Como se transmite a informação contida no DNA? ç Como se traduz

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Como se transmite a informação
ç contida no DNA?
Como se traduz a informação que se encontra num
gene?
Como se passa de um gene para uma característica?
¼ A síntese
í t
d proteínas
de
t í
resume-se na transformação
t
f
ã da
d linguagem
li
codificada do DNA (sequência de nucleótidos) para a linguagem de
proteínas (sequência de aminoácidos).
¼ A informação para a ordenação dos aminoácidos está contida nos
genes (segmentos de DNA).
DNA e proteínas
p
¼ A forma,
f
estrutura
t t
e actividade
ti id d de
d uma célula
él l depende
d
d da
d presença
de proteínas.
proteínas
¼ A função das proteínas depende da sua conformação tridimensional
que por sua vez,
que,
vez é determinada por uma sequência de aminoácidos
aminoácidos.
¼ Quem contém a informação para especificar a sequência de
aminoácidos das diferentes proteínas é a sequência de nucleótidos do
DNA.
DNA
¼ Enquanto que o DNA se localiza principalmente no núcleo, o RNA
forma se no núcleo e migra para o citoplasma.
forma-se
citoplasma
Estrutura do RNA
A molécula de RNA é composta por
uma cadeia de polinucleotídica que,
em certas formas e zonas, pode
dobrar-se sobre si devido à formação
de pontes de hidrogénio entre bases
complementares.
Duas moléculas de RNA e um
nucleótido.
‰ O ácido
diferenças:
ribonucleico
(RNA)
tem
algumas
ƒ cadeia g
geralmente simples
p
ao invés de dupla;
p ;
ƒ a pentose é a ribose em vez da desoxirribose;
ƒ possui a base azotada uracilo (U) em vez da timina.
Célula eucariótica.
Invólucro nuclear
com poros
Nucléolo
C
Cromatina
ti
Nas células eucarióticas o material
genético encontra-se,
encontra se na sua quase
totalidade, confinado ao núcleo.
núcleo
Cromatina
Agregados filamentosos de DNA e
proteínas, presentes nos núcleos
proteínas
interfásicos das células eucarióticas.
Micrografia de parte de uma longa
molécula de DNA associada a
proteínas.
Célula procariótica.
Cromossoma
Unidade morfológica e fisiológica de
cromatina. Os cromossomas, por
condensação da cromatina, tornamse visíveis aquando da divisão da
célula.
Principais diferenças entre RNA e DNA
RNA
DNA
U
Uma
cadeia
d i polinucleotídica.
li
l tídi
D
Duas
cadeias
d i polinucleotídicas.
li
l tídi
A pentose é a ribose.
A pentose é a desoxirribose.
As bases azotadas presentes são A
A, As bases azotadas presentes são A,
A
G, U e C.
G, T e C.
A razão adenina-uracilo e guanina- A razão adenina-timina e guaninacitosina
it i varia.
i
citosina
it i não
ã varia.
i
A quantidade varia de célula para A quantidade é constante em todas
célula e dentro da mesma célula de as células da mesma espécie
acordo com a actividade metabólica. (excepto gâmetas e certos esporos).
Quimicamente pouco estável.
Quimicamente muito estável.
Pode ser temporário,
temporário existindo por Permanente.
Permanente
curtos períodos.
Apresenta três
mensageiro,
ribossómico.
formas básicas: Somente uma forma básica.
transferência,
Quantos nucleótidos são necessários p
para codificar os
cerca de vinte aminoácidos?
C d
Codogene
– tripleto
t i l t (3 nucleótidos
l ótid
consecutivos
ti
d
do
DNA) que codifica um aminoácido
‰ sequências
q
de tripletos
p
codificam a ordenação
ç
de
séries de aminoácidos que caracterizam as proteínas.
Como decifrar o código
g genético?
g
Marshall Nirenberg e Heinrich Matthaei, em 1961, elaboraram uma série
de experiências que levaram à decifração do código genético.
Utilizaram moléculas de mRNA, sintetizadas em laboratório, e todas as
substâncias químicas e estruturais necessárias à tradução foram
extraídas da bactéria Escherichia coli. Depois de sintetizada a
molécula de mRNA, os investigadores colocaram-na no meio de
cultura onde obtiveram os polipéptidos que se encontram no quadro
cultura,
seguinte.
Experiências
Molécula
Sequências
mRNA
UUUUUUUUUUUU
UUUUUUUUUUUU…
Polipéptido
Fen-Fen-Fen-Fen-…
mRNA
AAAAAAAAAAAA…
Polipéptido
Lis-Lis-Lis-Lis-…
mRNA
CCCCCCCCCCCC…
Polipéptido
Pro Pro Pro Pro
Pro-Pro-Pro-Pro-…
Khorana sintetizou moléculas de mRNA com nucleótidos alternados
(por exemplo, ACACACACA…). Esta cadeia permitia dois tipos de
combinações (ACA e CAC). Neste caso, a cadeia peptídica era formada
por dois tipos de aminoácidos – treonina (Tre) e histidina (His).
