universidade do vale do itajaí centro de ciências da saúde

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CAMPUS BIGUAÇU
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
CATIA REGINA PIRHARDT
KARINA LEMOS TERRA
PREVENÇÃO E DETECÇÃO PRECOCE DO CÂNCER DE MAMA:
NÍVEL DE CONHECIMENTO DOS ACADÊMICOS DO CENTRO DE CIÊNCIAS
DA SAÚDE.
Biguaçu
2008
CATIA REGINA PIRHARDT
KARINA LEMOS TERRA
PREVENÇÃO E DETECÇÃO PRECOCE DO CÂNCER DE MAMA:
NÍVEL DE CONHECIMENTO DOS ACADÊMICOS DO CENTRO DE CIÊNCIAS
DA SAÚDE.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como
requisito parcial para a obtenção do título de
Enfermeiro GENERALISTA, na Universidade do
Vale do Itajaí, Campus Biguaçu.
Orientadora: Profª M.Sc. Nen Nalú Alves das
Mercês
Biguaçu
2008
CATIA REGINA PIRHARDT
KARINA LEMOS TERRA
PREVENÇÃO E DETECÇÃO PRECOCE DO CÂNCER DE MAMA:
NÍVEL DE CONHECIMENTO DOS ACADÊMICOS DO CENTRO DE CIÊNCIAS
DA SAÚDE.
Esta monografia foi submetida ao processo de avaliação pela Banca Examinadora, atendendo
às normas da legislação vigente do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade do
Vale do Itajaí – UNIVALI.
Área de Concentração: Enfermagem
Biguaçu, junho de 2008.
________________________________________
Profª M.Sc. Nen Nalú Alves das Mercês
UNIVALI – Campus Biguaçu
Orientadora
________________________________________
Profª M.Sc. Maria Catarina da Rosa
UNIVALI – Campus Biguaçu
Membro
________________________________________
Profª Espec. Janelice de Azevedo Neves Bastiani
UNIVALI – Campus Biguaçu
Membro
AGRADECIMENTOS
A Deus, por ser a luz em nossa caminhada, nos dando força, coragem e determinação,
nos guiando sempre pelos caminhos seguros e iluminando nossa vida e nossas decisões.
À Orientadora Nen Nalú, pela paciência, dedicação, incentivo, ensinamentos e
amizade. Orientando-nos e procurando diminuir nossas ansiedades. Professora que soube nos
orientar com tranqüilidade e sabedoria. Agradecemos imensamente pela força e incentivo
compartilhado em todos os momentos deste estudo.
Às professoras Janelice e Maria Catarina, por terem aceitado com carinho o convite
para fazer parte da banca examinadora, pelas valiosas sugestões e contribuições na construção
deste trabalho. Obrigada.
Aos professores, mestres e doutores, que fizeram do ensinamento um elo para
amizade.
Aos acadêmicos que participaram da pesquisa, contribuindo de maneira significativa
para conclusão do trabalho.
AGRADECIMENTOS CATIA
Um agradecimento especial aos meus pais, Osmar e Zelia, por todos os ensinamentos
e pela oportunidade de chegar até aqui. Obrigada pelo incentivo, todo amor, carinho e por
compartilharem comigo este momento tão especial em minha vida. Amos vocês.
A minha irmã Carla, cunhado Gerson e sobrinho Lucas por todo o apoio, carinho,
amor e incentivo e pelos momentos de lazer juntos.
Ao meu esposo Cristiano, que compartilhou comigo minhas alegrias, tristezas,
angústias, com palavras de entusiasmo nos momentos difíceis. Obrigada pelo seu amor,
carinho, compreensão, conforto, simplicidade em seus gestos em demonstrar para mim e
outras pessoas que a humildade é o caminho para a transformação.
Ao Eduardo, meu filho querido. Foi muito difícil tentar escrever algo que possa
esclarecer todo o amor que a mamãe sente por você. Mas, o seu sorriso e o seu olhar me faz
ter força e ao acordar todos os dias a mamãe diz, que saudade que estava de você. Te amo
eternamente.
A minha sogra Fátima, meu sogro Vilmar, cunhada Paula e biza Cecília, que me
ajudaram para a realização deste trabalho.
À Karina, minha colega, amiga pelos cinco anos de convivência e de amizade sincera,
pela paciência, te admiro muito pela sua força de vontade, você é uma guerreira vitoriosa. Foi
um grande prazer trilhar este caminho com você. Sua amizade é para sempre.
A todos os colegas que fizeram estágio comigo, pelo companheirismo durante todo o
período acadêmico.
A todas as pessoas que mesmo de forma indireta, compartilharam esta trajetória comigo.
AGRADECIMENTOS KARINA
Um agradecimento a minha família em especial, aos meus pais, Daltro e Valéria, por
todos os ensinamentos e pela oportunidade de chegar até aqui. Obrigada pelo incentivo, todo
amor, carinho e por compartilharem comigo este momento tão especial em minha vida. Amos
vocês.
Às minhas avós, Maria Cecília e Ione Beatriz, por todo o apoio, carinho, amor e
incentivo.
Ao meu namorado Rodrigo, que compartilhou comigo minhas alegrias, tristezas,
angústias, sempre paciente e com palavras de entusiasmo nos momentos difíceis. Obrigada
pelo seu amor, carinho, compreensão, conforto e por tudo o que você representa em minha
vida.
À Cátia, minha colega, amiga pelos cinco anos de convivência e de amizade sincera,
pela paciência, pessoa admirável pela sua força de vontade. Foi um grande prazer trilhar este
caminho com você. Sua amizade é para sempre.
A todos os colegas que fizeram estágio comigo, pelo companheirismo durante todo o
período acadêmico, em especial Patrícia, Rafaela, Roberta, Josiane, Luciana e Fabiana.
A todas as pessoas que mesmo de forma indireta, compartilharam esta trajetória
comigo.
RESUMO
PIRHARDT, C. R; TERRA, K. L. Prevenção e detecção precoce do Câncer de Mama:
nível de conhecimento dos acadêmicos do Centro de Ciências da Saúde. 114 p. Trabalho
de Conclusão de Curso de Graduação em Enfermagem – Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI. Biguaçu, 2008.
O câncer de mama é a neoplasia maligna mais comum em mulheres e por isso é considerada
um problema de saúde pública mundial. A prevenção e a detecção precoce do câncer são
formas eficazes de reduzir a mortalidade causada por essa doença. A Universidade tem o seu
papel social na formação, criação de novos conhecimentos e divulgação desses
conhecimentos, mas também a de participar nas estratégias de promoção à saúde e prevenção
de doenças, no meio acadêmico, visando uma Universidade saudável. Este estudo tem por
objetivo investigar o nível de conhecimento da prevenção e detecção precoce do câncer de
mama entre os acadêmicos do Centro de Ciências da Saúde do Campus de Biguaçu. Trata-se
de uma pesquisa quali-quantitativa e descretiva de caráter exploratório. Para coleta de dados
utiliza-se um instrumento composto por cinco seções, apresentando questões abertas e
fechadas, realizada com acadêmicos do Curso Graduação em Enfermagem, Fisioterapia e
Psicologia, totalizando cinquenta acadêmicos. Como referencial teórico utiliza-se alguns
conceitos de Paulo Freire, na abordagem da problematização e conscientização. Os resultados
apontam que quanto aos fatores de risco, prevenção e detecção precoce do câncer de mama os
cursos de enfermagem e fisioterapia demonstram ter mais conhecimento do que os
acadêmicos de psicologia. Em relação à descrição do auto-exame das mamas todos os
acadêmicos de enfermagem, fisioterapia e psicologia não sabem descrever corretamente os
passos do auto-exame. Neste contexto, acredita-se que o investimento na promoção à saúde é
fundamental numa Universidade, sendo que a informação é o meio mais acessível dos
acadêmicos em obterem conhecimento.
Palavras-chave: Câncer de mama; Prevenção do câncer de mama; Detecção precoce do
câncer de mama; Acadêmicos da área da saúde.
ABSTRACT
PIRHARDT, C. R; TERRA, K. L. Prevention and early detection of breast cancer:
knowledge level of academics from a Health Science Center. 114 p. Monograph in Nursing
Graduation – Itajaí Valley University - UNIVALI. Biguaçu, 2008.
Breast cancer is the most common cancer in women, being regarded as a world health public
matter. Early detection and prevention of cancer are efficient tools to decrease mortality
caused by this disease. The University has social role in formation, creation and spreading of
information, but also participating in health promotion and prevention disease programs in
academic environment, aiming a healthy University. This study focuses on investigating
knowledge level about prevention and early detection of breast cancer between Health
Sciences Center college students from Biguaçu Campus. This is a qualitative and quantitative
research, exploratory nature, descriptive. In order to gathering data we use an instrument
composed of five sections, presenting objective and subjective questions to Nursing,
Physiotherapy and Psychology students. As theoretical referential we used some Freire´s
concepts about problematization and conscientization. Results showed Nursing and
Physiotherapy academics demonstrated more acquaintance than Psychology students about
risk factors, prevention and early detection of breast cancer. In relation to breast self exam
description, all the Nursing, Physiotherapy and Psychology academics did not know how to
describe it correctly. In this context, we believe it is essential the investment on health
promotion at the University, regarding the information is the most available way for
University students acquiring knowledge.
Key-words: breast cancer; breast cancer prevention; breast cancer early detection; health
college students.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................13
1.1. Objetivos ......................................................................................................................... 15
1.1.1 Objetivo geral ........................................................................................................15
1.1.2 Objetivos específicos ……………………………………………………........... 15
2 REVISÃO DA LITERATURA ………………………………………………….......…. 16
2.1 A problemática do câncer ……………………………………..……………….……..... 16
2.2 Prevenção e detecção precoce do câncer de mama ...........................................................17
2.3 Alguns aspectos do câncer de mama ............................................................................... 20
3 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................... 25
3.1 Conceitos Adotados ......................................................................................................... 27
4 CAMINHO METODOLÓGICO ..................................................................................... 29
4.1 Caracterização geral do estudo ........................................................................................ 29
4.2 Caracterização do campo de desenvolvimento do estudo ................................................ 30
4.3 Seleção e caracterização dos acadêmicos do Centro de Ciências da Saúde .................... 31
4.4 Coleta, registro e análise dos dados ................................................................................. 32
4.5 O caminho percorrido ...................................................................................................... 33
4.6 Aspectos da dimensão ética ............................................................................................. 34
5 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .......................................................... 36
5.1 Caracterização dos Sujeitos do Estudo ............................................................................ 36
5.2 Fatores de risco para o câncer de mama .......................................................................... 40
5.3 Fatores de prevenção para o câncer de mama .................................................................. 54
5.4 Formas de detecção precoce do câncer de mama ............................................................ 61
5.5 Formas de detecção precoce do câncer de mama ............................................................ 68
6 PROBLEMATIZANDO A REALIDADE ...................................................................... 80
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 86
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 89
APÊNDICES ........................................................................................................................ 99
APÊNDICE 1 ....................................................................................................................... 100
APÊNDICE 2 ....................................................................................................................... 104
APÊNDICE 3 ....................................................................................................................... 110
ANEXOS ............................................................................................................................. 112
ANEXO 1 ............................................................................................................................. 113
LISTA DE FIGURAS
GRÁFICO 1 – Distribuição dos acadêmicos por curso........................................... 36
GRÁFICO 2 – Distribuição dos acadêmicos por gênero......................................... 37
GRÁFICO 3 – Distribuição dos acadêmicos por estado civíl.................................
37
GRÁFICO 4 – Distribuição dos acadêmicos com relação ao conhecimento do
gênero de ocorrência do câncer de mama................................................................... 41
GRÁFICO 5 – Distribuição dos acadêmicos com relação ao conhecimento dos
fatores de risco para o câncer de mama......................................................................
41
GRÁFICO 6 – Distribuição dos acadêmicos com relação ao acesso a informação
dos fatores de detecção precoce do câncer de mama.................................................. 621
GRÁFICO 7 – Distribuição dos acadêmicos com relação a realização do autoexame de mama..........................................................................................................
69
GRÁFICO 8 – Distribuição dos acadêmicos com relação ao acesso a informação
sobre a prevenção do câncer de mama.......................................................................
69
GRÁFICO 9 – Distribuição dos acadêmicos com relação ao acesso a informação
sobre a detecção precoce do câncer de mama............................................................
70
DIAGRAMA 1 – Arco de Maguerez.......................................................................... 80
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Distribuição dos acadêmicos por faixa-etária...........................................
36
Tabela 2 – Distribuição dos acadêmicos por renda familiar....................................... 38
Tabela 3 – Distribuição dos acadêmicos com relação ao nível de conhecimento
dos fatores de risco para o câncer de mama...............................................................
42
Tabela 4 – Distribuição dos acadêmicos com relação ao conhecimento dos fatores
de prevenção para o câncer de mama.........................................................................
55
Tabela 5 – Distribuição dos acadêmicos com relação ao conhecimento das formas
de detecção precoce do câncer de mama....................................................................
63
Tabela 6 – Distribuição dos acadêmicos com relação aos meios de comunicação
que o acadêmico teve acesso as informações sobre a prevenção e detecção do
câncer de mama..........................................................................................................
71
Lista de Siglas
INCA- Instituto Nacional do Câncer
TRH- Terapia de Reposição Hormonal
UNIVAL- Universidade do Vale do Itajaí
DANT- Doenças e Agravos Crônicos Não-Transmissíveis
UICC- União Internacional Contra o Câncer
TCLE- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
ACAFE- Associação Catarinense das Fundações Educacionais
SIES- Sociedade Itajaiense de Ensino Superior
UDESC- Universidade do Estado de Santa Catarina
UFSC- Universidade Federal do Estado de Santa Catarina
CEP- Comitê de Ética em Pesquisa
SISNEP- Sistema Nacional de Informações sobre Ética em Pesquisa Envolvendo Seres
Humanos
GH- Hormônio de Crescimento
IGFs- Fator de Crescimento Semelhante à Insulina
DIP- Doença Inflamatória Pélvica
SUS – Sistema Único de Saúde
13
1 INTRODUÇÃO
O câncer é uma doença crônico-degenerativa, também conhecida como tumor
maligno, apresenta-se como um crescimento anômalo e desordenado das células invadindo
tecidos e órgãos. Não se trata de uma doença, mas de um conjunto de mais de 100 doenças,
que tem a capacidade de disseminação à distância. O câncer pode ter cura, com as terapêuticas
existentes, porém para um bom prognóstico é primordial a sua detecção precoce.
A história natural do câncer de mama indica que o curso clínico da doença e a
sobrevida varia de paciente para paciente. Esta variação é determinada por uma série
complexa de fatores, tais como a diferença na velocidade de duplicação tumoral, o potencial
de metastatização do tumor e outros mecanismos, ainda não completamente compreendidos,
relacionados com a condição imunológica, hormonal e nutricional do paciente. No Brasil, o
câncer da mama feminino se constitui na patologia maligna mais incidente na população, tem
o seu quadro agravado pelo fato do diagnóstico ainda ser estabelecido, na maioria das vezes,
numa fase tardia da doença, em especial junto às classes com menor poder aquisitivo
(ABREU; KOIFMAN, 2002).
A distribuição da incidência e da mortalidade por câncer é importante para o
conhecimento epidemiológico da doença, desde seus aspectos etiológicos até os fatores
prognósticos envolvidos em cada tipo de câncer. Este conhecimento possibilita gerar
hipóteses causais e avaliar os avanços científicos em relação às possibilidades de prevenção e
cura, bem como a resolutividade da atenção à saúde (BRASIL, 2007).
No Brasil, as estimativas para o ano de 2008, válidas também para o ano de 2009,
apontam que ocorrerão 466.730 casos novos de câncer. Os tipos mais incidentes, à exceção do
câncer de pele do tipo não melanoma, serão os cânceres de próstata e de pulmão, no sexo
masculino, e os cânceres de mama e de colo do útero, no sexo feminino, acompanhando o
mesmo perfil observado no mundo (BRASIL, 2008).
A Organização Mundial da Saúde estima que ocorram mais de 1.050.000 casos novos
de câncer de mama por ano, em todo o mundo ( FERREIRA, et al 2005).
O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais freqüente no mundo e o mais
comum entre as mulheres. A cada ano, cerca de 22% dos casos novos de câncer em mulheres
são de mama. O número de casos novos de câncer de mama esperados para o Brasil, no ano
de 2008, é de 49.400, com um risco estimado de 51 casos a cada 100 mil mulheres (BRASIL,
2008).
14
O acesso à informação sobre incidência do câncer de mama é fundamental para definir
o papel de fatores de risco e estabelecer prioridades na prevenção, planejamento e
gerenciamento dos serviços de saúde (BRASIL, 2007).
A cada 100 mulheres com câncer de mama, existe um homem que desenvolve a
doença. Sendo um tumor de ocorrência rara em homens, o número de casos novos vem
aumentando nos últimos anos. Como sua etiologia ainda é desconhecida, preconiza-se o
mesmo procedimento utilizado com as mulheres, o auto-exame das mamas mensalmente.
Porém, sua atenção deverá ser redobrada, pois o homem ao possuir glândula mamária
hipertrofiada, é confundida muitas vezes com ginecomastia (acúmulo de gordura na região
mamária), fato comum nas fases de mudanças hormonais do homem.
O surgimento do câncer de mama em homens está relacionado a fatores de risco
recorrentes nas mulheres como: histórico familiar correspondente aos pais, mãe, irmã ou filha,
surgimento de alguma tumoração pré-maligna no passado, excesso de peso e dieta rica em
gorduras (BRASIL, 2007a).
Neste contexto, a prevenção e a detecção precoce do câncer de mama é indiscutível e a
participação da enfermagem é fundamental. A enfermagem é a profissão que tem como objeto
de trabalho o cuidado ao ser humano, possuindo diversos campos de atuação. Além de ser
uma ciência e arte do cuidado, sua atuação na educação em saúde visando a promoção da
saúde, a prevenção de doenças, a educação nos processos terapêuticos e na reabilitação é
primordial.
Enquanto alunas do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade do Vale do
Itajaí - UNIVALI, com o desenvolvimento das aulas teóricas e da atividade assistencial do 6º
período, o tema prevenção e detecção precoce do câncer de mama foi se consolidando como
uma proposta de estudo e, principalmente, o interesse de investigar o nível de conhecimento
dos acadêmicos da área da saúde sobre o tema.
As informações sobre a prevenção e detecção precoce do câncer de mama são
veiculadas, através de campanhas nacionais do Ministério da Saúde pelos meios de
comunicação em massa esporadicamente e, nos Serviços de Saúde. Este estudo nos dá um
diagnóstico situacional de como se encontra o nível de conhecimento dos acadêmicos da área
da saúde.
A Universidade tem o seu papel social na formação, criação de novos conhecimentos e
divulgação desses conhecimentos, mas também o de participar nas estratégias de promoção da
saúde e prevenção de doenças no meio acadêmico, visando uma Universidade saudável.
15
Desta forma delina-se a seguinte pergunta de pesquisa: Qual o nível de conhecimento
dos acadêmicos do Centro de Ciências da Saúde do Centro de Educação Biguaçu na
prevenção e detecção precoce do câncer de mama?
Traçamos os seguintes objetivos:
1.1 Objetivos
1.1.1 Objetivo geral:
•
Investigar o nível de conhecimento da prevenção e detecção precoce do câncer de
mama entre os acadêmicos do Centro de Ciências da Saúde do Campus de
Biguaçu.
1.1.2 Objetivos específicos:
•
Identificar o conhecimento quanto aos fatores de risco para o câncer de mama;
•
Identificar o conhecimento quanto às medidas de prevenção e detecção precoce do
câncer de mama;
•
Verificar se os acadêmicos da área da saúde realizam o auto-exame da mama.
16
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 A problemática do câncer
Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o
crescimento desordenado de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se
pelo processo de metástase para outras regiões do corpo. Dividindo-se rapidamente, estas
células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores
ou neoplasias malignas. Por outro lado, um tumor benigno significa simplesmente uma massa
localizada de células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido
original, raramente constituindo um risco de vida (BRASIL, 2007b).
A diferenciação entre os tumores benignos e malignos baseia-se no aspecto
(morfologia) e, por fim, no comportamento (evolução clínica), utilizando quatro critérios:
diferenciação e anaplasia, velocidade de crescimento, invasão local e metástases. Os tumores
malignos geralmente têm o seu crescimento mais rápido que os tumores benignos, portanto,
alguns cânceres durante anos, crescem lentamente e, então, entram em uma fase de
crescimento rápido, enquanto outros se expandem rapidamente desde o início. Os tumores
malignos de crescimento rápido apresentam áreas centrais de necrose isquêmica, pois sem um
suprimento sangüíneo adequado não consegue acompanhar as necessidades de oxigênio da
massa de células em expansão (STANLEY, et al 1996).
O Ministério da Saúde institui a Política Nacional de Atenção Oncológica, através da
Portaria nº 2.439/GM de 8 de dezembro de 2005, que estabelece estratégias de promoção,
prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e cuidados paliativos, a ser implantada em
todas as unidades federativas, respeitadas as competências das três esferas de gestão: federal,
estadual e municipal (BRASIL, 2007c).
Da mesma forma através da Portaria nº 74 SAS, de 19 de dezembro de 2005, o
Ministério da Saúde define as Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia,
os Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia suas aptidões e qualidades
incluindo outras providências (BRASIL, 2007d).
Estas novas estruturas são componentes fundamentais da Política Nacional de Atenção
Oncológica, visado a promoção e vigilância em saúde; atenção básica; média complexidade;
alta complexidade; centros de referência de alta complexidade em oncologia; plano de
controle do tabagismo e outros fatores de risco do câncer do colo do útero e da mama; a
17
regulamentação suplementar e complementar das estratégias da Política Nacional; a
regulação, fiscalização, controle e avaliação dos Planos nos três níveis; sistema de
informação; diretrizes nacionais para a atenção oncológica; avaliação tecnológica; educação
permanente e capacitação (idem, 2007d).
2.2 Prevenção e detecção precoce do câncer de mama
O conhecimento dos fatores de risco para o câncer de mama e a sua prevenção são
medidas importantes e fazem parte das ações de saúde, apesar da detecção precoce ser
considerada a estratégia básica para o controle de câncer de mama.
Os principais fatores considerados de risco para o câncer de mama, são: histórico
familiar de câncer de mama, menopausa tardia após os 50 anos, menarca precoce,
nuliparidade e idade materna avançada na primeira gestação, exposição à radiação, terapia de
reposição hormonal (TRH) e o uso de anticoncepcionais orais (RODRIGUES; OLIVEIRA,
2006).
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), as evidências científicas não são
ainda conclusivas, para justificar que sejam realizadas estratégias específicas na prevenção
primária do câncer de mama. As ações de prevenção estão diluídas nas ações de promoção à
saúde direcionada ao controle das doenças e agravos crônicos não-transmissíveis (DANT) e o
foco é especialmente a obesidade e o tabagismo (BRASIL, 2007e).
