RIB, portanto a principal restrição para este trabalho é que o custo da Giga de Teste não seja demasiado elevado, prejudicando assim sua viabilidade para a empresa. A placa RIB, suas especificações (“datasheets”), normas de processo, os documentos e equipamentos envolvidos em seu processo de fabricação e nem mesmo o protótipo da Giga de Teste não puderam ser retirados da empresa Ericsson por motivo de sigilo empresarial. No entanto, com autorização das gerências da empresa, os estudos puderam ser realizados nas dependências da Ericsson e com isto os autores conseguiram reunir neste trabalho todo o conhecimento adquirido com esta experiência. 1.5 Organização o Trabalho O capítulo 2 apresenta o embasamento teórico do funcionamento da RIB e da Giga de Teste e os principais conceitos utilizados na solução do problema. O capítulo 3 apresenta os materiais e a metodologia utilizada no processo de teste dos circuitos DCDC e RS485 da RIB no projeto da Giga de Teste. O capítulo 4 apresenta os resultados obtidos e faz uma discussão usando-se dos conhecimentos adquiridos. O último capítulo traz as conclusões gerais sobre o projeto e apresenta as proposições para novos estudos e futuros desafios. 15 Capítulo 2 Embasamento Teórico 2.1 Conhecimentos básicos sobre a RIB A RIB (Placa de Interface de Rádio) tem como principal função realizar a interface de sinais analógicos e digitais na instalação e manutenção da RRU, por isso trabalha com diferentes tipos de sinais e níveis de tensão simultaneamente e possui vários conectores, que estão listados a seguir e podem ser vista na Figura 2: RJ-45 (8 pinos) RET (6 pinos) XALM (4 pinos) Conector de teste (24 pinos) SFP A (20 pinos) SFP B (20 pinos) Conector RIB (80 pinos) Figura 2 – Desenho simplificado dos conectores da RIB 16 Para facilitar o seu estudo podemos dividir a RIB em quatro circuitos, de acordo com os sinais e conectores envolvidos: circuito de sinal digital RS485, circuito de comunicação no padrão Ethernet, circuito de comunicação óptica e circuito de sinal analógico RET VCC. O procedimento de inspeção da RIB na linha de produção deve testar cada um destes quatro circuitos e o requisito para que a amostra e, assim também, o lote sejam classificados como não defeituosos é que todos os quatro circuitos não apresentem falha, ou seja, se um ou mais destes circuitos apresentar mau funcionamento, o lote deve ser classificado como defeituoso e não pode ser liberado para a próxima fase. Como já foi mencionado na introdução, este trabalho irá se dedicar somente ao estudo de como serão testados na Giga de Teste os circuitos DCDC e RS485 da RIB. Este processo envolve como componentes principais dois microcontroladores da família MSP430 (Texas Instruments), um CI que faz a medição indireta da corrente do circuito mensurando o efeito “hall” e um módulo conversor de sinal digital RS232 / RS485. 2.2 Conceitos Básicos 2.2.1 MSP-EXP430F5529LP O MSP-EXP430F5529LP LaunchPad conforme a Figura 3, ou simplesmente “F5529 LaunchPad”, é um kit de desenvolvimento para o microcontrolador USB MSP430F5529 que oferece emulação “on-board” para programação e “debug” e dispõe de LEDs para simplificar a interface com o usuário. O microcontrolador 16-bit MSP430F5529 tem 128KB de memória “flash”, 8KB RAM e velocidade de processamento de 25MHz, USB integrado e a possibilidade de trabalhar com diversos periféricos, a critério do usuário. Sua tensão de operação é de 1,8V a 3,6V. 17 Figura 3 - MSP-EXP430F5529LP LaunchPad Seus principais recursos são: cinco “timers” sistema de “clock” até 25MHz pode trabalhar com até quatro interfaces de comunicação serial (SPI, UART, I²C). conversor analógico-digital (AD) de 12 bits entradas analógicas e digitais com função de “pull up” e ”pull down” interno. A Giga de Teste da RIB utiliza dois kits de microcontroladores MSP-EXP430F5529LP LaunchPad nos testes dos cicruitos DCDC e RS485, que serão aqui representados por MSP_A e MSP_B. 18 2.2.2 Efeito Hall Em 1879, foi publicado um artigo escrito por Hall, que tinha como objetivo explicar um fenômeno muito interessante que acontecia com circuitos elétricos quando estes eram submetidos a um campo magnético: a presença de uma diferença de potencial. Na época, não se conhecia muito sobre a corrente elétrica; sabia-se da existência da mesma, mas suas características e propriedades, bem como sua constituição, eram apenas especulações. O fenômeno descrito, segundo Hall, era mais perceptível se fosse inserido no circuito elétrico uma chapa metálica, ou um material semicondutor. No experimento realizado por Hall em 1879, ele utilizou uma placa fina de germânio, ou seja, um material semicondutor. Conectando-se um voltímetro (instrumento para medir diferença de potencial) na placa, Hall constatou a existência de uma tensão, denominada tensão “hall”. Este efeito, a existência de uma tensão no material quando o mesmo é submetido a um campo magnético, é conhecido como efeito “hall”. Figura 4 - diagrama para o estudo do efeito “hall” A Figura 4 representa um diagrama para o estudo do efeito “hall”. O diagrama ilustra uma bateria (5) que alimenta o elemento ou sensor “hall” (2) com o fluxo de 19 elétrons (1) no sentido real (e não convencional) e dois imãs (3) aplicam um campo magnético (4) na direção perpendicular ao plano do sensor “hall”. Conforme indicado no quadro “A” o sensor “hall” recebe uma carga negativa na extremidade superior (simbolizado pela cor azul) e uma positiva na extremidade inferior (cor vermelha). Nos