Apresentação do PowerPoint

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TRANSTORNO DE HUMOR
COMO A FAMÍLIA LIDA COM ISSO
Yara GarzuzI
Psicóloga
Mestre em Distúrbios do Desenvolvimento (Mackenzie)
Especialista em Terapia Comportamental e Cognitiva (USP)
Aprimorada em Terapia de Casal e Família (PUC)
Membro ativo da Associação Brasileira de Síndrome de Tourette, Tiques e Transtorno Obsessivo Compulsivo
(ASTOC) há 14 anos
Membro do Conselho Cientifico da Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos
Afetivos (ABRATA)
Maria Auxiliadora Camargo Cusinato
Terapeuta de Ocupacional ( PUCAMP )
Especialista em Saúde Publica (USP)
Terapeuta de Família (UNIFESP)
Especialista em Gerontologia ( Hospital do Servidor Estadual )
Membro do Conselho Cientifico da Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos
Afetivos (ABRATA) 2012 à 2014.
TRAJETÓRIA DA FAMÍLIA
 Nos primórdios da Família, os grupos familiares viviam
em tribos junto com todos os seus correlatos, e as
relações se davam de maneira generalizada: filhos e
filhas de irmãs eram considerados filhos pelo pai, filhos
e filhas de seu irmão eram considerados sobrinhos.
 Em uma tribo era possível ter vários pais e mães.
 Dentro dessas concepções de família existia apenas um
empecilho, o ciúme do macho e a necessidade de se
estabelecer como o macho, o marido, o pai.
TRAJETÓRIA DA FAMÍLIA
 Esta situação foi superada com os casamentos em grupo, para
tornar assim o homem menos animalizado e fazê-lo perceber as
vantagens do grupo, isso encerra o ciúme, pois no grupo todos
se pertencem mutuamente.
 Quanto à constituição familiar Engels mostra que dentro das
famílias cosanguíneas o incesto era aceito. Pais e filhos não
podem se relacionar, mas irmãos e irmãs, primos e primas,
podem.
 Engels demonstra a evolução da família por partes:
 Família Punaluana - associação, casamento em grupos, o
incesto gradativamente passou a ser proibido.
TRAJETÓRIA DA FAMÍLIA
Família Sindiásmica - surge após a proibição do incesto, pois
esse critério dificultava os casamentos em grupos. O homem é
casado com uma mulher, mas a infidelidade e a poligamia ainda
são direitos seus, e as mulheres deviam ser fiéis a seus maridos
oficiais . Início dos casamentos arranjados.
Família Monogâmica - o homem é o centro do poder. A família
é mais sólida, pois somente o homem pode encerrar o
casamento. O homem tem o direito irrestrito de ser infiel e
satisfazer sua libido. Porém, a mulher é totalmente expropriada
desse direito, pois, por razões econômicas, o homem precisa ter
seus filhos legítimos, filhos da sua mulher oficial.
TRAJETÓRIA DA FAMÍLIA
Com a Revolução Francesa os casamentos passaram
a ser laicos e na Revolução Industrial, com a migração
para a cidade os laços na família se estreitavam e se
tornaram menores.
A mulher começa a participar do mercado de
trabalho e a educação dos filhos é obrigação das
escolas, já os idosos começam a deixar de ser
obrigação das famílias e passam aos cuidados de
instituições de assistência.
TRAJETÓRIA DA FAMÍLIA
A relação de laços entre indivíduos que pode ser
considerado família data de 4600 anos atrás segundo
dados de pesquisadores que descobriram quatro corpos
como sendo uma mãe, um pai e dois filhos.
Ao longo dos anos a família vem acompanhando as
mudanças religiosas, econômicas e sociais.
ALGUNS CONCEITOS ATUAIS
Um sistema de indivíduos que mantém consigo alguma relação
de vinculo e compromissos necessários a sobrevivência, como
alimentação, abrigo, proteção, afeto e socialização, no topo ou em
parte, sendo parentes consanguíneos ou não. Pessoas
pertencentes a um sistema vivendo sob tetos diferentes não
excluem a classificação de família caso sejam observados vínculos
mencionados anteriormente (AGUIAR, 2005).
McGoldrick e Carter (2001) consideram a família um sistema
movendo-se pelo tempo. E para McGoldrick (1999): “A família é o
primeiro e, exceto em raros instantes, o mais potente sistema a
que nós humanos pertencemos.”
ALGUNS CONCEITOS ATUAIS
 A Família é o espaço indispensável para a garantia da
sobrevivência, do desenvolvimento e da proteção integral
de seus membros, independentemente do arranjo familiar
ou da forma como vêm se estruturando.
 É a família que proporciona os aportes afetivos e,
sobretudo materiais necessários ao desenvolvimento e
bem estar dos seus componentes.
 Ela desempenha um papel decisivo na educação formal e
informal, é em seu espaço que são absorvidos os valores
éticos culturais, afetivos , e onde se aprofundam os laços
de solidariedade.
FAMÍLIA E TRANSTORNOS MENTAIS
 A família historicamente foi excluída do tratamento
dispensado às pessoas com transtornos mentais, pois os
hospitais psiquiátricos eram construídos longe das
metrópoles, o que dificultava o acesso dos familiares a essas
instituições.
 Outro fator que permeava a relação da família com a pessoa
com transtorno mental era o entendimento de que ela era a
produtora da doença, uma vez que o membro que adoecia
era considerado aquele que carregava todas as mazelas do
núcleo familiar e deveria ser afastado da família.