No homem apesar da etiologia do câncer de mama ainda ser desconhecida, preconizase o mesmo procedimento de detecção precoce, na realização do auto-exame das mamas. Em
geral, com as mesmas características dos fatores de risco feminino, a prevenção para o sexo
masculino engloba os mesmos critérios: diminuir o consumo de álcool, não fumar e evitar
locais com concentração de fumaça de cigarro, evitar agentes químicos tóxicos, praticar
exercícios físicos para diminuir o nível de estresse, alimentação saudável e minimizar
exposição à radiação (ABEN, 2005).
A atuação na detecção precoce do câncer de mama é considerada para alguns
autores, como um dos avanços mais eficazes quando citam “o número de mulheres que
morrem a cada ano de câncer de mama pode, potencialmente, ser reduzido através da triagem
e detecção precoce” (BLAND; COPELAND, 1994, p. 1193).
A detecção precoce é a principal estratégia para o controle do câncer de mama.
Segundo as orientações do Consenso para o Controle do Câncer de Mama, divulgado pelo
18
INCA, as ações recomendadas para o rastreamento em mulheres assintomáticas, são: exame
clínico que deverá ser realizado por profissionais capacitados, para detectar tumor de até um
centímetro, se superficial e o exame de imagem - mamografia (BRASIL, 2004).
A mamografia é a radiografia simples das mamas e é considerada por muitos o
procedimento mais importante para o rastreamento do câncer de mama. Como procedimentos
auxiliares no diagnóstico temos: ultra-sonografia, exame citológico (punção aspirativa com
agulha fina e citologia da descarga papilar) e exame histopatológico (biópsia) (KEMP, et al
2001).
A ultra-sonografia trata-se de um importante método auxiliar no diagnóstico de
patologias mamárias. Informa sobre o estado da pele e dos tecidos subcutâneo, fibroglandular,
celular e muscular posterior. É o método de escolha para a avaliação por imagem das lesões
palpáveis, em mulheres com menos de 35 anos. Naquelas com idade igual ou superior a 35
anos, a mamografia é o método de eleição (idem, 2001).
A partir de 40 anos de idade o exame clínico é realizado anualmente. Este
procedimento é ainda compreendido como parte do atendimento integral à saúde da mulher,
devendo ser realizado em todas as consultas clínicas, independente da faixa etária (BRASIL,
2006).
Muitos tumores de mama são detectados pela própria paciente ou por seu parceiro. A
melhor maneira de a mulher descobrir um nódulo em sua mama é perdendo alguns minutos e
conhecendo as suas próprias mamas, examinando-as mensalmente no sentido de encontrar
qualquer anormalidade (idem, 2006).
O auto-exame das mamas tem como objetivo levar a mulher e o homem a examinar
suas próprias mamas, a fim de descubrirem alterações e nódulos precocemente.
É uma técnica simples e segura de inspeção e palpação das mamas. Poderá ser
executada no banho, mas o indicado seria na frente de um espelho onde a mulher ou o homem
poderá visualizar melhor a mama quanto a sua simetria, ou alguma outra alteração superficial.
O período indicado é de uma vez por mês, sendo 10 dias que seguem a menstruação, quando
já tiverem desaparecidos os sinais de edema e a turgescência das mamas (características do
período menstrual). Mulheres na menopausa ou pós-menopausa devem realizar o auto-exame
das mamas em qualquer época do mês (definindo uma data para realizar, como por exemplo:
o dia que corresponde o aniversário, ou dia 1°, dia 15 de cada mês) (FREITAS, et al 2001). O
homem poderá também realizar qualquer dia, de preferência, escolhendo um dia fixo por mês.
O INCA não estimula o auto-exame das mamas como estratégia isolada de detecção
precoce do câncer de mama. A recomendação é que o exame das mamas realizado pela
19
própria mulher faça parte das ações de educação para a saúde que contemplem o
conhecimento do próprio corpo (BRASIL, 2004).
Há um número considerável de mulheres que conhecem o auto-exame das mamas,
devido às campanhas do Ministério da Saúde veiculadas pela mídia e das orientações
recebidas nos Serviços de Saúde. Há mulheres que conhecem a técnica, não realizam o autoexame pelo medo que a descoberta irá antecipar algo de ruim em sua vida, ao contrário, o
diagnóstico precoce poderá ser decisivo para a sua cura e sobrevivência. Infelizmente aos
homens não é realizado as orientações para o auto-exame, tendo um maior foco a mulher.
O INCA (BRASIL, 2004) preconiza para as mulheres, as seguintes recomendações:
1
Rastreamento por mamografia, para as mulheres com idade entre 50 a 69 anos, com o
máximo de dois anos entre os exames;
2
Exame clínico da mama e mamografia anual, a partir dos 35 anos, para as mulheres
pertencentes a grupos populacionais com risco elevado de desenvolver câncer de
mama;
3
Garantia de acesso ao diagnóstico, tratamento e seguimento para todas as mulheres
com alterações nos exames realizados. São definidos como grupos populacionais com
risco elevado para o desenvolvimento do câncer de mama: mulheres com história
familiar de pelo menos um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com
diagnóstico de câncer de mama, abaixo dos 50 anos de idade; mulheres com história
familiar de pelo menos um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com
diagnóstico de câncer de mama bilateral ou câncer de ovário, em qualquer faixa etária;
mulheres com história familiar de câncer de mama masculino e mulheres com
diagnóstico histopatológico de lesão mamária proliferativa com atipia ou neoplasia
lobular in situ.
Observa-se que,
o exame histopatológico é o que permite afirmar com segurança a natureza
de uma lesão. Quando o material for obtido por punção, utilizando-se
agulha grossa ou biópsia cirúrgica convencional. Neste exame o que se
examina é um fragmento da estrutura, avaliando-se, então, toda a
composição do tecido. (BRASIL, 2004, p. 08).
A seguir apresentaremos alguns aspectos do câncer.
20
2.3 Alguns aspectos do câncer de mama
O primeiro registro sobre o câncer de mama foi em 1713, quando o médico italiano
Bernardino Ramazzini fez o primeiro estudo epidemiológico do câncer de mama. Ao perceber
a incidência do câncer em grupos de freiras relatando que, tinham maior risco de câncer de
mama, do que mulheres comuns, deduzindo que devido ao celibato, faltavam hormônios no
metabolismo das freiras.
Segundo Smeltzer e Bare (2002), os cânceres de mama ocorrem em qualquer local no
órgão, porém a maior parte é encontrada no quadrante superior externo, onde se localiza a
maior parte do tecido mamário. Geralmente, as lesões são indolores em vez de dolorosas;
fixas, em vez de móveis; e com bordas endurecidas e irregulares, em vez de encapsuladas e
lisas.
Dentre as manifestações clínicas do câncer de mama, Valle (1999) descreve que os
sinais e sintomas iniciais do câncer de mama são variados e podem ser múltiplos por ocasião
da sua apresentação. E como manifestações locais, o tumor é o sinal mais comum do câncer,
bem como as alterações cutâneas, o desconforto, dor, edema, retração e secreção mamilar,
hemorragias, ulcerações, hiperemia, dentre outros.
Quanto à classificação histológica, o câncer de mama apresenta-se como um grupo de
neoplasias epiteliais malignas com grande heterogeneidade em sua estrutura. Segundo
Rodrigues; Oliveira (2006), o câncer de mama aparece em sua grande maioria no tecido
epitelial dos ductos (carcinoma ductal) ou lobos (carcinoma lobular).
Através da classificação dos tumores, criados pela União Internacional Contra o
Câncer (UICC) é possível definir o estadio da doença. Esta avaliação tem como base à
dimensão do tumor (T), a avaliação da extensão dos linfonodos comprometidos (N) e a
presença ou não de metástases à distância (M). Após a avaliação, os casos são classificados
em estádios que variam de I a IV graus crescentes de gravidade da doença (BRASIL, 2004).
O estadiamento é uma parte da avaliação do pré-tratamento e é realizado pelo exame
histológico do tecido biopsiado e de amostra axilar.
1
Estágio I – consiste em pequeno tumor, menor que 2 cm, linfonodos negativos e sem
metástase;
2
Estágio II – tumor entre 2 cm e 5 cm, linfonodos negativos ou positivos, sem
metástase;
21
3
Estágio III – tumor maior que 5 cm, ou de qualquer tamanho com invasão da pele ou
da parede torácica, linfonodos positivos, sem metástase;
4
Estágio IV – tumor de qualquer tamanho com linfonodos positivos ou negativos e
metástase à distância.
Os tipos histopatológicos de câncer de mama mais freqüentes, segundo Stanley, et al
(1996), e que continuam sendo considerados atualmente são:
Carcinoma Intraductal: caracterizado por uma proliferação de células malignas que
crescem e obstrue os ducto e dúctulos. Essas células são relativamente grandes e/ou
pleomórficas e permanecem confinadas pela membrana basal. Estão presentes diversos
padrões: variantes sólidas, cribriformes, papilares, micropapilares e comedocarcinomatosas.
Carcinoma Lobular in situ: a lesão caracteriza-se pela proliferação de células pequenas
e uniformes no interior de ductos terminais e lóbulos, podendo, algumas vezes, estender-se a
ductos extralobulares que enchem, distendem ou distorcem pelo menos 50% das unidades
acinares de um único lóbulo. As Células de CLIS são reconhecidas como um marcador
tumoral subseqüente de um carcinoma da mama invasivo e freqüentemente se estendem até
ductos maiores de forma pagetóide.
Carcinoma Ductal Infiltrante (invasivo): é classificado como o tipo mais comum de
câncer de mama, tendo em média de 1 a 2 cm ocorrendo como um nódulo duro e irregular.
Histologicamente, o tumor é formado pela proliferação de elementos epiteliais com atipias
citológicas relativamente acentuadas constituído de células ductais malignas dispostas em
cordões, ninhos celulares sólidos, túbulos, folhetos anastomosados e diversas misturas desses.
Estas células encontram-se dispersas numa densa reação estromal, responsável pela
consistência do tumor (carcinoma cirroso).
Carcinoma Medular: caracteriza-se como um tumor relativamente grande bemdelimitados, circunscritos, densos com 2 a 3 cm de diâmetro, acinzentados, com consistência
firme, sendo, muitas vezes, confundidos, no exame físico, com fibroadenomas. Compreende
1% dos carcinomas de mama. Histologicamente é caracterizado por células pouco
diferenciadas, alto índice mitótico, demonstra ausência de desmoplasia, presença de um
intenso infiltrado linfoplasmocitário e um padrão sincicial de proliferação moderadamente
denso e grande células tumorais pleomórficas crescendo em massas anastomosadas sinciais.
Somente quando o tumor tem todas essas características é que ele tem uma evolução menos
maligna que o carcinoma ductal infiltrante típico.
Carcinoma Colóide ou Mucinoso: caracteriza-se por acometer mulheres mais idosas,
sendo responsável por cerca de 2 a 3% dos carcinomas de mama, cresce de forma lenta. O
22
bom prognóstico é reservado as formas puras de carcinoma mucinoso puro, ocupando mais de
75% de massa tumoral. Morfologicamente, ele aparece como massas gelatinosas moles,
constituídas de lagos de mucina corada levemente, no interior dos quais flutuam pequenas
ilhotas de células bem diferenciadas.
Doença de Paget: caracteriza-se por ser um carcinoma que ocorre no interior dos
grandes ductos excretores e estende-se até envolver a pele do mamilo e da aréola. São células
grandes, pálidas, por vezes vacuoladas, localizadas dentro do epitélio escamoso queratinizado
sobrejacente. O mamilo apresenta alterações eczematóides. Um carcinoma ductal localizado
ou invasivo está invariavelmente presente no tecido mamário ou subjacente.
Carcinoma Lobular Invasivo: a lesão caracteriza-se pela presença de células tumorais
pequenas e homogêneas, semelhantes ao carcinoma lobular in situ, com um padrão
concêntrico, circundando os ductos mamários residuais, responsável por 5% dos carcinomas
invasivos, mas tende a ser mais freqüentemente multifocal e bilateral em comparação a outros
carcinomas de mama de origem ductal. Tem geralmente o mesmo prognóstico do carcinoma
ductal invasivo, mas tende a ser bilateral (20%) ou multicêntrico.
O conhecimento dos tipos de câncer de mama aliado à sua detecção precoce são as
estratégias básicas apontadas pelo Ministério da Saúde para o controle eficaz da doença no
mundo.
2.4 A universidade como centro da produção e disseminação de conhecimento
A Universidade é uma instituição social com o objetivo de desenvolver e reproduzir o
conhecimento historicamente construído, visando formar cidadãos, que contribuam para o
progresso da sociedade, e assim a esta se integrar de forma participativa.
Apesar das cobranças externas e do confronto consigo mesma, a
universidade se vê mais impulsionada a redefinir seu conceito de
responsabilidade social. Uma atuação mais incisiva sobre os problemas
sociais certamente resultaria em maior confiança da sociedade ao mesmo
tempo em que geraria maior credibilidade e incentivos à comunidade
universitária (BROTTI, et al 2000 p. 59).
Para Crippa (1980, apud Colossi, et al 2002) a universidade é considerada “usina da
informação”. É uma instituição detentora de uma grande capacidade transformadora.
Entretanto, dentro das suas atribuições devem estar contempladas soluções inovadoras, mas
factíveis com as demandas sociais emergentes, bem como a inserção dos segmentos
vulnerários e/ou marginalizados da sociedade, pois transformação da ciência e de todos os
23
conhecimentos em saber ou sabedoria realiza-se na universidade na medida em que tudo nela
se vincula à vida e aos valores humanos.
[...] o reencontro da idéia e da missão da Universidade exige um exame das
novas realidades sociais que constituem o mundo de hoje e dentro das quais
ela deve estar inserida como força espiritual, como fonte de valores e como
garantia de um autêntico humanismo (COLOSSI, et al 2002. p. 155).
O compromisso social da universidade deve ser muito mais efetivo e necessita se
adequar aos processos de desenvolvimento econômico e social, visto que, ela faz parte de um
contexto global inclusivo que a determina, devendo colaborar para a manutenção ou para a
transformação da sociedade.
[...] devendo-se optar por ações duradouras, que visam transformar
profundamente a sociedade, na direção da conquista dos diretos civis,
políticos e sociais, tendo em vista uma integração real, uma parceria efetiva,
na tentativa de sair do seu enclausuramento e coorporativismo que, na
maioria das vezes, conduz à inércia acadêmica e ao descompromisso com a
sociedade que a mantém (COLOSSI, et al 2002. p. 157).
Interessante observar, que em 1912, surgiu a primeira Universidade Brasileira, no
Estado do Paraná, mas que durou somente três anos. Somente em 1920 surge a Universidade
do Rio de Janeiro, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro, que reunia os cursos da
Escola Politécnica, bem como a Faculdade de Medicina e de Direito (SOUZA, 1994).
As Universidades federais dos outros estados criaram-se nas décadas de 50 a 70, além
de Universidades estaduais, municipais e particulares. Em 1961 foi em vigor à
descentralização do ensino superior foi à vertente seguida na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (idem, 1994).
No século XX ocorreu uma transformação no ensino superior, consistiu no fato de
destinarem-se também ao atendimento à massa e não exclusivamente à elite. Em 1990 foi
realizado um estudo, observou-se que no ensino superior, estudantes de famílias com renda de
até seis salários mínimos representavam aproximadamente 12% dos matriculados em
instituições privadas e 11% em instituições públicas. Tanto no setor privado, quanto no
público, à proporção de estudantes de famílias com renda acima de dez salários mínimos
ultrapassa os 60%, o que desmistifica a crença de que os menos favorecidos é que freqüentam
a instituição privada (MARTINS, 2002).
Em Santa Catarina a oferta do ensino superior de graduação até o começo da década
de sessenta do século passado era gratuita e patrocinada pela União, por meio de faculdades
instaladas no Município da Capital - a atual Universidade Federal do Estado de Santa Catarina
– UFSC (COLLAÇO; NEIVA, 2003). Possuindo em seu Centro de Ensino, cursos de
24
graduação na área da saúde, correspondente a: Enfermagem, nutrição, medicina, odontologia
e farmácia, sendo que os três últimos citados foi oficialmente instalada em 1962 (BRASIL,
2008a).
Naquela época, o governo do Estado ainda ensaiava seus primeiros passos nesse
campo da educação. Criara, em 1956, em Joinville, uma Faculdade de Engenharia, e, em
1963 e 1965, respectivamente, a Faculdade de Educação e a Escola Superior de
Administração e Gerência, ambas com sede em Florianópolis. Começava a nascer a atual
Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC, cujos cursos, para o aluno, eram
subsidiados, passando a ser gratuitos com o advento da Constituição Federal de 1988
(COLLAÇO; NEIVA, 2003).
A trajetória da Educação Superior em Itajaí veio com a instalação da Universidade do
Vale do Itajaí em março de 1989. Com a Lei Municipal torna-se uma Instituição pública e
através da Portaria Ministerial 51/89, passa a ter autonomia para abertura de novos cursos,
transformando-se em uma Instituição de Ensino Superior do Estado. Firmando o
comprometendo-se com a redução das desigualdades sociais e a promoção da qualidade de
vida em sua área de abrangência em prol da produção do conhecimento pelo ensino, pela
pesquisa e pela extensão (ITAJAÍ, 2008).
No dia 22 de setembro de 1964, a Sociedade Itajaiense de Ensino Superior (SIES) foi
oficialmente transformada em Instituição pública pela Lei Municipal 599/64, sendo um
grande marco da trajetória do Ensino Superior em Santa Catarina. O procedimento da SIES de
vincular a criação das escolas de nível superior à Prefeitura Municipal foi adotado em outras
cidades do Estado, dando origem anos mais tarde à Associação Catarinense das Fundações
Educacionais (ACAFE), fundada em 1974 (idem, 2008).
Considerada como a maior Universidade de Santa Catarina e a oitava do País, segundo
o Ministério da Educação, possuem uma estrutura multicampi, permitindo atender a
comunidade em todo o litoral centro-norte catarinense (idem, 2008).
25
3 REFERENCIAL TEÓRICO
No presente trabalho opta-se em utilizar o referencial teórico baseado em alguns
pressupostos de Paulo Freire, um revolucionário, com a peculiaridade de utilizar meios
pacíficos, facilmente praticáveis, de baixo custo, que não sacrificam vidas e, pelo contrário,
libertam pessoas, garantindo sua dignidade essencial.
A escolha por este referencial deve-se a seus pressupostos por uma educação
multicultural, ética, libertadora e transformadora, que facilitaram o olhar ao nosso objeto de
estudo - a prevenção e detecção precoce do câncer de mama: nível de conhecimento dos
acadêmicos do centro de ciências da saúde. O pensamento de Freire ainda é contemporâneo e
inspira uma educação solidária, dialogada, sem arrogância e supremacia do educador,
defendendo a articulação do saber, conhecimento, vivência, comunidade, escola, meio
ambiente, traduzindo-se num trabalho coletivo.
Poucos sabem que Freire esteve ligado à arte-educação desde os inícios de sua ação
educacional. Para ele não é possível definir uma teoria da educação sem primeiro definir uma
teoria do ser humano. Sendo assim, também não é possível educar sem conhecer os
fundamentos da antropologia. Propõe a possibilidade de uma pedagogia fundamentada na
práxis, inserida numa política de esperança, de luta revolucionária, de amor e de fé no ser
humano (MIRANDA; BARROSO, 2004).
Ele reflete sobre a necessidade de uma nova questão: da inclusão do ser humano, ou
seja, de sua inserção num permanente movimento de procura da curiosidade ingênua e a
crítica, virando estudo de grau de certeza do conhecimento científico em seus diversos ramos.
Além disso, explora a questão da problematização da realidade, da significação
quando é possível desenvolver uma concepção libertadora na relação professor e aluno e
conhecimento e aprendizagem.
Costa (2002, p. 66), refere que,
[...] como sendo os princípios norteadores da proposta de Paulo Freire: “1 o homem é sujeito de sua própria educação; 2- ninguém educa ninguém; 3saber e ignorância são relativos: os conteúdos devem despertar uma nova
forma de relação com a vida; 4 - ninguém se educa sozinho; 5 - a educação
precisa se dar na relação do homem com sua própria realidade.
Freire concebe educação como “reflexão sobre a realidade existencial. Articular com
essa realidade nas causas mais profundas dos acontecimentos vividos, procurando inserir
sempre os fatos particulares na globalidade das ocorrências da situação” (FREIRE, 1983, p.
165).
26
A educação deve estabelecer uma relação dialética com a qual a sociedade à qual se
destina. Por este motivo, “quando se integra neste ambiente, que por sua vez, dá garantias
especiais ao homem através de seu enraizamento nele. Superposta a ele, fica ‘alienada’ e, por
isso mesmo inoperante” (FREIRE, 1981, p. 28).
Considera-se a partir desta afirmação, que a educação se caracteriza por trabalhar com
as diferenças a partir da compreensão de diversidade, contextualizando o indivíduo, social e
historicamente, assumindo um compromisso de transformação social.
Paulo Freire era um pensador comprometido com a vida, com a dignidade,
cidadania e com a humanização. Em contraposição ao modelo tradicional,
propõe uma educação problematizadora, na qual o educador não é apenas o
que educa, mas o que, enquanto educa, pode propiciar a transformação da
realidade, numa relação dialética, tendo o conceito de práxis como elemento
fundamental da relação da teoria e prática (COSTA, 2002, p. 66).
Portanto, deduza-se que “o homem não pode participar ativamente da história, na
sociedade na transformação da realidade, se ele não é auxiliado a tomar consciência da
realidade e da sua própria capacidade de transformá-la” (FREIRE, 1980, p. 40). Assim,
consideramos que a Metodologia da Problematização é uma diretriz fundamental para
provocar uma atitude crítico-reflexiva que efetivamente esteja comprometida com a mudança
dos pesquisadores e pesquisados.
Problematizar é o ato de buscar relacionar um novo conjunto de
informações à estrutura cognitiva do estudante” Refere ainda que o
problema foi sempre caracterizado por uma situação teórica ou prática e
para sua solução apresenta-se uma gama de possibilidades. Esta resolução
deverá ser encontrada com espírito crítico, reflexão, planejamento e
informação para se desenvolver competências e se chegar finalmente a uma
aprendizagem significativa (COSTA, 2002, p. 67).
Freire (1983) coloca a educação como conseqüência da necessidade do ser humano de
adaptar-se ao novo, na busca de realização como pessoa e da consciência que tem de si como
ser inacabado, em constante busca.
Ensinar não é transferir conteúdo a ninguém, assim como aprender não é
memorizar o perfil do conteúdo transferido no discurso vertical do
professor. Ensinar e aprender tem que ver com esforço metodicamente
crítico do professor de desvelar a compreensão de algo e com empenho
igualmente crítico do aluno de ir entrando como sujeito em aprendizagem,
no processo de desvelamento que o professor deve deflagrar (FREIRE,
2002, p. 134).
Sobretudo, mais do que um método de ensinar é um método de aprender, onde o
27
educando aprende com educador e o educador aprende com o educando. Baseados na teoria
de Paulo Freire e de outros autores foram estabelecidos alguns conceitos, que serão
apresentados a seguir:
3.1 Conceitos Adotados:
Acadêmicos: são os estudantes de uma universidade, que buscam aprendizado com o intuito
de uma formação de nível superior.
Autonomia: é um componente da formação do homem e sua inserção no mundo, composta
fundamentalmente por três eixos: liberdade, descobrimento e transformação (FREIRE, 2002).