quadros “B” e “C”, observa-se que a inversão da corrente elétrica ou do campo magnético causam a polarização reversa. Invertendo ambas, corrente e campo magnético no quadro “D”, o elemento “hall” novamente assume a carga negativa na extremidade superior. Este efeito foi descoberto em 1879 por Edwin H. Hall durante seu doutorado em física sob a supervisão de Henry A. Rowland na Universidade Johns Hopkins em Baltimore, Maryland. Durante seus estudos experimentais sobre a influência do campo magnético nos portadores de carga da corrente elétrica ele determinou a existência de portadores de carga negativa muitos anos antes da descoberta dos elétrons por J. J. Thompson. O efeito Hall permite a obtenção de dois resultados importantes: o sinal da carga dos portadores, apartir da medição da diferença de potencial entre as superfícies superior e inferior, e a densidade de portadores [7]. 2.2.3 Comunicação RS232 Quando se trata de transferência de dados, diversas tecnologias ainda utilizam o sistema de comunicação serial, na qual os bits de dados são enviados sequencialmente através de um canal de comunicação ou barramento [9]. Existem, no entanto, diversos parâmetros a se definir, como em qualquer outro tipo de comunicação, tais como níveis de tensão, codificação do sinal, frequência de transmissão e até mesmo o tipo de conexão mecânica. Devido a isso normalmente trabalha-se adotando um padrão de interface, que nada mais é que um grupo de normas para regulamentar um determinado tipo de comunicação. No início de 1960, um comitê de padrões, hoje conhecida como a Electronic Industries Association (EIA), desenvolveu um padrão de interface para transferência serial de dados entre equipamentos. Naquele tempo, a comunicação de dados compreendia a troca de dados digitais entre um computador central (mainframe) e terminais de computador remotos, ou entre dois terminais sem o envolvimento do computador. Estes dispositivos poderiam ser conectados através de linha telefônica, e 20 consequentemente necessitavam um modem em cada lado para fazer a decodificação dos sinais [1]. Dessas ideias nasceu o padrão RS232. “RS” é uma abreviação de “Recommended Standard” (padrão recomendado). As principais normas que o padrão RS232 abrange envolvem: Funções de cada circuito no conector da interface Características elétricas, como taxa de sinalização, níveis de tensão, comportamento de curto-circuito e carga máxima da capacitância. Características mecânicas da interface, como tipos de conectores e identificação dos pinos. Todavia o padrão RS232 não define elementos como: Taxas de bit para transmissão, apesar de o padrão ser destinado para taxas de bits menores que 20.000 bits por segundo. Codificação de caracteres (por exemplo, ASCII, código Baudot ou EBCDIC) Enquadramento dos caracteres no fluxo de dados (bits por caractere, bits de início e parada, paridade) Protocolos para detecção de erros ou algoritmos para compressão de dados Fornecimento de energia para dispositivos externos Ao longo de cinquenta anos desde que este padrão foi desenvolvido, a EIA publicou três modificações, sendo o mais recente o padrão EIA232F introduzido em 1997. Apesar dessas revisões, as normas desse padrão sofreram apenas pequenas alterações e a designação mais utilizada ainda é RS232. Hoje este padrão é muito utilizado pela sua simplicidade e possibilidade de ser aplicado tanto em equipamentos novos quanto nos mais antigos. As maiores dificuldades encontradas pelos usuários na utilização deste padrão de interface são relativamente pequenas, pois apresentam pequeno risco aos “drivers” e CIs e incluem pelo menos um dos seguintes fatores: A ausência ou conexão errada de sinais de controle resultam em estouro do buffer (“overflow”) ou travamento da comunicação. 21 Função incorreta de comunicação para o cabo em uso resulta em inversão das linhas de transmissão e recepção, bem como a inversão de uma ou mais linhas de controle (“handshaking”). O cabo de comunicação deve limitar-se a aproximadamente dez metros de comprimento e deve ser isolado de outros cabos de potência, para evitar o aparecimento de interferências. Se aplicada em sua totalidade a EIA232 conforme a Figura 5, o equipamento que faz o processamento dos sinais é chamado DTE (Data Terminal Equipment – usualmente um computador ou terminal), tem um conector DB25 macho, e utiliza 22 dos 25 pinos disponíveis para sinais e o terra. O equipamento que faz a conexão (normalmente uma interface com a linha telefônica) é denominado de DCE (Data Circuit-terminating Equipment – usualmente um modem), tem um conector DB25 fêmea, e utiliza os mesmos 22 pinos disponíveis para sinais e terra. Um cabo de conexão entre dispositivos DTE e DCE contém ligações em paralelo, não necessitando mudanças na conexão de pinos. Figura 5 - EIA232 em sua aplicação mais comum Se o dispositivo DCE for mesmo um modem diversos sinais são necessários para a conexão. Normalmente isso não acontece e o DCE não é um modem, ou dois dispositivos DTE são conectados diretamente e poucos sinais são necessários. Deve-se notar que nas figuras 6 e 7 existe um segundo canal que inclui um conjunto de sinais de controle duplicados (“Secundary”). Este canal secundário fornece sinais de gerenciamento do modem remoto, habilitando a mudança de taxa de transmissão 22 durante a comunicação, efetuando um pedido de retransmissão se erros de paridade forem detectados, e outras funções de controle. Figura 6 - Pinagem completa do padrão EIA232 para