 Desse modo, restava à família o papel de encaminhar seu
doente à instituição psiquiátrica para que os técnicos do saber
se incumbissem do tratamento e da cura.
FAMÍLIA E TRANSTORNOS MENTAIS
 A família, com a Reforma Psiquiátrica e as novas
políticas na área da Saúde Mental, passa a ser
parte do processo de desinstitucionalização e
reabilitação psicossocial da pessoa com transtorno
mental, além de ser considerada parceira do
tratamento deste.
 Esta não é uma relação que irá acontecer
passivamente, mas, pelo contrário, será permeada
de conflitos, vazios, jogo de forças, culpas dentre
outros fatores.
FAMÍLIA E TRANSTORNOS MENTAIS
 Vivenciar a prática assistencial com famílias de pessoas com
transtorno mental é trabalhar com o seu sofrimento, com as
suas frustrações e com a relação negação-aceitação do
transtorno mental, o que mobiliza sentimentos e percepções
de quem está envolvido.
 Fica evidente a necessidade que as famílias têm de falar,
compartilhar suas experiências, de ter alguém para ouvir as
angústias e as vitórias que conquistaram no tratamento, no
relacionamento com o familiar que adoeceu e nas
descobertas de estratégias de enfrentamento na relação
familiar, social e com os profissionais de saúde.
FAMÍLIA E TRANSTORNOS MENTAIS
 Diante dessa nova realidade, a temática família e saúde
mental vem despertando o interesse das várias áreas do
conhecimento, o que pode ser observado no novo modelo de
assistência em saúde mental, que estimula e exige a
participação da sociedade, o trabalho em equipe dos
profissionais de saúde e a inclusão da família no cuidado à
pessoa com transtorno mental.
 A capacidade da família de ajustar-se a novas situações, como
a de conviver com um membro com transtorno mental
depende das fortalezas que possui, dos laços de solidariedade
que agrega e da possibilidade de solicitar apoio das outras
pessoas e instituições.
FAMÍLIA E TRANSTORNOS MENTAIS
 Cuidar da pessoa com transtorno mental representa
para a família um desafio, envolve sentimentos
intrínsecos à vivência de um acontecimento imprevisto e
seus próprios preconceitos em relação à doença.
 Assim, a família, como grupo de convivência, requer de
seus integrantes a capacidade constante de repensar e
reorganizar suas estratégias e dinâmica interna.
 Exige o respeito à individualidade, pois apesar das
pessoas habitarem a mesma casa, há uma diversidade
de formas de ser e estar no mundo, uma vez que elas
pensam, interpretam os fatos e se comportam de forma
diferente.
TRANSTORNOS DE HUMOR
 Transtornos do humor (ou afetivos) são enfermidades em que
existe uma alteração do humor, da energia (ânimo) e do jeito de
sentir, pensar e se comportar .
 Acontecem como crises únicas ou cíclicas, oscilando ao
longo da vida
 Podem ser episódios de depressão ou de mania:
. Na depressão a pessoa sente tristeza exagerada e desânimo .
. Na mania a pessoa sente um aumento da energia e euforia
anormal .
TRANSTORNOS DE HUMOR
Os transtornos do humor podem acontecer ao
longo da vida dentro de um curso unipolar ou
bipolar
No unipolar só ocorrem depressões
• –No bipolar ocorrem fases de depressão e de
mania
DEPRESSÃO
 Humor para baixo, tristeza, angústia ou sensação de vazio. Irritabilidade, desespero.
 Pouca ou nenhuma capacidade de sentir prazer e alegria na vida.
 Falta de energia física e mental,falta de concentração, raciocínio mais lento.
 Pensamentos negativos repetitivos, pessimismo: ideias de culpa, fracasso, inutilidade,
falta de sentido na vida, doença, morte (suicídio).
 Sentimentos de insegurança, baixa autoestima, medo.
 Interpretação distorcida e negativa do presente ou de fatos passados.
 Redução da libido e vontade de ter sexo.
 Perda ou aumento de apetite e/ou peso.
 Insônia ou dormir demais, sem se sentir repousado.
 Dores ou sintomas físicos difusos, sofridos, que não se explicam por outras doenças:
dor de cabeça, nas costas, no pescoço e ombros, sintomas gastrointestinais, alterações
menstruais, queda de cabelo, entre outros.
TRANSTORNOS BIPOLAR DE HUMOR
 Humor para cima, exaltação, alegria exagerada e
duradoura; irritabilidade (impaciência, “pavio
curto");
 Agitação, inquietação física e mental;
 Aumento da energia, da produtividade ou começar
muitas coisas e não conseguir terminar;
 Pensamentos acelerados; tagarelice;
 Achar que possui dons ou poderes especiais de
 influência, grandeza, poder;
 Otimismo e autoconfiança exagerados.
DIFERENÇA ENTRE O NORMAL E
O PATOLÓGICO
Tristeza normal: sentimento gerado por algum
acontecimento externo de perda , aborrecimento.
frustração ,que passa .
Tristeza da depressão: sofrimento constante, que passa,
mas retorna sem aviso prévio .
Felicidade: estado de bem estar, alegria de conquista.
Euforia (mania): ansiedade, inquietude, sensação de poder .
PREVALÊNCIAS DOS
TRANSTORNOS DE HUMOR
 Os transtornos do humor atingem mais de 20 % da população em algum
momento da vida.
 As depressões são duas vezes mais comuns em mulheres que homens,
iniciam-se em geral entre os 20 e 40 anos de idade e vitimam 16 a 18%
das pessoas