Auto-exame da mama (AEM): é a técnica de inspeção manual para verificar as próprias
mamas para nodosidades ou alterações suspeitas (SMELTZER & BARE, 2005).
Câncer: é uma enfermidade de caráter genético. É um complexo e heterogêneo grupo de
estados patológicos no qual as células proliferam descontroladamente e invadem tecidos
vizinhos (OLIVEIRA JR., 2002).
Comunicação: o princípio da comunicação é a transformação do homem em sujeito. É o
compartilhamento do conhecimento entre os seres humanos com o mundo (FREIRE, 2007).
Conscientização: é um compromisso histórico, é uma inserção crítica na história, assumindo
o homem uma posição de sujeito podendo transformar o mundo. É o desenvolvimento crítico
da tomada de consciência (FREIRE, 1980).
Detecção: é a identificação de uma suposta doença, através de sinais, sintomas ou avaliação
complementar.
Diálogo: é uma necessidade existencial. É o encontro entre os homens, mediatizados pelo
mundo, para designá-lo, onde a reflexão e a ação orientam-se para o mundo que é preciso
transformar e humanizar. É necessário amor, humildade, fé no homem, criatividade,
criticidade e esperança (FREIRE, 1981).
28
Educação: A educação se fundamenta num mundo da comunicação, onde o homem está em
relação com os outros homens e com a natureza (FREIRE; GUIMARÃES, 2003).
Prevenção: São ações/estratégias utilizadas no cuidado. A prevenção é um zelo pela
manutenção do equilíbrio entre o hospedeiro, agente patogênico e meio ambiente
(LEAVELL; CLARK, 1976).
Problematização: A educação problematizadora oferece oportunidade para que os educandos
possam tornar-se pessoas de iniciativa, de responsabilidade, de compromisso, de
determinação; que sejam capazes de aplicar ás novas situações os conhecimentos adquiridos;
que sejam críticos e reflexivos antes de qualquer iniciativa (FREIRE, 1983).
Universidade: é uma instituição de ensino formal em graduação e pós-graduação, que visa à
produção de conhecimento e a formação de futuros cidadãos atendendo às necessidades da
sociedade.
29
4 CAMINHO METODOLÓGICO
4.1 Caracterização geral do estudo
O estudo desenvolve-se na área de Prevenção e Promoção a Saúde, junto aos
acadêmicos dos Cursos do Centro de Ciências da Saúde, tendo como campo de estudo uma
Instituição de Ensino de Nível Superior, na cidade de Biguaçu em Santa Catarina.
A realização deste estudo configura-se no Trabalho de Conclusão de Curso e tem
início no 5º período do Curso de Graduação em Enfermagem, na disciplina de Metodologia da
Pesquisa.
Trata-se de uma pesquisa quali-quantitativa, de caráter exploratório, descritiva, tendo
como objetivo: investigar o nível de conhecimento da prevenção e detecção precoce do câncer
de mama entre os acadêmicos do Centro de Ciências da Saúde do Centro de Educação
Biguaçu.
A abordagem é quali-quantitativa:
[...] quando se utiliza dados e análises quantitativas e qualitativas, se o
problema sugere a necessidade de ambos e, neste caso, parte dele será
esclarecido a perspectiva quantitativa, enquanto a outra parte na perspectiva
qualitativa (LEOPARDI, 2001, p. 137).
A abordagem exclusivamente qualitativa tem o foco de:
Um problema ainda sem solução é a definição de uma forma de avaliar a
pesquisa qualitativa. A inexistência desse modo de avaliação é várias vezes
apontadas como um argumento para questionar a legitimidade desse tipo de
pesquisa (FLICK, 2004 p. 229).
A abordagem qualitativa implica em:
[...] medir relações entre variáveis em avaliar o resultado de algum sistema
ou projeto, recomenda-se utilizar preferencialmente enfoque da pesquisa
quantitativa e utilizar o melhor meio possível de controlar o delineamento
da pesquisa para garantir uma boa interpretação dos resultados (ROESCH,
1999. p. 130).
Opta-se pela abordagem quali-quantitativa em decorrência do nosso objeto de estudo,
exploratória porque permiti aumentar nossa experiência em torno do objeto, pois “são planos
que não tem a intenção de testar hipóteses específicas de pesquisa. São orientados para a
descoberta” (HAIR, et al 2005, p. 84).
Decide-se também, pela abordagem descritiva porque é um estudo que se caracteriza
pela necessidade de se explorar uma situação não conhecida. A pesquisa descritiva é um
30
levantamento das características conhecidas ou componentes do fato, fenômeno ou problema.
Normalmente é feita na forma de levantamentos ou observações sistemáticas. Pretende
descrever com exatidão os fatos ou fenômenos de determinada realidade (SANTOS, 1999).
4.2 Caracterização do campo de desenvolvimento do estudo
O estudo desenvolve-se numa Instituição de Ensino Superior pública de caráter
privado do Estado de Santa Catarina. A Universidade possui seis Campus. São eles: Balneário
Camboriú, Balneário Piçarras, Biguaçu, Itajaí, São José e Tijucas. No momento oferece 37
cursos de graduação, 38 de especialização, 09 de Mestrado e 01 de doutorado. Há uma
fundação mantenedora da Universidade, bem como do Hospital Universitário, Laboratório de
Produção e Análise de Medicamentos, da Rádio Educativa FM e da TV da Universidade
(ITAJAÍ, 2007).
Os cursos de graduação, entre bacharelados, licenciaturas e de tecnólogos, são
agrupados em seis Centros de Educação, independentemente do Campus onde é ofertado.
Essa estrutura busca dar unidade na gestão dos cursos da mesma área de conhecimento,
melhorando, assim, a qualidade da formação dos acadêmicos pela qualificação permanente
das ofertas em todos os Campus. Além disso, objetiva a racionalização na definição de
prioridades, o melhor aproveitamento da estrutura física multi campi e do corpo docente, e a
garantia de um padrão de qualidade dos cursos ofertados (idem, 2007).
O Campus da Universidade que serviu de local para o desenvolvimento do estudo se
encontra na cidade de Biguaçu, onde se localiza os Cursos do Centro de Ciências da Saúde. O
campus possui duas áreas distintas: A e B. Iniciou suas atividades em 1991 e a construção do
campus A, em 1993, quando passou a oferecer, na Grande Florianópolis cursos nas áreas de
Ciências Humanas, Sociais Aplicadas e Jurídicas, além do curso de Segurança Pública, único
no Estado e mais tarde cursos da área da saúde. A inauguração do Campus B foi em 2000
(UNIVALI, 2007).
Os Cursos da área da saúde são: enfermagem, fisioterapia e psicologia. O curso de
Graduação em Enfermagem deu início em 2000. Está dividido em 08 períodos, dispõe de 40
vagas, sendo que o primeiro semestre deste ano de 2008 foram 210 acadêmicos matriculados.
Já no curso de Graduação em Fisioterapia, iniciou-se em 2001 com 09 períodos, onde
disponibiliza 40 vagas e 39 acadêmicos matriculados em 2008/1. No curso em Graduação em
Psicologia são 10 períodos, sendo 50 vagas disponíveis e com 251 acadêmicos matriculados.
31
4.3 Seleção e caracterização dos acadêmicos do Centro de Ciências da Saúde
Fazem parte deste estudo acadêmicos do Curso Graduação em Enfermagem,
Fisioterapia e Psicologia, ou seja, cursos compostos pelo Centro de Ciências da Saúde da
Universidade escolhida.
Foram estabelecidos os seguintes critérios para seleção dos acadêmicos:
•
Ser acadêmico dos respectivos cursos e estar efetivamente matriculado no
momento da coleta de dados.
•
Ter idade igual ou superior a 18 anos.
•
Concordar em participar do estudo, com o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido – TCLE, (APÊNDICE 1), pós-informação assinado, de acordo com a
Resolução Pesquisa em Seres Humanos 196/96 (BRASIL, 2007f).
•
A caracterização dos sujeitos foi com a utilização da nomenclatura especificada a
seguir, ficando garantido o sigilo e o anonimato: acadêmicos do Curso de
Graduação em Enfermagem: Ac. Enf x-y; acadêmicos do Curso de Graduação em
Fisioterapia: Ac. Fis x-y; acadêmicos do Curso de Graduação em Psicologia: Ac.
Psi x-y; (x corresponde o período/fase, y corresponde o número em algarismos
arábicos em ordem crescente dos acadêmicos); Exemplo: Ac. Enf. 5-12
(Acadêmico de Enfermagem, do 5º período e o décimo segundo sujeito deste
período que participou do estudo).
São consideradas, para cálculo da amostra dos acadêmicos, as matrículas efetivas de
2008/1: 210 acadêmicos matriculados, do Curso de Graduação em Enfermagem; 39
acadêmicos matriculados, do Curso de Graduação em Fisioterapia, e 251 acadêmicos
matriculados do Curso de Graduação em Psicologia. Um Universo de 500 acadêmicos.
O estudo foi realizado com:
•
10% dos acadêmicos de enfermagem, totalizando: 210 – foram 21 acadêmicos;
•
10 % dos acadêmicos de fisioterapia, totalizando: 39 – foram 4 acadêmicos;
•
10% dos acadêmicos de psicologia, totalizando: 251 – foram 25 acadêmicos;
•
Totalizando: 50 sujeitos.
A seleção dos acadêmicos atende aos critérios estabelecidos, não sendo critério de
inclusão ou exclusão o gênero masculino ou feminino. Do número total de acadêmicos por
curso é realizado um sorteio, de caráter aleatório, pela listagem geral de matriculados. Cada
32
acadêmico da listagem recebe um número de 1 a 210 no curso de enfermagem; de 1 a 39 no
curso de fisioterapia e de 1 a 251 no curso de psicologia, iniciando com o algarismo arábico
de nº 1 para o primeiro acadêmico do 1º período/fase e o último número, para o último
acadêmico do 8º ou 10º período/fase do respectivo curso.
O contato primeiramente ocorre através de e-mail, sendo enviado para os acadêmicos
o questionário e o TCLE, sendo orientados a responder e enviar o questinário no prazo de 07
dias por e-mail para as pesquisadoras e o TCLE ser assinado e colocado no escaninho da
professora orientadora do estudo. Como esse primeiro contato não obteve sucesso, seja por
falta de interesse em participar de uma pesquisa ou até mesmo pela disponibilidade de tempo
para responder o questionário, acatamos a sugestão da orientadora em fazer o convite em sala
de aula e também abordamos os acadêmicos no intervalo das aulas.
4.4 Coleta, registro e análise dos dados
Utiliza-se para coleta dos dados, um instrumento composto por cinco seções,
apresentando questões abertas e fechadas, garantindo a uniformidade de entendimento dos
sujeitos deste estudo (APÊNDICE 2). A seção A aborda a identificação do acadêmico; a seção
B sobre os fatores de risco para o câncer de mama; a seção C a preveção do câncer de mama;
a seção D detecção precoce do câncer de mama e, a seção E informações sobre saúde pessoal.
Os dados são coletados de duas formas: o instrumento de coleta de dados –
questionário é entregue ao acadêmico, sendo respondido sem a presença das acadêmicaspesquisadoras, entregando posteriormente em data combinada com as mesmas.
A coleta de dados foi realizada no período de fevereiro à abril de 2008. Realiza-se um
teste de validação (teste piloto) referente ao mesmo instrumento utilizado na pesquisa, com
três acadêmicos, um de cada curso, escolhidos aleatoriamente da listagem geral, tanto para
verificar a viabilidade da aplicação do instrumento, bem como do treinamento das
acadêmicas-pesquisadoras.
No início da coleta de dados são enfrentados alguns obstáculos, sendo que para
realizar o sorteio dos acadêmicos precisavamos da lista de frequência por período, essa acaba
não sendo disponibilizada. Consegue-se somente uma listagem de todos os acadêmicos por
ordem alfabética, o que dificulta o processo de seleção dos acadêmicos. Por essa questão
decidi-se passar nas salas de aula e pegá-la pessoalmente com os professores e alunos a
frequência por período, para então fazer o sorteio.
Também ocorrem dificuldade em conseguir alguns dados necessarios dos cursos
33
escolhidos para o estudo junto a Universidade escolhida. Outra questão é o atraso do
recebimento do parecer pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). O parecer foi enviado pelo
ao setor responsável pelo encaminhamento e devido as mudanças administrativas ocorridas,
chegou ao nosso Centro com atraso de um mês, resultando no atraso da coleta de dados,
devido as mudanças ocorridas no processo.
Apesar desses contratempos, o que facilita a nossa coleta de dados é o fato de os
sujeitos do estudo serem acadêmicos do Campus B, no qual conclua-se o curso de
enfermagem, portanto o contato nos facilita a realização dessa pesquisa.
O material coletado fica em posse das acadêmicas-pesquisadoras, e são guardados em
um fichário por um período de cinco anos. As informações são confidenciais e sigilosas,
garantindo o anonimato dos sujeitos do estudo.
A análise dos dados coletados é realizada seguindo-se as etapas estabelecidas:
codificação, na qual os dados brutos são transformados em símbolos para serem tabulados; na
tabulação, são agrupados e contadas as respostas que estão nas categorias de análise.
Realiza-se a tabulação dos dados, para indicar a variabilidade dos acadêmicos no grupo
pesquisado, utilizando a interpretação dos dados. Após, opta-se uma aproximação com o
referencial teórico de Paulo Freire, problematizando os aspectos mais significativos.
4.5 O caminho percorrido
As etapas do processo de operacionalização do estudo desenvolveu-se através de cinco
passos básicos:
1° passo: após a assinatura do termo de aceite de orientação (Anexo 1), a proposta do
estudo é apresentada e aprovada pela Instituição de Ensino Superior/Universidade, com a
assinatura da folha de rosto para pesquisa envolvendo seres humanos, de acordo com o
Sistema Nacional de Informações sobre Ética em Pesquisa envolvendo Seres Humanos –
SISNEP (BRASIL, 2007g) encaminha-se para submissão e aprovação do Comitê de Ética em
Pesquisa (CEP). Sendo apresentado aos Coordenadores dos Cursos de Graduação em
Enfermagem, Fisioterapia e Psicologia, após a aprovação do CEP.
2° passo: a seleção dos sujeitos do estudo - acadêmicos atendeu aos critérios já
mencionados. O contato com os acadêmicos ocorrre através de convite e apresentação da
proposta de estudo pessoalmente e/ou sala de aula, após o agendamento prévio com
acadêmico e/ou professor responsável pela aula naquele momento. Após o esclarecimento, os
acadêmicos assinam o termo.
34
3° passo: para a coleta de dados. Realiza-se um teste piloto, no qual se aplica o
questionário do estudo com três acadêmicos para validação do instrumento. A coleta de dados
propriamente dita ocorreu no período de fevereiro à abril de 2008, com os acadêmicos
selecionados.
4° passo: para a realização da análise dos dados coletados. Inicia-se com a transcrição
dos questionários como material coletado para a análise.
5° passo: redação do trabalho final de conclusão de curso – a monografia, que é
submetida à banca avaliadora e após a sua aprovação é apresentada à comunidade acadêmica.
4.6 Aspectos da dimensão ética
Este estudo é desenvolvido em consonância com a Resolução n° 196, de 10 de outubro
de 1996 (Diretrizes e Normas Reguladoras de Pesquisas Envolvendo Seres Humanos) do
Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 2007f). Portanto, são respeitados os princípios de
beneficência, não maleficência, justiça e autonomia.
Dentre os aspectos éticos elecamos:
1
O estudo foi desenvolvido mediante a assinatura do TCLE.
2
O estudo, seus objetivos e resultados são apresentados à coordenação dos cursos de
enfermagem, fisioterapia e psicologia, e em especial aos sujeitos da pesquisa em
apresentação pública na Instituição de Ensino Superior, com data, horária e local
aprazado e comunicada previamente.
3
As divulgações dos resultados do estudo no meio acadêmico e científico são anônimas
e em conjunto no grupo de acadêmicos, podendo solicitar informações durante todas
as etapas do estudo, inclusive após a sua publicação.
4
Foram garantido o direito dos sujeitos de participarem ou não da pesquisa, bem como,
de desistirem a qualquer momento do desenvolvimento do estudo, inclusive sem
nenhum motivo, bastando para isso informar, de maneira que achar mais conveniente,
a desistência.
5
O anonimato e o sigilo são garantidos.
Salientamos ainda:
35
1
O direito do acadêmico ao acesso a informação.
2
A vontade do acadêmico como norma.
3
O respeito à autonomia do acadêmico.
4
O respeito com a privacidade, a confidenciabilidade e a privacidade, garantindo a não
utilização dos dados coletados em prejuízo dos mesmos.
Inicia-se a coleta de dados após a aprovação sob o parecer 552/07 pelo CEP da
Instituição de Ensino Superior/Universidade.
36
5
ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
5.1. Caracterização dos Sujeitos do Estudo
A seguir são apresentados os gráficos e tabelas que caracterizam os sujeitos do estudo,
seguidas de suas respectivas análises.
Gráfico 1 – Distribuição dos Acadêmicos do Centro de Ciências da Saúde, Campus
Biguaçu, no Estado de Santa Catarina, por curso no 1º semestre de 2008.
N= 50
Tabela 1 – Distribuição dos Acadêmicos do Centro de Ciências da Saúde, Campus
Biguaçu, no Estado de Santa Catarina, por faixa etária no 1º semestre de
2008.
Faixa
Etária
18 Ι--- 22
22 Ι--- 26
26 Ι--- 30
30 Ι--- 34
34 Ι--- 38
38 Ι--- 42
mais de 42
TOTAL
Enfermagem
Feminino Masculino
f
%
f
%
5 23,9
1
5
5 23,9
1
5
1
5
2
9
3 14,2
0
2
9
0
1
5
0
17
81
04
19
Curso
Fisioterapia
Feminino Masculino
f
%
f
%
2
50
1
25
1
25
2
50
2
50
Psicologia
Feminino Masculino
f
%
f
%
13
52
1
4
4
16
2
8
1
1
4
4
2
21
8
84
1
4
4
16
37
Gráfico 2 – Distribuição dos Acadêmicos do Centro de Ciências da Saúde, Campus
Biguaçu, no Estado de Santa Catarina, por gênero no 1º semestre de 2008
81%
84%
50%
50%
19 %
Feminino
Masculino
ENFERMAGEM
16%
Feminino
Masculino
Feminino
FISIOTERAPIA
Masculino
PSICOLOGIA
Gráfico 3 – Distribuição dos Acadêmicos do Centro de Ciências da Saúde, Campus
Biguaçu, no Estado de Santa Catarina, por estado civil no 1º semestre de
2008.
100%
80%
57,10%
33,40%
14%
9,50%
SOLTEIROS
UNIÃO
ESTÁVEL
ENFERMAGEM
4%
CASADOS
SOLTEIROS SOLTEIROS
FISIOTERAPIA
DIVORCIADOS
PSICOLOGIA
CASADOS
38
Tabela 2 – Distribuição dos Acadêmicos do Centro de Ciências da Saúde, Campus
Biguaçu, do Estado de Santa Catarina, por renda familiar no 1º semestre
de 2008.
Renda Familiar
Enfermagem
Curso
Fisioterapia
até 2 SM
de 2 a 4 SM
de 4 a 7 SM
de 7 a 10 SM
de 10 a 20 SM
acima de 20 SM
não sabem
f
2
3
6
5
3
1
1
%
9,50
14,30
28,50
23,80
14,30
4,80
4,80
f
2
1
%
50
25
1
25
TOTAL
21
100
04
100
Psicologia
f
5
2
8
4
1
2
3
%
20
8
32
16
4
8
12
25
100
Define-se para este estudo que a amostra seria de 10% de um Universo de 500 alunos
matriculados no 1º semestre de 2008, distribuídos nos cursos de enfermagem, fisioterapia e
psicologia do Centro de Ciências da Saúde, da Instituição de Ensino. A escolha de 10% segue
o critério de significância dos dados, garantindo uma amostra estatisticamente aceitável para o
objeto de estudo.
No gráfico 1 verifica-se que dos 21 acadêmicos de enfermagem efetivamente
matriculados 9,5% são do 1º período; 9,5% do 2º período; 14,3% do 3º período; 14,3% do 4º
período; 14,3% do 5º período; 14,3% da 6º período; 14,3% da 7º período e 9,5% do 8º
período. Dos 4 acadêmicos da fisioterapia, 25% são do 3º período; 50% do 5º período; 25%
do 7º período. E, dos 25 acadêmicos de psicologia, 16% do 1º período; 16% da 2º período;
8% da 3º período; 8% do 4ª período; 16% do 5º período; 12% do 6º período; 4% do 7º
período; 12% do 8º período e 8% do 9ª período.
Esclarece-se que o curso de fisioterapia está em fase de extinção, por este motivo a
amostra dos acadêmicos restringe-se ao 3º, 5º e7º períodos.
Quando a análise é feita por faixa etária na tabela 1, observa-se maior participação do
grupo de 18 a 26 anos nos três cursos. Fazendo uma comparação entre as demais faixas etárias
o curso de psicologia possui acadêmicos acima dos 42 anos do sexo feminino.
Pode ser observado em relação ao gênero no gráfico 2, que o sexo feminino é
predominante em todos os cursos, variando de 81% no curso de enfermagem a 84% no curso
de psicologia. Este dado reflete uma realidade em nível nacional que há uma predominância
feminina no ensino superior, principalmente no curso de enfermagem.
39
No curso de fisioterapia há a participação masculina em 50%. Como a definição dos
sujeitos da amostra é por sorteio, os 50% podem ser explicados pelas leis da probabilidade.
Observa-se no gráfico 3 que há predominância dos sujeitos solteiros no curso de
enfermagem e psicologia. Este dado pode estar relacionado ao período de funcionamento
diurno/parcial, no qual há uma necessidade de disponibilidade de tempo para freqüentar o
curso e as demais atividades acadêmicas. Já os acadêmicos de fisioterapia são 100% solteiros,
acreditamos pelo fato do curso ser no período integral.
Apesar de constatarmos que no curso de enfermagem 42,85% são trabalhadores de
enfermagem, dos quais três são solteiros, quatro casados e dois em união estável. Dentre os
estudantes há um número de cinco como solteiros e dois como casados. Os quatro acadêmicos
de fisioterapia são estudantes, apenas um é trabalhador. Os acadêmicos de psicologia cinco
são trabalhadores, no qual três são solteiros, um casado e um divorciado. Acredita-se e inferese que, os solteiros adquirem um tempo maior para dedicar-se aos estudos, sem desconsiderar
a atuação dos casados em suas atividades acadêmicas, até mesmo porque os solteiros podem
morar com os pais, não ter gasto com aluguel, sem precisar realizar os afazeres domésticos,
facilitando a realização de um curso em nível superior.
Em relação à atividade ocupacional 38,1% dos acadêmicos de enfermagem são
estudantes, 38,1% trabalham como técnicos de enfermagem, 4,76% auxiliar de
polissonografia, 4,76% auxiliar de enfermagem, 4,76% estagiário, 4,76% na profissão de
fisioterapia e 4,76% como recepcionista.
No curso de fisioterapia 75% dos acadêmicos são estudantes e 25% trabalham no
cargo de operador industrial.