(His)
¼ Código genético – quadro de correspondência entre os 64 codões
possíveis de nucleótidos e os cerca de 20 aminoácidos existentes.
Código
g genético
g
¼ Tem
T
d haver
de
h
um sistema
i t
d correspondência
de
dê i entre
t a linguagem
li
d
do
DNA (sequências de nucleótidos) e a linguagem das proteínas
(sequências de aminoácidos) – um código genético.
¼ Cada aminoácido é codificado p
por um conjunto
j
de três nucleótidos
– um tripleto ou codão – originando 64 combinações possíveis.
¼ A síntese de proteínas ocorre no citoplasma, ao nível dos
ribossomas.
¼ Universalidade do código genético – apesar de excepções,
excepções aplica-se
aplica se
a todos os seres vivos.
¼ Não é ambíguo – a um codão corresponde um e só um aminoácido,
aminoácido
sempre o mesmo.
¼ É redundante – vários codões são sinónimos (codificam o mesmo
aminoácido). Este fenómeno é conhecido por degenerescência do
código genético.
genético
¼ O 3º nucleótido de cada codão não é tão específico como os dois
primeiros – por exemplo: o aminoácido arginina (arg) pode ser
codificado pelos codões CGU,
CGU CGC,
CGC CGA e CGG.
CGG
¼ O tripleto AUG tem dupla função – codifica o aminoácido metionina
(met) que é um codão de iniciação da síntese de proteínas.
(met),
proteínas
¼ Os tripletos UAA, UAG e UGA são codões de finalização ou STOP –
representam sinais de fim de síntese, não codificando aminoácidos.
Por exemplo, o RNAt com o anticodão UAC transporta o aminoácido
codificado
difi d pelo
l codão
dã do
d RNAm
RNA que lhe
lh é complementar
l
t (AUG),
(AUG) neste
t
caso a Metionina (Met).
Características do código
g genético
g
¼ Universalidade – cada codão tem a mesma função em quase todos
os seres vivos.
¼ Redundância – codões diferentes podem codificar o mesmo
aminoácido.
¼ Precisão – o mesmo codão não codifica aminoácidos diferentes.
¼ Especificidade dos nucleótidos – os dois primeiros nucleótidos de
cada codão são mais específicos.
¼ Codão de iniciação – o codão AUG inicia a leitura do código e
também codifica a metionina.
¼ Codão de terminação – os codões UAA,
UAA UAG e UGA terminam a
síntese da proteína.
Mecanismo da síntese proteica
‰ Duas etapas fundamentais:
ƒ Transcrição da mensagem genética – segmentos de
DNA codificam a produção de RNA.
ƒ Tradução da mensagem genética – o RNA codifica a
produção
p
odução de p
proteínas.
ote as
1º Transcrição
ç – a informação
ç contida no DNA é
transcrita para uma sequência de ribonucleótidos que
constituem uma molécula de RNA pré-mensageiro.
DNA ¼ mRNA
Transcrição.
Fim da transcrição.
Uma visão global da
transcrição.
Alguns intervenientes
Funções
Cadeia de DNA
Molde para a síntese de
RNA
Nucleótidos de RNA
(ribonucleótidos)
Unidades para a síntese
de RNA
RNA polimerase (enzima)
Catalisador das reacções
ATP
Fornece energia
Transcrição
ç da mensagem
g
genética
g
1º - ligação da RNA polimerase a locais específicos do DNA, no
núcleo;
2º - rompimento das pontes de hidrogénio e separação das cadeias de
DNA;
3º - ligação de nucleótidos livres a uma das cadeias do DNA, que
funciona como molde,, no sentido 5’3’,, formando-se o mRNA;;
4º - libertação
ç do mRNA sintetizado;;
5º - restabelecimento das p
pontes de hidrogénio
g
e da estrutura do DNA.
Transcrição e processamento de
mRNA em eucariontes.
Processamento de RNAm – a molécula de DNA contém
sequências de nucleótidos que não codificam
informação (intrões), intercaladas com sequências que
codificam
difi
(exões)
( õ ) – os intrões
i t õ são
ã retirados
ti d e os exões
õ
unidos, tornando-se o RNA pré-mensageiro funcional
(RNAm).
(RNAm)
ƒ Este RNAm abandona o núcleo, transportando a mensagem,
ainda em código, para os ribossomas, onde a mensagem é
descodificada, ou seja, é traduzida para a linguagem proteica.
Processamento do mRNA
ƒ O mRNA sofre um processo de maturação em que
os intrões (sequências de nucleótidos sem
significado na síntese proteica) transcritos são
removidos e os exões (sequências de nucleótidos
que especificam aminoácidos) são ligados entre si.