 Transtornos do humor bipolares tipo I atingem igualmente 1 a 2 % dos
homens e mulheres e começam geralmente entre 15 e 30 anos de idade
 Ao redor de 5 % da população pode desenvolver a forma bipolar tipo II,
mais comum em mulheres.
(Ref.: CORDIOLI)
EVOLUÇÃO DO TRANSTORNO DE HUMOR
 Na depressão tudo se torna difícil e custoso: estudar, trabalhar,
conviver com as pessoas. Comprometem-se relacionamentos afetivos,
na família, com o cônjuge, ou com colegas e amigos.
 Para atenuar o sofrimento, muitos se tornam usuários de
tranquilizantes, álcool ou drogas.
 Além das perdas a pessoa pode correr risco de vida por negligenciar
cuidados com a saúde ou por suicídio.
 Durante a mania a pessoa se sente ótima e não consegue avaliar as
consequências da irritabilidade, desinibição e sociabilidade na esfera
pessoal.
 Atitudes tomadas durante a (hipo)mania podem resultar em
rompimentos conjugais, com familiares e amigos ou em ruína
financeira e endividamentos.
COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO?
 O diagnóstico é principalmente clínico.
 Através de uma entrevista médica cuidadosa e detalhada
pode-se dizer se o indivíduo sofre ou não desta doença.
 Para isso, são utilizado os critérios diagnósticos da
Associação Psiquiátrica Americana, cuja última versão é de
2014 DSM V e a Classificação Internacional das Doenças da
Organização Mundial da Saúde, hoje na sua décima versão, de
1992
QUAIS SÃO OS TRATAMENTOS?
•
 Administração de medicamentos por um médico
(preferencialmente psiquiatra ou neurologista).
 Psicoterapia – estudos demonstram maior eficácia das
Terapias Comportamental e Cognitivo-Comportamental .
 ECT – Eletroconvulsoterapia: indicado em casos extremos de
mania e depressão, para prevenir exaustão ou suicídio (é o
mais seguro em gestantes e idosos).
 Família – no apoio ao tratamento e em tratamento conjunto.
 Aspectos Educacionais – palestras e grupos de apoio.
MAS... E A FAMÍLIA?
A Família é peça chave no processo de mudança e melhora da qualidade de vida!
 A família pode desenvolver um bom sistema de suporte para ao doente.
 Certos membros da família e amigos podem fazer companhia e ajudar com a
doença quando necessário.
 Resultados de pesquisas demonstraram que os familiares e /ou cuidadores podem
dar assistência à pessoa para reduzir recorrências de mania e hipomania, e o apoio
apropriado pode ajudar na depressão.
 Colegas de trabalho escolhidos ou outras pessoas que partilhem os mesmos
interesses.
 Grupos de apoio de pessoas que estão na mesma situação são uma oportunidade
de comunicação com pessoas que pensam da mesma forma.
 Um bom relacionamento com o médico ou a equipe médica poderá ajudar a
pessoa a lidar com a doença e a tirar maior proveito do tratamento.
FAMÍLIAS COMO REDE DE APOIO
 Os familiares e ou amigos diferem na quantidade e na
forma de apoio que dão (por exemplo, alguns apenas
ajudam quando há uma emergência, enquanto outros
ajudam a pessoa a prevenir recorrências).
 A fase e a gravidade da doença irão influenciar o tipo de
apoio de que a pessoa necessita, e ela poderá não
precisar de tanta ajuda quando se encontra bem.
 Há muitas coisas que se pode fazer para dar apoio a uma
pessoa com transtorno bipolar, mas deve-se determinar o que
funciona em cada situação.
SINAIS DE ALERTA
 Os sinais de alerta são alterações no comportamento da pessoa, na
forma como pensa ou sente, que são muito mais leves do que os
sintomas reais e indicam que ela pode estar desenvolvendo um
episódio bipolar.
 O doentes pode apresentar sinais de alerta comuns ou pode ter
seus próprios sinais individuais. Perceber esses sinais rapidamente
pode permitir a prevenção da ocorrência de um episódio.
 Se a pessoa não recebe sinais de alerta, então reconhecer e tentar
gerir os sintomas o mais rápido possível pode reduzir a gravidade e a
duração do episódio.
Sinais de alerta comuns e
pessoais de depressão
 Os sinais de alerta de depressão mais comuns são quando a pessoa:
• Tem menor interesse em fazer coisas que normalmente lhe dão prazer . Tem
menor interesse em estar junto de amigos chegados .
• Está ansiosa ou muito preocupada. Tem perturbações do sono. Está
chorosa e triste .
 Outros sinais de alerta da depressão são quando a pessoa:
• Está muito cansada . Negligencia determinadas tarefas e faz menos coisas .
Tem dores físicas
• Está mais esquecida . Retira-se ou esquiva-se de interações sociais .
 Mais sinais de alerta pessoais de depressão são quando a pessoa:
• Não quer manter contato com os outros . Perde o seu sentido de gosto .
Sinais de alerta comuns e
pessoais de depressão
 Esses sinais são muito individuais e pessoais.
 Pode ser útil notar se a pessoa se comporta de forma
diferente antes de ficar deprimida.
 Por vezes, a pessoa pode ter mais dificuldades em certas
áreas do funcionamento que precisam ser diferenciadas dos
sinais ou sintomas de depressão.
 Essas dificuldades de funcionamento não descritas podem
também dificultar a capacidade de a pessoa realizar certas
tarefas ou afetar sua rotina de vida diária.
Sinais de alerta comuns e pessoais de
Depressão e Hipomania