dispositivo DTE (usualmente um PC) Os sinais de temporização de transmissão e recepção são utilizados somente quando o protocolo de transmissão utilizado for síncrono. Para protocolos assíncronos, padrão 8 bits, os sinais de temporização externos são desnecessários. Os nomes dos sinais que implicam em uma direção, como “Transmit Data” e “Receive Data”, são nomeados do ponto de vista dos dispositivos DTE, conforme a 23 Figura 6. Se a norma EIA232 for seguida a risca, estes sinais terão o mesmo nome e o mesmo número de pino do lado do DCE, conforme a Figura 7. Entretanto, normalmente isto não é feito na prática pela maioria dos engenheiros, provavelmente porque em alguns casos torna-se difícil definir quem é o DTE e quem é o DCE. Figura 7 - Pinagem completa do padrão EIA232 para dispositivo DCE (usualmente um modem) O Pino 7, o pino 1, e a carcaça tem função de “ground” e “shield”. O cabeamento possui caminhos diferentes para cada um, no entanto internamente muitas vezes conectase o pino 1 e o cabo da carcaça (“shield”) ao sinal de terra no pino 7 [8]. 24 Todos os sinais são referenciados a um terra comum que é definido pela tensão no pino 7 e este pode ou não ser conectado ao terra do dispositivo DCE [8]. Essa é uma das principais características que fazem o RS232 ser diferente de muitos outros padrões e é também a razão deste padrão apresentar maior ruído em relação aos outros. Figura 8 - Convenção utilizada para os sinais mais comuns. Sinais com tensão entre -3 volts e -25 volts com relação ao terra (pino 7) são considerados nível lógico “1” , e tensões entre +3 volts e +25 volts são considerados nível lógico “0”. A faixa de tensões entre -3 volts e +3 volts é considerada uma região de transição para o qual o estado do sinal é indefinido [8]. Os demais pinos não citados no texto seguem a convenção utilizada conforme a Figura 8. 2.2.4 Conversores de nível TTL / RS232 A maioria dos equipamentos digitais, inclusive os microcontroladores utilizados na Giga de Teste, utilizam níveis TTL ou CMOS, portanto, para conectar um equipamento digital a uma interface RS232 é necessário transformar níveis TTL (0 a 5 volts) em RS232 e vice-versa com o auxílio de conversores de nível. 25 Existe uma variedade grande de equipamentos digitais que utilizam o “driver” 1488 (TTL => RS232) e o “receiver” 1489 (RS232 => TTL). Estes CIs contém quatro inversores de um mesmo tipo, sejam “drivers” ou “receivers”. O “driver” necessita de duas fontes de alimentação +7,5 volts a +15 volts e –7,5 volts a –15 volts, o que é um problema para sistemas que utilizam somente uma fonte de +5 volts. Em vista disso, outro CI que está sendo amplamente utilizado é o MAX232 (da Maxim) que inclui um circuito de “charge pump” capaz de gerar tensões de –10 volts e +10 volts a partir de uma fonte de alimentação simples de +5 volts, bastando para isso alguns capacitores externos. Este CI também tem 2 “receivers” e 2 “drivers” no mesmo encapsulamento. Nos casos onde serão implementados somente as linhas de transmissão e de recepção de dados, não seria necessário 2 chips e fontes de alimentação extras. 2.2.5 Comunicação RS485 A comunicação RS485 surgiu a partir do padrão RS232, mas funciona no que se pode chamar de “modo diferencial”, ou seja, a diferença entre as tensões na linha resulta se o mestre está transmitindo “1” ou “0” e não há um sinal terra de referência como em RS232. A RS485 suporta a comunicação “half-duplex” e “full-duplex”; para a primeira há necessidade da utilização de um cabo com um par trançado enquanto no segundo são necessários dois pares de cabos. Este tipo de comunicação alcança grandes distâncias de cabo. Podemos chegar até 1200m de cabo funcionando a 9600 bps. Conforme o “baud-rate” aumenta, o tamanho do cabo diminui. Este padrão possibilita o trabalho em rede e utiliza a estrutura mestre-escravo onde há uma máquina que faz a pergunta e os escravos respondem de acordo com o frame que chegar se estiver com o mesmo endereço ajustado no escravo. O cabo de comunicação 485 é composto de dois fios, um destes é chamado de A e o outro de B. Os estados lógicos da linha A e B variam de acordo com o dado que o transmissor deseja enviar, conforme a Figura 9. Quando o transmissor (INPUT D) fica em alto, a linha A fica mais positiva que a B e o inverso ocorre quando o estado inverte. Note-se também que também há uma linha de controle chamada DE e quando a mesma fica em nível lógico baixo, o barramento fica em alta-impedância. 26 Para que o receptor identifique um sinal válido, a diferença entre os terminais A e B deve ser maior que 200 mV. Entre 200mV e –200mV o sinal é indefinido. Figura 9 - Estados lógicos da linha A e B de acordo com o dado que o transmissor deseja enviar 2.3 Metodologia Antes de iniciar o procedimento de inspeção da RIB com a Giga de Teste, o operador liga a fonte alimentação (5V) para energizar os microcontroladores da estação e encaixa a RIB que será testada. 