No curso de psicologia 72% dos acadêmicos são estudantes, 8% trabalham como
autônomo, 4% é estagiário, 4% trabalha como garçom, 4% operador de tele markenting, 4%
Ministro Presbiteriano e 4% não respondeu se possui uma atividade ocupacional e/ou
profissão.
Consta-se que os trabalhadores de enfermagem (técnico e auxiliar de enfermagem) são
os que mais procuram o curso de enfermagem. Até mesmo pelo desejo ou necessidade de
ampliação de seus conhecimentos na área da saúde, bem como a existência de oportunidades,
na busca de novos espaços de trabalho, bem como de uma melhor remuneração. Também há
de se considerar, que 38,1%, são estudantes exclusivamente buscando a formação em nível
superior. Talvez sejam atraídos pelo mercado de trabalho promissor, apesar da remuneração
não ser compatível com outras profissões da área da saúde. A enfermagem esta sendo
40
valorizadas cada vez mais, tendo o profissional mais opções de campo de trabalho, tanto em
nível assistencial, gerencial e acadêmico.
No curso de fisioterapia há uma predominância de estudantes. A fisioterapia é
oferecida em turno integral dificultando que trabalhadores possam cursá-la.
Na tabela 2 verifica-se que a renda familiar no curso de enfermagem ficou entre 4 a 7
salários mínimos no curso de fisioterapia 50% em até 2 salários mínimos e na psicologia 32%
de 4 a 7 salários mínimos. Este dado aponta que ao ingressar numa Universidade privada, o
acadêmico deve apresentar uma condição financeira favorável. Observa-se um expressivo
percentual com renda mensal acima de quatro salários mínimos. Também, verifica-se que os
acadêmicos que possuem renda mensal de até dois salários mínimos estão em condições
desfavoráveis, para manter-se no curso, pois esse valor é praticamente o de uma mensalidade
ao iniciar o curso de graduação em enfermagem, fisioterapia e psicologia. Há a
obrigatoriedade de realizar no mínimo de doze créditos, sendo R$24,90 por crédito no curso
de enfermagem e psicologia, correspondente a R$298,80 e R$32,00 para o curso de
fisioterapia, correspondente a R$384,00. Com isso ainda somamos mais gastos com xérox,
vale transporte e alimentação. Contudo, ainda ressalta-se que a cada ano é reajustada
automaticamente a mensalidade e que a partir do 7º período todos os alunos deverão estar em
dia com todas as disciplinas.
A seguir são apresentados os dados que apontam o nível de conhecimento dos
acadêmicos em relação aos fatores de risco para o câncer de mama.
5.2. Fatores de risco para o câncer de mama
Seguem os gráficos e tabelas que caracterizam os fatores de risco para o câncer de
mama, seguidas de suas respectivas análises.
Percebe-se que nem todos os acadêmicos respondem a todos os itens;
conseqüentemente, os percentuais são apresentados a partir do número de sujeitos que
responderam a cada questão.
41
Gráfico 4 - Distribuição dos Acadêmicos do Centro de Ciências da Saúde, Campus
Biguaçu, do Estado de Santa Catarina, no 1º semestre de 2008, com
relação ao conhecimento do gênero de ocorrência do câncer de mama.
81%
75%
68%
19%
M
H/M
ENFERMAGEM
32%
25%
M
H/M
FISIOTERAPIA
H/M
M
PSICOLOGIA
Gráfico 5 - Distribuição dos Acadêmicos do Centro de Ciências da Saúde, Campus
Biguaçu, do Estado de Santa Catarina, no 1º semestre de 2008, com relação
ao conhecimento dos fatores de risco para o câncer de mama.
100%
100%
76%
ENFERMAGEM
FISIOTERAPIA
PSICOLOGIA
42
Tabela 3 - Distribuição dos Acadêmicos do Centro de Ciências da Saúde, Campus Biguaçu, do Estado de Santa Catarina, no 1º semestre de 2008, com relação ao
nível de conhecimento dos fatores de risco para o câncer de mama.
CURSOS
FATORES
DE RISCO
PARA O CÂNCER DE MAMA
Consumo de legumes, verduras e frutas
Consumo de alimentos ricos em gordura
animal
Consumo de bebidas alcóolicas
Tabagismo
Obesidade
Sedentarismo
Mulheres com história familiar - um
parente de primeiro grau
Mulheres com história familiar de
diagnóstico de câncer da mama bilateral
ovário
Mulheres com história familiar de
câncer da mama masculino
Mulheres lesão mamária proliferativa
com atipia
Nuliparidade
Menarca precoce
Menopausa tardia
Primeira gestação após 30 anos
Exposição a radiações ionizantes em
idade inferior a 35 anos
Terapia de reposição hormonal
Uso de anticoncepcional oral
Pessoas acima dos 50 anos
Homens com história de ginecomastia
Legenda: S: SIM
N: NÃO
ENFERMAGEM
S
FISIOTERAPIA
N
SR
f
S
PSICOLOGIA
N
%
9,5
f
15
%
71,4
4
%
19,1
f
3
%
75,0
9
%
36,0
17
80,9
3
14,3
1
4,8
4
100
14
56,0
4
16,0
7
28,0
19
18
16
16
20
90,5
85,7
76,2
76,2
95,2
2
2
4
4
1
9,5
9,5
19,0
19,0
4,8
1
1
1
4,8
4,8
4,8
4
4
2
1
4
100
100
50,0
25,0
100
9
12
12
11
14
36,0
48,0
48,0
44,0
56,0
9
7
7
8
6
36,0
28,0
28,0
28,0
24,0
7
6
6
6
5
28,0
24,0
24,0
24,0
20,0
19
90,5
2
9,5
4
100
14
56,0
6
24,0
5
20,0
12
57,1
7
33,4
2
9,5
4
100
8
32,0
10
40,0
7
28,0
15
71,4
3
14,3
3
14,3
3
75,0
1
25,0
10
40,0
5
20,0
10
40,0
16
12
16
16
18
76,2
57,1
76,2
76,2
85,7
4
9
4
4
2
19,0
42,9
19,0
19,0
9,5
1
4,8
1
1
1
4,8
4,8
4,8
2
2
1
3
3
50,0
50,0
25,0
75,0
75,0
2
2
3
1
1
50,0
50,0
75,0
25,0
25,0
10
8
9
6
14
40,0
32,0
36,0
24,0
56,0
7
9
8
10
3
28,0
36,0
32,0
40,0
12,0
8
8
8
9
8
32,0
32,0
32,0
36,0
32,0
16
15
18
11
76,2
71,4
85,7
52,3
4
6
2
9
19,0
28,6
9,5
42,9
1
4,8
4
3
4
3
100
75,0
100
75,0
1
25,0
1
25,0
10
7
8
9
40,0
28,0
32,0
36,0
8
10
8
7
32,0
40,0
32,0
28,0
7
8
9
9
28,0
32,0
36,0
36,0
SR: SEM RESPOSTA
4,8
4,8
%
25,0
f
2
%
8,0
SR
%
56,0
50,0
75,0
f
1
N
f
14
2
3
%
S
f
2
1
1
f
SR
f
43
Em relação ao gênero da ocorrência do câncer de mama, observa-se no gráfico 4, que
81% dos acadêmicos de enfermagem responderam que o câncer de mama tanto acomete ao
homem, quanto a mulher, 19% respondem que só afeta a mulher sendo 01 do 3ºP, 01 do 5ºP,
01 do 6ºP e 01 do7ºP.
Os acadêmicos de fisioterapia 75% respondem que o câncer de mama tanto acomete
ao homem, quanto a mulher, 25% respondeu que só afeta a mulher sendo 01 do7ºP.
Os acadêmicos de psicologia 68% respondem que o câncer de mama tanto acomete ao
homem, quanto a mulher, 32% responderam que só afeta a mulher sendo 02 do1º P; 02 do 2º
P; 01 do 5º P; 01 do 6º P e 02 do 8º P.
É no curso de psicologia com 32% dos acadêmicos que não sabem que o câncer de
mama também pode ocorrer nos homens.
Observa-se que os acadêmicos de enfermagem do 3º e do 5º período não apresentam
conhecimento sobre este assunto, mesmo sendo abordado no 5º e 6º período.
O câncer de mama ocorre tanto em mulheres, quanto em homens na proporção de
100/1, ou seja, em 100 casos de câncer de mama feminino para 01 caso de câncer de mama
masculino (SAVI; HAAS, 2002).
A etiologia do câncer de mama masculino, ainda é desconhecida, apesar de alguns
fatores etiológicos estarem relacionados com o aumento do risco. Dentre eles:
estrogenoterapia, trauma mamário, história familiar, exposição a radiações ionizantes,
síndrome de Klinefelter, esquistossomose mansônica, atividade laboral em ambientes com
altas temperaturas e com manuseio de resinas, óleos e solventes (ARAÚJO, et al 2003).
No gráfico 5, pode-se observar que 100% dos acadêmicos de enfermagem e
fisioterapia afirmam terem ouvido falar sobre os fatores de risco do câncer de mama e, 76%
de psicologia.
Importante ressaltar que são considerados fatores de risco:
A história familiar, especialmente se um ou mais parentes de primeiro grau (mãe ou
irmã) foram acometidas antes dos 50 anos de idade. O câncer de mama de caráter familiar
corresponde a aproximadamente 10% do total de casos de cânceres de mama, devido ao
comprometimento genético do gen BRCA 1 e 2 (LOURENCO, 2006).
A idade e segundo Strauss (2006), se constitui num outro importante fator de risco,
havendo um aumento rápido da incidência com o aumento da idade devido ao envelhecimento
celular, à medida que as células vivem mais, se dividem mais e têm mais chances de sofrerem
mutações.
44
O tempo de exposição ao estrogênio (BRASIL, 2003), a menarca precoce (idade da
primeira menstruação), a menopausa tardia (instalada após os 50 anos de idade), a ocorrência
da primeira gravidez após os 30 anos e a nuliparidade (não ter tido filhos), constituem
também fatores de risco para o câncer de mama (BRASIL, 2004).
Ainda é controvertida a associação do uso de contraceptivos orais com o aumento do
risco para o câncer de mama. Os estudos apontam para certos subgrupos de mulheres como as
que usaram contraceptivos orais de dosagens elevadas de estrogênio, as que fizeram uso da
medicação por longo período e as que usaram anticoncepcional em idade precoce, antes da
primeira gravidez (idem, 2004).
O consumo regular de álcool, mesmo que em quantidade moderada, é identificada
como fator de risco para o câncer de mama, assim como a exposição a radiações ionizantes
em idade inferior a 35 anos (idem, 2004).
Na tabela 3, os acadêmicos respondem que os fatores de risco para o câncer de
mama são:
A. Fator de risco: consumo de alimentos ricos em gordura animal
Observa-se que 80,9% dos acadêmicos de enfermagem respondem que o consumo de
alimentos ricos em gordura animal é fator de risco. Apesar de 14,3% dos acadêmicos
respectivamente do 5º e 8º períodos terem respondido que o consumo de alimentos ricos em
gordura animal não são fatores de risco e 4,8% não respondem a questão.
100% dos acadêmicos de fisioterapia responderam que o consumo de alimentos ricos
em gordura animal é fator de risco.
56% dos acadêmicos de psicologia respondem que o consumo de alimentos ricos em
gordura animal é fator de risco, 16% consideraram esse dado não sendo fator de risco e 28%
dos acadêmicos não respondem à questão.
Alguns estudos mostram a relação entre fatores específicos da alimentação e o câncer
de mama. Uma alimentação com alto teor de gordura aumenta a quantidade de estrógenos.
Este hormônio é considerado essencial no organismo, porém, em nível elevado aumenta o
risco do surgimento do câncer de mama. Quando as mulheres iniciam uma alimentação com
baixo teor de gorduras, seus níveis de estrógeno caem significativamente em curto espaço de
tempo. Evitar laticínios também reduz os riscos de câncer de mama (BARNARD, 1999).
Quando comparamos países asiáticos com países ocidentais, verificamos que, o índice
de câncer de mama é maior nos países ocidentais, devido à alimentação rica em gordura,
45
particularmente em gordura animal. Quanto maior o consumo de gordura, maior a chance em
desenvolver câncer de mama.
Os orientais fazem ingesta de alimentos à base de soja, como o leite que segundo
estudos científicos, a soja auxilia na regulação hormonal feminina, pois são encontradas
substâncias chamadas de fitoestrogênios, e que possuem um efeito similar aos dos
estrogênios. O papel preventivo contra o câncer de mama, observado nas populações que
fazem uso habitual da soja, tem como possível explicação o seu elevado teor de isoflavona.
Essa substância revela comportamento semelhante ao do medicamento ‘tamoxifen’, utilizado
no tratamento desta neoplasia (GARÓFOLO, et al 2004).
B. Fator de risco: consumo de bebidas alcoólicas
90,5% dos acadêmicos de enfermagem apontam como fator de risco o consumo de
bebidas alcoólicas, somente dois acadêmicos, 01 do 3ºP e 01 do 8ºP.
100% dos acadêmicos de fisioterapia respondem que a bebida alcoólica é um fator de
risco, demonstrando conhecimento sobre o assunto.
Os acadêmicos de psicologia que apresentam um menor percentual de acerto, pois
36% afirmam que a bebida alcoólica é um fator de risco, 36% que não é fator de risco e 28%
não responderam a questão.
Sabe-se que o consumo de bebida alcoólica em excesso está associado a um discreto
aumento no desenvolvimento do câncer de mama. A associação do câncer com a bebida
alcoólica é proporcional ao que se ingere, ou seja, quanto mais se bebe maior o risco de ter
este câncer. Tomar menos de uma dose por dia (um cálice de vinho, uma garrafa pequena de
cerveja ou uma dose de uísque são exemplos de uma dose de bebida alcoólica). Se beber,
portanto, tomar menos que uma dose por dia (ZELMANOWICZ, 2006).
Porém, alguns pesquisadores contestam a bebida como fator de risco, apesar das
pesquisas indicando que o etanol pode provocar alterações nas células mamárias,
transformando-as em tumores malignos (idem, 2006).
C. Fator de risco: tabagismo
Observa-se que 85,7% dos acadêmicos de enfermagem apontam como fator de risco o
tabagismo, 9,5% afirmam que não é fator de risco, dos quais 01 do 3ºP e 01 do 8ºP e 4,8%
não respondem.
46
Para 48% dos acadêmicos de psicologia é fator de risco, mas 28% não consideram
fator de risco e 24% não respondem a questão.
Os acadêmicos de enfermagem do terceiro e sexto período e acadêmicos de psicologia
do primeiro, segundo, terceiro, sexto, oitavo e nono período não possuem conhecimento
referente ao tabagismo como fator de risco.
100% dos acadêmicos de fisioterapia respondem que tabagismo é um fator de risco,
demonstrando conhecimento sobre o assunto.
Interessante observar que, na metade do século XX, com o surgimento da
industrialização dos cigarros e o investimento em propagandas, houve um aumento
significativo no consumo, pois fumar era considerado sinônimo de charme, poder, virilidade,
entre outros atributos, tornando o cigarro um objeto de desejo de muitas pessoas. Há 6.700
compostos encontrados no tabaco dos quais 4.720 são substâncias bem identificadas
quimicamente, entre as quais algumas farmacologicamente ativas, antigênicas, citotóxicas,
mutagênicas e carcinogênicas (HORTENSE, et al 2008). Portanto o tabagismo é um fator de
risco principalmente para vários tipos de câncer, bem como de doenças pulmonares e
cardiovasculares.
D. Fator de risco: obesidade
Fica evidenciado que os acadêmicos de enfermagem, fisioterapia e psicologia
relacionam a obesidade como fator de risco para câncer de mama, com 76,2% dos acadêmicos
de enfermagem, 50% de fisioterapia e 48% de psicologia.
Apesar de 19% da enfermagem (02 do 3ºP, 01 do 6ºP e 01 do 8ºP) afirmar que a
obesidade não seja um fator de risco para o câncer de mama. Na fisioterapia 50% (01 do 3ºP
e 01 do 5º P) e 28% da psicologia, sendo 01 do 1ºP, 01 do 3ºP, 01 do 4ºP, 02 do 6ºP e 01 do
8ºP, também respondem negativamente.
No curso de psicologia há o maior percentual sem resposta, com 24%, dos quais 02 do
1ºP, 01 do 2ºP, 01 do 3ºP, 01 do 6ºP e 02 do 8ºP.
O risco de aparecimento de câncer de mama aumenta em pessoas obesas porque a
gordura secreta estrógenos. Os estrógenos que são convertidos em estrona, através da
androstenediona também podem ser convertidos em estradiol no próprio tecido adiposo por
atividade 17b-hidróxi-esteróide-desidrogenase (KOPELMAN, et al apud LORDELO, 2006).
47
O tecido adiposo é um grande reservatório de esteróides, pois a aromatização reação
enzimática responsável pela conversão de andrógenos a estrógenos, que ocorre tanto em
homens quanto nas mulheres (LORDELO, et al 2006).
A obesidade que antes era considerada como um fator epidemiológico apenas em
países desenvolvidos, hoje com um aumento excessivo de peso em diversas faixas etárias, no
Brasil é considerado um problema de saúde pública (OLIVEIRA, et al 2000).
E. Fator de risco: sedentarismo
Evidencia-se que 76,2% dos acadêmicos de enfermagem respondem que o
sedentarismo é fator de risco. Apesar de 19% dos acadêmicos respectivamente do 3ºP (01),
5ºP (01), 6ºP (01) e 8ºP (01) períodos terem respondido que o sedentarismo não é fator de
risco e 4,8% do 5ºP não respondem a questão.
75% dos acadêmicos de fisioterapia não consideram como fator de risco, dos quais 3º
P (01) e 5º P(02).
Para 44% dos acadêmicos de psicologia respondem que o sedentarismo é fator de
risco, 28% (1ºP: 02; 3ºP: 01; 4ºP: 01; 6ºP: 02; 8ºP: 01 e 9ºP: 01) consideram esse dado não
sendo um fator de risco e 24% (1ºP: 02; 2ºP: 01; 3ºP: 01; 6ºP: 01 e 8ºP: 01) não respondem à
questão.
Dos acadêmicos que respondem que o sedentarismo não é fator de risco, 19% da
enfermagem, 75% da fisioterapia e 28% da psicologia, pode-se inferir com este dado
supondo, que os mesmos não acreditam nos benefícios que a prática de exercícios físicos
proporciona a saúde e não observam que, o sedentarismo está diretamente relacionado com a
possibilidade de aumento de peso, conseqüentemente, o risco de aparecimento de câncer de
mama aumenta em pessoas obesas, porque a gordura secreta estrógenos, como já foi abordado
no item obesidade.
Com um padrão de vida agitado, turbulento, compromissos com o trabalho, casa,
faculdade, filhos, acaba sobrando pouco tempo para as pessoas inserirem uma atividade física,
até mesmo uma simples caminhada no seu cotidiano. Com novas tecnologias surgindo para
facilitar e ajudar na comodidade do dia-a-dia, o surgimento do sedentarismo esta cada vez
mais presente, tornando um excelente fator de risco para muitas doenças, dentre elas o câncer
de mama.
48
F. Fator de risco: história familiar de câncer de mama de pelo menos um parente de
primeiro grau, como mãe, irmãs, filha.
Em relação a este fator, 95,2% dos acadêmicos de enfermagem, 100% de fisioterapia e
56% de psicologia consideram que a história familiar de câncer de mama de pelo menos um
parente de primeiro grau, como mãe, irmãs, filha é um fator de risco. Apesar de um
acadêmico de enfermagem do 6º período, seis acadêmicos de psicologia do 1º, 2º, 5º, 6º e 9º
períodos demonstrarem não ter conhecimento.
A predisposição hereditária a tumores de mama é responsável de 5% a 10% dos casos
dessa neoplasia. A maioria ocorre devido a mutações em dois genes recentemente
identificados denominados BRCA-1 e BRCA-2. Por este motivo o risco cumulativo dessas
mulheres e de seus familiares para desenvolvimento de carcinomas de mama e de ovário é
muito maior que a população geral (DEL GIGLIO, et al 2000).
O antecedente familiar é muito importante, pois quando existe histórico da doença em
parentes de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) o risco da doença aumenta cerca de duas vezes.
(BRASIL, 2008b).
G. Fator de risco: mulheres com história familiar de, pelo menos, um parente de primeiro
grau (mãe, irmã ou filha) com diagnóstico de câncer da mama bilateral ou câncer de
ovário, em qualquer faixa etária
Verifica-se que 90,5% dos acadêmicos de enfermagem, 100% de fisioterapia e 56%
dos acadêmicos de psicologia demonstram conhecimento sobre esse fator de risco. Acreditase que este dado aponta a uma aquisição de informação em sala de aula ou mesmo na mídia
(impressa e/ou televisiva), bem como nas campanhas de esclarecimento promovidas pelo
Ministério da Saúde.
Segundo INCA (BRASIL, 2004), mulheres com história familiar de pelo menos um
parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com diagnóstico de câncer de mama, abaixo dos
50 anos de idade e mulheres com história familiar de pelo menos um parente de primeiro grau
(mãe, irmã ou filha), com diagnóstico de câncer de mama bilateral ou câncer de ovário, em
qualquer faixa etária, tem risco aumentado de desenvolver a doença. As mulheres que já
tiverem câncer de mama têm mais chances de desenvolver câncer no outro seio também.
49
H. Fator de risco: mulheres com história familiar de câncer da mama masculino
Observa-se que, 57,1% dos acadêmicos de enfermagem, 100% de fisioterapia e 32%
de psicologia afirmam que a história familiar de câncer de mama masculino é um fator de
risco.
Vale ressaltar que 33,4% dos acadêmicos de enfermagem uma porcentagem
significativa respondem não ser um fator de risco não demonstram conhecimento, sendo dois
6ºP, um 7ºP e um 8ºP, sendo que esses períodos já tiveram esse conteúdo em sala de aula, na
disciplina do 5º periodo na saúde da mulher, criança, adolescente e 6º periodo saúde da
mulher, criança, adolescente, adulto e idoso. Os alunos do 3ºP: 01, 4ºP:01 e 5ºP: 01, também,
responderam que não é fator de risco.
Na psicologia são 40%, sendo que no 1ºP: 01; 2ºP: 01; 5ºP: 02; 6ºP: 01; 7ºP: 01; 8ºP:
02 e 9ºP: 02. E, 28% não respondem.
Os estudos apontam que, a história familiar de câncer de mama masculino são fatores
de risco para desenvolver câncer de mama, pois a presença de mutações dos genes (BRCA1,
BRCA2) aumenta o risco da doença e com um número elevado de casos na família (LYNCH,
et al 2003).
Na maioria das mulheres, o aparecimento precoce e a história familiar como
portadores de mutações em BRCA1, são conhecidas como a causa mais freqüente a
predisposição aos cânceres de mama e ovário hereditários (LOURENCO, 2006).
Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (BRASIL, 2008c) a falta de informação
e divulgação, no sentido de alertar os homens para o risco de câncer de mama masculino, faz
com que vários pacientes somente tenham acesso ao diagnóstico tardiamente.