Tem diminuição do sono
Está mais ativa ou tem mais objetivos (está cheia de energia)
Está mais sociável
Está mais irritável
Fala mais do que o habitual
Não consegue concentrar-se bem ou distrai-se facilmente
Tem muita autoconfiança, é presunçosa ou demasiado otimista
Tem humor elevado
Tem fuga de ideias
Os sinais de alerta mais comuns de hipomania são quando a pessoa:
 Tem humor elevado
 Está agitada ou inquieta
 Fala muito rapidamente
 Pensa mais rapidamente que o usual
 Dorme menos que o habitual
 Está irritável e impaciente
Família na Terapia para
Transtorno do Humor
 Em geral não só a pessoa convive com sua queixa, mas sua
família também.
 Os familiares podem e devem ajudar no tratamento.
 Intervenção com a família e outras pessoas envolvidas com o
cliente, para analisar o papel da família sobre os
comportamentos relacionados aos Transtorno do Humor e seu
risco.
 É importante procurar uma Orientação Familiar (ou até mesmo
fazer uma terapia).
Família na Terapia para
Transtorno do Humor
 Num grupo familiar os modos de interação entre seus membros
vão-se cristalizando, quer na forma de distanciamento, ou de
excessiva interferência na vida uns dos outros, formando alianças
entre alguns membros, deixando outros de lado, ou transformando
outros em bodes expiatórios .
 Sintomas como baixo rendimento na escola, no trabalho,
agressividade, depressão são vistos como próprios da pessoa
sintomática, e esta é vista como um caso isolado.
 Nesse pano-de-fundo as famílias enfermas fracassam
progressivamente no cumprimento de suas funções familiares
essenciais,
(Carneiro, T., 1983).
Família na Terapia para
Transtorno do Humor
 Do ponto de vista da comunicação, a família sintomática perde-se
em críticas, acusações, silêncios, duplas mensagens: há muita
dificuldade em colocar-se no lugar do outro e rigidez em tentar
novas formas de resolver problemas.
 Do ponto de vista de estrutura, os papéis são mal definidos, com
filhos desempenhando papéis paternos e pais formando alianças
com filhos, excluindo o outro membro do casal.
 Do ponto de vista dinâmico, há, em muitos casos, dificuldade em
assumir a função de pais, com suas responsabilidades e limites,
bem como dificuldade em estabelecer objetivos familiares e
organizar-se para atingi-los. (Weitzman, 1985).
TERAPIA DE FAMÍLIA
 A terapia de família é uma forma de compreender e tratar dos
problemas humanos; é um método de tratamento, do
indivíduo, das relações familiares, do grupo familiar como um
todo e do vínculo entre seus membros. É uma procura de
novas alternativas colocando em evidência a competência
da própria família, ativando a participação dos membros na
resolução dos seus problemas.
 O que ocorre num indivíduo que vive numa família
não decorre apenas de suas condições internas, mas também
das interações com o contexto mais amplo no qual está
inserido. Ele recebe o impacto desse ambiente e atua sobre
ele, influenciando-o. Nesse sentido, o terreno da patologia,
como assinala Minuchin(1982), é a família.
TERAPIA DE FAMÍLIA
 O processo terapêutico ocorre num trabalho conjunto
(cliente e terapeuta).
Tem como foco o processo de
autonomia,que engloba o pertencer/separar-se, o
desenvolvimento da consciência do padrão de
funcionamento, de suas dificuldades, das escolhas
responsabilidade; a mudança das pautas
disfuncionais,favorecendo uma variedade maior de
estratégias de funcionamento.
TERAPIA DE FAMÍLIA
A terapia familiar consiste em uma abordagem
terapêutica onde todos os indivíduos
participam da sessão, a família funciona como
um todo, onde as pessoas interagem umas
com as outras e influenciam essas relações em
apoio mútuo
TERAPIA DE FAMÍLIA
 O terapeuta familiar pode oferecer uma melhora das
interações no interior do sistema familiar e fazer um
processo de recodificação de mensagens, onde
possibilita a maior compreensão nas suas
comunicações.
 Também pode facilitar uma busca e descoberta de
novos caminhos da relação familiar, incitar a todos para
atuarem e descobrirem onde convém introduzir
mudanças para favorecer uma evolução e um
amadurecimento aos participantes.
Atendimento em Grupos Específicos
Autoconhecimento com a própria Doença .
Aceitação.
Lidar com o transtorno e subprodutos dele.
Condução do grupo - atenção pode se dispersar
devido aos pensamentos negativos e sentimentos
de “não vai dar certo”.
Grupos de apoio – coadjuvantes no tratamento
Porque participar do
Grupo de Família?
 Necessidade de se reunirem para apoio mútuo
 Encontram mais angustiados do que os próprios
doentes.
 Ampliação da visão sobre o problema e sobre o
doente.
 Colaborar no tratamento (normalmente reagem
positivamente aos tratamentos).
(Ref.: LABATE)
Objetivos e Funcionamento do
Grupo de Apoio a Familiares
Crença da Família: a família é a única a apresentar estes problemas; os outros
vão nos criticar pelos comportamentos que apresentamos (porque não vão
compreender); os outros devem ter soluções fáceis para estes problemas
(vergonha).
Grupo: partilhar sensações de solidão, frustrações e dificuldades; um
participante partilhar seus problemas podem fazer com que o grupo lhe traga
soluções para enfretamento.
Universalidade tem como consequência o alivio da pressão social.
Facilitador: instila esperança na família que apresenta problemas e assegura
famílias veteranas de seu sucesso no enfrentamento relatado.
Vantagens da Participação da
Família nos Grupos de Apoio
Vantagens do grupo para família:
Possibilidade de encontrar apoio ao tratamento – consistência no
procedimento adotado para o enfrentamento do problema.
Encontro de apoio emocional – se perceberem aceitos por um grupo
que enfrenta problemas semelhantes.
Vantagens para equipe técnica:
Os familiares podem testar os procedimentos preconizados em um
ambiente que seja intermediário entre o encontrado na clínica
médica/psicológica e o ambiente social natural.
(Ref.: GUEDES)
CONCLUSÃO
 As novas Políticas Públicas nessa área visam inserir as
pessoas com transtorno mental e seus familiares como
protagonistas de um processo que busca inovar as
formas de atenção, como também, contam com a
parceria de profissionais desta área, que atuam nos
diversos cenários, atendendo a essa população,
baseando-se no acolhimento, no estabelecimento de
vínculos, na responsabilização e na ética do cuidado.
 Por outro lado, estimulam a utilização de todo potencial
residual para que a pessoa com transtorno mental, possa
ser um cidadão inserido na família, no mundo do
trabalho e na sociedade.
Fontes Consultadas
 Família e doença mental: a difícil convivência com a diferença - Luciana de
Almeida Colvero , Cilene Aparecida Costardi Ide e Marli Alves Rolim.
 Transtorno mental: dificuldades enfrentadas pela família -Maria Alice
Ornellas Pereira ,e Alfredo Pereira Jr.
 O impacto causado pela doença mental na família - Revista Portuguesa de
Enfermagem de Saúde Mental no.6 Porto dez. 2011
 A Importância da Família na Qualidade de Vida das Pessoas com Doença
Mental - Thais Carvalho Santos.
 POLÍTICA PÚBLICA EM SAÚDE MENTAL: DA INCLUSÃO FAMILIAR DO
PORTADOR DE TRANSTORNO MENTAL AO PROVIMENTO DE CUIDADOS.
Simone Ferreira da Silva, Janeide Antão Diniz e Benedita Solange Pereira
dos Santos.
Denise Petresco David
Psicóloga Cognitiva-Comportamental
Coordenadora das Palestras Psicoeducacionais do GRUDA –
Programa de Estudos dos Transtornos Afetivos do IpqHCFMUSP
Coautora do livro Aprendendo a Viver com o Transtorno
Bipolar-Manual Educativo – Editora Artmed
Mestranda em Ciências (HCFMUSP)
Especialista em Terapia Cognitiva-Comportamental (HCFMUSP)
Membro do Conselho Cientifico da Associação Brasileira de
Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos
Afetivos (ABRATA)