27 Figura 10 – Diagrama esquemático da Giga de Teste da placa RIB A Figura 10 representa o diagrama de blocos da Giga de Teste. Para dar início ao teste pressiona-se o botão START. O microcontrolador chaveia o circuito do regulador de tensão LM317 que energiza a RIB com 5V. Se houver curto-circuito o próprio LM317, que possui proteção de sobrecorrente, abre o circuito instantaneamente. A corrente que entra na RIB é medida por efeito hall pelo circuito do ACS7/2T. Se a corrente medida pelo microcontrolador for nula indica que a RIB é defeituosa, o teste é encerrado e o LED “FAIL” é aceso; e se a corente estiver dentro dos limites normais de operação, é iniciado o ciclo de testes nos principais circuitos e conectores da RIB. Logo em seguida inicia-se o teste do circuito RS485 da RIB. O MSP_A enviará um dado pra o MSP_B através do circuito RS485 da RIB, se o MSP_B receber o dado corretamente, ele responderá com outro dado novamente através da RIB e o MSP_A processará este dado para verificar se chegou corretamente. Caso haja alguma divergência na comunicação entre os microcontroladores, o teste é encerrado e o LED “FAIL” é aceso. 28 Se os dados forem recebidos corretamente, conclui-se que o circuito RS485 não possui defeitos e passa-se para a próxima etapa de teste. Ao final do teste, depois de todas as etapas, se em momento algum a amostra não apresentar defeito, o LED “PASS” é aceso e o usuário pode remover a RIB da Giga de Teste. O botão RESET permite que o usuário reinicie um teste a qualquer instante. 29 Capítulo 3 Desenvolvimento 3.1 Materiais O custo total desse projeto foi de R$230,00; os principais módulos e os kits dos microcontroladores foram adquiridos no exterior e a compra foi feita via internet. O custo do fret foi incluído no custo total. 3.1.1 Circuito Principal Peça C2 Valor 100nF Dispositivo C-EUC0402K Ecapsulamento C0402K C3 100nF C-EUC0402K C0402K C4 100nF C-EUC0402K C0402K C5 100nF C-EUC0402K C0402K DCDC 10PIN DRIVE RS IC2 10 PIN 4052N 4052N -2510 PAK100/250010 -2510 PAK100/250010 DIL16 IC3 4052N 4052N DIL16 JP1 ETH_LOOP_ 0 ETH_LOOP_ 1 UART_MSP 430 CTRL_LED1 CTRL_LED2 JP1E JP1 Descrição CAPACITOR, European symbol CAPACITOR, European symbol CAPACITOR, European symbol CAPACITOR, European symbol 3M (TM) Pak 100 4-Wall Header 3M (TM) Pak 100 4-Wall Header Dual 4-channel ANALOG MULTIPLEXER Dual 4-channel ANALOG MULTIPLEXER JUMPER JP1E JP1 JUMPER JP2Q JP2Q JUMPER JP1E JP1E SSW-102-02-S-D JP1 JP1 SSW-102-02-SD SSW-102-02-S-D SSW-102-02-SD LEDCHIPLED_08 05 CHIPLED_0805 JUMPER JUMPER THROUGH-HOLE .025" SQ POST SOCKET THROUGH-HOLE .025" SQ POST SOCKET LED JP2 JP3 JP4 JP5 JP8 JP9 LED1 UART_CTR L1 30 LED2 OPTCO _A OPTCO _B PAINE L R1 UART_CTR L2 20 PIN LEDCHIPLED_08 CHIPLED_0805 05 -2520 PAK100/250020 20 PIN -2520 PAK100/250020 -2510 -2510 PAK100/250010 33 R-US_R0402 R0402 R4 33 R-US_R0402 R0402 R6 2k2 R-US_R0402 R0402 R7 2k2 R-US_R0402 R0402 33 R-US_R0402 R0402 R-US_R0402 R0402 R12 33 R-US_R0402 R0402 R13 33 R-US_R0402 R0402 R14 33 R-US_R0402 R0402 R15 33 R-US_R0402 R0402 R16 33 R-US_R0402 R0402 R17 33 R-US_R0402 R0402 R18 33 R-US_R0402 R0402 R19 33 R-US_R0402 R0402 R20 33 R-US_R0402 R0402 R21 33 R-US_R0402 R0402 R22 33 R-US_R0402 R0402 R8 R11 1k R37 1K R-US_R0402 R0402 R39 2K2 R-US_R0402 R0402 R40 1K R-US_R0402 R0402 R41 2K2 R-US_R0402 R0402 LED 3M (TM) Pak 100 4-Wall Header 3M (TM) Pak 100 4-Wall Header 3M (TM) Pak 100 4-Wall Header RESISTOR, American symbol RESISTOR, American symbol RESISTOR, American symbol RESISTOR, American symbol RESISTOR, American symbol RESISTOR, American symbol RESISTOR, American symbol RESISTOR, American symbol RESISTOR, American symbol RESISTOR, American symbol RESISTOR, American symbol RESISTOR, American symbol RESISTOR, American symbol RESISTOR, American symbol RESISTOR, American symbol RESISTOR, American symbol RESISTOR, American symbol RESISTOR, American symbol RESISTOR, American symbol RESISTOR, American symbol RESISTOR, American symbol 31 R53 1K R-US_R0402 R54 2K2 R-US_R0402 R55 1K R-US_R0402 R56 2K2 R-US_R0402 R57 47K R-US_R0402 R58 470 R-US_R0402 R59 470 R-US_R0402 R60 470 R-US_R0402 R61 470 R-US_R0402 U2 MSP430 U4 MSP430 X200 QSE-040-02 MSPEXP430F5529LP MSPEXP430F5529LP QSE-040-02 R0402 RESISTOR, American symbol R0402 RESISTOR, American symbol R0402 RESISTOR, American symbol R0402 RESISTOR, American symbol R0402 RESISTOR, American symbol R0402 RESISTOR, American symbol R0402 RESISTOR, American symbol R0402 RESISTOR, American symbol R0402 RESISTOR, American symbol MSP-EXP430F5529LP MSP-EXP430F5529LP QSE-040-02 0,80mm HISPEED SOCKET QSE Serie 32 3.1.2 Circuito DCDC Peça Valor 5V_ON Dispositivo LEDCHIPLED_08 05 C-USC0603K Ecapsulame nto CHIPLED_0 805 C0603K C2 100nF C3 1uF C-USC0603K C0603K C4 100nF C-USC0603K C0603K C5 100nF C-USC0603K C0603K DCDC 10PIN 2510 IC1 317T 317T PAK100/250 0-10 TO220H IC2 317T 317T TO220H J4 ON/OFF R1 12V DCJ0303 CON_P CON_PWR_2P WR 240 R-US_R0402 DCJ0303 PWR_CON R0402 R2 360 R-US_R0402 R0402 R3 390 R-US_R0402 R0402 R4 360 R-US_R0402 R0402 R5 2K2 R-US_R0402 R0402 R6 360 R-US_R0402 R0402 R7 1.8k R-US_R0402 R0402 R8 240 R-US_R0402 R0402 R9 1k R-US_R0402 R0402 R10 1.8k R-US_R0402 R0402 LEDCHIPLED_08 05 BC817-16-NPNSOT23-BEC MODULE_ACS71 2 CHIPLED_0 805 SOT23-BEC RIB_VC C_ON T1 U1 BC817 ACS71 2T Descrição LED CAPACITOR, American symbol CAPACITOR, American symbol CAPACITOR, American symbol CAPACITOR, American symbol 3M (TM) Pak 100 4Wall Header Positive VOLTAGE REGULATOR Positive VOLTAGE REGULATOR DC POWER JACK RESISTOR, American symbol RESISTOR, American symbol RESISTOR, American symbol RESISTOR, American symbol RESISTOR, American symbol RESISTOR, American symbol RESISTOR, American symbol RESISTOR, American symbol RESISTOR, American symbol RESISTOR, American symbol LED NPN Transistror MODULE_A CS712 33 3.1.3 Circuito RS485 Peça C1 Valor 100nF Dispositivo CEUC0402K CEUC0402K CEUC0603K CEUC0603K CEUC0402K -2510 Ecapsulamento C0402K C2 100nF C3 1uF C4 1uF C5 100nF DRIVERS 10 PIN IC5 MAX3232C MAX3232CS SO16 SE E MODULE RS485 OPT1 DB9 F09HP F09HP FODM121 SFH6186-2 SMD4 OPT2 