I. Fator de risco: mulheres com diagnóstico histopatológico de lesão mamária proliferativa
com atipia
Observa-se que 71,4% dos acadêmicos de enfermagem, 75,0% de fisioterapia e 40%
de psicologia têm conhecimento que uma diferenciação celular proliferativa é fator de risco
para o câncer de mama em mulheres, pois a hiperplasia implica uma condição benigna.
Dos 14,3% dos acadêmicos de enfermagem (3ºP: 01; 5ºP: 01 e 7ºP: 01) e 40% (1ºP:
02; 2ºP: 02; 3ºP: 01; 5ºP: 01; 6ºP: 02 e 8ºP: 02) da psicologia não respondem a questão.
50
Na mama a hiperplasia atípica pode ser ductal ou lobular, sendo que a ductal é a
proliferação de células semelhantes às células do carcinoma ductal in situ de baixo grau. A
hiperplasia lobular atípica é a proliferação homogênea de células na unidade lobular
comprometendo menos da metade dos ácinos que se apresentam distorcidos ou distendidos. A
hiperplasia atípica é identificada em 12 a 17% das biópsias feitas devido à presença de
microcalcificações. O risco de câncer de mama em pacientes com hiperplasia atípica (lobular
ou ductal) é aproximadamente igual em ambas as mamas (KEMP, et al 2002).
J. Fator de risco: nuliparidade
Constata-se que, 76,2% dos acadêmicos de enfermagem, 50% dos acadêmicos de
fisioterapia e 40% dos acadêmicos de psicologia responderam que nuliparidade é um fator de
risco.
No curso de psicologia 32% dos acadêmicos não respondem e 28% (1ºP: 01; 3ºP: 01;
4ºP: 01; 5ºP: 01; 6ºP: 01; 7ºP: 01 e 9ºP: 01) consideram que não é fator de risco.
Segundo Lima, et al (2001) a nuliparidade ou o atraso na primiparidade são
considerados fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama, pois o
desenvolvimento da primeira gestação ajuda no processo de maturação das células da mama,
tornando-as potencialmente mais protegidas em relação à ação de substâncias cancerígenas.
Durante a amamentação é liberado ocitocina, um hormônio que tem função de
promover as contrações uterinas durante o parto e a ejeção do leite durante a amamentação.
Promovendo o retorno mais rápido do peso pré-gestacional, menor sangramento uterino pósparto, além de diminuir o risco de câncer de mama e ovário (REA, 2004).
L. Fator de risco: menarca precoce
Constata-se que 57,1% dos acadêmicos de enfermagem, 50% de fisioterapia e 32% de
psicologia consideram a menarca precoce como fator de risco para o câncer de mama, supõese que os acadêmicos relacionam a menarca precoce com a exposição prolongada aos
hormônios endógenos, pois o corpo passa por um processo de transformação decorrente de
mudanças hormonais que dão forma e características ao indivíduo.
51
42,9% dos acadêmicos de enfermagem respondem que a menarca precoce não é
considerada fator de risco, sendo dois acadêmicos do 6º período e um do 8º período. 50% de
fisioterapia e 36% de psicologia, também não consideram como fator de risco.
Observa-se que 32% dos acadêmicos de psicologia não respondem a questão, sendo do
1ºP: 02; 2ºP: 01; 3ºP: 01; 5ºP: 01; 6ºP: 02 e 8ºP: 01.
Na tabela 4, p. 54 14,3% dos acadêmicos de enfermagem e 8% de psicologia
consideram que a menarca precoce é um fator de prevenção do câncer de mama.
A menarca precoce é considerada fator de risco devido à exposição ao estrogênio. As
mulheres que tem menarca precoce e estabelecem rapidamente um ciclo regular tem um risco
de desenvolver câncer de mama, uma vez que os níveis de estrogênio são maiores durante a
fase lútea normal, e o índice de exposição acumulativa ao estrogênio é maior (BERGMANN,
2000).
M. Fator de risco: menopausa tardia (depois dos 50 anos)
76,2% dos acadêmicos de enfermagem respondem que a menopausa é fator de risco,
mas 75% dos acadêmicos de fisioterapia e 32%de psicologia não consideram fator de risco e,
32% do curso de psicologia não respondem a questão.
A menopausa tardia também esta associada ao estrogênio, como a menarca precoce,
quanto mais tarde à mulher entrar na menopausa, mais tempo ela ficara exposta ao estrogênio,
esse hormônio é responsável por estimular as células da glândula mamária a se reproduzir.
19% dos acadêmicos em enfermagem respondem que a menopausa tardia não é fator de risco,
sendo um acadêmico do 8º período, como já mencionado é preocupante um acadêmico em
fase de formação não ter esse conhecimento.
O climatério é o período da vida da mulher em que os hormônios sexuais produzidos
pelos ovários diminuem, ocorrendo a transição do período reprodutivo para o não reprodutivo.
(CORLETA; KALIL, 2006). O estrogênio não é mais secretado pelos ovários na fase da
menopausa, e sim produzido por meio da conversão periférica de precursores andrógenos, que
circulam numa variedade de tecidos incluindo músculo, tecido adiposo, folículo capilar,
fígado, hipotálamo, entre outros (CIBEIRA; GUARAGNA, 2006).
52
N. Fator de risco: primeira gestação após 30 anos
Verifica-se que 76,2% dos acadêmicos de enfermagem, 75% de fisioterapia e 24% de
psicologia afirmam que a primeira gestação após 30 anos é fator de risco, apesar de 40% dos
acadêmicos de psicologia, sendo 1ºP: 02 2ºP: 01 3ºP: 01 4ºP: 01 5ºP: 02 7ºP: 01; 8ºP: 01 e
9ºP: 01afirmam que não é fator de risco e 36% não respondem a questão.
Segundo Lima, et al (2001) a ocorrência da primeira gestação em idade reprodutiva
precoce, ajuda na diminuição no número de ciclos ovulatórios, estimuladores da mitose das
células mamárias, ao longo da vida, ou seja, a precocidade da primeira gestação seria
protetora contra as mudanças das células mamárias.
O. Fator de risco: exposição a radiações ionizantes em idade inferior a 35 anos
Observa-se que 85,7% dos acadêmicos de enfermagem, 75% de fisioterapia e 56% de
psicologia associam o câncer de mama a exposição a radiações ionizantes em idade inferior a
35 anos.
Segundo Zelmanowicz, (2006) antigamente as pessoas eram mais expostas a radiação,
pois necessitavam tratar doenças benignas. Atualmente, este procedimento esta restrito ao
tratamento de tumores. Algumas doenças necessitam irradiar a região do toráx, o que aumenta
o risco de desenvolver câncer de mama. As pessoas que trabalham com a radiação também
estão sujeitas a desenvolver algum tipo de câncer, por isso o tempo de serviço dessas pessoas
é menor, se aposentam mais cedo.
P. Fator de risco: terapia de reposição hormonal (hormônios usados para combater os
sintomas da menopausa)
Observa-se que, 76,2% dos acadêmicos de enfermagem, 100% de fisioterapia e 40%
de psicologia respondem que a terapia de reposição hormonal é fator de risco. Para 32% dos
acadêmicos de psicologia não é fator de risco e 28% não respondem.
Sabe-se que esta terapêutica de reposição (hormônios usados para combater os
sintomas da menopausa) contém hormônios femininos estrogênios e progesterona.
53
O estrogênio tem um importante papel no câncer de mama ao induzir o crescimento
das células do tecido mamário, o que aumenta o potencial de alterações genéticas e,
conseqüentemente, o desenvolvimento do câncer (THULER, 2003).
Q. Fator de risco: uso de anticoncepcional oral
Já 71,4% dos acadêmicos de enfermagem, 75% de fisioterapia e 28% de psicologia
respondem que o uso de anticoncepcional é um fator de risco, enquanto 28,6% (3ºP-1; 4ºP-1;
5ºP- 1; 6ºP-2; 8ºP- 1) de enfermagem e 40% de psicologia (1ºP-1; 3ºP-1; 4ºP-1; 5ºP-2; 6ºP-2;
7ºP-1; 8ºP-1; 9ºP-1) não consideram como fator de risco.
Ve-se que esses acadêmicos não consideram como fator de risco, devido às
controvérsias de algumas literaturas. Há o risco, mas com os novos contraceptivos, com
baixas doses de estrogênio o risco de desenvolver o câncer de mama é menor. Como os
fatores são multicausais, o uso de anticoncepcional oral , associado a outros fatores de risco
aumentam a chance de ocorrência.
Observa-se que, o anticoncepcional oral é um contraceptivo hormonal surgiu nos anos
60, que caracterizou a busca por liberdade de expressão e liberdade sexual das mulheres.
(BRASIL, 2008d). Quando lançado no mercado, o novo contraceptivo foi aceito quase que
prontamente, com exceção da Igreja Católica que até hoje não aceita os métodos
anticoncepcionais. A aceitação desses medicamentos está associada a uma proposta libertária
da época que dissociou o sexo da maternidade (BRASIL, 2008e).
R. Fator de risco: pessoas acima dos 50 anos
Entre 85,7% dos acadêmicos de enfermagem, 100% de fisioterapia e 32% de
psicologia consideram que as pessoas acima de 50 anos possuem maior risco para desenvolver
câncer de mama. 32% dos acadêmicos de psicologia (1ºP-1; 2ºP-1; 3ºP-1; 4ºP-1; 6ºP-1; 7ºP-1;
8ºP-2), respondem que a idade a partir de 50 anos não é fator de risco e 32% não respondem a
questão.
A idade como fator de risco devido ao envelhecimento, bem como ao tempo de
exposição aos carcinógenos. Quanto mais se avança na idade cronológica, o risco de
54
exposição principalmente ambiental aumenta e, como o câncer de mama é multicausal, fatores
associados aumentam a possibilidade do desenvolvimento da doença.
S. Fator de Risco: homens com história de ginecomastia
Observa-se que os acadêmicos de enfermagem têm dúvida em responder esta questão,
pois 52,3% acadêmicos respondem como fator de risco e 42,9% não consideram fator de
risco, até mesmo por que não existe muita divulgação sobre este assunto. Acadêmicos do 1º,
2º, 3º, 4º e 5º período não possuem conhecimento sobre o tema, pois o assunto faz parte do
cronograma do 6º período. Enquanto que os acadêmicos do 7º e 8º período deveriam ter esse
conhecimento.
75% dos acadêmicos de fisioterapia consideram homens com história de ginecomastia
como fator de risco para o câncer masculino e 36% para os de psicologia. 4,8% da
enfermagem, 25% da fisioterapia e 36% da psicologia não respondem a esta questão.
Na adolescência e na 3ª idade a ginecomastia pode assumir caráter transitório. Em boa
parte dos casos é induzida pelo uso de drogas como: anabolizantes, estrogênios, digitálicos,
isoniazida, espironolactona, reserpina e metildopa ou está vinculada a doenças orgânicas
como lesões testiculares e hepáticas, carcinoma adrenocortical, adenoma de hipófise ou
hipertireoidismo (BIAZÚS, et al 2001).
A seguir são apresentados os dados que apontam o nível de conhecimento dos
acadêmicos em relação aos fatores de prevenção para o câncer de mama.
5.3. Fatores de prevenção para o câncer de mama
Apresenta-se, em seguida, a tabela 4 que caracteriza os fatores de prevenção para o
câncer de mama, seguidas de suas respectivas análises.
Nem todos os acadêmicos respondem a todos os itens; conseqüentemente os
percentuais são apresentados a partir do número de sujeitos que respondem a cada questão.
55
Tabela 4- PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA
Tabela 4 - Distribuição dos Acadêmicos do Centro de Ciências da Saúde, Campus Biguaçu, no Estado de Santa Catarina, no 1º semestre
de 2008, com relação ao conhecimento dos fatores de prevenção para o câncer de mama.
ENFERMAGEM
CURSOS
FATORES
DE PREVENÇÃO
CÂNCER DE MAMA
S
Consumo de legumes, verduras e frutas
Realização de exercícios físicos
Amamentação
Manutenção do peso corporal
Uso de anticoncepcional
Menarca precoce
Menopausa tardia
Terapia de Reposição Hormonal
Legenda: S: SIM
N: NÃO
f
19
20
18
18
2
3
3
5
FISIOTERAPIA
N
%
90,5
95,2
85,7
85,7
9,5
14,3
14,3
23,8
f
2
1
2
3
17
16
16
13
%
9,5
4,8
9,5
14,3
80,9
76,2
76,2
61,9
SR: SEM RESPOSTA
SR
f
S
%
1
4,8
2
2
2
3
9,5
9,5
9,5
14,3
f
4
4
4
4
4
4
4
1
PSICOLOGIA
N
%
100
100
100
100
100
100
100
25,0
SR
f
%
3
75,0
f
S
%
f
17
16
15
14
3
2
1
4
N
%
68,0
64,0
60,0
56,0
12,0
8,0
4,0
16,0
f
4
5
4
6
16
16
17
14
SR
%
16,0
20,0
16,0
24,0
64,0
64,0
68,0
56,0
f
4
4
6
5
6
7
7
7
%
16,0
16,0
24,0
20,0
24,0
28,0
28,0
28,0
56
A - Fatores de prevenção: consumo de legumes, verduras e frutas
Observa-se na tabela 4, que 90,5% dos acadêmicos de enfermagem respondeam que
legumes, verduras e frutas são medidas preventivas contra o câncer de mama, apenas 9,5%,
sendo 01 do 6ºP e 01 do 8ºP que não consideram como fator de proteção.
Para 100% dos acadêmicos de fisioterapia são fatores de proteção.
Os acadêmicos de psicologia responderam que são fatores de proteção em 68% e 16%
afirmam que não, sendo 01 do 1ºP, 01 do 2ºP, 01 do 5ºP e 1 do 8ºP. Também, há 16% que não
respondem.
Cabe ressaltar que na tabela 3, 75% dos acadêmicos de fisioterapia do 3º e 5º período
respondem que consumo de legumes, verduras e frutas são fatores de risco para o câncer de
mama. Pode-se inferir que o percentual de 100% como onco-protetor e 75% como fator de
risco, mostra que ou os acadêmicos não entendem a questão, ou consideram o agrotóxico
utilizado na agricultura e que fica impregnado nas cascas os legumes, verduras e frutas sejam
os fatores de risco. É um aspecto interessante para ser um novo objeto de estudo.
No curso de enfermagem nas disciplinas de Nutrição no 2º período, Saúde da Mulher,
Criança, Adolescente do 5º período e Saúde da Mulher, Criança, Adolescente, Adulto e Idoso
do 6º período, tanto no bloco teórico quanto na atividade assistencial também é revisado este
tema e os 9,5% na tabela 3, que respondem como fator de risco do 4º e 6º período também,
nos faz pensar a questão do agrotóxico.
Sabe-se que as frutas, legumes e verduras ricos em vitaminas e fatores que protegem
as células sadias da ação dos agentes cancerígenos, reduzem o risco de ter câncer, tornando-se
fatores de prevenção para o câncer de mama (BRASIL, 2008f).
O consumo de cinco ou mais porções de frutas e vegetais por dia são associados à
redução do risco de câncer, conforme as diretrizes nutricionais para a prevenção do câncer
(ZUGLER, et al 1996). Os flavonóides que são compostos químicos encontrados nos grãos
(cereais integrais e feijões), legumes, verduras e frutas, evidenciam efeitos biológicos
positivos em relação à prevenção do câncer, por seus efeitos anti-mutagênicos, antioxidantes,
reguladores dos ciclos celulares, inibindo a proliferação de vários tipos de células cancerosas
e estimulando sua destruição (CHOI, et al 2001).
Segundo Barnard (1999) melhor alimentação para a prevenção do câncer deveria ser a
vegana com teor de gordura muito baixa e repleta de vegetais e frutas saudáveis. O veganismo
é uma filosofia prática motivada por convicções éticas ou um estilo de vida com base nos
Direitos Animais.
57
Os veganos não consomem quaisquer produtos de origem animal (alimentares ou não),
nem usam produtos que tenham sido testados em animais ou que incluam qualquer forma
possível de exploração animal nos seus ingredientes ou processos de manufatura (BRASIL,
2008g).
B - Fatores de prevenção: realização de exercícios físicos regularmente (no mínimo 3
vezes por semana)
Observamos que 95,2% dos acadêmicos de enfermagem, 100% de fisioterapia e 64%
de piscologia respondem que exercícios fisicos regularmente é fator de prevenção para o
câncer de mama. 4,8% da enfermagem, 20% da psicologia respondem que não é fator de risco
e 16% da psicologia não responde esta questão.
Interessante correlacionar que na Tabela 3, 19% dos acadêmicos de enfermagem, 75%
de fisioterapia e 28% de psicologia não consideram o sedentarismo como fator de risco para o
câncer de mama.
Segundo Pedroso, et al (2005), as atividades físicas no mínimo 3 vezes na semana,
possibilita um alívio de tensões emocionais, uma tendência em normalizar os níveis de
glicose, gorduras e diversas outras substâncias, a manter os níveis pressóricos mais baixos,
estimula o emagrecimento, o aumento da densidade óssea, aumento a massa muscular,
proporcionando
uma prevenção para câncer de mama, bem como para diversas outras
doenças.
Institutos de pesquisas e organizações de combate ao câncer, tais como: a International
Agency for Research on Cancer, a International Unior Against Cancer, o Departament of
Health and Human Services, o World Cancer Reserach Fundation, juntamente com os
serviços de saúde pública de vários países, ressaltam que, para reduzir as taxas de
desenvolvimento de câncer na população em geral, recomenda atividade física, sugerindo de
dois a cinco dias na semana de atividade, com intensidade moderada a vigorosa, no período de
30 minutos à uma hora ou até mais, não esquecendo que as atividades podem tanto ser
exercícios regulares, como atividades esportivas ou atividades diárias tais como trabalhos
domésticos (FRIENDENREICH, apud PEDROSO, et al 2005).
O INCA com parceria da Word Cancer Research Fundation e American Institute for
Cancer Research, na publicação do Resumo ‘Alimentos, Nutrição, Atividade Física e
Prevenção do Câncer: uma perspectiva global’ ressalta que a maioria das populações e
58
indivíduos que vivem em ambientes urbanos e industrializados tem níveis de atividades
abaixo dos níveis necessários para a prevenção do câncer (BRASIL, 2007h).
C - Fatores de prevenção: amamentação
Constatamos que 85,7% dos acadêmicos de enfermagem, 100% de fisioterapia, 60%
de psicologia associam a amamentação com a prevenção do câncer de mama. Para 9,5% de
enfermagem e 16% de psicologia respondem que não é um fator de proteção. Um aluno do 5º
período de enfermagem não responde e de psicologia foram do 1ºP: 01 2ºP: 01; 6ºP: 02 e 8ºP.
Segundo Rea (2004) os benefícios que a amamentação oferece à saúde da mulher são
muito importantes, além do menor risco de câncer de mama e ovário, oferece também menor
índice de fraturas de quadril por osteoporose e contribuição para o maior espaçamento entre
gestações.
A deficiência de ocitocina que é liberado durante a lactação favorece o estresse, a
obesidade e comportamentos psicóticos, diminui as funções cognitivas e eleva o risco de
câncer de mama.
D - Fatores de prevenção: manutenção do peso ideal, evitando obesidade e sobre peso,
dentro do IMC (Índice de Massa Corpórea: peso/altura)
85,7% dos acadêmicos de enfermagem, 100% de fisioterapia e 56% de psicologia
respondem que a manutenção do peso ideal é essencial para a prevenção do câncer de mama.
Enquanto 14,3% dos acadêmicos de enfermagem, sendo um do 3º, um do 6º e um 8º período e
24% de psicologia, sendo dois do 1ºP, um do 3ºP, um do 4ºP, um do 6ºP e um do 8ºP,
respondem que a manutenção do peso ideal não é uma medida de prevenção do câncer de
mama. Sobretudo um aluno de 8º período de enfermagem deve saber diferenciar prevenção
dos fatores de risco.
Na tabela 3, ao discutir-se os fatores de risco para o câncer de mama: obesidade e
sedentarismo verifica-se que, o excesso de peso (ou de massa gorda) gera alterações de
mecanismos fisiológicos como a formação de radicais livres e danos oxidativos, redução da
capacidade de reparo do DNA, modificação das atividades de enzimas carcinógenas, aumento
do refluxo gástrico e do trânsito gastrintestinal, resultando numa maior exposição da mucosa a
59
ácidos, aumentando a possibilidade de desenvolvimento de resistência à insulina e alterações
no equilíbrio hormonal endógeno (PRADO, apud PEDROSO, et al 2000).
Sabe-se que a insulina atua na regulação dos receptores de GH (hormônio de
crescimento), dos IGFs (fator de crescimento semelhante à insulina) e suas de proteínas de
ligação (IGFBPs), os quais são reguladores centrais do processo de anabolismo e apoptose das
células, e hormônios sexuais (SAVAGE, apud PEDROSO, et al 2003). Com o aumento da
insulina eleva o nível de IGF livre circulante e diminui tanto o nível de GH, quanto os níveis
de receptores de hormônios sexuais (FRIEDENREICH, et al 2005).
Portanto, de acordo com Friedenreich (2005), após a menopausa, com a elevada
concentração de gordura e de insulina os riscos para câncer de mama e também de endométrio
aumentam, devido ao maior tempo expostas ao estrógeno produzido pelos estoques de
gordura.
A manutenção de um peso saudável ao longo da vida, refere o INCA, pode ser uma
das formas mais importantes de se proteger contra o câncer, além de também proteger contra
diversas outras doenças crônicas comuns ( BRASIL, 2007h).
Fator: uso de anticoncepcional oral
O uso de anticoncepcional oral não é um fator de prevenção do câncer de mama e
percebe-se que, 80,9% dos acadêmicos de enfermagem, 100% de fisioterapia e 64% de
psicologia demonstram conhecimento. Mas, 24% (1ºP-1; 2ºP-1; 4ºP-1; 6ºP-2; 8ºP-1), do curso
de psicologia não respondem à questão. Percebe-se que o percentual demonstrando o nível de
conhecimento é favorável.
Realizando um paralelo com a tabela 3, em que 71,4% dos acadêmicos de
enfermagem, 75% da fisioterapia e 28% de psicologia, consideram o anticoncepcional como
fator de risco e segundo o INCA (BRASIL, 2006), os fatores hormonais podem estar
associados ao aumento de risco do câncer de mama. A utilização tanto de anticoncepcionais
orais, como da terapia de reposição hormonal devem ser bem avaliada. No entanto, 9,5% dos
acadêmicos respondem que o uso do anticoncepcional é uma forma de prevenção, sendo do 4º
e 6º período, supomos que este resultado é devido às controvérsias sobre o uso de
anticoncepcional e o câncer de mama.
Segundo INCA (BRASIL, 2004):
60
Que ainda é controvertida a associação do uso de contraceptivos orais com
o aumento do risco para certos subgrupos de mulheres como as que
utilizaram dosagens elevadas de estrogênio, ou que ingeriram a medicação
por longo período, ainda as que iniciaram a tomada de anticoncepcional em
idade precoce, antes da primeira gravidez.
Com o propósito de evitar uma concepção indesejada e de tratar problemas e doenças,
o anticoncepcional oral tem seus benefícios, tais como: oferece menor incidência de DIP
(Doença Inflamatória Pélvica), salpingite, câncer de endométrio e de ovário, gestações
ectópicas, doenças benignas de mama, cistos ovarianos, miomas, endometriose, artrite
reumatóide, maior regularidade menstrual com menor fluxo, menos dismenorréia e anemia e
maior proteção contra aterosclerose (KUNDE, et al 2001).