“Fátima, uma médica de 32 anos, descobriu que era
portadora do transtorno bipolar aos 28 anos, após consulta
com um psiquiatra. Começou o tratamento e depois de 3
anos seu quadro já estava estável. Foi somente então que
pôde entender alguns dos problemas que havia enfrentado
em sua vida.”
“Seus pais sempre a consideraram rebelde. Por várias vezes
apanhou do pai por ter passado a noite fora de casa ou por ter
desrespeitado algumas “regras” importantes para a família.
Numa dessas brigas, aos 21 anos saiu de casa e passou a
sustentar-se com o salário que ganhava em trabalhos
informais. Seu padrão de vida piorou muito, seu rendimento na
faculdade foi prejudicado e precisou parar de estudar por um
ano para “tentar colocar a vida no eixo”.

Hoje Fátima reconhece que os comportamentos que tinha e
que geraram tantas repreensões e surras eram sintomas de
episódios de euforia. Como sua família não conhecia a
doença, acreditava que Fátima era irresponsável e rebelde e
que seu objetivo era desafiar o pai.

Nunca conversaram sobre isso, pelo contrário, as tentativas
de falar a respeito de seus problemas eram sempre seguidas
de grandes brigas, ofensas e agressões.

Com o conhecimento que adquiriu ao longo dos últimos
anos, Fátima também pôde reconhecer no pai o transtorno
bipolar. Suas “explosões” de raiva, que o faziam agredi-la
fisicamente, eram frequentemente seguidas por fases em
que ele se isolava, não saia do quarto e bebia.