FODM121 SFH6186-2 SMD4 C0402K C0603K C0603K C0402K PAK100/250010 R1 220 R-US_R0402 R0402 R2 220 R-US_R0402 R0402 RET_CABLE RS232 RS232_RX/TX RS485 UART_RX/TX XALARM_CAB LE DB9 CON1 F15 F09HP 53047-03 JP2Q JP2Q JP2Q F15HDH F09HP 53047-03 JP2Q JP2Q JP2Q HDF15H Descrição CAPACITOR, European symbol CAPACITOR, European symbol CAPACITOR, European symbol CAPACITOR, European symbol CAPACITOR, European symbol 3M (TM) Pak 100 4-Wall Header True RS-232 Transceivers 3.0V to 5.5V, Low-Power SUB-D Optocoupler, Phototransistor Output, Low Input Current Optocoupler, Phototransistor Output, Low Input Current RESISTOR, American symbol RESISTOR, American symbol SUB-D CONNECTOR JUMPER JUMPER JUMPER SUB-D 34 3.2 Projeto Detalhado Para que se elabore a metodologia de um processo de inspeção deve-se conhecer antes de qualquer coisa, os padrões de qualidade do produto a ser testado. Para isso estudou-se os parâmetros de uma placa não defeituosa – comumente chamada na empresa de placa “Master” – para que sirvam de referência. Outro ponto importante quando se projeta uma estação de teste é conhecer os principais defeitos que podem resultar em um produto não conforme. Isto é importante principalmente para que se tenham critérios de funcionamento da estação, ou seja, a Giga de Teste deve ser capaz de “perceber” cada um dos defeitos, ainda que não seja capaz de isolá-los, mas precisa garantir que a amostra, quando aprovada no teste, de fato não possui nenhum defeito. Tabela 1 Estudo dos principais defeitos possíveis na RIB Causa Componentes com orientação / polaridade invertida Efeito Sintoma Teste O componente com orientação / polaridade invertida irá se danificar e há pequena possibilidade de danificar outros componentes ligados diretamente a ele. Perda de sinal. O bloco do circuito onde o componente estiver não funcionará corretamente. O sinal “morre” nele. Medição dos sinais de entrada e saída do componente, em seguida verificação visual da serigrafia do componente. Sinais ligados aos terminais do componente faltando apresentarão variação nos níveis de tensão ou serão nulos. O bloco do circuito onde o componente estiver não funcionará corretamente e pode haver curtocircuito. Apenas realizar inspeção visual. Aparecimento de ruídos no circuito envolvido. Identificar a região do circuito que apresenta falha através do multímetro e em seguida com auxilio de um microscópico realizar uma inspeção visual até identificar o problema na solda. Comparar os sinais de entrada e saída do componente e comparar os valores com valores de uma placa de referência (placa Master). Componentes Faltando Ponte de Solda (“Solde bridge”) Outros problemas relacionados à solda (Solda fria, insuficiência, etc) Falha funcional do componente Em terminais de sinais digitais, poderá danificar o próprio componente com a ponte de solda e em caso de ponte de solda entre VCC e GND a placa entrará em curto-circuito, danificando o circuito da fonte. O circuito pode apresentar “mau-contato” e intermitência. O circuito relacionado ao componente defeituoso apresentará mau funcionamento ou não funcionará. Sinais de entrada no componente estarão funcionando perfeitamente, porém não haverá sinal de saída. Identificar o circuito com falha com um ohmímetro e realizar a inspeção visual com um microscópio. 35 Nesse sentido, estudaram-se as causas e efeitos dos diversos defeitos em lotes não liberados na empresa Ericsson pôde-se listar em síntese todos os defeitos possíveis na RIB. Para que seja possível detectar certo defeito deve-se conhecer não somente as causas e efeitos, mas também seus sintomas, ou seja, os principais indícios de que este defeito está presente. Analisando vários casos de lotes defeituosos, pôde-se elencar os principais sintomas de defeitos e então ficou mais fácil de estabelecer quais os tipos de testes que a Giga de Teste deveria ser capaz de realizar para garantir a qualidade da RIB. Todas essas informações foram sintetizadas na Tabela 1. Excetuando-se a verificação de componentes com o microscópio e a inspeção visual, os testes que a Giga de Teste deve realizar são simples: medição de corrente, teste de continuidade e queda de tensão. Os dois microcontroladores estarão conectados aos quatro circuitos de teste da Giga, como mostra a Figura 11. O circuito RS 485 é representado junto ao de padrão Ethernet por utilizar o mesmo multiplexador. No entanto, como já foi mencionado, os objetos de estudo deste trabalho serão somente os testes do circuitos DCDC e RS485. MSP430_A UART MSP430_B UART UART DCDC RS 485/Ethernet Óptico Painel LEDs Figura 11 – Bloco Principal Ao ligar a fonte de alimentação, a tensão é regulada em 5V pelo LM 317 para energizar a Giga de Teste (seus microcontroladores). E ao ser pressionado o botão START do microcontrolador, ele envia um sinal para um segundo LM317, que fecha o circuito e alimenta a RIB que será testada, conforme a Figura 12. Os LM317 possuem proteção contra sobrecorrente que abrem o circuito se a corrente extrapolar um limite, assegurando que a RIB conectada à Giga de Teste não receba a corrente de curto. 