Fator: ter menopausa tardia (depois dos 50 anos)
Ter menopausa tardia não é um fator de prevenção do câncer de mama e 76,2% dos
acadêmicos de enfermagem, 100% de fisioterapia e 68% de psicologia demonstram
conhecimento. 14,3% dos acadêmicos de enfermagem respondem que é um fator de proteção
e 28% da psicologia não respondem à questão. Ressaltamos que, menopausa tardia bem como
a menarca precoce é considerada fatores de risco devido à exposição prolongada ao
estrogênio.
O aumento do risco de câncer de mama esta associado com o tratamento para
menopausa que é à base de estrogênio. O tratamento também com progesterona eleva esse
risco, sendo que com a suspensão das duas drogas a uma diminuição do risco em desenvolver
o câncer de mama (HALBE, et al 2002).
Segundo Halbe, et al (2002), calcula-se em 120% o risco em câncer endometrial para
cada cinco anos de uso de reposição estrogênica e com diminuição da dosagem destes
progestógenos a cada quatro meses, além de diminuir o risco do câncer endometrial, reduzem
o risco do câncer da mama.
Fator: realização de terapia de reposição hormonal (hormônios usados para combater os
sintomas da menopausa)
61
A realização de terapia de reposição hormonal não é um fator de prevenção do câncer
de mama e 61,9% dos acadêmicos de enfermagem, 75% de fisioterapia e 56% de psicologia
demonstram conhecimento, apesar de 23,8% da enfermagem (1ºP - 2; 2ºP- 2; 6ºP) e 16% da
psicologia acreditar ser fator de proteção. Observa-se também que 28% da psicologia (1ºP-1;
2ºP-2; 4ºP-1; 6ºP-2; 8ºP-1) não respondem à questão.
Segundo Freitas, et al (2001) o uso de reposição hormonal para menopausa pode estar
associado com um aumento de risco significativo para o câncer de mama. Deve-se avaliar o
real benefício, necessitando de acompanhamento clínico e radiológico em pacientes de risco
para o câncer de mama, pois o estrogênio não induz o aparecimento do tumor, mas pode
propiciar a sua proliferação.
A seguir são apresentados os dados que apontam o nível de conhecimento dos
acadêmicos em relação às formas de detecção precoce para o câncer de mama.
5.4 Formas de detecção precoce do câncer de mama
Seguem os gráficos e tabelas que caracterizam as formas de detecção precoce do
câncer de mama, seguidas de suas respectivas análises.
Nem todos os acadêmicos respondem a todos os itens; conseqüentemente os
percentuais são apresentados a partir do número de sujeitos que respondem a cada questão.
62
Gráfico 6 - Distribuição dos Acadêmicos do Centro de Ciências da Saúde, Campus
Biguaçu, do Estado de Santa Catarina, no 1º semestre de 2008, com relação
ao acesso a informação dos fatores detecção precoce do câncer de mama.
100%
100%
84%
ENFERMAGEM
FISIOTERAPIA
PSICOLOGIA
63
TABELA 5 – DETECÇÃO PRECOCE PARA CANCER DE MAMA
Tabela 5 - Distribuição dos Acadêmicos do Centro de Ciências da Saúde, Campus Biguaçu, no Estado de Santa Catarina, no 1º semestre
de 2008, com relação ao conhecimento das formas de detecção precoce do câncer de mama.
CURSOS
ENFERMAGEM
FORMAS DE
DETECÇÃO
PRECOCE DE CÂNCER
DE MAMA
S
N
FISIOTERAPIA
SR
S
PSICOLOGIA
N
SR
f
%
f
%
f
%
f
%
f
%
1
25,0
f
S
%
f
N
SR
%
f
%
f
%
16
64,0
4
16,0
5
20,0
Controle de lesões
benignas da mama
proliferativas
18
85,7
1
4,8
2
9,5
3
75,0
Estudo genético
BRCA1 e BRCA2
identificação
16
76,2
2
9,5
3
14,3
4
100
7
28,0
6
24,0
12
48,0
Auto- exame de mama mensalmente
Exame clínico das mamas em todas as
mulheres a partir dos 40 anos de idade,
com periodicidade anual, nos Serviços
de Saúde
Mamografia nas mulheres com idade
entre 50 e 69 anos de idade, com
intervalo máximo de 2 anos entre os
exames
Exame clínico das mamas e mamografia
anual nas mulheres, a partir de 35 anos
de idade, pertencentes a grupos
populacionais com risco elevado de
desenvolver câncer da mama
Exame de ultra-sonografia (USG) em
mulheres, com menos de 35 anos para
avaliação das lesões palpáveis
21
19
100
90,5
2
9,5
4
4
100
100
9
16
76,0
64,0
2
4
8,0
16,0
4
5
16,0
20,0
13
61,9
8
38,1
2
50,0
14
56,0
6
24,0
5
20,0
17
81,0
4
19,0
4
100
17
68,0
4
16,0
4
6,0
15
71,4
4
19,0
3
75,0
13
52,0
5
20,0
7
8,0
Legenda: S: SIM
para
N: NÃO
2
SR: SEM RESPOSTA
9,5
2
1
50,0
25,0
64
No Gráfico 6, em relação à detecção precoce do câncer de mama, 100% dos
acadêmicos de enfermagem, 100% de fisioterapia e 84% de psicologia afirmam terem ouvido
falar sobre formas de detecção. Apesar de alguns períodos ainda não terem estudado esse
conteúdo todos acadêmicos afirmam ter conhecimento sobre a detecção precoce do câncer de
mama. Observa-se que, 16% do curso de psicologia não ouvem falar sobre formas de
detecção, sendo 1ºP: 01, 3ºP: 01 e 6ºP: 02.
A detecção precoce é a principal estratégia para controle do câncer de mama. O
Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero e de Mama - Viva Mulher com
o intuito de detectar lesões malignas da mama, preconiza através das recomendações do
Consenso para Controle do Câncer de Mama, a realização do exame clínico das mamas para
mulheres de todas as faixas etárias, como parte do atendimento integral à mulher (BRASIL,
2004).
A partir dos 35 anos, exame clínico das mamas e mamografia anual, para as mulheres
que pertencem a grupos populacionais com risco elevado de desenvolver câncer de mama.
Considerando as mulheres de risco elevado: um ou mais parentes de primeiro grau (mãe, irmã
ou filha) com câncer de mama antes dos 50 anos; um ou mais parentes de primeiro grau com
câncer de mama bilateral ou câncer de ovário; história familiar de câncer de mama masculina;
lesão mamária proliferativa com atipia comprovada em biópsia (idem, 2004).
Para as mulheres acima de 40 anos de idade, o exame deve ser realizado anualmente e
para aquelas com a faixa etária entre 50 a 69 anos é recomendada a realização de uma
mamografia a cada dois anos, garantindo o acesso aos demais procedimentos de investigação
diagnóstica e de tratamento quando necessário (idem, 2004).
A seguir, apresentam-se as formas de detecção precoce apontadas pelos acadêmicos
pesquisados.
A - Forma de detecção precoce de câncer de mama: controle de lesões proliferativas
benignas da mama (hiperplasias)
Verifica-se que, 85,7% dos acadêmicos de enfermagem, 75% de fisioterapia e 64% de
psicologia afirmam que, o controle das lesões proliferativas benignas da mama é considerado
detecção precoce do câncer de mama. 4,8% que equivale a um acadêmico do 8º período não
consideram esse dado como forma de detecção, isso causa preocupação, pois como já
mencionado em outras questões um acadêmico de 8º período esta em fase de formação, e que
deve possuir esse conhecimento.
65
Atualmente a detecção precoce facilita a terapêutica das lesões prémalignas, na qual
vem assumindo uma grande importância após a introdução dos programas de triagem
mamográfica, que passaram a detectar aumento expressivo de casos de hiperplasia ductal
atípica. Através dos programas de rastreamento por base a momografia, as estimativas
prognósticas e as decisões terapêuticas dependem do diagnóstico histopatológico,
classificação e graduação das lesões (SALLES, et al 2005).
B - Forma de detecção precoce de câncer de mama: estudo genético para identificação do
BRCA1 e BRCA2
Verifica-se que 76,2% dos acadêmicos de enfermagem, 100% de fisioterapia e 28% de
psicologia admitem que a identificação do BRCA1 E BRCA2 são considerados um fator de
detecção precoce para câncer de mama. 9,5% dos acadêmicos de enfermagem mencionam que
esse estudo genético do BRCA1 e BRCA2 não é uma forma de detecção precoce, sendo um
acadêmico do 5º e um do 8º período, no entanto os acadêmicos apredem esse conteúdo do 6º
período, isso justifica o acadêmico do 5º período não saber, mas não justifica um acadêmico
do 8º período não saber. 48% do curso de psicologia (1ºP-1; 2ºP-2; 3ºP-1; 4ºP-1; 5ºP-2; 6ºP-3;
8ºP-1; 9ºP-1), não respondem a questão.
De acordo com Kemp, et al (2002), os genes de BRCA1 e BRCA2 operam
classificamente como genes supressores do tumor. Estudos mostram em mulheres que nascem
com mutação em BRCA1, tem um risco aumentado de desenvolver câncer de mama,
apresentando taxas aproximadas de 3% aos 30 anos, 19% aos 40, 50% aos 50, 54% aos 60 e
85% aos 70 anos de idade. Os homens têm um risco aumentado se herdar mutações
germinativas de BRCA2, possui 6% de probabilidade de apresentar câncer de mama ao longo
da vida.
C - Forma de detecção precoce de câncer de mama: realizar auto- exame de mama
mensalmente
100% dos acadêmicos de enfermagem e fisioterapia, bem como 76% de psicologia
consideram a realização do auto-exame das mamas mensalmente como forma de detecção
precoce do câncer de mama. Essa porcentagem nos faz pensar que, o auto-exame das mamas
há muitos anos vem sendo veiculado na mídia (impressa, ou televisiva), como tema de sala de
aula.
66
O auto-exame pode ser ensinado individualmente como para grupos, fornecendo
informações para ambos os sexos (SMELTZER & BARE, 2005), visto que incidência de
câncer de mama masculino vem crescendo nos últimos anos (ARAÚJO, et al 2003).
Smeltzer & Bare (2005) refere que para mulheres a efetividade do auto-exame é mais
fácil, pois a realização segue um parâmetro (5 a 7 dias após a menstruação e uma vez ao mês
para as menopausadas) comparado com ao do sexo masculino. Como algumas mulheres
detectam muitos cânceres de mama, através do próprio toque. Elas podem retardar a procura
por cuidados médicos por motivo de medo, fatores econômicos incluídos, falta de educação,
relutância em agir, quando não há dor associada. O INCA não estimula o auto-exame das
mamas como detecção precoce isoladamente, pois o rastreamento não contribui para a
redução da mortalidade por câncer de mama.
D - Forma de detecção precoce de câncer de mama: realizar o exame clínico das mamas
em todas as mulheres a partir dos 40 anos de idade, com periodicidade anual, nos Serviços
de Saúde.
90,5% dos acadêmicos de enfermagem, 100% de fisioterapia e 64% de psicologia
afirmam que o exame clínico das mamas em todas as mulheres a partir dos 40 anos de idade,
com periodicidade anual, nos Serviços de Saúde é considerado uma forma de detecção
precoce do câncer de mama. Enquanto 9,5% dos acadêmicos de enfermagem, sendo dois do
8º período e 16% de psicologia (2ºP-2; 5ºP-1; 6ºP-1) respondem que não é considerado
detecção precoce, bem como 20% do curso de psicologia não respondem a questão.
Estimular profissionais de saúde a incorporarem em sua prática cotidiana, o exame
clínico das mamas, procedimento que é ainda compreendido como parte do atendimento
integral à saúde da mulher, devendo ser realizado em todas as consultas clínicas, mediante a
estruturação e expansão de uma rede de serviços, fortalecendo as estratégias que devem ser
utilizadas para a implementação do SUS (BRASIL, 2008h).
E - Forma de detecção precoce de câncer de mama: realizar mamografia nas mulheres
com idade entre 50 e 69 anos de idade, com intervalo máximo de 2 anos entre os exames
Dos acadêmicos pesquisados, 61,9% de enfermagem, 50% de fisioterapia e 56% de
psicologia respondem que a mamografia é considerada uma forma de detecção precoce do
67
câncer de mama. 38,1% dos acadêmicos de enfermagem não possuem esse conhecimento
sendo 1ºP-2; 2ºP-2; 4ºP-1; 5ºP-1; 6ºP-1; 8ºP-1. 24% da psicologia também não consideram e
20% não respondem.
Através do Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero e de Mama Viva Mulher, o INCA em ação conjunta com o Ministério da Saúde preconiza o rastreamento
por mamografia no intervalo de dois anos para a faixa etária de 50 a 69 anos. Para demonstrar
lesões impalpáveis e muitas vezes pré-invasoras, a mamografia é realizada para o
rastreamento em mulheres assintomáticas, a partir dos 50 anos, proporcionando uma redução
acima de 30% na mortalidade por câncer de mama, com uma sensibilidade próxima a 90%,
por ser capaz de mostrar lesões em fase inicial, muito pequenas (de milímetros) (BRASIL,
2008i).
F - Forma de detecção precoce de câncer de mama: realizar exame clínico das mamas e
mamografia anual nas mulheres, a partir de 35 anos de idade, pertencentes a grupo
populacionais com risco elevado de desenvolver câncer de mama.
Neste ítem 81% dos acadêmicos de enfermagem, 100% de fisioterapia e 68% de
psicologia identificam esse como forma de detecção precoce do câncer de mama, pois isso
implica que mulheres que pertencem a a grupos com risco elevado de desenvolver câncer de
mama devem iniciar a detecção e a prevenção a partir dos 35 anos de idade e não aos 40 anos
para o exame clínico das mamas e aos 50 anos para realizar a mamografia como preconiza o
Ministério da Saúde. 19% dos acadêmicos de enfermagem e 16% de psicologia não
consideram como detecção precoce.
Para a detecção precoce do câncer de mama, a forma mais eficaz é a realização do
exame clínico da mama e a mamografia, que para a sua efetividade é utilizado o exame
clínico como exame adicional (BRASIL, 2008j). Para a mamografia atingir uma sensibilidade
de 46% a 88% ela depende de fatores tais como: tamanho e localização da lesão, densidade do
tecido mamário (mulheres mais jovens apresentam mamas mais densas), qualidade dos
recursos técnicos e habilidade de interpretação do radiologista (BRASIL, 2006a).
Devido à alta freqüência do câncer de mama e pelos seus efeitos psicológicos que
afetam a percepção da sexualidade e a própria imagem pessoal, é relativamente raro antes dos
35 anos de idade, mas acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e
progressivamente (BRASIL, 2008j).
68
G - Forma de detecção precoce de câncer de mama: realizar exame de ultra-sonografia
(USG) em mulheres, com menos de 35 anos para avaliação das lesões palpáveis
71,4% dos acadêmicos de enfermagem, 75% de fisioterapia e 52% de psicologia
respondem que é uma forma de detecção precoce do câncer de mama.
Segundo Paulinelli; Moreira (2003) esse método é utilizado para diferenciação entre
nódulos sólidos e císticos. A ultrassonografia identifica lesões palpáveis em mamas densas, de
jovens e de grávidas. A realização desse exame é feita em mulheres com menos de 35 anos,
visto que é raro o aparecimento nesta idade, pois acima desta faixa etária o tumor cresce
rapidamente e progressivamente, sendo de fácil diagnóstico. 19% dos acadêmicos de
enfermagem respondem que esse dado não é considerado detecção precoce do câncer de
mama, sendo acadêmicos do 4º, 5º e 8º período, acredita-se que talvez seja por esse dado não
ser tão divulgado quanto outro dados.
A seguir são apresentados os dados que apontam as informações sobre a saúde pessoal
dos acadêmicos estudados.
5.5 Formas de detecção precoce do câncer de mama
Seguem os gráficos e tabelas que caracterizam as informações sobre a saúde pessoal
dos acadêmicos estudados, seguidas de suas respectivas análises.
Nem todos os acadêmicos respondem a todos os itens; conseqüentemente os
percentuais são apresentados a partir do número de sujeitos que respondem a cada questão.
69
Gráfico 7 - Distribuição dos Acadêmicos do Centro de Ciências da Saúde, Campus
Biguaçu, do Estado de Santa Catarina, no 1º semestre de 2008, com relação
à realização do auto-exame de mama.
71,40%
50%
52%
50%
44%
28,60%
4%
Realizam
Não
Realizam
Realizam
ENFERMAGEM
Não
Realizam
Realizam
Não
Realizam
PSICOLOGIA
FISIOTERAPIA
Não
Responderam
Gráfico 8 - Distribuição dos Acadêmicos do Centro de Ciências da Saúde, Campus
Biguaçu, do Estado de Santa Catarina, no 1º semestre de 2008, com relação
ao acesso à informação sobre a prevenção do câncer de mama.
100%
90,50%
76%
9,50%
acesso as
informações
não têm acesso
ENFERMAGEM
acesso as
informações
FISIOTERAPIA
acesso as
informações
12%
12%
não têm acesso
sem
resposta
PSICOLOGIA
70
Gráfico 9 - Distribuição dos Acadêmicos do Centro de Ciências da Saúde, Campus
Biguaçu, do Estado de Santa Catarina, no 1º semestre de 2008, com relação
ao acesso à informação sobre a detecção precoce do câncer de mama.
81%
72%
50%
50%
19%
Têm
acesso
Não
responderam
ENFERMAGEM
12%
Têm
acesso
Não
responderam
FISIOTERAPIA
Têm
acesso
Não têm
acesso
PSICOLOGIA
16%
Não
responderam
71
TABELA 6- INFORMAÇOES
Tabela 6 - Distribuição dos Acadêmicos do Centro de Ciências da Saúde, Campus Biguaçu, no Estado de Santa Catarina, no 1º semestre
de 2008, com relação aos meios de comunicação o acadêmico teve acesso às informações sobre prevenção e detecção do
câncer de mama.
Curso
ENFERMAGEM
Meios de Acesso
a informação
S
f
FISIOTERAPIA
N
SR
%
f
%
f
S
%
N
f
%
TV
18
85,7
1
4,8
2
9,5
4
100
Rádio
Sites da internet
Jornais
Revistas
Revistas técnicas
Cartazes nos murais
Panfletos
No portal (site) da Universidade
Palestras/conferências
Publicações da Universidade
Em sala de aula
6
19
13
19
12
8
6
1
4
3
16
28,5
90,4
62,0
90,4
57,1
38,0
28,5
4,7
19,0
14,3
76,2
6
1
2
1
4
4
7
11
10
10
3
28,5
4,8
9,5
4,8
19,1
19,0
33,4
52,3
47,6
47,6
14,3
9
1
6
1
5
9
8
9
7
8
2
43,0
4,8
28,5
4,8
23,8
43,0
38,1
43,00
33,4
38,1
9,5
2
4
3
4
2
2
1
1
1
1
3
50,0
100
75,0
100
50,0
50,0
25,0
25,0
25,0
25,0
75,0
Legenda: S: SIM
N: NÃO
SR: SEM RESPOSTA
PSICOLOGIA
f
2
2
2
2
2
SR
%
50,0
50,0
50,0
50,0
50,0
f
S
%
2
50,0
1
25,0
2
50,0
1
1
1
1
1
25,0
25,0
25,0
25,0
25,0
f
N
%
24
96,0
5
16
8
19
6
6
3
1
20,0
64,0
32,0
76,0
24,0
24,0
12,0
4,0
1
4
4,0
16,0
f
11
3
8
4
8
14
16
17
19
18
17
SR
%
44,0
12,0
32,0
16,0
32,0
56,0
64,0
68,0
76,0
72,0
68,0
f
%
1
4
9
6
9
2
11
5
6
7
6
6
4
36,0
24,0
36,0
8,0
44,0
20,0
24,0
28,0
24,0
24,0
16,0
72
No gráfico 7, em relação a realização do auto-exame das mamas, 71,4% dos
acadêmicos de enfermagem realizam o auto-exame das mamas e 28,6% não realizam o
auto-exame sendo 4 acadêmicos do sexo masculino. No curso de graduação de enfermagem
comprova que apenas as mulheres fazem o auto-exame das mamas e que mesmo sabendo
que os homens podem ter câncer de mama eles não realizam.
Quanto à informação sobre saúde pessoal em relação à realização do auto-exame
das mamas, 50% dos acadêmicos de fisioterapia realizam o auto-exame das mamas e 50%
dos acadêmicos não realizam o auto-exame sendo esses do sexo masculino.
Quanto à informação sobre saúde pessoal em relação à realização do auto-exame
das mamas, 52% dos acadêmicos de psicologia realizam o auto-exame das mamas, 44%
dos acadêmicos não realizam o auto-exame, sendo 4 acadêmicos do sexo masculino e 7 do
sexo feminino e 4% não responderam.
Em relação à faixa etária que o acadêmico iniciou a realização do auto-exame, no
curso de enfermagem 4,8% na faixa-etária dos 15 anos; 4,8% na faixa-etária dos 17 anos;
33,3% na faixa-etária dos 18 anos; 14,3% na faixa-etária dos 20 anos e 9,5% na faixaetária dos 25 anos. Sendo que 33,3% não respondem em relação à idade. Na questão
anterior 71,4% dos acadêmicos realizam o auto-exame das mamas, mas somente 66,6% dos
acadêmicos mencionaram a faixa-etária, sendo que um acadêmico responde fazer o auto
exame das mamas mas não informa a faixa-etária que iniciou.
No curso de fisioterapia, o acadêmico inicia a realização do auto-exame, isto ocorre
em 25% dos casos na faixa-etária de 18 anos, 25% na faixa-etária dos 20 anos. Sendo que
50% não respondem.
No curso de psicologia, 4% na faixa-etária dos 14 anos; 4% na faixa-etária dos 15
anos; 12% na faixa-etária dos 16 anos; 8% na faixa-etária dos 17 anos; 4% na faixa-etária
dos 18 anos; 4% na faixa-etária dos 19 anos; 8% na faixa-etária dos 20 anos; 4% na faixaetária dos 22 anos; 4% na faixa-etária dos 30 anos. Sendo que 48% não respondem.
Quanto à periodicidade que realizam o auto-exame, os acadêmicos de enfermagem
respondem: 47,6% 1 vez ao mês; 4,8% a cada 2 meses; 14,3% às vezes, não sei precisar
quando; 4,8% a cada 6 meses e 28,5% não respondem. Os acadêmicos de fisioterapia
respondem: 25% às vezes, não sabem precisar quando, 25% a cada dois meses e 50% não
respondem. Os acadêmicos de psicologia respondem: 20% uma vez ao mês; 8% anualmente;
20% às vezes, não sabem precisar quando; 4% a cada seis meses e 48% não respondem.