Migração do mRNA
ƒ O mRNA funcional abandona o núcleo em direcção
ao citoplasma.
citoplasma
2º Tradução
ç – ocorre nos ribossomas e consiste na
transformação da mensagem contida no RNAm na
sequência de aminoácidos que constituem a proteína.
RNAm ¼ Proteínas
Intervenientes
Funções
mRNA
Contém a informação para a síntese
de proteínas.
A i á id
Aminoácidos
M lé l básicas
Moléculas
bá i
para a construção
t
ã
de proteínas.
tRNA
Transfere os aminoácidos para os
ribossomas.
Ribossomas
Sistemas de leitura onde ocorre a
tradução.
ç
Enzimas
Catalisam as reacções.
ATP
Transferem energia para o sistema
sistema.
Constituição de um ribossoma.
Codão – cada tripleto do RNAm que codifica um
determinado aminoácido ou o início ou o fim da
síntese proteica.
tRNA ou RNA de transferência
¼ Faz a selecção e transporte do aminoácido apropriado e faz o
reconhecimento do codão correspondente do mRNA.
¼ Cada molécula de tRNA possui:
uma sequência de três nucleótidos, chamada anticodão
anticodão, que é
complementar de uma sequência de três nucleótidos do mRNA,
chamada codão. O anticodão reconhece o codão,
codão ligando-se a ele;
uma região
iã que lhe
lh permite
it fixar
fi
um aminoácido
i á id específico,
ífi
l
local
l
aminoacil, na extremidade 3’;
locais
l
i para ligação
li
ã ao ribossoma;
ribossoma
ib
locais p
para ligação
g ç às enzimas intervenientes na síntese p
proteica.
ƒ O RNA de transferência (RNAt) transporta os
aminoácidos para os ribossomas (locais onde ocorre
a síntese proteica), onde vão ser ordenados segundo
o código expresso no RNAm.
ƒ Cada molécula de RNA de transferência possui uma
sequência de 3 nucleótidos designada de anticodão
anticodão,
complementar de um codão do RNAm.
ƒ Na outra extremidade liga-se
g
o aminoácido
codificado pelo codão do RNAm, complementar do
anticodão que o RNAt possui.
‰ A tradução comporta 3 etapas sucessivas:
ƒ iniciação, alongamento e finalização.
Fase de iniciação da tradução.
ƒ Iniciação – o RNAm e o RNAt iniciador (com o
aminoácido metionina) ligam-se à subunidade
pequena de um ribossoma, a subunidade
grande liga-se
g
g
ao conjunto
j
e o ribossoma fica
funcional.
Etapas da síntese proteica
A - Iniciação
ƒ Ligação do mRNA e do tRNA iniciador
iniciador, que
transporta
o
aminoácido
Metionina,
subunidade pequena do ribossoma.
ƒ Junção da subunidade grande ao conjunto.
à
Ribossoma em funcionamento.
Crescimento (alongamento ou
elongação) do polipéptido.
ƒ Alongamento – um novo RNAt, com o 2º
aminoácido, liga-se ao 2º codão, formando-se a
1ª ligação peptídica entre o aminoácido agora
transportado
p
e a metionina;; o ribossoma avança
ç
3 bases, o 1º RNAt desprende-se e o processo
vai-se repetindo ao longo do RNAm.
B - Alongamento
ƒ Ligação
de um novo tRNA,
tRNA com outro
aminoácido, ao segundo codão do mRNA.
ƒ Formação de uma ligação peptídica entre os
dois aminoácidos.
ƒ Avanço de três bases pelo ribossoma.
ƒ Repetição do processo ao longo do mRNA.
Conclusão da síntese proteica (A). Os
diferentes componentes separam-se (B).
ƒ Finalização – quando o ribossoma chega a um
dos codões de finalização (UAA, UAG, UGA) a
proteína destaca-se,, e as
síntese termina – a p
subunidades do ribossoma separam-se.
C - Finalização
ƒ Chegada do ribossoma a um dos codões de
finalização.
finalização
ƒ Libertação da proteína
proteína.
ƒ Separação
subunidades.
do
ribossoma
nas
suas
Características da síntese de proteínas
p
¼ complexidade – intervenção de vários agentes;
¼ rapidez – proteínas complexas produzidas em apenas alguns
minutos;
i t
¼ amplificação
lifi
– transcrição
i
repetida
id da
d mesma zona de
d DNA e
tradução repetida do mesmo mRNA.
Visualização da transcrição. Moléculas de mRNA
(A) cadeias
(A),
d i llaterais,
t
i são
ã sintetizadas
i t ti d a partir
ti de
d
uma cadeia de DNA (B), no eixo central.
Síntese simultânea de vários péptidos a
partir do mesmo mRNA
Polirribossomas
¼ Conjunto de ribossomas ligados por um filamento de RNA
RNA.
¼ Cada ribossoma traduz a informação genética contida no mRNA e
sintetiza a correspondente proteína.
¼ Num dado momento a biossíntese está em diferentes estádios.
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