36 Fontes 12-24V ON/OFF LM 317 LM 317 5V 5V MSP Medição de corrente Estação RIB CI – Hall ACS 712 T RIB Figura 12 – Bloco DCDC O MSP realiza uma medição da corrente que sai do LM317 e vai para a RIB a fim de comparar com o valor da placa Master e detectar já nesse processo inicial se há algum mau funcionamento na amostra e se esse for o caso, encerra o teste e acende o LED “FAIL”. A medição de corrente é feita por um circuito contendo o CI Hall ACS 712 mostrado na Figura 13, que oferece soluções para sensores de corrente AC e DC nas mais diversas aplicações, como controle de motores, fontes de alimentação e proteção contra sobrecorrente. O dispositivo consiste de um circuito Hall preciso e linear que possui internamente uma trilha de cobre (dos pinos 1 e 2, para os pinos 3 e 4) com baixa resistência interna (1.2 mΩ nominal, para que a haja baixa perda de potência). Quando é aplicado fluxo de corrente através dessa trilha de cobre cria-se um campo magnético que o transdutor do CI Hall converte numa tensão de nível proporcional. Os terminais da trilha condutiva são isolados das outras entradas/saídas de sinal (pinos 5 a 8), o que permite que o ACS712 seja utilizado em aplicações que requerem 37 isolação elétrica sem elevar muito o custo do projeto. A tensão gerada na saída do CI Hall (VIOUT) é enviada ao pino de entrada analógica do MSP_A P6.5 para ser processado. Figura 13 – Pinagem do CI Hall ACS 712 MSP430_A UART UART_A Multiplex 4052 UART_B Placa RIB Módulo Ethernet / RS232 Módulo RS 232/485 Placa RIB MAX 232 Backloop MSP430_B UART Figura 14 - Bloco RS485 / Ethernet Na sequência, inicia-se o teste do circuito RS485, que foi esquematizado na Figura 14. Devido a grande quantidade de pinos a serem testados, foi utilizado um componente multiplexador que comuta a conexão de um pino entre vários caminhos, servindo como uma extensão do microcontrolador. No processo do teste, o MSP_A enviará um dado para o MSP_B através do multiplexador que estará conectado à RIB, ou seja, o dado irá passar 38 pelo circuito RS485 da RIB até chegar ao segundo microcontrolador. O MSP_B então envia uma resposta ao MSP_A pelo mesmo canal RS485. Para que o código ficasse mais leve e simples, adotou-se um módulo conversor de forma que a RIB trabalhe com RS485 e os microcontroladores, RS232. Depois de os receberem, os microcontroladores analisarão os dados e, se verificarem sua integridade, o teste passa para as próximas etapas. 39 3.3 Programação O programa inicia em um “loop” de Decisão, no qual aguarda o BOTAO_START ficar em nível alto, que acontece quando o operador deseja iniciar o teste da RIB e aciona o BOTAO_START; Após acionado o BOTAO_START, é feito a leitura da corrente consumida pela RIB através de uma porta analógica (I_SUPERV) do MSP_A, e se a corrente for menor que 90d ou maior que 120d o teste é finalizado cortando a alimentação da RIB e acionando o LED_FAIL(vermelho), e caso a corrente estiver entre 90d a 120d o teste continua para próxima etapa; Na etapa seguinte é testada a comunicação serial RS-485, na qual o MSP_A configura o multiplexador para direcionar a saída serial do MSP_A para o módulo conversor RS-232/RS485, através do “set” em A e B para zero; em seguida o MSP_A envia o caracter “a” e aguarda uma resposta de um caracter “b” do MSP_B, nessa etapa o MSP_B fica aguardando um caracter “a” via serial e em seguida envia um caracter “b”. Ao receber o caracter “b”, o MSP_A finaliza o teste da RIB cortando a alimentação da RIB e acionando o LED_PASS (verde), caso não recebe o caracter “b”, o teste é finalizado indicando falha. 40 3.4 Fluxograma MSP430_A INÍCIO MSP430_B BOTÃO_START = 1 DELAY_MS = 1000 LER I_SUPERV 90 < I_SUPERV < 120 CALL FAIL A = 0; B = 0 UART_A_TX = “a” 41 C=1; C<500; C++ INTERRUPÇÃO UART_B CALL FAIL UART_A_RX == “b” UART_B_RX == “a” CALL FAIL RIB_ON/OFF = 0 RIB_ON/OFF = 0 LED_PASS = 1 UART_B_TX = “b” LED_FAIL = 1 FIM FIM FIM 42 Capítulo 4 Resultados 4.1 Circuito Teste DCDC 4.1.1 Teste funcional No planejamento das medições, consideramos uma faixa de corrente aceitável (110 ±10 mA) para o funcionamento de uma RIB e foi implantado juntamente ao circuito de teste DCDC, um limitador de corrente, para que não ocorresse nenhum dano a placa ou a estação de testes. Foram disponibilizadas para a realização deste teste 10 RIBs e apenas duas falharam. Os testes foram realizados em 5 minutos (em média 30 segundos para cada placa), tempo melhor do que havíamos previsto. 4.1.2 Teste de Confiabilidade As mesmas 10 RIBs testadas na estação, passaram pelo teste de bancada (teste realizado por técnicos que a analisam quando realmente é necessário o reparo dessas placas) e foram confirmados todos os resultados retornados pela estação. As duas placas que não passaram no teste da estação, realmente estavam com problemas ocorridos no processo produtivo, como mostra a Tabela 2. Tabela 2 – Resultados dos testes no circuito DCDC Após realizados os testes, todas as RIBs com problema na região de DCDC Valor Medido em Bancada (mA) Resultado do teste (DCDC) Resultado Teste (RIB) 110 110 110 200 110 Pass Pass Pass Failed Pass Pass Pass Pass Failed Pass 50 Failed Failed 110 Pass Pass 100 Pass Failed 110 110 Pass Pass Pass Pass Observação Técnica Curto por solda Faltando Componente Falha em outra região, DCDC ok foram reparadas para serem utilizadas no próximo teste. 43 4.2 Teste RS-485 4.2.1 Teste Funcional Conforme planejado, o teste RS-485 foi realizado enviando um dado via RS-232 convertido à RS485 e injetado a RIB e lido de forma inversa através de outro conector da própria RIB. Foram utilizadas as mesmas 10 RIBs disponibilizadas para o teste e nenhuma falhou. 