Segundo INCA (BRASIL, 2008j), o auto-exame não substitui o exame clínico e outros
exames complementares para a detecção precoce do câncer de mama, mas a importância da
73
mulher e do homem estar se conhecendo para perceber mudanças em suas mamas faz parte
das ações educativas. Quanto à periodicidade é realizado mensalmente, após a menstruação,
porque neste período as mamas não apresentam edema e as histerectomizadas devem fazer o
auto-exame sempre no mesmo dia para não ocorrer esquecimento. E, nos homens, um dia fixo
mensalmente deverá realizar o auto-exame das mamas.
Em relação à descrição dos passos do auto-exame das mamas:
Enfermagem: 42,86% dos acadêmicos de enfermagem descrevem como realizam o autoexame, sendo que os 4 acadêmicos do gênero masculino, que participam do estudo respondem
que não realizam o auto-exame de mama. 28,6% das acadêmicas não descreveram como
realizam o auto-exame, apesar de terem respondido que realizam o auto-exame das mamas.
As descrições realizadas pelos acadêmicos de enfermagem dos passos do auto-exame de
mama constituem:
•
Realizo a palpação ao redor de toda a mama e nas axilas;
•
Na posição à frente do espelho, com a mão D, você vai apalpando a mama esquerda
em forma de circulo, o braço E fica atrás do pescoço;
•
Observar se há alguma alteração, olhando no espelho, levantar o braço e fazer a
palpação no lado do braço elevado, com movimentos circulares, e depois em volta dos
mamilos;
•
Examinar as mamas em frente ao espelho, mão direita na cabeça, examinar mama
direita com a mão esquerda e vice-versa. Apertar a mama e palpar com a polpa do
dedo;
•
Realizado durante o banho ou após, em posição ereta, colocar o braço atrás da nuca e
com o MMSS contrário utilizar a ponta dos dedos os gânglios cervicais, supra e
infraclaviculares, depois gânglios axilares, região mamária, aureola e mamilo;
•
No banho, com o dedo indicador e médio, palpar a no sentido circulante fora para
dentro, indo até o mamilo. Verifico também a região axilar;
•
Observo a pele, para detectar alguma alteração, e depois realizo a palpação das mamas
com o braço atrás da cabeça;
•
Observação, inspeção estática e dinâmica, palpação;
•
Inspeção visual, palpação mamária e linfonodos.
As descrições realizadas pelos acadêmicos dos passos do auto-exame de mama foram:
74
Fisioterapia: 25% dos acadêmicos descrevem colocar a mão acima da cabeça e com a outra
tocar a mama; 25% palpação ao redor das mamas, com as pontas dos dedos; 50% dos
acadêmicos não descrevem, sendo 2 acadêmicos do gênero masculino, que participam do
estudo que não realizam o auto-exame de mama.
Psicologia: 44% descrevem como realizam o auto-exame, os acadêmicos que o fazem são
todos do sexo feminino. 56% dos acadêmicos não respondem, sendo que os 4 acadêmicos do
gênero masculino, que participam do estudo respondem que não realizam o auto-exame de
mama, e 8% das acadêmicas não descrevem como realizam o auto-exame, apesar de terem
respondido que realizam o auto-exame das mamas.
A descrição realizada pelos acadêmicos de psicologia dos passos do auto-exame de
mama constitui:
• Deitar com o braço para cima e apalpar a mama para ver se encontra algum nódulo ou
caroço. Repetir ambas as mamas. Pode ser também no banho.
• Após a menstruação levanta o braço, apalpa toda a região das mamas e axilas.
• Em pé, coloco o braço atrás da nuca, com a mão D, apalpo o seio E. De oposto.
• Levantar os braços e apalpar o seio ao redor e o seu mamilo.
• Tento apalpar a mama com diversos movimentos circulares, por exemplo.
• Após a menstruação, com o braço E, na hora do banho.
• Após o período menstrual, apalpo seios em movimentos circulares com os braços
erguidos na frente do espelho ou deitada mesmo.
• Apalpar conforme indicado pela ginecologista.
• Movimentos circulares nas mamas para ver se existe algum nódulo.
• No banho e na ginecologista.
• Toque, nas posições indicadas pelo médico.
Analisando as descrições realizadas pelos acadêmicos, observa-se que todas as descrições
estão incompletas, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (BRASIL, 2008c) são
considerados os seguintes passos na realização do auto-exame das mamas:
1. Em pé, em frente ao espelho: observe o bico dos seios, a superfície e o contorno das
mamas. Levante os braços, observa - se com o movimento aparecem alterações de contorno
e superfície das mamas.
75
2. Deitada, a mão esquerda coloca - se atrás da cabeça e com a mão direita apalpa a
mama esquerda. Faça movimentos circulares suaves apalpando levemente com as pontas
dos dedos.
3. Deitada, a mão direita coloca - se atrás da cabeça e com a mão esquerda apalpa a
mama direita. Repita deste lado movimentos circulares apalpando levemente com as pontas
dos dedos.
O gráfico 8, apresenta se os acadêmicos têm acesso à informação sobre a prevenção
do câncer de mama.
Observa-se que um grande número de acadêmicos 90,5% do curso de graduação em
enfermagem, 100% de fisioterapia e 76% de psicologia possuem acesso à informação sobre
prevenção do câncer de mama.
No gráfico 9, podemos observar o percentual de acadêmicos que tem acesso à
informação sobre a detecção precoce do câncer de mama.
81% dos acadêmicos de enfermagem, 50% de fisioterapia e 72% de psicologia
respondem ter acesso à informação sobre a detecção precoce do câncer de mama, pois não se
consegue falar de câncer de mama sem abordar a prevenção e detecção precoce isoladamente.
Embora tenha sido tema estudado no 6º período (enfermagem), o mesmo número de
acadêmicos que respondeu ter acesso às informações sobre prevenção, não corresponde com o
mesmo número de pessoas que respondeu ter acesso à informação sobre detecção precoce.
Na tabela 6, estão apresentados os meios de comunicação pelos quais os acadêmicos
tiveram acesso à informação sobre a prevenção e a detecção precoce do câncer de mama:
A - TV
O meio de comunicação que mais se destaca ainda é a televisão, o principal veículo de
conteúdos culturais (MARINI, 2007). 85,7% da enfermagem, 100% da fisioterapia e 96% da
psicologia, uma porcentagem expressiva respondeu que já teve acesso a informação sobre
prevenção e detecção precoce do câncer de mama pela TV, pois a televisão oferece canais de
entretenimento, reportagens em jornais de TV, programas culturais, propagandas
educacionais, etc.
B - Rádio
76
Os acadêmicos nesse dado se dividiram 28,5% de enfermagem, 50% de fisioterapia e
20% da psicologia responderam ter acesso ao rádio. O rádio no Brasil continua constituindo
um importante veículo de informação e cultura. Antigamente, a rádio era utilizada apenas
como fornecedor de música; comerciais de produtos, marcas, eventos; telenovelas e outros.
Hoje, possuímos em Santa Catarina a Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e
Televisão, que trabalha com a valorização da programação regional, incentivo ao crescimento
do mercado, gerando qualidade em sua representação, além da preocupação com as soluções
dos problemas comunitários (BRASIL, 2008l).
Através dessa valorização surgiram as rádios comunitárias, onde algumas
Universidades do Estado possuem rádios internas, com programas educativos. Esse acesso
proporciona conhecimento ao acadêmico, abrangendo um espaço maior ao seu redor
(MARINI, 2007).
C - Sites da internet
90,4% dos acadêmicos de enfermagem, 100% da fisioterapia e 64% da psicologia
respondem ter acesso à informação a esse dado nos sites da internet. Segundo Marini (2007) o
surgimento dos provedores de internet e sua forte ampliação, a crescente demanda e utilização
dos serviços da rede colocam o Brasil como um dos mais importantes países usuários das
novas tecnologias de informação nos últimos 20 anos. Em Universidades, escolas, no
trabalho, no domicílio, desde a infância, a internet se instalou e promete cada vez mais uma
tecnologia avançada.
D - Jornais
Utilizado por alguns em casa, no trabalho, ou por curiosidade em certos momentos, o
jornal é utilizado também como provedor de informação. Nesta questão, 62,0% dos
acadêmicos de enfermagem, 75% de fisioterapia e 32% da psicologia afirmam já ter utilizado
o jornal como fonte de informação de prevenção e detecção precoce do câncer de mama.
E - Revistas
90,4% dos acadêmicos de enfermagem, 100% de fisioterapia e 76% de psicologia um
número considerável que utilizam revistas como fonte de informação sobre prevenção e
77
detecção precoce do câncer de mama. Mesmo necessitando de assinatura para o leitor ter
acesso, ela também esta disponível em clínicas, escolas, creches, salões de beleza, a
disposição para compra em supermercados, etc., o que facilita o acesso a informação.
F - Revistas técnicas
Observa-se que 57,1% dos acadêmicos de enfermagem, 50% de fisioterapia e 24% de
psicologia utilizam revistas técnicas também como fonte de informação sobre prevenção e
detecção precoce do câncer de mama. Nos mesmos critérios de uma revista comum, a
necessidade de uma assinatura é mais direcionada para a área de trabalhos acadêmicos,
descobertas científicas, políticas educativas, novidades na área da saúde, propagandas que
buscam a atenção do leitor acadêmico, etc. Interessante observar que 19,1% da enfermagem,
32% da psicologia não tem acesso as revistas técnicas. Pode-se inferir que a cultura de
pesquisa em periódicos da área da saúde ainda não faz parte do cotidiano acadêmico desta
Instituição de Ensino.
G - Outros
33,4% dos acadêmicos de enfermagem respondem outros, sendo que 4 citaram ter
acesso em DVD, palestras na faculdade e estágio; 66,6% não respondem.
100% dos acadêmicos de fisioterapia não respondem a questão; e da psicologia 48%
respondem, sendo que 07 citam panfletos, escola, folder/cartaz, centros de saúde, médico, 05
não citam quais são os outros meios de comunicação; 52% não respondem.
Realizamos a seguinte questão: na Universidade você teve acesso à informação sobre a
prevenção e detecção precoce do câncer de mama?
Os acadêmicos respondem:
Em cartazes nos murais: 38,0% dos acadêmicos da enfermagem, 50% da fisioterapia
e 24% da psicologia têm acesso à informação por cartazes.
Os acadêmicos respondem ter tido informação sobre a prevenção e detecção precoce
do câncer de mama na Universidade, pois no decorrer do curso os próprios acadêmicos
confeccionam cartazes, banners, principalmente da enfermagem, que acabam sendo uma
forma de informação para todos os acadêmicos.
78
Em panfletos: 28,5% dos acadêmicos de enfermagem, 25% da fisioterapia e 12% da
psicologia têm acesso à informação em panfletos. Acredita-se que seja por fonte externa, tais
como: congressos, serviços de saúde hospitais, etc.
No portal (site) da Universidade: 4,7% dos acadêmicos da enfermagem, 25% da
fisioterapia e 4% da psicologia relatam ter acesso pelo site. Observa-se que, seja muito
importante para o acadêmico ao acessar o site da Universidade, estar recebendo informações
na área da saúde referente ao curso estudado. Sendo necessária uma política de educação em
saúde virtual, veiculada no Home Page da Universidade.
Em Palestras/conferências: 19,0% dos acadêmicos da enfermagem; 25% da
fisioterapia têm acesso por palestras e conferências. 76% da psicologia afirmam que nunca
tiveram acesso por meio destes eventos. Acredita-se que as palestras, conferências, os
acadêmicos recebem informações sobre assuntos que despertem interesse em aprender algo
novo para a sua atividade acadêmica. Até mesmo porque muitas vezes após algumas
atividades deste tipo, professores realizam uma avaliação sobre o tema estudado,
enriquecendo o seu conhecimento. Deixamos aqui uma reflexão para os próximos semestres:
a necessidade e a importância de oferecer espaços de discussão sobre o tema na Universidade.
Em Publicações da Universidade: 14,3% dos acadêmicos da enfermagem, 25% da
fisioterapia e 4% da psicologia afirmam ter acesso ao tema em publicações da universidade.
47% da enfermagem, 50% da fisioterapia e 72% da psicologia não têm acesso. Constata-se
que a Universidade não apresenta publicações sobre este assunto ou se apresenta, não divulga.
Em sala de aula: 76,2% dos acadêmicos de enfermagem, 75% de fisioterapia e 16% de
psicologia têm acesso à informação nas aulas dos cursos de graduação. 68% da psicologia
afirmam não ter acesso.
Na enfermagem 14,3% respondem não ter tido essa informação em sala de aula, sendo
que esses acadêmicos correspondem ao 3º e 4º período onde justifica essa porcentagem, pois
não têm esse conteúdo, que é tema em saúde da mulher, criança e adolescente com atividade
assistencial no 5º período e saúde da mulher, criança, adolescente, adulto e idoso também com
atividade assistencial no 6º período.
Em disciplina – 16 acadêmicos de enfermagem respondem nas disciplinas de:
parasitologia – 4,8%; biologia - 1 – 4,8%; anatomia – 2 – 9,5%; saúde da mulher, criança e
adolescente - 47,6%; saúde do adulto e idoso – 4,8%; saúde pública – 4,8% e 23,8% não
respondem.
79
Na fisioterapia: anatomia - 25%; ginecologia e obstetrícia – 25% e, 25% não
respondem.
Na psicologia: anatomia e neurofisiologia – 4%; psicologia da saúde– 4% e 92% não
respondem.
Outros: sendo na enfermagem, 4,8% correspondem a um acadêmico responde:
conversas informais com amigos e estágios (8ºP) e 95,2% acadêmicos não respondem. Na
fisioterapia, 100% dos não respondem a questão. E, na psicologia 20% respondem outros,
mas não mencionam quais são os outros acessos à informação na Universidade e 80% não
respondem.
Observa-se que durante as perguntas do questionário, muitos acadêmicos ficam com
dúvidas em responder algumas perguntas, pela falta de conhecimento e optam não assinalar as
respostas, ou escrevê-las.
80
6 PROBLEMATIZANDO A REALIDADE
Neste momento procura-se realizar uma interface com os resultados apresentados
neste estudo, com alguns conceitos do Método de Paulo Freire. Foi estabelecido como
objetivo: investigar o nível de conhecimento da prevenção e detecção precoce do câncer de
mama entre os acadêmicos do Centro de Ciências da Saúde do Campus Biguaçu.
A etapa de investigação consisti-se na aplicação do questionário, buscando levantar o
conhecimento que os acadêmicos possuem sobre a prevenção e detecção precoce do câncer de
mama. A etapa de problematização ocorreu com a busca do fato concreto (os resultados
apresentados). É a descoberta do nível de conhecimento dos alunos na temática da prevenção
e detecção precoce. É o olhar que examina, aproxima e distancia dos dados, que desconstrói e
reconstrói a realidade.
A etapa prática consistiu no desenvolvimento do diálogo, que neste exercício de ser
acadêmicas-pesquisadoras, o diálogo com a realidade apresentada (resultados), mostrando-nos
a necessidade da conscientização. A conscientização acadêmica para a prevenção e detecção
do câncer de mama, numa nova visão, a crítica da situação apresentada dos déficits de
conhecimento.
Utilizamos a proposta do arco de Charles Maguerez, diagrama 1, para problematizar
alguns resultados do nosso estudo, esclarecendo que fizemos a seleção daqueles que
acreditamos serem os prioritários (BRASIL, 1989).
Diagrama 1 – Arco de Maguerez
Teorização
Hipóteses de Solução
Pontos - Chave
Observação da
Realidade
(Problema)
Aplicação à
Realidade
Realidade
Para o estudo realizado e baseado no arco de Maguerez, definimos, como:
81
Observação da realidade: Realiza-se um olhar na realidade e se expressa às percepções
pessoais ou dos resultados apresentados.
Pontos-chave: Realiza-se a priorização, sintetizando os pontos ou focos prioritários, sendo as
variáveis mais determinantes da situação.
Teorização: É introduzida a discussão teórica do assunto que poderá confirmar acrescentar,
e/ou modificar os aspectos ressaltados. Realiza-se a pergunta ‘o porquê dos fatos’.
Hipóteses de solução: Elencam-se todas as possibilidades, através da originalidade e a
criatividade para a solução dos problemas.
Aplicação a realidade: É a discriminação da ação a ser desenvolvida, considerando a
viabilidade, através da aplicação das ações, reavalia-se e aperfeiçoa-se adquirindo domínio e
competência para a resolutividade do problema.
Diante do diagrama de Charles Maguerez, destacamos alguns itens que foram
selecionados como problema, através do nosso estudo que mostra o nível de conhecimento do
acadêmico quanto à Prevenção e Detecção do Câncer de Mama.
Foram selecionados alguns problemas para ser problematizado, o critério foi um
problema por natureza com percentual acima de 75% de falta de conhecimento pelos
acadêmicos.
Em relação aos Fatores de Risco:
Problematizando os resultados apresentados, com percentual igual ou superior a 75%,
de acordo com a classificação do INCA (BRASIL, 2008m):
Os fatores de risco podem ser encontrados no ambiente físico, ser herdados ou
representar hábitos ou costumes próprios de um determinado ambiente social e cultural.
Entende-se por ambiente o meio em geral (água, terra e ar), o ambiente ocupacional
(indústrias químicas e afins), o ambiente de consumo (alimentos, medicamentos), o ambiente
social e cultural (estilo e hábitos de vida).
82
A – Natureza ambiental de consumo
Observação da realidade: fator de risco de natureza ambiental de consumo.
Ponto-chave: o percentual de 75%, que expressa à falta de conhecimento dos acadêmicos de
fisioterapia, em relação ao consumo de verduras e frutas.
Teorização: o consumo de legumes, verduras e frutas segundo o INCA (BRASIL, 2008m)
são classificados como fatores de proteção para o câncer de mama, bem como para outros
tipos doenças em geral. Os flavonóides encontrados nos grãos, verduras, legumes e frutas, por
seus efeitos antioxidantes, anti-mutagênicos e reguladores dos ciclos celulares são oncoprotetores (CHOI, 2001).
Hipóteses de solução: esclarecimento e conscientização dos acadêmicos do curso de
graduação em fisioterapia, que a adoção de uma alimentação saudável, com: verduras,
legumes e frutas é um fator de prevenção e não de risco para o câncer de mama.
Aplicação a realidade: através de atividades educativas, como: eventos (palestras,
campanhas de esclarecimento, seminários, dentre outros), divulgação impressa e virtual no
home page da instituição de ensino, nos murais, bem como nas disciplinas que versem a saúde
do adulto e do idoso.
B - Natureza ambiental social e cultural
Observação da realidade: fator de risco de natureza ambiental social e cultural.
Ponto-chave: o percentual de 75%, que expressa à falta de conhecimento dos acadêmicos de
fisioterapia, em relação ao sedentarismo, como fator de risco.
Teorização: o sedentarismo leva principalmente a distúrbios endócrino-metabólicos. O
sedentarismo está relacionado com o aumento de peso, que leva ao hiperestrogenismo
conseqüentemente, tornando o sedentarismo um fator de risco para o câncer de mama.
Hipóteses de solução: esclarecimento e conscientização dos acadêmicos do curso de
graduação em fisioterapia, que o sedentarismo é fator de risco para o câncer de mama.
Aplicação a realidade: através de atividades educativas, como: eventos (palestras,
campanhas de esclarecimento, seminários, dentre outros), divulgação impressa e virtual no
home page da instituição de ensino, nos murais, bem como nas disciplinas que versem a saúde
do adulto e do idoso.
83
C - Natureza genética
Observação da realidade: fator de risco de natureza genética.
Ponto-chave: o percentual de 76%, que expressa à falta de conhecimento dos acadêmicos de
psicologia, em relação à primeira gestação após os 30 anos, como fator de risco.
Teorização: a primeira gestação após os 30 anos leva a mulher a ter um número maior de
ciclos ovulatórios, conseqüentemente uma maior exposição ao estrogênio.
Hipóteses de solução: esclarecimento e conscientização dos acadêmicos do curso de
graduação em psicologia, que primeira gestação após os 30 é fator de risco para o câncer de
mama.
Aplicação a realidade: através de atividades educativas, como: eventos (palestras,
campanhas de esclarecimento, seminários, dentre outros), divulgação impressa e virtual no
home page da Instituição.
Em relação aos Fatores de Prevenção:
Problematizando os resultados apresentados, com percentual igual ou superior a 75%,
de acordo com a classificação do INCA (BRASIL, 2008m) já mencionado:
A – Natureza ambiental de consumo
Observação da realidade: fator de risco de natureza ambiental de consumo.
Ponto-chave: o percentual de 100%, que expressa à falta de conhecimento dos acadêmicos de
fisioterapia, em relação ao uso de anticoncepcional como fator de risco e não de prevenção.
Teorização: desconhecimento da ação do estrógeno como fator de risco para o câncer de
mama.
Hipóteses de solução: esclarecimento e conscientização dos acadêmicos do curso de
graduação em fisioterapia, que o uso de anticoncepcional não é fator prevenção e sim de risco
para o câncer de mama.
Aplicação a realidade: através de atividades educativas, como: eventos (palestras,
campanhas de esclarecimento, seminários, dentre outros), divulgação impressa e virtual no
home page da instituição de ensino, nos murais, bem como nas disciplinas que versem a saúde
do adulto e do idoso.
84
B – Natureza biológica
Observação da realidade: fator de risco de natureza biológica.
Ponto-chave: o percentual de 100%, que expressa à falta de conhecimento dos acadêmicos de
fisioterapia, em relação à menarca precoce e a menopausa tardia, pois consideraram como
fator prevenção e não de risco para o câncer de mama.
Teorização: desconhecimento da ação do estrógeno como fator de risco para o câncer de
mama.
Hipóteses de solução: esclarecimento e conscientização dos acadêmicos do curso de
graduação em fisioterapia, que a menarca precoce e a menopausa tardia são fatores de risco e
não de prevenção para o câncer de mama.
Aplicação a realidade: através de atividades educativas, como: eventos (palestras,
campanhas de esclarecimento, seminários, dentre outros), divulgação impressa e virtual no
Home Page da Instituição de Ensino, nos murais, bem como nas disciplinas que versem a
saúde do adulto e do idoso.
Em relação à Detecção Precoce:
O percentual de desconhecimento das formas de detecção precoce do câncer de mama
não ultrapassou os 75%, conforme o critério estabelecido para problematizar os resultados,
demonstrando um nível de conhecimento maior neste aspecto do estudo.
Concluímos que, os resultados apontaram que em relação aos fatores de risco,
prevenção e detecção precoce do câncer de mama os cursos de enfermagem e fisioterapia
demonstraram ter maior conhecimento do que os acadêmicos de psicologia. Além disso,
houve um percentual maior entre os acadêmicos de psicologia, que não responderam as
questões. No entanto percebemos que os acadêmicos das fases iniciais de enfermagem
demonstraram ter maior conhecimento que aqueles em fase de final do curso. O gênero
feminino foi predominante, sendo que em relação à realização do auto-exame das mamas os
acadêmicos de enfermagem e fisioterapia todos realizam, exceto os acadêmicos do gênero
masculino. Já os acadêmicos de psicologia nem todos realizam sendo tanto do gênero
feminino quanto masculino. Na descrição do auto-exame das mamas todos os acadêmicos de
enfermagem, fisioterapia e psicologia não souberam descrever corretamente os passos do
auto-exame.
85
Em relação ao acesso a informação sobre a prevenção e detecção precoce do câncer
de mama na Universidade a maior parte dos acadêmicos dos três cursos responderam não ter
acesso.