Fátima acreditava que ela havia feito seu pai ficar triste e
magoado pelas coisas que fazia, o que a deixava ainda pior.
O mesmo ocorria com o pai.

Apesar de Fátima estar atualmente adequadamente
tratada, estável e estar procurando ajudar seu pai a
aceitar o tratamento, as sequelas emocionais poderiam ter
sido evitadas se a doença tivesse sido identificada antes e
a família tivesse recebido a orientação necessária
O ambiente familiar tem uma participação importante na
manutenção da estabilidade do paciente.
Famílias de bipolares tendem a ter um padrão de comunicação
característico, conhecido como “emoção expressa”:
 1. Crítica - Expressões de descontentamento, aborrecimento,
acompanhadas por um tom de voz negativo;
 2. Hostilidade - Expressões indicando rejeição a pessoa do
paciente;
 3. Superenvolvimento Emocional - Extremamente
superprotetores com preocupações excessivas, atitudes de
muito sacrifício e renúncia em favor do paciente.

Isso significa que essas famílias expressam suas emoções de
maneira intensa, algumas vezes explosiva, fazem muitas
críticas e raramente tem paciência para ouvir os demais
membros da família.
Estresse no ambiente familiar
(conflitos constantes, separações, padrão de
comunicação inadequado)
Fator de risco para o desencadeamento de uma
fase maníaca ou depressiva
IMPORTÂNCIA DA BOA COMUNICAÇÃO
FATIMA: Pai, estava pensando em viajar nas férias para a praia...você me
ajudaria com o dinheiro da passagem?
PAI (sem olhar para ela): De novo?? Você só sabe pedir dinheiro?
FATIMA: Há anos não peço nada para você! Porque quer sempre me
humilhar? Não quero mais seu dinheiro nem ir para a praia!!! (gritando)
Engula essa porcaria de dinheiro!!!!
PAI: Pronto, ficou louca outra vez!!! Grita mais alto, quem sabe os
vizinhos escutam... Você não tem jeito mesmo, nunca vai ser nada na
vida! Só sabe gastar meu dinheiro!! Sua perua preguiçosa!
FATIMA: Eu sou a louca?? Ta bom, posso até ser mas pelo menos me
trato! Você é mais louco que eu e nem se trata!!!
PAI: Eu louco? Isso que não! Se eu fosse louco não sustentava todos
vocês! Preguiçosos incompetentes!!! (sai batendo a porta).
Instabilidade emocional
Padrão de comunicação existente na família
= Críticas, pouca paciência, irritabilidade
APRENDAM A TOLERAR MAIS A INSTABILIDADE EMOCIONAL UNS DOS
OUTROS: lembre-se que explosões de raiva ou impaciência podem ser
sintomas da doença e não ajuda em nada reagir a isso na mesma medida;
SAIBAM OUVIR: olhe para a pessoa que está falando com você, preste
atenção ao que ela diz e esclareça o que não tenha ficado claro. Mostre que
está atento e interessado no que ela tem a dizer, seja o que for;
CONTROLEM SUAS EXPLOSÕES: se perceber que está a ponto de explodir, saia
de perto, dê uma volta, lave o rosto, procure acalmar-se. Explosões
emocionais geralmente nos deixam cegos ao que realmente sentimos e
pensamos.
 Ajuda pratica (por exemplo, se a pessoa precisar de carona para
ir ao médico ou de ajuda para cuidar da casa ou dos filhos).
 Informações e sugestões (por exemplo, discutir com a pessoa
sobre seus recursos ou sobre informações a respeito da doença).
 Companheirismo (por exemplo, conversar e fazer coisas que são
interessantes e divertidas para a pessoa).
 Apoio emocional (por exemplo, dizer à pessoa que ela é
importante e que acredita em sua capacidade de lidar com a
doença e de ter uma boa qualidade de vida).
 Apoio não verbal (por exemplo, estar disponível para ouvir,
monitorar sintomas ou fazer um gesto encorajador podem ser
formas de dar apoio). Nem sempre é necessário falar para se dar
apoio.
Além de apoiá-la no tratamento

Dizer-lhe que ela é importante e que se preocupa com ela.

Não obrigue a pessoa a falar ou “acordar para a vida”. Quando
uma pessoa está deprimida, ela pode não ser capaz de dizer
o que sente ou qual tipo de ajuda precisa.

Considere o risco de suicídio – embora nem todas as pessoas
com TB sejam suicidas, a depressão é um momento de elevado
risco de suicídio.

Encoraje a alcançar pequenos objetivos – não tente obrigar a
pessoa a fazer algo que ela ache muito enervante.

Não tente assumir o controle todo o tempo – se verificar que
a pessoa está fazendo as coisas de modo muito devagar, não
se sobreponha nem faça tudo por ela.

Encoraje uma rotina diária sempre que possível. Ter algo a
fazer pela manha pode ajudar a pessoa deprimida a levantarse na hora certa.

Ajude a pessoa a perceber suas conquistas e experiências
positivas.

Ajude a pessoa a procurar tratamento – encoraje a pessoa a
contatar o médico ou o psicólogo. Em casos de maior
gravidade, você mesmo deve buscar a ajuda da equipe
médica.