4.2.2 Teste de confiabilidade Como não é possível realizar este teste em bancada, fizemos o seguinte teste: Não conectamos totalmente o cabo na RIB, simulando algum problema de solda fria ou até mesmo falta de solda ou ainda a falta de um componente causando problema na comunicação ou no recebimento do dado enviado. Como previsto em todos os casos a estação as reprovou. Tabela 3 – Resultados dos testes no circuito RS-485 Resultado Teste RS-485 Pass Resultado do teste (RIB) Pass Resultado Teste (RRU) Pass Pass Pass Failed Pass Pass Pass Pass Pass Pass Pass Pass Pass Pass Pass Pass Pass Pass Pass Pass Pass Pass Pass Pass Pass Pass Pass Pass Observação Técnica Componente deslocado na PAU (Power Amplifier Unit) Para confirmar o teste, levamos as 10 RIBs para serem testadas no nível de rádio (RRU) e apenas uma RRU foi reprovada. Os técnicos analisaram e RRU reprovada e constataram um defeito de processo produtivo em outro componente da RRU que não a RIB, como demonstra a Tabela 3. 44 4.3 Placas Confeccionadas As Figuras 15 e 16 mostram a placa de circuito impresso da parte DCDC da Giga de Teste, onde possui um sistema de proteção de curto circuito, regulador de tensão configurado para 5V e um módulo medidor de corrente por efeito “hall”. Figura 15 - PCB Circuito DCDC (TOP) Figura 16 - PCB Circuito DCDC (BOT) As Figuras 17 e 18 mostram a placa de circuito impresso responsável pela comunicação RS485. 45 Figura 17 - PCB Circuito RS485/Ethernet (TOP) Figura 18 - PCB Circuito RS485/Ethernet (BOT) Conforme a Figura 19, todas placas de circuito impresso foram conectadas à placa de controle onde estão localizados os dois kits MSP430F5520LP. 46 Figura 19 – Circuito Estação RIB parcialmente completo utilizado para testes 47 Capítulo 5 Conclusões Com este projeto os autores puderam estudar o funcionamento da RIB e trabalhar no projeto da estação de teste (Giga de Teste), que chegou a ser testada na linha de produção da empresa Ericsson. O dispositivo fabricado mostrou-se como uma inovação de baixo custo capaz de simular e testar as funções dos circuitos DCDC e RS485 da RIB. Com a Giga de Teste melhorou-se a metodologia de inspeção no processo de fabricação da RIB, e possibilitou-se que o usuário obtivesse o resultado do teste de maneira simples, rápida e de baixo custo. Este projeto conseguiu também ampliar a visão dos envolvidos sobre o processo de inspeção da RIB, deixando oportunidades de melhoria para implementação futura das quais se destacam: Estudar o circuito Óptico da RIB e criar uma metodologia para testá-lo na Giga de Teste; Estudar o circuito com padrão Ethernet e aprimorar este dispositivo para testá-lo também; Criar uma interface no computador ou tela de LCD para melhorar a apresentação dos resultados. 48 Referências Bibliográficas [1] - C. E. STRANGIO. The RS232 STANDARD, A Tutorial with Signal Names and Definitions. CAMI Research Inc., Acton, Massachusetts (1993-2012) Disponível em: http://www.camiresearch.com/Data_Com_Basics/RS232_standard.html Acesso em: 27 jul. 2014. [2] - CISCO. Cisco Visual Networking Index: Global Mobile Data Traffic Forecast Update, 2013–2018 Disponível em: http://www.cisco.com/c/en/us/solutions/collateral/service-provider/visual-networkingindex-vni/white_paper_c11-520862.html Acesso em: 27 set. 2014. [3] - CNET. Ericsson predicts tenfold increase in mobile data traffic in five years. Disponível em: http://www.cnet.com/news/ericsson-predicts-tenfold-increase-inmobile-data-traffic-in-five-years/ Acesso em: 28 set. 2014. [4] - E-THESIS. Small cells: você ainda vai ter a sua... Disponível em: http://www.e-thesis.inf.br/index.php?option=com_content&task=view&id=7912&Itemi d=52 Acesso em: 4 out. 2014. [5] - SINDITELEBRASIL, SINDICATO NACIONAL DAS EMPRESAS DE TELEFONIA E DE SERVIÇO MÓVEL CELULAR E PESSOAL. Copa 2014: mais de 1 milhão de comunicação de dados no jogo do Brasil x Croácia. Disponível em: http://www.sinditelebrasil.org.br/sala-de-imprensa/na-midia/2210-copa-2014-mais-de1-milhao-de-comunicacao-de-dados-no-jogo-do-brasil-x-croacia Acesso em: 5 out. 2014. [6] - TELECO. Redes WiMAX: Regras para o Dimensionamento Disponível em: http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialredeswimax/pagina_4.asp Acesso em: 27 set. 2014. [7] - UFRGS. O Efeito Hall. Disponível em: www.if.ufrgs.br/tex/fis142/mod08/m_s03.html Acesso em: 26 jul. 2014. [8] - V. A. SOUZA. Comunicação RS232 e RS485 (2010). Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAMYcAI/protocolos-rs232-rs485 Acesso em: 20 jul. 2014. [9] - WEG. Manual da Comunicação Serial RS232 / RS485, Série: CFW-11, Número do Documento: 0899.5740 / 03 (2010). Disponível em: http://ecatalog.weg.net/files/wegnet/WEG-cfw-11-manual-da-comunicacao-serialrs232-rs485-0899.5740-manual-portugues-br.pdf Acesso em: 19 jul. 2014. 49 Anexo 1 – Esquema Elétrico 50 51 52 53 54 55 Anexo 2 – Código “Main” MSP_A #include <msp430f5529.h> volatile unsigned int results[10]; // Needs to be global in this example // Otherwise, the compiler removes it // because it is not used for anything. unsigned int c; int Analog; int RS485_check = 0; void Pass(void) { unsigned int a; P2OUT |= P1OUT |= P6OUT &= for(a=0; BIT7; BIT6; ~BIT6; a<10000; a++); while (!(UCA1IFG&UCTXIFG)); UCA1TXBUF = 'p'; // // // // DESLIGA VCC_RIB SET UART MSPA=MSPB SET UART MSPA=MSPB delay // USCI_A0 TX buffer ready? // TX -> RXed character } void Fail(void) { unsigned int b; P2OUT |= P1OUT |= P6OUT &= for(b=0; BIT7; BIT6; ~BIT6; b<10000; b++); while (!