86
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando que qualquer análise e reflexão devem constituir um processo contínuo
e sistemático de questionamentos sobre a prevenção e detecção precoce do câncer de mama,
as reflexões apresentadas neste estudo não podem ser vistas como algo rígido e acabado, mas
como um processo flexível, que se irá (re) construindo, à medida que esta problemática vai se
inserindo no cotidiano da Universidade.
Compreender a relação existente entre o nível de conhecimento e a prevenção e
detecção do câncer de mama numa perspectiva inter e pluridisciplinar, nos cursos estudados
parece-nos importante para repensar a necessidade da inserção da educação em saúde, como
um elemento imprescindível na promoção de uma universidade saudável. Deve ser uma das
metas dos cursos da área da saúde, principalmente, para a enfermagem, pois a educação em
saúde constitui uma atividade de igual dimensão as demais desenvolvidas pela enfermagem e
está integrada no cuidar em enfermagem.
Não podemos esquecer que o câncer de mama é um problema de saúde pública, com
taxas de mortalidade e morbidade elevadas, cuja tendência é aumentar quer em nível nacional,
quer mundial. As estimativas da Organização Mundial de Saúde apontam no sentido de um
crescimento exponencial do câncer, duplicando de 10 para 20 milhões nas próximas duas
décadas de casos novos (DURÁ, 2002), o que enfatiza o valor da educação em saúde junto a
comunidade universitária, para democratizar o acesso a informação, e na promoção de estilo
de vida saudável, visando a prevenção e a detecção precoce do câncer de mama.
Por outro lado, sendo o câncer de mama um agravo crônico e não transmissível, a
educação tendo em vista a sua prevenção e detecção precoce, não deve se constituir na
simples transmissão de informação, mas ter por base o contexto sócio-cultural dos
acadêmicos, seus valores, crenças, conhecimento. A questão está em como os cursos podem
inserir esta prática em seus currículos e no cotidiano da Instituição.
O câncer de mama não é um fenômeno apenas biológico, mas também psicológico e
social. Os hábitos e as crenças que definem a promoção de saúde dos acadêmicos à medida
que se repetem e se reforçam culturalmente e socialmente através dos padrões atuais, num
estilo de vida com práticas pouco saudáveis principalmente em relação à alimentação,
tabagismo, atividade física, estressores, dentre outros reforçam ou levam os acadêmicos a
adotar comportamentos de risco.
Também não podemos desconsiderar que as atividades de promoção aos estilos de
vida saudável, mesmo que veiculadas pelos meios de comunicação em massa, pelos Serviços
87
de Saúde são ainda incipientes. O movimento de resistência à mudança é um dos aspectos,
que justificam a morosidade na adoção de comportamento e práticas de prevenção e detecção
precoce, no exercício real da autonomia, da cidadania, através da conscientização.
Por este motivo esta pesquisa possibilitou conhecer o nível de conhecimento dos
acadêmicos em relação à prevenção e detecção precoce do câncer de mama, tento como
suporte teórico para realizar o olhar problematizador alguns pressupostos da Teoria do prof.
Paulo Freire. Tendo como pontos fundamentais: a conscientização e a problematização.
Algumas situações no decorrer do estudo, como: a dificuldade de recrutamento dos
acadêmicos, visto que, muitos não quiseram participar, outros não entregaram no prazo
previsto o questionário da pesquisa ou até mesmo não entregavam.
No entanto, acreditamos que a aderência dos acadêmicos a pesquisa, foi através do
diálogo sendo esse um ponto fundamental, para que os sujeitos do estudo percebessem a
importância em participar, e assim contribuírem para o desenvolvimento desse estudo.
Alcançamos o objetivo proposto de investigar o nível de conhecimento da prevenção e
detecção precoce do câncer de mama entre os acadêmicos do Centro de Ciências da Saúde do
Campus de Biguaçu. Os resultados apontaram que em relação aos fatores de risco, prevenção
e detecção precoce do câncer de mama os acadêmicos cursos de enfermagem e fisioterapia
demonstraram ter maior conhecimento do que os acadêmicos de psicologia.
Houve um percentual maior entre os acadêmicos de psicologia, que não responderam
as questões. No entanto percebemos que os acadêmicos das fases iniciais de enfermagem
demonstraram ter maior conhecimento que aqueles em fase de final do curso. O gênero
feminino foi predominante, sendo que em relação à realização do auto-exame das mamas os
acadêmicos de enfermagem e fisioterapia todos realizam, exceto os acadêmicos do sexo
masculino. Já os acadêmicos de psicologia nem todos realizam sendo tanto do sexo feminino
quanto masculino. Na descrição do auto-exame das mamas todos os acadêmicos de
enfermagem, fisioterapia e psicologia não souberam descrever corretamente os passos do
auto-exame.
Em relação ao acesso a informação sobre a prevenção e detecção precoce do câncer de
mama na Universidade a maior parte dos acadêmicos dos três cursos responderam não ter
acesso.
Considerando que, a partir da análise dos resultados e realizando o exercício da
problematização, sem a pretensão de estar ditando verdades, mas fazendo um olhar que
permita o pensar em saúde, através do conhecimento, a tomada de decisões livres e a seleção
de alternativas adequadas nas escolhas de padrões de vida, que levem a prevenção e a
88
detecção do câncer de mama tanto feminino, quanto masculino, levantaremos a seguir, em
caráter de sugestões algumas práticas para a promoção de uma universidade saudável: o
investimento de promoção à saúde é fundamental numa Universidade, sendo que o acesso a
informação é a democratização do conhecimento.
A criação do Programa de Educação em Saúde Universitária em nível de extensão,
com a participação docente e discente, privilegiando ações educativas integradas entre os
cursos do Campus Biguaçu. A assinatura de periódicos e o estímulo a utilização dos mesmos
pelos docentes e discentes. Há um acervo, embora pequeno, mas pouco utilizado na
biblioteca. No curso de enfermagem é realizado o seminário de integração curricular, em que
se abordam temáticas atuais e de interesse para a profissão, portanto seria interessante focar a
prevenção e detecção precoce do câncer de mama.
Para finalizarmos o estudo destacamos a importância que a pesquisa contribui para o
nosso conhecimento tanto como acadêmicas, quanto como mulheres.
89
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99
APÊNDICES
100
APÊNDICE 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
101
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA:
Título do Projeto: __Prevenção e detecção precoce do câncer de mama: investigando o nível
de conhecimento dos acadêmicos do centro de ciências da saúde________________________
Pesquisador Responsável: _Profª_M.Sc. Nen Nalú Alves das Mercês____________________
Telefone para contato: _(0xx) 48 9961-2564__e-mail: [email protected]________________
Pesquisadores Participantes: Acadêmicas de Enfermagem: Catia Regina Pinhard e Karina
Lemos Terra ________________________________________________________________
Telefones para contato: (48) 9622-6010 / (48) 9125-8061_ E-mails: [email protected];
[email protected]____________________________________________________
INFORMAÇÕES SOBRE O PARTICIPANTE DO ESTUDO (ACADÊMICOS DO
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CE BIGUAÇU)
Eu: ________________________________________________________________________
DN: ___________Naturalidade: _ _____________ Nacionalidade:______________________
Curso: _ ____________________________________________________________________
Período/fase: ________________________________________________________________
Profissão: ________________________CPF:______________________________________
Identidade: nº :_ _________________________ Órgão Emissor: ___ Estado:_____________
Endereço: AV/R: _______________________________________ nº ___________________
Apto: ___ Bairro: ________________Cidade: ___ ______________
Estado:_______________ Tel/Cel: ______________________________________________
abaixo assinado, concordo em participar do presente estudo como sujeito. Fui devidamente
informado(a) e esclarecido(a) sobre o estudo, os procedimentos nele envolvidos, assim como
os possíveis riscos e benefícios decorrentes de minha participação, como o que se encontra
descrito a seguir:
O(a) senhor(a) foi informado(a) detalhadamente sobre o estudo intitulada: Prevenção e
detecção precoce do câncer de mama: investigando o nível de conhecimento dos
acadêmicos do centro de ciências da saúde.
O(a) senhor(a) foi plenamente esclarecido(a) de que será submetido(a) a uma estudo com o
102
objetivo de conhecer o nível de conhecimento da prevenção e detecção precoce do câncer de
mama entre os acadêmicos do Centro de Ciências da Saúde do Centro de Educação Biguaçu.
O(a) senhor(a) foi informado(a) de como se desenvolverá o estudo pelas acadêmicas de
enfermagem: Catia Regina Pirhardt e Karina Lemos Terra..
O(a) senhor(a) foi informado(a) que a sua seleção para este estudo foi realizado por sorteio,
de caráter aleatório, pela listagem geral de matriculados em seu curso e caso aceite participar
deverá ser assinado este termo de consentimento livre e esclarecido de acordo com a
Resolução 196/96, do Conselho Nacional de Saúde que estabelece os princípios norteadores
da Pesquisa em Seres Humanos. A sua identificação será através do código de identificação:
acadêmico do curso de enfermagem: Ac.Enf x-y, acadêmico do curso de fisioterapia: Ac.Fis
x-y ou acadêmico do curso de psicologia: Ac. Psi x-y, (x corresponde o período/fase em que
está matriculado e y corresponde o número em algarismos arábicos da listagem ao qual foi
sorteado aleatoriamente). Concordando em participar o(a) senhor(a) se encontrará
na
Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação Biguaçu, campus B, com uma das
acadêmicas de enfermagem: Catia Regina Pirhardt e Karina Lemos Terra, em data e horário
pré-estabelecido. Será realizada a apresentação da proposta de estudo, e lhe será entregue um
instrumento de coleta de dados – questionário, com cinco seções, que poderá ser respondido
sem a presença das acadêmicas Catia Regina Pirhardt e Karina Lemos Terra, o entregando
posteriormente em data combinada com as mesmas, ou poderá responder as questões para as
acadêmicas e serão registradas no momento junto com o(a) senhor(a).
O(a) senhor(a) também foi informado(a) que poderá responder as perguntas se desejar e terá
liberdade para questionar as acadêmicas Catia Regina Pirhardt e Karina Lemos Terra
O(a) senhor(a) foi informado(a) que se manterá o anonimato, quanto à identidade e as
informações obtidas e que estas serão confidenciais. Pelo fato deste estudo ter único e
exclusivo interesse cientifico, o mesmo foi aceito espontaneamente pelo(a) senhor(a), que no
entanto, poderá desistir a qualquer momento do mesmo, inclusive sem nenhum motivo,
bastando para isso informar, da maneira que achar mais conveniente, a sua desistência. Por ser
voluntária e sem interesse financeiro o(a) senhor(a) não terá nenhuma remuneração. A
participação no estudo não incorrerá em riscos e prejuízos de qualquer natureza. Os dados
referentes ao(a) senhor(a) serão sigilosos e privados, e a divulgação dos resultados visará
apenas mostrar os possíveis benefícios obtidos pelo estudo em questão. A divulgação das
informações no meio científico será anônima e em conjunto com as respostas do grupo de
acadêmicos que participarão do estudo, sendo que o(a) senhor(a) poderá solicitar informações
durante todas as fases deste estudo, inclusive após a publicação do mesmo. Será realizada a
103
apresentação pública dos resultados obtidos na UNIVALI, em local, data e horário
previamente agendado e o(a) senhor(a) será comunicado(a) e poderá participar como ouvinte
da apresentação. Serão respeitados todos os princípios éticos determinados na Resolução
196/96, do Conselho Nacional de Pesquisa em Seres Humanos.
Biguaçu,.......... de ........................de 2007.
---------------------------------------------------------------------------------------------Assinatura do Acadêmico
---------------------------------------------------------------------------------------------Assinatura da Acadêmica de Enfermagem - Pesquisadora
104
APÊNDICE 2
Instrumento de Coleta de Dados
Questionário
105
Universidade do Vale do Itajaí
Centro de Educação Biguaçu
Curso de Graduação em Enfermagem
Prezado Acadêmico (a):
Este questionário é parte da pesquisa intitulada: Prevenção e Detecção Precoce do
Câncer de Mama: investigando o nível de conhecimento dos acadêmicos do centro de
ciências da saúde.
Sua participação é muito importante e podemos garantir que as suas respostas serão
mantidas confidenciais.
Desde já agradecemos sua atenção
Os campos deste quadro devem ser preenchidos somente pelas acadêmicaspesquisadoras
Cód. curso
Cód. acad.
Nº do quest.
Data da pesquisa
O questionário é composto por ___ seções que abordam assuntos pertinentes ao nível de
conhecimento em relação à prevenção e detecção precoce do câncer de mama. A seqüência das
perguntas pode variar de acordo com as suas respostas. Por favor, siga com atenção as orientações
que se encontram ao lado de algumas respostas para o preenchimento correto do mesmo.
SEÇÃO A - IDENTIFICAÇÃO
A-1 Idade: |___|___| anos
A-2 Sexo: 1|___| masculino
2 |___| feminino
A-3 Qual o seu estado civil?
1|___| Solteiro(a)
2|___| Casado(a)
5|___| Separado(a)
6 |___| Divorciado(a)
3|___| União estável
4|___| Viúvo(a)
A-4 Qual a sua escolaridade?
Nível Médio Curso |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|
Nível Superior: 1|___|completo. Curso: |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|_|
2|___|cursando atualmente: |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|
3 |___|Período/fase
A- 5 Qual a sua profissão?
|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__||__|__|__|__|__|__|__|
106
|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|
A-6 Em termos de salário mínimo (SM), qual foi sua renda bruta no último mês (soma
dos salários brutos e/ou das quantias recebidas por bolsa de trabalho ou outros, por todas
as pessoas - família ou colegas/agregados que moram com você)?
1|___| até 2 SM (R$ 760,00)
2|___| mais de 2 até 4 SM (R$ 760,00)
3|___| mais de 4 até 7 SM (R$ 760,00 até R$ 1.520,00)
4|___| mais de 7 até 10 SM (R$ 1.520,00 até R$ 3.800,00)
5|___| mais de 10 até 20 SM (R$ 3.800,00 até R$ 7600,00)
6|___| mais de 20 SM (R$ 7600,00........)
7|___| não sei
SEÇÃO B – FATORES DE RISCO PARA O CÂNCER DE MAMA
B – 1 O câncer de mama ocorre?
Em mulheres
Em homens
Sim |___| Não |___|
Sim |___| Não |___|
B – 2 Você já ouviu falar em fatores de risco para o câncer de mama?
Sim |___| (ir para a pergunta B-3)
Não |___|
]
B – 3 Quais dos itens abaixo são considerados fatores de risco para o câncer de mama?
a) consumo delegumes, verduras e frutas
Sim |___| Não |___|
b) consumo de alimentos ricos em gordura animal (carne, manteiga, leite integral, queijos, natas,
banha, creme de leite, lingüiça, salame, presunto, frituras, pele de frango, carne gorda).
Sim |___| Não |___|
c) consumo de bebidas alcoólicas
Sim |___| Não |___|
d) tabagismo
Sim |___| Não |___|
e) obesidade
Sim |___| Não |___|
f) sedentarismo
Sim |___| Não |___|
g) Mulheres com história familiar de câncer de mama de pelo
menos um parente de primeiro grau, como mãe, irmãs, filha
Sim |___| Não |___|
h) Mulheres com história familiar de, pelo menos, um parente de
primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com diagnóstico de câncer da
mama bilateral ou câncer de ovário, em qualquer faixa etária
Sim |___| Não |___|
107
i) Mulheres com história familiar de câncer da mama masculino
Sim |___| Não |___|
j) Mulheres com diagnóstico histopatológico de lesão mamária
proliferativa com atipia
l) nuliparidade (não ter tido filhos)
Sim |___| Não |___|
Sim |___| Não |___|
m) menarca precoce (idade da primeira menstruação)
Sim |___| Não |___|
n) menopausa tardia (depois dos 50 anos)
Sim |___| Não |___|
o) primeira gestação após 30 anos
Sim |___| Não |___|
p) exposição a radiações ionizantes em idade inferior a 35 anos.
Sim |___| Não |___|
q) terapia de reposição hormonal
Sim |___| Não |___|
(hormônios usados para combater os sintomas da menopausa)
r) uso de anticoncepcional oral (pílula)
Sim |___| Não |___|
s) pessoas acima dos 50 anos
Sim |___| Não |___|
Sim |___| Não |___|
t) homens com história de ginecomastia (volume da mama aumentado)
SEÇÃO C – PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA
C – 1 Quais os fatores que são considerados de prevenção do câncer de mama?
a) Consumo legumes, verduras e frutas
Sim |___| Não |___|
b) Realizar exercício físico regular no mínimo 3 vezes por semana
Sim |___| Não |___|
c) Amamentação
Sim |___| Não |___|
d) Manter o peso ideal, evitando obesidade e sobre peso, dentro
do IMC (índice de massa corpórea: Peso/altura2 )
e) uso de anticoncepcional oral (pílula)
Sim |___| Não |___|
Sim |___| Não |___|
f) ter menarca precoce (idade da primeira menstruação)
Sim |___| Não |___|
g) ter menopausa tardia (depois dos 50 anos)
Sim |___| Não |___|
h) realizar terapia de reposição hormonal
Sim |___| Não |___|
(hormônios usados para combater os sintomas da menopausa)
SEÇÃO D – DETECÇÃO PRECOCE DO CÂNCER DE MAMA
D – 1 Você já ouviu falar das formas de detecção precoce para o câncer de mama
Sim |___| (ir para a pergunta D-2)
Não |___|
108
D - 2 Quais os itens que são considerados de detecção precoce do câncer de mama?
a) Controle de lesões proliferativas benignas da mama (hiperplasias) Sim |___| Não |___|
b) Estudo genético para identificação do BRCA1 e BRCA2
Sim |___| Não |___|
c) Realizar auto- exame de mama mensalmente
Sim |___| Não |___|
d) Realizar o exame clínico das mamas em todas as mulheres a partir
dos 40 anos de idade, com periodicidade anual, nos Serviços
de Saúde
Sim |___| Não |___|
e) Realizar mamografia nas mulheres com idade entre 50 e 69 anos
de idade, com intervalo máximo de 2 anos entre os exames.
Sim |___| Não |___|
e) Realizar exame clínico das mamas e mamografia anual nas
mulheres, a partir de 35 anos de idade, pertencentes a grupos
populacionais com risco elevado de desenvolver câncer da mama.
Sim |___| Não |___|
f) Realizar exame de ultra-sonografia (USG) em mulheres,
com menos de 35 anos para avaliação das lesões palpáveis
Sim |___| Não |___|
SEÇÃO E – INFORMAÇÕES SOBRE SAÚDE PESSOAL
E – 1 Você realiza o auto-exame das mamas?
Sim |___| (Atenção ir para a pergunta E-2, E-3 e E -4)
Não |___|
E – 2 Com quantos anos você iniciou?
|___||___| anos
E – 3 Qual a periodicidade que você realiza?
|___| 1 vez ao mês
|___| A cada 2 meses
|___|A cada 6 meses
|___| Anualmente
|___| Às vezes não sei precisar quando
|___| Não sei
E – 4 Descreva quais os passos do auto-exame você realiza.
___________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
E-5 Em relação ao acesso a informações sobre a prevenção e a detecção precoce do câncer
de mama:
a) – Você já teve acesso à informação sobre a prevenção do câncer de mama?
109
Sim |___| (Atenção ir para a pergunta c, d)
Não |___|
Não me recordo |___|
b) – Você já teve acesso à informação sobre a detecção precoce do câncer de mama?
Sim |___| (Atenção ir para a pergunta c, d)
Não |___|
Não me recordo |___|
c) - Em quais meios de comunicação vocês teve acesso à informação sobre a prevenção e
a detecção precoce do câncer de mama:
TV
Rádio
sites da internet
Jornais
Revistas
Revistas técnicas
Outros |___|
Sim |___|
Não |___|
Sim |___|
Não |___|
Sim |___|
Não |___|
Sim |___|
Não |___|
Sim |___|
Não |___|
Sim |___|
Não |___|
Quais: _______________________________________________________
d) – Na Universidade você teve acesso à informação sobre a prevenção e detecção precoce do
câncer de mama?
Sim |___|
Não |___|
Cartazes nos murais
Panfletos
Sim |___|
Não |___|
No portal (site) da Universidade
Sim |___|
Não |___|
Palestras/conferências
Sim |___|
Não |___|
Publicações da Universidade
Sim |___|
Não |___|
Em sala de aula Sim|___|. Disciplina: ___________________________________________
Não |___|
Outros |___|
Quais: ________________________________________________________
O questionário está encerrado. Tenha certeza de que você contribuiu muito
para a nossa investigação.
Muito obrigada !
110
APÊNDICE 3
Carta de Intenção para realização do estudo
111
Universidade do Vale do Itajaí
Centro de Ciências da Saúde
Campus Biguaçu
Biguaçu, 04 de setembro de 2007.
Prezado(a) Sr(a), Coordenador(a),
Com os nossos cordiais cumprimentos, solicitamos a V.Sa. autorização para o
desenvolvimento do projeto de pesquisa intitulado: Prevenção e Detecção Precoce do Câncer
de Mama: investigando o nível de conhecimento dos acadêmicos do Centro de Ciências da
Saúde, das acadêmicas de enfermagem: Catia Regina Pirhardt e Karina Lemos Terra, sob
minha orientação, como requisito para a elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso. O
estudo se desenvolverá com 10% dos alunos efetivamente matriculados no semestre de
2007/2 no curso sob a vossa coordenação A atividade de coleta de dados se desenvolverá após
a aprovação do projeto pelo comitê de ética em pesquisa da UNIVALI, no período de
novembro e dezembro de 2007. Estamos encaminhando em anexo, o projeto de pesquisa para
seu conhecimento.
Contando com sua colaboração, agradecemos antecipadamente.
Atenciosamente,
____________________________________________
Profª M.Sc.Nen Nalú Alves das Mercês
Orientadora
Ilmo(a) Sr(a).
Coordenador (a)
Universidade do Vale do Itajaí
Centro de Ciências da Saúde – CCS
Campus de Biguaçu
Nesta
112
ANEXOS
113
ANEXO 1
Termo de Aceite de Orientação
114
TERMO DE ACEITAÇÃO DE ORIENTAÇÃO
EU, Nen Nalú Alves das Mercês, orientadora do Projeto de Trabalho de Conclusão do Curso
de Enfermagem do Centro de Educação de Ciências da Saúde, da Universidade do Vale do
Itajaí, concordo orientar a monografia de conclusão de curso das acadêmicas Catia Regina
Pirhardt e Karina Lemos Terra no decorrer da pesquisa intitulada: “Prevenção e Detecção
precoce do câncer de mama: investigando o nível de conhecimento dos acadêmicos do centro
de ciências da saúde”, conforme projeto ora submetido à aprovação.
A orientadora está ciente das Normas para Elaboração de trabalho monográfico de Conclusão
do Curso de Graduação em Enfermagem
Biguaçu, 20 de março de 2007.
_______________________________
Nen Nalú Alves das Mercês
Professora orientadora
______________________________
Catia Regina Pirhardt
Acadêmica de Enfermagem
_____________________________
Karina Lemos Terra
Acadêmica de Enfermagem
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