Tenha em mente que aquilo que conforta uma pessoa não é
necessariamente o que conforta outra.

Ajude a resolver as dificuldades de se lembrar de tomar a
medicação.

Encoraje a pessoa a falar abertamente sobre a medicação com
o médico.

Ajude a pessoa a identificar os fatores desencadeadores de
novos episódios – falar com a pessoa sobre o que você e ela
acham que desencadeia a doença e avaliar como foi a
influencia destes fatores nos episódios anteriores.

Estimule a pessoa a adotar um estilo de vida saudável.

Ajudar
a
criar
um
desencadeadores
que
ambiente
podem
calmo
piorar
os
–
reduzir
sintomas
os
(por
exemplo, reduzir estímulos que pioram mania ou hipomania,
como barulho, desorganização, brigas, estresse).

Não acredite que tem de participar dos inúmeros projetos e
objetivos da pessoa – tenha cuidado para não ser arrastado
pelo humor maníaco da pessoa.

Considere adiar a discussão. Se a pessoa começar a discutir,
tente não se envolver. Pessoas com o humor elevado estão
vulneráveis e sensíveis, apesar de sua confiança aparente,
tendem a ofender-se facilmente.

Estabeleça limites para determinados comportamentos – se o
comportamento da pessoa é muito arriscado ou abusivo,
pode
ser
necessário
comportamento.
estabelecer
limites
a
seu
O CUIDADOR TAMBÉM PRECISA DE
CUIDADO

Use estratégias que o ajudem a lidar com o estresse

Divida ou delegue determinadas tarefas

Frequente grupos de apoio ao portador de TB

Reponha as energias – arranje um tempo para fazer coisas
que relaxem e lhe deem prazer

Desenvolva expectativas realistas

Reconheça que você também tem necessidades
Faça uma lista pessoal de sinais de alerta:



Os sinais de alerta são alterações no comportamento da pessoa, na forma como
pensa ou se sente, que são muito mais ligeiros do que os sintomas reais e
indicam que a pessoa possa estar a desenvolver um episódio bipolar.
Muitas pessoas recebem sinais de aviso da doença. O doente pode ter os seus
próprios sinais individuais e perceber estes sinais, prevenindo assim, a ocorrência
de um novo episódio.
Se a pessoa não conseguir perceber estes sinais de alerta, a família e os amigos
podem ajudar a reconhecer e evitar o risco de recaídas e recorrências.
Exemplos:
1) Lista pessoal de sinais de alerta de Depressão:
Descreva mudanças em sua atividade e energia quando está começando a ficar
deprimido:___________________________________________________________
- Sente-se mais moroso, mais devagar
- Começa a afastar-se das pessoas
- Não atende mais os telefonemas
- Conversa mais devagar do que normalmente
- Faz menos coisas do que habitualmente fazia, não consegue fazer sua tarefas
- Sente-se mais cansado do que de costume
- Tem dores físicas
- Tem pouco ou nenhum desejo sexual, etc...



Descreva mudanças em seus padrões de sono quando está começando a ficar
deprimido:___________________________________________________________
- Sente necessidade de dormir mais do que habitualmente
- Dormi duas ou mais horas do que usualmente
- Levanta-se no meio da noite
- Demora para conseguir dormir
- Não consegue ter um sono reparador, parece que não dormiu, etc...
Descreva mudanças em seus pensamentos e percepção:__________________________
- Os pensamentos ficam mais lentos, sinto que esqueço das coisas
- Fico remoendo pensamentos de coisas que já passaram
- Não consigo me interessar por nada
- Não consigo tomar decisões
- Não consigo me concentrar
- Não acredito na minha capacidade, fico me criticando o tempo todo
- Sinto-me sem esperança
- Sinto-me culpado
- As cores parecem mais apagadas
- A comida parece sem gosto
- As pessoas parecem mais apressadas
- Começo a pensar em me ferir ou me matar, etc...


Faça uma lista de adjetivos descrevendo como está o seu humor:
_____________________________________________
- Triste ou Muito triste
- Ansioso ou Extremamente ansioso
- Irritado ou Extremamente irritado
- Arredio e agressivo
- Apático
- Amedrontado
- Desencorajado
- Chateado, etc...
Descreva qualquer coisa que pareça diferente quando você percebe que está
ficando deprimido e em que contexto (qualquer mudança, evento ou
circunstância): _______________________________________
- Conflitos ou dificuldade de relacionamento no trabalho
- Perda do emprego
- Conflito ou dificuldades no relacionamento amoroso
- Começar ou terminar um relacionamento
- Conflitos familiares
- Mudanças em sua condição financeira, dívidas
- Luto, perda de um ente querido ou de algo importante, etc...
Lista pessoal de sinais de alerta de Mania ou
Hipomania :