(UCA1IFG&UCTXIFG)); UCA1TXBUF = 'f'; //DESLIGA VCC_RIB // SET UART MSPA=MSPB // SET UART MSPA=MSPB // delay // USCI_A0 TX buffer ready? // TX -> RXed character } int main(void) { WDTCTL = WDTPW+WDTHOLD; // Stop watchdog timer //Configuração portas P2DIR |= BIT7; P2OUT |= BIT7; // RIB_ON/OFF // DESLIGA P3DIR &= ~BIT1; P3REN |= BIT1; P3OUT |= BIT1; // START_BUTTON // ATIVA PULL UP/DOWN // SET PULLUP P6DIR &= ~BIT5; // I_SUPERV (ANALOGICO) P1DIR |= BIT6; P6DIR |= BIT6; // UART SELECT = A // UART SELECT = B 56 //Configuração UART P3SEL = BIT3+BIT4; // P3.4,5 = USCI_A0 TXD/RXD UCA0CTL1 |= UCSWRST; // **Put state machine in reset** UCA0CTL1 |= UCSSEL_2; // SMCLK UCA0BR0 = 6; // 1MHz 9600 (see User's Guide) UCA0BR1 = 0; // 1MHz 9600 UCA0MCTL = UCBRS_0 + UCBRF_13 + UCOS16; // Modln UCBRSx=0, UCBRFx=0, UCA0CTL1 &= ~UCSWRST; // **Initialize USCI state machine** UCA0IE |= UCRXIE; // Enable USCI_A0 RX interrupt __bis_SR_register(GIE); // interrupts enabled //Configuração ADC P6SEL = 0x0F; // Enable A/D channel inputs ADC12CTL0 = ADC12ON+ADC12MSC+ADC12SHT0_2; // Turn on ADC12, set sampling time ADC12CTL1 = ADC12SHP+ADC12CONSEQ_1; // Use sampling timer, single sequence ADC12MCTL0 = ADC12INCH_0; // ref+=AVcc, channel = A0 ADC12MCTL1 = ADC12INCH_1; // ref+=AVcc, channel = A1 ADC12MCTL2 = ADC12INCH_2; // ref+=AVcc, channel = A2 ADC12MCTL3 = ADC12INCH_3+ADC12EOS; // ref+=AVcc, channel = A3, end seq. ADC12MCTL5 = ADC12INCH_5; // ref+=AVcc, channel = A5 ADC12IE = 0x08; ADC12CTL0 |= ADC12ENC; // Enable ADC12IFG.3 // Enable conversions while(1) { nok: while((P3IN & BIT1)==0);// Aguarda o operador acionar o botão START for(c=0; c<15000; c++); // Delay P2OUT &= ~BIT7; // Acionada a alimentação da RIB for (c=1; c<4000; c++); // Delay para a RIB estabilizar // Leitura da corrente ADC12CTL0 |= ADC12SC; // Start convn - software trigger Analog = ADC12MEM5; // Leitura analogica do I_Superv if ((90 < Analog) && (Analog < 150)) // Limites de corrente de uma placa ok goto ok; // se ok continua para proxima etapa else { Fail(); goto nok; // senão termina o teste } ok: for(c=1; c<10000; c++); //Inicio do teste RS485 P1OUT &= ~BIT6; P6OUT &= ~BIT6; // delay // SET UART RS485 // MSP_A = UART_A / MSP_B = UART_D for(c=1; c<10000; c++); // delay while (!(UCA1IFG&UCTXIFG)); UCA1TXBUF = 'a'; for(c=1; c<20000; c++) // USCI_A0 TX buffer ready? // TX -> RXed character 57 { if(RS485_check == 1) goto ok1; } Fail(); // RS485 ok! ok1: Pass(); } } #if defined(__TI_COMPILER_VERSION__) || defined(__IAR_SYSTEMS_ICC__) #pragma vector=ADC12_VECTOR __interrupt void ADC12ISR (void) #elif defined(__GNUC__) void __attribute__ ((interrupt(ADC12_VECTOR))) ADC12ISR (void) #else #error Compiler not supported! #endif { switch(__even_in_range(ADC12IV,34)) { case 0: break; // Vector 0: No interrupt case 2: break; // Vector 2: ADC overflow case 4: break; // Vector 4: ADC timing overflow case 6: break; // Vector 6: ADC12IFG0 case 8: break; // Vector 8: ADC12IFG1 case 10: break; // Vector 10: ADC12IFG2 case 12: // Vector 12: ADC12IFG3 results[0] = ADC12MEM0; // Move results, IFG is cleared results[1] = ADC12MEM1; // Move results, IFG is cleared results[2] = ADC12MEM2; // Move results, IFG is cleared results[3] = ADC12MEM3; // Move results, IFG is cleared results[5] = ADC12MEM5; __bic_SR_register_on_exit(LPM4_bits); // Exit active CPU, SET BREAKPOINT HERE case 14: break; // Vector 14: ADC12IFG4 case 16: break; // Vector 16: ADC12IFG5 case 18: break; // Vector 18: ADC12IFG6 case 20: break; // Vector 20: ADC12IFG7 case 22: break; // Vector 22: ADC12IFG8 case 24: break; // Vector 24: ADC12IFG9 case 26: break; // Vector 26: ADC12IFG10 case 28: break; // Vector 28: ADC12IFG11 case 30: break; // Vector 30: ADC12IFG12 case 32: break; // Vector 32: ADC12IFG13 case 34: break; // Vector 34: ADC12IFG14 default: break; } } // Echo back RXed character, confirm TX buffer is ready first #if defined(__TI_COMPILER_VERSION__) || defined(__IAR_SYSTEMS_ICC__) #pragma vector=USCI_A0_VECTOR __interrupt void USCI_A0_ISR(void) #elif defined(__GNUC__) void __attribute__ ((interrupt(USCI_A0_VECTOR))) USCI_A0_ISR (void) #else #error Compiler not supported! 58 #endif { switch(__even_in_range(UCA0IV,4)) { case 0:break; case 2: if(UCA1RXBUF == 'b') { RS485_check = 1; } break; case 4:break; default: break; } } // Vector 0 - no interrupt // Vector 2 - RXIFG // Vector 4 - TXIFG 59 MSP_B #include <msp430f5529.h> int main(void) { WDTCTL = WDTPW+WDTHOLD; // Stop watchdog timer //Configuração portas P1DIR |= BIT4; P1OUT &= ~BIT4; // LED_PASS // APAGA P1DIR |= BIT5; P1OUT &= ~BIT5; // LED_FAIL // APAGA //Configuração UART P3SEL = BIT3+BIT4; // P3.4,5 = USCI_A0 TXD/RXD UCA0CTL1 |= UCSWRST; // **Put state machine in reset** UCA0CTL1 |= UCSSEL_2; // SMCLK UCA0BR0 = 6; // 1MHz 9600 (see User's Guide) UCA0BR1 = 0; // 1MHz 9600 UCA0MCTL = UCBRS_0 + UCBRF_13 + UCOS16; // Modln UCBRSx=0, UCBRFx=0, UCA0CTL1 &= ~UCSWRST; // **Initialize USCI state machine** UCA0IE |= UCRXIE; // Enable USCI_A0 RX interrupt __bis_SR_register(GIE); // interrupts enabled while(1); } // Echo back RXed character, confirm TX buffer is ready first #if defined(__TI_COMPILER_VERSION__) || defined(__IAR_SYSTEMS_ICC__) #pragma vector=USCI_A0_VECTOR __interrupt void USCI_A0_ISR(void) #elif defined(__GNUC__) void __attribute__ ((interrupt(USCI_A0_VECTOR))) USCI_A0_ISR (void) #else #error Compiler not supported! #endif { switch(__even_in_range(UCA0IV,4)) { case 0:break; // Vector 0 - no interrupt case 2: // Vector 2 - RXIFG if(UCA1RXBUF == 'a') // RS485 TEST { while (!(UCA1IFG&UCTXIFG)); // USCI_A0 TX buffer ready? UCA1TXBUF = 'b'; } if(UCA1RXBUF == 'p') P1OUT |= BIT4; // LED_PASS ON if(UCA1RXBUF == 'f') P1OUT |= BIT5; // FAIL_PASS ON 60 break; case 4:break; default: break; } // Vector 4 - TXIFG } 61