Descreva mudanças em sua atividade e energia quando está
começando a ficar em
mania:____________________________________________________
- Se você ou alguém do seu convívio notar que suas atitudes
mudaram de maneira drástica
- Inicia vários projetos ou várias tarefas ao mesmo tempo e não
consegue terminá-las
- Liga para muitas pessoas
- Faz muitos amigos novos rapidamente
- Fala mais do que o habitual
- Conversa mais e cada vez mais rápido, as pessoas não conseguem
entender
- Crítica muito às outras pessoas
- Começa a gastar exageradamente e impulsivamente
- Sente-se excitado ou com desejo sexual intensificado
- Sente que está ligado no “220”, sobra energia
- Não consegue ficar parado
- Está agitado ou em desassossego
- Muda a cor do cabelo, usa roupas mais sedutoras do que
habitualmente, usa mais maquiagem – Sente necessidade de chamar
a atenção
- Dirige com imprudência, faz apostas valendo dinheiro, passar a
frequentar lugares que normalmente não frequentaria
- Começou a beber, fumar mais ou usar drogas

Descreva mudanças em seus padrões de sono quando está
começando a ficar em
mania:___________________________________________________________
- Não sente necessidade de dormir e não sente cansaço no dia
seguinte
- Dorme menos que o habitual
- Fica acordado até tarde da noite e cochila durante o dia
- Levanta-se 2 ou mais horas mais cedo do que normalmente
- Acorda muitas vezes durante à noite
- Considera uma perda de tempo dormir


Descreva mudanças em seus pensamentos e
percepção:______________________________________________________
- Os pensamentos começam a ficar mais acelerados, pensa mais
rapidamente que o usual
- Tem muito mais ideias e planos
- Os sentidos ficam mais apurados (os sons parecem mais altos, as cores
parecem mais vibrantes e os cheiros são mais intensos), etc...
Faça uma lista de adjetivos descrevendo como está o seu humor:
__________________________________________________________________
- O humor fica elevado, fica eufórico rapidamente sem motivos
aparentes
- Excêntrico
- Elétrico
- Arrogante
- Ansioso ou extremamente ansioso
- Está irritável e impaciente
- Tem muita autoconfiança, é presunçoso ou demasiado otimista, etc...

Descreva qualquer coisa que pareça diferente quando você percebe que está
entrando em mania e em que contexto (qualquer mudança, evento ou
circunstância): ________________________________________________________
- Aumento de atribuições no trabalho
- Mudanças em seu horário de trabalho
- Viagens e mudanças no fuso horário devido à viagem
- Relacionamento amoroso conflituoso
- Começar ou terminar um relacionamento
- Conflitos familiares
- Mudanças em sua condição financeira, etc...
3) Verifique possíveis eventos desencadeadores dos sintomas:
Exemplos de Desencadeadores (fatores de tensão que aumentam o risco de a
pessoa desenvolver sintomas bipolares):

•Acontecimentos de vida positivos ou negativos de grande tensão: (por exemplo,
o nascimento de um bebê, uma promoção, a perda do emprego, o fim de um
relacionamento ou mudança de residência.
•Ruptura de padrões do sono: (por exemplo, em razão de fadigas causadas por
viagem ou de eventos sociais). Reduções no tempo de sono podem contribuir para
desenvolver sintomas maníacos ou hipomaníacos, e aumentos no tempo de sono
ou de descanso podem, por vezes, levar a sintomas depressivos.
•Ruptura da rotina: Um plano estruturado (por exemplo, horas certas para deitarse e acordar, atividades regulares e contatos sociais) pode ajudar a manter tanto
os padrões de sono quanto os níveis habituais de energia.

Exercício para a família:

Como eu posso contribuir para diminuir a
“emoção expressa” na minha família?
Aprendendo a Viver com o Transtorno BipolarManual Educativo- Ricardo Alberto Moreno, Doris
Hupfeld Moreno, Danielle S.Bio, Denise Petresco David
– Editora Artmed, 2015
Guia para cuidadores de pessoas com Transtorno
Bipolar- Lesley Berk- Editora Segmento Farma,2011
Editores (Brasil): Márcio Gerhardt Soeiro-de-Souza,
Ricardo Alberto Moreno, Vasco Videira Dias
Livros Recomendados:
 Recuperação em Depressão – Doris Moreno, Márcio Bernik, Paulo
Mattos, Táki Córdas
 “Aprendendo a Viver com o Transtorno Bipolar- Manual Educativo” –
Ricardo e Doris Moreno, Danielle S. Bio e Denise P. David
 Guia p/cuidadores de pessoas com Transtorno Bipolar”-Lesley Berk
(baixar gratuitamente no nosso site: www.progruda.com )
 “Vivendo com Transtorno Bipolar”- Berk, Castle e Lauder
 “Transtorno Bipolar: O que é preciso saber”- Miklowitz
 “Enigma Bipolar”- Teng Chei Tung
 “Temperamento Forte e Bipolaridade”- Diogo Lara
 “Crianças e Adolescentes com TB”- Boris Birmaher
 “Transtorno Bipolar na infância e adolescência”- Lee Fu- I e Miguel
Ângelo Boarati

www.abrata.org.br

www.progruda.com

www.abtb.org.br

www.unifesp.br/prodaf

www.bipolaridade.com.br

www.isbd.org

www.bpkids.org.br
Não percam o Próximo Encontro,
contamos com a presença de vocês!!!
Como lidar com o
estigma, o
preconceito e
aceitar que tenho
Transtorno Bipolar?
Dr. Márcio
G.S.Souza e
Psic.Danielle S. Bio
Denise Petresco David
F:(11) 34263678-cel: 995006278
[email protected]
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